19/10/2012
SEM CRÉDITO I
Não importa se a CPI dos Cemitérios vai dar em algum lugar. O que importa é a percepção do nada dos vereadores e do Legislativo diante da população. Eles se ajoelharam e se calaram para o Executivo, assim como parte da imprensa. Na Câmara, quase sempre, sete votos dos ditos de ?oposição? valeram bem menos do que três do PT. Vergonhoso. Na enquete do jornal Cruzeiro do Vale, 65% dos internautas que participaram dela, afirmaram que esta CPI não vai dar em nada.
SEM CRÉDITO II
Mas, desta vez pode dar. Por quê? Pelo simples fato de que a imprensa livre estabeleceu a transparência contra os jogos dos poderosos. Mais: teve gente que pegou o embalo no tranco para não ficar feio. Além disso, a polícia ? sim porque é um caso de polícia - e o Ministério Público estão agindo diante de tantas provas, fatos e evidências. Entretanto, a imagem do nada que os nossos vereadores construíram para a nossa Câmara é a que mais vale. É a que fica. E esta vai demorar a ser apagada. Acorda, Gaspar!
SEM CRÉDITO III
Na última terça-feira, num fato e ato raro, seis vereadores disseram valer mais do que três do PT. Escorregadio como sempre, o dito oposicionista José Hilário Melatto, PP, e que ajudou a articular esta má imagem da Câmara e dos vereadores oposicionistas, estava ausente. Mandou dizer que estava em Florianópolis. Os seis derrubaram o veto do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, nas emendas dos vereadores ao Orçamento de 2013 para beneficiar a comunidade.
SEM CRÉDITO IV
Feliz, e também raro, o esclarecimento do vereador Kleber Edson Wan Dall, PMDB sobre o caso para leigo entender. Ele contrapôs a ditadura PT e de Zuchi mostrando que se não fosse uma emenda parlamentar ao Orçamento da União, a metade dos recursos da Ponte do Vale não estaria rubricada e atendida pela presidência da República. ?Falta diálogo do prefeito e do PT com os vereadores e a Câmara?, concluiu. O vereador Antônio Carlos Dalsóchio, PT, cunhado do prefeito, ironizou ao ver que seis poderiam valer mais que três votos ?a campanha já acabou? sentenciou. O líder de Pedro Celso Zuchi, José Amarildo Rampelotti (o ameaçador da gravação), insistiu na inconstitucionalidade das emendas e prometeu ir à Justiça para torná-las inviáveis como já fez no ano passado.
TREM DA ALEGRIA I
A Câmara não tinha assessores políticos e comissionados para os vereadores. O vereador reeleito e ?articulador? do Legislativo, José Hilário Melatto, PP, criou os tais cargos. E quando fez isto, estava tão ciente disto que mandou uma banana para a opinião pública que era e é contra este tipo de cabide de emprego político pago com o dinheiro de todos nós. Pois este trem de alegria do Legislativo pode estar com os dias contados, se não houver outra manobra para comer mais dinheiro de todos nós: aumentar os servidores efetivos para assim, malandramente, perpetuar as atuais vagas de comissionados. Olha só o que aconteceu em Blumenau.
TREM DA ALEGRIA II
A 14ª Promotoria de Justiça de Blumenau quer a redução dos cargos comissionados de lá para simplesmente manter a proporção com o número de cargos efetivos. O promotor Gustavo Meireles Ruiz Diaz explicou que o Supremo Tribunal Federal já convalidou sentença em Ação Direta de Inconstitucionalidade - ajuizada pelo Ministério Público - contra decreto e resolução do Legislativo de Blumenau, dos anos de 1997 e 1998, que criavam cargos comissionados. E o que determina esta sentença? Que deve ser guardada a correlação entre os cargos efetivos e em comissão.
TREM DA ALEGRIA III
Espertos e acima da lei, os vereadores e políticos de lá ignoraram a decisão e a Justiça. Segundo Ruiz Diaz, com atuação na área da moralidade administrativa em Blumenau, a Câmara possui, atualmente, 143 cargos comissionados (ui, ui, ui, como diria o Gilberto Schmitt) contra apenas 48 cargos efetivos, muito em virtude de resolução do ano passado que criou sete cargos comissionados para cada gabinete de Vereador. Blumenau conta com 15 Vereadores. E tudo por lá começou de mansinho como aqui: primeiro um assessor, depois mais outros e agora são sete por vereadores. É assim que agem os políticos, em surdina e aos poucos, para não chamar a atenção da imprensa, evitar o desgaste frontal com Mistério Público e com a sociedade. É ela (nós) quem paga toda esta farra por meio dos pesados impostos. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Ideologia ou oportunismo? O PT está apoiando o PSDB em Blumenau. Lá a maioria parece que está pedindo mudanças, mas não é com o PT. Isto se aquela pesquisa do Ibope feita pela RBS estiver certa. Deviam contratar o Ipac, como fez o Cruzeiro. Aqui ninguém passou vergonha.
Pelo andar da carruagem o PMDB de Blumenau, que influencia em Gaspar, vai estar fora do poder no ano que vem. Saem de cena, o gasparense Renato de Mello Vianna, o aparentado César Botelho e o candidato de sempre dessa turma, Paulo França. O mais engraçado é que o PSDB de Blumenau foi criado para ser filhote do PMDB. Quem fez isto? Renato Vianna. Ele entregou o comando ao seu ex-secretário Dalírio Beber.
O maior perdedor nos resultados de Blumenau, além da família Lima, foi a família Pizzolatti e sua fatia do PP. Ficou fora no reduto Pomerode; em Blumenau se uniu ao PT, depois de se ensaiar voos solos, os quais ficaram comprometidos pelo rumoroso caso da ficha limpa. Perdeu também o articulador desta manobra Deusdith de Souza, PP. Conservadorismo?Amadurecimento? Consciência política da sociedade? Que nada. Lá a maioria percebeu o que estava junto, mais uma vez, neste balaio.
O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, continua candidato. Foi à rádio, onde sempre teve trânsito e nada se pergunta de sério além da babação e afirmou: o questionamento na Justiça e no Tribunal de Contas feito pelo PMDB sobre o edital da Ponte do Vale poderá comprometer a obra. Primeiro o que foi questionado, o prefeito arrumou. Resolvido. Segundo, a verba prometida ainda não foi liberada por Brasília. O problema é grave. O que Pedro Celso Zuchi está arrumando para o PT é um culpado para naquilo que só cabe à presidente Dilma Vanna Rousseff. Se a obra parar por falta de verbas, a culpa é do PT e dela. De mais ninguém.
O vereador José Amarildo Rampelotti, PT, reeleito, não possui condições éticas e morais de estar na CPI dos Cemitérios. É parte envolvida e interessada no negócio. Basta ouvir a gravação do ex-petista, e ex-procurador geral do município, Mário Wilson da Cruz Mesquita. Foi Rampelotti quem pediu para estar na CPI e em causa própria. Lixo. Acorda, Gaspar!
Perguntar não ofende: quantos bois e ovelhas a Prefeitura engorda naquele terreno que é seu e que diz que vai erguer lá uma Arena Multiuso na Margem Esquerda? Por que a Câmara está em silêncio sobre este assunto? Está na hora do Ministério Público se interessar por mais este assunto fundiário e pecuário. Acorda, Gaspar!
Do leitor Mário César Pera: ?que este pessoal não respeitava os vivos se sabia... leia-se mensalão. Agora até os mortos (pelas apurações da CPI dos Cemitérios)... é pra acabar?.
Quem perde a credibilidade daquilo que divulga, só resta apelar para orações e citações bíblicas. Talvez por Deus seja perdoado. Foi assim com Judas que se vendeu por 30 moedas. Alguns seguidores até se condoeram. Prevaleceu a marca do errado. Amém.
Edição 1433
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