04/09/2012
AGENDA I
A semana começa como terminou. No Supremo Tribunal Federal continua o julgamento da Ação Penal 470, mais conhecida pela alcunha de ?mensalão?, a qual o PT um dia, ousou pensar ir à Justiça para impedir a imprensa de assim referir ao caso. Está se provando que o caso existiu; que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, dissimulou, mentiu e escapou. Melhor. Os políticos corruptos os quais torciam para fazer da nossa mais alta Corte de Justiça uma extensão das suas diabruras e um quintal para suas manobras, estão se decepcionando. Parece que o estafeta do partido, o ministro José Antônio Dias Tóffoli, é quem está exposto e ridicularizado pelo seu fanatismo, parcialidade e mínima capacidade ética para julgar tal contenda.
AGENDA II
Aqui em Santa Catarina a expectativa fica com o julgamento do pedido de impugnação da candidatura de Pedro Celso Zuchi, PT, no Tribunal Regional Eleitoral e pedida pelo PPS e DEM. Ela se arrasta há mais de um mês no TRE. Mariluci já se livrou deste caso no parecer do Procurador Geral Eleitoral. Em outro lance aqui em Gaspar, mais um aparente caso de improbidade administrativa. A matéria exclusiva desta coluna rendeu. Mostrei uma procuração para a defesa pessoal do candidato Zuchi. Ela tinha timbre oficial do município e foi outorgada a um advogado, funcionário comissionado, sob a chancela de outro que é coordenador de campanha. O caso foi parar na Justiça e pode render. A sentença está no forno. Até o encerramento desta coluna nada havia sido despachado ou sentenciado.
AGENDA III
Uma pergunta que não quer calar: por que o Doraci Vanz, ex-Chefe de Gabinete e agora investido de coordenador da campanha do candidato Pedro Celso Zuchi, colocou o nome dele naquela procuração que foi parar na Justiça? Uma procuração transfere poderes a terceiros. Doraci Vanz nem concedeu e nem os recebeu. Então ele inaugurou um documento chamado procuração com testemunha, só para dizer que ele é um coordenador de campanha. Pior, testemunhou contra ele próprio. Outra. Se ele não é mais servidor comissionado, Doraci Vanz não deveria estar professor e na sala de aula da Zenaide Schmitt Costa? Ou vai se arrumar num novo truque?
AGENDA IV
Outra pergunta. O prefeito Pedro Celso Zuchi vai ou não abrir um daqueles intermináveis processos administrativos para apurar as responsabilidades de seus funcionários comissionados neste caso da procuração em que ele próprio outorgou poderes para um comissionado? Se não mandar instaurar o tal inquérito, o prefeito praticará outro ato criminoso, chamado de Prevaricação no Código Penal e que significa omissão, deixar de fazer cumprir a legislação. Se isto acontecer, complica-se ainda mais o candidato Pedro Celso Zuchi. Um dilema e tanto. É o que dá brincar com a sorte e mandar bananas frequentemente para a lei. Um dia essa gente ainda vai encontrar uma casca delas no caminho. E ai... Acorda, Gaspar!
AGENDA V
Esta gente não tem jeito. Acha que está acima da lei. A lista é longa e antiga. Mas de tanto comer melado, está se lambuzando e deixando marcas, pistas e certezas. A última ministra a entrar para o Supremo Tribunal Federal, Rosa Maria Weber, foi precisa no julgamento das manobras especializadas dos mensaleiros para desmontar inquéritos, provas e teses. ?Nos delitos de poder, quanto maior o poder ostentado pelo criminoso, maior a facilidade de esconder o ilícito. Esquemas velados, distribuição de documentos, aliciamento de testemunhas. Disso decorre a maior elasticidade na admissão da prova de acusação?.
SOBRE O TRAPICHE
O ex-procurador geral do município de Gaspar, Aurélio Marcos de Souza, postou na semana passada um comentário da coluna na internet. Era uma queixa. Segundo ele, os servidores municipais estavam sendo constrangidos na opção política que podem e devem ter como cidadãos. Ele sugeria aos candidatos a vereadores nas suas propostas de campanha, um compromisso para criar uma legislação própria para se evitar esta situação criminosa e constrangedora.
Sobre isto é bom se registrar quatro fatos: 1) Isto não é novo por aqui; 2) Aurélio Marcos está advogando em causa própria, o seu PPS e então se deve o desconto; 3) Mesmo assim, é grave. Gravíssimo; 4) Como este tipo de pressão partidária não é novidade, a atual Câmara e o próprio Sintraspug já poderiam ter constituído legislação protetiva, como sugere Aurélio, para os nossos servidores na pluralidade a que têm direito. Nem a Câmara, nem o Sindicato tiveram esta iniciativa cidadã. Mas, todos os vereadores que se omitiram estão na busca de reeleição (ou são candidatos a prefeito e vice). Até o presidente do Sindicato se lançou a uma vaga. Conclusão: tudo ficará na mesma. Acorda, Gaspar!
Finais de semana ou domingos são de tortura para alguns candidatos. Candidato evangélico não se mistura nas comunidades católicas (festas comunitárias) para se apresentar, se comprometer e pedir apoio, apesar do discurso plural. Sempre possui uma desculpa para a ausência e é representado. É um sinal para ser avaliado. Afinal é candidato de um rebanho ou da sociedade com a sua diversidade e pluralidade que se estabelece numa democracia representativa? Acorda, Gaspar!
A quem a Bunge de Gaspar quer enganar? No Centro Administrativo Renato Manoel Peixoto, que já foi a sede da Ceval, Seara e da Bunge Alimentos, e que está vazio no Poço Grande, há uma placa enorme de vende-se. Quando houve a inauguração da fábrica de margarinas há poucos dias, esta placa de vende-se sumiu. Maquiagem para esconder de autoridades (governador Raimundo Colombo, PSD que aportou pesados incentivos), convidados e imprensa. Passada a festa, a placa voltou à frente do prédio. É inacreditável que uma empresa multinacional de mais 200 anos, que lida com alimentos e precisa passar confiança ao consumidor, recorra a este expediente condenável. Ela ainda tem a coragem de divulgar os seus princípios éticos e valores como razão da sua existência. Divulga, mas não os pratica. Então...
Muros da vergonha. O caso daquele murinho da família Schramm, mal feito e fora do projeto, sem drenagem e marcado para cair novamente, enrola-se na Prefeitura. Veja a última. A secretária de Planejamento e Desenvolvimento, Patrícia Scheitt, a contragosto, informou o nome do engenheiro Edmundo de Jesus Araújo Júnior, como o responsável o pela ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). No mesmo documento, a secretária tenta livrar a sua Secretaria e o engenheiro da responsabilidade pelos resultados daquele escárnio técnico. ?Esclarecemos que coube à Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento a elaboração do projeto básico e a execução dos serviços foi de responsabilidade da Secretaria de Transportes e Obras?. Primeiro, o engenheiro precisa acompanhar a execução e exigir o que foi projetado. Se não acompanha, a responsabilidade continua dele. Segundo: como se vê, onde está o Soly Waltrick Antunes Filho tem problemas. Entretanto, há muito em Gaspar se sabe disso e nada muda. Então... Acorda, Gaspar!
O ex-petista e ex-procurador geral do município, Mário Wilson da Cruz Mesquita, voltou atrás. Não vai colocar fogo na fogueira, pelo menos por enquanto. Medo ou acerto? Acorda, Gaspar!
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Edição 1420
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