28/08/2012
MÁQUINA PÚBLICA I
O assunto da coluna seria outro. Mas, um comentário feito pela internet e disponibilizado domingo na coluna, mudou o tema desta terça. A abordagem mostrou como a máquina pública ? com o dinheiro de todos nós ? funciona a favor de um candidato, quando ele continua no poder e a partir do poder ele tenta se reeleger. Isto não acontece só em Gaspar e não apenas com o PT, que já tão bem combateu esta situação ferrenhamente quando era oposição, fingia-se de diferente, anunciava-se puro e era nanico. O que passo a relatar, e está estampado na ilustração que fui atrás para comprovar, vem do advogado Aurélio Marcos de Souza, ex-procurador geral do município ? ou seja, conhece do riscado. E foi ao defender uma causa política própria, do seu PPS, que se deparou com mais esta anomalia de procedimento.
MÁQUINA PÚBLICA II
Escreveu Aurélio. ?Estou advogado mas deveria ter ficado na Engenharia. E do porque ter ficado na Engenharia? Porque lá 2 + 2 = 4, e qualquer criança alfabetizada, já sabe que o resultado é aquele e não muda. Isto é uma ciência exata. Já a carreira que abracei se encontra no campo das ciências humanas, onde o 2+2, talvez possa ser 4, também podendo ser 3, 5, 10, 33, 65, 71, 155, 157, 213, e etc....Então por isto, o resultado pode ser algo decepcionante ou até muitas vezes injusto?.
MÁQUINA PÚBLICA III
Continuou. ?Então com todas as dificuldades relatadas, estas são duplicadas quando a parte contrária é Governo ou quem é parte do Governo. Só que não consigo entender que tais dificuldades também sejam encontradas quando a parte é o próprio administrador. Cito um exemplo. Esta semana me manifestei em uma ?Alegações Finais da Ação?, onde a parte contrária jura de pés juntos não ter e nem estar usando a máquina pública em seu beneficio ou de seus pares. Até ai tudo bem; defesa é defesa. Só que a procuração que dá poderes ao advogado dos investigados está estampada em um documento público do município que é patrimônio público, timbres, endereços e etc...?
MÁQUINA PÚBLICA IV
Finalizou. ?Pergunto: isto não seria uma afronta ao cidadão e ao próprio Poder Judiciário, pois alegam não usar da máquina pública quando da defesa, só que a defesa é feita em cima da coisa pública, neste caso simples folha de papel, sendo que se a procuração não fosse assinada naquela folha de papel, não existiria defesa, e sem defesa, o resultado já seria sabido? E se dentro de um processo judicial já se utiliza a coisa pública em seu beneficio, imagine longe de um processo judicial?.
MÁQUINA PÚBLICA V
Quem fez isto é gente esclarecida. Sabe que é proibido, imoral, anti-ético e tipificado como crime. Conhece a lei tanto que a usa a seu favor quando isto acontece com os adversários. Um simples papel, doutor Aurélio? Ali no mínimo foram usados mais agentes públicos para se produzir o documento, impressora, energia elétrica e tudo em ambiente de serviço a favor de uma causa particular. Perguntei e o doutor Aurélio Marcos me respondeu: já fez cópia do documento para que como num passe de mágica ele não seja substituído do processo, como acostuma acontecer com esse pessoal, que faz sumir provas da internet que não lhes interessa e registrar em cartório as que lhes interessa. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Boa iniciativa. Os políticos sujos, mas que driblam a própria Justiça estão fulos. Tribunal Superior Eleitoral lançou campanha pelo voto limpo nas eleições municipais. Iniciativa ressalta a importância da liberdade de escolha do eleitor. A campanha diz: voto não tem preço. Voto tem consequência. Valorize seu voto. Vote pela sua cidade. Vote limpo.
Ouço o rádio. E um ?comercial? diz que o candidato se eleito quer governar como a presidente Dilma Vana Rousseff, PT, governa: se livrando dos corruptos. Espera aí! Quem escolheu os corruptos para serem ministros dela, foi a própria Dilma ou o Lula. E Dilma só tirou uma parte deles porque houve denúncias sistemáticas e fundamentas da imprensa sobre este assunto. Se não fosse a imprensa, todos estariam lá, até porque a dita oposição foi enrolada, está mansa e nem se escandalizou, até porque tem rabo preso neste tipo de assunto.
Ouço no rádio. E um ?comercial?, de voz macia, bem diferente do que se comporta no palanque e nas tribunas, diz que é hora de aproveitar as muitas verbas federais que estão à disposição do município dele em Brasília para bons projetos. Verbas, é? Hum! Bons projetos? Entendi!
Até a hora em que fecho a coluna, o recurso pedindo a impugnação da candidatura de Pedro Celso Zuchi, PT, ainda não havia sido julgado no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina. Ele não entrou no mutirão do final de semana onde 53 casos foram julgados. Isto mostra que o caso daqui não é tão simples assim como impugnadores e impugnados alardeavam. Acorda, Gaspar!
Tem candidato a vereador em Gaspar meio perdido no (ou sem) discurso. O bairro onde ele mora e quer arrumar votos, está entre os mais populosos e problemáticos da nossa cidade. O candidato se orgulha da Prefeitura ter ido lá uma vez nestes últimos anos limpar as bocas de lobo de algumas ruas. Será que haverá gente que ainda acredita ter sido esta a grande obra possível que os moradores do bairro mereciam de seus governantes nestes anos todos? Acorda, Gaspar!
Edição 1418
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