03/08/2012
CASINHAS DE PLÁSTICO I
Pobre sofre. E nas mãos de políticos, muitos mais. É enganado. Dos pobres, fracos, desinformados e manipulados, políticos só querem os votos, discurso e propaganda palanqueira. Reveja este assunto que anda permanente neste espaço. Veio a catástrofe de 2008. Gente desabrigada, desalojada. O governo teve pena dessa gente, como se fizesse um favor daqueles. Começava o jogo. Abriu inscrições para dar nova moradia, longe das áreas de riscos ? onde nunca deveriam estar, se houvesse uma fiscalização de verdade dos órgãos e administradores competentes.
CASINHAS DE PLÁSTICO II
Ai a Prefeitura de Gaspar resolveu mostrar com quantos paus se faz uma casa para desabrigado. Comprou um terreno ali as margens da BR-470, a rodovia da morte. Um terreno que se disputa na Justiça pois se trata de um bem da massa falida da Sulfabril. A Prefeitura botou o preço dela. O administrador, da massa, o professor e administrador Celso Zip, botou outro. Os dois bateram pé. O caso foi para a Justiça.Então se teve a imissão de posse (algo provisório). A Bunge Alimentos entrou na parada. Ofereceu um projeto modelo de sustentabilidade, e com gente famosa. Discurso e propaganda para ambos. Mas, nada andava de verdade.
CASINHAS DE PLÁSTICO III
Um dia, mais rápido, a Arábia Saudita ofereceu casas de plástico. Adivinha o que aconteceu? O improviso e a costumeira falta de planejamento levaram as casinhas de plásticos para aquele terreno da BR-470 onde seria construído um assentamento modelo e sustentável. Um exemplo internacional, como se escreveu. Naquela área de brejo, a beira da rodovia e cortada pelo gás (que ali perto já se fez explodir exatamente pela movimentação da terra), montou-se as casinhas. Houve até uma parada para refazer o aterro. Enquanto isso, gastando passagens e estadias, a Prefeitura ia a Brasília atrás de verbas para fazer a infraestrutura da área. Até agora, nada, além das inúmeras viagens.
CASINHAS DE PLÁSTICO IV
Resumindo. Um dia, sob a ameaça de invasão de grupos sociais e políticos organizados, a Prefeitura reuniu os inscritos e disse: tome aqui as chaves e corram para as casas antes que alguém as invada e vocês fiquem chupando o dedo. E lá foi essa gente morar num lugar que falta acesso, falta calçadas, arruamento, calçamento, área de lazer, documentação e principalmente saneamento básico. O mau cheiro é comum. Dias de chuva como estes da semana, é uma tortura para os que moram lá. Virou uma favela ?planejada? e criada com chancela governamental. Pode? Aqui pode. E porque falta esta infraestrutura? Por causa da teimosia da Prefeitura em comprar aquele terreno com problemas na Justiça e no preço. Brasília não quer mandar a verba, porque aquele terreno não é da Prefeitura. Gente teimosa. Acha que se fez muito em dar uma casinha de plástico que ganharam da Arábia Saudita. Bela obra. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
A cada dia que passa, prova-se que o elevado da Avenida das Comunidades não é a solução para o trânsito caótico do centro de Gaspar.
Pois é. Os mesmos políticos que foram fonte de informação para o Jornal de Santa Catarina, sem nenhum pudor desmentiram uma capa inteira do jornal no início do ano, anunciando a conclusão da ponte de Ilhota para o final deste 2012. Agora, só em janeiro de 2014. Será?
O vereador Kleber Edson Wan Dall, PMDB, pediu 68 dias de licença da Câmara para se dedicar exclusivamente à campanha. Fez bem. É ético.
Revanche. Retaliação. O bicho pegou. Aquilo que circulava na Prefeitura, no PT e na cidade aconteceu. Estava ontem no Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet. Camila Schramm não é mais a coordenadora da Vigilância de Saúde. Camila é a senhora Danilo Visconti, ex-petista, que saiu atirando junto com o chefe e ex-petista, o ex-procurador geral, Mário Wilson da Cruz Mesquita.
E por falar em doutor Mesquita, por onde andará este paladino? Ele prometeu chumbo grosso contra a administração de Pedro Celso Zuchi. O silêncio será um indicador de que desistiu, de que negociou ou de que não tem nada daquilo que anunciou. Acorda, Gaspar!
Tereza da Trindade é a única candidata a prefeito de Gaspar que ainda não tem como certo onde e quando fará o lançamento da sua campanha a prefeito. Ela pensou no dia dez de agosto na Churrascaria do Toni, na BR 470, mas parece que desistiu.
Falando em lançamento de campanha, Kleber Wan Dall, PMDB, fez o lançamento na terça-feira à noite na Sociedade Alvorada, aqui no Centro. Pedro Celso Zuchi, PT, fará neste sábado a tarde no Canarinhos. Adilson Luiz Schmitt, PPS, programou para domingo às 11 horas no Tamandaré, na Lagoa.
Os vereadores voltaram das férias do mês de julho. Alguém notou. No ano que vem serão 15 ao invés de 13. E olha o que estava na pauta da primeira reunião: pareceres das Comissões de Legislação e de Urbanismo ao Projeto de Lei nº 56/2012, de autoria do Vereador Raul Schiller, que denomina via situada no município de Gaspar. O Ministério Público está de olho nesse negócio. E pode complicar. Acorda, Gaspar!
A discussão entre os petistas que comandam a campanha em Gaspar é se o candidato deve ou não aparecer ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em época de mensalão, a dúvida é cruel por tudo que Lula mentiu e fingiu quando quis se livrar do problema em 2005 e comomanobrou agora para pressionar o judiciário sobre o caso para se ver livre sem julgamento.
Edição 1411
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