26/06/2012
DIFERENÇAS I
A gasparense honorária, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, veio no domingo a Brusque. O que ela foi fazer lá? Ela participou com o companheiro Paulo Eccel, prefeito de lá e ex-assessor de Pedro Celso Zuchi no primeiro mandato, da entrega de 336 moradias no Residencial Jardim Sesquicentenário, no Bairro Limeira. O condomínio faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida, da Caixa.
DIFERENÇAS II
O prefeito Pedro daqui, no segundo mandato, foi na semana passada na sua rotineira viagem mensal a Brasília. O que ele disse que iria fazer lá? Entre outras, que tinha uma ?grande? agenda no Ministério das Cidades. Para que? Discutir o projeto de infraestrutura do loteamento destinado às vítimas da catástrofe. Até o momento em que edito esta coluna, a assessoria de imprensa, a mesma que informou da viagem quando ele já estava viajando, ainda não divulgou nada do resultado desta ?grande? agenda em favor daqueles moradores das casinhas de plástico na BR-470, projetado para algo exemplar e sustentável, mas que está se favelizando sem escrituras, sem esgotos, sem ruas, sem calçadas, sem assistência social e que logo, por conta disso, se tornará uma Marinha da vida. Ideli, Décio Lima e a Logos quietos. Acorda, Gaspar!
FINALMENTE I
Tem gente que nunca leu Paulo Freire (um dos mais expressivos educadores e filósofos brasileiro nascido em Pernambuco). Ele escreveu ?vamos juntar os diferentes para vencermos os antagônicos?. Agora, essa gente daqui está preferindo reescrever esta frase achando que tudo vai dar certo ao final, mas a um modo muito estranho e que já foi testado com resultados desastrosos: ?Vamos juntar os antagônicos para vencermos os diferentes?.
FINALMENTE II
Conclusão. Não vão juntar nada e desse jeito, neste jogo de interesses imediatos e pequenos, não se vai a lugar nenhum. Quem fez isto pela última vez por aqui, fez aquela união do sapo com a cobra, PP e PMDB, respectivamente (e muitos outros bichos), a qual elegeu Adilson Luiz Schmitt, quando ele estava no PMDB. Ninguém ganhou. Nem o sapo, nem a cobra, nem outros bichos e nem o Adilson. Muito menos a cidade. O resultado disso tudo, todos já sabem há muito tempo. Desta vez parece que ao menos Adilson aprendeu a lição, na marra, depois do isolamento e ostracismo que quase todos lhe impuseram. Mesmo assim, incrivelmente e apesar das chagas, ele ainda tentou a fórmula, mas desistiu. Os outros, o sapo, a cobra e outros bichos, infelizmente, pelo andar da carruagem, ainda não.
FINALMENTE III
O que adianta ajuntar tudo num balaio só para vencer? Mas, querem vencer para que? Para derrotar os antagônicos ou sucumbir os diferentes? Estão fazendo união e coligações sem planos, sem propostas, apenas para impor uma derrota ao PT, ou ao caos que se instalou? Isto é pouco. Muito pouco. Não adianta derrotar ou vencer o diferente. É preciso antes, dizer o porquê disto. Como se quer, se vai fazer isto e se estabelecer no antagonismo. Melhor: é preciso explicitar qual o resultado diferente que se quer ao final de tudo isto para a cidade, os cidadãos, as cidadãs e à sociedade. E tem vários meios de se fazer isto. E há vários conceitos para se chegar lá. Acorda, Gaspar!
SÓ TRÊS
Escrevi aqui há seis meses: Gaspar caminha para três candidatos em outubro. Ensaiaram-se cinco. Estão firmes, quatro. Mas está se trabalhando em Gaspar, Florianópolis e Brasília para que ao final fiquem duas apenas: o PT e os outros. Tirando a média e na razoabilidade, o grande risco mesmo é de se ter três coligações viáveis. Duas delas, azarões. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
O ex-secretário de Obras, ex-secretário de Turismo, Indústria e Comércio do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, o engenheiro e empresário de comunicações, Joel Reinert (Rádio Nativa), resolveu esquecer as diferenças que levaram à saída da administração petista. Elas já foram superadas.
O ex-procurador geral do município e ex-petista convicto (e arrependido), Mário Wilson da Cruz Mesquita, está em Brusque. E de lá armou a sua bateria de mísseis contra Gaspar e a administração petista. O seu alvo predileto é o ex-chefe de gabinete, seu par das estripulias, o professor brusquense Doraci Vanz, que vai ser o coordenador de campanha do PT por aqui. Doraci, por lá, já foi Ciro Roza, PFL, antes de se bandear para o Paulo Eccel e dele se distanciou quando assessor na Assembleia Legislativa. Então vem chumbo por aí...
A convenção do PPS e do DEM foi totalmente ignorada pelos veículos de comunicação de Gaspar. E esta decisão dos veículos deve ser respeitada, apesar de ser uma notícia para os gasparenses. Entretanto, como se trata de um ato do processo eleitoral, ele está enquadrado na lei própria e na isonomia. Sabe-se agora que as demais convenções não serão divulgadas, porque assim determina a tal isonomia da lei eleitoral. Perde o ouvinte e os leitores. Eu não me omiti.
Os ex-procuradores de Gaspar, Mário Wilson da Cruz Mesquita e Aurélio Marcos de Souza, até então adversários de causas, objetivos, escaramuças e resultados, como advogados, encontraram-se casualmente no Fórum de Gaspar. Eles selaram a paz. Hum!
Estranho é esta repentina idolatria ao gasparense e peemedebista Renato de Mello Vianna. Há muito ele está ausente da cidade. E por isto, é um dos responsáveis diretos pelo enfraquecimento do partido por aqui.
Espuma. Apareceram nos últimos dias nos bastidores político de Gaspar, as ditas pesquisas de trabalho de vários grupos interessados em solidificar candidaturas, negociar alianças por aqui, enganar plateias, embaralhar os jogos, servir de base para ações profissionais, ou estimular líderes de Blumenau, Florianópolis e Brasília nas escolhas. Nas que tive acesso, por meios diretos ou tortos, nenhuma delas me foi dada à oportunidade de acessar a metodologia, o que me retira da análise delas. Entretanto, se me fosse dada a oportunidade de escolha, colocaria minhas fichas na do Ipac, que trabalhará para o PT.
Coisa de cenário de novela. Enquanto se assinava o contrato no interior do Ginásio João dos Santos para a construção da Ponte do Vale, lá fora máquinas fingiam terraplanar a área que fica defronte ao ginásio. Cenas para a sessão de fotos e filmagens. Em Minas Gerais, a empreiteira preparava os documentos para os fiscais da obra dizer que ela já começou e que assim já se é possível emitir a primeira nota fiscal para não perder a verba. Na semana que vem a medição e a nota precisam estar protocoladas no Ministério das Cidades. Acorda, Gaspar!
Outras duas da solenidade de assinatura do contrato da Ponte. A primeira de que o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS, foi ao ato e o protocolo petista providencialmente o ignorou. O segundo é o discurso de campanha. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, e candidato a reeleição assumiu uma postura paz, amor, vítima e conciliador. O serviço duro em nome do PT, da equipe de governo e da família, foi e será feito pelo seu cunhado, o presidente da Câmara, o vereador Antônio Carlos Dalsóchio. Acorda, Gaspar!
Entrou novamente hoje (é a terceira neste mês) na pauta do Tribunal de Justiça, o recurso do caso do caminhão pipa. Na semana passada, o jornalista e colunista Cláudio Prisco Paraíso, no Canal Aberto, do jornal A Notícia, mostrou que tudo está sendo feito para protelar a decisão. Depois de pedir adiamento na semana anterior e ter conseguido, o prefeito Pedro Celso Zuchi foi pessoalmente na terça-feira passada, antes de viajar a Brasília, à sessão do Tribunal e viu o desembargador Gaspar Rubick pedir vistas e adiar o julgamento. Na semana que vem começa o recesso do judiciário. Então...
Edição 1400
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