01/06/2012
GASPAR ACORDADA I
O título deste texto poderia ser recuar, ceder, perder, ajoelhar, curvar, humilhar etc. Todavia, prefiro validar no meu slogan: Acorda, Gaspar! A Prefeitura, a administração petista, os lobos do poder em pele de cordeiro, os verdadeiramente fanáticos, o prefeito de Gaspar e sua gente, incluindo os vereadores, amigos, simpatizantes, militantes, aproveitadores de plantão e familiares, não cederam, não perderam para ninguém, não recuaram, não se curvaram, não se humilharam ou se ajoelharam. Ao contrário e para tristeza da torcida do contra, apenas se adaptaram ao que diz a lei.
GASPAR ACORDADA II
Prefiro afirmar que, diante de uma Gaspar que resolveu acordar tardiamente por seus direitos, transparência dos atos públicos pagos com o nosso dinheiro para o bem estar coletivo da cidade, os atuais administradores sanearam um processo licitatório, importantíssimo e que está à vista de todos. Este processo podia, antes de causar danos ao município como estava e se queria ferir também o político Pedro Celso Zuchi, quebrar os planos eleitorais para uma reeleição quase certa e respingar na campanha do PT de Blumenau, repetindo-se o caso de Itajaí na eleição passada. E por que não Brusque?
GASPAR ACORDADA III
Há coincidências de fatos, entre eles a saída do partido e do governo de Zuchi do então todo poderoso, vaidoso e maquiavélico procurador geral do município, Mário Wilson da Cruz Mesquita. E garanto-lhes que não foi ele o causador do rebu. Esta denúncia foi olhada e armada em Blumenau no PSD e a reboque, veio de carona o PMDB. Publicamente, todos negam, contudo nas entranhas partidárias e das empreiteiras catarinenses, todos conhecem os personagens e as supostas intenções dela. Durante três anos o PSD, ou o antigo DEM e o próprio PMDB, mesmo sob intensa humilhação no caso do Hospital por parte do PT local, foram nulos em denunciar atos falhos, duvidosos ou pouco claros da administração de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa. Por que fariam agora, com todo este aparato de assessoramento e assertividade?
GASPAR ACORDADA IV
Antes tarde, do que tarde demais. Já escrevi e repito. Fez bem o empresário Fernando Neves, PSD, presidente do diretório local, na Ação que impetrou. Foi a favor de Gaspar e da moralidade pública. Agiu dentro dos limites técnicos e do aprendizado, o advogado Carlos Roberto Pereira, que preside o PMDB. Tanto fizeram bem, que conseguiram parcialmente o que queriam para a comunidade mesmo enfrentando as escaramuças e o discurso mentiroso e demagógico que se tentou no início. Mais, do que isto, o PSD e o PMDB conseguiram colocar o gato em cima do telhado. Resta saber se vão ficar vigilantes de agora em diante nos movimentos deste gato, ou se mais uma vez vão adormecer, ou fingir que estão dormindo. Quem esteve acordado o tempo todo, estigmatizados por esta vigilância em favor da comunidade, sozinhos, malhados, foram o ex-procurador Aurélio Marcos de Souza e o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS. Sem eles, a coisa poderia estar muito pior. Não haveria nem telhado para o gato ficar sob os olhos dos curiosos. Acorda, Gaspar!
MAIS DÚVIDAS I
Na falta de uma oposição estruturada e com as rádios facilitando a vida do discurso fácil e sem questionamento, o prefeito Pedro Celso Zuchi reclama da vigilância desta coluna. Deveria ele me agradecer por esta consultoria gratuita e pública. E eu no lugar dele, ficaria mais de olho nos amigos que emprega e nos parentes que bajula em discursos que servem para risadas dos que ouvem. A denúncia aqui não é feita para o escárnio, mas, para a correção em favor do administrador e do povo que sustenta tudo isso. Zuchi deveria demitir quem ele contrata e mesmo assim, por incompetência ou malícia, lhe orienta errado permitindo a denúncia aqui, ou nos tribunais ou então, Zuchi devia se livrar dos amigos que o aplaudem, naquilo que só ele vai responder administrativa, politicamente, na má imagem ou na Justiça.
MAIS DÚVIDAS II
Veja mais esta enrascada. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, recebeu da coordenadora geral do Departamento de Reabilitação e Reconstrução, da Secretaria da Defesa Civil do Ministério da Integração, Rosilene Vaz Cavalcanti, o ofício 2053 e datado de sete de maio deste ano. O que aconteceu? No dia 20 de abril houve uma inspeção nas casas da Cohab, no bairro Figueiras. Elas foram construídas em 2002 fruto de um convênio assinado no dia 31 de dezembro de 2001 para os desabrigados da enchente daquele ano. E depois de mais de dez anos num ato que foi praticado no primeiro mandato de Zuchi com Albertina Deschamps, descobriram, segundo ofício, irregularidades graves as quais pedem um posicionamento em 15 dias: a Prefeitura ou agentes públicos cobraram dos desabrigados o que deveria ser dado de graça.
MAIS DÚVIDAS III
É prefeito. Se não foi o senhor que orientou neste erro, foi algum assessor incompetente ou mal intencionado. Se houvesse uma coluna livre como a minha na época ou uma oposição vigilante, talvez nada disso teria chegado ao que chegou dez anos depois para lhe incomodar, dar explicações e até lhe complicar nas eleições. O que diz um parágrafo deste ofício? ?... foi verificado também que as casas foram vendidas para os beneficiários, tendo sido constatada dois tipos de contratos (cujas cópias, segundo informação do técnico que realizou a inspeção, não foram fornecidas por essa Prefeitura) e, por meio de entrevistas, confirmada a dívida dos moradores em relação a estas casas?. Será que o técnico do ministério viu coisas? Será que os moradores estão mentindo? Ou vai pressioná-los para mudar os depoimentos? Quem errou e tirou o direito dos desabrigados feito por nossos impostos de receberem as casas de graça? Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
O ex-prefeito pelo PMDB, ex-pré-candidato a prefeito, presidente de honra do PMDB e empresário Osvaldo Schneider, o Paca, foi ao encontro de Pedro Celso Zuchi, no gabinete da Prefeitura. A conversa foi boa, relataram os próximos.
O ex-procurador geral de Gaspar e ex-filiado do PT, Mário Wilson da Cruz Mesquita, ao mesmo tempo em que diz se afastar da Prefeitura, dá sinais de aproximação. Intimidado, procurou círculos de proteção na OAB, em confrarias esotéricas, em documentos, fatos e histórias que é coparticipe e até na própria polícia. Mandou recados. E Pedro Celso Zuchi, entendeu e por ser um ano de eleições, pensa que não é o momento do confronto. Teme os podres, o jogo sujo e que ambos são conhecedores. Zuchi já telefonou no celular para o doutor Mesquita pedindo perdão e abrindo caminhos de diálogo.
Recado de quem entende. Herculano: pode avisar ao pessoal da Câmara de Vereadores para que, se eles abrindo uma CPI, façam e processem com base no decreto-lei nº 201, de 27 de fevereiro de 1967 e não na emenda sete, aquela que a Câmara passada criou para caçar Adilson e que foi declarada quase toda inconstitucional. E de quem é o recado numa consultoria gratuita? Do ex-procurador geral Aurélio Marcos de Souza, fiel escudeiro do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt.
Pensando bem. Depois de afirmar que o autor da Ação e o advogado dela, para corrigir os procedimentos da licitação da Ponte, respectivamente Fernando Neves e Carlos Roberto pereira, trabalhavam contra Gaspar e os gasparenses, o prefeito Pedro Celso Zuchi, assessores e principalmente vereadores do PT, também acusaram parte da imprensa independente e o Judiciário de estarem juntos na mesma trama. Perguntar agora, não ofende. Se era mesmo uma trama contra a cidade, cidadãos e cidadãs, por que corrigiram o que se questionou na Ação? Se era mesmo uma trama maldita, por que depois de corrigido e esclarecidos os erros, se derramaram em elogios à mesma juíza que decidiu e reconsiderou a decisão liminar na Ação? Até no discurso falta coerência, responsabilidade e ética. Acorda, Gaspar!
A CPI dos Cemitérios que se quer montar na Câmara de Gaspar, o PSDB e o PMDB não quer alcançar somente o atual prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, mas o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS. Querem matar dois coelhos com uma só cajadada. Entendidos observavam dois fatos: o primeiro de que possuem fundadas dúvidas da capacidade técnica dos vereadores para a CPI; a segunda, diz que se não houver foco, não vai pegar nem um, nem outro e os autores correm um grande risco do desgaste do jogo político mal calculado.
O chefe de gabinete do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, professor Doraci Vanz, na ausência do escudeiro mor Mário Wilson da Cruz Mesquita, começou a articular o desmonte de inquéritos e busca dos culpados pela esbórnia da execução do contrato dos cemitérios. E qual o argumento? De que irritado e contrariado, Arnaldo Muller, pai e filho, ficam descontrolados com os que se metem a investigar e colocar as coisas em ordem e na lei. Hum! Era só o que faltava. Pedro Celso Zuchi e o PT governam uma cidade sem lei? Acorda, Gaspar!
Edição 1393
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