15/05/2012
TIRO NO PÉ? I
A primeira coisa que o PT de Gaspar arquitetou e realizou quando assumiu a Prefeitura de Gaspar em 2009, ao invés de construir e fortalecer a sua imagem vitoriosa perante os gasparenses, foi destruir a de quem já estava manchado pelos erros de comunicação, derrotado na estratégia equivocada e marginalizado do poder por pelo menos quatro anos. Para humilhar quem já estava malhado e moribundo, tentou provar que o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS, e seu vice Clarindo Fantoni, PP, eram incompetentes e pior: tinham se aproveitado financeiramente do mandato, ou então não tiveram diligência no trato da coisa e do dinheiro públicos.
TIRO NO PÉ? II
O PT assumiu, urdiu (mesmo em minoria) e inventou uma CPI na Câmara para o espetáculo do palanque político; para distrair os gasparenses sobre as incapacidades administrativas e para ocupar a mídia, principalmente as rádios. E para isto, forjou um documento na Secretaria de Administração de Finanças como se provou no decorrer dos depoimentos. Insatisfeitos com o erro, comédia e o resultado, instrumentalizaram o Tribunal de Contas e levaram a denúncia ao Ministério Público na esperança de que alguém encontrasse o que não provaram, mas montaram. O Tribunal de Contas no dia 20 de maio de 2009 foi o primeiro a dizer não para a denúncia de Pedro Celso Zuchi.
TIRO NO PÉ? III
Na semana passada, depois de dois anos minuciosamente investigando, comparando e ouvindo, a promotora da segunda vara da Comarca de Gaspar, Jussara Maria Viana, ficou sem alternativa diante deste mesmo fato: deu recibo de aprendiz (ou de maus intencionados) aos petistas locais e concluiu que não há razão e provas para culpar Adilson no caso da caontratação a Salseiros em regime de emergência na catástrofe ambiental de novembro de 2008. Resumindo. Os próprios petistas de Gaspar, exatamente nas vésperas das eleições, por má orientação e cálculo deram o atestado de idôneo ao Adilson e à sua gestão. Pode? Aqui, pode. A promotora Jussara mandou arquivar o Inquérito 06.2010.003583-3: ?concluímos que os fatos em questão foram solucionados, não caracterizando prejuízo ao erário, nem irregularidades ou ilegalidades passíveis de configuração de atos de improbidade administrativa?.
TIRO NO PÉ? IV
Quando houve a catástrofe de novembro de 2008, o prefeito Adilson já tinha perdido de lavada a eleição para Pedro Celso Zuchi, PT. Diante do estado em que ficou a cidade e ainda prefeito, contratou empresas em regime de urgência e emergência para remover barreiras, entulhos, reabrir estradas etc. Entre elas estava a Salseiros, de Itajaí. Quando Zuchi assumiu, cismou que havia irregularidade no ato e fez bem. E como um administrador cioso, probo e cauteloso para se proteger de eventuais responsabilidades futuras, mandou apurar. E ele e sua equipe concluíram que havia rolo. Montaram a CPI na Câmara. Lá se descobriu que um dos documentos incriminador foi forjado dentro da própria administração petista. Tudo desabou. Pior do que isto, a Salseiros virou mais tarde, até uma das empresas que trabalhou para a prefeitura administrada do PT. Se ela era inidônea para a administração de Adilson, por que contratá-la no PT que a incriminava? No mínimo incoerente, não acham? Acorda, Gaspar!
TIRO NO PÉ? V
Para lembrar. Por oito votos a zero (Joceli Campos Lucinda, PSD não foi na sessão; Rodrigo Boeing Althoff, PV, foi contra e se retirou), a Câmara decidiu no dia 29 outubro de 2009, constituir a CPI contra o ex-prefeito Adilson. A iniciativa foi do vereador Antônio Carlos Dalsóchio, PT, cunhado Zuchi, e membro da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, onde o assunto rolou desde abril daquele ano devido à fragilidade de provas e argumentos. A CPI foi uma forma de desviar a atenção para vários questionamentos da administração petista na mídia, especialmente nesta coluna.
TIRO NO PÉ? VI
Para concluir e para que não haja nenhuma dúvida, vou reproduzir aqui o que escrevi e publiquei no dia 31 de outubro de 2009. ?Pessoalmente, acho que o PT vai dar um tiro no próprio pé. Se não cuidar, os aloprados e maquiavélicos vão ainda ressuscitar o próprio Adilson e que ainda anda meio sem rumo, sem discurso e sem projeto. Quer apostar? Mais: vão gastar dinheiro público escasso para fazer essa CPI, circo para a mídia, sabendo que ela tem tudo para dar em nada, a não ser palanque para o PT e se não cuidar, vai armar mesmo é o palanque do Adilson?. E depois dizem que eu tenho bola de cristal ou que tenho interesses na promoção de Adilson. Mas, com tanta evidência só um tapado ou fanático poderia errar neste diagnóstico. Acorda, Gaspar!
BOI NO ROLETE
Primeiro: foi um sucesso inegável. Segundo: qualquer evento de porte ali na Fazenda Jussara, precisará sempre da ponte Hercílio Deecke a pleno e não a meia-boca como agora. Melhor mesmo se a ponte do Vale estiver construída e assim ajudará a desenvolver a Margem Esquerda, tratada sempre e até agora como uma margem. Terceiro: é um erro insistir na politização do evento. Afirmar que o sucesso deveu-se aos políticos do poder de plantão é humilhar a capacidade de realização, organização, persistência, relacionamento, ideal, história e superação dos membros do CTG Coração do Vale. Se o político e o poder de plantão fossem tão capazes assim, não teríamos, por exemplo, e entre outras, o desastre da ExpoGaspar, a qual sumiu. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
O rolo dos cemitérios municipais em Gaspar tem vício é na origem. Começou na concorrência arranjada. Então a caça às bruxas deve ir muito além do vencedor. Todos no departamento de compras da prefeitura conheciam muito bem os concorrentes.
O presidente do Samae, Lovídio Carlos Bertoldi e um dos coordenadores da campanha vencedora de Pedro Celso Zuchi, PT, e seu grupo colocaram as barbas de molho. Acorda, Gaspar!
A revista Veja desnudou a farsa do PT para proteger os mensaleiros e a corrupção que gerencia de norte a sul. Depois de comprar ou desmoralizar a suposta Oposição, está intimidando o Ministério Público, a Justiça e a Imprensa. Os fundamentos de uma democracia, segundo Reinaldo Azevedo, de Veja, e que o PT quer banir: a oposição (ela só existe em países democráticos); a Procuradoria-Geral da República (ela só é independente em países democráticos); a Justiça (ela só é isenta em países democráticos); a imprensa (ela só é livre em países democráticos). E pensar que o PT se apresentou como ético e defensor desses valores dialéticos.
Fiasco? Nem tanto. O novo concurso para a admissão de funcionários públicos na Prefeitura de Gaspar teve em torno de 1.700 inscritos. A expectativa era de 4.000. Contribuíram os quatro anos que se levou para nomear a maioria dos que passaram no concurso 0001/2008 e a situação de pleno emprego na região. Aliás está havendo nomeações (e desnomeações de pessoas que expressamente desistem ou nem aparecem) a rodo do 0001/2008. A Prefeitura de Gaspar só está fazendo isto para evitar ações judiciais. Acorda, Gaspar!
Tem coisa que vão rápidas, como a desapropriação da Fazenda Jussara e outras se obrigam a se realizar só pelo mando da Justiça como a compra da Casa Lar. Por que esta diferença e prioridade? Seriam votos? Acorda, Gaspar!
Foi publicado no Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet - a lei 3.429, de nove de maio deste ano. O que ela trata? Prorroga a lei de 2000 que autorizou Gaspar, como incentivo fiscal, doar uma área de terras ali na BR 470 à Tyresblu. Pois é. Um mês atrás, o mesmo prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, que assinou agora a prorrogação, mandou um projeto para Câmara para retirar o terreno da empresa dias antes do término da lei assinada por Andreone Cordeiro dos Santos, PTB. E fez isto sem ouvir o Conselho Municipal de Desenvolvimento. Acorda, Gaspar!
A promotora Luciana Uller quer saber por que no concurso público 01/2012 para o cargo de Procurador do Município de Gaspar não disponibiliza reservas de vagas para pessoas portadoras de necessidades.
A promotora Jussara Maria Viana abriu inquérito apurar para eventuais irregularidades na concessão gratuita do direito real de uso de bem público, realizada pelo Município de Gaspar em favor de empresa particular.
Edição 1388
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