18/10/2011
RENOVAÇÃO XIII
Continuando a série de reflexões. O jovem vereador e ex-presidente da Câmara, Kleber Edson Wan Dall, PMDB, é sempre lembrado como uma opção de renovação política em Gaspar. Kleber, foi, corajosamente, inclusive, o primeiro dos quatro vereadores (seguido pelos jovens Rodrigo, PV; Lú, PP; e Claudionor, PSDB, nesta ordem) que barraram, até agora (pois ainda se manobra nos bastidores para se reverter), a farra do aumento do número deles próprios na próxima legislatura. Neste caso, ouviram apenas a comunidade. Todavia, Kleber, o PMDB e a religiosidade, conspiram entre si para o projeto bem sucedido de renovação do PMDB via o Kleber. Explico-lhes.
RENOVAÇÃO XIV
A família de Kleber sempre foi PMDB. Disso não há dúvidas. E começa com o seu avô, Lico Wan Dall, do velho PSD (não este amorfo que surgiu agora). Lico foi MDB e na mudança, PMDB. Mas, isso não foi suficiente para o partido dar espaço ao jovem e acreditar nele. Kleber também errou: faltou determinação para arrumar espaços lá (e agora até insinuou que estaria saindo para o PSD numa tentativa de ganhar mídia e se valorizar no próprio PMDB). Os históricos do PMDB, o sufocaram. Não permitiram as mudanças. E um político sem padrinhos e sem obstinação; esperando a sua vez, fica velho, alijado, sem forças e sem expressão. É que aconteceu ou está acontecendo com Kleber. Pior, o PMDB está ficando fraco, sem essa renovação. Ele tem donos. Está sem votos, sem saídas. Uma ameaça à história do próprio partido por aqui.
RENOVAÇÃO XV
Mas, Kleber foi eleito expressivamente com os votos do PMDB ou pela ação do rebanho dos evangélicos à qual pertence? Quem serve a dois senhores não serve a nenhum. O PMDB o via como um carregador de piano da legenda entre os jovens, mas por outros aspectos: a religião. Não propriamente como um líder político engajado no partido. Interesses mútuos. Ou seja, o PMDB lhe ?cedeu? a legenda para continuar com voz. Nada mais. Exagero meu? Então vamos lá, no mais recente embate político.
RENOVAÇÃO XVI
Quem o Kleber apoiou nas últimas eleições? Paulo França para estadual (que não se elegeu) e Rogério Peninha Mendonça para federal. Ou seja, foi um homem de diretório, de partido. Certo? Nem tanto. E é ai, que começam os descasamentos. Kleber se dividiu. Trabalhou para o Ismael dos Santos (eleito) para estadual e Jovino Cardoso (a surpresa e quase eleito) para federal, ambos de Blumenau, na antiga legenda do DEM e evangélicos. O que esses dois candidatos fizeram ou fazem por Gaspar? Nada. Fazem pela igreja e o rebanho. E é isso, que fragiliza Kleber, penso, no seu grupo, seus desejos no projeto político do PMDB de Gaspar.
RENOVAÇÃO XVII
Sinceramente? Se o PMDB quisesse a renovação, pensasse no partido e na cidade e se Kleber tivesse o mesmo senso, todos construiriam um projeto forte com a militância partidária. A religiosa ficaria em segundo plano. Ao invés do Kleber ser um cabo eleitoral de luxo, dividido nos interesses, deveria estar focado num projeto de mudanças e renovação. Na última eleição, deveria ser ele o candidato do PMDB de Gaspar. Nada de França ou Ismael. Era o teste. Forte o PMDB teria anulado totalmente, repito, totalmente, o efeito Adilson de hoje; casuístico, o PMDB de Gaspar não teria se lançado na aventura França que se sabia (pelo histórico e o perfil do candidato) incapaz do resultado. Hoje, por vaidades, erros e equívocos estão fracos o PMDB, os possíveis candidatos do PMDB e Gaspar. E Kleber. Um sobrevivente. Por uma causa política? Não. Mas, por causa da sua fiel comunidade religiosa que pode lhe garantir a sua reeleição de forma mais tranquila. Nada mais. E a dita renovação? Comprometida, mais uma vez. O PT que está no poder e manobra bem, ri dos aprendizes e agradece. Gaspar vai ficando sem a opção da terceira via. Acorda, Gaspar!
CADÊ AS PROVAS TÉCNICAS I?
A secretária de Planejamento de Gaspar, Patrícia Scheitt, usou a imprensa para responder um reiterado questionamento meu. Muito bem. Vamos lá. ?Conforme explica a secretária, a previsão é de que, com as obras, a ponte possa suportar um peso de até 45 toneladas?. Como assim? Possa suportar? A secretária é formada em quê? Nunca fez a cadeira de cálculos? Não exigiu isso de um especialista? Cadê o projeto da recuperação da ponte (aliás, o engenheiro da empreiteira que venceu a licitação já havia dado a dica nas entrevistas que concedeu: não sabia bem o que iria fazer).
CADÊ AS PROVAS TÉCNICAS II?
No projeto deve estar bem claro o que vai ser feito e o resultado disso. O resto é enrolação. Está mais do que na hora do promotor Murilo Adagnhari, que cuida do assunto, mandar contratar um perito para esclarecer isto tudo para nós leigos e para a população que vai usar a recuperada Ponte Hercílio Deecke. Afinal, quanto a ponte vai suportar de peso depois de recuperada? Acorda, Gaspar!
PMDB EM EBULIÇÃO
Ciro Quintino e o ex-vereador Rubens Benvenutti, o Binho, estão inconformados com o seu PMDB de Gaspar. Querem ?renovação? na convenção de Novembro. Não admitem as defecções como as de Vitório Marquetti, do Pedro Waldrich (Dinho), do Charles Schmitz, João Carlos da Silva (Cassinho) entre outros para o PPS. Com a palavra o presidente licenciado Osvaldo Schneider, o Paca; o presidente no cargo, Walter Morello; além dos históricos com voz ativa no diretório como Isonita Schmitt, Ivete Ramos Hammes, Celso de Oliveira. Pela primeira vez, o diretório do PMDB não terá a desculpa de que o ex-filiado e ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, influencia e atazana a vida nas decisões do diretório do PMDB local.
FICHA LIMPA I
O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS, telefona-me para reclamar. Normal nele e em outros políticos. Eles pensam de uma forma e eu de outra. Se me convencerem... Mas, lá pelas tantas Adilson mostrou mais uma vez a sua diferença incomum para um político. E é por isso que muitos que mandam na cidade o temem. Por quê? O político apazigua, faz o errado, mas esconde as dúvidas dos grupos, amigos (principalmente os aproveitadores de última hora), interesseiros em vantagens, parentes... Adilson, vira e mexe, contraria esta regra. E ai? Pau nele.
FICHA LIMPA II
?Se eleito vou mandar o projeto da Ficha Limpa para a Câmara de Gaspar. No meu governo não haverá ?fichas sujas?. Chega.? Retruco: ?com assim? Eleito? Você é candidato? Posso escrever isto??. Rápido, Adilson me responde: ?não sou candidato, mas estou disponível?. Retruco: ?ah, entendi.? Adilson completa: ?Eu fiz o projeto contra o nepotismo, contra parentes do prefeito no governo de Gaspar. Fui corajoso. Fui duramente criticado. Arrumei uma briga, praticamente por toda a vida, com o meu irmão, o Maurílio, que era meu secretário, que fez a minha campanha. Fiz a lei, em nome dos cidadãos, pela transparência e proteção do bem público. Farei outra: não quero corruptos comigo no meu governo...? Ich! Adilson está colocando as manguinhas de fora. Ideias ele as possui. Capacidade de pô-las em prática e criar polêmica, também. E por uma boa causa então, sai da frente. Daí... Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
O PC do B e o PDT podem não estar na coligação da campanha do PT. Começaram as negociações. No PDT, que já está empuleirado no governo de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, com Roberto Procópio Gomes, manobra-se para que na próxima convenção este risco de ficar fora do casamento com o PT seja afastado. Sairia Carlos Eurico Fontes, o Zuza, e entraria o ex-secretário Francisco Hostins Júnior, na presidência.
O caso mais complicado está no PC do B. Os ex-petistas, alijados da atual administração estão no PC do B a exigir posicionamentos mais firmes do presidente Heriberto Kuntz, que administra a política habitacional de Zuchi e Mariluci. Kuntz terá que fazer malabarismos para continuar no governo, arrumar novos espaços e mudar os relacionamentos na fatia do atual poder municipal.
A advogada da família Fristche (Sul Fabril), Letícia Wolff Corrêa, está contestando na Justiça a desapropriação (e o preço) daquelas terras da Fazenda Juçara e que a prefeitura colocou uma placa como adquirida, para fazer o parque municipal de eventos na Margem Esquerda. Ou seja: não foi adquirida, está sendo discutida na Justiça e quem sabe para outro prefeito pagar a (alta) conta. Acorda, Gaspar!
Sintraspug está em silêncio. Quem vai fazer e patrocinar a festa do servidor público é a prefeitura? Outra. Ontem a prefeitura apresentou o Plano de Carreira, como presente. Tem menos de dois meses para ser avaliado, discutido, emendado e aprovado na Câmara. No ano que vem, é ano político. Os vereadores e o Sintraspug estarão, mais uma vez, numa sinuca de bico do Executivo. Acorda, Gaspar!
Falta o ministério Público se interessar. Cargo burocrático de confiança tem direito adicional noturno e periculosidade? Pois é isso que acontece com o diretor de Planejamento, Élio da Silva, o eletricista experiente concursado da prefeitura de Gaspar. Isto também não é desvio de função pois ele de fato é eletricista e não diretor de Planejamento? Outra, Idalécio Santarém, é pedreiro de carreira na prefeitura. Ganha periculosidade, horas extras e adicional noturno. E quem paga a moradia provisória dele desde 2009, a luz e a água dele? Todos os gasparenses. Ele mora numa construção ao lado da quadra do Colégio Honório Miranda. Estes são os dois pesos e duas medidas da diretora de finanças, Fátima Arruda. Acorda, Gaspar!
Edição 1335
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