30/09/2011
HORAS EXTRAS
Os auxiliares de enfermagem do Samu de Gaspar estão de cabelo em pé (e a secretária interina da Saúde, Fátima Arruda, também). Eles ganhavam 16 horas extras para se igualar ao salário dos técnicos de enfermagem. Na prefeitura não há concurso ou concursado para tal (se fosse para comissionados...). Quer mais? Além deles, havia outros profissionais que estavam em desvio de função e ganhavam horas para compensar. O que é estranho? É que até agora, ninguém falou nada dos médicos que ganhavam para ?pagar? empréstimos. Os holerites saem hoje. Vão trazer surpresas, choradeiras e denúncias. Isto não terminar bem, apesar da turma escalada para o abafa. Falta o ministério Público se interessar pelo assunto. Mais, nenhum vereador está interessado em descobrir essas mágicas e diferenças.
RUA FECHADA I
A primeira grande obra em Gaspar do prefeito Pedro Celso Zuchi e sua vice, Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, foi a de erguer (ou permitir) um muro e assim de fechar a Rua Cecília Joanna Schneider Krauss, ali no início do Bairro Sete. O prefeito e a vice pediram voto ao povo. Eleitos, quem eles favoreceram por primeiro? Meia dúzia de privilegiados e esclarecidos. Fecharam uma rua pública exatamente ao povo (quando pelo trânsito precisamos que ele abra mais ruas, mas não fez isso até agora). Para esta ?obra? não houve viagem a Brasília. Coisas de quatro paredes e o Fórum daqui. Nem a assessoria de Imprensa emitiu vários ?press releases? anunciando a assinatura de convênios, contratos, promessas etc.
RUA FECHADA II
Humilharam (prefeito, vice, assessores e o PT) a Câmara, pois ela aprovou uma lei renominando a Maria Cecilia Schneider Krauss (até o nome da homenageada erraram) e no texto não há nenhuma menção de que era um beco, ao contrário. Depois que o fato se tornou notícia aqui, pois outros não tiveram coragem, o prefeito e sua turma prometeram regularizar esta situação, num acordo com os vereadores. Fizeram a indicação e esperam até hoje o projeto de lei. Enrolaram. Não se fez nada até agora. Estão esperando que o povo esqueça. Eu não. A Câmara, mansa, também não cobrou nada.
RUA FECHADA III
Voltando e explicando. Alguém inconformado e com interesse, falsificou, alterou na manha, uma Lei fruto da soberania da Câmara (e se sabe quem fez este crime) para se ?argumentar juridicamente? o seu fechamento. Ou seja, mais uma vez mandou-se uma banana para a Câmara e os vereadores (e querem o aumento deles para mais gente passar recibo de tola). E quem fez o acordo dentro de um Interdito Proibitório que não tinha nada a ver com o fechamento apenas para servir aos interesses particulares dos donos da rua? O professor de direito e procurador do município, Mário Wilson da Cruz Mesquita. E para que? Para dar tranqüilidade e mais segurança a ricos; para que as pessoas comuns, do povo, não as perturbem passando pela rua.
RUA FECHADA IV
Resumindo, tornaram a Rua Cecília Joanna Schneider Krauss em um beco, como se fosse um condomínio fechado, ?mais seguro? só para os que moram lá, como argumentam seus donos e quem os ajudou nesta sanha. Estão todos gozando de quem quer e o povo, os quais insistem, que a lei seja cumprida e a rua aberta, até porque a Justiça, acionada, está em silêncio e faz muito, mas muito tempo. Finalizando. Esta também é uma grande obra da Ditran. Ela avalizou tecnicamente o fechamento da rua. Como no caso das placas falsas plantadas na BR 470 (e que já tiraram de lá) que anunciavam lombadas, fez o papel de boca alugada do Executivo. Falta então à Ditran colocar lá rua a placa de que aquele muro e fechamento da rua são mais uma obra sua. Acorda, Gaspar!
JOGADAS I
Sob este mesmo título, na coluna de sexta-feira, mostrei que a prefeitura de Gaspar manobrava para devolver uma doação de terrenos na Margem Esquerda. Era da família Isensee e destinava-se à construção do Centro de Convivência para Idosos. Os vereadores Rodrigo Boeing Althoff, PV e José Hilário Melato, PP, para votar pela segunda vez, pediam explicações à prefeitura e não as recebiam. Genérica e informalmente a bancada do PT informava que a doação não era possível devido a uma doadora (Arlete) ter falecido (meia verdade, pois ela documentou a doação em vida) e que o Centro de Convivência agora seria construído na Coloninha.
JOGADAS II
Na sessão de terça da Câmara, depois que esta coluna esclareceu tudo e não havia como enrolar administrativa e juridicamente, caiu a máscara das desculpas que se vinha utilizando para reverter a doação. A prefeitura e o PT mudaram a tática. Levaram à sessão duas herdeiras Maria Helena (professora municipal e a disposição da Assessoria da Terceira Idade) e Raulina Insensee. Elas deixaram claro que o Município não se interessou pela doação e que agora, se arrependeram e precisam do dinheiro, pois já tem compradores para os dois lotes doados.
JOGADAS III
Simples. Explicado. Esclarecida a jogada e o Conselho da Terceira Idade ? o mesmo que pediu a reintegração da Sociedade Alvorada escondiam ? que ciceronou as interessadas na sessão da Câmara. O depoimento emocionado convenceu os vereadores. E eles aprovaram em segunda votação o projeto de lei nº 49/2011, do Executivo que revogou a lei 2.161, de 14 de setembro de 2011. Nada como uma imprensa livre, investigativa para contribuir para a transparência pública. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
A médica ortopedista Ana Paula Klein não mais atenderá no Hospital de Gaspar. O motivo da saída dela é a falta de pagamento por seus trabalhos prestados. E agora? Os gasparenses possuem a opção do médico ortopedista Fernando César Buchen. Acorda, Gaspar!
Mundo estranho. No portal, um internauta que apenas se identificou como amigo do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, fez uma apaixonada defesa da honra do prefeito. Ele se referia à notícia que publiquei com exclusividade sobre o parecer do procurador do TER e que pode livrar o prefeito da denúncia de compra de votos na eleição dele. Publiquei porque acompanhava um fato público.
Primeiro o amigo não se identificou nem ao próprio prefeito, nem aos leitores e leitoras. Segundo, escondeu-se em e.mail falso. Terceiro disse que não é cabo eleitoral. Quarto, afirmou que não é mamador da teta da barrosa (prefeitura).
Pois bem. Se ele é amigo do prefeito (e deve ser), por que se esconde? Vergonha do que? Se não é pago para escrever (fora das assessorias ) e não é cabo eleitoral, é o que? Parente, advogado, beneficiário ou pau mandado? E por último. Até quem se diz ser amigo do prefeito Pedro Celso Zuchi, mesmo escondido em pseudônimo e endereço que não pode ser alcançado imediatamente, confirma em público, com todas as letras, o que todos sabem e destrói a reputação da atual administração: de que a prefeitura é uma teta. Afinal, como desmentir o alto número de comissionados, os trens da alegria e as dúvidas do Tribunal de Contas? Acorda, Gaspar?
Dia seis de Outubro é o último dia para a inscrição nos partidos dos que querem concorrer a cargo eletivo. A pergunta que Gaspar faz é aonde o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, ex-PMDB e PSB, vai se inscrever. Há quem diga que ele pode até nem se inscrever.
Enfim, alívio no Brasil e aqui em Gaspar. O PSD existe oficialmente desde terça-feira como 28o. partido brasileiro. Nasce um ajuntamento que não é de Centro, de Esquerda, de Direita, de Situação, de Oposição, que não é contra e nem é a favor. Ou seja, parece que não é nada. É um partido de interesses e interessados pelo jeito. Começou mal: sem ideário. E precisa se até o PT jogou o dele no lixo?
Sobre as casas que persistem, perigosamente, desde a década de 1940 ali na barranca do Rio Itajaí, as quais desmoronam ali no Bairro da Figueira, o ex-prefeito, Adilson Luiz Schmitt me escreve. ?Não é verdade que não tomei providências. O coordenador da Defesa Civil, Sérgio Almeida, desocupou e levou para a antiga escola ao lado da Verde Vale. Por pressão, ajuda de políticos e da Celesc que relegou a luz, eles voltaram?.
Coisas das enchentes. Ontem a presidente Dilma Vanna Rousseff assinou o decreto liberando o Fundo de Garantia aos desabrigados. No dia 19 a prefeitura recebeu do Ministério da Integração nacional R$500 mil, segundo consulta que pode ser feita no Siafi. Só três semenas depois da enchente, a Secretaria de Desenvolvimento Social de Gaspar vai cadastrar atingidos para receber cestas básicas. E o prefeito de Gaspar está listado na caravana de prefeitos que vai a Brasília pedir mais dinheiro para se recuperar das enchentes. Acorda, Gaspar!
O PT de Gaspar manobrou para que ninguém mais fechasse a BR 470 por um trevo decente na Rua Hercílio Fides Zimmerman. A enrolação vai continuar. Olha só a manchete dos jornais: Prevista para setembro, conclusão do projeto executivo da duplicação da BR-470 tem novo prazo. Dnit informou que documento será finalizado até o fim deste ano. Ai, ai, ai. É coisa do protegido da gasparense honorária, a ministra Ideli Salvatti, o superintendente do Dnit, João José dos Santos, PT.
Edição 1330
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