Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

01/04/2016

NÃO VAI TER GOLPE I

O PT de Gaspar avalia internamente que a desastrada, para ele, audiência pública de quarta-feira da semana passada na Sociedade Harmonia, no Belchior, foi reflexo do ambiente nacional contra o partido. Erram mais uma vez os dirigentes petistas locais. Continuam com a cabeça enterrada na areia e arrumando culpados para seus próprios e sucessivos erros, prepotência, arrogância, imposições, constrangimentos, vingança e perseguições. O clima nacional hostil pode ter ajudado, sim, pois mostra um retrato de como são. Entretanto, o que aconteceu no Belchior foi fruto de um erro estratégico unicamente daqui. Mexeu-se com o sentimento bicentenário de uma comunidade, com manobras e mentiras.

NÃO VAI TER GOLPE II

Era um dos gols mais bem feitos que apareceu para o PT chutar, comemorar e fechar as portas do Belchior aos críticos. Ser distrito – que foi aprovado na Câmara por unanimidade na terça-feira - é o que o povo de lá mais queria há décadas. Contudo, o PT ditador e autossuficiente, preferiu construir uma nova (e sua, como sempre) narrativa (para usar a palavra da moda dos próprios petistas) para a nova denominação que queria dar ao Belchior. Fez intencionalmente para sepultar a original, a verdadeira, a construída pelo povo de lá. Deu no que deu. Agora, o PT acha que parte culpa de tudo o que se sucedeu é dos coxinhas, dos reacionários, dos conservadores e golpistas, de parte da imprensa e principalmente dos que lideram com credibilidade – que o PT nção tem mais - as redes sociais e que querem apear Dilma, Lula e a camarilha do poder. A verdade é que o PT de Gaspar não contou com a descoberta a tempo (e foi nesta coluna na internet, a mais acessada), não contiveram a propagação nas redes sociais que se iniciou com Paulo Filippus, bem como a reação comunitária. O PT de Gaspar com todo este episódio só provou que não conhece o Belchior, os belchiorenses e suas lideranças. Acorda, Gaspar! Belchior já acordou.

CHAPEIRO I

O presidente da Câmara, Giovano Borges, PSD, ou foi enrolado – o que mostra que não sabe o que está fazendo na presidência da Câmara -, ou foi conivente, sabia e participou de tudo contra os servidores municipais. O garoto do PT e de José Hilário Melato, PP, fingiu fazer o jogo dos funcionários da Câmara, mas na verdade “salvou” o reajuste dos próprios salários dos vereadores. Tudo nas barbas do Sintraspug. Fritou na chapa com o PT os funcionários da prefeitura: eles vão receber só 5% agora. Os outros 6,31% em setembro, isso se tiver dinheiro (e não terá, diante da crise nacional e local causada pelo PT). Para os funcionários da Câmara e os vereadores que trabalham com eles, 11,31% já.

CHAPEIRO II

Quem reajustou os subsídios dos vereadores de Gaspar integralmente diferente do que aprovaram para os servidores da prefeitura? José Amarildo Rampelotti, PT; Antonio Carlos Dalsochio, PT; Hamilton Graff, PT; Daniel dos Reis, PT; José Hilário Melato, PP; Marcelo de Souza Brick, Ciro André Quintino, PMDB; Jaime Kirchner, PMDB; Sérgio Luiz Batista de Almeida, PSDB; (sindicalista, ex-presidente do Sintraspug, suplente e que substituía a titular Marli Iracema Sontag, PMDB). Quem permitiu a discriminação? Giovano Borges, PSB, que presidia a sessão. Quem votou contra? Luiz Carlos Spengler Filho, PP; Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB; Charles Roberto Petry, DEM, (suplente que substituía a titular Ivete Mafra Hammes, PMDB). Os três são servidores municipais. Luiz Carlos é agente de trânsito. Andreia e Charles, professores.

CHAPEIRO III

O que queriam o PT e Melato (o mais longevo, várias vezes presidente, segundo secretário, que conhece tudo como ninguém e poderia ter evitado isso) ao manobrarem ou assistindo a “confusão” do presidente no encaminhamento da matéria? Atender à prefeitura no arrocho contra os funcionários, salvando a si próprios com os servidores da Câmara. No fundo, a intenção era a de colocar mais uma casca de banana, das muitas que vêm armando contra o discurso reto de Andreia. Ou seja, a de criar uma incoerência, muito comum ao PT. Tudo para igualar Andreia a eles. A manchete pretendida deles era: “Andreia vota pelo parcelamento do reajuste dos servidores municipais enquanto dá aumento integral para si e os servidores da Câmara”. Não deu certo desta e mais uma vez.

TRAPICHE

Hoje é Primeiro de Abril. Então... o PMDB vai a Rio do Sul dar uma coletiva sobre o desembarque do governo Dilma Vana Rousseff e da parceria com o PT.

O PSD continua insistindo em se coligar com o PSDB. Joga nos bastidores e fica chateado quando isso vaza para a imprensa. O PSD, todavia, não quer os tucanos na cabeça. Só a articulação de Andreia e o conjunto do DEM de presente. Se os tucanos desistirem da cabeça, O PSD jura que traz o PSB (o que já era PSD) junto. Mas, o PSB – que é uma franja do PSD - já não está prometido para o PT?

Se o PSDB não aceitar a proposta – PSB e PSD que andam de mãos dadas por aqui- diz o PSD vai sozinho à disputa com Marcelo de Souza Brick com qualquer outro e que não será o PSB. Só faltou dizer mais claramente que o objetivo dos dois é tirar Andreia Symone Zimmermann Nagel, do páreo fazendo o serviço para o PT e lateralmente, para o PMDB e PP. O PSD foi o que mais perdeu no jogo na janela de filiações, então joga se ter cacife.

Ilhota em Chamas I. A Comissão Processante criada na Câmara para apurar os crimes de responsabilidade do prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, por não prestar contas e não apresentar a LDO e a LOA de 2014, pegou fogo. O advogado Silvio Borges de Jesus questionou fortemente as obstruções do presidente da comissão, o vereador Gilberto de Souza, PP.

Ilhota em Chamas. Para o advogado, o presidente está trabalhando como verdadeiro advogado do prefeito neste caso, causando embaraços e obstrução aos trabalhos, apuração e coleta de depoimentos. Isto pode terminar antes na Justiça.

Ilhota em chamas. Outra. O município não tem acesso a crédito, verbas e financiamento. Está lhe faltando certidão negativa de débitos federais.

O vereador Jaime Kirchner, PMDB, pede para esclarecer e retificar três notas que publiquei no dia 19 de fevereiro. A primeira falava sobre a falta de oposição há quase oito anos ao PT e ao governo de Pedro Celso Zuchi. Ele não poderia fazê-lo pois só está no mandato há apenas quase quatro anos. Tem razão no lapso temporal.

A segunda é sobre o vencimento bruto de R$ 9.866,65, como “Consultor Educacional” que circulava na internet e que recebe via Agência de Desenvolvimento Regional. Não se trata de cargo comissionado no cabideiro de empregos da ADR, mas da sua aposentadoria mensal depois de quase 40 anos como professor e diretor de escola estadual. Jaime não contestou à época a informação na internet. E no Portal Transparência do governo do Estado, ele está lotado na ADR de Blumenau. Outra: nada é informado no portal de que são proventos de aposentadoria. Ele se soma aos R$5.277,04 aprovados na Câmara na semana passada para a partir deste Março.

A terceira é sobre a sua falta de empenho para a candidatura de Joel da Costa a deputado estadual. Esta conclusão ouvi na pré-campanha após meus questionamentos para formação de opinião do então e hoje presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira e do então candidato Joel da Costa, em almoço privado, a convite de ambos, no Raul’s, em Gaspar. O vereador não concorda.

 

 

Edição 1743

Comentários

Ana Amélia que não é Lemos
04/04/2016 14:13
Sr. Herculano:

Lula plantou provas para despistar Lava Jato
Do O Antagonista

"A PF encontrou no apartamento de Lula a minuta de um contrato de compra e venda do sítio em Atibaia.

Na época, publicamos o seguinte:

O Antagonista desconfia de que esse documento foi forjado por Lula e seu bando, para 'provar' que o sítio não é do petista.

Não esqueçamos que Lula sabia da operação de busca e apreensão.

Hoje a coluna Radar, da Veja, diz que a PF suspeita que Lula tenha plantado documentos em seu apartamento para despistar os investigadores.

'Um dos documentos sobre os quais recai a suspeita é o contrato de compra e venda do sítio de Atibaia.

Diante das evidências, mostradas no grampo telefônico, de que Lula já esperava sofrer busca e até mesmo a condução coercitiva, procuradores e policiais federais acreditam que o documento pode ter sido plantado para justificar uma futura tentativa de regularizar a propriedade do imóvel".

Que bom! que a PF é mais inteligente e preparada que as pencas de "adevogado" de Lulla - O Bócio.

Acontece que quem é bandido desde criancinha, não há argumentos que o faça persuadí-lo do contrário.

#CadeiaNoVagaba
Sidnei Luis Reinert
04/04/2016 12:15
#Asnovinhastãosensacional!: velho Brasil que se dane!


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Munik ou Cacau? Quem vencerá o Big Brother Brasil 16 nesta terça-feira? Ricaços rentistas do mercado financeiro tupiniquim aumentam suas apostas milionárias nesta segunda-feira. As duas bem cotadas nas bolsas de apostas clandestinas comemoraram a ida para importantíssima finalíssima com o bordão: "As novinhas tão sensacional"... A opção entre a moreninha e a loura é mais fácil que apostar: Dilma vai ser impedida ou vai renunciar? Lula será indiciado e processado ou vai virar ministro na quinta-feira por ordem do Supremo Tribunal Federal (onde ele e Dilma indicaram 9 dos 11 ministros)? Não vai ter golpe? Ou gole?

Cuidado com as visões "apaixonadas" que detonam apenas o PT é poupam PMDB e PSDB. Os três partidos já provaram que são danosos para o Brasil. Consagram apenas o modelo Capimunista Rentista Patrimonialista, com meras variações de radicalismo ideológico e conchavo político. Tirar Dilma Rousseff e deixar Michel Temer é suicídio político no curto prazo. O País não aguenta mais um Presidente que ofereça risco, em uma situação jurídica extrema, de acabar Presidiário na Lava Jato...

As discussões sobre Poder não podem ser iguais aos debates futebolísticos. O PMDB está há 31anos no poder. O PT já 13. Tucanos só retornam com Temer, na aliança oportunista que agora Nelson Jobim articula com a colaboração da cúpula do judiciário. De repente, o STF resolve julgar, na quarta-feira, um questionamento feito em 1997 pelo então deputado baiano Jaques Wagner sobre a possibilidade de migração do sistema presidencialista para o parlamentarista por meio de uma mera emenda constitucional, sem necessidade de plebiscito. Michel Temer, agora de olho na butique de R$ 1,99 que a Dilma faliu, é um dos mais ardorosos defensores do parlamentarismo...

Temos mais um estelionato político sendo arquitetado no Brasil que ainda não aprendeu a fazer Política de forma série, ética e civilizada, com foco nos objetivos nacionais fundamentais. Novamente, fica evidente que a oligarquia tupiniquim não quer resolver problemas. Deseja apenas fazer mais um remendo em uma estrutura injusta e falida de Nação. Mais grave é que a maioria fica mais preocupada com o futuro imediato das jovens "Big Bundas" do que com o presente sem futuro do Brasil. O brasileiro deseja, sinceramente, mudanças? Eis a dúvida. A certeza é que não sabe como, quando e para quê deseja "mudar".
Herculano
04/04/2016 06:52
da série: sai PT, entra o PT com outro nome

REDE LANÇA CAMPANHA POR NOVA ELEIÇÃO, por Tereza Cruvinel, ex-presidente da Empresa Brasileira de Comunicação, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, PT

Na terça-feira, 29, logo depois que o PMDB declarou em três minutos que rompia com o governo, deputados da Rede Sustentabilidade começaram a fazer as primeiras consultas, tanto a tucanos como a petistas. Como a receptividade foi pequena, o partido de Marina Silva decidiu levantar a bandeira sozinho, na esperança de que outros partidos e entidades venham a engrossar o movimento que está propondo. Na próxima terça-feira, 5, a Rede fará o primeiro do que espera venha a ser uma série de atos com o lema "Nem Dilma, nem Temer, nova eleição é a solução.

Os deputados redistas têm se declarado contra o impeachment mas argumentam que, mesmo derrotando o golpe, a presidente Dilma terá dificuldades para governar. Poderá compor uma maioria com partidos pequenos e uma banda do PMDB mas estará sempre sujeita a cobranças de natureza fisiológica. Teria dificuldades para restaurar a credibilidade econômica do governo.

"Para a REDE, a solução para a atual e grave crise política do país não está nem na presidente Dilma Rousseff, nem no seu vice Michel Temer, porque ambos são responsáveis pela atual situação do Brasil. Por isso, a realização de um novo pleito é a melhor forma de enfrentar todo esse contexto, ao devolver à sociedade a opção de rever sua opção através do voto", diz a nota do partido que divulga o ato, marcado para as 14 horas de terça-feira no Hotel Nacional de Brasília.

A Rede sustenta ainda que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é a instituição com legitimidade para decidir sobre a cassação da chapa Dilma/Temer, diz que a saída do PMDB do governo é apenas uma jogada oportunista para tentar se descolar da responsabilidade pela crise política, e que a distribuição dos cargos agora vagos a partidos igualmente implicados nas denúncias da Lava-Jato só agravaria a situação

A proposta, entretanto, esbarra em dois poréns.

Para ser viabilizada antes da votação do impeachment, Dilma e Temer teriam que renunciar, tal como sugeriu em editorial a Folha de São Paulo. E Dilma já respondeu: jamais renunciará ao mandato que recebeu do povo. Para haver nova eleição, ela e Temer teriam que renunciar este ano.

Segundo, a possibilidade de cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE é um processo que ninguém sabe quando terminará, não representando, portanto, uma solução. Se eventualmente o desfecho for pela cassação da chapa, e acontecer no ano que vem, não haverá nova eleição, mas a posse do sucessor imediato, que hoje é Eduardo Cunha. Depois dele, Renan Calheiros. E depois, o presidente do STF.

Finalmente, resta uma questão importante. A eleição seria só para presidente e vice ou o Congresso atolado na Lava Jato também seria renovado?
Herculano
04/04/2016 06:45
PROJETO DE PODER

"Caíram por terra todas as tentativas reincidentes de tentar culpar o mundo, a oposição, a imprensa e apontar golpistas imaginários. Estamos diante de um governo que mentiu à nação, prometendo o que jamais seria capaz de cumprir. E que atropelou as leis em nome de um projeto de poder de suas necessidades e conveniências", do senador mineiro Aécio Neves, presidente do PSDB e derrotado por Dilma Vana Rousseff, PT, na última corrida presidencial.
Herculano
04/04/2016 06:37
MELHOR PERDER, por Valdo Cruz, para o jornal Folha de S. Paulo

Ganhar pode ser o pior destino. Talvez seja melhor perder, tentar virar esta triste página da nossa história e sairmos como vítimas deste processo que, se perdurar, vai nos destruir por completo.

A reflexão é compartilhada não apenas por um, mas vários petistas, que temem o dia seguinte a uma eventual vitória na votação do pedido de impeachment da presidente Dilma na Câmara dos Deputados.

Num cenário de delações em curso e com previsões devastadoras para o governo e PT, agravado por uma crise econômica que só piora, ganhar a votação na Câmara pode ser o passo final rumo ao precipício.

Sem falar que, para escapar da degola, Dilma sepultou as medidas amargas para arrumar a economia e promete mundos e fundos aos movimentos sociais. Vencendo, não terá como quitar tal dívida "como fez depois da campanha eleitoral".

Daí que perder pode ser melhor negócio, literalmente. Sair posando de vítima de um golpe, de um impeachment sem crime caracterizado e deixar para Michel Temer o desgaste de consertar a economia.

Talvez seja melhor, avaliam petistas, ganhar as ruas em vez da votação do impeachment. Poder atacar um governo Temer, acusando-o de mexer na aposentadoria, de tirar direitos trabalhistas e promover um forte ajuste fiscal. Medidas inadiáveis se o país quiser sair da crise.

Só que o vento começou a mudar com o varejão dos cargos federais e algo antes visto como impossível, barrar o impeachment, já passou ao campo das possibilidades.

Aí, entra outro grupo de petistas, que defende, superada a guerra do impedimento, a convocação de eleições gerais no país como saída para a crise. Dilma Rousseff faria o gesto em nome da unidade nacional.

Amigos da presidente duvidam, porém, que ela abrace a ideia e pode repetir o erro de sempre. Crer que tudo pode após ganhar uma batalha e, depois, acordar tarde demais para a realidade: seu tempo acabou
Herculano
04/04/2016 06:31
DILMA ACENA COM GOVERNO PIOR, por Ricardo Noblat, de O Globo

Em meados de agosto de 1992, o empresário alagoano Paulo Cesar Farias, conhecido como PC Farias, ex-tesoureiro da campanha do então presidente da República Fernando Collor e eminência parda do governo, procurou em Brasília o também empresário Luiz Estevão de Oliveira, seu amigo e parceiro em negócios, e pediu-lhe um favor especial: que guardasse no cofre de sua casa uma alta soma em dinheiro vivo.

O dinheiro serviria para aliciar votos de deputados e senadores dispostos a derrotar um eventual impeachment de Collor.

O governo fracassara no combate à inflação. E fora atingido por denúncias de corrupção que estavam sendo investigadas por uma CPI do Congresso. As ruas exigiam a queda de Collor. Só lhe restava comprar apoios com dinheiro, cargos e promessas.

A cada telefonema de PC Farias, Luiz Estevão sacava dinheiro do cofre e providenciava sua entrega ao parlamentar indicado. A 10 dias da votação do processo na Câmara, PC parou de telefonar.

Havia dinheiro de sobra no cofre, mas já não havia deputados à venda. Em 29 de setembro, o impeachment foi aprovado por 441 de um total de 509 deputados. O Senado cassou o mandato de Collor em 29 de dezembro.

O desfecho, agora, do segundo pedido de impeachment da história recente do país passará pela decisão a ser tomada por um grupo de 40 deputados que se diz indeciso.

Se ao fim e ao cabo, 342 deputados de um total de 513 disserem "sim" ao impeachment, caberá ao Senado julgar Dilma por crime de responsabilidade. Se apenas 172 deputados disseram "não" ou se abstiverem de votar, o processo estancará na Câmara.

Para salvar Dilma, não se descarte a compra de votos mediante dinheiro em espécie.

Outras moedas começaram a ser usadas ?" oferta de Ministérios e cargos em diversos escalões do governo, liberação de emendas ao Orçamento para a realização de obras em redutos eleitorais de deputados, e promessas de ajuda em tribunais superiores para os encrencados com a Lava-Jato (Alô, alô, Renan Calheiros!).

Acostume-se com a insignificância das siglas destinadas a conduzir áreas estratégicas da administração pública: PTN, PHS, PSL, PEN e PT do B. Elas têm 32 deputados. PP, PR, PSD PRB são considerados partidos da segunda divisão, mas reúnem 146 deputados.

O PRB do mensaleiro Valdemar Costa Neto, condenado a sete anos de prisão, será agraciado com o Ministério de Minas e Energia.

Na bolsa informal de valores do Clube da Falsa Felicidade, o outro nome pelo qual o Congresso é chamado em Brasília, pagou-se R$ 400 mil na semana passada para o deputado que se abstivesse de votar o impeachment. Ao que votasse contra, R$ 1 milhão.

O mercado está com viés de alta. A oposição parece mais perto de atrair 342 votos a favor do impeachment do que o governo 171 contra.

Uma possível vitória do governo não será comemorada nem mesmo por ele. Há pedidos de impeachment na fila da Câmara. A Justiça examina a impugnação da chapa Dilma-Temer por uso de dinheiro sujo. E se agrava a maior recessão econômica que o país já conheceu desde o início do século passado.

Como Dilma enfrentará tudo isso com um governo muito pior do que o atual?

Isolada no Palácio do Planalto, transformado em aparelho político, Dilma recusa saídas que poderiam deixá-la menos mal com a História ?" a renúncia ou a convocação de novas eleições gerais. Tenta controlar os nervos à base de calmantes.
Herculano
04/04/2016 06:25
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA

Ela é exclusiva para os leitores e leitoras que fazem ela ser a mais acessada no portal mais antigo, mais atualizado, mais acessado e de maior credibilidade, o Cruzeiro do Vale
Herculano
04/04/2016 06:23
O BAFO

O deputado Celso Maldaner, PMDB, teve desconfortos no Oeste do estado durante o casamento da filha. Celso não retificou claramente a sua inicial disposição de votar contra o impeachment.

Outros deputados federais estão sumidos da sua base, para ficarem cegos, surdos e mudos com os seus eleitores. Faz meses, por exemplo, que Rogério Peninha Mendonça, não aparece por Gaspar e numa entrevista nas rádios esclarecer de vez por todas a sua posição sobre o impeachment de Dilma Vana Rousseff, PT. Já passou da hora para declarar uma decisão para ser confrontada no dia da votação na Câmara. Acorda, Gaspar!
Herculano
04/04/2016 06:17
RELATOR DEVE RECOMENDAR APROVAÇÃO DO IMPEACHMENT EM COMISSÃO ATÉ QUINTA-FEIRA, por Josias de Souza

Enquanto Dilma Rousseff repete o mantra segundo o qual "não vai ter golpe", o processo de impeachment avança.

Relator da comissão que trata do tema na Câmara, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) pretende apresentar seu parecer até quinta-feira. O Planalto suspeita que Jovair, um soldado da infantaria de Eduardo Cunha, redige o documento com a caligrafia do presidente da Câmara. Dá-se de barato que o deputado votará a favor do impedimento.

Nesta segunda-feira, vence o prazo para que Dilma apresente, por escrito, sua defesa junto à comissão do impeachment. A peça converterá o processo num "golpe" sui generis, condicionado ao amplo direito de defesa. O "atentado à democracia" ficará ainda mais inusitado no final da tarde, quando o ministro petista José Eduardo Cardozo, advogado-geral da União, comparecerá à comissão para fazer a defesa oral da presidente. Remunerado pelo contribuinte, repetirá que "não há base legal" para o impedimento.

Cumpridos os rituais da defesa e da acusação, os membros da comissão estarão aptos para deliberar. O regimento prevê que os deputados poderão pedir vista do processo. O que deve empurrar a decisão final da comissão para a semana que vem. O Planalto está pessimista. Avalia que formou-se na comissão uma maioria contra o governo.

Numa articulação comandada por Lula, rebaixado da condição de ex-presidente para a de ex-quase-futuro-ministro, o governo se equipa para tentar reverter no plenário da Câmara a tendência pró-impedimento. Faz isso golpeando as mais trivais noções de ética e moralidade, negociando cargos e verbas com políticos que precisam de interrogatório, não de negociação.

A despeito da atmosfera de amoralidade, o governo ainda não obteve as 172 adesões de que precisa para evitar que a oposição chegue aos 342 votos necessários à aprovação do impeachment na Câmara e o consequente envio da peça para o Senado.
Herculano
04/04/2016 06:10
ACORDÃO OU AC?"RDÃO?, por Vinicius Mota, para o jornal Folha de S.Paulo

O jogo do impeachment se tornou diabólico porque o governo nunca esteve tão isolado e impopular. As peças se movem no sentido de obrigá-lo a operar numa lógica minoritária.

"Vencer", para o Planalto, equivale a cooptar apenas 172 deputados federais, do total de 513. Toda a máquina bizantina do Executivo federal será mobilizada para esse objetivo. Atingi-lo significará prolongar a agonia de um governo sobrepujado, no Congresso e na sociedade, e por isso inoperante.

A piada da vez diz que Lula da Silva será o fiador da governabilidade caso Dilma Rousseff sobreviva ao impeachment. Como chegaria a tal façanha uma figura rejeitada por 57% dos eleitores, encrencada na Lava Jato e investida do papel, exótico no mundo civilizado e na centenária República brasileira, de tutor de presidente incapaz?

Quem vai se aliar ao petismo e ao governismo nas eleições de outubro, quando, como se faltasse desgraça, a fogueira da recessão estará queimando emprego e renda como nunca em uma geração?

Os partidos sabem, e a pesquisa especializada confirma, que encolher nas eleições municipais é prenúncio de redução da bancada de deputados, estaduais e federais, dois anos depois. Detectou-se movimento de saída do PT na janela de desfiliação que acaba de se fechar.

Setores da velha elite brasileira, aos quais os caciques do petismo se associam por vocação e oportunismo, continuam a almejar um acordão para amaciar as investigações de abuso do poder. Não aprendem com os sucessivos traumas recentes nem se esquecem de seus hábitos.

Em tempos de acórdão, não há acordão. A Lava Jato, que agora acumula provas do financiamento ilegal da campanha de 2014, prosseguirá. Comitês de notáveis e poderosos deixaram de dar as cartas na política brasileira. Quem ainda não entendeu a mudança vai quebrar a cara.
Herculano
04/04/2016 06:05
MESMO DEMITINDO, PETROBRAS É O MAIOR 'CABIDE', por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Desde o início do petrolão, que surrupiou R$ 21 bilhões da estatal, a Petrobras demitiu mais de 30 mil pessoas, a maior parte terceirizados. O novo programa de demissões voluntárias objetiva demitir outros 12 mil. Mesmo após os desligamentos, a estatal ainda é a petroleira que mais emprega no mundo, à frente das gigantes Shell, Exxon Mobile e British Petroleum. E muito atrás delas em desempenho e lucros.

ASSIM NÃO DÁ
A Petrobras opera 7.000 postos de combustíveis no mundo e a Shell 44.000. A Petrobras registrou, em 2014, cerca de 3% do lucro da Shell.

INEFICIÊNCIA
A Shell, a Exxon e a British Petroleum (BP), juntas, empregam cerca de 262.000 pessoas, quase 13 mil a menos que a petroleira brasileira.

EFETIVOS
A Petrobras paga salários a 249.000 pessoas, das quais 84.000 são concursadas. Juntas, Exxon e Shell empregam 177.500.

INEFICIÊNCIA ESTATAL
Em 2014, a Petrobras lucrou US$ 1 bilhão; a Shell, US$ 14 bilhões; a Exxon, US$ 32,5 bilhões e a BP, US$ 12,1 bilhões.

DILMA CRIA CARGOS E CHEGA A 100 MIL COMISSIONADOS
Anunciado como grande "corte na carne" do governo para se enquadrar à grave crise econômica, não passou de lorota a redução de cargos e funções comissionadas alardeada pela presidente Dilma e seus ministros. Pelo contrário, o número de cargos, funções de confiança e gratificações do governo federal aumentou entre 2014 e 2015, chegando a 99.995, segundo o próprio Boletim Estatístico do governo.

'CUMPANHÊRADA'
Com orçamento de quase R$10 bilhões, não faltou dinheiro ao DNIT para criar, do nada, 475 funções de confiança em 2015.

ANDOU PARA TRÁS
Enquanto cortou 1,1 mil cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), Dilma criou 2 mil funções comissionadas no ano passado.

SOPA DE LETRINHAS
Os 100 mil cargos estão divididos em 47 siglas e abreviações das mais variadas espalhadas por Abin, AGU, ANAC, Presidência entre outros.

MEIRELLES COM MICHEL
O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, filiado ao PMDB, lidera dez entre dez listas de prováveis futuros ministros. Rejeitado por Dilma, que não o suporta, ele tem Michel Temer entre os admiradores.

RAINHA ELIZABETH
O ex-presidente Lula e o ministro Ricardo Berzoini (Governo) atuam na linha de frente do "toma lá, dá cá" para tentar barrar o impeachment de Dilma. A presidente nem sequer toma conhecimento das negociações.

ARTICULADOR NA ATIVA
Lula se reuniu dias atrás com os seis ministros do PMDB estimulando-os a afrontar a decisão do partido de romper com o governo. Prometeu que ficarão Kátia Abreu (Agricultura) e Helder Barbalho (Portos).

PAGAMENTO À VISTA
Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), do PMDB, aproveitaram a fragilidade do governo para emplacar o ex-senador Luiz Otávio na direção-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

FREIO DE ARRUMAÇÃO
Presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) ficou surpreso com a reação da bancada na Câmara, que subiu o tom e o impediu de aceitar oferecimento de cargos de ministro até 12 de abril.

171
Na visão do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), um governo que não tem 171 votos na Câmara já perdeu as rédeas da situação. "Sem 171 deputados, Dilma não tem a menor condição de governar", diz.

E O MOSQUITO, MADAME?
Permitir que o Ministério da Saúde seja usado para atender interesses políticos é prova de que, para Dilma, é mais importante se dedicar a impedir a liquidação do seu governo do que liquidar focos do mosquito.

OLHO GRANDE
Os partidos ainda aliados de Dilma, com um pé fora do governo, acham que se de fato assumir o governo, Michel Temer somente não deveria negociar ministérios como Fazenda, Planejamento e Casa Civil.

PENSANDO BEM?
? o rombo na Petrobras é tão profundo, que vai chegar no pré-sal
Herculano
04/04/2016 05:56
MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO DÁ BEM A DIMENSÃO DO RETRATO OPORTUNISTA DO PT E SEUS DIRIGENTES NO VALE TUDO PARA SACRIFICAR O BRASIL E OS BRASILEIROS. CONTRA IMPEACHMENT, LULA AVANÇA SOBRE O NORTE, NORDESTE E O BAIXO CLERO

Texto de Catia Seabra, Gustavo Uribe, Daniela Lima, Valdo Cruz, Débora Álvares e Gabirel Mascarenhas. Na luta para evitar o impeachment de Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula deflagrou uma ofensiva que traça como alvo parlamentares que compõem o chamado "baixo clero" ou que têm base eleitoral nos grotões do país, sobretudo em partes das regiões Norte e Nordeste.

A investida é sobre deputados menos suscetíveis às pressões das grandes cidades, onde ecoa o movimento pelo impeachment. Na avaliação do governo, a bancada evangélica também não é tão sensível aos apelos da rua.

No sábado (2), Lula se reuniu em Fortaleza com dez deputados do Ceará filiados a siglas como Pros, PDT e PTN. O ex-presidente também almoçou com governadores do Nordeste. Na semana passada, Lula reuniu parlamentares de Estados como Alagoas, Pernambuco e Pará.

Nas conversas, ele promete assumir as rédeas do governo assim que tomar posse na Casa Civil, o que acredita acontecer na próxima quinta (7).

Ele também delegou tarefas. Sob coordenação do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), foi escalado time de deputados de todos os partidos para lutar pelo arquivamento do impeachment.

Segundo relato de integrantes do "baixo clero", petistas têm procurado deputados de menor visibilidade para pedir sugestões para cargos do segundo e terceiro escalões dos seus Estados.

As indicações têm sido levadas ao ministro Ricardo Berzoini (Governo), responsável pelo chamado "varejão", a redistribuição para partidos aliados dos cargos que eram ocupados pelo PMDB, recém-saído do governo federal.

Pelas contas do Planalto, a cerca de quinze dias da votação do impeachment, o governo dispõe apenas de 136 dos 172 votos necessários para impedir sua aprovação.

O governo calcula que pelo menos 20 deputados federais se enquadram nesse perfil sob a mira de Lula. Os demais votos seriam conquistados em siglas como PP, PR e PSD, para as quais a presidente tem oferecido maior espaço na Esplanada.

'CENTRÃO'

Dirigentes dos três partidos e do PRB vão se reunir nesta segunda (4) para decidir se os novos ministérios oferecidos pelo Planalto são suficientes para levá-los a anunciar a manutenção do apoio a Dilma.

Os quatro, que juntos somam 144 deputados, querem que qualquer decisão seja tomada em conjunto. A ideia deles é apresentar a iniciativa como a versão nacional do chamado "Centrão", bloco que por anos comandou a Câmara Municipal de São Paulo.

O governo ofereceu a essas quatro legendas ministérios que hoje estão sob o comando do PMDB. A única exceção é a Secretaria de Portos, comandada por Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Ele apoia Dilma e deverá ser mantido no cargo.

O PR, que tem 40 deputados, demonstrou interesse na Agricultura e o governo tenta articular com o partido a filiação da atual comandante da pasta, Kátia Abreu, que hoje está no PMDB. A cúpula, no entanto, resiste à ideia. Hoje, o PR já comanda o Ministério dos Transportes.

Na tentativa de conquistar os 49 deputados do PP, o governo ofereceu à sigla o comando do Ministério da Saúde, hoje nas mãos de Marcelo Castro (PMDB-PI).

A chance de Castro ser demitido, no entanto, acabou azedando a relação entre o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), que indicou o ministro, e o Planalto. O deputado fez chegar ao governo que, se Castro deixar a Saúde, ele não se esforçará para garantir até 25 votos de peemedebistas contra Dilma.

O PRB, com 22 deputados, que havia se distanciado do governo, deve retomar a chefia do Ministério do Esporte. O PSD, com 33 deputados, também deverá ganhar um segundo ministério.
O Chororo Continua hahaha....
04/04/2016 00:04
Ao Almir Ilhota,
Não adianta assinar um convenio só para fazer campanha em cima de uma assinatura, uma obra só é valida com sua efetivação, quando a população passa a usufruí-la. HOJE a Ponte é uma realidade, algo concreto, que não esta apenas num papel para fazer campanha. Isso é graças a Daniel Bosi e ao Governador Raimundo Colombo. Aí voce vem me falar de Leoberto Leal, uma rua que foi feita menos da metade pelo governo anterior, que deixou para o atual governo uma empresa falida, incapaz de finalizar a obra, uma empresa que deixou a tubulação que colocou toda aberta, entupindo toda a tubulação que não pode ser aproveitada, mas que foi paga com nosso dinheiro, isso voce não fala né?! Mas isso é obra de vocês MO QUIRIDU! Rua Ângelo Três, o que vocês fizeram nela?! Só na tua imaginação mesmo, Modesto Vargas? Fizeram pela metade também, Posto Minas e Creche da Pedra de Amolar deixaram mais uma empresa capenga, alias, a mesma empresa né, coincidencia?! Kkkkk muuuuuitoo suspeito! Sobre empenhos a serem pagos, as contas de 2014 já foram aprovadas MO QUIRIDU, sobre salários, os funcionários nunca, NUNCA receberam os salários tão em dia, decimo terceiro adiantado, etc. enquanto o país esta em crise, Estados parcelando salários, aqui Daniel Bosi honra seu compromisso e valoriza os servidores, foi ele quem lançou um projeto para melhorar o salário base dos servidores, assim que assumiu, se outro tivesse vencido a eleição, os funcionários ainda estariam recebendo as migalhas, a não ser os puxa sacos lambe-lambe que recebiam horas extras absurdas para recompor o salário defasado! Só isso mostra o total descaso do teu partido, que não se importava com salário, sendo assim, não seria possível manter os talentos, os servidores BONS, que agregam para o município.
É MO QUIRIDU, mesmo com a sua gana querendo o MAL do nosso município, vais ter que nos aturar por mais 4 anos, o CHORO É LIVRE HAHAHA Vocês não tem mais nem argumentos contra o prefeito, só na base de mentiras e mais mentiras, só o que sabem fazer.
REITERANDO, a PONTE hoje é Realidade! Da-le Daniel Bosi! A oposição pira, esta inquieta, atirando pra tudo quanto é lado kkkkkkkk É Desespero É Desesperoooooo
Herculano
03/04/2016 21:57
A TEIMOSA. EM RESPOSTA A EDITORIAL DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO, DILMA DIZ "JAMAIS RENUNCIARÁ"

Parte 1

O texto foi colocado no perfil oficial da presidente no Facebook. "Setores favoráveis à saída de Dilma, antes apoiadores do impeachment, agora pedem a sua renúncia. Evitam, assim, o constrangimento de respaldar uma ação 'indevida, ilegal e criminosa'. Ao editorial da Folha de S.Paulo publicado neste domingo (3), fica a resposta da presidente: 'Jamais renunciarei'", diz a publicação, acompanhada de um vídeo com trechos de discursos anteriormente proferidos pela presidente.

O editorial "Nem Dilma nem Temer" [publicado abaixo]afirma que a presidente perdeu as condições de governar o país e, por isso, deve renunciar. O texto defende ainda que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) renuncie para que possam ser convocadas novas eleições. A Folha nunca defendeu o impeachment de Dilma.

REPERCUSSÃO

O ministro Edinho Silva (Comunicação Social) também criticou a posição defendida pelo jornal. Em nota, ele afirmou que "infelizmente, o editorial da Folha neste domingo, publicado semanas antes da deliberação da Câmara dos Deputados sobre o ilegal processo de impeachment da presidenta Dilma, engrossa o coro daqueles que não aceitam o resultado legítimo das urnas, daqueles que querem golpear a jovem democracia brasileira".

"O posicionamento do jornal contradiz todo o esforço que a Folha tem feito nas últimas décadas de ser um veículo que 'joga o jogo da democracia'", concluiu o ministro.

Procurada, a assessoria do vice-presidente Michel Temer disse que não comentaria o texto. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adotou a mesma posição.

Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio Mello diz-se afinado com a posição do jornal.

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que há alguns meses defendeu publicamente que Dilma renunciasse, afirmou que "o editorial mostra o que quase todos veem: que o governo da presidente Roussef e do PT perdeu a capacidade de dirigir o país".

"Há algum tempo eu pedi a ela publicamente que, em um gesto de grandeza, propusesse ao Congresso algumas medidas básicas para o país e oferecesse sua renúncia. A resposta a este clamor, agora também da Folha, foi clara: 'não renunciarei!'"

O ex-presidente indagou: "Por que haveria de aceitar hoje o que ontem negou? Sem a renúncia da presidente, como pedir ao vice que faça o mesmo?". Nesse cenário, diz FHC, "só resta insistir no impeachment". "E, se por meios inescrupulosos a Câmara ceder ao governo, caberá ao TSE julgar se há provas para invalidar as eleições de 2014."

Defensor do impeachment, presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), diz não acreditar na possibilidade de renúncia de Dilma e lembra que seu o apoio ao vice-presidente está condicionado ao compromisso do peemedebista de não vislumbrar a permanência no Palácio do Planalto após 2018.

"Dilma não renuncia, não há hipótese, a chance é nenhuma. O Brasil já vai mal diante da expectativa de impeachment, mas irá muito pior se houver a frustração da expectativa", afirmou.

Segundo Agripino, "Temer será um mero instrumento de um governo de coalizão. Já conversei com ele, e a condição de governabilidade é não ser candidato à reeleição. Se ele começar a falar nisso, partidos como PSDB, DEM e outros vão tirar o apoio, transformando-o numa nova Dilma".
Herculano
03/04/2016 21:55
A TEIMOSA. EM RESPOSTA A EDITORIAL DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO, DILMA DIZ "JAMAIS RENUNCIARÁ"

Parte 2

Líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE) classificou a posição do jornal como "equivocada". "Não vejo a presidenta renunciar, assim como não vejo hipótese de tantos segmentos abrirem mão (de seus mandatos). E quem quiser interromper o processo democrático deve assumir a responsabilidade por isso, não dá é para querer que ela a assuma", criticou.

Ele questionou ainda a legitimidade de Temer para ocupar a Presidência. "Não tem base social para tocar o governo. E vai ter no Congresso? Quem sabe? Dilma pode voltar a contar com a maioria no Congresso, como já ocorreu."

Assim como a maior parte dos atores políticos, ele acredita, porém, que a possibilidade de todos deixarem seus postos é próxima de zero.

"Minha leitura é aquilo que está ali (no editorial), o Brasil não pode continuar sangrando. Mas isso é uma visão utópica, de quem sonha e de quem não se imagina no Brasil. Os ocupantes são muito apegados aos cargos, o interesse nacional não prevalece", atacou o magistrado.

Entre os petistas, a ordem é engrossar o discurso de que a queda de Dilma não prosperará. Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) defende, inclusive, uma repactuação do governo com a participação da oposição.

"Pensaram que afastar a Dilma era tão fácil quanto afastar o Collor. Tem que sentar na mesa e repactuar o país, com a oposição. A condição de governabilidade se cria, se constrói. É só a oposição querer", propôs Guimarães.
Almir ILHOTA
03/04/2016 17:15
AO CHORA, ME LIGA..
ENTAO A PONTE É OBRA DO GOVERNO DANIEL, ASSIM COMO AS DEMAIS OBRAS QUE ELE ESTÁ TERMINANDO DEPOIS DE TRES ANOS E MEIO DE DESGOVERNO, ENTÃO FICA FÁCIL DE VOCES COMPROVAREM NÃO É MESMO, BASTA VEREM QUEM ASSINOU OS CONVENIOS, DOS QUAIS CITO AQUI, O ASFALTAMENTO DA RUA ANGELO TRES, MODESTO VARGAS, LEOBERTO LEAL, GALERIA DA VILA NOVA, P?"RTICO NO CENTRO, POSTO DE SAUDE DAS MINAS, QUE CONTINUA PARADO POR FALTA DE COMPETENCIA SUA, A CRECHE DA PEDRA, E COM RELAÇÃO A PONTE É BOM NEM CITAR POIS O TEXTO FICARIA EXTENSO DEMAIS, E EM SE FALAR DE EXTENSÃO, COMO FICARÁ AS CONTAS DE NOSSA PREFEITURA, AO FINDAR ESTE GOVERNO EM 31/12/2016, QUE ESTA MUITO PROXIMO, SERÁ QUE ELE DEIXARA COMO DEIXOU O EX PREFEITO, SEM NENHUM EMPENHO A SER PAGO, COM TODOS OS SALÁRIOS PAGOS, INCLUSIVE DÉCIMO E RECISÕES, COM TODOS OS MAQUINÁRIOS NA SECRETÁRIA DE OBRAS FUNCIONANDO. È AMIGOS, LEITORES E ELEITORES AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS ESTÃO CHEGANDO, E COM ELA A HORA DE DARMOS UM BASTA NESSA EQUIPE DE DESGOVERNA NOSSA QUERIDA ILHOTA.
Mariazinha Beata
03/04/2016 14:02
Seu Herculano;

Frase do dia no Blog do Noblat:

"O governo Dilma está acabado, independentemente do resultado de impeachment. O governo está apenas cumprindo prazos, os quatro anos constitucionais que lhe cabem, mas Dilma está muito desgastada, não tem mais força política para nenhuma iniciativa, não vai aprovar nada no Congresso."

Francisco Oliveira, sociólogo, fundador do PT

Não gosto de comunistas, uns porque são canalhas outros porque são tão ingênuos que beiram a idiotice.

Lógica e lucidez não fazem mal a ninguém.
Bye, bye!
Sujiro Fuji
03/04/2016 13:19
A revista americana FORTUNE está promovendo a eleição do pior Lider da TERRA.
No momento a presidente DILMA ROUSSEF está liderando a eleição com 281 mil votos.
Vote e compartilhe o link da revista com os seus amigos, contatos pelo Whatsapp e Rededes Sociais.

http://fortune.com/2016/03/30/rank-most-disappointing-leaders/?xid=soc_socialflow_twitter_FORTUNE

Vamos ajudar nossa presidente a ganhar essa eleição!
Erva Daninha
03/04/2016 13:13
Olá, Herculano;

A Dilma quando sair corrida da presidência, estará morta politicamente.
O LuLLa, de presidente, passou a ministro de araque que não pode trabalhar no palácio do planalto por ordem da justiça, tem que se esconder num hotel.
A Mariluci, de vice-prefeita vai se candidatar a vereadora.
O PT é como caranguejo, anda pra trás.
Como Darth Vader dizia; É o seu destino!
Anônimo disse:
03/04/2016 13:04
Herculano, o comentário das 23:25hs, só podia ser de um socialista fabiano.
Chora Me Liga Implora Kkkkkk
03/04/2016 12:17
Ao Almir Ilhota,
A Ponte é do governo anterior? Da onde? Essa é mais uma mentira que vocês querem acreditar, vivem numa fantasia Kkkkkk Que Ponte que o Ademar trouxe?! O governo anterior só sabia falar da Ponte próximo dos períodos eleitorais, e depois disso, a Ponte caía no esquecimento, tentaram fazer isso em 2012 mas não deu certo já que tiveram 8 anos pra fazer, mas só mentiram para o povo. Em 2012 não tinha nem sequer uma viga sobre o rio, a construção da Ponte começou a se efetivar no governo de Daniel Bosi, o resto é balela, Podem chorar, o Choro é livre Kkkkkkkk Da-le Daniel Bosi, que ao contrario do Almir do PMDB, suas diárias trazem retorno para o municipio, e não para seu bolso! Sobre as ruas que asfaltaram, o governo anterior ficou 8 anos para pavimentar as ruas pela metade, em 3 anos o Daniel Bosi já pavimentou mais. Te digo mais ainda, só o fato da Ponte ficar pronta esse ano, mostra a competência do atual governo, já que o governo anterior ficou 8 anos, REPITO, 8 ANOS KKKKK e não conseguiu fazer! Da-le Daniel Bosi !!!!!
Herculano
03/04/2016 09:48
MOVIMENTOS ANTIGOVERNO NÃO REVELAM ORIGEM E VOLUME DE SUAS RECEITAS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Machado da Costa e Aguirre Talento da sucursal de Brasília, e com Paula Reverbel, de São Paulo. As finanças dos principais movimentos pró-impeachment, responsáveis por mobilizar milhares de pessoas em protestos contra a presidente Dilma Rousseff, são uma caixa preta. Nenhum dos três principais grupos que convocaram os grandes protestos antigoverno divulga a origem e a quantidade de dinheiro usado para custear suas ações políticas.

Apesar de exigir transparência do governo, os movimentos informam apenas que o dinheiro entra através de doações de pessoas físicas e da venda de produtos. Não se sabe o número de doadores ou o valor da colaboração média. Há casos de recebimento de doações em conta de pessoa física e de coleta informal de dinheiro vivo.

A Folha buscou detalhes das finanças dos três grupos mais influentes nas redes sociais: Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Revoltados Online.

O MBL, único que enviou dados à reportagem, divulgou despesas no último protesto em São Paulo, que reuniu 500 mil na avenida Paulista, sem indicar origem dos recursos. Foram gastos R$ 28 mil com caminhão, seguranças e publicidade no Facebook, entre outras despesas.

O montante, porém, não refere-se ao total usado nas atividades do movimento, que incluem viagens a Brasília. Os fornecedores não são divulgados e as notas não foram enviadas até a conclusão desta edição.

O Vem Pra Rua se negou a abrir detalhes dos doadores. Segundo o porta-voz do movimento, Rogério Chequer, contribuições nem sequer passam por conta bancária. A orientação aos colaboradores, diz, é que paguem diretamente aos fornecedores.

O Revoltados não respondeu aos contatos da Folha.

Sem prestação de contas não é possível verificar, por exemplo, se os doadores são apartidários e se não há dinheiro público, como alegam os movimentos.

O MBL é o único que tem cadastro de pessoa jurídica para receber doações, mas ele está registrado no nome de Stephanie Santos, irmã de Renan Santos, um dos líderes. Ela é proprietária do Movimento Renovação Liberal, uma associação privada.

Outro líder do grupo, Kim Kataguiri, colunista da Folha, chegou a pedir doações para sua conta bancária.

A última informação sobre valores arrecadados foi divulgada em agosto de 2015 referente ao protesto daquele mês: R$ 17,7 mil em doações via Paypal, R$ 10 mil em doações diretas e R$ 9 mil com a venda de camisetas.

Com bom relacionamento com o empresariado paulistano, o Vem Pra Rua recebe contribuições de envolvidos, mas diz não as contabilizar.

Em Brasília, o grupo fechou contrato com um carro de som para quatro dias ao custo de R$ 40 mil, segundo o empresário que forneceu o equipamento, Rubens Dornelas, 48. "Temos um relacionamento que vem desde o ano passado. Como é um pacote, cobrei R$ 10 mil por dia. Para pagar, eles fazem uma vaquinha e coletam doações no próprio carro", diz.

O Revoltados Online, liderado por Marcelo Reis, alcançou 1,5 milhão de seguidores no Facebook e usa essa influência para obter recursos.

Em seu site, bonecos Pixuleko, que chegam a custar R$ 5 na rua 25 de Março, em São Paulo, saem por R$ 20. O dinheiro vai diretamente para sua conta bancária pessoal.

OUTRO LADO

O Vem Pra Rua e o MBL argumentaram que não estão sujeitos às mesmas exigências de transparência do governo pois não recebem dinheiro público.

"Não recebemos de partidos políticos nem da Fiesp", afirma Rogério Chequer.

O MBL ressaltou que faz tudo dentro da lei. "Valores que foram eventualmente creditados em conta corrente de membros do MBL constituem exceção", informou.

O grupo, que divulgou gastos do último ato apenas em São Paulo, disse que o caixa não é centralizado e que cada núcleo financia o protesto em sua cidade.

O movimentou citou o caso da marcha a Brasília, que usou financiamento coletivo para arrecadar R$ 59 mil reais de uma meta de R$ 20 mil. A plataforma usada discrimina quantos apoiadores pagaram cada uma das cotas.

O MBL diz não nomear fornecedores para evitar que sofram retaliação.

Marcelo Reis, do Revoltados Online, não atendeu aos pedidos de entrevista.
Herculano
03/04/2016 08:44
TRISTES TEMPOS, por Cristovam Buarque, senador pelo Distrito Federal, ex-ministro da Educação, ex-PT e ex PDT.

Tristes tempos em que até o dicionário foi corrompido.

Para alguns, um instrumento constitucional é definido por golpe, mesmo se houver prova de crime pela presidente; para outros, o uso deste instrumento se justifica diante da corrupção e do desgoverno, antes mesmo de analisar provas do crime.

Tristes tempos quando o debate político se limita ao enfrentamento entre dois grupos que se acusam mutuamente de corruptos ou de golpistas.

Um lado preocupado apenas em interromper um governo legal, mas que perdeu a legitimidade, por ser inoperante, incapaz de conduzir as reformas sociais e econômicas de que o país precisa, contaminado pela corrupção; o outro concentrado na defesa deste governo a qualquer custo, cego aos erros e às mentiras; chegando ao ponto de dizer que o desemprego decorre da luta contra a corrupção.

Ambos acreditam que, depois da decisão sobre o impeachment, aprovado ou recusado, o país retomará seu rumo, seja sob o novo governo Temer ou o velho governo Dilma.

Não se vê debate sobre como: retomar o crescimento do PIB e fazê-lo contemporâneo com o avanço técnico e científico; distribuir a renda; erradicar o analfabetismo; assegurar educação de qualidade para cada criança independente da renda dos pais e da cidade onde mora; como recuperar nosso abismal atraso na capacidade científica e tecnológica e de inovação; como aumentar a produtividade, garantir estabilidade monetária e fiscal, equilibrar as contas públicas, controlar os endividamentos; como atender à saúde, enfrentar a violência urbana, dar sustentabilidade à Previdência; como emancipar os pobres da necessidade de bolsas e cotas. Parece que o Brasil real desapareceu.

Tristes tempos em que a política se faz sem percepção da história. Como se estivéssemos em um campeonato de futebol, com apito final depois de cada eleição. Não se discute as causas atuais e históricas que nos condenam.

Nem se considera que, no dia seguinte ao impeachment, se aprovado, mesmo com a credibilidade de novo presidente, todos os problemas continuarão, inclusive as suspeitas sobre os políticos; e que os derrotados irão para as ruas em nome da luta contra o que, acreditam, foi um golpe.

Tampouco se discute que, se o impeachment não passar, a população, indignada e desencantada, continuará nas ruas com apoio crescente de desesperados, desempregados, empobrecidos, manifestando-se contra um governo desacreditado e submetido a outros pedidos de impeachment.

A solução estaria em uma eleição antecipada, seja para todos os cargos ou apenas para presidente e vice-presidente. Havendo aceitação dos principais atores, isto é possível com uma reforma constitucional.

Mas, é pequena a probabilidade de aceitação de uma medida de bom senso, diferente das propostas pelo debate simplista e imediatista do impeachment ou não impeachment.
Não entendi
03/04/2016 08:29
Sinceramente nao entendi essa. Como funcionaria publica em Licença Materninade ganha gratificação por produtividade de R$ 2.263,80 incorporado em seus vencimentos? Ou ta trabalhando ou não.
Almir ILHOTA
03/04/2016 07:07
HERCULANO.


Muito bem pelo visto, nosso alcaide ficou nervosinho com as verdades escritas aqui, pois tratou logo de responde-las. Mas gostaria de deixar-lhes uma pergunta? O Daniel sabe onde fica o DNIT pra tentar insinuar que a ponte é obra dele? O fato é um só todos sabem que a ponte de ILHOTA, é obra do governo anterior, como todas as ruas que asfaltaram, e só para reiterar o que foi dito aqui inúmeras vezes, este é o pior governo que nossa cidade já suportou, e será muito fácil provar, pois se nem der dor de barriga no Daniel me parece que vai a reeleição, então logo veremos a aprovação de seu desgoverno.
Herculano
03/04/2016 06:38
A PROPINA DO BANCO SAFRA DEU SAMBA, por Elio Gaspari, para os jornais O globo e Folha de S. Paulo

No dia 30 de julho de 2014, Lutero Fernandes do Nascimento, chefe do serviço de assessoria técnica e jurídica do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), do Ministério da Fazenda, conversava com o conselheiro Jorge Victor Rodrigues e ouviu: "Pode dar samba. Vai dar samba".

Ia dar samba. Os dois, mais os auditores da Receita Federal Jefferson Salazar (aposentado) e Eduardo Cerqueira Leite, negociavam com João Inácio Puga, do conselho de administração do banco Safra, o fim de uma cobrança de R$ 1,4 bilhão devidos à Viúva. O serviço renderia uma propina de R$ 15,3 milhões.

Para desencanto dos interessados, eles dançaram. Deu num inquérito que resultou na denúncia de quatro operadores da máquina do Carf, de um ex-diretor do banco e do próprio banqueiro Joseph Safra, a segunda maior fortuna do país.

Numa investigação exemplar, a Polícia Federal grampeou telefonemas, fotografou encontros e mapeou as conexões do grupo. Apanhados na rede dos investigadores da Operação Zelotes, eles ajudaram a construir um precioso retrato da maneira como funcionava a quadrilha. Operavam no mundo dos poderosos com a cabeça de malandros de comédias italianas. A certa altura, desconfiaram que seus telefones estavam grampeados (estavam) e passaram a usar aparelhos exclusivos para essas conversas. Tudo bem, mas informaram os novos números aos colegas por telefone. Habilitaram novos aparelhos usando dados pessoais de um funcionário do banco, sem o seu consentimento.

Desde o ano passado sabia-se da extensão das descobertas, e o primeiro juiz que cuidou do caso (hoje afastado) negou o pedido de prisão de Puga, cujo apelido no grupo era "Careca". O doutor conversava, negociava e chegou a criar uma cláusula de desempenho pela qual os operadores perderiam dinheiro se demorassem a resolver o caso. Tudo isso, de boca, pois não queria uma só folha de papel escrita. O banco informa que não negociou propinas e que nunca foi beneficiado por decisões do Carf.

A longa denúncia dos promotores tem a virtude de expor a montagem da operação. A coisa encrenca quando eles chegam ao topo da pirâmide, denunciando o próprio Joseph Safra. Em nenhum momento ele foi mencionado por Puga. O ex-diretor só falava num "pessoal" que tomava as decisões finais. Um dos argumentos dos promotores é o de que seria impossível o banqueiro desconhecer a tramitação de uma propina de R$ 15,3 milhões, já que essa quantia representava 41,3% do capital social do banco. A correlação é pueril e contamina a conclusão. O capital social de um banco nada tem a ver com seu patrimônio. O ervanário de Joseph Safra é estimado em US$ 18,3 bilhões.

Pode-se acreditar que um capilé de R$ 15,3 milhões jamais rolaria no seu banco sem que Safra soubesse, mas também pode-se sustentar o contrário, que ele, como Lula, nunca soube de nada. Para a Justiça felizmente, não basta acusar ou achar. É necessário provar.
Herculano
03/04/2016 06:37
IMPEACHMENT, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Um ativo parlamentar oposicionista que há três semanas dava o impedimento da doutora Dilma como fava contada deixou Brasília na sexta-feira incrédulo.

Não se pode dizer que o gato subiu no telhado, mas é certo que ele foi visto olhando para cima.

PONTE AO PASSADO

A cena dos caciques do PMDB de braços erguidos, comemorando a decisão de partido de se afastar temporariamente do poder, mostrava dois felizes personagens.

De mãos dadas, lá estavam o deputado Eduardo Cunha e a o senador Romero Jucá.

O ministro José Eduardo Barroso disse tudo: "Meu Deus do céu! Essa é nossa alternativa de poder [...] Não tem para onde correr".

O pernambucano Jucá presidiu a Funai durante a ditadura, foi governador nomeado de Roraima, teve uma rápida e tumultuada passagem pelo Ministério da Previdência e tornou-se líder da bancada dos governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma. Esteve no PTB, no PFL e no PSDB.

Hoje mora no PMDB. É investigado em processo que está no Supremo Tribunal Federal.

O notório Eduardo Cunha foi presidente da Telerj, durante o collorato, presidiu a Cehab do Rio, foi do PPB, foi para o PMDB e elegeu-se líder da bancada na Câmara. Com o apoio da oposição, foi eleito presidente da Casa. É réu no STF e responde a processo de cassação.

Juntos e felizes, tinham o que comemorar. Se não festejavam uma alternativa para o país, celebravam a própria invulnerabilidade.

SUGESTÃO

Descobriu-se o óbvio: para tirar o PMDB do governo, é preciso chamar os homens de preto da Federal.

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VASSILY GROSSMAN, UM GRANDE ESCRITOR

Está nas livrarias "A Estrada", do escritor e jornalista russo Vassily Grossman (1905-1964). É uma coletânea de 16 ensaios, crônicas e reportagens. Grossman é um dos grandes escritores do século 20 e um dos seus grandes repórteres. O escritor produziu "Vida e Destino", monumental romance onde se misturam a Segunda Guerra, o nazismo e o bolchevismo.

O jornalista teve sua história contada em "Um Escritor na Guerra". Ele acompanhou as tropas russas da defesa de Moscou, em 1941, às batalhas de Stalingrado e Kursk, chegando a Berlim em 1945. Nesse livro, está a história de um soldado cazaque que combateu com seu camelo Kuznechik. Ele dormia nas trincheiras de Stalingrado, entrou em Berlim, babou nas escadas da chancelaria do Reich e voltou condecorado.

Na "Estrada" há de tudo. Do sofrimento da alma de um judeu às vicissitudes de um intelectual comunista, passando pelo deslumbramento espiritual diante de uma Madona de Rafael. Duas peças são inesquecíveis. Uma é "O Inferno de Treblinka". Grossman foi um dos primeiros jornalistas a entrar no campo de extermínio de judeus. A outra, "Mamãe", é um brilhante exercício de navegação entre a realidade (do jornalista) e a ficção (do escritor). Ela conta a história de uma criança que viveu no andar de cima da Nomeklatura, brincando no Kremlin. Havia os amigos da mãe, quase todos escritores, e os do pai. Destes, o mais destacado era um sujeito de rosto bexiguento (Stalin). De um dia para o outro, a mãe sumiu. Depois sumiu o pai, e ela foi para um orfanato.

A mãe da menina era a mulher de Nikolai Yezhov, o chefe da polícia secreta bolchevique, responsável pelo grande expurgo de intelectuais da época. Alcoólatra, bissexual e promíscuo, era chamado de "anão sangrento" (tinha 1,5 m). Ele guardava numa gaveta as balas tiradas dos corpos de suas vítimas ilustres. Foi fuzilado em 1940. Como era de se esperar, "Mamãe" foi escrito em 1960, depois da morte de Stalin, e publicado pela primeira vez em 1989. A menina ainda estava viva e o comunismo, morrendo.

"A Estrada" tem excelentes apêndices, onde são explicados detalhes de "Treblinka" e de "Mamãe".
Sidnei Luis Reinert
03/04/2016 06:21

De Ronaldo Caiado:

Segunda-feira vou ingressar com representação contra a presidente Dilma e seus pelegos do MST e Contag por incitação ao crime. O Brasil todo sabe que o PT endossa invasões, sequestros e assassinatos, mas não imaginávamos que haveria a autorização explícita dentro do Palácio do Planalto com a presença da presidente da República. Todo esse clima de bandidagem instaurado no país está sendo promovido pelo PT que diz defender a democracia, mas espalha o terrorismo nesse momento em que vê o fim do governo Dilma. O PT não é um partido, é uma organização criminosa.
Herculano
03/04/2016 06:18
MULHER DE SÉRGIO MORO CRIA PÁGINA PARA AGRADECER APOIO AO JUIZ

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Desde o dia 18 de março, o número de páginas em redes sociais feitas para homenagear o juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em Curitiba (PR), foi ampliado.

O reforço veio de Rosangela Wolff Moro, mulher do juiz, que criou a comunidade "Eu MORO com ele" no Facebook. Segundo ela, o objetivo é agradecer o apoio que Moro tem recebido.

"Diante das inúmeras manifestações que temos recebido, criei esta página para agradecer, na medida do possível, a cada uma das pessoas que encaminharam mensagens de apoio e congratulações. Sou grata a todos", escreveu Rosangela na página.

As publicações da página divulgam cartas, mensagens, fotos e cartazes em homenagem ao juiz. Na foto de capa, por exemplo, um homem segura um cartaz onde se lê "'Moro' de amor por você".
Herculano
03/04/2016 06:07
O VICE DO PT

O PT de Gaspar faz hoje uma "convenção" para escolher o candidato a prefeito em outubro deste ano.

O PT que é poder há quase oito anos, já devia ter o candidato na ponta da língua e de forma imbatível. Tudo caminha para ser o secretário de Transportes e Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, ex-presidente do Samae e o "inventor" da Say Muller como prestadora de serviços na área do lixo.

Se ele mesmo for confirmado como candidato, fará uma campanha que alternará o palanque e as sucessivas explicações ao Ministério Público. Poderá ficar vulnerável em ambos.

Voltemos. Um partido que está há quase oito anos seguidos no poder, que sempre disse de boca cheia ter as portas dos cofres abertas por amigos como Décio Neri de Lima, a agora sumida cidadã honorária gasparense Ideli Salvati e o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que encheu a cidade de papelinhos assinados para aqui se tornar um canteiro de obras e votos, ao final precisou esconder e vacilar na escolha do seu candidato natural.

Primeiro isto mostra a indecisão, erros e as práticas distantes entre o discurso, a propaganda e a realidade.

Segundo, reflete o momento ruim pelo qual passa o PT nacional. Ele está sendo desnudado nas mentiras e incoerências para se permanecer no poder, a custa de constrangimentos, ameaças, trocas indecentes e até compra de consciências. O povo não é bobo, nem o que é enganados nas entrevistas sem perguntas das rádios.

Terceiro, mostra a divisão interna do PT local, onde o dono do partido, o prefeito Pedro Celso Zuchi com a família, comprometeu o partido mais bem estruturado com militância mais engajada e ativa em Gaspar.

E quem será o vice do PT? Pouco se fala disso. Mas, há uma luta dura entre os parceiros. E o PDT bate o pé, e aparentemente possui a vantagem nesta composição e indicação.(só para lembrar o PT sempre foi de chapa pura: uma com Albertina Deschamps, que deixaram na rua da amargura, e outras duas com Mariluci Deschamps Rosa, que parece terá o mesmo destino)

O fato novo é o PSB de Giovânio Borges, que até ontem era o PSD, fingido de oposição, e ainda "liderado" por Marcelo de Souza Brick, o agora perdido e quase só.

O vice preferencial do PT era tido como o PDT, com o PCdoB e PR, correndo por fora. Todavia, o PDT deu uma sinalização importante neste final de semana. Filiou sem muito barulho o empresário e ex-vereador Antonio Osni Woelick, o Toni da Churrascaria.

Ou seja, é uma carta na manga contra o PMDB, o histórico, o de Osvaldo Schneider, e o PMDB jovem do atual presidente Carlos Roberto Pereira, o que articula a campanha de Kleber Edson Wan Dall.

Esta filiação, que o próprio Toni divulgou a um circulo de amigos, é ao mesmo tempo um recado do PT ao ex-adversário interno e ao PMDB que filiou em seus quadros no ano passado, o ex-vereador Francisco Anhaia. Esta filiação desagradou ao PT que queria Anhaia politicamente morto, mas dentro do PT. ´

É um recado do próprio Toni - que já foi vogal no diretório estadual - ao PMDB, mas talvez sem muita razão. Toni sempre se ensaiava - mas não iria, de verdade, como sempre fez nas outras eleições - a vereador pela Margem Esquerda. Dois fatores o impediam: a família que o prefere focado nos negócios, e a dúvida se ele teria os votos que acha que possui naquela região.

Mesmo assim, Toni sempre entendeu a filiação do Anhaia, como uma afronta à preferência dele naquela na Margem Esquerda, por ser um peemdebista histórico. "Nenhuma consulta me fizeram", queixava-se sempre para o voo solo nas inúmeras tratativas que fez com outros partidos para mudar de lado e dar sinais claros de descontentamento com o PMDB local.

Ou seja: o jogo começa a ser jogado e começa a se conhecer as peças, seus movimentos e trancas. Até outubro será uma festa. Acorda, Gaspar!
Herculano
03/04/2016 05:31
APRESSADOS E FAMINTOS, por Bernardo de Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Quem já acompanhou os trabalhos da Câmara sabe que os deputados não costumam ter pressa para encerrar debates, especialmente quando estão ao vivo na TV. A regra foi quebrada na quinta-feira, em sessão da CPI do Carf.

A comissão surgiu na esteira do maior escândalo de sonegação fiscal do país. Seria um prato cheio, mas os parlamentares têm exibido pouquíssimo apetite para investigar.

Na quinta, um acordão entre governo e oposição evitou a convocação de dois alvos graúdos da Operação Zelotes: Luís Cláudio Lula da Silva e André Gerdau Johannpeter.

O filho do ex-presidente Lula entrou na mira da PF porque recebeu R$ 2,4 milhões de um lobista acusado de comprar medidas provisórias. O herdeiro do empresário Jorge Gerdau depôs à polícia em março. Ele preside o grupo da família, suspeito de pagar propina para evitar o pagamento de R$ 1,5 bilhão em impostos.

Os sobrenomes famosos ajudaram a blindar a dupla na CPI. O deputado José Carlos Aleluia, do DEM, desistiu de convocar Luís Cláudio para não "partidarizar" a comissão. Arlindo Chinaglia, do PT, alegou que era cedo para chamar Gerdau. "Eu não quero votar contra, mas não quero aprovar agora", justificou-se.

Leonardo Quintão, do PMDB, foi mais direto: disse ser contrário à ida de empresários à CPI. "Pessoas de bem, que geram empregos", ele discursou, "nós temos que proteger".

Quatro deputados que haviam pedido a convocação de Gerdau acertaram a retirada de seus requerimentos sem votação. A pizza não foi direto ao forno porque o quinto bateu o pé. Era Ivan Valente, do PSOL.

Governo e oposição se esforçaram para demovê-lo. Como Valente não cedeu, a ordem foi esvaziar a sessão e derrubá-la por falta de quorum. Aleluia era um dos mais apressados. "Vamos almoçar, presidente?", cobrou, às 11h45. Alguém observou que estava cedo para ter fome. "Para quem acordou de madrugada, não", respondeu o deputado.
Herculano
03/04/2016 05:26
'COMÍCIOS' NO PLANALTO PODEM CONFIGURAR CRIME, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

Os comícios de apoio a Dilma realizados no Palácio do Planalto sob o pretexto de lançar programa social ou empossar ministros podem configurar crime de improbidade administrativa. A Lei veda "vantagens indevidas" a agentes públicos, como o presidente da República, utilizando-se de próprios públicos, como o Palácio do Planalto, e até do trabalho de servidores, comissionados ou até mesmo terceirizados.

BASE JURÍDICA
Os crimes dos quais Dilma pode ser acusada estão previstos nos artigos 9°, 10 e 11 da Lei de Improbidade Administrativa, nº 8.429/92.

PENA MÁXIMA
Segundo a lei, o uso indevido da estrutura pública pode gerar a cassação dos direitos políticos e o impeachment da presidente Dilma.

CASA DA MÃE JOANA
Em uma semana, o Palácio sediou três eventos que se transformaram em ruidoso comícios contra o impeachment, até com militantes pró-PT.

CEM VEZES O SALÁRIO
Caso se configure a improbidade administrativa, uma das penas às quais Dilma está sujeita é pagar multa de até 100 vezes seu salário.

PLANALTO NÃO BOTA MUITA FÉ NA LEALDADE DE RENAN
O Palácio do Planalto não aposta um tostão furado na sinceridade das declarações do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), insinuando que não apoia o impeachment. Assessores desconfiados, com acesso aos ouvidos de Dilma Rousseff, acham que Renan combinou o script com o vice Michel Temer, para, na hora agá, dar as costas à presidente alegando o seu "dever de lealdade" ao partido.

JOGANDO PARA PLATEIA
"Dependendo do interlocutor", diz um aspone com sala no 3º andar do Planalto, Renan anima ou desaponta quem é a favor ou contra Dilma.

VERSÃO PR?"
Após receber a oposição, dias atrás, Renan afirmou que o Senado não mudaria eventual decisão dos deputados aprovando o impeachment.

VERSÃO CONTRA
Ao sair de encontro com Lula, o mesmo Renan desdenhou do impeachment e disse esperar que o tema não chegue ao Senado.

ANULAÇÃO COMO SAÍDA
Sem esperança de escapar da mão pesada da Justiça, governistas enrolados na gatunagem do petrolão espalham a "estratégia" de tentar anular a Operação Lava Jato, como aconteceu com a Op. Satiagraha.

MICHEL PEDE CALMA
Partidos aliados de Dilma, como PP, PR e PSD, reclamam da falta de conversa com o vice Michel Temer. Querem tratar de impeachment, mas Temer pede calma. Prefere aguardar os acontecimentos.

CONVERSAR É PRECISO
O deputado Ricardo Barros (PP-PR), que chegou a ser citado como eventual ministro da Saúde, acha que o vice-presidente precisa conversar com os partidos: "A presidência não cairá no colo dele".

MINISTRO CARRAPATO
O Planalto não vê a hora de se livrar do ministro Marcelo Castro (Saúde) para negociar oficialmente a pasta. Ele não quer largar o osso, e alega o combate ao zika vírus para justificar sua permanência.

TÁ FEIA A COISA
Desesperado para tentar barrar o processo de impeachment, o Planalto chegou a oferecer dois ministérios para o nanico PTN. A história vazou e a deputada Renata Abreu (SP), dona do partido, desconversou.

ABRAÇO DOS AFOGADOS
Deputados peemedebistas acreditam que o rompimento com o governo é uma questão de sobrevivência. "Se ficarmos com o governo, morreremos abraçados", diz o deputado Osmar Terra (PMDB-RS).

CONSPIRAÇÃO
Michel Temer está irado com o senador José Serra (PSDB-SP). Não perdoa o tucano por ter revelado que os dois confabulavam sobre um possível governo do vice. Temer não quer ser taxado de traidor.

TUDO NOVO
O PMDB anda tão seguro do impeachment de Dilma que já reforma a parte econômica do "Plano Temer". O novo pacote está sendo forjado pela fundação Ulysses Guimarães, com digitais do PSDB.

PENSANDO BEM?
?na Esplanada, amigos, amigos, rompimentos à parte.
Herculano
03/04/2016 05:13
NEM DILMA NEM TEMER, editorial do jornal Folha de S. Paulo

A presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu as condições de governar o país.

É com pesar que este jornal chega a essa conclusão. Nunca é desejável interromper, ainda que por meios legais, um mandato presidencial obtido em eleição democrática.

Depois de seu partido protagonizar os maiores escândalos de corrupção de que se tem notícia; depois de se reeleger à custa de clamoroso estelionato eleitoral; depois de seu governo provocar a pior recessão da história, Dilma colhe o que merece.

Formou-se imensa maioria favorável a seu impeachment. As maiores manifestações políticas de que se tem registro no Brasil tomaram as ruas a exigir a remoção da presidente. Sempre oportunistas, as forças dominantes no Congresso ocupam o vazio deixado pelo colapso do governo.

A administração foi posta a serviço de dois propósitos: barrar o impedimento, mediante desbragada compra de apoio parlamentar, e proteger o ex-presidente Lula e companheiros às voltas com problemas na Justiça.

Mesmo que vença a batalha na Câmara, o que parece cada vez mais improvável, não se vislumbra como ela possa voltar a governar. Os fatores que levaram à falência de sua autoridade persistirão.

Enquanto Dilma Rousseff permanecer no cargo, a nação seguirá crispada, paralisada. É forçoso reconhecer que a presidente constitui hoje o obstáculo à recuperação do país.

Esta Folha continuará empenhando-se em publicar um resumo equilibrado dos fatos e um espectro plural de opiniões, mas passa a se incluir entre os que preferem a renúncia à deposição constitucional.

Embora existam motivos para o impedimento, até porque a legislação estabelece farta gama de opções, nenhum deles é irrefutável. Não que faltem indícios de má conduta; falta, até agora, comprovação cabal. Pedaladas fiscais são razão questionável numa cultura orçamentária ainda permissiva.

Mesmo desmoralizado, o PT tem respaldo de uma minoria expressiva; o impeachment tenderá a deixar um rastro de ressentimento. Já a renúncia traduziria, num gesto de desapego e realismo, a consciência da mandatária de que condições alheias à sua vontade a impedem de se desincumbir da missão.

A mesma consciência deveria ter Michel Temer (PMDB), que tampouco dispõe de suficiente apoio na sociedade. Dada a gravidade excepcional desta crise, seria uma bênção que o poder retornasse logo ao povo a fim de que ele investisse alguém da legitimidade requerida para promover reformas estruturais e tirar o país da estagnação.

O Tribunal Superior Eleitoral julgará as contas da chapa eleita em 2014 e poderá cassá-la. Seja por essa saída, seja pela renúncia dupla, a população seria convocada a participar de nova eleição presidencial, num prazo de 90 dias.

Imprescindível, antes, que a Câmara dos Deputados ou o Supremo Tribunal Federal afaste de vez a nefasta figura de Eduardo Cunha ?"o próximo na linha de sucessão?", réu naquela corte e que jamais poderia dirigir o Brasil nesse intervalo.

Dilma Rousseff deve renunciar já, para poupar o país do trauma do impeachment e superar tanto o impasse que o mantém atolado como a calamidade sem precedentes do atual governo.
Herculano
03/04/2016 05:07
Ao que escreveu "Não adianta este chororô", mas não se identificou, mas para que quiser saber a origem, ofereço o IP 187.55.19.249 da respectiva postagem.

1. Sobre a ponte dos Sonhos, não se trata de uma obra do governo municipal, e está atrasada. E como se vê, o jornal é plural e não esconde fatos e notícias, que em outros precisa-se se comprar para dá-las.

2. Sobre a CPP é um fato. Há fundamento e ela se desenvolve. Qual a razão que deveria o jornal ou esta coluna escondê-la, só porque não aparece nos outros meios de comunicação?

3. Sobre estes relatos de mortes e ameaças, mostra o quanto primitivo é a política no município. A política é o exercício do diálogo, da construção de soluções comuns para a sociedade. Em Ilhota, a política está sempre em chamas, exatamente porque os políticos a tem como um ato pessoal e de poder, mesmo que não lutem pelo bem comum.Vergonha.
Nao adianta esse Chororo
03/04/2016 00:53
Ao Herculano,
Engraçado voce falando aqui da CPP de Ilhota, sendo que saiu uma matéria neste jornal da Ponte de Ilhota que esta a todo vapor, mas voce não comentou nada, por que? O Vereador Almir Anibal do PMDB de Ilhota tentou atrapalhar o repasse de recursos para algumas entidades do município de interesse da população e voce não comentou nada também, por que? Essas sim são as noticias do momento do município. Teu informante é muito fraquinho hahaha Sobre a CPP, para te manter informado, as contas do prefeito de 2014 já foram até APROVADAS pelo Tribunal de Contas, isso quer dizer que não tem nada de errado, então não preciso mais nem falar nada né?! Vocês não tem argumentos melhores para tentar criticar o prefeito? Mas tudo bem... Agora a Câmara tem 2 advogados, mas mesmo assim precisou contratar outra empresa para acompanhar juridicamente essa CPP? Por que? Um advogado é o Marcos Aurélio, que nunca esta na Câmara, só nas terças quando tem sessão e olhe la, estou mentindo? Podem ir la vocês mesmo conferir! A outra é a neta do Hercules Geraldo, que é do partido do PMDB, que é irmão do contador da Câmara, estranho né não?! Ela foi contratada para o lugar do então outro advogado que tinha, o tal de Gustavo que estava recebendo o salario integral pela câmara mas estava postando fotos de viagens pela europa no face, da pra acreditar?! Ainda não sei se ela cumpre seu horário, mas logo saberemos. Essa empresa que foi contratada, foi contratada através de um convite em que só ela participou, estranho não!? No mínimo suspeito, cadê o Ministerio Publico para ver isso?! Isso que falei até agora foi só sobre essa tal de CPP.

Agora para o Almir Ilhota, seja bem vindo de volta, estavas se tratando? Hahaha Dizer que foi ameaçado de morte, da para acreditar numa mentira dessas?! Foi um do teu partido que baleou outro do partido do atual prefeito na eleição de 2012, lembras?! Esse negocio de ameaça de morte é coisa do teu partido e não do atual prefeito! Não era o vereador Almir do PMDB que andava com um tal de Athanasio que tinha fama de matador aqui no município?! Todo mundo conhece ele, mas por que esse vereador andava com ele? Muito estranho! Agora, se voce tem provas de irregularidades que supostamente foram praticadas por este secretario de que falas, já demorasse pra denunciar, se tiveres provas tens todo meu apoio, va em frente!

Agora para o Carlos Pereira, voce vir aqui falar que estão perseguindo o vereador Almir do PMDB é ser muito ridículo. Quer dizer então, que se um funcionário não vem trabalhar, não cumpre horário e seu chefe imediato vai cobra-lo por isso, quer dizer que não pode fazer porque senão vai estar perseguindo? Não estou entendendo, isso não é uma inversão de valores? Então vamos supor que voce é o chefe do Almir, mas ele não aparece na tua empresa para trabalhar, e quando vem não cumpre horário, não trabalha, o que voce deve fazer então?! Não tente defender o indefensavel, a prefeitura tem câmeras, é só pegar elas pra ti ver que tem provas de que ele não trabalha, estamos entendidos?! Agora sobre o Marcos Aurélio correr risco de vida, é muito ridículo, é apelar para tentar se fazer de vitima, o cara é só um advogadozinho, não é um prefeito.
Para finalizar, estou muito contente com o nosso Prefeito Daniel Bosi do PSD, as ruas que ele esta pavimentando e asfaltando, já fez mais que o antigo prefeito que ficou 8 anos. Se o Daniel terminar a Ponte que ele começou, isso sem contar as ruas e o que ele já fez por Ilhota, eu voto nele neste ano e em mais 50 anos se possível!!! A Ponte é a MAIOR conquista, o MAIOR presente que um prefeito poderia dar para o nosso município! Da-le Daniel Bosi!
Fabiano
02/04/2016 23:25
Boa noite pessoal.Do jeito que está a politica em Gaspar, não tem mais pra ninguém. O Kleber já é o prefeito. Os treis concorrentes juntos não chegam perto dele .
Herculano
02/04/2016 18:49
O PT COLONIZOU O BRASIL!, por Percival Puggina, colunista do jornal Zero Hora, da RBS Porto Alegre.

Nos primeiros anos do governo Lula, brincava-se com o que se compreendia como uma presunção petista.

Comentava-se - "O PT pensa que descobriu o Brasil". Sob o novo governo, tudo era como "nunca antes na história deste país" e a própria narrativa histórica era refeita para se adequar a tais premissas. O petismo gerava grandes "novidades"! Descobrira a escravidão negreira e reacendia tensões raciais. Captara a existência de desigualdades sociais e manejava para produzir antagonismos a partir delas. Percebera desníveis de renda entre o Norte e o Sul do país e extraía daí as bases para o coronelismo de Estado lá onde, ainda hoje, alojam-se seus principais redutos. E assim por diante. Na alvorada do século XXI, o PT era o novo Cabral chegando com a modernidade aos botocudos brasileiros.

Tudo ficaria na base do transitório e jocoso, não fosse o fato de que o partido governante levava tudo aquilo muito a sério e tinha um projeto de poder que não admitia interrupção. Não que o projeto político para o país fosse uma preciosidade em si mesmo, mas porque o poder era por demais precioso ao partido. José Dirceu, em um evento realizado aqui ao lado de onde escrevo, na cidade de Canoas, afirmou em 2009, textualmente: "Se o projeto político é o principal, o principal é cuidar do PT". E o Brasil? Ora, o Brasil! O Brasil, àquelas alturas, já era tratado como uma colônia pela corte petista instalada em Brasília.

A atitude colonialista se expressa em diversos aspectos do cotidiano nacional. Há um colonialismo com reflexos na produção cultural e na cultura pois uma mão lava a outra no acesso aos benefícios e estímulos financeiros proporcionados pela corte. A invasão do politicamente correto produziu efeito deletério na indiada que antes vivia numa sociedade livre, impondo auto-censura à liberdade de expressão. O sistema público de ensino foi domesticado para só ministrar o que a corte de Brasília deseja ver ensinado através de seus trabalhadores em Educação. Em nenhuma hipótese tais conteúdos podem divergir da orientação imposta pelo colonialismo petista. Não convém à corte que seus súditos tenham armas para defesa pessoal. Por isso, inúmeras e onerosas dificuldades lhes são impostas para tal posse. No mesmo sentido, o colonialismo, de modo crescente, reduziu a autonomia dos entes federados - estados e municípios - em favor da centralização e consolidação de seu projeto de poder. Vai-se a Federação para o brejo.

À exemplo do velho colonialismo europeu, a corte transformou em monopólio partidário a parcela mais rentável dos negócios de Estado, e neles atua, simultaneamente, como contratante e intermediária. Por óbvio, tudo fica mais oneroso ao súdito, pagador de impostos e consumidor dos serviços prestados pela corte.

Portanto, laços fora brasileiros! As cortes de Brasília querem, mesmo, escravizar o Brasil.
Mariazinha Beata
02/04/2016 18:45
Seu Herculano;

Concordo com a Ana Amélia que não é Lemos em relação ao Eduardo Cunha. Ele é meu malvado favorito, que por enquanto junto com a Lava-Jato jogam o projeto de poder petista no chão.

Bye, bye!
Ana Amélia que não é Lemos
02/04/2016 18:39
Sr. Herculano:

A psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross para a revista IstoÉ, descreve cinco estágios pelo qual as pessoas ao lidar com a perda ou a proximidade dela:

1 - Negação
2 - Raiva
3 - Negociação
4 - Depressão
5 - Aceitação.

Ela não disse, mas eu digo:
Dilma está no terceiro estágio, para o quinto faltam dois.
Ficaremos livres da empulhação.
Herculano
02/04/2016 17:44
OS INSEPULTOS, Igor Gielow, para o jornal Folha de S. Paulo

Na quinta (31), após mais um uso de bens públicos para a adulação ritual da presidente emérita, o ministro Edinho Silva empregou tons sombrios ao falar da radicalização política no país ?"um dos legados permanente da era PT.

Disse o petista: "Vamos baixar o tom ou vamos esperar o primeiro cadáver?". Menos de 24 horas depois, a Lava Jato, sempre ela, tratou de pagar a clarividência de Edinho com fel, trazendo à costa o corpo insepulto do nebuloso preâmbulo dos anos do PT no poder:o caso Santo André.

A volta à baila dos nomes de Celso Daniel, Ronan Maria Pinto, Delúbio Soares e Silvinho Pereira tem um gosto einsteiniano: o passado, o presente e o futuro soam como uma única história, da propina do ônibus ao petrolão, passando pelo mensalão. Apenas a gravidade, que ora joga o projeto de poder petista ao chão, distorce e simula um círculo narrativo.

O cadáver de fato, Daniel, se insinuou antes do mártir das ruas. Simbolicamente, é sua sombra que se projeta sobre o muito mais complexo esquema Schahin. As traficâncias evoluíram, mas a constante a ser assombrada por suas exumações se chama Luiz Inácio Lula da Silva.

Recado entendido, Lula deve apressar a erosão da máquina pública em nome da prorrogação da agonia de Dilma Rousseff, esbarrando na conveniência eleitoral dos velhos-novos aliados: Dnocs é ótimo para a fisiologia municipal, mas quem quer estar com o PT em outubro?

O processo é sórdido. Só a ideia de um segundo loteamento da Saúde em seis meses em troca de uma dúzia de votos, tornando a pasta depósito de indizíveis úteis em meio a emergências sanitárias, é o que pode de fato ser chamado de golpe.

O agora ex-petista Delcídio do Amaral, teria dito certa vez a Lula que o PT deixa seus "cadáveres em covas rasas". Quase todo império tem corpos em suas fundações. Alguns deles, no ocaso das eras, se materializam como epitáfios.
Herculano
02/04/2016 17:42
ESTRANHOS CONCEITOS DE DEMOCRACIA DO PT

Quando no poder, pregam e lutam pela hegemonia. Se acham ungidos por uma luta do bem e que só privilegia os dirigentes e sacrificam sem dó a maioria da população.

Quando na oposição, falam, pregam e convencem à pluralidade, diversidade, liberdade de imprensa, a preservação e independência das instituições como Legislativo, Judiciário e Ministério Público.

Quando no poder, conquistado pela via democracia e se mostra ameaçado pela quebra das regras, como a ladroagem, corrupção, incompetência e descarada discriminação sob vários ângulos, condenam a imprensa livre (a quem acusam de golpista por desnudar as mazelas), o Legislativo (de chantagista por não mais se saciar na manutenção da maioria conveniente), Judiciário e Ministério Público (de acovardados por julgar ou denunciar com base em leis em vigor - e que deveriam ser usadas somente para os outros, adversários...).

E de quebra ameaçam criar cadáveres, invadir terras, quebrar tudo e tornar a vida dos brasileiros um inferno se pela via democrática e o estado de direito, tiver a cleptocracia que deixar o poder. Wake up, Brazil!
Herculano
02/04/2016 16:04
TEORI MANTÉM SIGILO DE DENÚNCIA QUE ACUSA COLLOR DE 327 CRIMES, por Vera Magalhães, de Veja

Uma decisão de Teori Zavascki intriga o MPF: por que o relator da Lava-Jato mantém há tantos meses o sigilo da denúncia contra Fernando Collor?

Um número ajuda a entender o tamanho da encrenca: na peça, o senador é acusado de ter praticado 327 crimes.
Herculano
02/04/2016 15:59
OAB E DEMOCRACIA, por Helio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

Advogados estão em pé de guerra. O motivo é o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff protocolado nesta semana pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Uma parte dos causídicos rejeita a iniciativa, afirmado que não houve consulta à categoria. A ordem repele a acusação, dizendo que a proposta obteve o apoio de 26 de suas 27 seccionais estaduais.

O problema aqui é que é difícil pôr na mesma frase OAB e democracia sem produzir uma contradição. Sim, é incrível que uma instituição que coloca entre seus objetivos o de zelar pela democracia brasileira (art. 44 da lei nº 8.906/94) tenha uma estrutura ridiculamente antidemocrática.

A eleição principal, que é a do presidente do Conselho Federal, é indireta. As demais são definidas através de listas fechadas. O comparecimento às urnas é obrigatório para todos os advogados, que precisam estar em dia com sua "contribuições anuais", também elas compulsórias. E, como se trata de uma instituição que gosta mesmo de imposições, os cargos de conselheiro ou de membro de diretoria de órgão da OAB são "de exercício gratuito e obrigatório" (art. 48). O trecho entre aspas traz uma definição possível para "trabalho escravo".

Para agravar um pouco mais as coisas, o Conselho Federal reproduz uma estrutura senatorial que dá igual peso a todas as seccionais estaduais, independentemente do número de inscritos. Isso significa que o voto de Roraima, que tem 1.682 advogados em seus quadros, vale exatamente a mesma coisa que o de São Paulo, com 270.692 inscritos. Na contabilidade da OAB, um associado de Roraima vale por 160 paulistas.

Como já disse aqui, não creio que impeachment seja golpe e é bem provável que a maioria dos causídicos, a exemplo do que ocorre com os brasileiros, seja favorável ao afastamento. Mas, se a OAB quer agir em nome dos advogados, deveria ter a decência de consultá-los antes num processo convincentemente democrátic
Herculano
02/04/2016 15:20
O VAZIO ADIANTE, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT

A presente conjuntura, como se sabe, não permite previsões sequer de 24 horas. Mas, no momento em que escrevo, crescem as chances de entrarmos no segundo semestre sob a Presidência Michel Temer. Cabe, portanto, prestar atenção à montagem da mesma.

No primeiro ato, representado pela ruptura do PMDB com Dilma na terça passada, o que se viu em Brasília augura enormes problemas à frente.

O mais antigo partido brasileiro em funcionamento foi incapaz de apresentar uma mísera razão para quebrar o pacto que reelegeu a atual presidente pouco mais de um ano atrás. Em reunião de três minutos (sic), o Diretório Nacional decidiu que a sigla se retirava "da base do governo da presidente Dilma Rousseff".

Nenhum documento para explicar aos eleitores os motivos da ruptura. Foi com certo esforço que encontrei na internet a moção do Diretório Regional da Bahia, aprovada cerca de 15 dias antes, a qual embasou a deliberação dos dirigentes nacionais. Nela, são apresentados, em só 13 linhas, os fundamentos do gesto.

Quase todas as razões elencadas referem-se à economia interna da sigla. "As bases e a militância (...) já não concordam em integrar o governo" e "a permanência do PMDB (...) fomentará uma maior divisão do partido". "A manutenção do PMDB no governo vai de encontro à pretensão do partido de lançar candidato próprio (...) em 2018". "Embora tenha a vice-presidência", o partido "nunca foi chamado para discutir soluções econômicas ou políticas para o país".

Sobre as questões que interessam à República, nada.

Em apenas duas sentenças genéricas afirma-se que a situação atual seria "resultante, principalmente, de escolhas erradas nas ações do Governo Federal", sem especificar quais, e que "o Brasil sofre uma das mais graves crises econômica, moral e política de sua história". Como se o PMDB não estivesse profundamente envolvido nela.

Pode-se argumentar que propostas substantivas da sigla estão contidas no documento "Uma ponte para o futuro", lançado pela Fundação Ulysses Guimarães em outubro passado. Ali se encontram expressas ideias de alguma consistência a respeito dos problemas atuais. Defende-se, por exemplo, "construir uma trajetória de equilíbrio fiscal duradouro" e "executar uma política de desenvolvimento centrada na iniciativa privada".

Só que isso não difere do programa que o segundo governo Dilma procura realizar, mesmo ao preço de desgostar profundamente a sua própria base. Por que, então, abandonar uma mandatária acossada, que procura executar projeto idêntico? Silêncio.

Mesmo que parte da burguesia e da classe média tape o nariz para livrar-se de Dilma, o vazio em que nos precipita cobrará o seu preço
Herculano
02/04/2016 15:12
O SUBMUNDO DO CRIME, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Parte 1

Mensalão e petrolão, escândalos de corrupção que deixaram marcas indeléveis na História do Brasil e do partido que se propunha a mudar a maneira de fazer política no país, são consequências quase que obrigatórias da atuação no submundo do crime que sustentou a chegada do PT ao comando do governo federal.

Não é à toa que figuras como o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-secretário-geral do PT Silvinho Pereira, condenados no mensalão, aparecem novamente na fase atual da Lava-Jato, que, batizada de Carbono 14, exuma fatos da pré-história petista rumo ao poder.

À linguagem chula do chefão, soma-se agora uma série de suspeitas de ações criminosas: assassinatos em série, chantagens, ameaças de todo o tipo, incêndio possivelmente criminoso, propina da máfia dos transportes públicos e do recolhimento de lixo em cidades dirigidas pelo PT.

O estereótipo do sindicalismo criminoso, tornado famoso pelos relatos cinematográficos de Hollywood, está na raiz da ascensão política do PT e, tal qual um novo rico que quer esconder seu passado, ou comprar título de nobreza, também os petistas gostariam de sepultar o passado para assumir postura de grandes líderes políticos.

A maioria conseguiu mudar a aparência às custas de bem cortados ternos Armani, ou do nacional Ricardo Almeida, e manteve a pose até quando conseguiu, mas o espírito continua o mesmo. Espectros do passado teimam em persegui-los: o cadáver insepulto do ex-prefeito de Santo André cisma de confrontá-los; os companheiros que, pelos relatos da família e que agora passam a ser investigados pela Operação Lava-Jato, desviaram-se do caminho vislumbrado por Daniel e acabaram por se livrar dele da maneira mais brutal.

A Operação Carbono 14, desdobramento 27 da Lava-Jato, deflagrada ontem, aprofunda a investigação sobre lavagem do dinheiro de empréstimo do Banco Schahin para o PT, que teria sido pago com contratos da Petrobras, tendo como intermediário o amigo de Lula José Carlos Bumlai.

Quem ligou as pontas entre o empréstimo fraudulento e o crime de Santo André foi a ex-contadora do doleiro Alberto Yousseff. Meire Poza entregou à Polícia Federal documentos que provam que pelo menos metade do empréstimo, cerca de R$ 6 milhões, tiveram como destinatário final o empresário Ronan Maria Pinto, preso ontem pela Lava-Jato. (Coincidentemente, o escritório de Meire Poza foi incendiado ontem, em mais um toque mafioso nessa trama escabrosa).
Herculano
02/04/2016 15:10
O SUBMUNDO DO CRIME, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Parte 2

Segundo relato do empresário Marcos Valério, foi o pagamento de uma chantagem do empresário do ABC contra os ex-ministros Gilberto Carvalho, José Dirceu e também contra Lula, para não contar a verdadeira história do assassinato de Celso Daniel.

O blogueiro chapa-branca Breno Altman, que escreve no blog 247 e dirige o Opera Mundi, foi levado coercitivamente para depor, pois aparece novamente em esquemas criminosos, como a ligação de José Dirceu com doleiros e assemelhados.

O documento que Meire apresentou à Polícia Federal foi lhe dado pelo doleiro Enivaldo Quadrado, braço direito de Youssef, condenado no mensalão. Cuja multa na ocasião foi paga pelo PT, através de Altman.

O ex-secretário-geral do PT Silvinho Pereira (ou Silvinho Land Rover, devido a um carro que recebeu de presente no mensalão) recebia uma mesada para ficar calado, pois é dado a remorsos que precisam ser muito bem remunerados para não se tornarem delações premiadas.

Na época do mensalão, ele se dispôs a depor para O GLOBO, mas acabou arrependendo-se, num surto psicótico em que quebrou todo o seu apartamento e se disse ameaçado de morte. Diante do fato de que nada menos que nove mortos já surgiram no rastro do assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, seu temor não deve ser sem motivo.

Também o delator Paulo Roberto Costa declarou-se com medo de ser morto, alegando justamente o caso Celso Daniel. A Operação Lava-Jato chega, portanto, às profundezas da lama petista.

Os fantasmas do mensalão unem-se à atualidade do petrolão para mostrar a continuidade delitiva dessa organização criminosa - já oficialmente assim identificada - que tomou conta do governo brasileiro, de acordo com a Lava-Jato.
Herculano
02/04/2016 15:07
MEIA-VOLTA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Em tempos menos conturbados, seria o caso de tratar apenas com ironia a situação do PMDB, depois da reunião em que foi anunciada sua ruptura com o governo Dilma Rousseff (PT). A gravidade da crise política e econômica brasileira sugere, entretanto, mais consternação do que bom humor.

É como se um velho comediante, convidado subitamente a preencher papel de destaque devido à incapacidade da estrela principal, desconhecesse o texto que lhe cumpre enunciar ?"e, ignorando o contexto do espetáculo, pateticamente se pusesse a repetir piadas e ditos espirituosos de que a plateia já se fartou há décadas.

Encerrada a fulminante cerimônia de terça-feira (29), quando líderes do PMDB, com brados de guerra, marcavam o abandono da base governista, a agremiação parece ter, em parte, voltado a si.

Nem todos os próceres peemedebistas, a começar do vice-presidente Michel Temer, acharam conveniente participar da cerimônia. Seja como for, tinha-se como certo que os membros do partido ainda a ocupar cargos ministeriais haveriam de abandonar o governo ou procurar outra legenda.

Pois não se deu uma coisa nem outra. Alguns se fazem de desentendidos; outros esperam que venha de Dilma a palavra final.

Reabrem-se, assim, cisões que o frenético jogo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), procurara ocultar. Seu equivalente no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lava as mãos: a ruptura "não foi um bom movimento".

Ausentes do espetáculo também estavam o ex-presidente José Sarney e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) ?"com quem, segundo se noticia, o ex-presidente Lula mantém diálogo com vistas a barrar o impeachment de Dilma.

Paradoxalmente, aquilo que foi entendido como o dobre de finados do atual governo adquire novo sentido. Com a retirada dos peemedebistas, ficariam vagos ministérios importantes a serem loteados entre as agremiações dispostas a votar a favor da presidente.

Inexistindo a ruptura anunciada, cria-se um incômodo para os estrategistas da barganha. Estes, recuperados do baque inicial, movem-se de todo modo com um pouco mais de ânimo.

Num comentário indiscreto, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, não se conteve ao ver uma foto da festa da ruptura: "Meu Deus do céu! Essa é a nossa alternativa de poder".

Melhor que tivesse ficado em silêncio. Expressou, contudo, um sentimento que não é difícil de compartilhar. Olhasse para outra foto ?"a dos peemedebistas que ficaram com Dilma?", sua atitude tampouco teria sido diferente.
Mardição
02/04/2016 12:53
Mariluci para vereadora?
Ela ainda serve pra isso?
Almir ILHOTA
02/04/2016 11:31
Muito bem Carlos Pereira, me desliguei de formar comentários nesta importante forma de nos comunicar porque fui ameaçado de morte. Isso mesmo ameaçado de morte pelo atual e ex secretário de obras do município de ILHOTA, o sr Carlos Sidnei Tomé, que sai da secretaria para postular um cargo no legislativo. Mas durante a campanha terá muito o que explicar, inclusive aquele diferencial de um caminhão vendido a uma empresa de oficina mecânica de Itajaí, e nós temos provas do que falo, foram R$ 6.000,00. Prova suficiente para cassa-lo posteriormente.
Herculano
02/04/2016 05:36
TRAPALHADA TRAZ À LUZ LIMINAR ABSURDA DE MARCO AURÉLIO SOBRE IMPEACHMENT DE... TEMER!!!, por Reinaldo Azevedo de Veja.

Parte 1

Documento vazado por engano revela que ministro quer usurpar de novo poderes da Câmara e forçar a tramitação de uma denúncia contra o vice-presidente. Desta vez, o doutor passou dos limites

Marco Aurélio vai conceder uma liminar que tenta obrigar a recepção, pela Presidência da Câmara, de uma denúncia visando a um processo de impeachment contra Michel Temer, vice-presidente da República. Trata-se de uma farsa jurídica, de uma fraude intelectual e de uma mentira factual. E é o que vou demonstrar aqui.

Perdi a paciência com Marco Aurélio. Que diferença isso faz pra ele? Que seja nenhuma! Para mim, faz toda. E isso me basta. Mas vou contar por quê. Há categorias nas quais não admito zonas cinzentas. A honestidade intelectual é uma delas. Ou se é honesto intelectualmente ou não se é.

Este senhor saltou o muro cá na minha classificação. É raro alguém me enganar nessa área, mas impossível não é. Já cheguei a elogiar o que me parecia a coragem do doutor de andar na contramão, mesmo quando discordei dele. O arquivo esta aí. Agora vejo o que coragem não era, mas desejo de aparecer ?" isso na hipótese virtuosa.

Há um tipo de oportunismo que cresce à sombra da generosidade alheia. Cedo ou tarde, a fraude se revela. Já me livrei, no terreno intelectual, precocemente de algumas farsas. Outras duraram mais tempo. É o caso. E aí a admiração cede ao fastio. As características que antes pareciam interessantes se revelam só a reiteração da fraude. É chato! Prefiro admirar as pessoas a desprezá-las.

Marco Aurélio surpreendeu o direito, a lógica e o bom senso, há dois dias, ao convidar Dilma a recorrer ao Supremo contra a eventual aprovação da denúncia do impeachment pela Câmara, antecipando desavergonhadamente seu voto.

Deixou claro não ver crime de responsabilidade e ainda convidou a todos a um convescote. O ministro que, não raro, faz questão de ser do contra, convidou Executivo e Legislativo a se sentar à volta da mesa para resolver suas diferenças. Com mais ousadia, incluiria também o Judiciário, entregando o país ao comando do "PUN": o Partido Único.
Herculano
02/04/2016 05:35
TRAPALHADA TRAZ À LUZ LIMINAR ABSURDA DE MARCO AURÉLIO SOBRE IMPEACHMENT DE... TEMER!!!, por Reinaldo Azevedo de Veja.

Parte 2

Eu estava ontem no médico quando mensagens começaram a pulular no meu celular. "Viu o que fez Marco Aurélio?" "E Marco Aurélio, hein?" "O Temer também vai ser impichado"? Como Cid Gomes, o não-alfa da Família Gomes, havia decidido também pedir o impeachment do vice, fiquei lá pensando, deitadão: "Mas que diabos Marcos Aurélio tem a ver com isso?"

Bem, o caso não estava relacionado aos chiliques dos Irmãos Gomes. Era outra coisa. No começo da madrugada, em casa, fui me informar a respeito. É estupefaciente!

Vamos ao caso
Qual é o busílis? Um advogado chamado Mariel Márley Marra havia protocolado há tempos na Câmara uma denúncia por crime de responsabilidade contra Michel Temer, acusando-o de responsável por algumas pedaladas fiscais.

Cunha, sem ver motivos para tanto, mandou arquivar o pedido. O doutor Mariel resolveu entrar com um mandado de segurança, com pedido de liminar, para o presidente da Câmara a aceitar o pedido, mandando constituir a comissão para avaliar o caso.

E o que fez Marco Aurélio? Resolveu ser a notícia do fim de semana. Encaminhou um despacho, que acabou sendo divulgado precocemente, sem a sua assinatura ?" e aí o troço foi recolhido ?", em que escreve o seguinte:

"Ante o quadro, defiro parcialmente a liminar para, afastando os efeitos do ato impugnado, determinar o seguimento da denúncia, vindo a desaguar na formação da Comissão Especial, a qual emitirá parecer".

O senhor Marco Aurélio parece querer usurpar para si e para o STF uma função que, por determinação do Parágrafo 2º do Artigo 218 do Regimento da Câmara, é exclusiva da Presidência da Casa, a saber:

"§ 2º Recebida a denúncia pelo Presidente, verificada a existência dos requisitos de que trata o parágrafo anterior, será lida no expediente da sessão seguinte e despachada à Comissão Especial eleita, da qual participem, observada a respectiva proporção, representantes de todos os Partidos."

Mas não é só isso, não. Lembram-se das liminares concedidas por Teori Zavascki e Rosa Weber contra o rito do impeachment que havia sido decidido por Cunha?

Pois é? Elas fizeram duas coisas, confirmadas pela maioria dos ministros: suspenderam o rito, MAS REAFIRMARAM QUE É PRERROGATIVA DO PRESIDENTE DA CÂMARA RECEBER OU RECUSAR A DENÚNCIA. E FIM DE PAPO.

Ora, foi por isso que, à época, escrevi aqui que os dois ministros não tinham tirado poder nenhum de Cunha.

Só tinham cassado mesmo o de a oposição recorrer caso o presidente da Câmara tivesse rejeitado a denúncia.

Aliás, houve até uma coisa engraçada. Deputados petistas resolveram recorrer ao Supremo contra a decisão de Eduardo Cunha. Anunciaram depois a desistência porque o relator seria Gilmar Mendes. Com a maledicência costumeira, afirmaram que não adiantaria mesmo, já que o ministro iria votar contra o interesse do PT. Era pura patranha. Eles sabiam não haver a menor chance. Escrevi Escrevi a respeito aqui no dia 3 de dezembro.
Herculano
02/04/2016 05:35
TRAPALHADA TRAZ À LUZ LIMINAR ABSURDA DE MARCO AURÉLIO SOBRE IMPEACHMENT DE... TEMER!!!, por Reinaldo Azevedo de Veja.

Parte 3

A trapalhada
Parece que Marco Aurélio havia preparado o factoide para este fim de semana, provocando, como se diz, acalorado debate. Talvez seja coincidência, talvez não, que a peça tenha ficado pronta ao mesmo tempo em que Cid, o El Gomes, também resolve pedir o impeachment do vice. Mas aí houve o erro. Veio a público antes que ele pudesse assiná-la. Teve de retirar. Mas ninguém mais duvida do conteúdo da liminar.

Se Marco Aurélio realmente conceder a liminar, restará à Presidência da Câmara entrar com agravo regimental para que os demais ministros decidam. E é claro que a decisão será derrubada, com base no Regimento Interno da Câmara e na jurisprudência.

Que pena!
Que pena Marco Aurélio estar a desempenhar esse papel! Há um grande estranhamento em certos nichos do direito com o seu exótico comportamento. Há, no entanto, quem o ache explicável e aponte a guinada, vamos dizer, pró-Planalto de Marco Aurélio depois que a filha, de apenas 37 anos, foi nomeada pela presidente Dilma desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que abrange o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.

Sim, ela foi a mais votada de uma listra tríplice enviada pelo tribunal à presidente. Venceu dois profissionais bem mais experientes: Rosane Thomé, de 52 anos, e Luiz Henrique Alochio, de 43. Comenta-se que o Planalto se movimentou para conquistar esse resultado.
Que chato! Prefiro admirar as pessoas a desprezá-las; apontar-lhes o talento a lhes perceber a falseta. Desta feita, o ministro foi um pouco longe demais. Ainda que seja só pelo desejo de aparecer.

Coisas estranhas
É bom que fiquemos atentos. Num dia, um dos integrantes da corte, como Roberto Barroso, deixa claro que não considera o PMDB uma alternativa de poder ?" como se lhe coubesse tal papel. E o fez nas dependências do Supremo, como ministro do Supremo. No outro, essa peça lamentável produzida por Marco Aurélio.

Há dois dias, este senhor estava vituperando contra o impeachment de Dilma. Mas resolve usurpar uma competência do presidente da Câmara para dar sequência a um absurdo pedido de impeachment de Temer.

Por que absurdo?
Notem! Estou me referindo à denúncia apresentada. Numa curta vacância em que exerceu a Presidência, Temer também teria assinado decretos irregulares na área fiscal.

É um despropósito: todo mundo sabe que vice assina em lugar do titular, quando este não está, por mera formalidade burocrática. O ato de ofício que chega à sua mesa teve semanas - e até meses - de preparação. Nunca é uma decisão pessoal. Faz parte do decoro não interferir na gestão, a não ser em situações de emergência, geralmente relacionadas à segurança coletiva.

Lamento muito ter de escrever assim. Mas o bom senso lamenta muito mais os atos recentes de Marco Aurélio.
Herculano
02/04/2016 05:14
ENCICLOPÉDIA DO PETROLÃO, por Ricardo Noblat para O Globo

Parte 1

Em explanação, quarta-feira, perante a comissão da Câmara que analisa o impeachment, a professora de direito Janaína Paschoal - coautora da peça, ao lado dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr. - foi categórica: "Sobram crimes!".

Disse-o para contrapor-se, de maneira definitiva, ao hilário argumento do PT em sentido contrário - o de que o impeachment não se justifica por "não haver delitos". Por essa insustentável artimanha, o partido, que pediu o impeachment de todos os presidentes que o precederam no poder, o considera um "golpe".

O país e o mundo se espantam diariamente com as revelações em cascata do maior escândalo financeiro da história. Seis milhões nas ruas, pedem o fim do governo e cadeia para sua cúpula, mas, segundo Lula e Marilena Chauí, é tudo invencionice de gente rica, contrariada com a ascensão dos pobres, que ?" vejam só ?" ignoram o fato de que já não são pobres.

Os índices oficiais informam que o país já ultrapassou o estágio da recessão econômica; está em plena depressão e o fundo do poço ainda não chegou, avisam os economistas.

Desemprego como nunca se viu, inflação galopante, Estado quebrado pela soma letal de má gestão, roubalheira e malabarismos fiscais. Mas não há nada, diz o PT.

Estão presos em Curitiba dezenas de megaempresários, doleiros, lobistas e outros personagens que, ligados umbilicalmente aos governos do PT, delinquiram em parceria com políticos petistas e de partidos da base, como PMDB e PP.

Os números são estratosféricos. Só na Petrobrás já se apurou o desvio de R$ 42 bilhões. Graça Foster, quando a presidia, falou em R$ 88 bilhões. Fiquemos nos R$ 42 bilhões: é mais que o PIB do Paraguai ?" e quase o do Uruguai. Isso numa única estatal.

Aguarda-se a abertura das caixas-pretas da Eletrobras, fundos de pensão, BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Dnit etc. Onde há um cofre público, houve rapina.

Um reles gerente da Petrobras, Pedro Barusco, devolveu 100 milhões de dólares. Era subordinado a Renato Duque, que obedecia ao comando de José Dirceu, na época o homem forte do governo Lula. Quanto sobrou para os chefes de Barusco?
Herculano
02/04/2016 05:14
ENCICLOPÉDIA DO PETROLÃO, por Ricardo Noblat para O Globo

Parte 2

No começo das prisões, os detidos mantiveram-se calados, negando tudo. Contavam com a intercessão de gente graúda do governo, nos padrões clássicos da impunidade brasileira. O governo, reconheça-se, esforçou-se para ajudá-los, mas sem êxito. Não contava com um juiz como Sérgio Moro e a turma da Lava Jato.

Quando se convenceram de que teriam o destino de Marcos Valério ?" cujo silêncio resultou em 40 anos de cadeia -, decidiram abrir o bico. As delações contam uma mesma história: uma ação criminosa de rapina aos cofres públicos, coordenada de cima para baixo, com Lula no comando e Dilma muito bem-informada.

Corrupção sistêmica, inédita, que, em tempo de Olimpíadas, confere ao país medalha de ouro e recorde mundial na modalidade.

O dinheiro serviu para abastecer campanhas eleitorais ?" a segunda de Lula e as duas de Dilma -, bolsos de políticos e contas secretas mundo afora. A solidariedade de chefes de Estado como Nicolas Maduro (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia) indica que também foram beneficiários desse colossal propinoduto.

O pedido de impeachment em exame conta a parte menos cruenta da chacina financeira ?" crimes administrativos, mas ainda assim crimes. Na época em que foi elaborado, já havia algumas delações, mas não se tinha tão nítido o conjunto da obra, que a OAB agora complementa com seu pedido adicional.

Não bastasse o que já se tinha, houve posteriormente os flagrantes de Delcídio do Amaral, líder do governo, que quis comprar o silêncio de um dos delatores, Nestor Cerveró, e oferecer-lhe um plano de fuga. Segundo contou, o fez a pedido de Lula.

A tentativa de obstruir a justiça, registrada de viva voz, rendeu-lhe prisão, inevitável cassação e o tornou delator. E o que delatou não poupa ninguém e foca especialmente em Dilma e Lula.

Como já antevia o potencial de desastre da fala de Delcídio, Aloizio Mercadante, o ministro mais intimamente ligado a Dilma, tentou evitá-lo. E repetiu o roteiro do próprio Delcídio, dispondo-se a pagar por seu silêncio. Acabou incidindo no mesmo flagrante.

Janaína Paschoal tem razão: sobram crimes. A expectativa de prisão de Lula gerou outra sequência de delitos, a que se filiou a própria Dilma: desacato ao Judiciário, incitação à violência e à desordem pública, tentativa de obstrução da justiça etc.

O slogan "não vai ter golpe" é, em si, criminoso, pois imputa ao STF, que ritualizou o impeachment e é o guardião da Constituição, o delito de afrontá-la. A Corte diz que não é golpe e a presidente e seu governo insistem: é sim. Qual o nome disso?

Os telefonemas gravados com autorização judicial expuseram, nos diálogos de Lula com Dilma e autoridades de seu governo, não apenas atos criminosos, mas um padrão moral degradado, incompatível com quem ocupa tais cargos.

Sobram crimes; falta memória para retê-los. O do dia obscurece o da véspera, que, por sua vez, obscureceu o anterior. Teme-se pelo que virá, pois, segundo os procuradores da Lava Jato, o que sabemos corresponde a apenas 30% do que há.

O conjunto da obra, no entanto, já forma uma unidade compacta. Para abarcá-la, é necessário algo como uma enciclopédia, cujos verbetes relacionem a vasta falange de personagens e atos. São muitos; sobram crimes.

Só assim, no futuro, será possível entender a extensão da tragédia cívica construída pelo PT ?" a Enciclopédia do Petrolão.

Em meio a isso, empenha-se o governo - contra o qual, segundo o Ibope, estão nada menos que 90% da população - em criminalizar a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal.

Trata-se de pornográfica inversão dos papéis: os criminosos julgam e o juiz é lançado ao banco dos réus.

Isto, sim, é golpe.
Herculano
02/04/2016 04:58
27ª FASE LIGA ESCÂNDALOS DO MENSALÃO E PETROLÃO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

A 27ª fase da Lava Jato, batizada de Carbono 14, confirmou o elo entre o mensalão no governo Lula, revelado em 2005, e o petrolão que a Polícia Federal desbaratou em 2014. Se o mensalão mostrou boa parte dos políticos corruptos que recebiam suborno para apoiar o governo, o petrolão afinal revelou a origem do dinheiro: a gatunagem de negócios superfaturados que roubou mais de R$ 21 bilhões da Petrobras.

ERAM S?" INTERMEDIÁRIOS
Agências de propaganda e bancos foram condenados por subornar políticos governistas. Mas essas empresas faziam só a intermediação.

FONTE INESGOTÁVEL
Com a operação Lava Jato, foi possível provar que o dinheiro roubado da Petrobras abastecia o esquema corrupto nos governos do PT.

MESMO SACO
O petrolão é anterior ao mensalão e iniciou em 2004, após Lula nomear os diretores que roubavam a Petrobras para alimentar o propinoduto.

É S?" O COMEÇO
A 27ª fase da Lava Jato ainda produzirá muitos "frutos", e deve implicar ainda mais o ex-presidente Lula em todo o esquema.

PF INVESTIGA 'ENCOMENDA' EM INCÊNDIO SUSPEITO
Autoridades trabalham com a suspeita de que foi "encomendado" o incêndio no escritório da contadora Meire Poza, que trabalhou para o doleiro Alberto Youssef, um dos primeiros delatores da Operação Lava Jato. Foi Meire quem entregou à Polícia Federal a primeira prova material com o nome de Dilma: um bilhete com o nome da presidente abaixo da marcação "1.000.000,00 BSB" e ao lado de "17 Viagem".

NOVO EMBAIXADOR
Também consta no bilhete oferecido pela secretária do megadoleiro, próximo ao nome de Dilma, a anotação de "Novo Embaixador".

MOTIVOS DE SOBRA
Um papel apreendido no escritório de Meire Poza, contrato de empréstimo, motivou a Operação Carbono 14, 27ª fase da Lava Jato.

ELO COM MENSALÃO
Marcos Valério, operador do mensalão, hoje cumprindo pena, foi quem denunciou a maracutaia do PT com Ronan Maria Pinto.

A MAIOR DECEPÇÃO
Dilma lidera com folga o ranking da revista Fortune (EUA) dos líderes que mais decepcionaram. A presidente já passou dos 56 mil votos. Em segundo está Rick Snyder, governador de Michigan (EUA), com 6 mil.

E DILMA?
No protesto contra o impeachment sobrou até para Solange Guedes, gerente da Petrobras. Dizia uma faixa: "Fim da exploração de petróleo no Nordeste e no Espírito Santo. A culpa é de Solange Guedes."

ENGANAÇÃO
Além da lorota do "golpe", outra mentira na manifestação petista em Brasília estava em uma faixa denunciando uma suposta "privatização da Petrobras". Não há proposta (e nem ameaça) nesse sentido.

RICO É ASSIM MESMO
Impedido judicialmente de despachar no Planalto, por não ter assumido a Casa Civil, o ex-presidente Lula montou gabinete no luxuoso Golden Tulip, perto do Alvorada. A diária, ali, pode chegar a milhares de reais.

PÉ NA RUA
O deputado Jerônimo Goergen (RS) não duvida do desembarque do Partido Progressista (PP) do governo. Calcula que os insatisfeitos já são mais de trinta na bancada de 49 deputados.

CONVERSA MOLE
A senadora Ana Amélia (PP-RS) criticou a "conversa mole de golpe" do governo Dilma. Ela pergunta se seriam "golpistas" os ministros do STF que afirmaram enfaticamente que "impeachment não é golpe".

CANTO DA SEREIA
O PRB ainda nega intenção de voltar à base aliada. O Palácio do Planalto intensificou o assédio à bancada. Tenta seduzi-los por meio do senador Marcelo Crivella (RJ). Mas os deputados parecem irredutíveis.

DESESPERO
A oposição reage à tentativa do governo de negociar dinheiro e cargos para deputados votarem contra o impeachment. "O governo montou um balcão de negócios na Câmara", diz Mendonça Filho (DEM-PE).

PENSANDO BEM?
?a 27ª fase da Lava Jato bem que poderia ter sido batizada de "O começo e o fim de tudo"
Herculano
02/04/2016 04:51
PARA PLANALTO, LULA ESTANCOU SANGRIA DE ALIADOS, por Josias de Souza.

Em conversa com o colunista, um auxiliar de Dilma Rousseff resumiu assim a semana: "Quando o PMDB anunciou o desembarque, propagou-se a tese de que o governo estava à beira do abismo e a presidente havia pisado no sabonete. Chegamos ao final de semana em pé. Contrariando todas as expectativas, não houve uma sangria na base do goveno no Congresso."

O Planalto atribui o torniquete a Lula. Entrincheirado num hotel próximo ao Palácio da Alvorada, o ministro informal de Dilma manuseou cargos e verbas sem nenhuma hesitação ética. Guiou-se por duas bússolas: a moral da sobrevivência e a Lei da Silva. E conseguiu ganhar tempo com legendas como PP, PR e PSD, que ameaçavam desertar nas pegadas do PMDB.

O governo ainda não reuniu a infantaria de 172 deputados de que precisa para enterrar o impeachment. Mas celebra o fato de que a oposição também não obteve os 342 votos necessários para fazer o pedido chegar ao Senado. Num colegiado de 513 deputados, estima-se que algo entre 40 e 50 estão indecisos ou simulam indecisão para valorizar os respectivos passes.

A esse ponto chegou o governo: depois de terceirizar o poder a Lula, Dilma dedica-se a fazer figuração em cerimônias oficiais. Com carta branca para dispor de todos os cargos e recursos orçamentários que o déficit público for capaz de prover, Lula ainda não seduziu nem um terço do plenário da Câmara. Mas o Planalto está feliz porque sobreviveu a mais uma semana.

A tarefa da oposição é mais trabalhosa que a de Lula. Os aliados do goveno irão à votação do impeachment se quiserem. Votando contra ou ausentando-se, socorrerão Dilma da mesma maneira. Basta que impeçam que os adversários do governo fechem a conta de 342 votos. Se a oposição reunir em plenário até 341 votos, Dilma prevalecerá mesmo que ninguém vote contra impeachment.

Nessa hipótese, a presidente ainda teria pela frente um país por refazer. Minoritária no Congresso, não lhe restaria senão manter ativado o balcão fisiológico em que Lula encostou sua barriga. Num instante em que a Lava Jato exuma até o cadáver do ex-prefeito Celso Daniel é temerária a estratégia de plantar novos escândalos em Brasília. Já se vê ao longe o pus no fim do túnel.

De resto, é preciso considerar que o voto na sessão do impeachment será aberto. Nada impede que se repita com Dilma o que sucedeu com seu o aliado Fernando Collor, escorraçado da Presidência em 1992. Na véspera da votação do impeachment de Collor, um de seus escudeiros mais fieis, o então deputado Onaireves (pode me chamar de Severino ao contrário) Moura, ofereceu um jantar ao inquilino do Planalto e aos seus apoiadores. Antes de deixar a casa de Onaireves, os deputados 'colloridos' ganharam de presente uma garrafa de uísque, "para celebrar a vitória do dia seguinte.'' Na hora de pronunciar o voto, sob refletores, até Onaireves votou contra Collor.
TiaNega Gaspar
02/04/2016 00:40
sr Herculano

Com todo o respeito que o sr merece, a Mariluci só não será candidata se não quizer.
Ela sera vereadora pra ser da situação ou tu nao sabias?
Mardição
01/04/2016 22:04
Como diz o Gilberto Schmitt na Coluna Chumbo:

"MORO e não vejo tudo, ou vejo tudo e MORO".
Mesa de Bar
01/04/2016 22:02
interessante como anda a política no município, Tereza Trindade a mesma que ja foi do PMDB, PT, apoiou Adilson, levou rasteira do Brick, trabalhou com Paulinho Bornhausen e estava esquecida num canto na saúde mental do município de uma hora para outro voltou a ser cargo comissionado e vai apoiar o Pt par buscar os poucos votos que tem, na margem esquerda, de duas uma, ou ela não tem vergonha ou o PT esta desesperado e não quer ganhar mesmo a eleição apostando em uma reviravolta no judiciário que fará elegível o ficha suja do Zuchi
Herculano
01/04/2016 21:43
LAVA JATO DIZ A LULA QUE O PASSADO NÃO PASSOU, por Josias de Souza

Em pleno Dia da Mentira, a Lava Jato deflagrou uma operação que devolve à cena verdades que o petismo havia enterrado em covas rasas. Num instante em que Lula molha a camisa para tentar salvar a própria pele e o futuro do governo Dilma, a "República de Curitiba" emite um aviso incômodo: atenção, o passado não passou.

O juiz Sérgio Moro mandou prender neste 1º de abril Silvinho Pereira, ex-secretário-geral do PT, e Ronan Maria Pinto, empresário do ABC Paulista. O primeiro personagem evoca o escândalo do mensalão. O segundo iça à superfície o caso do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel.

Ronan é acusado de chatagear Lula e outros dirigentes petistas para silenciar sobre segredos que poderiam desvendar a morte de Celso Daniel. Silvinho é apontado como cúmplice da montagem da transação financeira que resultou na compra do silêncio do empresário por R$ 6 milhões.

A extorsão foi revelada em depoimento de Marcos Valério, condenado a 40 anos de cadeia no mensalão. Ele abriu o bico para a Procuradoria da República, em 2012. E a grana que remunerou o biombo foi surrupiada da Petrobras, contou à força-tarefa da Lava Jato o pecuarista José Carlos Bumlai, em novembro do ano passado.

Amigão de Lula, Bumlai disse ter repassado para o Partido dos Trabalhadores R$ 12 milhões de um pseudo-empréstimo que contraiu em 2004 no Banco Schahin. Metade da bolada foi para Ronan. A dívida jamais foi liquidada. E o Grupo Schahin foi brindado com um contrato de R$ 1,6 bilhão na Petrobras.

Súbito, surgem entrelaçados num mesmo inquérito os três grandes escândalos da era petista: o assassinato de Celso Daniel, o mensalão e o petrolão. Além de Silvinho e Ronan, voltou ao noticiário o ex-gestor das arcas petistas Delúbio Soares, conduzido sob vara pela Polícia Federal para prestar depoimento.

Até bem pouco, Dilma Rousseff fazia cara de paisagem para as operações da Lava Jato. Dizia não respeitar delatores e fingia que não era com ela. Já não pode adotar o mesmo comportamento. Hoje, a presidente guerreia para enfiar Lula na Casa Civil do Planalto. E terceirizou ao padrinho político o arrastão fisiológico anti-impeachment.

Sob holofotes, o PT mobiliza artistas, o sindicalismo da CUT e a militância dos movimentos sociais. Nos subterrâneos, ouve-se o barulhinho do tilintar de cargos e verbas manuseados por Lula para cavar votos contra o impeachment no PP, com 34 implicados no petrolão, e no PR, feudo cartorial do mensaleiro Valdemar Costa Neto.

A nova fase da Lava Jato foi batizada de Carbono 14, uma alusão à técnica utilizada para situar no tempo os achados arqueológicos. A exumação do passado que não passa para o PT produz um odor lancinante. Mas Lula, Dilma e o partido parecem não ligar. Eles já se ocupam dos detritos que serão investigados no futuro. É como se desejassem criar no Brasil uma Lava Jato eterna.
Roberto Sombrio
01/04/2016 21:41
Oi, Herculano.

Afinal, a Ponte do vale está pronta? Você que sempre sabe de tudo não postou nada.
Falaram que em uma semana estava pronta e já faz um bom tempo que apareceu no jornal o eletricista ligando os fiozinhos para dar partida na betoneira. Também não senti cheiro de churrasco vindo da Arena Multiuso.

Então onde enfiaram agora aquela fortuna que já estava liberada para concluir a obra?
Já sei! O prefeito Pedro Celso Zuchi e o vereador Antônio Carlos Dalsochio ainda não terminaram de lavar os pratos para pagar o que devem para a empreiteira.

Se for como a ponte Hercílio Deeke estamos roubados. Opa! Falei em roubo? Não! foi apenas forma de expressão.
Sidnei Luis Reinert
01/04/2016 21:20
Carbono 14 em Kassab

http://www.oantagonista.com/posts/carbono-14-em-kassab?platform=hootsuite

Brasil 01.04.16 09:43
"Gilberto Kassab, do PSD, que o governo de Dilma Rousseff considerava caso perdido, voltou a ser contabilizado como aliado importante para evitar o impeachment da presidente", informa a Folha de S. Paulo.

Exame de carbono 14 em Gilberto Kassab mostra Paulo Maluf.

QUEM EM GASPAR VAI SE ALIAR À ESTE PARTIDO DERRETIDO ESTE ANO A NÃO SER O PT?
Sidnei Luis Reinert
01/04/2016 21:09

DE Ronaldo Caiado:

"Vamos ocupar as propriedades deles, as casas deles no campo. Vamos ocupar os gabinetes, mas também as fazendas deles. Se eles são capazes de incomodar um ministro do Supremo Tribunal Federal, vamos incomodar as casas deles, as fazendas e as propriedades deles".
Em que país uma frase dessa não pode ser considerada como uma intenção clara de terrorismo?
E quando esse mesmo grupo age em defesa do governo, com a certeza da impunidade e até mesmo o incentivo por parte do presidente da República?
Se há algum lado que quer a ruptura do Estado Democrático de Direito, é o lado de lá. Se trata de um ato de Incitação ao crime e vamos entrar com reprensentação para que se puna este Aristides Santos, secretário da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
Herculano
01/04/2016 20:05
MARILUCI FORA? OS LEITORES E LEITORES DESTA COLUNA JÁ SABIAM HÁ DOIS ANOS. O PT SEMPRE CONTESTAVA.

A vice-prefeita de Gaspar por dois mandatos de Pedro Celso Zuchi no PT, Mariluci Deschamps Rosa, anunciou que não será candidata a prefeita como sempre fingia querer Zuchi, sua família e próximos dos dois.

E por que Mariluci não será candidata?

Primeiro porque ela tem problemas na Justiça Eleitoral e que podem deixar o partido na mão.

Segundo, porque o PT nacionalmente (com o petrolão, roubalheira, corrupção, desemprego, inflação, Lava Jato...) e o Zuchi, estão desgastados pelos oito anos (na verdade 12, pois foi prefeito de 2000 a 2004 com Albertina Deschamps).

Terceiro, porque o PT se prepara para ser oposição e vai tentar fazer o maior número de vereadores possíveis. Tanto que o chefe de gabinete e professor Doraci Vans deixou o governo. E neste novo quadro será para Mariluci, mel na sopa ser eleita vereadora. Todavia, continua a ameaçada de impedimentos eleitorais. E ela sabe disso.

Outra, o diretor do Procon, Roberto Procópio de Souza, PDT, fica a espera para ser vice na coligação com o PT e PSB, PC do B, PRB, PR... Roberto deixou o Procon. Acorda, Gaspar!
Ana Amélia que não é Lemos
01/04/2016 19:58
Sr. Herculano:

Que Cid Gomes e Eduardo Cunha não são santos, isso é público e notório.
Entre essas duas criaturas do mal, sou mais Dudu.
E até canto pra ele:

Pra tu Cunha: Calcinha Preta
Você não vale nada mais eu gosto de você...
"Impincha" o maracujá de gaveta, JÁ!
Herculano
01/04/2016 19:15
da série: os coronéis precisam honrar a alforria, mesmo sob o ridículo

CID GOMES PROTOCOLA PEDIDO DE IMPEACHMENT CONTRA MICHEL TEMER

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Isabel Fleck e Ranier Bragon, da sucursal de Brasília. Ao protocolar um pedido de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara nesta sexta (1º), o ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT) disse que decidiu entrar com as denúncias neste momento porque a rápida tramitação do processo de Dilma Rousseff o "apavora".

"Vocês já pensaram o que vai ser o dia seguinte [ao possível impeachment de Dilma]? É isso que estou pensando. (...) Ele tramita muito rapidamente nessa comissão e isso me apavora", disse Gomes.

Como adiantou a coluna Mônica Bergamo, o ex-governador e ex-ministro da Educação de Dilma apresentou uma denúncia em que lista seis crimes de responsabilidade, mas não fala em pedaladas fiscais. O documento tem 16 páginas com anexos.

"O que estou apresentando são denúncias que fazem citação diretamente ao nome do vice-presidente ou ao PMDB, que é o partido presidido por ele e que, nesta condição, tem obrigações de responder", afirmou Gomes.

Segundo ele, são "delações, depoimentos, citações recolhidas de documentos, de equipamentos celulares de diversos investigados na operação Lava Jato que fazem referência explícita" a Temer.

O ex-governador deu, como exemplo, uma troca de mensagens de texto entre o dono da OAS, José Adelmário Pinheiro, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

"[Nas mensagens] o presidente da Câmara diz que 'aqueles R$ 5 milhões não deveriam ser entregues só ao Temer, aquilo tem que ver porque tem o resto da turma que tem que receber'", disse Gomes. O documento da denúncia traz uma reportagem da Folha sobre o assunto nos anexos.

"O que peço aqui é que sejam investigadas essas denúncias para fim de possível, eventual, como creio haja motivo, impeachment do vice-presidente Temer", disse. "Não quero dizer aqui que ele é absolutamente culpado destas denúncias. Eu quero que ele seja investigado."

Segundo a Folha apurou, a apresentação do pedido de impeachment foi uma ação articulada com o Palácio do Planalto.

Em outubro de 2015, Gomes chamou Temer de "chefe de quadrilha de achacadores" durante evento promovido pelo seu partido, o PDT. No início deste ano, o vice-presidente decidiu processá-lo por calúnia e difamação.

CUNHA

Gomes disse que pede na denúncia que ela seja primeiro analisada pelo vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), porque o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tem "notória vinculação" com Temer por serem do mesmo partido, e por Cunha estar em algumas das denúncias.

Questionado sobre o fato de Maranhão ser aliado de Cunha, Gomes disse que, se houver "alguma arbitrariedade", ele poderá recorrer ao Judiciário.

"Se houver recusa na fase inicial, recorrerei ao STF para que o Supremo faça a Câmara dos Deputados cumprir o que lhe é de dever: se há uma denúncia, que a denúncia seja investigada e analisada."

PRESIDENTE COMO VÍTIMA

Ao ser questionado se havia mudado de ideia em relação ao Congresso ?"há pouco mais de um ano, ainda ministro, Gomes deu declarações de que a Câmara tem "uns 400 deputados, 300 deputados" achacadores?", ele disse que investigações recentes mostram que ele estava certo.

"De lá para cá, o que tem sido apurado pelas diversas operações do Ministério Público, da Polícia Federal e as decisões do Judiciário é que eu estava absolutamente correto naquilo que falei: há aqui, infelizmente, uma prática de achaque", afirmou.

Ele ainda disse que, "pela chantagem, pela pressão", o Executivo é "muito mais vítima do que protagonista do balcão" para negociar ministérios.

"Eu pessoalmente tenho um conceito de que a presidente Dilma é uma pessoa séria, honesta, bem intencionada."
Mariazinha Beata
01/04/2016 17:58
Seu Herculano;

Dei boas risadas ao ler o comentário de Eduardo Linhares. PSD = esterco.

Bye, bye!
Erva Daninha
01/04/2016 16:35
Oi, Herculano

2018, 2018, 2018 - do O Antagonista

"Dilma Rousseff, mais uma vez, usou o Palácio do Planalto como palanque contra o impeachment.

Durante o evento com o MST, segundo o Jota, ela chamou os quilombolas de 'colombolas' e falou que cotas raciais estão em vigor 'desde 2018'.

Ela só pensa nisso: 2018, 2018, 2018.

O lapso revela seu crime: o uso da estrutura do governo para defender seu mandato."

A monga novamente falando asneiras.
Seria uma mistura +ou- assim: canalhice com ignorância.
Roberto Sombrio
01/04/2016 14:09
Oi, Herculano.

Lula e Dilma insistem em dizer que a culpa do que está acontecendo no Brasil é dos coxinhas.

Eles devem ter razão porque os 9,5 milhões de desempregados estão sendo obrigados a vender coxinhas para sobreviver.

Está faltando vaga nas cadeias? Porque não prenderam esses dois marginais ainda?
Herculano
01/04/2016 13:47
da série: o PSD nacional como em Gaspar, tenta salvar o governo do PT

KASSAB VOLTA A SER CONTABILIZADO COMO ALIADO CONTRA O IMPEACHMENT, por Mônica Bérgamo, para o jornal Folha de S. Paulo

O ministro Gilberto Kassab, do PSD, que o governo de Dilma Rousseff considerava caso perdido, voltou a ser contabilizado como aliado importante para evitar o impeachment da presidente.

CONTA
Kassab teria se convencido de que Dilma tem alguma chance de permanecer no cargo. Com isso, a contabilidade do governo dentro do partido dele passou de oito para 15 votos contra o impedimento da petista.

POR ÚLTIMO
Ao negociar cargos de primeiro escalão com partidos como o PP, o PR e o PRB, Lula e o PT insistem que, num eventual governo de Michel Temer, essas legendas ficariam em décimo plano, já que o vice lotaria seu ministério de "notáveis"
Sidnei Luis Reinert
01/04/2016 12:50

VAI VIR ALGUMA MIGALHA PARA GASPAR?

Lula compra o PP

Brasil 01.04.16 09:25
Lula avisou o PP que Michel Temer só terá notáveis em seu ministério.

Dilma Rousseff é o contrário: ela só quer nomear deputados de décimo plano, preferivelmente implicados na Lava Jato.

O PP se animou.

Lula prometeu o ministério da Saúde a Ricardo Barros, notável por ter pedido 880 mil reais à Galvão Engenharia.

Lula prometeu também o ministério da Integração Nacional a Cacá Leão, cujo pai, João Leão, é notável por ter dito que estava "cagando e andando" para a denúncia oferecida por Rodrigo Janot.

Mas não foi só isso.

Segundo o Valor, Lula decidiu igualmente dar ao PP a Caixa Econômica Federal ou o Banco do Nordeste.

Lula progrediu desde o assassinato de Celso Daniel.

http://www.oantagonista.com/posts/lula-compra-o-pp
Carlos Pereira
01/04/2016 12:34
O mais engraçado é que Daniel Bosi e seus secretários, estão mais incomodados é com as inúmeras idas e vindas a delegacia de Policia, eles excomungar o vereador Almir que é servidor e vem sendo caçado por Tataiana Richart, por Marly a procuradora e Alysson, já o assessor da Câmara de Vereadores Aurélio este vem corre risco de vida.
Sidnei Luis Reinert
01/04/2016 12:06


No Facebook do empresário Eduardo Machado:

"NOTÍCIA: "Petrobras aprova corte de 2.279 cargos de gerência". Tinha caso de 5 gerentes para 1 subordinado!!!! Parece mentira mas não é... E sabe quem paga???? Nós, contribuintes, é claro!!!!"
Herculano
01/04/2016 11:06
RESISTÊNCIA AO GOLPE DÁ OXIGÊNIO AO GOVERNO, por Tereza Cruvinel, ex-presidente da Empresa Brasileira de Comunicação, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, PT

Parte 1

A semana que começou com uma derrota para o governo, na terça-feira em que o PMDB anunciou o rompimento, termina com uma conjugação de fatos que avisam ao outro lado: O jogo ainda não acabou.

As manifestações de ontem foram as maiores já realizadas em defesa da democracia e em apoio à presidente Dilma, com ganhos de representatividade para a frente política contra o impeachment, que ultrapassa o petismo e o sindicalismo. A presença e a fala de Chico Buarque no palanque do Rio foram o mais forte simbolismo disso.

Se o clamor pelo impeachment no dia 13 deu impulso ao processo na Câmara, o de ontem, contra a deposição da presidente, também será ouvido pelos partidos, na semana crucial em que Dilma e o ex-presidente Lula devem avançar nas articulações para uma recomposição do governo que proporcione os votos para a barragem do processo no plenário da Câmara. O fato de haver massas protestando contra o impeachment facilita a tomada de posição por deputados que alegavam ser impossível apoiar o governo com "o povo todo contra". Não é o povo todo, claro está. Neste momento, Lula e outros articuladores conversam com PP, PSD, PR e partidos menores. É neste "centrão" que podem colher os 100 votos fundamentais para ganhar o jogo com um mínimo de segurança. Se a oposição precisa colocar em plenário 342 votos, o governo pode montar sua barragem com votos contra, com abstenções e ausências. Lula dialoga ainda com setores do PSB, velho aliado que se transferiu para a oposição.

Ele também termina a semana com uma boa vitória, a decisão do STF que manteve no âmbito da mais alta corte as investigações iniciadas pelo juiz Moro. A decisão liminar de Gilmar Mendes contra sua posse não foi ainda examinada mas agora ele não será abatido, enquanto articula a salvação do governo, por uma ordem de prisão preventiva de Moro - que por sinal levou uma sova do STF com as condenações veementes à sua divulgação ilegal das conversas grampeadas de Lula, inclusive com Dilma. Lula iria participar do ato de Brasília. Mas sensatamente desistiu para não parecer uma provocação ao STF, que à tarde decidiria sobre o questão do foro. Gravou porém aquele vídeo, objetivo e curto, em que apenas pediu união em defesa da democracia e da legalidade.

Mas antes ainda desta quinta-feira, Dilma colecionou manifestações de alta ressonância contra seu impedimento, do alto e da base da pirâmide brasileira. Um ministro do STF, Marco Aurélio Mello, deu-lhe razão: "sem crime de responsabilidade é golpe mesmo". Na quarta, durante o lançamento da fase 3 do Minha Casa Minha Vida, pessoas simples do campo e da cidade, de movimento por moradia, juntamente com o sanguíneo Guilherme Boulos, do MTST, entoaram o "não vai ter golpe" no Palácio do Planalto. Ontem o ato se repetiu com a entrega de manifestos por intelectuais e artistas como Beth Carvalho, Letícia Sabatella, Aderbal Freire-Filho, Ana Muylaert, Sergio Mamberti, Ana Maria Magalhães e tantos outros. Wagner Moura publicou um artigo contundente contra o impeachment. Professores e estudantes protestaram na USP, na UFRJ e em outras universidades. Advogados peitaram a OAB na entrega de um oportunista pedido de impeachment adicional. Juristas continuaram sustentando que não há crime de responsabilidade. Em Lisboa o seminário promovido pelo ministro Gilmar Mendes e líderes da oposição foi alvo de um protesto de brasileiros. Aliás, emigrados brasileiros voltaram a se manifestar pela democracia em várias capitais do mundo. No campo adversário, nenhuma manifestação importante mereceu registro.
Herculano
01/04/2016 11:05
RESISTÊNCIA AO GOLPE DÁ OXIGÊNIO AO GOVERNO, por Tereza Cruvinel, ex-presidente da Empresa Brasileira de Comunicação, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, PT

Parte 2

Por fim, apesar de toda a campanha da mídia grande, a palavra golpe pegou. A ideia de que o impeachment com base em pedaladas fiscais é apenas o mandato legal para um golpe contra Dilma, logo contra a vontade popular, ganhou força ao longo da semana. Foi isso que fez as manifestações crescerem comparativamente com as do dia 18.

E daí, isso mudará votos na Câmara? Ninguém pode responder positivamente, até porque ninguém sabe ao certo quantos votos há contra ou a favor do impeachment. Mas certamente o clima melhorou para o governo. Quando Collor, no curso do impeachment, cometeu a frase "não me deixem só", o que colheu foi um grande protesto com as pessoas vestindo preto, e não verde-amarelo, como ele pedira. As manifestações de ontem disseram que Dilma não está só. Isso não fará diferença para a oposição que comanda o processo, juntamente com Eduardo Cunha e agora com o vice Michel Temer. Mas fará para aqueles partidos da base governista que vinham sendo tentados pelo efeito manada.

Mas há sempre um imponderável no ar: a Lava Jato.
Eduardo Linhares
01/04/2016 10:31
Aqui no passo municipal já tem muito nego no mês de aviso prévio.
O vereador Gilberto de Souza é visto para cima e para baixo aqui dentro da prefeitura arrumando artifícios para tentar salva Daniel Bosi. E quando pela falta de certidão do tribunal Contas, o município não esta conseguindo ganhar os recursos das emendas dos deputados. Isto aqui é tocado por um bando de incompetentes que não sabem diferenciar o certo do errado.Agora é saber quem vai primeiro Daniel bosi ou Dilma. Tomará que em Gaspar o PSD ganhe as eleições para empregar um pouco do esterco daqui lá.
Herculano
01/04/2016 10:20
LAVA JATO PRENDE EX-SECRETÁRIO DO PT E DONO DE JORNAL E JORNALISTA LIGADOS AO PT

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (1º) mais uma etapa da Operação Lava Jato. São cumpridos dois mandados de prisão temporária ?"do empresário e dono do "Diário do Grande ABC" Ronan Maria Pinto e do ex-secretário-nacional do Partido dos Trabalhadores Silvio Pereira?" e dois de condução coercitiva ?"ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do jornalista e diretor editorial do site "Opera Mundi" Breno Altman.

Delúbio, que chegou à sede da Polícia Federal por volta das 8h20, teve sua pena do Mensalão perdoada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em março. O petista foi condenado a 6 anos e 8 meses de prisão, mas desde setembro do ano passado recebeu o direito à prisão domiciliar.

O lobista Fernando Antonio Guimarães Hourneaux de Moura afirmou, em depoimento à Lava Jato, em janeiro, ter sido informado que Silvio Pereira recebia R$ 50 mil "em dinheiro vivo" como "um cala-boca", ou seja, um dinheiro que garantiria seu silêncio a respeito de irregularidades, de duas empreiteiras sob investigação, a OAS e a UTC Engenharia.

O ex-secretário-nacional do PT ficou conhecido durante a investigação do Mensalão por ter recebido um jipe Land Rover, avaliado à época em cerca de R$ 70 mil, da empresa GDK, em 2005.

Em depoimento à força-tarefa da Lava Jato em outubro de 2014, o doleiro Alberto Youssef levantou a suspeita de que Breno Altman seja um dos envolvidos em uma operação para calar um chantagista que poderia fazer novas revelações sobre o caso Celso Daniel.

Altman é amigo pessoal do ex-ministro José Dirceu e atuou como interlocutor dele e do PT em diversos momentos depois que o petista já estava condenado no mensalão.

'CARBONO 14'

A 27ª fase, denominada de "Carbono 14", investiga crimes de extorsão, falsidade ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Ao todo, a PF cumpre 12 ordens judiciais, sendo oito mandados de busca e apreensão, dois de prisão temporária e dois de condução coercitiva. As medidas estão sendo cumpridas nos municípios paulistas de São Paulo, Carapicuíba, Osasco e Santo André. As diligências também estão sendo realizadas na empresa de ônibus controlada por Ronan, a "Expresso Nova Santo André", e a empresa DNP eventos, em Osasco.

Segundo o Ministério Público Federal, a operação investiga um suposto esquema de lavagem de capitais de cerca de R$ 6 milhões provenientes de gestão fraudulenta no Banco Schahin, cujo rombo foi coberto depois pela Petrobras.

"Constatou-se que José Carlos Bumlai [empresário amigo do ex-presidente Lula] contraiu um empréstimo fraudulento junto ao Banco Schahin em outubro de 2004 no montante de R$ 12 milhões. O mútuo, na realidade, tinha por finalidade a 'quitação' de dívidas do Partido dos Trabalhadores (PT) e foi pago por intermédio da contratação fraudulenta da Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de US$ 1,6 bilhão", informou a Procuradoria.
Despetralhado
01/04/2016 09:33
Oi, Herculano;

No Trapiche:

O ôpa, pede explicações porque está fora da casinha. Alguém precisa desenhar para ele.

Às 22:29hs.

Ainda vou ter o prazer de ver a Lava-Jato chegar na polenta azeda gasparense.

Tua hora está chegando, carcamano!
Luiz Orlando Poli
01/04/2016 09:05
A PIXULECA acaba de mandar uma correspondência ao comitê que organiza as olimpíadas pedindo a cancelamento da disputa da modalidade karatê :"Não vai ter GOLPE" kkkkkkkk
Herculano
01/04/2016 08:19
POLÍCIA FEDERAL FAZ BUSCA E APREENSÃO NAS PREFEITURAS DO PT 9 EM SÃO PAULO) PARA A OPERAÇÃO LAVA JATO

Conteúdo do portal G1 -A Polícia Federal (PF) cumpre 12 mandados judiciais da 27ª fase da Operação Lava Jato em São Paulo desde a madrugada desta sexta-feira (1º). Do total de mandados expedidos, 2 são de prisão temporária, 8 de busca e apreensão, além de 2 de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. A ação foi batizada de Carbono 14.
A ação ocorre em São Paulo, Carapicuíba, Osasco e Santo André.

De acordo com os policiais, a ação ocorre "em referência a procedimentos utilizados pela ciência para a datação de itens e a investigação de fatos antigos".
Entre os crimes investigados estão extorsão, falsidade ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado. Os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba.

26ª fase
A 26ª fase foi deflagrada no dia 22 de março e cumpriu 108 mandados judiciais. A ação foi batizada de Xepa e é um desdobramento da Operação Acarajé, a 23ª fase, que ocorreu em fevereiro deste ano e investiga o pagamento de propinas por parte do Grupo Odebrecht a agentes públicos.

Na quinta-feira (24), o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, decretou sigilo sobre toda a investigação referente à 26ª etapa.

Ao todo, 13 pessoas foram presas. Nove tiveram mandados temporários expedidos e deixaram a carceragem com o fim do prazo, que era de cinco dia.s
Herculano
01/04/2016 06:50
A FOTO QUE ASSUSTA, por A foto que assusta por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

"Quando, anteontem, o jornal exibia que o PMDB desembarcou do governo e mostrava as pessoas que erguiam as mãos, eu olhei e pensei: meu Deus do céu! Essa é a nossa alternativa de poder. Eu não vou fulanizar, mas quem viu a foto sabe do que estou falando."

As palavras são do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal. Quem viu a foto na "Primeira Página" da Folha sabe do que ele estava falando. Dos cinco políticos do PMDB que comemoravam o rompimento com o governo e gritavam "Temer presidente", três são investigados na Lava Jato, sob suspeita de embolsar propina do petrolão.

O deputado Eduardo Cunha já é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os senadores Romero Jucá e Valdir Raupp são alvos de inquéritos que podem virar ações penais. Os três defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O ministro Barroso não foi o único a se assustar com a foto. A imagem lembrou a muita gente contrária ao governo que só existe uma alternativa de poder em caso de impeachment. Se Dilma for derrubada, quem assume é o vice-presidente Michel Temer. O PMDB, que foi sócio dos governos petistas desde 2004, passará a mandar sem intermediários.

Alguns peemedebistas já admitem que o ato público não foi uma boa ideia. A foto alertou a praça de que a ascensão de Temer interessa a muitos investigados da Lava Jato. Para eles, o vice traz a esperança de um acordão que freie as investigações.

Temer sabe que este cartão de visitas não pega bem fora dos gabinetes do Congresso. Nesta quinta (31) ele se apressou a dizer que "jamais interferiria" nos processos. "Registro com muita ênfase que sou muito atento à institucionalidade e, portanto, jamais haveria de influenciar outro poder", afirmou.

A outra má notícia para o vice é que o ato ainda não surtiu muito efeito prático. Três dias após o rompimento, os seis ministros peemedebistas continuam agarrados a seus cargos, fazendo jus à fama do partido
Herculano
01/04/2016 06:47
IMPEACHMENT DEPENDE DA DECISÃO DE CERCA DE 40 DEPUTADOS, por Ricardo Noblat para o jornal O Globo

Quatro líderes de partidos importantes, ouvidos, ontem, por este colunista, coincidiram no diagnóstico: a aprovação do impeachment de Dilma na Câmara depende, no momento, da definição do voto de cerca de 40 deputados, a maioria deles do Partido Popular (PP), Partido da República (PR) e Partido da Social Democrático (PSD).

O impeachment será aprovado com folga pela Comissão Especial da Câmara. Ali, o governo já jogou a toalha. Espera reunir, apenas, 25 de um total de 65 votos. O governo admite que a oposição terá mais votos para aprovar o impeachment no plenário da Câmara. Só está empenhado em impedir que ela atraia 342 ou mais dos 513 votos possíveis .

Daí a "Operação Varejão", deflagrada pelo governo atrás de 172 votos de deputados capazes de barrar o impeachment. Os escrúpulos, que sempre foram poucos, deixaram simplesmente de existir. Vale tudo por um voto ?" cargos, liberação de emendas de parlamentares ao Orçamento da União, favores inomináveis, sinecuras a dar com o pau.

O PP, por exemplo, conta com 49 deputados e já controla o Ministério da Integração Nacional com Gilberto Occhi. Mas ele será trocado, em breve, pelo deputado Cacá Leão (PP-BA), filho de João Leão (PP), vice-governador da Bahia e amigo de Jaques Wagner, atual chefe do Gabinete Pessoal da presidente Dilma. Occhi enfrenta problemas de saúde.

O governo ofereceu mais um ministério ao PP: o da Saúde. É o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios, mas não tem dinheiro nem mesmo paga pagar as despesas do SUS. A presidência da Caixa Econômica Federal também foi oferecida ao PP. Que ficou de responder na segundo semana de abril, tão logo a Comissão Especial vote o impeachment.

O PP tem um problema: é o partido com maior número de deputados investigados pela Lava-Jato ?" 32, cinco dos quais já denunciados por corrupção ao Supremo Tribunal Federal. Mais da metade deles diz que votará pela aprovação do impeachment porque não quer arrumar confusão com suas bases eleitorais. Será? A conferir.

O PR do mensaleiro Valdemar Costa Neto, indultado há pouco pela Justiça, está à caça de mais cargos no governo. Não terá dificuldade de conseguir. Ocorre que quase dois terços dos seus deputados tende mesmo assim a votar a favor da saída de Dilma, que evita conversar pessoalmente com Costa Neto porque pegaria mal. Mande emissários ao encontro dele.

O PDS liberou seus deputados para votarem como quiser. E o ministro de Cidades, Gilberto Kassab (PDS-SP), deverá renunciar ao cargo na próxima semana. Governo e oposição disputam os votos do PDS. Há deputados, ali, que negociarão seu apoio a um lado e ao outro até o dia da votação do impeachment no plenário da Câmara.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, acertou com líderes de partidos o calendário das votações do impeachment. Ele será votado pela Comissão Especial no próximo dia 11, uma segunda-feira. E pelo plenário a partir da sexta-feira dia 15. No plenário, a votação deverá se estender por três dias. Cada deputado terá um minuto para justificar seu voto.

Foi o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), do Distrito Federal, que pediu a Cunha para só votar o impeachment no final da semana. Razões de segurança. A Polícia Militar do Distrito Federal estima que entre 200 mil a 300 mil pessoas mobilizadas pela oposição e pelo governo acamparão diante do prédio do Congresso à espera do resultado da votação.
Herculano
01/04/2016 06:44
PASSAI, RADICAIS DO POUCO!, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo

Adoraria estar a travar outro debate com o PT, distante de uma delegacia de polícia. Sou crítico da turma há muito tempo. Criei o termo "petralha" quando a legenda estava no poder em Santo André, antes ainda de Celso Daniel ser assassinado.

Mas nem eu imaginava que os "companheiros" pudessem chegar tão longe na profissionalização do assalto aos cofres públicos. Eu preferiria estar aqui a debater com petistas, por exemplo, se precisamos mesmo de uma Petrobras majoritariamente estatal.

Na minha fantasia, a empresa não é um valhacouto. Ao contrário. É exemplarmente administrada por burocratas imbuídos da missão de demonstrar a superioridade gerencial do Estado e de provar quão falaciosa é a ideia de que é o lucro que conduz à excelência técnica. Essa Petrobras poderia melhorar o meu combate porque me obrigaria a enfrentar argumentos difíceis.

Em vez disso, tenho de me haver com vagabundos, desclassificados e chicaneiros. O maior mal que o PT faz a seus adversários é lhes fornecer motivos de rejeição tão tristemente mundanos.

O petismo nos impede de debater economia política e nos remete para a briga de rua. O partido empobrece a retórica. Não me refiro àqueles discursos pastosos dos que falam para esconder o que pensam. Trato aqui da retórica virtuosa, que pode alcançar um lugar inédito do pensamento à medida que é obrigada a se desenvolver para enfrentar a qualidade do outro.

Se não forem nossos adversários a nos melhorar, quem o fará? Os amigos tendem, felizmente, a nos conduzir por caminhos docemente viciosos. A amizade, como o amor de Guimarães Rosa, há de ser um descanso na loucura. Gostamos das pessoas, às vezes, porque são um pouco tortas, né?

É dos adversários, nas questões de natureza pública, que cobramos a retidão. É o certo. A sua razão de ser é nos levar a desenvolver armas retóricas de precisão para atingir com mais eficiência os nossos alvos, as nossas pretensões. Confessem: às vezes gostamos de pensar que aqueles que combatemos são um pouco melhores do que são só para que não nos sintamos também miseráveis.

Olhem a que fomos reduzidos. O artigo assinado pelo ator Wagner Moura, na Folha desta quarta (30), teve ao menos uma virtude: expôs, até com certa candura, a moral degenerada de amplos setores da esquerda. O rapaz admite que o PT se ampara num esquema criminoso, mas considera, com argumentação jurídica canhestra, que impeachment é golpe.

Segundo o autor, o que está em curso, na verdade, é um surto moralista dos que não aceitam o resgate da dívida social que o PT teria empreendido. O corolário da tese do sr. Moura é que só esquerdistas teriam o direito de combater os roubos do PT.

Repete, agora no terreno do assalto puro e simples, a argumentação de seguidas gerações de intelectuais de esquerda que se negavam, no século passado, a reconhecer os crimes do stalinismo porque isso corresponderia a agredir as ditas esperanças da classe operária, de que o Partido Comunista seria monopolista.

Eu lhes dedico um trecho do "Ultimatum", de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa), escrito em 1917, no ano da revolução bolchevique: "Passai, radicais do Pouco, incultos do Avanço, que tendes a ignorância por coluna da audácia (...) [passai] socialistas a invocar a sua qualidade de trabalhadores para quererem deixar de trabalhar! Rotineiros da revolução, passai!"
Herculano
01/04/2016 06:38
NA ARITMÉTICA DA CRISE, VALE FRAÇÕES ORDINÁRIAS

No mercado persa que se instalou ao redor do pedido de impeachment de Dilma, a moeda que vigora é a fantasia, não o Real. Ganhará a guerra quem chegar à véspera da batalha final com a melhor pose de vencedor. Na fase atual, marcada pela compra e venda de votos, o político procura não parecer o que é. Faz isso porque o interlocutor pode não ser o que parece. Ou, enganação suprema, pode ser e parecer.

Um fato ocorrido na Câmara nesta quinta-feira ajuda a entender o que se passa. Membro do pelotão de resistência de Dilma, o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) encontrou-se com o colega Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), que pega em lanças pelo impeachment. A dupla travou um diálogo elucidativo:

- Lúcio, meu velho, fico cada vez mais decepcionado com a política. Vou te contar uma coisa porque gosto de você. Mas peço que não comente com ninguém. Estou vindo do Planalto. Encontrei lá cinco malandros do PMDB querendo ser recebidos. Pediam que não lhes retirassem os cargos porque não votarão a favor do impeachment.

- Silvio, meu caro, diferentemente de você eu já nem me decepciono mais. Encontrei há poucos instantes dez malandros seus. Disseram que fingem ser contra o impeachment de Dilma para evitar que lhes tirem os cargos. Mas querem mesmo é conversar com o Michel Temer. Pediram para eu marcar o encontro.

Os dois gargalharam ao se dar conta de que, na aritmética do impeachment, o que conta são as frações ordinárias.
Herculano
01/04/2016 06:33
LIQUIDAÇÃO NO PLANALTO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

O grau de abjeção em que se projetou a Presidência da República pode ser mensurado pelo que Dilma Rousseff (PT) tem feito com o Ministério da Saúde.

O país, como todos sabem, enfrenta graves epidemias virais: zika, dengue, chikungunya, gripe H1N1. Apesar disso, a pasta chave, com seu orçamento de R$ 118 bilhões, está em oferta como prenda na quermesse política de Brasília.

Não que o ministro atual, guindado à posição no surto anterior de negociações imorais (ainda na ilusão de afastar o PMDB das tentações do impeachment), se notabilizasse por eficiência ou sabedoria. As declarações impróprias de Marcelo Castro (PMDB-PI) têm produzido estupefação e manchetes.

Pois bem, ele agora corre o risco de enfim ser exonerado. Não, porém, por incompetência e omissão, nem por lotear o segundo escalão entre asseclas. Castro sairia para abrir espaço ao Partido Progressista, de Paulo Maluf.

Os desesperados operadores de Dilma não parecem incomodar-se com o fato de, na quarta (30), a Procuradoria-Geral da República ter denunciado, de uma só tacada, sete políticos do PP sob a acusação de corrupção e ocultação de bens.

Na balança fraudulenta do Planalto, pesa pouco que a agremiação seja a campeã em membros investigados na Lava Jato. Importa mais que prometa arrebanhar 49 votos na Câmara contra o impedimento da presidente.

A traficância de gabinetes na Esplanada traria outros 40 sufrágios do Partido da República e mais 31 do Partido Social Democrático -que não se percam pelos nomes. E 27 votos, pela mesma via espúria, de uma penca de agremiações nanicas (PTN, Pros, PHS, PT do B, PSL), mais que nunca merecedoras do diminutivo.

Tal a base de lama renovada em que tenta firmar os pés uma presidente cuja capacidade de indignar-se com falcatruas se mostra a cada dia mais seletiva. Não se tem notícia da mandatária que estreou prometendo faxinas ministeriais -que sirva de lição a quem acreditou em mais essa ficção marqueteira.

O governo federal trabalha hoje apenas para sobreviver, e não para tentar dar fôlego a um país afundado em grave recessão. O Planalto se transformou num bunker devotado a maquinar táticas fracassadas no nascimento.

Dilma Rousseff só abre as portas do Palácio do Planalto para transformá-lo em palanque. Despiu-se dos escrúpulos remanescentes para converter a Presidência da República em aríete contra o derradeiro moinho de vento petista, vociferando a palavra de ordem "não vai ter golpe" sob aplausos da claque restante.

Sem o menor pudor, Dilma Rousseff rifa o que lhe restou de governo para salvar a própria pele. A única coisa que comanda no presente é a liquidação do Planalto.
Herculano
01/04/2016 06:30
ACORDÃO QUER LIVRAR POLÍTICOS DE MORO, COMO LULA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brsileiros

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de blindar Lula do rigoroso juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, criou o precedente que o governo queria. O Palácio do Planalto trabalha há semanas em um "acordão" com setores da Justiça, para que políticos sem mandato (e sem foro privilegiado), como o ex-presidente, flagrados na gatunagem da Petrobras, sejam julgados no STF e não por Moro.

'CONCILIAÇÃO', O PRETEXTO
Ministros do PT juram que o objetivo do acordão não seria livrar os políticos de condenações, mas abrir caminho à "conciliação nacional".

MOTIVO REAL DO CONCHAVO
Como Lula, vários ex-deputados e ex-ministros, atualmente sem foro privilegiado, têm medo de ser julgados pelo juiz Sérgio Moro.

MÃO PESADA DE MORO
Como Lula, o Planalto acha que o juiz federal criminal Sergio Moro, ao contrário dos ministros do STF, condena à prisão sem hesitações.

MINISTRO FUX AVISOU
O risco de precedente, pelo qual o Planalto se empenhava, aberto ontem com a blindagem de Lula, foi citado no voto do ministro Luiz Fux.

ODEBRECHT DECIDIU ENCOLHER R$12 BILHÕES EM 2016
Atingida em cheio pelas investigações da Lava Jato, a Odebrecht decidiu passar por "lipoaspiração", diminuindo de tamanho. A empresa pretende vender, até dezembro, ativos no Brasil e no exterior que avaliados em R$ 12 bilhões. Já estão sendo oferecidos a eventuais interessados, investimentos no setor de energia, incluindo seu parque eólico, e a participação nas obras da hidrelétrica de Santo Antônio.

QUEM DÁ MAIS?
A Odebrecht também quer vender suas empresas de saneamento, uma obra de uma rodovia no Peru, considerada de grande porte, e outras.

MAIS DEMISSÕES
O grupo Odebrecht tinha mais de 180 mil funcionários até 2014, mas hoje eles totalizam 128 mil. E haverá ainda mais demissões.

CRESCEU, ACREDITE
O faturamento bruto da Odebrecht cresceu de R$108 bilhões em 2014 para R$ 130 bilhões em 2015, mesmo com todo o rolo da Lava Jato.

OPERAÇÃO S?"RDIDA
O setor empresarial paulista está ansioso por detalhes da delação do ex-deputado mensaleiro Pedro Corrêa (PP) sobre a compra de votos para a reeleição de FHC. Ele disse que o banqueiro Olavo Setúbal distribuía "vale-dólar" à saída do plenário, para quem votava a favor.

DILMA QUEM?
Ao microfone, os sindicalistas que lideravam hordas de pobres diabos, laçados nas periferias, xingavam a rede Globo e pediram até "SUS para todos". Quase não havia faixas e bandeiras em defesa de Dilma.

LULA LÁ, COM A ZELITE
Enquanto os manifestantes lanchavam debaixo do sol escaldante de Brasília, Lula permanecia no bem-bom, do ar-condicionado do hotel de cinco estrelas Golden Tulip. Endereço, aliás, manjado na Lava Jato.

MAL ME QUER
O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) telefonou ao ministro Marcelo Castro (Saúde) para brincar com sua aflição. "Não se preocupe, o PP não quer seu ministério. Quem não quer você é o governo", brincou.

BARBOSA COMO ALVO
Na manifestação contra o impeachment, em Brasília, entidades como CUT, CTB e MST exibiram faixas exigindo a cabeça do ministro petista Nelson Barbosa (Fazenda) contra o ajuste fiscal.

ELES NÃO SABEM
Manifestantes pró-Dilma pararam no tempo. Boa parte das faixas na manifestação de ontem, em pleno 2016, pedia o "fim da ditadura". Não pareciam saber que a ditadura acabou em 1984, nas eleições de 1989.

EI, VOCÊ AÍ
O Planalto mandou sondar a direção do PRB para saber se admitiria retornar ao governo, mesmo após anunciar rompimento com Dilma, garantindo que seus 21 deputados votariam contra o impeachment.

EXCESSO DE CRIME
Foi uma aula a apresentação, na Câmara, de Janaína Paschoal, autora do impeachment. "Dizem que impeachment sem crime é golpe, mas temos aqui excesso de crime", disse, para delírio da oposição.

PENSANDO BEM...
...Dilma passou o dia ao telefone oferecendo mundos, fundos e cargos, para tentar escapar do impeachment. Só faltou oferecer o seu.
Herculano
31/03/2016 22:29
PIZZOLATTI ENVOLVIDO ATÉ O PESCOÇO NA LAVA JATO. TUDO O QUE SE TEMIA, NEGAVA E SE FALAVA, APARECEU. E GASPAR PODE ENTRAR NA ROTA. REPASSES DA ODEBRECHT NO EXTERIOR IRRIGAM PROPINA AO PP, DIZ JANOT

Parte 1

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Aguirre Talento e Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. Transferências internacionais de contas ligadas à Odebrecht no exterior para o doleiro Alberto Youssef foram usadas para o pagamento de propina ao PP, principalmente ao ex-deputado [Federal e ex-presidente do partido no estado, que se tornou secretário de Roraima para ganhar for privilegiado e escapar do juiz Sérgio Moro] João Pizzolatti (SC), segundo a Procuradoria-Geral da República.

A informação consta da denúncia protocolada na quarta-feira (30) no Supremo Tribunal Federal contra Pizzolatti, o ex-ministro Mário Negromonte (ex-PP-BA) e outros cinco políticos do PP sob acusação de recebimento de dinheiro desviado da Petrobras, por meio da diretoria de Abastecimento.

Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, um dos delatores, Rafael Ângulo, transportador de valores de Youssef, apresentou quatro comprovantes de transferências bancárias no exterior que tinham relação com esses pagamentos de propina.

Os repasses foram entre 2009 e 2010 em contas na Alemanha que, segundo o Ministério Público, seriam ligadas à Odebrecht, para contas na China e em Singapura, totalizando US$ 1,5 milhão. "Todos esses documentos contêm vinculação à empresa Braskem [ligada à Odebrecht]", escreveu Janot.

Segundo o procurador-geral da República, a propina era referente a um negócio da Braskem com a Petrobras.

"Realizadas as transferências bancárias internacionais, Alberto Youssef disponibilizava as correspondentes quantias em reais, no Brasil, ao PP e particularmente a João Alberto Pizzolati Junior. Dessa forma, entre 2009 e 2010, pelo menos US$ 1.530.000 foram repassados a título de propina", afirmou o procurador-geral.

A operação de busca e apreensão em seus endereços encontrou patrimônio que estava mantido em nome de terceiros, segundo a denúncia. Por exemplo, um automóvel registrado em nome de uma loja de veículos, e um apartamento que tinha em Blumenau também sem estar em seu nome.

Foram encontrados ainda depósitos em dinheiro, fracionados, na conta pessoal dele, no total de R$ 330 mil.

NEGROMONTE

A denúncia também aponta depósitos fracionados, sem identificação do depositante, feitos nas contas de dois ex-assessores do ex-ministro Negromonte, como pagamentos de propina.

Foram R$ 336 mil depositados por meio de 169 operações para um assessor e R$ 534 mil em 116 operações para o outro.

Para Janot, ambos só recebiam salários da Câmara ou de outros órgãos públicos e "não tinham motivos nem recursos para movimentar tanto dinheiro, sem identificação de origem".

De acordo com a denúncia, um dos assessores repassou R$ 60 mil em 37 operações para a conta pessoal mantida por Negromonte e seu filho, o atual deputado Mário Negromonte Júnior (PP-BA).

Ainda contra o ex-ministro, Janot aponta entregas em dinheiro feitas por emissários do doleiro Alberto Youssef e transferências da empresa Unipar Carbocloro a um empresário da Bahia como forma de pagar Negromonte.
Herculano
31/03/2016 22:28
PIZZOLATTI ENVOLVIDO ATÉ O PESCOÇO NA LAVA JATO. TUDO O QUE SE TEMIA, NEGAVA E SE FALAVA, APARECEU. E GASPAR PODE ENTRAR NA ROTA. REPASSES DA ODEBRECHT NO EXTERIOR IRRIGAM PROPINA AO PP, DIZ JANOT

Parte 2

Embora focada nos dois ex-deputados e no filho de Negromonte, a denúncia também aponta corrupção dos deputados Arthur Lira (PP-AL), Luiz Fernando Faria (PP-MG), José Otávio Germano (PP-RS) e Roberto Britto (PP-BA). No caso deles, o principal elemento foram doações feitas por empresas acusadas de envolvimento com a corrupção na Petrobras.

Os delatores Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa já sustentaram em seus depoimentos que as doações eram uma das formas de pagamento da propina.

Segundo dados da PGR ao STF, o PP e Paulo Roberto receberam R$ 357,9 milhões em propina de contratos da estatal, entre 2006 e 2014.

OUTRO LADO

Procurada na noite desta quinta (31), a Odebrecht informou que não se manifestará sobre o assunto.

A defesa de Pizzolatti informou que ainda não teve acesso à denúncia e vai se manifestar, no momento oportuno, nos autos do processo.

O advogado de Negromonte e Negromonte Júnior, Carlos Humberto Fauaze, afirmou que não é possível dizer que depósitos bancários sem identificação da origem eram propina. "A presunção de inocência milita a favor do cidadão. Caberia ao Ministério Público indicar por quais motivos entende que este ou aquele depósito é proveito de crime", disse.

Sobre as entregas em espécie e os repasses ao empresário baiano, Fauaze afirmou que se sustentam apenas na palavra de delatores e, para ele, essa prova não é suficiente para denunciar seus clientes.

Os demais parlamentares já negaram o recebimento de propina e o envolvimento com irregularidades na Petrobras.

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