Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

01/03/2016

GASPAR VAI ÀS RUAS NO DIA 13
O Movimento Brasil Livre, de Gaspar decidiu que vai às ruas no domingo, dia 13 de março, no grito contra a corrupção liderada pelo governo do PT, PMDB, PP, PSD, PDT, PCdoB, PTB, PR, PRB e outros, e a favor do impeachment da presidente Dilma Vana Rousseff, PT, que esfacela o futuro, compromete o atendimento da saúde pública, desarranja a economia brasileira, acelera o desemprego, a inflação... A decisão foi tomada numa reunião realizada neste final de semana (foto) entre Paulo Filippus, Celina Beatriz Reis de Abreu Schmitt, Sérgio Aguiar e Pedro Nicoletti. “Não importa o número de pessoas. O importante é marcar presença e dizer que é preciso enfrentar para mudar”, concluíram.

SOB FOGO CERRADO I
A pré-candidata do PSDB a prefeito de Gaspar, a professora e vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, está sob fogo cerrado para que desista de levar a ideia adiante de ser candidata. Ela se preparou para enfrentar o PT. Ambos, mutuamente, não se dão tréguas. Andreia denuncia. O PT, como resposta, projetou-a tentando desmoralizá-la ou desqualificá-la. É um jogo conhecido e previsível. Afinal, a proposta que ela possui é a de ser contra o que se faz sem transparência na cidade pelos petistas e seus apoiadores. Esta coerência solitária a tornou uma opção política, inclusive às forças tradicionais representadas pelo PMDB, PP e PSD.


SOB FOGO CERRADO II
Este parece ser o novo problema e desafio a ser enfrentado por Andreia ao seu objetivo de ser candidata. A história é simples. O silêncio comprometedor – e às vezes até parceiro que não querem vê-lo noticiado - do PMDB, PP e PSD na Câmara de Vereadores fez com que uma bancada de quatro vereadores do PT por várias vezes se tornasse maioria entre 13 vereadores. Andreia se tornou, praticamente, a única voz de questionamento sistemático em favor da comunidade. Enquanto ela era uma novata, de um bairro inexpressivo – a Lagoa – e por um partido sem muita expressão – o DEM -, as forças políticas tradicionais e que jogam juntas nos interesses de poder não deram muita importância para sua atuação, seus questionamentos e denúncias. Entretanto, tudo mudou quando ela anunciou que mudou de partido, foi para o PSDB e anunciou que por ele seria candidata a prefeita.

SOB FOGO CERRADO III
A partir de então Andreia percebeu que não seria mais alvo do PT, mas dos demais partidos também. Eles tradicionalmente dividem as disputas em Gaspar, e neste ano se sentiram ameaçados no conforto e nos projetos com os planos anunciados de Andreia. Ficaram, principalmente, expostos pelo silêncio comparsa da administração do PT e de Pedro Celso Zuchi nestes últimos oito anos e que nos últimos quatro teve em Andreia uma fiscal implacável. Sem poder ainda encontrar um defeito de origem em Andreia, estas lideranças e partidos tentam associá-la a defeitos de outros que dizem apoiá-la, sem antes forçá-lo deste apoio. Sem projeto, sem discurso e sem se preparar adequadamente para a disputa com o PT, PMDB, PP e PSD lutam por uma candidatura única, um projeto semelhante que levou Adilson Luiz Schmitt em 2004 ao poder. O PMDB, que sempre teve o PSDB de Gaspar como seu e um partido nanico, sem chances e candidato, faz mais: tenta minar dentro do próprio PSDB à candidatura de Andreia.

MAIS UM MÊS
A vereadora Marli Iracema Sontag, PMDB, assessorada por Celso Oliveira, pediu licença por 30 dias. No seu lugar, hoje toma posse mais uma vez nesta legislatura o suplente Sérgio Luiz Batista de Almeida, PSDB – na última eleição o PSDB estava com o PMDB na coligação encabeçada por Kleber Edson Wan Dall e há oito anos, Sérgio era o vice de Ivete Mafra Hammes, PMDB, na corrida pela prefeitura. A volta de Sérgio, sindicalista e que já foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar, à Câmara faz parte dos planos do presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, para dividir e enfraquecer por dentro o PSDB de Gaspar na ideia de ter candidatura própria à prefeitura.

MODELO I
Qual o modelo de gestão que o PSD quer para Gaspar? O praticado pelo prefeito Daniel Christian Bosi, em Ilhota, e cuja campanha foi coordenada pelo ex-presidente do PSD de Gaspar e lá secretário de Administração (já afastado), Fernando Neves? Ilhota está em chamas e Bosi resolveu enfrentar o Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público, a Câmara e a Justiça. Nem orçamento conseguiu montar e apresentar no tempo devido e exigido pela Lei. Foi tudo na marra exigido pelo MP e Justiça. Nem a balsa funciona com regularidade, tudo no improviso e sob reprovação das instituições. Quando em campanha, Bosi prometeu mudar a administração da cidade, torna-la dinâmica, regida até então pela falta de transparência evidente ao tempo do prefeito antecessor, Ademar Feliski, PMDB. As práticas de Felisky ao tempo do seu governo, deixa-o vulnerável hoje na Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas. Ou seja, nada mudou.

MODELO II
Entre tantos exemplos, mais outro de Bosi falha em algo essencial: a educação. Na semana passada, o Conselho Tutelar pegou um micro-ônibus escolar transportando 56 crianças, quando só seria possível fazer o transporte de metade delas em situação segura. Caso de polícia. Crianças em pé, sem cintos dentro do ônibus. Sensibilidade e iniciativas zeros. Atenção à lei, nenhuma. Mais. Para se livrar se tenta transferir as responsabilidades deste tipo de ato aos subordinados, tudo para espertamente se livrar das obrigações civis e até criminais. Este assunto ainda vai render, mais uma vez, no Ministério Público.

HOSTERT NA MIRA DO PMDB I
A bancada do PMDB na Câmara apresentou o requerimento 14/2016. Os vereadores Ciro André Quintino, Jaime Kirchner e Marli Iracema Sontag querem saber do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, qual o fundamento e a razão para ele manter no cargo o ex-secretário de Agricultura, Alfonso Bernardo Hostert, PRB, em função assemelhada - mudança administrativa de araque aprovada pelos próprios vereadores -, se ele está condenado naquela ação da compra de votos, no Jardim Primavera, quando ele se candidatou a vereador e era o cabo eleitoral do atual prefeito Pedro Celso Zuchi.

HOSTERT NA MIRA DO PMDB II
O que os peemedebistas argumentaram? Art. 1º É vedada a nomeação para cargos em comissão, no âmbito dos órgãos do Poder Executivo e do Poder Legislativo Municipal, das pessoas inseridas nas seguintes hipóteses: II - os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: d) eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;

HOSTERT NA MIRA DO PMDB III
E o que o requerimento da bancada peemedebista na Câmara quer saber de Zuchi? “Considerando o Decreto 6.796, de 05 de fevereiro de 2016, página 274, X, letra b, em que nomeia o Sr. Alfonso Bernardo Hostert, Superintendente de Agricultura e Aquicultura e, ainda; considerando o processo RC nº 34340.2011.624.0064, com sentença condenatória em 29 de outubro de 2015; indaga-se: a-Quais providências serão tomadas para fazer cumprir a legislação vigente? b-Quais providências serão tomadas para ressarcir o erário público, por tratar-se de ato nulo?” Em tempo e para lembrar os leitores e leitoras da coluna. O suplente de vereador Raul Schiller, PMDB, esteve arrolado neste mesmo assunto, mas foi absolvido no mesmo processo que condenou Afonso, amplamente noticiado quase somente aqui.

QUEM VAI FICAR COM O PSB?
A presidente da Comissão Provisória do PSB de Gaspar, a ex-vereadora, ex-secretária da Saúde e ex-candidata derrotada nas últimas eleições pelo DEM, Teresa da Trindade (que já foi do PT e PP), não quer mais saber de tocar o PSB por aqui, do deputado Federal Paulinho Bornhausen, de quem é cabo eleitoral. O presidente da Câmara, Giovano Borges, PSD, na ação de linha auxiliar do PT, anunciou que ficará com o espólio para compor forças nas eleições de outubro. E o vereador Marcelo de Souza Brick, ainda presidente da legenda, disse que vai filiar o possível vice do partido, Edemar Wieser, caso vingue a ideia da chapa própria para concorrer em outubro. Tem gente duvidando que o PSB será comandado pelo pessoal do PSD. Até meados deste mês estará tudo definido e poderá haver surpresas na cidade.

TRAPICHE

O PT e a sua doença cínica sem cura. Quando na oposição, diz que os assuntos precisam ser discutidos com a comunidade. Faz discurso. Pede transparência. E está certíssimo. Quando no poder, faz exatamente o contrário do que prega, pede e quer quando opositor.

Veja o caso do PL que disciplina a concessão dos serviços de táxis em Gaspar. Primeiro, isto só está sendo feito porque o Ministério Público se interessou por este tema, feito entre políticos e protegidos, incluindo os do PT. O MP enquadrou Pedro Celso Zuchi e deu prazo. Ele não é o único culpado pelo problema, mas é pela solução entre paredes e na emergência. Os prefeitos que o antecederam, e de todos os partidos, possuem grande parcela de culpa também neste assunto feito entre promessas, acertos e negócios eleitorais.

Segundo e o pior de tudo, o que de fato retrata muito o modo de ser do PT aqui, que é uma franquia do nacional. Nada do que está sendo apresentado na Câmara foi debatido entre e com os taxistas, os interessados. Eles foram passados para trás (ou para a frente, em alguns casos) até aqui pelos políticos no poder e de plantão. Tudo em troca, em muitos casos, por favores, votos e poder. Então, quando há oportunidade para acertar o passo com os diretamente interessados, os políticos complicam tudo, principalmente os que se dizem nos discursos como abertos ao diálogo com a sociedade. Triste constatação.

Terceiro. O PT elaborou o Projeto de Lei entre quatro paredes. Resolveu mostrar três ou quatro artigos, de dezenas para alguns taxistas, numa reunião quase secreta. Só os quatro vereadores do partido sabiam dela (a Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, antenada na cidade apareceu lá, mas sem ser convidada ou informada oficialmente). Estava lá o chefe de gabinete, Doraci Vanz. Nem o advogado dos taxistas, Nilberto Prada Búrigo, teve acesso ao texto, apesar dos pedidos que fez. “Só será público quando o projeto chegar à Câmara”, disse Vanz para ele. O projeto 07/2016 está na pauta da sessão de hoje para ser distribuído e votado. Como sempre, e para se negar ao debate com os taxistas e depois culpar o Ministério Público, tudo em regime de urgência.

Será público, virá de goela abaixo como veio da concessão do lixo e tantos outros, sem debate e cheios de pegadinhas.

E mais. O prefeito Pedro Celso Zuchi já mandou avisar: quer pressa na Câmara como todos outros projetos de leis polêmicos que enviou para lá. É para não haver discussão, ou para colocar interessados em rota de colisão com os vereadores que querem entender e discutir estes assuntos em favor da cidade e dos próprios interessados. E quem faz esta prática? Exatamente o PT. Quando na oposição, ele condena esta prática.
No ano passado, esta tática cínica só não deu certo no caso do Projeto de Lei que lidava com os aumentos dos impostos. E por quê? Porque os escritórios de contabilidade se organizaram, ajudados pela OAB – numa rara ação - fizeram pressão sobre os vereadores que não eram do PT para não dar a costumeira mansa maioria.

O Ministério Público que cuida da Moralidade Pública, tocada pela promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, está debruçado, para montar o xadrez que levou os vereadores de Gaspar aprovarem o Projeto de Lei 60. Ele regula a concessão a coleta, transbordo e destino final do lixo dos gasparenses.

Há divergências interpretativas do texto aprovado e há uma desconfiança que há cartas marcadas que só serão esclarecidas na licitação. O que mais intriga a promotora é a razão pela qual o vereador autor de emendas pode votar a favor dos vetos do prefeito, escudando-se em frágeis alegações de inconstitucionalidade.

Mas o que chama muito a atenção é o disfarce do vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, ao pedir vistas para adiar e dizer que precisava analisar melhor as justificativas do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, para derrubar as emendas dos vereadores. A análise se deu basicamente numa “reunião” que fez no Samae e sob a pressão da bancada petista. Não houve o tal suporte ou embate jurídico para esclarecer ou desfazer as dúvidas de vieses constitucionais. Teatro.

Este negócio do lixo é emblemático. E uma pista pode estar no diálogo entre o Paulo Filippus, do Movimento Brasil Livre - ele estava na votação na terça-feira que derrubou as raras emendas dos vereadores -, com o vereador do bairro do Filippus, o Belchior, o professor Jaime Kirchner, PMDB.
Jaime: - o povo do Belchior não está nem aí para a votação do projeto do lixo”.
Filippus – eu vou divulgar o resultado desta votação e vamos ver então o que eles acham”.
Jaime: - se quiser divulgar, divulgue. Mas este assunto está morto”.
Filippus: - não, não está. A licitação ainda pode ser impugnada e o Ministério Público pode intervir neste escárnio”.
Jaime: (depois de rir com desdém) – você acha que ele [MP] tem tempo pra isso? Ele tem mais que se preocupar”.

Pois é. Os políticos pensam de uma forma, o povo e o MP de outra. A má notícia para o "deretor" Jaime que representa o pensamento dos políticos é que o MP está preocupado com este fedor. Desafio o vereador a consultar a promotora Chimelly e ele próprio se certificar disso.

Ilhota em Chamas. A administração do prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, está se especializando em copiar projetos elaborados por outras prefeituras, sem tomar o cuidado de adaptá-los à realidade de Ilhota.

 

Edição 1739

Comentários

Herculano
04/03/2016 07:02
AOS LEITORES E LEITORAS

Um pequeno problema de edição atrasou, neste espaço, a coluna inédita desta sexta-feira e que já está publicada no jornal impresso.

Desculpas pelo imprevisto

UMA PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR. QUAL A DIFERENÇA ENTRE O PT DAQUI E O PT QUE O EX-LÍDER DO GOVERNO DO PT, SENADOR DELCIDIO AMARAL, DO MATO GROSSO DO SUL, ANUNCIOU NA SUA PROPOSTA DE DELAÇÃO PREMIADA?

OUTRA. S?" MANCHETE DE LAMAS. O QUE ESTÁ ACONTECENDO NESTA MANHÃ? POLÍCIA FEDERAL FAZ OPERAÇÃO NA CASA DO EX-PRESIDENTE LULA, NA GRANDE SÃO PAULO

Conteúdo do jornal Folha de S. Pasulo. Texto de Bela Megale, Flávio Ferreira,Bruno Fávero, Renan Marra, com Mônica Bergamo, colunista do jornal. A Polícia Federal realiza na manhã desta sexta-feira (4) a 24ª fase da Operação Lava Jato no prédio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu filho Fábio Luíz Lula da Silva ?"também conhecido como Lulinha. Essa fase da operação foi batizada de Aletheia.

Lula foi alvo de mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva (quando o investigado é levado para depor). Os carros da PF chegaram às 6h à sua, em São Bernardo. Quatro carros entraram na garagem do prédio e cerca de dez agentes ficaram na portaria.

Cerca de 200 agentes da PF e 30 auditores da Receita Federal cumprem 44 mandados judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia.

São investigados crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros, relacionados à Petrobras. A determinação da busca e apreensão é do juiz Sergio Moro, de Curitiba.

Na casa de Lulinha, em Moema, dois carros da PF e um da Receita Federal são usados na diligência. Os agentes chegaram ao prédio dele às 6h e não falaram com a imprensa.

Há também agentes da PF no Instituto Lula, no bairro Ipiranga, e na Odebrecht, na marginal Pinheiros. Há mandados para Atibaia e Guarujá, onde estão sítio e tríplex, respectivamente, além de Santo André e Manduri.

DELCÍDIO

A ação é realizada um dia após ser revelado um acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). O parlamentar revelou que Lula mandou comprar o silêncio de Nestor Cerveró e de outras testemunhas.

Detalhes do acordo foram veiculados pelo site da revista "IstoÉ", que publicou reportagem com trechos dos termos de delação. A informação de que Delcídio fechou acordo de delação premiada foi confirmada à Folha por pessoas próximas às investigações da Lava Jato.

O senador também diz que Dilma Rousseff usou sua influência para evitar a punição de empreiteiros, ao nomear o ministro Marcelo Navarro para o STJ. O ministro Teori Zavascki, do STF, decidirá se homologa ou não a delação
Herculano
03/03/2016 18:34
PT COM A SUA SAGA DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA QUEIMOU A SUA PR?"PRIA MANCHETE

A manchete para abafar os casos do PT: Eduardo Cunha, PMDB, torna-se réu. Perde de goleada de 10 a zero no Supremo.

A principal manchete do dia e de amanhã. Ex-líder do governo do PT no Senado, Delcidio Amaral, diz que a presidente Dilma Vana Rousseff está envolvida nos casos de corrupção e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
silva, fez (e faz) de tudo para atrapalhar as investigações da Lava Jato
Herculano
03/03/2016 18:00
DILMA JÁ NÃO GERE OS FATOS, É GOVERNADA POR ELES, por Josias de Souza

O acordo de delação premiada firmado pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) com a Procuradoria-Geral da República deixou o governo tonto. Arrastada pela primeira vez para o epicentro do escândalo da Petrobras, Dilma Rousseff teve um primeiro impulso de desqualificar o delator. Um auxiliar recordou à presidente que, antes de ser preso, Delcídio era líder do governo dela no Senado. Como explicar a escolha de um desqualificado para exercer as atribuições de líder do governo? O Planalto se deu conta de que sua reação não poderia ser improvisada.

Dilma manteve a decisão de tentar desacreditar Delcídio, atacando-lhe a reputação. Não lhe restaram alternativas. Depois de passar a manhã remoendo os termos do acordo de delação do ex-líder, ainda pendente de homologação do STF, os auxiliares de Dilma começaram a se manifestar. Acertaram os ponteiros com a presidente. Referem-se a Delcídio como um falastrão. Afirmam que suas declarações não fazem nexo. O Ministério Público Federal pensa de outro modo, tanto que submeteu a delação ao crivo do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF.

Em privado, Dilma repete um bordão que já recitou em público: Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa o bastante para atacar a minha honra?, ela pergunta. Delcídio, segundo Dilma, não teria condições de emparedá-la. O problema da presidente é que nenhum delator da Lava Jato saiu de um convento. E a qualidade das revelações cresce na proporção direta do encolhimento das biografias.

Dois detalhes diferenciam Delcídio de outros delatores: 1) Ele é o primeiro petista a suar o dedo na Lava Jato. 2) Sua proximidade com o Planalto fez dele um personagem com um arsenal de informações que permitem reescrever a fábula do "eu não sabia", já bastante desmoralizada. Além de Dilma, o senador alvejou Lula. Mal comparando, Delcídio aciona um fósforo tão perigoso quanto o que foi riscado por Roberto Jefferson ao acender o pavio do mensalão, em 2005. Naquele escândalo, Delcídio estava do outro lado do balcão. Presidiu a CPI dos Correios, que ofereceu farta matéria-prima para a denúncia que levou a cúpula do PT para a penitenciária da Papuda.

A novidade sobre o destampatório de Delcídio chegou em péssima hora, um dia em que as manchetes escancaram o tamanho da ruína econômica produzida sob Dilma: o PIB de 2015 despencou 3,8%. Esse dado expõe, uma vez mais, a empulhação do enredo que embalou a campanha presidencial de Dilma em 2014. O mentor desse enredo, o marqueteiro João Santana, encontra-se na cadeia. A Procuradoria pediu ao juiz Sérgio Moro a renovação da cana de Santa e da mulher dele, Mônica Moura, agora por tempo indeterminado.

O maior receio do governo é o de que o encontro da estagnação da economia com a lama da Petrobras produza uma espécie de pororoca que leve o asfalto a roncar novamente nas manifestações programadas para 13 de março. Governistas e oposicionistas concordam num ponto: o impeachment só tem chances de avançar se as ruas empurrarem o pedido que se encontra na Câmara, pendente de votação.

De resto, a delação de Delcídio compromete o esforço que Dilma vinha fazendo para passar a impressão de que seu governo ainda tem capacidade para fazer e acontecer. Na verdade, a presidente tenta equilibrar-se em meio ao entrechoque de dois fenômenos: o desastre gerencial em que se converteu o seu governo e as investigações que expõem os porões da corrupção com uma voracidade histórica.

Para desassossego de Dilma, a impressão de que seu governo tornou-se uma estrutura pendurada no ar foi reforçada depois que o STF decidiu antecipar a execução das penas de prisão a partir das sentenças da segunda instância do Judiciário. Ao farejar o odor do calabouço, a oligarquia enrolada na Lava Jato passou a coçar a língua. Executivos das empreiteiras OAS, Andrade Gutierrez e até da Odebrecht, a maior delas, tornaram-se delatores esperando na fila para acontecer.

Dilma já não governo os fatos que condicionam o futuro do seu governo. É governada por eles. Até aqui, a presidente se limitava a perseguir dois objetivos estratégicos: não cair e passar a sensação de que comanda. O segundo objetivo já foi comprometido. Dilma segura-se na cadeira como pode. Revela uma enorme disposição de permanecer ao volante, ainda que lhe falte um itinerário.
Mário Wilson da Cruz Mesquita
03/03/2016 16:14
E agora PTistas?

Sensacional a reportagem da revista Istoé, haja vista que se trata de nitroglicerina pura; seja porque indica influência direta da presidente da República na condução da operação Lava-Jato, seja porque informa claramente que ocorreram desvios na nomeação de ministros para os Tribunais Superiores com o objetivo exclusivo de influir no andamento da operação Lavo-Jato.

Não resta dúvida que os fatos noticiados são gravíssimos e a sociedade tem agora o dever de exigir imediatas mudanças, a começar pelo afastamento da ex-guerrilheira e atual presidenta do Brasil.

Sinceramente chega de sofrer com tanto escárnio, humilhação e roubalheira; eis que, esse assunto já transcende o processo penal, pois diz respeito ao futuro da Nação.

Ao serem comprovados tais fatos, ficará registrado na história do Brasil que nunca antes neste País, de maneira orquestrada por uma quadrilha travestida de agremiação partidária, houve tão avassaladora roubalheira institucionalizada, num verdadeiro atentado contra o Estado Democrático de Direito e contra as ?instituições republicanas".

E agora Petistas? Aos honestos, justos e sérios, neste momento cabe convidá-los para que joguem fora a cartilha da corrupção e venham conosco prá rua dia 13/03 como cidadãos de bem. Aos que ainda tem honra e moral, mostre-nos por seus atos que não aceitam mais conviver e participar dos crimes praticados pelos verdadeiros PTralhas!
Paty Farias
03/03/2016 13:45
Oi, Herculano;

Do Blog do Políbio colei este comentário do advogado Pedro Lagomarcino.

Caro Políbio Braga,
Ué... "o Barba" está todo preocupado agora, a ponto de criar um site para se explicar?
Que "estranho", né?
Vai ver "o Barba" está tendo pesadelos com o japonês da Federal.
Vai ver nos pesadelos do "Barba" o japonês da Federal está a caminho para cumprir o próximo mandado de prisão e vem munido, além das algemas, com uma boa gilete e creme de barbear, para fazer "barba, cabelo, bigode".
Para "o Barba" será um pesadelo.
Para eu e para milhões e milhões de brasileiros este sonho está a um passo de se tornar realidade.
Fraternal abraço,
Dr. Pedro Lagomarcino
OAB/RS 63.784

Para o susto ser maior o japonês da Federal ao bater na porta tem que gritar: SURPRESA!!!
Mariazinha Beata
03/03/2016 13:28
Seu Herculano;

Pegando um gancho no comentário do seu Roberto Sombrio, "o PT é um partido político que não tem qualquer projeto de cidade ou país produtivo", tenho o que contar sobre isto.

Meu pai resolveu atender um pedido de anos de minha mãe sobre a troca de fogão à lenha dela antes de mais um inverno. Como ele é de embutir na alvenaria precisa ser sob medida. Achou um empresário na cidade vizinha que produz.
Meu pai ficou admirado com todo aquele maquinário que o empresário sem pestanejar falou;
É tudo da China.

E contou mais: Quis comprar aqui no Brasil um guindaste de 30 metros de altura ao preço de R$180 mil. Achou caro e, por indicação de amigos foi à China. Lá, encontrou um com altura maior por um terço do preço.

Perguntou se o guindaste poderia ser acoplado em qualquer caminhão no Brasil.
Resposta do chinês ( seu Herculano, o senhor está sentado para saber a resposta?); então lá vai:

Este preço é com o caminhão.
Mandamos completo, caminhão com o guindaste.

Segundo o empresário, depois deste episódio, só compra na China.

Bye, bye!
Herculano
03/03/2016 12:22
ESTE É O RETRATO DO GOVERNO DO PT COM SEUS AMESTRADOS PMDB, PP, PSD, PDT, PCdoB, PTBA, PR, PRB E OUTROS. UM DESASTRE. UM SACRIFÍCIO SEM TAMANHO CONTRA O POVO. NUNCA ANTES DA HIST?"RIA DESTE PAÍS, PARA USAR O BORDÃO PETISTA... E VEM MAIS, MUITO MAIS EM 2016.

MANCHETE DA HORA, DA INCOMPETÊNCIA E DA VERGONHA: ECONOMIA BRASILEIRA ENCOLHE 3,8% EM 2015, PIOR RESULTADO EM 25 ANOS

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo).A economia brasileira encolheu 3,8% em 2015 na comparação com 2014, segundo os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta quinta-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Essa é a maior queda desde que a atual pesquisa do IBGE começou a ser feita, em 1996. Se forem considerados os dados anteriores do PIB, que começam em 1948, é o pior resultado em 25 anos, desde 1990 (-4,3%), quando Fernando Collor de Mello assumiu o governo e decretou o confisco da poupança.

Esta é a sétima vez que o Brasil tem PIB negativo desde 1948: 1981 (-4,3%), 1983 (-2,9%), 1988 (-0,1%), 1990 (-4,3%), 1992 (-0,5%), 2009 (-0,1%) e, agora, 2015 (-3,8%).

Em 2014, a economia havia apresentado leve alta de 0,1%.

Em valores correntes, o PIB de 2015 ficou em R$ 5,9 trilhões. O PIB per capita ficou em R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6% em relação ao ano anterior.

Só a agropecuária cresceu
? - ? Agropecuária: +1,8%
? - ? Soja: +11,9%
? - ? Serviços: -2,7%
? - ? Comércio: -8,9%
? - ? Indústria: -6,2%
? - ? Indústria de transformação: -9,7%

A indústria encolheu 6,2% no ano passado e puxou o resultado do PIB para baixo. Todas as atividades da indústria sofreram queda, exceto a de exploração de petróleo e gás natural (+4,9%).
Sidnei Luis Reinert
03/03/2016 12:19
De Ronaldo Caiado:
2 h ·
Quer dizer que todo o imposto sindical dos petroleiros foi usado durante a campanha de Lula de 2002? Isso é vedado por lei! Essa é a mesma turma de sindicatos pelegos que hoje sai por aí se dizendo "em defesa da Petorbras". Servem como massa de manobra e fonte escusa de financiamento de campanhas do PT mesmo sem o trabalhador optar por isso. São pelegos, corruptos e caras de pau.

Imposto sindical bancou campanha de Lula, diz ex-gerente da Petrobras

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Sidnei Luis Reinert
03/03/2016 12:15
Verdade ou mentira? Delcídio teria revelado: Cerveró pegava propinas na Petrobras por ordens de Lula


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Se a casa de Lula não cair depois desta, não cai mais... A revista Isto É antecipou a edição de fim de semana para revelar que o senador petista Delcídio Amaral relatou em depoimento à Polícia Federal que o esquema de propinas na Petrobras, pilotado por Nestor Cerveró, seguir ordens diretas de Luiz Inácio Lula da Silva - o mesmo que agora se especializa em fugir de depoimentos ao Ministério Público, contando até com respaldo do judiciário. Tal versão é negada pela defesa do Delcídio.

Enquanto não se tem certeza de que Delcídio aloprou, o desembargador Waldir Sebastião de Nuevo Campos Junior, da 10ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu um habeas corpus preventivo, em caráter liminar, para evitar a condução coercitiva do ex-presidente Lula, sua mulher, Marisa Letícia, e Fábio Luis, o Lulinha, filho mais velho do casal. Assim, os três ganham legalidade para não comparecer ao depoimento no Ministério Público, sob a condição de investigados, por suposta ocultação de patromônio no inquérito sobre um apartamento triplex no Guarujá reformado pela OAS.

O magistrado embasou a decisão de poupar Lula no fato de que o próprio promotor de Justiça "esclareceu (...) ter ocorrido equívoco, em relação aos termos das notificações dos pacientes, consistente em utilização de formulários inadequados, pois, por estarem na condição de investigados, não estão sujeitos à condução coercitiva". Lula continua, na prática, blindado e acima do bem e do mal, embora relatórios da Polícia Federal admita "possível o envolvimento do ex-presidente da República em práticas criminosas".

A salvaguarda a Lula é normal no Brasil da impunidade, dos infindáveis recursos judiciais e das criativas e subjetivas interpretações legais. A imagem do judiciário brasileiro já ficou manchada internacionalmente, com o gravíssimo episódio autoritário da recente prisão arbitrária do vice-presidente do Facebook para a América Latina. O argentino Diego Dzodan passou uma noite no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, em São Paulo, por ter descumprido uma ordem judicial, emitida pela Justiça de Sergipe, determinando a troca de mensagens entre traficantes de drogas no Whatsapp (aplicativo administrado pela holding controladora do Face). O magistrado ignorou o fato objetivo de que o "zap-zap" não armazena as mensagens dos usuários, apenas as mantém até que sejam entregues. A partir da entrega, elas existem apenas nos dispositivos dos usuários que as receberam.

Quer mais? A Constituição Federal garante total liberdade de expressão e impede a censura prévia. No entanto, a Geração Editorial acaba de ser proibida de divulgar e comercializar a edição crítica e comentada do livro "Minha Luta", de Adolf Hitler. O juiz Alberto Salomão Júnior, da 33ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, já expediu mandado de busca e apreensão ordenando que a empresa pagará R$ 5 mil de multa por obra divulgada ou vendida. Detalhe: o livro, considerado propaganda nazista, sequer foi impresso.
Herculano
03/03/2016 07:38
ESTA CÂMARA DOS DEPUTADOS E EDUARDO CUNHA SE MERECEM, por Ricardo Noblat, de O Globo

Vivemos deste ontem uma situação inédita em nossa história. Temos uma Câmara dos Deputados presidida por um político que virou réu em ação penal.

Confirma-se o "massacre", antecipado a este ste blog, por um dos advogados de defesa de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Seis dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que já votaram viram "provas robustas" para aceitar a denúncia que acusa Eduardo de aceitar propinas do esquema de assalto à Petrobras.

Mais quatro ministros votarão hoje. Tudo indica que seguirão os passos dos seus colegas. Um ministro está no exterior.

Não está na pauta de votações, mas nada impediria que fosse votado já, o pedido da Procuradoria Geral da República para afastar Eduardo da presidência da Câmara. Ele só conservaria o mandato.

Por ora, só existe no Brasil um político mais rejeitado do que a presidente Dilma. Sim, é o presidente da Câmara.

Ele se comporta como se fosse um psicopata. Não trai as emoções. É capaz de assistir ao próprio julgamento em seu gabinete, rodeado de amigos, e sair de lá como se de mais tivesse acontecido. Não foi com ele.

Aos jornalistas, que o acossaram tão logo terminou a sessão do STF, comentou: "Não estou preocupado. Continuarei presidindo a Câmara".

E, de fato, fez questão de presidir a sessão da Câmara que se estendeu pela noite. Ouviu os líderes de pelo menos quatro partidos cobrarem sua renúncia. Não se abalou. Não era com ele.

"O fato de virar réu não me obriga a deixar o cargo", observou sem franzir o cenho.

Uma vez que cessaram os poucos discursos feitos contra ele, a Câmara retomou seus trabalhos. Se depender dela, é como se nada pudesse fazer.

É como se apenas ao STF coubesse providenciar uma solução para o caso que envergonha o país. Câmara omissa! Tão despudorada quanto o seu presidente.

Os partidos ou seus líderes, poderiam, sim, forçar o afastamento de Cunha. Bastava que se recusassem a votar qualquer coisa ali até que ele desocupasse a presidência.

Uma Câmara paralisada seria um grito escandaloso de desconforto e de protgesto que ressoaria por toda parte. Não significaria a condenação prévia de Cunha por crimes que ainda serão julgados.

Mas significaria que ela não é conivente com seu presidente. Que não é capacho dele, serviçal dele, dominada por ele.

No passado, em meio ao processo de impeachment do presidente Fernando Collor, o então presidente da Câmara, o deputado Ibsen Pinheiro, disse uma frase que passou à História:

- O que o povo quer, esta Casa termina querendo.

Pode ter sido assim. Não é mais.
Herculano
03/03/2016 07:30
JANOT 6 x 0 CUNHA, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Nem toda unanimidade é burra. Por seis votos a zero, o Supremo Tribunal Federal formou ontem a maioria necessária para enviar Eduardo Cunha ao banco dos réus. O deputado será processado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo da Petrobras.

Foi a segunda derrota do correntista suíço em menos de 24 horas. Na madrugada de quarta, o Conselho de Ética da Câmara finalmente aprovou a abertura do processo para cassá-lo por quebra de decoro parlamentar.

O voto do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, foi devastador. Ele apontou indícios "robustos", "variados" e "seguros" da participação do deputado no que chamou de "engrenagem espúria" do petrolão. Os outros cinco ministros que votaram ontem também aceitaram a denúncia. Cunha perdeu de goleada para o procurador Rodrigo Janot.

O julgamento foi interrompido por causa da ausência dos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luiz Fux. Coincidentemente, a tropa do deputado contava com os votos dos três. Mendes e Toffoli saíram mais cedo, sem que suas agendas registrassem qualquer compromisso externo. Fux está em Portugal. Cunha ficou só.

A decisão do Supremo ajudou a formar outra unanimidade contra o peemedebista. Na Câmara, líderes de partidos rivais, como PT e PSDB, superaram as divergências para cobrar sua saída da presidência da Casa.

"É um grave constrangimento o que estamos vivendo", disse o tucano Antonio Imbassahy. "Ele não tem nenhuma condição de continuar presidindo", reforçou o petista Henrique Fontana. Há poucos meses, os dois partidos competiam pela simpatia do peemedebista. Agora resolveram se unir para defender sua derrubada.

Cunha ainda não caiu, mas nunca esteve tão isolado. Ontem ele só foi defendido por figuras como o deputado Laerte Bessa, da bancada da bala, que já pregou o aborto de fetos com "tendências criminosas". Ele não explicou se a ideia incluía bebês com vocação para a corrupção.
Herculano
03/03/2016 07:26
OPOSIÇÃO SE UNE A GRUPOS ANTI-DILMA EM MANIFESTAÇÕES MARCADAS PARA O DIA 13, por Josias de Souza

Manifestantes carregam um caixão com uma bandeira do Partido dos Trabalhadores (PT) e foto de Dilma Rousseff em apoio ao impeachment da presidente, em Brasília Leia mais Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Os partidos de oposição decidiram jogar uma última cartada para tentar retirar do freezer o pedido de afastamento de Dilma Rousseff. Reunidos num comitê batizado de 'Impeachment Já', representantes de legendas oposicionistas e de movimentos sociais anti-Dilma organizam juntos os protestos de rua marcados para 13 de março, um domingo. Acertou-se que os políticos descerão ao asfalto em número expressivo, sobretudo nos protestos de São Paulo e Brasília.

Participam do movimento PSDB, DEM, PPS e Solidariedade. O senador tucano Aécio Neves, derrotado por Dilma na disputa presidencial de 2014, participou de uma das reuniões. Designado pelos partidos para coordenar o comitê que organiza os protestos, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) disse que a união com os movimentos de rua nasceu da evidência de que um grupo depende do outro para obter o que deseja.

Mendonça declarou: "Nós, políticos, sabemos que o impeachment não acontecerá sem o povo na rua. E o povo tem que ter a consciência de que o impeachment não passará sem uma maioria expressiva, capaz de viabilizá-lo no Legislativo. Há uma necessidade de cumplicidade. O trabalho tem que ser integrado. É isso o que nós estamos buscando."

É a primeira vez que partidos se achegam ao meio-fio de forma organizada desde que o asfalto rosnou para a política na célebre jornada de junho de 2013. Antes de se concentrar em Dilma e no PT, os protestos eram difusos. Alvejavam todas as legendas indiscriminadamente. Os políticos que se aventuram a passar pelo teste do asfalto o fizeram em caráter pessoal.

"Decidimos levar às manifestações um grupo que tenha representatividade na oposição", afirma Mendonça Filho. Não receia que os políticos sejam hostilizados?, quis saber o repórter. E Mendonça: "Eu compareci aos três últimos protestos ?"um em São Paulo e dois em Recife. Fui muito bem recebido em todos eles. Cada liderança avaliará onde prefere participar. Daremos atenção especial a São Paulo e Brasília."

Que resultados espera obter? "É simples: para ter votos favoráveis ao impeachment na Câmara, tem que ter pressão popular. E essa pressão só existirá se as ruas se manifestarem. É preciso que o povo vá às ruas. Essa é a nossa cartada."
Herculano
03/03/2016 07:24
OPERAÇÃO SALVA LULA, por Rogério Gentile, para o jornal Folha de S. Paulo

A demissão do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deixou claro que Lula - com medo de ser preso e sem apresentar até agora argumentos convincentes para justificar os presentes que recebeu de empreiteiras, bem como para os R$ 2,4 milhões pagos ao seu filho - está disposto a fazer qualquer coisa para frear a Lava Jato.

O primeiro ato de sua guerra particular foi avisar a presidente que, se não entregasse a cabeça do ministro, a quem responsabiliza pelo "descontrole" da PF, deixaria a defesa do governo "em segundo plano".

O recado foi entendido como uma ameaça de entregá-la à própria sorte na luta contra o impeachment. Lula, evidentemente, não tem como garantir a sobrevivência do governo. Mas é certo também que o governo não sobrevive sem ele e os votos do PT.

Compreendendo que o tal fim da "fase paz e amor", anunciado por Lula no aniversário do PT, não se tratava de uma bravata de palanque, Dilma trocou o ministro. Colocou no lugar um procurador desconhecido, que ascendeu pelas mãos de Jaques Wagner, o chefe da Casa Civil que, em seguida, declarou considerar "injustas" as denúncias contra Lula.

Dilma fez ainda mais. Em jantar com deputados, prestou solidariedade ao antecessor, argumentando que "todo mundo comete erros" (todo mundo quem?), e afirmou que o governo não pode deixar a ofensiva da PF contra Lula "passar dos limites".

Sejam quais forem os limites imaginados pela presidente, no entanto, não basta enquadrar a PF, se é que isso é realmente possível ?"há quem entenda que toda essa situação levará a PF a reafirmar a sua independência, o que também é algo indesejado, se feito a fórceps.

De qualquer modo, para frear a Lava Jato, a operação Salva Lula teria de, mediante um jogo pesado de pressão, envolver o Ministério Público e, sobretudo, o Judiciário, o que é improvável, mas não custa prestar atenção. No fundo, o que está sob teste é a maturidade das instituições.
Herculano
03/03/2016 07:20
CUNHA NA CÂMARA BLINDA DILMA DE IMPEACHMENT, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A presença de Eduardo Cunha (PMDB) na presidência da Câmara é vista com alívio pelo governo, e isso não significa qualquer acordo, nem tampouco que os petistas fizeram as pazes com o deputado do PMDB-RJ. O Palácio do Planalto e o PT investem em iniciativas, na mídia e no Congresso, para manter os brasileiros focados nas denúncias contra Cunha. É o caminho para que a proposta de impeachment perca força.

Falso dilema

Com Eduardo Cunha na Câmara, os brasileiros são levados a um falso dilema: discutir quem preferem tirar do cargo, Dilma ou Cunha

Oposição medrosa

Apesar de o impeachment ser defendido por 70% dos brasileiros, a oposição reluta em apoiar a proposta para "não se misturar" a Cunha.

Oposição camarada

O presidente tucano Aécio Neves, que morre de medo das ruas, diz apoiar o protesto pró-impeachment, dia 13. Mas não fala no assunto.

Escudo

O deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE) admite que o maior escudo protetor de Dilma contra o impeachment é Eduardo Cunha.

PF JÁ TEM LISTA DE 8 MIL CONTAS NA SUIÇA

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), da CPI do HSBC, aguarda o acesso à integra da lista de 8 mil brasileiros supostos titulares de contas secretas na Suíça, incluindo o novo secretário de Saúde do DF, Humberto Lucena Pereira da Fonseca, anunciado ontem. A lista foi finalmente liberada pelo ministério público francês, mas o arquivo está sendo descompactado pela Divisão de Inteligência da Polícia Federal.

Ainda este mês

O acesso da CPI à lista de correntistas brasileiros na Suíça deverá ocorrer na segunda quinzena de março.

São 2 terabytes

Os arquivos listando os 8 mil brasileiros têm 2 terabytes de dados, um Himalaia de dados, que agora são descompactados e analisados.

Himalaia de dados

A lista do escândalo "swissleaks" corresponde a um arquivo com 37 mil horas de música ou 1.500 filmes com 2 horas de duração cada.

Bancários à deriva

Bancários do HSBC protestam, até com greve, exigindo participação nos lucros. O detalhe é que o HSBC não deu lucro no Brasil, em 2015. O pior é que eles estão sem patrão: até agora o Banco Central não autorizou a venda ao Bradesco, anunciada em 3 de agosto de 2015.

Espelho meu

O jornalão O Globo descobriu ontem o que os leitores desta coluna já sabiam: o governo Dilma planeja trocar, em dois meses, o comando da Polícia Federal. O escolhido seria o baiano Maurício Teles Barbosa.

Poder, não pode

Faz sentido a argumentação da oposição contra a posse do novo ministro da Justiça, Wellington César: há decisão unânime do STF, de 2007, relatada pelo atual presidente, Ricardo Lewandowski, que proíbe membro do ministério público de assumir cargos no Poder Executivo.

Conselho rachado

Maior clima no Postalis, fundo de pensão dos Correios. Na escolha do seu presidente, ontem, houve briga de conselheiros eleitos e indicados. O presidente do conselho teve de desempatar a votação de 3x3.

Dilma balança...

O deputado Paulinho da Força (SD-SP) promete pressão da oposição sobre o Supremo Tribunal Federal para destravar o impeachment. "No dia que a Dilma cair, no outro a bolsa sobe 10%", estima.

Mandou mal

O governador do DF tem dificuldade de escolher bem os auxiliares. O ex-secretário de Saúde Fabio Gondim foi demitido após denúncias graves, que Rodrigo Rollemberg (PSB) considerou consistentes. E o novo secretário está listado como titular de conta secreta na Suíça.

Suspeitas no DF

Além de supostas ligações a ONG Gamp, de gestão na área de saúde, o demitido ex-secretário de Saúde do DF é acusado de manter relações com uma empresa que disputa licitação na área de logística.

Erro administrativo

O senador Randolfe Rodrigues (AP) reconheceu erro administrativo, no caso de dois servidores que trabalham para ele no Amapá, dados como assessores da liderança do Rede. E até agradeceu o alerta da Coluna.

Vai um acarajé

Ganha um acarajé quem informar o paradeiro dos celulares do marqueteiro João Santana e de sua mulher, Mônica.
Roberto Sombrio
02/03/2016 23:33
Pelo que se vê e ouve, a asneira está solta em Gaspar. É um DEUS nos acuda, para ver quem será cabeça de chapa para concorrer as eleições em outubro.
E daí?
Por acaso conhecem os bairros da cidade?
Sabem quais são as necessidades em cada um desses bairros?
Quais são os projetos para a cidade?
De que adianta ficar maquiando o centro da cidade para os boyzinhos desfilarem de carro com o som alto, quando na cara de todos a mobilidade está uma droga e ninguém consegue resolver ou toma uma atitude. Até o Minimundo na cidade de Gramado é mais organizado do que esta cidade provinciana.

Os que se dizem candidatos conhecem o que é ser prefeito?
Qual os próximos passos para que Gaspar comece a mudar de província para cidade?

As obras executadas por aqui são péssimas e com cara de quem as projetou e executou nunca esteve na escola. Por sorte do destino, as obras da Ponte do Vale pararam e ainda é possível fazer mudanças no projeto, para que não se torne um segundo viaduto sem visão de futuro como aquele arco sobre a saída do bairro Gasparinho.
Parece que o prefeito só olha para a calçada onde pisa com medo de cagar os sapatos e esquece que as lojas do centro apenas vendem os produtos que as empresas ralam para produzir. Ninguém tem qualquer projeto de cidade produtiva, somente de cidade política.
Quanto a cidade e o médio vale perderam quando arrastou-se as obras da ponte Hercílio Deeke? Isso é o que provavelmente continuaremos enfrentando nas mãos desses que se acham prefeitos. Amadores que deveriam estar presos pelos prejuízos produzidos aos cofres dos municípios.

Pelo visto aqueles que almejam sentar na "cadeira de ouro" acreditam que sentados, salte do papel aquelas porcarias que Décio Lima, Ideli Salvatti e o prefeito Pedro Celso Zuchi assinaram com a maior cara dura, sabendo que não passavam de um engodo.
Agora pavimentaram parte da rua Frei Solano e cadê a rede de esgoto? Deve ser a mesma enganação do bairro Santa Terezinha onde juravam que havia rede de esgoto. Um dia terão que arrebentar a camada asfáltica, refazer, refazer e refazer. Coisa de pateta, coisa de mente ultrapassada, coisa de política sem visão e de quem o povo está de saco cheio. Em outubro temos que chutar do poder esses enganadores, esses políticos aproveitadores.

O brasileiro precisa associar cargo político com trabalho. Quando isto acontecer aquele Congresso abusivo mudará as leis da política corrupta.

Querem ser vereadores mas nem sabem qual a região ou bairro do município irão defender e atuar. Querem ser prefeitos no entanto não conhecem a cidade, nem se interessam, apenas se acercam de pessoas indicadas por aqueles antigos, que de tão antigos e ultrapassados se acham "donos da cidade". E para que? Para que lambam suas botas enquanto estão sentados na "cadeira de ouro".
Herculano
02/03/2016 21:29
A CASA CAIU, por Carlos Brickmann

Edição dos jornais de Quarta-feira, 2 de março de 2016
Na campanha de Dilma, eram conhecidos como os Três Porquinhos, que cuidavam de tudo. Um porquinho, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, saiu por doença. Só restaram dois. O segundo porquinho, o chefe da Casa Civil Antônio Palocci, alvejado por acusações diversas, houve por bem sair do Governo. Só restou um. Num Governo tão esquisito que juntava os leitões ao ministro Lobão, José Eduardo Cardozo, o porquinho 3, dizendo-se cansado dos ataques de adversários e aliados, trocou o Ministério da Justiça pela Advocacia Geral da União, no lugar de Luiz Inácio Adams. Para Dilma, não restam mais porquinhos. Nem a casa bem construída por uma boa empreiteira resistiu: o sopro levou.

Não restam mais porquinhos, e os aliados que lhe sobraram são poucos e não muito poderosos. Lula queria Nelson Jobim na Justiça, talvez achando que, com seu estilo trator, seria capaz de enquadrar a Polícia Federal; e Dilma nomeou o procurador Wellington César, da Bahia), indicado pelo chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. Lula queria Henrique Meirelles na Fazenda, Dilma optou por Joaquim Levy, primeiro, e Nelson Barbosa, depois. Distanciou-se de seu padrinho político. E, se nem Lula aguenta Dilma, quem há de?

Cardozo há muito ameaçava deixar o cargo e Dilma sempre o convenceu a ficar. Desta vez, ele vazou a notícia a jornalistas muito amigos, deixando-a sem condições de insistir. Dilma o levou então para a AGU, para mantê-lo por perto.

Tem gente que não percebe quando a sorte a abençoa.

A ESPERANÇA

O novo ministro da Justiça, Wellington César, poderá trocar o diretor-geral da Polícia Federal. O atual, Leandro Daiello, foi nomeado por Cardozo. Boa parte do PT acha que Cardozo não apenas falhou na escolha - Daiello iniciou, por exemplo, as operações Lava Jato e Zelotes, essa que investiga um filho de Lula - como demonstrou falta de comando, revelando-se incapaz de conter os policiais federais.

A esperança é de que um novo diretor-geral seja mais compreensivo. Pode ser - mas terá condições de comandar a equipe se ceder a pressões?

A realidade

Legalmente, o ministro da Justiça tem a Polícia Federal sob seu comando, mas apenas administrativo: não pode interferir em seu funcionamento. Seja quem for o ministro, portanto, o trabalho da Polícia Federal segue seu curso. Entretanto, Lula foi presidente da República e sabe mais do que nós. Se achava importante substituir o ministro da Justiça, não é por não gostar pessoalmente dele (Lula também não gostava de Collor, com quem se aliou).

É por ter algum bom motivo.

ACARAJÉ PARA VIAGEM
A história dos acarajés - encomendados à Bahia por uma empresa do grupo Odebrecht com sede no Rio, prometidos quentinhos, e que na opinião da Policia Federal são uma forma de designar propinas - é muito esquisita. Acarajé é um bolinho frito no dendê, com recheio de camarão seco, vatapá e pimenta malagueta. Uma fritura feita na Bahia não chega quentinha ao Rio de jeito nenhum. Por melhor que seja o acarajé, chegará mole, engordurado. Se os acarajés citados nas interceptações telefônicas forem os que a gente conhece, as mensagens não fazem sentido.

Devem ser acarajés diferentes.
Herculano
02/03/2016 21:28
OS NÚMEROS, por Carlos Brickmann

A última pesquisa Datafolha é ruim para todos os partidos e candidatos; e péssima para o Governo Dilma. Lula perdeu prestígio dentro de sua base (dos 33% que sempre votaram nele, um terço agora o rejeita); 49% dos eleitores dizem que não votarão nele de jeito nenhum; e hoje perderia as eleições presidenciais tanto para Marina quanto para Aécio.

Aécio, apesar de todo o bombardeio que atinge Lula, perdeu três pontos de dezembro para cá. Alckmin e Serra perdem de longe. Marina segue estável, mas a intenção do voto nulo chegou a 19%, encostando nela.

Já o Governo Dilma é considerado ruim ou péssimo por 64% dos eleitores pesquisados. E só 11% o consideram ótimo ou bom. Claro, faltam quase três anos para as eleições, o quadro político não é estático, e Lula ainda é considerado, por 37%, o melhor presidente que o país já teve. Mas a situação atual indica forte chance de derrota do PT, embora não se saiba para quem.

TOME NOTA
As investigações sobre o ex-presidente, dois de seus filhos e seu marqueteiro fizeram com que Lula se pintasse para a guerra. Criticou duramente procuradores e juízes na festa do PT. E proclamou: acabou a era do Lulinha paz e amor.

Cunha na mira

É hoje: o Supremo aprecia a denúncia da Procuradoria Geral da República, por lavagem de dinheiro, contra Eduardo Cunha. Se a denúncia for aceita, Cunha passa a ser réu, embora não perca o cargo de presidente da Câmara. Caso haja a aceitação da denúncia, o Supremo deverá decidir hoje (ou, mais provavelmente, na semana que vem), se ele deve ser afastado da Presidência, continuando embora como deputado. Um deputado é julgado pelo Supremo, não por Sérgio Moro.

BOM DE BRIGA

Não se deve afastar a hipótese de que Cunha, muito hábil e combativo, consiga de alguma forma adiar a decisão. Não por muito tempo, mas depois se vê.
Sidnei Luis Reinert
02/03/2016 20:44
BRASIL PAÍS DE TOLOS, NOS ROUBAM NA CARA DURA DE TODAS AS FORMAS!
NÃO VOTEM MAIS EM COMUNISTAS E SEUS PARTIDOS, NEM AQUI NEM EM LUGAR ALGUM.

2 DE MARÇO DE 2016
Senado pagou diárias de hotel de luxo para Delcídio enquanto ele estava na cadeia

"Auxílio-moradia" garantiu R$ 11 mil para manter quarto no melhor hotel de Brasília durante reclusão do senador

Por Implicante | Tópicos Delcídio Do Amaral, Royal & Golden Tulip


Durante a estadia de Delcídio do Amaral na prisão, o "auxílio-moradia" do Senado Federal seguiu pagando as diárias de seu quarto no Royal & Golden Tulip, em Brasília. No total, foram gastos R$ 11 mil de dinheiro público nos dois meses em que Delcídio ficou atrás das grades ?" onde, não custa lembrar, a "hospedagem" também é paga integralmente com dinheiro do contribuinte.

Delcídio ainda recebeu R$ 7 mil a título de "atividade parlamentar" no período em que esteve na cadeia.
Herculano
02/03/2016 20:43
POR BONS MOTIVOS, CUNHA JÁ É RÉU; POR PÉSSIMOS MOTIVOS, É O PRIMEIRO, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

É certo que algo de anormal se passa quando, num escândalo como o do petrolão, que tem como centro nervoso o PT e todos os crimes cometidos para manter um projeto de poder, seja justamente um parlamentar do PMDB o primeiro a ser feito réu no Supremo

Queridos leitores, vamos nos dedicar a uma atividade que tem sido relativamente rara e rala da imprensa: pensar. Conforme se anteviu aqui, e não há grande mérito nisto, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é o primeiro réu com mandato da Lava Jato.

Ou ainda: é o primeiro que o STF transformou em réu do petrolão. Há 38 parlamentares sendo investigados. O ministro Teori Zavascki aceitou parcialmente a denúncia feita por Rodrigo Janot. Embora o julgamento tenha sido suspenso em seguida, já anteciparam seu voto, seguindo o relator, os ministros Cármen Lúcia, Marco Aurélio, Roberto Barroso, Rosa Weber e Edson Fachin.

Teori vê indícios de corrupção passiva na atuação de Cunha e da então deputada Solange Almeida (PMDB), que "teria concorrido" para a prática de tal delito. O que pesou na decisão foram os testemunhos dos lobistas Júlio Camargo e Fernando Baiano, que afirmam que Cunha recebeu US$ 5 milhões numa operação de aluguel de navio-sonda. Teori observa, no entanto, que a atuação da dupla se conta só a partir de 2011, não desde a celebração do contrato.

O julgamento deve ser concluído nesta quinta e caminha para um dez a zero. Luiz Fucs não vota porque está fora do país. Em breve, o Supremo terá de enfrentar outra questão. No fim do ano passado, Janot entrou com uma Ação Cautelar para afastar Cunha da presidência da Câmara, acusando-o de usar o cargo para obstar a investigação e o andamento da denúncia feita contra ele no Conselho de Ética.

Ao contrário do que parece, não é tão certo que a maioria do Supremo atenda ao pedido. Afinal, se o tribunal acaba de aceitar uma denúncia e se o Conselho votou pela continuidade do processo, tal obstrução pode não estar caracterizada. De resto, aceitar uma denúncia não é sinônimo de condenação. Mas é claro que um presidente da Câmara que é réu entra com desvantagem num julgamento assim.

Agora a estranheza
É certo que algo de anormal se passa quando, num escândalo como o do petrolão, que tem como centro nervoso o PT e todos os crimes cometidos para manter um projeto de poder, seja justamente um parlamentar do PMDB o primeiro a ser feito réu no Supremo.
E não é um parlamentar qualquer. Trata-se daquele que resolveu bater de frente com Dilma e com o PT.

ATENÇÃO! POR TUDO O QUE JÁ SE SABE SOBRE CUNHA, ACHO QUE TEM DE TER O MANDATO CASSADO.

Mas não me peçam para ignorar o fato óbvio de que a investigação contra um deputado que se fez adversário do Palácio andou com muito mais rapidez do que as apurações que envolvem aliados e companheiros.

Assim, meus caros, Cunha se torna réu. E o é por bons motivos. Mas é o primeiro a ser feito réu no Supremo no caso do petrolão, e isso se dá, obviamente, por maus motivos. O supremo não tem nada com isso. Depende, claro, do ritmo em que anda Janot. E o procurador-geral anda, por enquanto, num ritmo que interessa a Dilma Rousseff.
Herculano
02/03/2016 20:35
CUNHA FUNDARÁ NOVA DOUTRINA: DEIXA-PRA-LAÍSMO, Josias de Souza

Pode a Câmara ser presidida por um deputado enviado pelo STF ao banco dos réus por suspeita de assaltar os cofres da Petrobras? A maioria do país acha que não. Segundo o Datafolha, 78% dos brasileiros defendem a cassação do mandato de Eduardo Cunha. Porém, no Legislativo brasileiro, uma instituição meio entreposto, meio bordel, a resposta à indagação é positiva.

Formou-se no STF uma maioria a favor do recebimento da denúncia em que a Procuradoria da república acusa Eduardo Cunha de receber US$ 5 milhões em petropropinas. Dos 11 ministros do Supremo, seis já votaram pela conversão da denúncia em ação penal e pelo envio do deputado ao banco dos réus. Na seara jurídica, o processo seguirá o seu curso. Na arena política, Cunha fundará uma nova doutrina: o deixa-pra-laísmo.

Consumado o infortúnio, o presidente da Câmara declarou-se "tranquilo". É como se Eduardo Cunha tivesse se autoconcedido um deixa-pra-lá preventivo. Não lhe passa pela cabeça deixar o comando da Câmara. Acha normal presidir a Casa arrastando as correntes de sua perversão. Os partidos de oposição esboçam uma reação. No gogó, pedem o afastamento de Cunha. Falta arregaçar as mangas.

Além de ser indultado pela banda muda da Câmara, Cunha conta com o apoio não declarado do Planalto para deixar tudo como está, para ver como fica. Dilma e seus operadores políticos avaliam que um Cunha enfraquecido ajudará a empurrar o impeachment para o túmulo. Às favas com a vontade dos 78% de brasileiros que rendem homenagens à decência.

No Brasil de hoje, a linha sucessória da República encontra-se sub judice. De trás para a frente: Renan Calheiros, presidente do Senado, é um réu esperando para acontecer; Cunha, o mandachuva da Câmara, já aconteceu; o vice Michel Temer e a titular Dilma guerreiam pelos mandatos em processos que, vitaminados por provas obtidas na Lava Jato, intimam os ministros do TSE a fazer alguma coisa. Nem que seja uma cara de nojo.

Num país assim, comandado pela anormalidade, em que os crimes do passado são tratados a golpes de amnésia coletiva, a doutrina do deixa-pra-laísmo tem enorme futuro. Além de Eduardo Cunha, há nos corredores do Congresso quatro dezenas de congressistas enrolados na Lava Jato.

Computando-se outras encrencas, há mais de 160 parlamentares com a reputação em suspenso no STF. Eles circulam pelos corredores do Parlamento como se nada tivesse sido descoberto sobre eles. No reino do deixa-pra-lá, o cinismo é uma forma de patriotismo. E a Câmara pode ser presidida por um réu.
Sidnei Luis Reinert
02/03/2016 20:29
Lula X O Antagonista

Brasil 02.03.16 11:12
O site de Lula já está no ar.

Ele foi feito para atacar jornalistas. E para divulgar os processos de Lula contra a imprensa.

O Antagonista, claro, está lá.

Lula pediu a abertura de um inquérito policial contra nós.

ME PROCESSA TAMBÉM SAPO BARBUDO!
Digite 13, delete
02/03/2016 18:27
Oi, Herculano;

Assessoria de bêbado:
Lula faz piada com pedalinhos do sítio de Atibaia em rede social.
Do blog Coturno Noturno.

"Pelo jeito, não é só o chefe que mama com força. A assessoria também é chegada na manguaça.
Vejam a que ponto chega o despudor de Lula e sua equipe:

A equipe de assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu fazer piada com a investigação sobre a propriedade do sítio em Atibaia frequentado pelo petista e por sua família.
Uma postagem assinada pela 'equipe Lula' no perfil oficial do ex-presidente no Facebook usa os pedalinhos de cisne do sítio ?" que teriam capas com os nomes dos netos de Lula e foram adquiridos por um servidor da Presidência designado para trabalhar com ele ?" para ironizar a imprensa.

'Os pedalinhos de cisne: quem são? O que fazem? Como vivem? Sexta-feira, no Globo Repórter'.
A postagem usa a imagem do apresentador Sérgio Chapelin e o logotipo do programa da Globo. No post, os assessores de Lula postaram as hashtags #jornalismopedalinho e #spotlight, numa referência ao filme vencedor do Oscar, que retrata os bastidores de uma grande reportagem.

Os autores da piadinha devem achar que ajudam o chefe. Nos comentários, apoio ao petista divide espaço com pesadas críticas, que acusam o ex-presidente de recorrer às piadas por não ter como se defender. (Radar On-line)"

Um bêbado é um bêbado, sem distinção de classe.
Que o bêbado em questão, deve estar num canto, quieto que nem guri cagado.










Anônimo disse
02/03/2016 14:12
Herculano, ouvi na CBN ...

"Na verdade, o tríplex no Guarujá e o sítio em Atibaia são do Facebook, LuLLa apenas curtia e compartilhava". KKKKKKKKKK...
O gaúcho
02/03/2016 13:10
Ao Editor da Coluna Olhando a Maré.

Buenas, tchê!
No país da piada pronta para onde se olha podemos fazer piada.
Na área de comentários também podemos rir barbaridade.
Gaspar prosperou. Tem dois bairros que não conheço, Belchior do Meio e Belchior 3/4.
Mas isso não é obra do Lesma Zúque, é?

Vou deitar o cabelo de vereda.
Saudações do Extremo Sul.
Sujiro Fuji
02/03/2016 12:59
Inflação alta?
Desemprego?
Quem elegeu Luladrão e DilmAnta portanto é justo que eles paguem a conta.
Quem sabe levando na tarraqueta eles aprendem a NUNCA MAIS votar no PT e nas figurinhas públicas PMDB - PSD - PP e outros partidecos que apoiam porcarias desse governo ladrão.
Aí sim, teremos o fim da empulhação.
Despetralhado
02/03/2016 12:44
Herculano, olhando a foto acima, penso numa frase:

A ciência poderá ter achado a cura para a maioria dos males, mas não achou ainda remédio para o pior de todos: a apatia dos seres humanos.

Que não tem nada a ver com os quatro, por isso me representam.
Parabéns, brasileiros do bem!!!
Sidnei Luis Reinert
02/03/2016 12:40
De Ronaldo Caiado:
5 h ·
Cardozo admite que houve pressão para "controlar" investigações de aliados. De quem? A mando de qual pessoa? São afirmações muito graves para ficar no anonimato. Quem tentou obstruir deve ter sua prisão preventiva decretada. Estranho é que sua saída tenha ocorrido justamente no momento em que a Lava Jato fechou o cerco sobre o presidente Lula, que publicamente já criticou o trabalho da Polícia Federal e da Justiça.
Herculano
02/03/2016 12:35
CADA VEZ MAIS PERTO. O EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, PT, TEM RAZÃO DE ESTAR NERVOSO, CALAR A POLÍCIA, DESMORALIZAR O MINISTÉRIO PÚBLICO E DESQUALIFICAR O JUDICIÁRIO. MANCHETE DA HORA: EX-PRESIDENTE DA OAS DECIDE FAZER DELAÇÃO PREMIADA E DEVE CITAR LULA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mário César Carvalho e David Friedlander, com Graciliano Rocha, enviado especial a Curitiba.

O empresário Léo Pinheiro, ex-presidente e sócio da empreiteira OAS condenado a 16 anos de prisão na Operação Lava Jato, decidiu fazer um acordo de delação premiada, segundo a Folha apurou junto a profissionais e investigadores que acompanham as negociações. Pinheiro deve relatar casos envolvendo o ex-presidente Lula, como as reformas do apartamento tríplex no Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia (SP), e pagamentos de suborno que teriam sido feitos pela Odebrecht e para parlamentares que defendiam interesses da OAS.

Pinheiro era um dos empreiteiros mais próximos de Lula e de políticos de Brasília. Por envolver parlamentares com foro privilegiado, a negociação está sendo feito com a PGR (Procuradoria Geral da República), de Brasília, e não com a força-tarefa de procuradores federais de Curitiba. A expectativa dos investigadores é que será a delação mais bombástica da Lava Jato, que já soma 40 colaboradores.

Outros executivos da empreiteira, como Agenor Franklin Magalhães Medeiros, também vão participar do acordo, relatando casos de corrupção.

Nos esboços das declarações, que estão sendo escritos nesta semana, Pinheiro deve dizer que a empresa preparou o apartamento do Guarujá para Marisa, mulher de Lula, e que, posteriormente, ela não quis ficar com o imóvel. Ele confirmará que a OAS bancou parte das reformas no sítio ?"a Folha revelou que a obra foi tocada por uma espécie de consórcio informal de amigos de Lula, formado por OAS, Odebrecht e a Usina São Fernando, do pecuarista José Carlos Bumlai.

A Odebrecht já confirmou que um de seus funcionários, o engenheiro Frederico Barbosa, atuou na reforma, mas não explicou até agora de onde veio o dinheiro para as obras.

Pinheiro contará, segundo a Folha apurou, que pagou dívidas da campanha de Dilma Rousseff de 2010, para a agência Pepper. Foram pagos pela OAS R$ 717 mil para a agência que cuidava da imagem de Dilma nas redes sociais, como o Facebook. Nesta última terça (1), a Folha revelou que a Andrade Gutierrez relatou em acordo de delação ter pago cerca de R$ 6 milhões à Pepper, também em 2010, por meio de caixa dois. A empresa negou enfaticamente ter recebido pagamentos ilícitos.

A OAS e a Odebrecht ganharam em consórcio dois dos maiores contratos da Petrobras, os quais somam pouco mais de R$ 7 bilhões. Eles envolvem a construção de parte da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e da Repar (Refinaria Getúlio Vargas), no Paraná. Segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, as empresas pagaram R$ 7,06 milhões em suborno para a diretoria de Abastecimento, ocupada por ele entre 2004 e 2012. No caso da refinaria no Paraná, a UTC também fazia parte do consórcio.

MENSAGENS

Pinheiro começou a negociar a delação em dezembro, quando vieram à tona milhares de mensagens em que Pinheiro discutia pagamentos a políticos com outros dirigentes da OAS, por meio do aplicativo WhatsApp. A estimativa da PF é que tenham sido apreendidas cerca de 80 mil mensagens, muitas delas comprometedoras para o executivo.

Por causa dessas mensagens, o executivo temia ser preso novamente por decisão do juiz Sergio Moro.

O empresário, no entanto, só tomou a decisão final após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), em 17 de fevereiro, que determinou o início do cumprimento da pena de prisão após a condenação em segunda instância.

Léo Pinheiro foi preso em novembro de 2014, na fase da Lava Jato que apurou o envolvimento dos dirigentes das empreiteiras contratadas pela Petrobras com o pagamento de propina a dirigentes da estatal e a políticos. Foi solto por ordem do STF e preferiu o silêncio.

Em agosto do ano passado, o juiz Sergio Moro condenou-o a 16 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa. Ele recorre em liberdade.

Se a condenação for confirmada pelo TRF (Tribunal Regional Federal) de Porto Alegre, que julga as sentenças do Paraná em segunda instância, Pinheiro corre o risco de ser preso. Desta vez, não poderá aguardar em liberdade os recursos aos tribunais superior.
Sidnei Luis Reinert
02/03/2016 12:23
Por que a Presidenta Dilma Rousseff não nomeia Lula para o cargo de Achincalhador Geral da República? Parte 1.


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net


Nesse País Capimunista - com mentalidade cultural ignorante, rentista, corrupta e violenta - temos excesso de leis, sempre aplicadas e interpretadas com oportunismo ou rigor seletivo, de acordo com os interesses e conveniências dos "poderosos" de plantão. Ao cidadão-eleitor-contribuinte só cabe obedecer e pagar cada vez mais impostos, taxas, contribuições e multas. As punições, justa ou injustas, até ocorrem. Mas quem tem poder político e econômico, na maioria dos casos, quando termina preso, no final das contas, consegue se livrar da cadeia depressa. Afinal, o degredo sempre foi feito para a "pobrada".

O que assusta (ou deveria assustar) agora é o flagrante abuso de autoridade. O vice-Presidente do Facebook para a América Latina passou a noite no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, em São Paulo. Ele não foi preso em nenhuma operação da Lava Jato. Nada tem a ver com a roubalheira promovida pela petelândia e seus comparsas. O argentino Diego Dzodan foi para a cadeia por ter descumprido uma ordem judicial, emitida pela Justiça de Sergipe, determinando a troca de mensagens entre traficantes de drogas no Whatsapp (aplicativo administrado pela holding controladora do Face).

O hermano Diego deve ser solto logo mais por habeas corpus. No entanto, a nota oficial do Facebook, dando dimensão mundial ao flagrante caso de injustiça no Brasil da impunidade, revela a dimensão do abuso de autoridade cometido contra uma pessoa inocente: "Estamos desapontados pela Justiça ter tomado esta medida extrema. O WhatsApp não pode fornecer informações que não tem. Nós cooperamos com toda nossa capacidade neste caso, e enquanto respeitamos o trabalho importante da aplicação da lei, nós discordamos fortemente desta decisão. O aplicativo não armazena as mensagens dos usuários, apenas as mantém até que sejam entregues. A partir da entrega, elas existem apenas nos dispositivos dos usuários que as receberam".

Do Brasil da injustiça, vamos dar um pulinho na Venezuela, sob regime da democradura bolivariana do Foro de São Paulo. A turma do Maduro (ou do morto-vivo Hugo Chávez) dão um banho de aparelhamento na nossa petelândia. A Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela determinou ontem que as nomeações de 13 juízes e 21 suplentes realizadas pela formação anterior da Assembleia Nacional, na época ainda com maioria de parlamentares chavistas, não podem ser revisadas ou anuladas pelo Parlamento atual sem ante contar com o aval do procurador-geral da República, do Defensor do Povo e do auditor-geral da República.

No Brasil, ainda não chegamos a tanto, mas a legislação é aplicada de maneira cínica ou conveniente. A Constituição (artigo 128) impede que membros do Ministério Público ocupem funções em outros poderes. Mesmo assim, a Presidenta Dilma Rousseff cometerá a inconstitucionalidade de nomear o procurador baiano Wellington César Lima e Silva para o Ministério da Justiça. Ele é apadrinhado pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, o maior aliado de Luiz Inácio Lula da Silva no desgoverno Dilma. Não seria mais fácil nomear o próprio Lula para o lugar do José Eduardo Cardozo - que agora vai para a Advocacia Geral da União?
Sidnei Luis Reinert
02/03/2016 12:22
Por que a Presidenta Dilma Rousseff não nomeia Lula para o cargo de Achincalhador Geral da República? Parte 2.


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Lula dará outro péssimo exemplo de desrespeito aos valores da Justiça. Embora intimado, não pretende comparecer ao depoimento marcado para quinta-feira, na investigação sobre suposta ocultação de patrimônio no caso do tríplex do Guarujá. Mais curioso é o Ministério Público terminar forçado a soltar uma nota oficial que dá respaldo à atitude de Lula: "O Promotor de Justiça Cássio Conserino informou que o ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva e a ex-Primeira-Dama Marisa Letícia Lula da Silva, assim como qualquer investigado, não serão conduzidos coercitivamente, uma vez que eles podem não querer exercer a autodefesa. Informou também que não haverá novas intimações dessas pessoas".

Se o blindadíssimo Lula vai driblar de mais um problema com a Justiça, o mesmo não deve acontecer com um inimigo dele. O Supremo Tribunal Federal deve decidir que o deputado Eduardo Cunha se torne réu na Lava Jato. O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados finalmente aprovou, por 11 votos a 10, que seja aberto o processo de cassação contra o parlamentar. Breve, o mesmo acontecerá no STF e no Senado contra Renan Calheiros. Um País com os presidentes da Câmara e do Senado sendo processados por corrupção só pode ir do jeito que vai, para o buraco.

Por fim, e não menos pior. Dirigentes da Andrade Gutierrez delataram ao Ministério Público Federal que a empresa pagou despesas de fornecedores da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff em 2010, sem que os gastos tenham sido devidamente registrados na prestação de contas apresentadas à Justiça Eleitoral. Só com um dos fornecedores, a Pepper Comunicação, a Andrade Gutierrez teria desembolsado aproximadamente R$ 6 milhões. O pagamento teria sido feito a partir da simulação de um contrato de prestação de serviços entre as duas empresas.

Sabe o que vai acontecer? Isto mesmo... NADA! As informações sobre pagamentos da Andrade Gutierrez a Pepper com base em contratos fictícios não terão reflexos na Justiça Eleitoral. Eventuais crimes eleitorais já estariam prescritos. Como o mandato referente à eleição de 2010 se encerrou em 2014, a presidente Dilma não poderia ser processada por problemas na contabilidade de uma campanha anterior ao atual mandato.

Para encerrar de verdade a crônica de um País canalha, uma curiosidade jurídica. O parágrafo 1º do artigo 2º da lei 12.850/2013, conhecida como Lei de Organização Criminosa, prevê reclusão de 3 a 8 anos e multa para quem "impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa". Já pensou se alguém com grande criatividade judiciária resolver denunciar nossos políticos da cúpula com base nesta legislação? Os "Pais" das facções criminosas vão ficar em polvorosa... Vitória na Guerra...
Bolo de Aniversário
02/03/2016 10:14
Quem vai assoprar as velinhas do bolo de 2 anos de aniversário da ponte do vale?

Lembrem-se dia 02 de outubro de 2016 digitem 13 e confirma.
Herculano
02/03/2016 08:04
Ao Fernando Soares

Este assunto não gosto e não desgosto, noticiou ou comento.

Sobre a parte que me toca, gostaria de saber qual o fato novo ao que já escrevi, e olha que fui o único, inclusive vc ficou bem calado.

Na falta de proposta reais do seu candidato, como em campanhas anteriores, para sobreviver, você terá que desenterrar permanentemente cadáveres para ter discursos. Por isso, todos precisam estar bem unidos na artimanha.

Desta vez, não serei eu com a minha exclusividade e coragem, nem o jornal, nem as rádios, nem os candidatos que vão esclarecer esta jogada, mas as redes sociais. Acorda, Gaspar!
Herculano
02/03/2016 07:54
A GEMEDEIRA DE LULA INFORMA: A VIVA ALMA MAIS HONESTA DO PAÍS FOI SUBSTITUÍDA PELA ALMA PENADA MAIS AFLITA DO PAÍS, por Augusto Nunes, de Veja


Os gemidos, uivos e lamentos ouvidos na festa de aniversário do PT informam: a viva alma mais honesta do país, que assombrou a missa negra celebrada em 20 de janeiro no Instituto Lula, bateu em retirada para escapar do tribunal. Foi substituída pela alma penada mais aflita do Brasil. Ou desta e de outras galáxias, diria Dilma Rousseff.

Lula está justificadamente atormentado com o avanço das investigações sobre as bandalheiras que infestam o sítio em Atibaia e o triplex do Guarujá. Como não pode provar que é inocente, tenta fugir de depoimentos no tribunal inventando culpados na imprensa, no Ministério Público, no Judiciário, na oposição e até no Ministério da Justiça.

Os velhos filmes de terror ensinam que almas penadas não aceitam a danação imposta pelo destino cruel. Coerentemente, a alma penada de Lula se nega a enxergar as mudanças operadas pela Lava Jato na paisagem brasileira. Como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, hoje nenhum fora da lei está acima da lei.
Fernando Soares
02/03/2016 07:47
HERCULANO,

Sei q vc não gosta desse assunto, mas vamos tentar, qm sabe vc posta!

Quem diria o todo poderoso Mario Pera encantado com Andreia, a candidata do Adilson! Qro ver qdo passar as eleições e ela querer à presidência e filiar o Adilson Schmitt!

Herculano, campanha passada vc falava muito do Dr. Ademir Serafim, pq parou?
Herculano
02/03/2016 07:25
LULA E A IMPRENSA LIVRE QUEM ELE USOU APRA SE PROJETAR, MAS QUE DETESTA N HORA DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mônica Bergamo.

Lula lança site com processos contra jornalistas e respostas à imprensa

A defesa de Lula está lançando um site que terá todas as ações, cíveis e criminais, movidas por ele contra jornalistas ou personalidades que, segundo os advogados, ofenderam o ex-presidente. A página traz também todas as respostas jurídicas do petista às várias investigações que estão sendo feitas contra ele.

REDE LULA 2
O site, que se chama A Bem da Verdade, reunirá ainda as notas à imprensa já divulgadas por ele. De outubro de 2015 até agora, por exemplo, foram 33 textos contestando reportagens publicadas por veículos de comunicação
Herculano
02/03/2016 07:11
MINISTRO É WAGNER, MAS QUEM MANDA É MERCADANTE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

É falsa a impressão de que Aloizio Mercadante perdeu poder, ao trocar a Casa Civil pelo Ministério da Educação. Ele continua tomando as decisões mais importantes da Casa Civil, por delegação da presidente Dilma, que confia no seu taco e sua disposição para enfrentar extensas jornadas de trabalho. Bem ao contrário do atual titular da Casa Civil, Jaques Wagner, adepto de um certo ritmo dengoso de levar a vida.

Antipatia comum

Assim como o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, Aloizio Mercadante saiu da Casa Civil por exigência do ex-presidente Lula.

Sequestro

Lula desabafou contra Mercadante a um grupo de senadores aliados, certa vez, acusando-o de haver "sequestrado o governo".

Plano B

Lula indicou Jaques Wagner para servir como seus "olhos e ouvidos" no Planalto. E Dilma pôs Mercadante no MEC para mantê-lo por perto.

Ruim de serviço

Dilma logo perceberia, após nomeá-lo, que Wagner é simpaticão, e só. É bom de papo, mas ruim de serviço. Ela pediu socorro a Mercadante.

GOVERNO PRETENDE DEMITIR DIRETOR-GERAL DA PF

Para blindar o ex-presidente Lula na Lava Jato, Dilma acertou a demissão do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, no cargo desde 2011. Para evitar desgaste e acusações de tentar interferir nas investigações, Dilma vai mantê-lo por mais dois meses. Depois, o novo ministro da Justiça, Wellington César, deve nomear o atual secretário da Segurança da Bahia, Maurício Teles Barbosa.

Costa quente

Maurício Teles também é vinculado ao ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, autor da indicação do novo ministro da Justiça.

Ordens judiciais

Lula tem se queixado a aliados da "falta de controle", mas ele ignora que a Polícia Federal segue ordens e cumpre mandados da Justiça.

Moro mete medo

D. Marisa morre de medo do "japonês da Federal" na sua porta. Por isso Lula tenta se livrar, no STF, da mão pesada do juiz Sergio Moro.

Isso não pode

O partido Rede, de Marina Silva, é acusado de burlar o regimento do Congresso: estão lotados na liderança do partido, sem sequer aparecer no Senado, funcionários que atuam em Macapá sob "regime especial".

Defesa é ataque

Acuado por denúncias de corrupção, Eduardo Cunha acredita que a saída para sobreviver à Lava Jato é arrumar novas brigas com o governo. Ele deseja a todo custo liderar o impeachment de Dilma.

Caixa preta sindical

O deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) anunciou que coletará assinaturas para uma CPI destinada a investigar os sindicatos, "que se tornaram uma caixa preta no governo do PT".

Voando alto

Em janeiro e fevereiro, a Câmara gastou, R$ 372 mil com a emissão de passagens aéreas para os deputados federais. Tudo pago pelos contribuintes, que se viram para pagar as próprias passagens.

Falta assinar

O deputado Marcos Rogério (RO), relator do processo contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética, deve sair do PDT. Usará a "janela" para vestir a camisa do DEM, na oposição ao governo.

Ética? Tô fora

Mesmo com cerimônia marcada para o Planalto, Dilma não deve dar as caras na posse do próximo presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Mauro Menezes. O evento será no dia 13.

Sobrevivência

Petistas estão muito animados com a janela de infidelidade partidária. Caso não consigam se desvincular da péssima imagem do governo Dilma, suas excelências pensam em mudar de partido. E rápido.

Aviso prévio

De tanto ver triunfar as nulidades, de prosperar a desonra, de crescer a injustiça, de agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, como diria Rui Barbosa, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), honrosa exceção em seu meio, anda muito desiludido com a política.

Pensando bem...

...quando a última "República Baiana" chegou, no fim do Império, esperava-se um líder crescer. Agora espera-se um líder cair
Herculano
02/03/2016 06:58
A QUEDA, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

A queda do ministro José Eduardo Cardozo permite alguns interessantes exercícios lógicos. Sendo correta a informação, que apareceu em virtualmente todas as reportagens que li a respeito do assunto, de que o titular da Justiça foi removido a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, descortina-se um quadro pouco enaltecedor para Lula, Dilma e o próprio país. Analisemos essas situações, partindo das hipóteses mais republicanas para as menos.

Uma possibilidade é que o ex-mandatário julgue estar sendo vítima de perseguições. Neste caso, o remédio passa por advogados, não pelo ministro da Justiça. Também é possível que Lula esteja insatisfeito com os vazamentos seletivos de informações contidas nos inquéritos. Cardozo, na condição de chefe do chefe da Polícia Federal, não teria cobrado como deveria a punição dos servidores faltosos. É um direito de Lula reclamar dos vazamentos, mas parece um pouco demais pedir a demissão de um ministro porque ele não foi capaz de evitar a divulgação antecipada de informações que necessariamente se tornariam públicas em algum ponto do processo.

Outro cenário, talvez mais verossímil, é o de que Lula esteja bravo porque as investigações chegaram muito perto de si e de seus familiares. Se as instituições funcionarem como deveriam, a troca de ministro é inútil, já que ele não pode em tese influir no conteúdo das apurações. Delegados e promotores têm plena autonomia nessa matéria. Uma tentativa de interferir no processo, aliás, além de depor contra a autoproclamada máxima honestidade de Lula, seria até um argumento adicional em favor do impeachment de Dilma Rousseff.

A perspectiva mais sombria, porém, é a de que a substituição de fato resulte numa freada nas investigações. Neste caso, o único aspecto positivo dessa crise, que é verificar que as instituições têm funcionado a contento, terá se revelado uma miragem.
Herculano
02/03/2016 06:54
DILMA PATROCINA MAIS UMA TRAPALHADA, por Ricardo Noblat, de O Globo

Apesar de fraca, sem base política que a sustente confortavelmente no Congresso, sem um partido, mesmo o PT, para chamar de seu, mal avaliada por 60% dos brasileiros que consideram seu governo ruim ou péssimo, e ameaçada pelo impeachment, Dilma decidiu patrocinar mais uma trapalhada: a troca do ministro da Justiça.

José Eduardo Cardozo passou à condição de inimigo de parte do PT quando as investigações da Lava-Jato começaram a incomodar Lula, suspeito de ocultar patrimônio, e de ligações espúrias com empreiteiras envolvidas na roubalheira da Petrobras. Mais de uma vez ele disse a Dilma que estava disposto a deixar o cargo.

Dilma contemporizou o que pôde, mas jamais saiu publicamente em sua defesa, apesar de gostar dele e de prestigiá-lo. No último fim de semana, depois de ser criticado por Lula na festa de aniversário do PT, Cardozo procurou a presidente e disse que iria embora. Se quisesse, ela poderia tê-lo convencido a ficar, mas não o fez.

Arranjou para ele o cargo de ministro da Advocacia-Geral da União, e aceitou de pronto o nome indicado por Jaques Wagner, chefe da Casa Civil, para o lugar de Cardoso ?" o inexpressivo procurador da Justiça baiana Wellington César Lima e Silva. Entre 2010 e 2014, ele comandou o Ministério Público da Bahia por escolha de Wagner.

Seu nome foi o terceiro mais votado na lista encaminhada pelo Ministério Público para decisão de Wagner, então governador da Bahia. A lista era formada por Norma Angélica (287 votos) e Olímpio Campinho (229 votos). Wellington teve 140 votos. Wagner viu nele a pessoa mais confiável para o cargo ?" e o promoveu.

A oposição estrila ante o risco de o Ministério da Justiça, a quem está ligada a Polícia Federal, ser comandado doravante por um pau mandato de Wagner, auxiliar de Dilma, mas queridinho de Lula. O PT ficou insatisfeita com a escolha de Wellington porque duvida que ele tenha pulso para controlar a Polícia Federal.

Lula e o PT sugeriram a Dilma quatro ou cinco nomes, alguns do próprio partido, outros de fora e com um perfil mais moderado, mas todos comprometidos de uma maneira ou de outra em usar a força do cargo para manietar a Polícia Federal. E para proteger Lula da Lava-Jato, naturalmente.

Os ânimos estão quentes dentro da Polícia Federal. Delegados e agentes temem que seu trabalho de investigação passe a ser cerceado. De resto, a escolha de Wellington será contestada na Justiça. A Constituição veda que um membro do Ministério Público exerça "qualquer outra função pública, salvo uma de magistério".

Caberá ao Supremo Tribunal Federal resolver a parada.
Herculano
02/03/2016 06:51
LULA LÁ, DILMA ALI, NINGUÉM AQUI, por Vinicius Torres Freire

Lula lavou as mãos ao deixar o PT bater em Dilma Rousseff com um programa econômico de oposição, entre outras injúrias e insultos na surdina. Lula tanto fritou que queimou Luiz Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça, que seria "mole com a Polícia Federal". Contribuiu para tornar ainda mais críticos os dois piores problemas da presidente.

Mas os entornos luliano e dilmiano dizem que os dois devem se encontrar "nos próximos dias" para conversar. Enquanto Lula ajuda a atolar o governo, a paralisia da administração Dilma suscita conversas cada vez mais tensas sobre:

1) A influência que a perspectiva de crescimento descontrolado da dívida pública terá sobre o mercado, já agora; 2) O impacto da inadimplência crescente sobre bancos; 3) O impacto que prejuízos em alta e caixas em baixa terá sobre a cadeia de pagamentos entre empresas - quebradeiras.

Sobre qual assunto vão conversar os dois? Dilma Rousseff vai rasgar a fantasia curtinha e mal costurada de reformas que vestiu a contragosto neste segundo mandato e vai adotar a "nova política econômica" lançada pelo PT na sexta (isto é, "aprofundar" o programa de governo Lula, o que engloba Dilma 1)? A presidente vai "dar um jeito na PF"?

Na semana passada, Lula deu aval ao plano petista de derrotar o programa econômico que Dilma Rousseff pretende enviar ao Congresso. Ao derrubar o ministro da Justiça, Lula atiçou ainda mais a animosidade da Polícia Federal e contribuiu para disseminar a impressão de que foge da polícia e quer abafar o caso desses imóveis com tantos e nenhum dono.

Ou seja, Lula aumentou o tamanho das duas piores encrencas do governo Dilma: 1) O descrédito quase geral na capacidade e desejo da presidente de reverter a degradação econômica; 2) A incrível quantidade de rolos que envolve gentes do governo, o (suposto) partido do governo e chega muito perto da campanha eleitoral de Dilma Rousseff.

Há uma fornada de escândalos novos para vazar. Virá um mês de delações dos executivos da Andrade Gutierrez. Deve vir o início das delações do pessoal da Odebrecht. A delação do empresário José Carlos Bumlai, o amigo do sítio. A delação do senador Delcídio Amaral. Os desdobramentos da prisão do publicitário João Santana. Isso, para ficar no essencial. Há mais.

Eduardo Cunha pode se tornar hoje réu, acusado de receber propinas do petrolão na Suíça. Mas até que seja deposto ou preso (ou mesmo assim) vai provocar o caos enquanto estrebucha.

No Congresso, discutem-se coisas como reestruturar "na marra" a dívida de Estados e municípios com o governo federal, o que seria um desastre terminal, uma demonstração de que Dilma Rousseff não tem poder algum no Parlamento e um estouro operístico do resto das contas públicas. Além do mais, senadores vão votando pelas bordas um programa anti-Dilma (mudança na lei do petróleo, lei da governança das estatais), prova de que a presidente é café com leite mesmo na casa em que, acredita, poderia ter votos para barrar seu impeachment.

Dilma Rousseff está sitiada por todos os lados e é solapada dentro de casa, por Lula e PT. Não compreende o tamanho da crise e tem menos e menos poder de domá-la
Herculano
02/03/2016 06:45
O APARELHO E O CCRIME CONTINUADO

Altamente preocupante a saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça, por pressão do PT, liderado por Lula. O PT continua usando a tática de aparelhar instituições e empresas públicas para manter o partido no poder e proteger os suspeitos de atos ilícitos. VÂNIA LUCIA DE LIMA ANDRADE (Belo Horizonte, MG). Leitora do jornal Folha de S. Paulo.
Herculano
02/03/2016 06:40
LAVA JATO REALIZA TODOS OS PESADELOS DE DILMA, por Josias de Souza

"A hipótese de o mandato da presidenta Dilma ser cassado pela Justiça Eleitoral é inexistente", disse um auxiliar da presidente ao colunista no início da noite desta terça-feira. "O TSE não se atreveria a ir tão longe sem dispor de elementos que justifiquem uma medida dessa gravidade."

Dilma pode ou não continuar na Presidência até 2018. Mas os devotos que a chamam de "presidenta" estão superestimando a invulnerabilidade da caixa registradora de sua campanha. Difícil saber até onde vai o atrevimento do TSE. Mas está cada vez mais difícil ignorar os elementos colecionados pela Lava Jato.

Em acordo de delação premiada, executivos da Andrade Gutierrez confessaram ter firmado um contrato fictício para repassar cerca de R$ 5 milhões a uma agência de comunicação que prestou serviços à campanha de Dilma em 2010. E a coisa pode não parar por aí. Otávio Azevedo, presidente afastado da Andrade, acena com a possibilidade de abrir o baú das doações espúrias feitas ao comitê da reeleição, em 2014.

João Santana, o marqueteiro de Dilma, encontra-se na cadeia. Mônica Moura, sua mulher e sócia, também presa, já fez revelações estonteantes. Admitiu, por exemplo, que a Odebrecht borrifou US$ 3 milhões por baixo da mesa numa conta do mago do marketing petista na Suíça. Coisa relacionada à campanha venezuelana de Hugo Chávez, alegou Mônica. Nada a ver com a campanha de Dilma.

Por mal dos pecados, a força-tarefa da Lava Jato reuniu evidências que ameaçam o cordão sanitário que João Santana e Mônica tentam acomodar ao redor das arcas de Dilma. Segundo os investigadores, a Odebrecht serviu acarajé$ ao marqueteiro também no Brasil, no ano reeleitoral de 2014. Coisa de R$ 4 milhões. Executivos da empreiteira coçam a língua.

Juntos, esses elementos potencializam o estrago produzido por outro delator premiado: Ricardo Pessoa. Dono da construtora UTC, Pessoa é apontado como coordenador do cartel que assaltou a Petrobras. Ele já havia contado às autoridades que o ministro Edinho Silva (Comunicação Social da Presidência), tesoureiro do comitê Dilma-2014, arrancou-lhe R$ 7,5 milhões em verbas sujas da Petrobras. Se não doasse à campanha de Dilma, perderia contratos na estatal. Edinho nega o achaque.

Dilma já afirmou: "Eu não respeito delator". É uma pena que a presidente desmereça algo previsto na lei anticorrupção, que ela própria sancionou. Com o auxílio das delações, inaugurou-se em Curitiba uma nova fase no combate à corrupção no Brasil. Uma fase em que a perversão passou a dar cadeia. O medo das grades destrava a língua dos delatores. E as revelações dão densidade aos processos.

A ruína econômica e a paralisia política indicam que Dilma não realizará o sonho de passar à posteridade como uma gerente impecável. Mas a Lava Jato, com seus delatores, vai realizando aos poucos todos os pesadelos de Dilma. A frase ouvida pelo blog de um bambambã do Planalto -"a hipótese de o mandato da presidenta Dilma ser cassado pela Justiça Eleitoral é inexistente"- conduz a uma interrogação: Será?
Herculano
02/03/2016 06:36
O DUDALELÊ DO PSDB

As prévias do PSDB, quem diria, acabaram na sarjeta. Inspirados no modelo americano, os tucanos organizaram uma eleição para definir quem concorrerá à Prefeitura de São Paulo. O partido prometeu uma aula de democracia interna, mas entregou uma pancadaria de filme pastelão. Seja quem for o vencedor, a disputa será lembrada pelo militante que, além da compostura, perdeu as calças no dia da votação.

A briga que deixou o tucano de cueca é um retrato fiel do vexame das prévias. Além do bundalelê, a eleição produziu acusações de uso da máquina e compra de votos. Mais do que isso, expôs o abismo que separa Geraldo Alckmin do grupo de José Serra e Fernando Henrique Cardoso.

O governador patrocina a campanha de João Doria Jr., dublê de empresário e apresentador de TV. Em 2007, ele pegou carona num acidente aéreo para lançar o movimento Cansei. A iniciativa acabou logo, mas Doria não se cansou. Continuou a cortejar políticos até conquistar Alckmin. Sua primeira ação de pré-candidato foi aposentar o cashmere e adotar o jeans para pedir votos na periferia.

Serra e FHC lançaram Andrea Matarazzo, que também tenta escapar do rótulo de elitista. Como secretário municipal, ele foi acusado de construir rampas para desalojar mendigos. Eleito vereador, tentou popularizar a imagem, mas ainda mantém o ar de embaixador na Piazza Navona.

A disputa, que reflete as ambições presidenciais de Alckmin e Serra, ameaça produzir uma divisão irreconciliável no PSDB. Melhor para o petista Fernando Haddad, que pode ganhar um impulso inesperado à sua campanha pela reeleição.

***

Em 2008, uma CPI sobre gastos com cartões corporativos virou piada quando passou a apurar a compra de uma tapioca de R$ 8,30. As investigações sobre Lula podem cair no mesmo descrédito se a oposição apostar em irrelevâncias como os nomes dos pedalinhos do sítio de Atibaia.
Herculano
02/03/2016 06:30
ESTÃO MALTRATANDO VC, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e folha de S. Paulo

Quando chegou ao Brasil, vindo de Nova York, Victor Civita tinha algumas centenas de milhares de dólares e uma licença para imprimir revistas de quadrinhos de Walt Disney. O Pato Donald e Mickey eram bons parceiros. Isso foi em 1949. São Paulo ainda não tinha o parque do Ibirapuera, a avenida Paulista era uma alameda de palacetes e no bairro de Pinheiros havia um incinerador de lixo.

Civita morreu em 1990, aos 83 anos. Em quatro décadas, transformou uma pequena empresa na maior editora de revistas do país, revolucionou a relação do brasileiros com os livros, levando-os para as bancas de jornais, ajudou a redesenhar as relações do mercado publicitário com as publicações que recebiam seus anúncios e deu aos jornalistas um grau de independência pouco comum na época. Em 2008, a área onde funcionava o incinerador de lixo de Pinheiros foi transformado num espaço cultural e se chama Praça Victor Civita.

Na década de 50 as grandes agências de publicidade ficavam no Rio, administrando seus anúncios sob forte influência de relações pessoais. Civita rolava com sua pasta, mostrando que sua editora paulista batia de longe a circulação dos rivais. Em 1961, quando foi criado o Instituto Verificador de Circulação, IVC, havia quem o chamasse de Instituto Victor Civita.

Sua principal iniciativa foi o lançamento, em 1968, da revista "Veja", que circulou durante anos no prejuízo. (Ao contrário das lendas contemporâneas, se ela não fechou foi porque ele não deixou.) Nessa época, como Tio Patinhas, Civita nadava em dinheiro. Fascículos de receitas culinárias vendiam como pão. Foi dado por louco quando decidiu vender semanalmente em bancas de jornais uma coleção de clássicos da literatura universal. Começou com "Os Irmãos Karamazov", de Dostoiévski. Se a coleção vendesse menos de 50 mil exemplares, iria a pique. Vendeu 270 mil. Seguiram-se os "Pensadores" e os "Economistas". Platão vendeu 250 mil. Nas traduções e notas desses livros trabalhavam 300 professores, muitos desempregados pela ditadura. Jacob Gorender, por exemplo, traduzia na prisão.

Civita viveu sempre no mesmo apartamento de Higienópolis e dirigia o próprio carro (nacional). Dava-se ao luxo de hospedar-se no Sherry Netherlands de Nova York, mas tinha sempre à mão o kit com que fazia seu café da manhã. Limusine? Nem pensar.

A manutenção da praça Victor Civita custa R$ 2 milhões anuais e até bem pouco tempo foi bancada pela Editora Abril com uns poucos patrocinadores. A editora, que neste ano viveu duas reestruturações e desde 2014 passou adiante pelo menos 17 títulos, desistiu do mecenato.

A praça Victor Civita é hoje um dos melhores pontos de encontro de jovens paulistanos em busca de cultura. A retirada dos patrocínios mistura encrencas burocráticas, mas sua essência é só uma: faltam R$ 2 milhões anuais para mantê-la. Isso é uma fração mínima do que "VC" deixou para seus descendentes. Como o dinheiro é deles, ninguém tem nada com isso.

O que Victor Civita deixou para a imprensa e a cultura nacionais vale muito mais que esse pixuleco. Um lugar aonde se vai atrás de um bom show, palestra ou filme vale muito mais. Não trata de parar de maltratar "VC", mas de não maltratar quem está vivo.
Lesma Zúque
01/03/2016 22:55
Esse negócio do lixo em Gaspar mostra bem o que é o PT e seu besteirol.

Um lixo.
Roberto Sombrio
01/03/2016 22:23
Oi, Herculano.

"O PMDB iniciou curso de formação política aos pré-candidatos". Jornal Cruzeiro do Vale.

Resta saber o que irão ensinar, já que o PMDB na propaganda partidária mostra todos os podres do governo Dilma e PT, mas participa a muito tempo de todos os governos corruptos deste país.
Se participo e comungo com as ideias de bandidos, só posso ser bandido.

Dizem que o vice presidente Michel Temer é maçom e provavelmente Grau 33, que segundo a maçonaria é o mais alto grau da sociedade maçônica.

"A maçonaria é uma sociedade fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas principais exigências são que o candidato acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição, aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes".

Então porque Michel Temer participa deste governo corrupto? Logo a maçonaria é uma farsa, onde só são vistos os interesses pessoais.

E o PMDB daqui diz e quer ser diferente do PMDB nacional. Então mudem a sigla do partido porque a regra na política é uma só. Dizer que não concordam e não agem conforme a direção do PMDB nacional é conto da carochinha. Os brasileiros não acreditam mais em contos da carochinha política. Cresçam e sejam éticos. Pior é que não vejo isso na política brasileira.


Herculano
01/03/2016 21:05
AÇÃO JUDICIAL QUESTIONA POSSE DO NOVO MINISTRO, por Josias de Souza

Líder da oposição no Congresso Nacional, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) protocolará na Justiça Federal uma ação contra a nomeação do novo ministro da Justiça, Wellington César. Escolhido por Dilma Rousseff para substituir o petista José Eduardo Cardozo, Wellington é procurador na Bahia. E a Constituição proíbe os membros do Ministério Público de exercerem outras funções públicas, salva a de professor.

Mendonça Filho escora sua ação no artigo 128 da Constituição, que trata da abrangência do Ministério Público. O parágrafo 5º desse artigo anota que leis complementares da União e dos Estados estabelecerão as normas de funcionamento e as atribuições do Ministério Público, incluindo as "garantias" atribuídas aos seus membros e também as "vedações".

As vedações estão empilhadas no item 2 desse parágrafo 5º. Na letra 'D' está escrito que é vedado aos procuradores "exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério."

É nesse trecho do texto constitucional que se baseia o líder Mendonça Filho para pedir ao Judiciário que impeça o novo ministro Wellington César de assumir o comando da pasta da Justiça.

A ação judicial deve ser protocolada ainda nesta terça-feira. Nela, o deputado incluirá um pedido de liminar, para pedir à Justiça que impeça a posse do novo ministro antes mesmo de julgar o mérito da ação.
Mario Pera
01/03/2016 20:11
Estive na agradável Festa de São Sebastiao, na Margrm Esquerda, como faço todos anos,mesmo há 15 fora Gaspar, e tive a grata surpresa de encontrar a vereadora Andreia Nagel. Percebi a leveza de uma candidata q circula entre as pessoas, sem aquela marca de velhas maneiras pó,iticas, de forcar um cumprimento, sabendo o momento de se apresentar. E no pouco q conversamos e os tantos comentários q ouvimos foi o conselho. Andreia não coliga com os mesmos de sempre. E melhor enfrentar os mesmos com gente diferente. E tem muitas opcoes boas.
Coligue com a populacao, opte pelo povo e seja a verdadeira mudanca, sobretudo com politiccos q honram as calcas...como ela honra seu mandato.
Paty Farias
01/03/2016 18:57
Oi, Herculano;

Do blog do Políbio:

"O Antagonista reclamou esta tarde do Estadão e da Folha, que segundo o blog teriam "roubado" notícias que ele forneceu em primeira mão sobre os pedalinhos do Lula.

Uma foto aérea do lago do sítio de Atibaia, permitiu identificar dois nomes sobre as capas que cobrem cada um deles: Pedro e Artur.

São os nomes de netos de Lula.

Há pouco, O Antagonista descobriu que os dois pedalinhos do lago do sítio Santa Bárbara foram encomendados e pagos pelo servidor Edson Antonio Moura Pinto, assessor especial da Presidência destacado para atender Lula.

O servidor é um sargento.

Como se percebe, o sargento presenteou Lula com os dois pedalinhos, iguais aos que os turistas usam no Lago Negro, Gramado, RS, mas mais luxuosos.

Na frente da entrada do sitio, na estrada, a Folha fotografou pichações com esta inscrição:

Lula, ladrão .

A coisa toda está um só escracho."

Chupa mitômano!
Mariazinha Beata
01/03/2016 18:41
Paulo Filippus, colei este comentário do Blog do Coronel especialmente para você:

"Cansados, como a maioria dos brasileiros, do desastre chamado Dilma Rousseff, produtores rurais vão às ruas no próximo dia 13. Com a hashtag #MaisAgroMenosDilma eles estão somando esforços com outros setores da sociedade para engrossar as manifestações."

Fora Dilma!
Fora despacho de encruzilhada!

Bye, bye!
Ana Amélia que não é Lemos
01/03/2016 18:22
Sr. Herculano:

"PMDB inicia curso de formação política para pré-candidatos".

Deve ser mais ou menos assim: Aprenda a ser um Kíchina, você será a próxima vergonha do seu bairro.
Herculano
01/03/2016 16:10
O PCC, O PT E AS ELEIÇÕES: UMA ORGANIZAÇÃO TRAFICA DROGAS; A OUTRA, AS DIFICULDADES E SONHOS DOS BRASILEIROS, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Parte 1

Executivos da Andrade Gutierrez afirmaram, em delação premiada, que a empreiteira pagou ilegalmente dívidas da campanha de Dilma Rousseff em 2010. Segundo a confissão, celebrou-se um contrato fictício com a agência Pepper ?" que trabalhava para a candidatura ?", e, por esse expediente, mais de R$ 5 milhões foram parar nos cofres da companheirada.

A metáfora e a comparação são matéria prima essencial da literatura. Ou, mais amplamente, do texto narrativo. Se o autor quer deixar ainda claro ao leitor a natureza daquilo que diz ou revela, costuma recorrer a tais expedientes. Eles abrem a percepção de quem lê. Farei isso agora.

Pensem no PCC, a mais famosa organização criminosa do Brasil, embora, eu desconfio, possa não ser a maior e esteja longe de ser a mais rica.

Imaginem agora que Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, o chefão da organização, decida que chegou a hora de participar ativamente da política. Todos conhecem as fontes de financiamento do PCC: tráfico de drogas, roubo de carga, transporte público alternativo etc.

Agora pegue-se esse dinheiro de origem criminosa para financiar candidaturas. Atenção: vou introduzir na narrativa o que chamarei de "chave para o dilema ético". Não! Marcola não quer candidatos bandidos. Acredita que o PCC deva eleger apenas freiras dos pés descalços, beatos que defendem os direitos humanos, homens e mulheres acima de qualquer suspeita.

Pergunta-se: essa eleição está ou não está contaminada?

Agora voltemos ao dia.

Executivos da Andrade Gutierrez confessaram, em delação premiada, que a empreiteira pagou ilegalmente dívidas da campanha de Dilma Rousseff em 2010. Segundo a confissão, celebrou-se um contrato fictício com a agência Pepper ?" que trabalhava para a candidatura -, e, por esse expediente, mais de R$ 5 milhões foram parar nos cofres da companheirada. Notem: mesmíssimo método do mensalão!

Notas para compor o quadro: 1) a Andrade Gutierrez é a principal acionista da Oi, aquela que pôs a antena perto do sítio que Lula diz ter ganhado "de presente" de um sindicalista. E a Oi é a sucedânea da Telemar, aquela que se tornou sócia de Lulinha na Gamecorp. 2) Em 2010, a campanha de Dilma foi comandada pelo trio Antonio Palocci, José Eduardo Dutra (já morto) e José Eduardo Cardozo, o novo Advogado-Geral da União. Sigamos na comparação que instrui moralmente.
Herculano
01/03/2016 16:09
O PCC, O PT E AS ELEIÇÕES: UMA ORGANIZAÇÃO TRAFICA DROGAS; A OUTRA, AS DIFICULDADES E SONHOS DOS BRASILEIROS, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Parte 2

Venham cá: faz assim tanta diferença se quem financia as campanhas eleitorais é o PCC ou um partido especializado em arrecadar dinheiro ilegal junto a empresas que operam serviços públicos? Digam-me: as freirinhas que fossem eleitas com dinheiro do PCC seriam diferentes de Dilma, que teve a campanha financiada por dinheiro ilegal amealhado pelo PT? Vocês acham o quê?

E, ora vejam, esse dinheiro de campanha é apenas expressão mínima de um método, não? A Andrade Gutierrez fez um acordo de delação premida com multa de R$ 1 bilhão. Os executivos delatores relataram irregularidades nas obras da Hidrelétrica de Belo Monte, na usina nuclear de Angra 3, na Petrobras e em três estádios da Copa do Mundo: Arena Amazonas, Maracanã e Mané Garrincha, em Brasília.

Do ponto de vista eleitoral, nada mais pode ser feito no que diz respeito àqueles R$ 5 milhões. Não é possível cassar um mandato de Dilma que já expirou. No caso das demais obras, o sobrepreço e o pagamento de propina se deram também no curso do primeiro e do segundo mandatos de Dilma.

A interpretação obtusa do Parágrafo 4º do Artigo 86 da Constituição tem permitido que o dispositivo constitucional se torne um valhacouto. Lá está escrito:
"§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções."

O texto integra a Constituição de 1988. A reeleição foi aprovada no país em 1997. É evidente que o que vai acima não dá ao governante de turno o direito de delinquir à vontade, bastando, para que fique impune por pelo menos mais quatro anos, que consiga se reeleger. Essa interpretação é uma piada grotesca. Até porque o indivíduo pode, como fez Dilma, cometer crimes com o intuito de se reeleger mesmo. Ou a pedalada fiscal não foi precisamente isso?

Mas voltemos
Mas volto ao ponto, caras e caros! Trata-se de saber se um país pode ou não pode ser governado por uma organização criminosa, que se move nas sombras para arrecadar dinheiro, usando para isso os instrumentos da ameaça e da chantagem.

Se pode, fiquemos à espera das freirinhas de Marcola. Já que, segundo este particular ponto de vista, não há mesmo diferença entre PCC e PT. Um trafica drogas. O outro trafica as dificuldades e os sonhos do povo brasileiro.
Paulo Filippus
01/03/2016 14:19
Doralino da Silva

Diga seu verdadeiro nome aqui, se tiver coragem, e lhe darei de presente um dicionário pra descobrires a diferença entre apartidário e suprapartidário.

Descrição inclusive que está lá na nossa página do MBL Gaspar que você tanto visita. Se alega essa bobagem, ou faz por ignorância do significado, ou por má fé mesmo.

Ps: Adorei a montagem que fizeram de mim, liberei outras fotos lá no meu Facebook pra vocês. Só não usem as de perfil, eu não fico muito bem nelas.
Rui
01/03/2016 14:01
O João Sansão quer ser candidato a vereador? Nas escolas que estudava tem reijeição...

Mas depois de ter Mitinho, Daniel da Padaria, Antonio Dalsochio, Amarildo , Ciro, Ivete, Marcelo Brick, giovano da lanchonete, Marli, Lu, jaime, MELATO

Quem pode duvidar neh, o povo burro, Evoluam por favor !
Sidnei Luis Reinert
01/03/2016 12:46
Por que Lula seria o Ministro da Justiça ideal?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Desafiando abertamente o Ministério Público (a Força Tarefa da Lava Jato e os promotores paulistas), Luiz Inácio Lula da Silva, sua mulher Marisa Letícia e o filho Luiz Cláudio não vão comparecer ao depoimento marcado para quinta-feira. Já apelou ao Tribunal de Justiça de São Paulo e também pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal. Mas agora, além de fugir dos investigadores, Lula tem outra megapreocupação: a colaboração premiada de quem, até outro dia, era aliado fiel e silencioso.

Desgastado com o longo período de cadeia em Curitiba, o empreiteiro Marcelo Odebrecht liberou diretores e executivos de sua companhia a firmarem acordos de delação. Marcelo ainda não admite fazer o mesmo. No entanto, consegue fazer terror psicológico com seus aliados-inimigos que agem de maneira oportunista. Marcelo manda recados, por terceiros, que: se fizer acordo com o MPF, revelará tudo que sabe sobre todos - e não apenas sobre os petistas. Neste caso, até Lula fica aliviado...

A situação do Presidentro é vergonhosa demais. Oficialmente, a Força Tarefa da Lava Jato apura se Lula recebeu vantagens de empreiteiras quando ainda estava à frente do Palácio do Planalto. O procurador da República Deltan Dallagnol deixou isto claro em manifestação ao Supremo Tribunal Federal: "Importante considerar que parte das vantagens, que constituem o objeto da investigação (conduzida pelo MPF), foram supostamente auferidas pelo suscitante (Lula) durante o mandato presidencial, o que, justifica, por si só, a competência federal".

Lula entrou com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo para evitar o depoimento do petista na investigação feita pelo Ministério Público Estadual de São Paulo sobre o apartamento tríplex reservado à sua família no Guarujá. O recurso preventivo alega que, na condição de investigado, o ex-presidente tem direito ao silêncio e não pode ser conduzido coercitivamente.

Em nota, o Instituto Lula informou que o ex-presidente e a ex-primeira-dama "prestarão todos os esclarecimentos por escrito e não em audiência". Lula protocolou documento no MPE por meio do qual apresenta sua versão sobre o tríplex 164-A do condomínio Solaris, no Guarujá (SP), imóvel do qual ele nega ser o proprietário. O IL reafirmou que houve "prejulgamento ou antecipação de juízo de valor" por parte do promotor Cássio Conserino, que, em entrevista à revista Veja de 22 de janeiro, declarou, "de forma incisiva e peremptória", que iria denunciar o ex-presidente Lula e a ex-primeira-dama.

Prometem ser eletrizantes os próximos capítulos da guerra entre uma parte ainda não hegemônica do judiciário contra uma bem estruturada organização criminosa - que usa a atividade política e o aparelhamento da máquina estatal como meio de enriquecimento, ocupação e ampliação de poder.

No meio de tanta confusão, pouco adiante trocar de Ministro da Justiça, no País onde ela é institucionalmente violentada pelo desgoverno do crime organizado.

Uma boa ideia (tomando 51) seria indicar o nome do Lula para a pasta da Justiça. Com isso ele representaria o que mais de justo há no País. Afinal, ele se proclama o cidadão mais honesto do planeta.

Lula vive mostrando que é do bem, embora esconda os muitos bens que tem, em nome de outros, é claro. Lula não teme a Justiça, mas treme quando é por ela chamado a depor.
Doralino Da Silva
01/03/2016 10:29
Só tenho uma coisa a falar.

Desespero do PSDB bateu, querem agora compara PSD de Ilhota com o PSD de Gaspar, não pode esquecer do PSDB de Blumenau.

Desespero total, e ao MBL de Gaspar que é apartidário! Não venha então abrir palanque para o PSDB. Tem a situação da concessão da coleta do Lixo, que acredito que por parte de vereadora não foi preposições de oposição.
Herculano
01/03/2016 07:48
da série: a organização disfarçada de partido político

DEPUTADO DO PT DIZ QUE YOUSSEFF PAGOU DÍVIDA DE ANDRÉ VARGAS, QUE ERA DO PT

conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Rubens Valente e Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. O deputado federal José Mentor (PT-SP) admitiu, em depoimento prestado ao STF (Supremo Tribunal Federal), que recebeu R$ 38 mil das mãos do doleiro Alberto Youssef como pagamento de uma dívida contraída pelo seu então colega no Congresso André Vargas (ex-PT-PR).

Mentor disse que, na ocasião, não reconheceu o doleiro, que posteriormente foi condenado na Lava Jato.

O dinheiro emprestado a Vargas, segundo o deputado, saiu de uma "caixinha" que disse manter em seu gabinete, formada por recursos dele e de alguns de seus assessores, para "custear despesas da ação parlamentar cujo ressarcimento não é permitido pelas normas da verba indenizatória da Câmara".

A versão de Mentor contradiz o depoimento de Youssef prestado em acordo de delação premiada fechado com a Operação Lava Jato.

Em outubro de 2014, Youssef disse que entregara pessoalmente a Mentor, em janeiro ou fevereiro daquele ano, um total de R$ 380 mil em espécie, e não R$ 38 mil.

O doleiro afirmou que esses recursos foram obtidos da Arbor ?"uma empresa da contadora de Youssef, Meire Pozza?", com a emissão de notas fiscais pela empresa IT7 Sistemas, "indicada" por Leon Vargas, irmão de André.

Ainda segundo Youssef, o irmão do ex-deputado pediu a ele R$ 2 milhões, e parte dos quais foi entregue "em mãos" a Mentor em São Paulo.

André Vargas viria a ser preso pela Operação Lava Jato em 2015.

O depoimento de Youssef levou à instauração de um inquérito no STF, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para investigar a conduta de Mentor.

O petista disse, em seu depoimento no inquérito, que havia emprestado R$ 40 mil ao colega André Vargas. Tempos depois, o ex-deputado teria telefonado para dizer que uma pessoa iria procurá-lo para quitar a dívida.

CPI DO BANESTADO

No depoimento à PF, Mentor confirmou que havia estado uma vez com Youssef, por volta de novembro de 2003. Na época o deputado era relator da CPI do Banestado, e o doleiro, um dos interrogados na investigação.

O deputado, no entanto, disse que "não o reconheceu quando o viu pela segunda vez em seu escritório em 2014, assim como ele [doleiro] também não se apresentou".

Mentor afirmou que não sabe o motivo da menção de Youssef aos R$ 380 mil, e não R$ 38 mil, mas "pode imaginar ser uma retaliação à atuação do declarante [Mentor] na CPI do Banestado".

A Polícia Federal pediu mais tempo ao STF para continuar as investigações.
Herculano
01/03/2016 07:10
O CHORORO DOS DESESPERADOS, por Kim Kataguiri, para o jornal Folha de S. Paulo

O desespero petista está cada vez maior. Dilma, a presidente que não governa desde que venceu as eleições, tenta, inutilmente, obter apoio no Congresso. O PT, insatisfeito com os rumos da política econômica, distancia-se cada vez mais do governo. A prisão de João Santana e a união da oposição para apoiar as manifestações do dia 13 de março aumentaram substancialmente a possibilidade do impeachment.

Todo esse cenário faz com que militantes petistas e defensores do governo utilizem sem descanso as suas armas preferidas: a mentira e o cinismo. Por isso, resolvi dedicar a coluna de hoje para responder aos mais frequentes esperneios daqueles que adotam o discurso do adesismo.

Os outros partidos também roubam! O PT não inventou a corrupção!

Engraçada essa lógica que prega que se o outro é sujo, você automaticamente deixa de ser mal lavado. É fato que o PT não inventou a corrupção. Mas a utilizou para inventar algo muito pior: o golpismo institucionalizado. Os escândalos do mensalão e do petróleo não se resumiram ao roubo. Os petistas não se limitaram a gastar nosso dinheiro em tríplex. Eles saquearam sistematicamente o Estado e compraram deputados e senadores para governar sem que precisassem dialogar com o Congresso. Acabaram com a tripartição do poder. Submeteram o Legislativo ao Executivo. Transformaram a propina em método de governo.

A corrupção só aparece agora porque o governo investiga

Outro raciocínio bastante interessante. Seguindo-o, chegamos à conclusão de que os governos da Dinamarca, da Suíça, de Singapura e da Suécia, alguns dos países considerados menos corruptos do mundo, só não têm escândalos de corrupção bilionários estampando a capa de seus jornais porque impedem investigações. Muito plausível, não?

Você está com raiva porque, com o PT, pobre anda de avião e entra em universidade!

Não conheço ninguém que seja contra pobre andar de avião, mas, se conhecesse, aconselharia a lacrar no 13. A demanda doméstica por viagens aéreas registra queda há seis meses consecutivos. A falta de infraestrutura, o preço da gasolina, os impostos e a burocracia fazem com que os pobres tenham dificuldades até para pagar a passagem de ônibus.

Educação para as classes mais baixas também está longe de ser prioridade do governo petista. Só em 2015, o corte no setor foi de R$ 10,5 bilhões. Os cortes no FIES obrigaram inúmeros alunos a largar seus cursos ou a contraírem dívidas impagáveis. Sim, o pobre entrou na universidade no governo do PT. Entrou, saiu no meio do curso para procurar emprego e não encontrou. Haja amor aos pobres!

As pedaladas fiscais foram para pagar o Bolsa família

Bom, pelo menos a afirmação admite que a Dilma cometeu fraude fiscal, que, vale lembrar, é crime de responsabilidade e motivo para impeachment. De resto, é baboseira. A maior parcela dos recursos das pedaladas foi destinada a subsídios para grandes empresas e empréstimos para o agronegócio. Ou seja, o crime que derrubará o governo "para os pobres" foi cometido para beneficiar uma elite econômica.

Só quem não gosta da Dilma é a elite branca de olho azul

Na última pesquisa Datafolha, 60% dos entrevistados se posicionaram a favor do impeachment. No ano passado, milhões de pessoas foram às ruas contra o governo. Se toda essa gente fosse da elite, não teríamos motivo para protestar.

O fato é que não há mais como defender o governo. Apesar de a propaganda oficial discursar em nome dos mais pobres, tudo o que a gestão dilmista fez foi beneficiar a elite econômica que financiou seu projeto de poder. Hoje, a maioria esmagadora da população enxerga o desastre causado pelo governo. A histeria da militância petista e governista só reflete o desespero de Dilma. E o desespero é o sentimento que antecede a queda.
Herculano
01/03/2016 07:05
SÃO NÍTIDOS OS LIMITES DO MINISTRO DA JUSTIÇA, editorial do jornal O Globo

Saída de Cardozo do ministério, por pressão lulopetista, alerta para o risco da tentativa de intervenção em operações da PF, com objetivos espúrios

Sabia- se que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, desejava sair do cargo, cansado das pressões constantes de companheiros petistas a fim de, como superior hierárquico da Polícia Federal, evitar mais dissabores para o ex- presidente Lula, personagem de pelo menos quatro inquéritos (o sítio de Atibaia, o tríplex de Guarujá, tráfico de influência em favor da Odebrecht e o caso da negociação de medidas provisórias desvendado pela PF ao vasculhar o esquema de corrupção no Carf, câmara de recursos tributários).

Ex- deputado federal pelo PT de São Paulo, Cardozo explicava ser impossível o ministro da Justiça intervir em operações. Cabe a ele zelar por direitos constitucionais, e não favorecer ou prejudicar alguém por meio da PF, algo digno de velhas ditaduras latino- americanas.

Até que, no início da semana passada, um grupo de deputados do PT - entre eles, Wadih Damous (RJ), ex- presidente da OAB- RJ, ativo militante do lulopetismo - foi ao gabinete de Cardozo preocupado com rumores de que o juiz Sérgio Moro estaria prestes a decretar a quebra de sigilo de Lula. Pressionaram novamente para o ministro controlar a PF, reivindicação repetida algumas vezes pelo próprio Lula. No fim de semana, Cardozo acertou a saída com Dilma, e esta, para mantê- lo por perto, transferiu-o para a Advocacia Geral da União ( AGU), onde continuará com o status de ministro.

Herda o Ministério da Justiça, o qual o lulopetismo quer aparelhar, o baiano Wellington Cesar Lima e Silva, procurador- geral de Justiça da Bahia no governo de Jaques Wagner, chefe da Casa Civil de Dilma. Terá um trabalho árduo para, com a ajuda de Wagner, conter o avanço lulopetista a fim de tentar barrar investigações sobre Lula e, certamente, a própria Lava- Jato.

Se for leniente, será centro de novo escândalo, também com repercussões internacionais. Porque não seria notícia trivial que o PT conseguiu induzir o novo ministro da Justiça de Dilma a manietar a PF, num caso acompanhado de perto pela grande imprensa estrangeira.

Mas Wellington, por óbvio, não poderá agir sem o aval da presidente, porque, nessa história, estará em questão a própria autoridade dela sobre seu governo. A última palavra terá de ser de Dilma, sobre se ela aceita correr o risco de ser considerada um fantoche de Lula para abafar investigações da PF.

É sintomático que ontem mesmo a Associação dos Delegados da Polícia Federal tenha divulgado nota preocupada com o risco de intervenções espúrias na PF e pedindo "apoio do povo brasileiro" à instituição. Pode ser um exagero, porque a atuação da PF não é um caso isolado. Vem dentro de um movimento histórico de consolidação de instituições republicanas, como a Justiça e o Ministério Público. Daí as cabeças lulopetistas precisarem refletir com equilíbrio se compensa arriscarem- se numa manobra que pode causar ainda mais dissabores.
Herculano
01/03/2016 07:02
da série: como pensa o PT, o governo e a esquerda. Polícia Federal só deve existir para os inimigos e adversários, não para apurar o que afronta a lei

POLÍCIA FEDERAL ESTAVA SE TRANSFORMANDO NO 4º PODER, por Alex Solnik

Na geléia geral em que se transformou a política brasileira criou-se uma lenda segundo a qual a Polícia Federal é um órgão autônomo que pode investigar o que quiser, do jeito que quiser, sem dar satisfações a ninguém e colaborando, inclusive, para derrubar um governo eleito do qual faz parte. Uma completa subversão da ordem.

Em qualquer wikipedia da vida é fácil encontrar a definição de que a Polícia Federal é uma instituição subordinada ao Ministério da Justiça.

Nunca entendi porque o agora ex-ministro da Justiça não se pautava por essa premissa.

E deixou que o diretor da Polícia Federal, que agora deverá ser substituído, invertesse as coisas, dando a entender que o ministério é que era subordinado a ele.

Permitir que uma instituição armada subordine o governo e não o oposto é um perigo imenso para a democracia. O poder civil, numa democracia, é que deve comandar o poder militar.

Tanto o ministério da Justiça quanto a Polícia Federal têm o dever de defender o governo dos seus inimigos, que não são poucos, e não atuar para enfraquecê-lo, como vinha acontecendo.

Foi o que vimos, para citar um exemplo próximo, durante o governo Lula, quando o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos atuou a favor do governo e impediu que caísse depois da delação, não premiada, de Roberto Jefferson.

Vamos ouvir muito, nesses dias, queixas de policiais federais e até de comentaristas políticos, alegando que José Eduardo Cardozo estava certo ao deixar a Polícia Federal livre, leve e solta, ignorando, sem querer ou de propósito que há uma hierarquia a ser respeitada. Tanto no governo quanto na imprensa. Senão não existiria diretor de redação, cada repórter poderia fazer o que quisesse.

Do jeito que as coisas estavam indo a Polícia Federal estava sssumindo o papel de polícia política, tal como no III Reich, com poder de tomar suas próprias decisões sem dar satisfações ao ministro e ao governo do qual faz parte.

A Polícia Federal não pode constituir um poder em si mesma, assim como o Exército. Os poderes são apenas três. Ambas devem obedecer ao poder civil, é assim que reza a constituição. A comandante-em-chefe do Exército é a presidente da República, tal como acontece em todas as democracias do mundo.
Herculano
01/03/2016 06:54
VITORIA DA FRIGIDEIRA, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

A fritura do PT torrou o ministro José Eduardo Cardozo. Ele escapou do óleo quente enquanto contou com a proteção de Dilma Rousseff. Sua queda mostra que a presidente não tem mais força para contrariar o próprio partido.

O petismo tentava derrubar o ministro da Justiça há mais de um ano. Ele era acusado por colegas de sigla de não "controlar" a Polícia Federal. O tom das críticas subia a cada vez que um petista influente entrava na mira da Lava Jato.

Enquanto a operação atingia líderes caídos, como José Dirceu e João Vaccari, Dilma conseguiu segurar o ministro na cadeira. O jogo virou quando a investigação bateu às portas do ex-presidente Lula.

A fritura atingiu a temperatura máxima na semana passada, quando um grupo de deputados do PT foi ao ministério pressionar Cardozo. Os parlamentares reclamaram da ação da polícia e cobraram uma intervenção do titular da Justiça.

O ministro respondeu que não pretendia se meter nas investigações. Ele repetia uma orientação da chefe. Em vários discursos no ano passado, Dilma prometeu zelar pela "absoluta autonomia" da PF.

No sábado, Lula anunciou em discurso que acabou o "Lulinha paz e amor". O governo entendeu o recado. No dia seguinte, Cardozo foi ao Alvorada e avisou que sua permanência era insustentável. Será realocado na Advocacia-Geral da União.

O novo ministro da Justiça foi indicado pelo lulista Jaques Wagner, chefe da Casa Civil. Pouco conhecido fora da Bahia, o procurador Wellington César assumirá o cargo sob clima de desconfiança. Terá que provar a cada dia que não foi escolhido para frear a Lava Jato.

"Será que o ministro assumiu para controlar a Polícia Federal?", perguntou o presidente da associação de delegados. A resposta será conhecida nas próximas semanas. Por enquanto, a queda de Cardozo só deixa uma certeza: na disputa com Dilma, a frigideira petista venceu.
Herculano
01/03/2016 06:51
LULA, O MAIS HONESTO DO MUNDO, DEVERIA É ERGUER AS MÃOS PARA O CÉU, por Reinaldo Azevedo, de Veja

A cabeça do petista deve estar presa a uma espécie de nó. Depois de tudo, como é que ele se tornou referem de um apartamento "fubango" e de um sítio que, se fosse seu também não papel, não geraria estranhamento nenhum - desde, é claro, que não houvesse os favores de duas empreiteiras e de uma empresa de telefonia?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está por aí, a derrubar ministros, pintando e bordando, mas deveria, por enquanto ao menos, ser grato à Força Tarefa e a Rodrigo Janot em particular. No que lhe diz respeito, a coisa está saindo é muito barata, não é mesmo?

Lula é, por enquanto, um quase-investigado. E, para ficar nos termos de sua turma, há uma apuração, chamemos a coisa assim, envolvendo seu nome em razão de um apartamento "fubango" - que foi como Marco Aurélio Garcia classificou o tríplex - e um sítio até modesto, quando a gente leva em consideração o tamanho do gigante.

Em manifestação ao STF, afirmaram os procuradores da Lava Jato:
"No que tange ao PIC [Procedimento Investigatório Criminal] conduzido pelo MPF, as provas em cognição sumária são no sentido de que os fatos sob apuração, além de reproduzirem tipologia criminosa de lavagem de capitais já denunciada no âmbito da Operação Lava Jato, envolvem José Carlos Bumlai, executivos da construtora Odebrecht e executivos da construtora OAS, todos investigados e muitos dos quais já denunciados no esquema de corrupção que assolou a Petrobras".

E se informa, então, que se apura se parte de vantagens indevidas foi recebida por Lula no exercício do mandato.

Lula nega que o apartamento seja seu. Para o sítio, ele arranjou a mais exótica de todas as justificativas: teria sido um "presente" de seu amigo e ex-sindicalista Jacó Bittar, embora a propriedade esteja no nome de Fernando Bittar (filho de Jacó) e Jonas Suassuna, ambos sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha. Os demais presentes, das empreiteiras, vieram depois. Até uma antena 3G foi posta no local pela Oi. Presentes.

O ex-presidente deveria é dar graças a Deus. Eu até hoje não entendi por que não existe um inquérito para investigar a sua atuação no empréstimo de dinheiro que o grupo Schahin fez ao PT, que teve José Carlos Bumlai como laranja. Quando a dívida estava em R$ 60 milhões, o grupo assinou um contrato de US$ 1,6 bilhão para a operação do navio-sonda "Vitória 10.000", da Petrobras. E o passivo com o partido foi perdoado. Duas delações premiadas - a de Nestor Cerveró e a de Fernando Baiano - asseguram que Lula sabia de tudo. Salim Shahin, um dos diretores do grupo, admite a relação de troca. Bumlai assume que foi laranja ?" o mesmo Bumlai que, segundo Lula, resolveu por conta própria reformar o tal sítio que pertenceria aos amigos de Lulinha? Tenham a santa paciência.

Lula sabe que a história não cola. A pesquisa Datafolha deixou isso muito claro. Mas ele também não tem alternativa. Mais uma vez, ele já avisou que não vai depor ao Ministério Público Estadual. Quando se chegou a pensar que poderia haver condução coercitiva, seus advogados decidiram até entrar com pedido de habeas corpus preventivo.

Ora, ele sabe muito bem que se negar a depor prejudica um pouco mais a sua reputação. Mas, nesse caso, meus caros, trata-se de escolher, do seu ponto de vista, o mal menor.

A cabeça de Lula deve estar presa a uma espécie de nó. Depois de tudo, como é que ele se tornou referem de um apartamento "fubango" e de um sítio que, se fosse seu também não papel, não geraria estranhamento nenhum - desde, é claro, que não houvesse os favores de duas empreiteiras e de uma empresa de telefonia?

Ele sabe que o homem mais honesto do mundo, que é o que diz de si mesmo, não precisaria ter receio de falar aos promotores de São Paulo.
Herculano
01/03/2016 06:47
da série: entende-se melhor a razão pela qual os que diziam ser seus melhores amigos, disfarçam e até querem mudar de partido para se manter na mamata

PADRINHO AS AVESSAS, editorial do jornal Folha de S. Paulo. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é mais aquele. Quando deixou o governo, em 2010, ostentava 83% de aprovação popular e meros 4% de reprovação; nada menos que 71% dos brasileiros o consideravam o melhor presidente da história do país. Parecia imbatível.

O noticiário dos últimos dias atesta o quanto o cenário mudou. Contaminado pelo desgaste da presidente Dilma Rousseff (PT) e pressionado pelos avanços da Operação Lava Jato, Lula fez sua sucessora saber que a defesa do Planalto está em segundo plano.

O padrinho já não pode proteger sua afilhada porque precisa proteger a si próprio e ao partido que ajudou a fundar 36 anos atrás.

Do ponto de vista do PT, isso implica criticar medidas sensatas que o governo Dilma começa a adotar na área da economia. A proposta de reforma da Previdência e o apoio ao projeto que diminui o peso da Petrobras na exploração do pré-sal são dois exemplos recentes.

De um ângulo pessoal, Lula quer tempo para lidar com as investigações de que é alvo. Suspeita-se que a Odebrecht e a OAS, empreiteiras ligadas ao escândalo de corrupção na Petrobras, tenham buscado beneficiar o ex-presidente por meio de melhorias num sítio em Atibaia e num tríplex no Guarujá, ambos no Estado de São Paulo.

De acordo com pesquisa Datafolha publicada no final de semana, cerca de 60% dos brasileiros dizem acreditar que tenha havido favorecimento ?"entre os simpatizantes do PT, um terço afirma o mesmo.

A corrosão da imagem do ex-presidente não termina aí. Lula ainda é o mais citado como melhor mandatário da história, mas agora por 37% dos entrevistados ?"desde 2010, perdeu quase a metade de sua força nesse quesito.

O petista, ademais, não aparece numericamente em primeiro lugar em nenhum dos quatro cenários eleitorais pesquisados com vistas à disputa presidencial de 2018.

Ou seja, ainda que se dispusesse a estender a mão para Dilma Rousseff, dificilmente Lula poderia fazer muita coisa em prol de um governo considerado ruim ou péssimo por 64% da população e ótimo ou bom por apenas 11%.

Dilma e seus aliados, de todo modo, podem ver com bons olhos alguns dados da pesquisa: o índice dos que defendem o impeachment e o dos querem a renúncia da presidente permanecem estáveis, na casa dos 60%.

Aumentou bastante, por outro lado, o já elevado percentual dos que apoiam a renúncia do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara e adversário declarado de Dilma: se eram 65% em dezembro, agora são 76%.

Segundo na linha de sucessão presidencial, Cunha sem dúvida macula o processo de impeachment a que deu início em dezembro. Por ironia, tornou-se o melhor apoio de quem pretendia derrubar.
Herculano
01/03/2016 06:43
PARTIDOS JÁ TEMEM ELEIÇÃO PRESIDENCIAL INDIRETA, por Josias de Souza

Desde que o marqueteiro João Santana foi preso, a hipótese de cassação dos mandatos de Dilma Rousseff e Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral voltou a ser um tema rotineiro nas conversas subterrâneas de Brasília. Nos últimos dias, os diálogos passaram a incluir um fantasma novo: o risco de a crise política desaguar numa eleição presidencial indireta, decidida no Congresso Nacional.

Levantamento feito por um ministro do TSE constatou que o tribunal consumiu uma média de dois anos para julgar os pedidos de cassação de governadores. Aplicando-se a mesma dinâmica aos processos que questionam a legitimidade da chapa Dilma-Temer, o veredicto só viria em 2017. Se isso acontecer, a presidente e o vice estarão a dois anos de concluir seus mandatos.

Indo à Constituição, lê-se no artigo 81: "Vagando os cargos de presidente e vice-presidente da República, far-se-á eleição 90 dias depois de aberta a última vaga." Descendo até o parágrafo 1º desse mesmo artigo, lê-se o seguinte: "Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita 30 dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei."

Quer dizer: só haveria a convocação de novas eleições, como deseja o PSDB de Aécio Neves, se a cassação dos mandatos ocorresse ainda neste ano de 2016. A partir de 2017, o eventual afastamento de Dilma e Temer transferiria para o Congresso a responsabilidade de escolher os substitutos. Com um complicador: de acordo com o texto constitucional, o Legislativo teria um mês para organizar a eleição indireta "na forma da lei". Mas não existe lei regulamentando essa matéria.

Entre os políticos que incluíram o risco das eleições indiretas em suas conjecturas estão o próprio vice-presidente Michel Temer e o tucano Aécio Neves. Temer chegou a fazer consultas informais a ministros do TSE. No dialeto de Brasília, dá-se a esse tipo de consulta o nome jocoso de 'embargos auriculares'. São sussurados junto à orelha dos magistrados.

O PSDB protocolou quatro processos contra a chapa encabeçada por Dilma na sucessão de 2014. No principal deles, a presidente e seu vice são acusados de abuso do poder econômico e político. Anexaram-se a essa ação depoimentos como o do delator Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, que disse ter borrifado nas arcas do comitê de Dilma R$ 7,5 milhões em verbas roubadas da Petrobras. Deve ser juntado também aos autos o papelório que indica o repasse de verbas sujas de óleo para João Santana, o mago das campanhas presidenciais do PT.

Chama-se Maria Thereza de Assis Moura a relatora das ações contra Dilma e Temer no TSE. O mandato da ministra termina no próximo mês de setembro. Ainda que ela consiga concluir seu relatório antes de limpar as gavetas, as defesas da presidente e do vice tentarão protelar o julgamento. Se condenados, os dois recorrerão ao Supremo Tribunal Federal.

Os adversários de Dilma dispõem de um mecanismo alternativo para apressar a saída da presidente: o impeachment. Por esse mecanismo, apenas Dilma seria afastada. Temer assumiria a Presidência. O processo está empacado, à espera do julgamento de recursos da Câmara contra o rito de tramitação fixado pelo STF.

De resto, faltam à oposição e ao pedaço dissidente do PMDB unidade de ação e votos no plenário da Câmara. Num ponto, todos concordam: sem o ronco do asfalto, o impedimento da presidente da República não passará.

Em privado, ministros do TSE e do STF mencionam fatores que conspiram a favor de Dilma: presidem a Câmara e o Senado Eduardo Cunha e Renan Calheiros, dois personagens encrencados na Lava Jato. Perambulam pelos corredores do Congresso quatro dezenas de congressistas com contas a ajustar no escândalo da Petrobras. Essa gente participará das decisões sobre o impeachment ou, eventualmente, do processo de eleição presidencial indireta.
Herculano
01/03/2016 06:41
da série: o castelo está ruindo (e na base)

MARCELO ODEBRECHT DÁ SINAL VERDE PARA QUE DIRETORES FAÇAM DELAÇÃO PREMIADA, por Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo

O empreiteiro Marcelo Odebrecht deu sinal verde para que diretores e ex-executivos da empresa façam delação premiada. Informado de que eles estudam colaborar com a Justiça, não apresentou resistência.

BOCA FECHADA
Marcelo Odebrecht resistiria, no entanto, a ser ele mesmo um delator.

DE MOLHO
Um interlocutor que conviveu com o empresário nos últimos anos diz que, se um dia vier a assinar acordo de delação, ele não será seletivo ?"ou seja, fará revelação sobre tudo e todos, e não apenas sobre o PT.

DE MOLHO 2
A Odebrecht, como é público, fez contribuições a praticamente todos os partidos políticos do país. Na eleição presidencial, doou oficialmente R$ 8 milhões para a campanha do tucano Aécio Neves. E o dobro para a petista Dilma Rousseff.
Sidnei Luis Reinert
01/03/2016 06:40
Brasil, um país falido.

Calote do governo pode quebrar bancos em 2018, diz fundador do antigo Pactual

Notícia Publicada em 29/02/2016 09:24

A O Financista, Luiz Cezar Fernandes afirma que há risco real de o governo não pagar dívida

SÃO PAULO ?" Luiz Cezar Fernandes fala baixo e pausadamente, embora sem timidez. Também gesticula com moderação e ri praticamente sem fazer barulho. Por isso, quem o visse atendendo a reportagem de O Financista, dificilmente imaginaria que, com aquela calma toda, o fundador do antigo Pactual e sócio de Jorge Paulo Lemann no lendário Garantia estava descrevendo um futuro horripilante para o Brasil. Até 2018, a dívida pública crescerá a uma velocidade tal que nem mesmo a inflação alta será capaz de corroê-la.

http://www.financista.com.br/noticias/calote-do-governo-pode-quebrar-bancos-em-2018-diz-fundador-do-antigo-btg
Herculano
01/03/2016 06:37
PRISÃO DE SANTANA DERRUBOU CARDOSO DA JUSTIÇA, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A prisão do marqueteiro, amigo e conselheiro João Santana desencadeou uma série de fatos que provocou a saída de José Eduardo Cardozo do cargo de ministro da Justiça. Primeiro, o ex-presidente Lula foi muito duro com Dilma, exigindo a cabeça dele pela enésima vez. E pesaram principalmente os gritos e palavrões da presidente, tão logo ela soube da 23ª fase da Operação Lava Jato.

Caiu a ficha

A prisão de João Santana fez Dilma e sobretudo Lula terem a certeza de que não estão blindados da investigação na Lava Jato.

Caiu pelos méritos

Para exigir a cabeça de José Eduardo Cardozo, Lula alegou o que deveria merecer elogios: o ministro "não controlava" a Polícia Federal.

Torniquete petista

Enquanto pressionava Dilma para demitir o ministro da Justiça, Lula liberava facções "lulistas" a articular o isolamento de Dilma no PT.

Agora está explicado

A pressão contra Cardozo e os ataques nos bastidores do PT fizeram Dilma arrumar a viagem ao Chile, para evitar o aniversário do PT.

DILMA VETA FAVORITO DE LULA NO CONTROLE DA JUSTIÇA

A saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça foi avisada ao Planalto logo após deflagração da Operação Acarajé, que prendeu o marqueteiro de Dilma e Lula, João Santana, na semana passada. Jaques Wagner (Casa Civil) foi escalado para arrumar o substituto de Cardozo e fez forte lobby pela aprovação de Nelson Jobim, o favorito do ex-presidente Lula para ocupar o posto. Jobim foi vetado por Dilma.

Costas quentes

O ex-procurador-geral de Justiça da Bahia Wellington César não teve resistência no Planalto. É amigo pessoal de Cardozo e de Wagner.

Pontinho extra

Wellington ganhou pontos com o lulista Jaques Wagner. É histórica a rixa entre Procuradoria e Polícia Federal, que, agora, teme perder força.

Encontro secreto

Na semana passada, novo ministro foi à Brasília acertar sua nomeação. A reunião, fora da agenda, foi com Dilma e Wagner.

Saída adiada

José Eduardo Cardozo queria deixar o governo e cuidar da vida, voltando a advogar e a tocar piano, mas Dilma lhe pediu desculpas pelos gritos e fez um apelo para substituir a Luiz Inácio Adams na AGU.

Vai dar rolo

Dilma não ouviu a turma do "vai dar m(*)" ao escolher um procurador para ministro da Justiça. Além de pretender "controlar" investigações, jamais foram pacíficas as relações da PF com o Ministério Público.

Outro rolo à vista

Advogados públicos enviaram a Dilma, há dias, uma lista tríplice para o substituto de Luiz Inácio Adams na Advocacia Geral da União (AGU). Eles detestaram a escolha de José Eduardo Cardozo. Vai ter barulho.

Microcefalia

Se Dilma tivesse visto a entrevista do abestado ministro Marcelo Castro (Saúde), nesta segunda (29), durante a estreia de Cristiane Pelajo na GloboNews, o cargo amanheceria com um novo ocupante.

Água no chopp

Dilma tinha marcado receber prefeitos e governadores para pressionar o Congresso pela aprovação da CPMF. Mas, após a prisão, de João Santana, o marqueteiro, ninguém quer aparecer ao lado da petista.

São trilhões

Os maiores bancos brasileiros (BB, Itaú, Caixa, Bradesco e Santander) controlam 76% de todos os ativos bancários do País e somam em ativos mais de R$ 5,4 trilhões, e não bilhões como esta coluna noticiou, enquanto as outras 130 instituições bancárias somadas têm R$ 1,72 tri.

Roupa suja

Antes de voltar suas atividades no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder de Dilma na Casa que foi preso tentando melar a Lava Jato, deve se reunir com o ministro Ricardo Berzoini (Governo).

Comemora, ministro

Amigos de Luiz Inácio Adams tentam convencê-lo a celebrar sua saída do governo. Acusam Dilma de tripudiar sobre sua lealdade: ela jamais honrou o compromisso de nomeá-lo para o Supremo Tribunal Federal, mesmo após chamá-lo para dar a notícia. Não deu nem satisfação.

Pensando bem?
...menos de dois anos após a reeleição, a corrida agora é para ver quem sai mais rápido do governo Dilma.
Herculano
29/02/2016 19:54
DE QUE LULA FOGE, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Diante da montanha de evidências de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ter se beneficiado pessoalmente de suas relações com as maiores empreiteiras do país, é justo esperar que o capo petista venha a público prestar os devidos esclarecimentos. Afinal, a "viva alma mais honesta deste país" decerto não teria nenhuma dificuldade para dissipar as suspeitas a respeito de sua conduta.


Mas Lula decidiu refugiar-se no silêncio. As únicas manifestações em seu nome partem quase sempre do Instituto Lula, que instituto não é, pois funciona como assessoria de imprensa e escritório político do ex-presidente. E essas manifestações, geralmente furibundas, limitam-se a negar as acusações e a disparar impropérios contra aqueles que, segundo a tigrada, invejam as conquistas desse grande homem e o bem que ele fez ao país.

Lula mesmo não fala, e até seus apoiadores, quando ousam tocar no assunto, na esperança de ouvir dele sua versão dos fatos e assim orientar-se sobre o que dizer quando questionados, recebem como resposta resmungos indignados. Em recente reunião do PT, ele se queixou: "Não aguento mais falar disso".

Os atos de Lula, porém, valem mais do que mil palavras. Sem ter como justificar os imensos favores que recebeu das empreiteiras camaradas, pois qualquer explicação que ele der terá de vir acompanhada de documentos, ao ex-presidente restaram as chicanas mais ordinárias. A mais recente foi o ataque ao promotor Cássio Roberto Conserino, do Ministério Público Estadual, que chamou Lula e sua mulher, Marisa Letícia, para depor sobre o misterioso triplex do Guarujá totalmente reformado pela construtora OAS e cuja propriedade se atribui ao petista. A coisa toda respeitou o bem conhecido padrão de comportamento do ex-presidente. O nome de Lula, como sempre, não aparece em nenhum lugar ?" há sempre uma interposta pessoa a fazer o serviço que lhe convém. No caso do promotor Conserino, quem fez esse serviço foi o deputado petista Paulo Teixeira (SP).

Às vésperas do depoimento de Lula e Marisa Letícia, marcado para o dia 17/2, Teixeira entrou com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) alegando que o promotor Conserino havia transgredido a Lei Orgânica do Ministério Público ao supostamente antecipar juízo de valor sobre o caso em entrevistas à imprensa. Além disso, o deputado argumentou que o processo deveria ter sido distribuído a um outro promotor, que já cuida de uma investigação semelhante.

Em caráter liminar, o CNMP aceitou os argumentos de Teixeira e adiou o depoimento. Foi uma decisão excêntrica, antes de mais nada porque o deputado Teixeira nem é parte no processo e, por razões óbvias, não poderia ter ingressado com a representação.

Dias depois, os advogados de Lula protocolaram requerimento no CNMP em que apoiavam a representação de Teixeira, mas a liminar acabou derrubada por unanimidade pelo plenário desse órgão, por sua evidente fragilidade. O imbróglio, no entanto, dá pistas de qual será a estratégia lulopetista para criar embaraços técnicos ao processo e, assim, livrar Lula da obrigação de falar. A ideia é questionar a conduta dos que acusam o ex-presidente, sem enfrentar o mérito das acusações. Os advogados do petista, por exemplo, já avisaram que também vão reclamar ao CNMP e ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a respeito do comportamento dos procuradores do Distrito Federal em inquérito que apura se Lula cometeu tráfico de influência. É, portanto, um método.

Enquanto isso, nem a defesa de Lula nem os petistas que lhe servem de títeres fornecem qualquer explicação concreta a respeito das caríssimas benfeitorias bancadas pelas empreiteiras companheiras no apartamento do Guarujá e também no sítio de Atibaia, aquele para o qual o chefão petista enviou sua mudança quando deixou a presidência, mas que ele jura que não lhe pertence.

Não será surpresa se, para justificar tanto mimo da parte de empresas enroladas no Petrolão e o usufruto de imóveis que não constam de sua declaração de renda, Lula acabe dizendo apenas que tem bons amigos ?" e amizades puras como essas, afinal, dispensam a apresentação de provas à Justiça.
Herculano
29/02/2016 19:44
CARDOZO DIZ A AMIGOS QUE "PERDEU A PACIÊNCIA" COM LULA. O EX-PRESIDENTE QUERIA CALAR E CONTROLAR A POLÍCIA FEDERAL PARA NADA SE INVESTIGAR E COM ISSO ESCONDER A ROUBALHEIRA PATROCINADA PELO PT DURANTE ANOS COM SEUS PARCEIROS COMO PMDB, PP, PSD, PDT, PCdo B, PTB, PR PRB E OUTROS CONTRA OS BRASILEIROS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Marina Dias, da sucursal de Brasília. Quando chegou ao Palácio da Alvorada na noite deste domingo (28) para sua conversa definitiva com a presidente Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo disse que sua situação à frente da pasta estava "insustentável". As mudanças foram antecipadas pela coluna Mônica Bergamo.

Horas antes, havia dito a amigos que tinha "perdido a paciência" diante das pressões feitas pelo PT e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediam há meses sua saída do cargo.

Segundo Lula, Cardozo é o responsável pelo avanço das investigações da Operação Lava Jato ao coração do PT e do Palácio do Planalto, já que, nas palavras do ex-presidente, "Zé Eduardo não controla a Polícia Federal". Em sua defesa, o ministro diz que sempre rejeitou interferências externas na corporação e que a PF age de forma "independente".

Como mostrou a Folha, Lula fez chegar à sua sucessora o recado de que pretende se concentrar em sua defesa pessoal e na reconstrução da imagem do PT, deixando em segundo plano a advocacia do governo. Como oferta de trégua, Lula pedia mudanças na política econômica do país e a troca do ministro da Justiça, o que foi contemplado esta semana, após muita negociação.

Aliados do ex-presidente dizem que, agora consumada a troca de comando da Justiça, a disposição de Lula com o governo "vai depender da performance" do novo ministro, Wellington César, aliado do ministro Jaques Wagner (Casa Civil).

AGU

Após pouco mais de cinco anos como ministro da Justiça, Cardozo disse à presidente que queria deixar o governo mas, com poucos quadros de confiança à disposição no momento em que vive a maior crise política de seu mandato, Dilma pediu que o ministro permanecesse na Esplanada, no comando da AGU (Advocacia-Geral da União). O ministro, então, aceitou a proposta.

Auxiliares da presidente dizem que ela fez o aceno a Lula e ao PT, mas que deixou claro ao antecessor e à cúpula de seu partido que não vai abrir mão de Cardozo, que agora fica responsável pela defesa de seu governo no processo de impeachment e pelas negociações dos acordo de leniência das empresas investigadas na Lava Jato, que têm gerado polêmica.
Herculano
29/02/2016 19:33
Este texto é simples, curto, claro e direto. É um retrato de como os jihadistas não suportam a história da humanidade construída sobre erros, conquistas, divergências, equívocos, aperfeiçoamentos... Estes jihadistas as suas próprias verdade e precisam limpar os fatos divergentes para prevalecer as suas frágeis apostas pois elas não se estabelecem no diálogo e o contraditório.

Em Gaspar, o PT sempre abriu o ano eletivo com catequese, e que se assemelha ao que se propõe para a Educação dos ignorantes, ou seja, se perpetuar nela. Aqui, até o dia das Mães e dos Pais foi "abolido"...

PROBLEMATIZANDO A QUESTÃO, por Ruy Castro (jornalista, biógrafo e escritor,) para o jornal Folha de S. Paulo

Cenas de um provável futuro. A mãe repreende a filha de 11 anos por ela nunca lavar um copo depois de usá-lo, e ouve como resposta: "Mamãe, precisamos problematizar uma questão de gênero". A garota quer dizer que não veio ao mundo para lavar copos. Enquanto isso, seu irmãozinho de oito anos pode ser reprovado na escola por ter fracassado na arguição sobre sublevações intestinas na África Subsaariana. E o pai já pensa em contratar um professor particular de gê e tupi para o menino tirar o atraso na escola.

Esses são alguns dos itens dos currículos a ser aplicados pelo MEC com a iminente aprovação da "Base Nacional Comum Curricular", uma reforma do ensino destinada a fazer do brasileiro um povo politicamente correto. No país dos novos comissários do pensamento, só interessam a herança ameríndia e africana, a luta das mulheres, os direitos das minorias e outros quesitos cuja importância ninguém discute, mas que os donos do poder julgam ser de sua exclusiva propriedade.

Acusam-se os historiadores brasileiros, por exemplo, de nunca terem dado atenção suficiente à questão indígena e negra. Mas isso não é verdade. Há bibliotecas abarrotadas de livros sobre a África, o tráfico, a vida em cativeiro e como, contra todas as probabilidades, a cultura negra sobreviveu e se impôs junto à cultura "oficial" no Brasil. Os indígenas também têm vasta bibliografia, com destaque para os livros sobre as tribos da Guanabara ?"como o recente e monumental "O Rio Antes do Rio", de Rafael Freitas da Silva, cuja dedicatória é reveladora: "Aos nossos gregos, os tupinambás".


Mas não importa. O MEC decidiu que é preciso rever tudo, o que fará com que milhões de livros didáticos se vejam superados e multidões de professores tenham de se reciclar ou ser substituídos.

O jeito é problematizar a questão.

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