01/03/2016
GASPAR VAI ÀS RUAS NO DIA 13
O Movimento Brasil Livre, de Gaspar decidiu que vai às ruas no domingo, dia 13 de março, no grito contra a corrupção liderada pelo governo do PT, PMDB, PP, PSD, PDT, PCdoB, PTB, PR, PRB e outros, e a favor do impeachment da presidente Dilma Vana Rousseff, PT, que esfacela o futuro, compromete o atendimento da saúde pública, desarranja a economia brasileira, acelera o desemprego, a inflação... A decisão foi tomada numa reunião realizada neste final de semana (foto) entre Paulo Filippus, Celina Beatriz Reis de Abreu Schmitt, Sérgio Aguiar e Pedro Nicoletti. “Não importa o número de pessoas. O importante é marcar presença e dizer que é preciso enfrentar para mudar”, concluíram.
SOB FOGO CERRADO I
A pré-candidata do PSDB a prefeito de Gaspar, a professora e vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, está sob fogo cerrado para que desista de levar a ideia adiante de ser candidata. Ela se preparou para enfrentar o PT. Ambos, mutuamente, não se dão tréguas. Andreia denuncia. O PT, como resposta, projetou-a tentando desmoralizá-la ou desqualificá-la. É um jogo conhecido e previsível. Afinal, a proposta que ela possui é a de ser contra o que se faz sem transparência na cidade pelos petistas e seus apoiadores. Esta coerência solitária a tornou uma opção política, inclusive às forças tradicionais representadas pelo PMDB, PP e PSD.
SOB FOGO CERRADO II
Este parece ser o novo problema e desafio a ser enfrentado por Andreia ao seu objetivo de ser candidata. A história é simples. O silêncio comprometedor – e às vezes até parceiro que não querem vê-lo noticiado - do PMDB, PP e PSD na Câmara de Vereadores fez com que uma bancada de quatro vereadores do PT por várias vezes se tornasse maioria entre 13 vereadores. Andreia se tornou, praticamente, a única voz de questionamento sistemático em favor da comunidade. Enquanto ela era uma novata, de um bairro inexpressivo – a Lagoa – e por um partido sem muita expressão – o DEM -, as forças políticas tradicionais e que jogam juntas nos interesses de poder não deram muita importância para sua atuação, seus questionamentos e denúncias. Entretanto, tudo mudou quando ela anunciou que mudou de partido, foi para o PSDB e anunciou que por ele seria candidata a prefeita.
SOB FOGO CERRADO III
A partir de então Andreia percebeu que não seria mais alvo do PT, mas dos demais partidos também. Eles tradicionalmente dividem as disputas em Gaspar, e neste ano se sentiram ameaçados no conforto e nos projetos com os planos anunciados de Andreia. Ficaram, principalmente, expostos pelo silêncio comparsa da administração do PT e de Pedro Celso Zuchi nestes últimos oito anos e que nos últimos quatro teve em Andreia uma fiscal implacável. Sem poder ainda encontrar um defeito de origem em Andreia, estas lideranças e partidos tentam associá-la a defeitos de outros que dizem apoiá-la, sem antes forçá-lo deste apoio. Sem projeto, sem discurso e sem se preparar adequadamente para a disputa com o PT, PMDB, PP e PSD lutam por uma candidatura única, um projeto semelhante que levou Adilson Luiz Schmitt em 2004 ao poder. O PMDB, que sempre teve o PSDB de Gaspar como seu e um partido nanico, sem chances e candidato, faz mais: tenta minar dentro do próprio PSDB à candidatura de Andreia.
MAIS UM MÊS
A vereadora Marli Iracema Sontag, PMDB, assessorada por Celso Oliveira, pediu licença por 30 dias. No seu lugar, hoje toma posse mais uma vez nesta legislatura o suplente Sérgio Luiz Batista de Almeida, PSDB – na última eleição o PSDB estava com o PMDB na coligação encabeçada por Kleber Edson Wan Dall e há oito anos, Sérgio era o vice de Ivete Mafra Hammes, PMDB, na corrida pela prefeitura. A volta de Sérgio, sindicalista e que já foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar, à Câmara faz parte dos planos do presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, para dividir e enfraquecer por dentro o PSDB de Gaspar na ideia de ter candidatura própria à prefeitura.
MODELO I
Qual o modelo de gestão que o PSD quer para Gaspar? O praticado pelo prefeito Daniel Christian Bosi, em Ilhota, e cuja campanha foi coordenada pelo ex-presidente do PSD de Gaspar e lá secretário de Administração (já afastado), Fernando Neves? Ilhota está em chamas e Bosi resolveu enfrentar o Tribunal de Contas do Estado, o Ministério Público, a Câmara e a Justiça. Nem orçamento conseguiu montar e apresentar no tempo devido e exigido pela Lei. Foi tudo na marra exigido pelo MP e Justiça. Nem a balsa funciona com regularidade, tudo no improviso e sob reprovação das instituições. Quando em campanha, Bosi prometeu mudar a administração da cidade, torna-la dinâmica, regida até então pela falta de transparência evidente ao tempo do prefeito antecessor, Ademar Feliski, PMDB. As práticas de Felisky ao tempo do seu governo, deixa-o vulnerável hoje na Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas. Ou seja, nada mudou.
MODELO II
Entre tantos exemplos, mais outro de Bosi falha em algo essencial: a educação. Na semana passada, o Conselho Tutelar pegou um micro-ônibus escolar transportando 56 crianças, quando só seria possível fazer o transporte de metade delas em situação segura. Caso de polícia. Crianças em pé, sem cintos dentro do ônibus. Sensibilidade e iniciativas zeros. Atenção à lei, nenhuma. Mais. Para se livrar se tenta transferir as responsabilidades deste tipo de ato aos subordinados, tudo para espertamente se livrar das obrigações civis e até criminais. Este assunto ainda vai render, mais uma vez, no Ministério Público.
HOSTERT NA MIRA DO PMDB I
A bancada do PMDB na Câmara apresentou o requerimento 14/2016. Os vereadores Ciro André Quintino, Jaime Kirchner e Marli Iracema Sontag querem saber do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, qual o fundamento e a razão para ele manter no cargo o ex-secretário de Agricultura, Alfonso Bernardo Hostert, PRB, em função assemelhada - mudança administrativa de araque aprovada pelos próprios vereadores -, se ele está condenado naquela ação da compra de votos, no Jardim Primavera, quando ele se candidatou a vereador e era o cabo eleitoral do atual prefeito Pedro Celso Zuchi.
HOSTERT NA MIRA DO PMDB II
O que os peemedebistas argumentaram? Art. 1º É vedada a nomeação para cargos em comissão, no âmbito dos órgãos do Poder Executivo e do Poder Legislativo Municipal, das pessoas inseridas nas seguintes hipóteses: II - os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: d) eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;
HOSTERT NA MIRA DO PMDB III
E o que o requerimento da bancada peemedebista na Câmara quer saber de Zuchi? “Considerando o Decreto 6.796, de 05 de fevereiro de 2016, página 274, X, letra b, em que nomeia o Sr. Alfonso Bernardo Hostert, Superintendente de Agricultura e Aquicultura e, ainda; considerando o processo RC nº 34340.2011.624.0064, com sentença condenatória em 29 de outubro de 2015; indaga-se: a-Quais providências serão tomadas para fazer cumprir a legislação vigente? b-Quais providências serão tomadas para ressarcir o erário público, por tratar-se de ato nulo?” Em tempo e para lembrar os leitores e leitoras da coluna. O suplente de vereador Raul Schiller, PMDB, esteve arrolado neste mesmo assunto, mas foi absolvido no mesmo processo que condenou Afonso, amplamente noticiado quase somente aqui.
QUEM VAI FICAR COM O PSB?
A presidente da Comissão Provisória do PSB de Gaspar, a ex-vereadora, ex-secretária da Saúde e ex-candidata derrotada nas últimas eleições pelo DEM, Teresa da Trindade (que já foi do PT e PP), não quer mais saber de tocar o PSB por aqui, do deputado Federal Paulinho Bornhausen, de quem é cabo eleitoral. O presidente da Câmara, Giovano Borges, PSD, na ação de linha auxiliar do PT, anunciou que ficará com o espólio para compor forças nas eleições de outubro. E o vereador Marcelo de Souza Brick, ainda presidente da legenda, disse que vai filiar o possível vice do partido, Edemar Wieser, caso vingue a ideia da chapa própria para concorrer em outubro. Tem gente duvidando que o PSB será comandado pelo pessoal do PSD. Até meados deste mês estará tudo definido e poderá haver surpresas na cidade.
TRAPICHE
O PT e a sua doença cínica sem cura. Quando na oposição, diz que os assuntos precisam ser discutidos com a comunidade. Faz discurso. Pede transparência. E está certíssimo. Quando no poder, faz exatamente o contrário do que prega, pede e quer quando opositor.
Veja o caso do PL que disciplina a concessão dos serviços de táxis em Gaspar. Primeiro, isto só está sendo feito porque o Ministério Público se interessou por este tema, feito entre políticos e protegidos, incluindo os do PT. O MP enquadrou Pedro Celso Zuchi e deu prazo. Ele não é o único culpado pelo problema, mas é pela solução entre paredes e na emergência. Os prefeitos que o antecederam, e de todos os partidos, possuem grande parcela de culpa também neste assunto feito entre promessas, acertos e negócios eleitorais.
Segundo e o pior de tudo, o que de fato retrata muito o modo de ser do PT aqui, que é uma franquia do nacional. Nada do que está sendo apresentado na Câmara foi debatido entre e com os taxistas, os interessados. Eles foram passados para trás (ou para a frente, em alguns casos) até aqui pelos políticos no poder e de plantão. Tudo em troca, em muitos casos, por favores, votos e poder. Então, quando há oportunidade para acertar o passo com os diretamente interessados, os políticos complicam tudo, principalmente os que se dizem nos discursos como abertos ao diálogo com a sociedade. Triste constatação.
Terceiro. O PT elaborou o Projeto de Lei entre quatro paredes. Resolveu mostrar três ou quatro artigos, de dezenas para alguns taxistas, numa reunião quase secreta. Só os quatro vereadores do partido sabiam dela (a Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, antenada na cidade apareceu lá, mas sem ser convidada ou informada oficialmente). Estava lá o chefe de gabinete, Doraci Vanz. Nem o advogado dos taxistas, Nilberto Prada Búrigo, teve acesso ao texto, apesar dos pedidos que fez. “Só será público quando o projeto chegar à Câmara”, disse Vanz para ele. O projeto 07/2016 está na pauta da sessão de hoje para ser distribuído e votado. Como sempre, e para se negar ao debate com os taxistas e depois culpar o Ministério Público, tudo em regime de urgência.
Será público, virá de goela abaixo como veio da concessão do lixo e tantos outros, sem debate e cheios de pegadinhas.
E mais. O prefeito Pedro Celso Zuchi já mandou avisar: quer pressa na Câmara como todos outros projetos de leis polêmicos que enviou para lá. É para não haver discussão, ou para colocar interessados em rota de colisão com os vereadores que querem entender e discutir estes assuntos em favor da cidade e dos próprios interessados. E quem faz esta prática? Exatamente o PT. Quando na oposição, ele condena esta prática.
No ano passado, esta tática cínica só não deu certo no caso do Projeto de Lei que lidava com os aumentos dos impostos. E por quê? Porque os escritórios de contabilidade se organizaram, ajudados pela OAB – numa rara ação - fizeram pressão sobre os vereadores que não eram do PT para não dar a costumeira mansa maioria.
O Ministério Público que cuida da Moralidade Pública, tocada pela promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, está debruçado, para montar o xadrez que levou os vereadores de Gaspar aprovarem o Projeto de Lei 60. Ele regula a concessão a coleta, transbordo e destino final do lixo dos gasparenses.
Há divergências interpretativas do texto aprovado e há uma desconfiança que há cartas marcadas que só serão esclarecidas na licitação. O que mais intriga a promotora é a razão pela qual o vereador autor de emendas pode votar a favor dos vetos do prefeito, escudando-se em frágeis alegações de inconstitucionalidade.
Mas o que chama muito a atenção é o disfarce do vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, ao pedir vistas para adiar e dizer que precisava analisar melhor as justificativas do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, para derrubar as emendas dos vereadores. A análise se deu basicamente numa “reunião” que fez no Samae e sob a pressão da bancada petista. Não houve o tal suporte ou embate jurídico para esclarecer ou desfazer as dúvidas de vieses constitucionais. Teatro.
Este negócio do lixo é emblemático. E uma pista pode estar no diálogo entre o Paulo Filippus, do Movimento Brasil Livre - ele estava na votação na terça-feira que derrubou as raras emendas dos vereadores -, com o vereador do bairro do Filippus, o Belchior, o professor Jaime Kirchner, PMDB.
Jaime: - o povo do Belchior não está nem aí para a votação do projeto do lixo”.
Filippus – eu vou divulgar o resultado desta votação e vamos ver então o que eles acham”.
Jaime: - se quiser divulgar, divulgue. Mas este assunto está morto”.
Filippus: - não, não está. A licitação ainda pode ser impugnada e o Ministério Público pode intervir neste escárnio”.
Jaime: (depois de rir com desdém) – você acha que ele [MP] tem tempo pra isso? Ele tem mais que se preocupar”.
Pois é. Os políticos pensam de uma forma, o povo e o MP de outra. A má notícia para o "deretor" Jaime que representa o pensamento dos políticos é que o MP está preocupado com este fedor. Desafio o vereador a consultar a promotora Chimelly e ele próprio se certificar disso.
Ilhota em Chamas. A administração do prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, está se especializando em copiar projetos elaborados por outras prefeituras, sem tomar o cuidado de adaptá-los à realidade de Ilhota.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).