28/11/2016
APROVADOS, MAS COM RESSALAVAS I
A Justiça Eleitoral da Comarca de Gaspar aprovou os candidatos eleitos na última eleição. Mas, teve gente que passou sufoco e vai ficar com manchas. Kleber Edson Wan Dall, PMDB e seu vice Luiz Carlos Spengler Filho, PP, tiveram as suas contas aprovadas com ressalvas. O agravante é que o Ministério Público tinha pedido um processo ordinário para apurar melhor as irregularidades encontradas. O juiz eleitoral Rafael Germer Condé, resolveu desconsiderar o pedido do MP. Alívio. Entretanto, o assunto poderá voltar em grau de recurso se alguém entender que a decisão não foi a mais adequada.
APROVADOS, MAS COM RESSALVAS II
Da mesma forma, mas sem o pedido de processo ordinário, foram aprovados com ressalvas as contas dos vereadores eleitos Silvio Clefi, Cícero Giovani Amaro, Ciro André Quintino, Evandro Carlos Andretti, Francisco Solano Anhaia, Rui Carlos Deschamps, Mariluci Deschamps Rosa e José Hilário Melato.
APROVADOS, SEM RESSALVAS
Wilson Luiz Lenfers, Francisco Hostins Júnior, Franciele Daiana Back e Dionísio Luiz Bertoldi.
SE PUDESSE VOLTAR, O PT VOLTARIA I
O PT de Gaspar não foge à característica nacional: é arrogante, auto-suficiente, antigo e ditatorial. Ele é a verdade, a luz, a necessidade e a dependência eterna. Ponto final. Seus mandatários, os ungidos. E na morte do ditador Fidel Castro, com ampla repercussão da história, tudo pareceu mais claro neste final de semana. Os demais, os infiéis, devem ser execrados, marcados, punidos e extinguidos num tribunal de vingança permanente. E agora – em qualquer lugar – o PT padece daquilo que plantou. Em Gaspar, o partido pertence a uma família. Um erro. Não se renovou, próprio das oligarquias que se aboletam das verdades, do poder e dos recursos. Uma temeridade. E para piorar, o PT daqui é mandado por uma família de Blumenau – a dos deputados Décio Neri (Federal) e de Ana Paula Lima (Estadual, a vingativa, a que manda, a que pune), que lá em Blumenau, há muito, perdeu a liderança e credibilidade no seu próprio reduto. Assim, o PT daqui não evoluiu para a diversidade, identidade e autonomia local.
SE PUDESSE VOLTAR, O PT VOLTARIA II
Em Gaspar, o PT tomou dois vieses para o empoderamento: o primeiro foi o de escolher sócios conservadores, descontentes, depois de sucessivas derrotas em seus ambientes, ou submissos, para disfarçar à radicalização e à enganação que armou. E na outra ponta, escolheu uma forma própria de se comunicar com a sociedade, julgando-a feita de tolos, analfabetos, ignorantes, desinformados, medrosos e compráveis por migalhas diante do grande negócio que se tornou o poder petista por aqui. Não deu certo. O tempo de poder fez o desgaste natural. O enfraquecimento de Blumenau, o partido que não decolou no estado, a cassação em Brusque e principalmente os exemplos criminosos nacionais foram determinantes. Afinal, o PT é uma franquia nacional de sacanagens. Abusou. Não mediu as consequências. Aqui tentou se isolar. Sobrevivieu. Mas, não o suficiente.
SE PUDESSE VOLTAR, O PT VOLTARIA III
O PT de Gaspar mandado pelo de Blumenau, usou “inteligentemente” com os gasparenses as rádios locais de forma massiva como meio de comunicação. Pura propaganda enganosa, sem o mínimo questionamento porque esse era o jogo. Joseph Goebels. Um jogo bem feito. Como suporte, usou a mídia regional, a alienada nas questões gasparenses por não ser a cidade seu foco noticioso e ser irrelevante ela na cobertura jornalística do dia-a-dia local. Ou seja, a mídia regional – dominada nas redações pela esquerda do atraso e de veículos que não se conhece os donos - sustentou a farsa da propaganda, do paraíso, do gestor impecável, da amizade com o núcleo de poder Central do PT em Brasília... Cômico.
SE PUDESSE VOLTAR, O PT VOLTARIA IV
O PT de Gaspar – mandado pelo de Blumenau - fez escolhas. Todos fazem. E é certo. O preço vem com o tempo. E entre as escolhas, estava a de ignorar propositadamente a força institucional do jornal Cruzeiro do Vale. Mais. Para recado, associou-se ao concorrente como uma forma de desmerecer, desacreditar e enfraquecer o Cruzeiro. Jogou. Assumiu os riscos. Desdenhou a credibilidade do Cruzeiro perante a comunidade. Afrontou a história, o legado, para construir uma nova, a da era PT, a Zuchi, a dos Limas, a dos donos do Brasil. E conseguiu. Por isso, faço questão desse registro. É histórico. Então, vale lembrar dois fatos para os de memória curta no PT, os que vão assumir a prefeitura e cuja história tende a se repetir (a do PT e do PMDB do passado). O primeiro: o Cruzeiro é o jornal mais antigo e foi o único que enfrentou o ex-prefeito Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, PMDB.
SE PUDESSE VOLTAR, O PT VOLTARIA V
Nadinho, empresário bem-sucedido, autossuficiente e autoritário, foi o único prefeito eleito de Gaspar afastado pela Justiça enquanto no poder devido às dúvidas denunciadas pelo Ministério Público (Assis Kretzer). O Cruzeiro, em respeito ao jornalismo e o direito de informar os leitores e da sua independência, apesar do debacle financeiro, enfrentou Nadinho e seu grupo. E fez isso, exatamente depois de apoiá-lo na campanha e do seu editor ser filiado ao PMDB, partido de Nadinho, que cobrou essa fidelidade estranha. O Cruzeiro e o editor enfrentaram não o prefeito, o empresário, o cidadão, mas o erro contra a coletividade. Os políticos e seus apoiadores não entendem essa diferença. E Nadinho, como os velhos políticos e como o “novo PT”, tinha até um jornal para propagar a “verdade” – o que é hoje é o concorrente do Cruzeiro, mas, frise-se para o bem da verdade histórica, daquele tempo nada sobrou dele, a não ser o nome comprado pelo atual dono, também gasparense.
SE PUDESSE VOLTAR, O PT VOLTARIA VI
O segundo fato foi uma advertência e uma premonição que o proprietário e editor do Cruzeiro do Vale, Gilberto Schmitt, fez ao vereador – e cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT – há muito tempo, quando Antônio Carlos Dalsochio reclamava que o jornal fazia o papel crítico e não estaria gratuitamente de cócoras aos desejos e verdades do petismo local. Como um emissário do poder, alertou Dalsochio à época de que a postura do Cruzeiro, teria um preço, na lição de eliminá-lo do cenário gasparense. “Vocês falam para quatro paredes. Eu escrevo para a cidade”, retrucou claramente Gilberto à época. Dalsochio até piscou. Na tribuna, diante da presença do Gilberto, tentou contemporizar, mas nos bastidores e nas atitudes subsequentes, não. Ao contrário, o líder e depois presidente do PT local, José Amarildo Rampelotti, radicalizou num mundo próprio de arrogância e de poder, onde o exemplo maior foi o que fizeram com a juíza Ana Paula Amaro da Silveira.
SE PUDESSE VOLTAR, O PT VOLTARIA VII
E a tentativa de isolar e desacreditar o jornal continuaram. Foram nos meus escritos como alienígena ou um interesseiro, sempre desmascarados. Depois de ouvir insultos sobre a minha vida pessoal da tribuna para a falta de argumentos aos fatos, o presidente do PT, Rampelotti; depois de ver que ele cancelou uma assinatura sua aqui como se com isso pudesse calar o jornal ou deixa-lo inviável economicamente; depois de escutar na semana passada o presidente da Câmara pego no contrapé para abafar prevaricações do Executivo, do aliado PT, e mesmo assim dar lições de jornalismo aos mansos, o Cruzeiro do Vale, pode registrar que todos que o desafiaram, perderam o aval dos eleitores nas urnas, exatamente porque lhes faltam credibilidade. O fato é simples de ser explicado e entendido. Os políticos, e especialmente neste caso o PT, tentaram enganar a sociedade. Nada é eterno, que não é possível de ser compreendido ou desmascarado. Todos estão cansados de pagar essa pesada conta da má representação, enganação e o empoderamento de poucos.
SE PUDESSE VOLTAR, O PT VOLTARIA VIII
E para encerrar, lamentar e se preocupar num ambiente em que tudo se desnuda e muda no Brasil, onde os políticos estão sendo obrigados à prestarem mais atenção, se não querem dar contas e transparência aos seus atos, para quem os elegeu e lhes paga os altos vencimentos e despesas que criam – incluindo essas viagens do nada a Brasília faltando o serviço e a obrigação por aqui. O caso que lhes relatei é o de uma andorinha que mais uma vez fez verão, contrariando frontalmente o adágio popular. Ouço de um petista próximo a Zuchi, Rampelotti e Dalsochio e outros do poder que se vai – e que por vez o outra contata-me num aplicativo de comunicação - uma confissão em tom de amargura: “se pudesse voltar no tempo, teríamos voltado, inclusive nos questionamentos na Justiça o jornal e a você”. E eu termino o meu comentário onde todos perderam, inclusive eu: “não dá mais para voltar atrás! Foram feitas escolhas. Devemos pagar por elas. Eu pago. O tempo foi cruel, com quem foi irresponsável com a cidade e os cidadãos. O jornal e eu fizemos o papel que nos cabia na sociedade. Se não fôssemos nós, outros fariam. Não há verdade, unanimidade e subserviência eterna. Esta é a roda viva. É preciso compreendê-las! O que o PT pode fazer é recomeçar uma nova história com as lições e experiências vividas aqui. Só isso! Em tempo: temo que o PMDB de Gaspar vai repeti-la. No cenário nacional antes do que se presumia, já erra contra a sociedade. Acorda, Gaspar!
OS NOMES DO SECRETARIADO I
Escrevi na coluna de sexta-feira. “O certo é o seguinte. O novo governo de Gaspar estará centrado em quatro pessoas e um contrapeso, pesado. O prefeito de verdade será o advogado Carlos Roberto Pereira, e ele nem faz muita questão de disfarçar isso. Kleber já percebeu”. Notícia de ontem. Quem será o secretário de Administração e Finanças? Carlos Roberto Pereira, advogado, sem qualquer experiência em administração e finanças. E ele tem um passado de afrontar a imprensa livre.
OS NOMES DO SECRETARIADO II
Secretaria do doutor Pereira na verdade substituirá o prefeito. Ela é talhada para os negócios e o poder, nada mais. Isto fica claro quando o secretário de Obras escolhido é Jean Alexandre dos Santos, ex-assessor do ex-presidente da Câmara, ex-vice-prefeito, e vereador reeleito de Blumenau, Jovino Cardoso, PSD (ex DEM e PMDB), evangélico. Jovino passou recentemente por um carma armado pelo PT que manda lá e aqui.Foi defendido pelo doutor Pereira na tentativa de cassação do mandado de Jovino, sob a alegação de uso de funcionários da Câmara para tarefas particulares no sítio dele. Jean é casado com uma prima do doutor Pereira e está no cabide da Agência de Desenvolvimento Regional que era do Kleber.
OS NOMES DO SECRETARIADO III
Dois nomes anunciados como novos, realmente são capacitados nas áreas indicadas. Todos os dois de fora de Gaspar e não são do PMDB. Um é Alexandre Gevaerd, no Planejamento, cria de Décio Neri de Lima, PT, e que desentortou parte do nó viário de Blumenau. Chegou a trabalhar com Napoleão Bernardes, PSDB. Passou por Brusque. E a outra indicação técnica é Dilene Jahn Melo. Ela foi a ex-administradora do Hospital e fritada pelo PT, na gestão de Celso Oliveira, o convocado para “desenvolver a cidade”, ou seja, atrair investimentos (não ria). Dilene será secretária de Saúde. É uma área supersensível para qualquer administração municipal e principalmente nos dias de hoje. Dilene é uma indicação de um dos patrocinadores da campanha de Kleber, o ex-executivo, Sérgio Roberto Waldrich. Dilene e Sérgio deverão estar preparados para mais uma nova decepção. A primeira foi com o PT. A segunda, será com o PMDB. Tudo dominado. Dadas as cartas, sabe-se que é um jogo é viciado. Previsível. Kleber caminha para ser um ente decorativo. Só precisa tomar cuidado para não ser usado naquilo que é só da sua responsabilidade assinar e assumir perante a lei.
ILHOTA EM CHAMAS I
O juiz Renato Mastella, determinou que a Recicle, de Brusque, cumpra o contrato e aceite o lixo de Ilhota, o qual está sendo recolhido emergencialmente pelo próprio município. Ilhota pediu na Justiça que obrigasse a recolher mesmo sem pagamentos e cumprimento do contrato, mas não teve o pedido atendido. Se a Recicle não aceitar o lixo de Ilhota lá no seu depósito em Brusque, a multa diária contra a Recicle é de R$5 mil. O que significa isso? Muitas coisas. Mas, um deles é que o lixo de Ilhota pode estar sendo depositado em aterros clandestinos. Outra. Para o transbordo, coleta em caminhões inadequados e colocar o lixo recolhido para outros caminhões com mais adequação transportam para o aterro da Recicle, é preciso local, controle e licença específica. Tudo isso ausente é crime ambiental. E grave. Quem está vendo isso? Cidadãos, vereadores, Polícia Ambiental, Ministério Público?
ILHOTA EM CHAMAS II
A pendenga é antiga. Mas, se agravou agora com o fim do mandato do atual gestão. Faz duas semanas que a Recicle interrompeu o recolhimento do lixo em Ilhota por falta de pagamento, resultado da gestão temerária do prefeito que sai e nem foi à reeleição por causa disso, Daniel Christian Bosi, PSD. Aliás, a paga da coleta, transporte e depósito faz parte da contrapartida de um contrato e da sobrevivência econômica das partes. O município de Ilhota cobra o recolhimento do lixo dos munícipes (no IPTU). Contudo, não consegue ressarcir à empresa que contratou para recolher, depositar e trata-lo? E quem paga a conta da má gestão pública é a empresa que presta serviços, que recolhe pesados impostos, que investe pesadamente para se adequar às exigências ambientais, que é obrigada a sustentar uma estrutura de processamento, fiscalização exigidos pela legislação, que paga os seus empregados em dia e faz disso um negócio de sobrevivência? Hum!
ILHOTA EM CHAMAS III
A discussão está aberta. É a empresa que é a responsável pela contaminação ou possíveis doenças decorrentes do lixo não recolhido na cidade ou o gestor público? Ao invés de punir o gestor público bem como à sua ação temerária, pune-se a prestadora privada de serviços? Qual a culpa da empresa? Ter escolhido o lixo como o seu negócio? Qual a razão desse desequilíbrio obrigacional financeiro, responsabilidade e jurídico? Ai, ai, ai. Outra. E no dia primeiro de janeiro quem estará com o problema é o prefeito eleito Érico de Oliveira, o Dida, PMDB? Ele não se mexeu até agora. Espera um milagre. Vai ficar com a bucha, o lixo e a obrigação de pagar (se a Justiça decidir o contrário), mesmo sem dinheiro...
ESCONDIDOS I
Os vereadores de Gaspar ganham muito bem para estar presentes em apenas, repito, apenas uma, uma sessão de no máximo três horas por semana, as terças-feiras. Na última, três dos 13 estavam ausentes: Marcelo de Souza Brick, PSD, José Hilário Melato e Luiz Carlos Spengler Filho, ambos do PP. Divulgado por esta coluna esta ausência, os dois últimos apressaram-se em se justificar pelas redes, rádios e outro jornal, de que foram a Brasília buscar recursos para o próximo governo, onde Melato, o mais longevo dos vereadores será o contrapeso pesado e Luiz Carlos, o vice. Nada contra. Mas, a esperteza dessa gente campeia e tratam todos os gasparenses como tolos.
ESCONDIDOS II
Sinceramente, e isso o povo entendeu: os políticos gazetearam aqui o serviço e foram passear em Brasília com o escasso dinheiro dos pesados impostos dos gasparenses. Só isso. Primeiro: podiam ir a Brasília segunda, quarta, quinta e sexta, dias em que aqui não há sessão na Câmara, mas não. Foram exatamente no único dia de trabalho aqui na Câmara. Não respeitaram a obrigação de representarem o povo na assembleia do povo. Segundo, Luiz Carlos e Melato, e eles mesmos declararam e está escrito, foram lá para “aproveitar o fim dos trabalhos deste ano do Congresso e assim “emplacar” emendar com os parlamentares catarinenses. Tudo bem. Eles sabem como isso funciona. Essas emendas são ajustadas em contatos não lá no Congresso, mas nas conversas em separadas justamente aqui com os parlamentares (telefones, e.mails, whats app...). Os dois vereadores foram na verdade, entregar papelinhos, tirar fotos e fazer onda. Nem mais, nem menos.
ESCONDIDOS III
Sério mesmo, seria antes de viajar, dizer à população que iam e o que pretendiam fazer lá. A atividade pública, é pública. Não fizeram. Depois de pegos no contrapé, rapidamente, saíram com as justificativas na tentativa de desmoralizar a imprensa que mostrou aos eleitores, que lhes pagam, a ausência. Sério e correto mesmo, seria ter ido num final de semana aqui em Santa Catarina ao encontro dos deputados Esperidião Amim Helou Filho, Jorge Boeira e Mauro Mariani e com eles negociado, entregue os documentos e aberto pontes mais sólidas, economizando dinheiro público. Está saindo Pedro Celso Zuchi. Ele afundou o caminho à Brasília com viagens e diárias em busca de recursos que nunca chegaram, inclusive os que os vereadores dizem ter pedido novamente. Por outro lado, os vereadores estão chegando como novos caminhantes do poder. E nada mudou. Estão com as mesmas desculpas velhas e esfarrapadas para os analfabetos, ignorantes e desinformados. Acorda, Gaspar!
GEDDEL
Sinceramente. Esse caso de advocacia administrativa do ex-ministro baiano Geddel Vieira Lima, PMDB, não é algo bem familiar por aqui? Quantos loteamentos, lotes, construções se fizeram pelo mesmo modus operandi, inclusive àquelas casas ovos? Vira e mexe, não se descobre que coisas estranhas são oficializadas e depois um dos envolvidos é dono daquilo que se quer ou se deu legalidade? Quantos secretários ou prefeitos caíram? Nenhum! Geddel caiu por causa da imprensa livre. Até o presidente Michel Temer achava algo menor e bobo. Três dias depois mudou de ideia. No domingo, sentiu que as ruas se mexiam para o próximo final de semana e resolveu não aposta e bancar como fez o PT. O verdadeiro dono do político é o povo. Ponto final. Quando todos entenderem isso, vamos avançar na consciência cidadã.
A SAÚDE PÚBLICA É UM CASO DE POLÍCIA I
Fala-se tanto em desvio de recursos públicos e corrupção em obras e empreiteiras. É um caso clássico, antigo. Mas, prestem atenção nesta pequena nota de Ernesto Neves, da revista Veja. “Municípios resistem ao prontuário eletrônico”. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, PP, tem reclamado da resistência ao prontuário eletrônico. “Até dezembro, os municípios deverão inserir as fichas médicas de pacientes do SUS no cadastro digital do Governo Federal”. Um dos motivos foi apontado por Barros durante o Congresso Nacional de Hospitais Privados, em São Paulo: é a cultura de furar fila. Com o novo cadastro, o governo diz que será mais difícil burlar a ordem em marcações de consultas.
A SAÚDE PÚBLICA É UM CASO DE POLÍCIA II
O que o ministro, que é político, sabe, o furar a fila é o menor dos males neste assunto que beira a crime contra a humanidade. Candidatos, vereadores e deputados fazem da doença, da dor, do sofrimento alheio, um modo, uma forma de comprar votos. Arrumam vagas e atendimentos para seus doentes que se comprometem com votos e fidelidade em detrimento de outros que são esquecidos, perdem direitos, ou até morrem devido a este tipo de esquema. Em Gaspar temos gente especializada nesse assunto que até foi candidato a prefeito com essa plataforma. A verdade é que a saúde pública é um ralo de recursos públicos; é um antro de sacanagens com o dinheiro dos nossos pesados impostos, somada a má gestão de gente indicada por políticos como paga ou colocada lá de propósito para a operação dos negócios que se sabem serem contra a ética e a lei.
A SAÚDE PÚBLICA É UM CASO DE POLÍCIA III
Remédios comprados que nunca chegam, mas são contabilizados como tal, ou foram superfaturados; prescrição de procedimentos e produtos desnecessários; em gente que nunca esteve doente, que nunca esteve no posto de saúde ou hospital, ou até que já morreu faz tempo aparece como atendida. Conluio de laboratórios, fabricantes, representantes, distribuidoras, políticos, gestores, médicos, advogados, Ministério Público e até a Justiça. Em Gaspar, por exemplo, uma intervenção no Hospital permite que se faça compras até R$10 milhões sem licitação. Afinal é uma emergência e vidas estão em jogo, principalmente as dos não doentes. Um arraso! E pelo jeito, o governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, não vai mudar esse quadro de dúvidas. Tanto que já concordou com o PT em prorrogar a intervenção no Hospital de Gaspar! Quando não era poder, combatia esse descalabro. Mudou? Por que?
O que será feito dos comissionados do PT de Gaspar? Muitos deles nem trabalhar sabe a não ser estarem grudados no aparelho e suas benesses. Pior.
O PT perdeu massivamente as prefeituras e os cargos para empregar a sua gente inclusive no governo Federal? Como camaleão e disfarçadamente vão fingir que mudaram de lado, para esperar a hora do golpe?
O PT estará majoritariamente restrito aos servidores, sindicalistas e professores públicos, com estabilidade e sem contrapartida para trabalhar, produzir, resultados e produtividade.
Em Gaspar, o PT fez inúmeras armadilhas, aparelhou todas as instituições e aposta no fracasso do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, como aconteceu com Adilson Luiz Schmitt. A chance, por enquanto, é muito grande.
Essa chance vai ser ajudada pelos erros de Michel Temer, o PMDB gigolô que não governa nada, mas chantageia para estar e usufruir o poder há 21 anos, e a crise econômica sem precedentes construída pela ladroeira e incompetência do próprio PT.
Quer mais um exemplo de que o PT e PMDB parecem iguais em Gaspar? Quer mais um exemplo? O decreto 7244 de 17/11/2016, ou seja, 45 dias antes de terminar o governo de Pedro Celso Zuchi, PT, define as férias dos servidores municipais e avança sobre o governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB.
Nada disso foi feito sem a concordância de ambos. As férias coletivas dos servidores começam no dia 21 de dezembro e vão até o dia 13 janeiro, mas retornando às atividades só no dia 16. Kleber toma posse no dia 1º de janeiro, às 18 horas na Sociedade Alvorada.
Parece que vai entrar de férias, pois todos na prefeitura estarão de férias. Os nomeados sem estrutura para reconhecer o terreno que estão pisando. Quando o pessoal voltar de férias no dia 16, vão tatear e tudo se arrastará por mais um mês até o domínio mínimo da máquina.
Quando o PMDB descobrir as bombas armadas não terá direito a relação, pois ele próprio não foi atrás do prejuízo. Parece que está até arrependido de ter ganho ou não está disposto a trabalhar e mudar. Acorda, Gaspar!
Perguntar não ofende. A Polícia Federal descobriu que o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, tinha um telefone em nome de uma laranja para comandar as falcatruas.
Nelma de Sá Saraca era a identidade por trás daquele número telefônico. Fala sério. A Polícia Federal descobriu só agora o que é uma prática antiga entre políticos e gente que lida com os ilícitos? Quantas Nelmas temos por aqui?
Outra da evidência do crime organizado com associação e conotações políticas e ideológicas. É assustador. Grupos de Direitos Humanos eram sustentados por bandidos do Primeiro Comando da Capital, para forjar denúncias e provas contra as polícias, Ministério Público e Justiça com o objetivo de desmoralizá-las e privilegiar os bandidos nos processos.
Na trama, quase advogados (ou bandidos) já foram identificados – e mais de 30 já estão presos. E essa desqualificável e inaceitável desmoralização das instituições só acontece porque a principal representação social dos cidadãos livres, o parlamento, está podre e é um péssimo exemplo.
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