Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

29/03/2016

NÃO VAI TER GOLPE I
Não vou repetir a coluna de sexta-feira passada sob o título acima. Ela detalhou, diante da ausência da parte da imprensa que o PT usa para espalhar factoides e mentiras por aqui, a coça histórica. Mais: mostrou a queda da máscara do governo do PT perante a comunidade do Belchior. Na surdina e entre poucos, o PT e a administração de Pedro Celso Zuchi, tentou mudar o nome, a história, a memória e principalmente o sentimento de identificação da bicentenária localidade gasparense. Ao que vou me ater hoje? Naquilo em que fui limitado pelo espaço físico da edição impressa do Jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo em circulação e de maior credibilidade por aqui.

NÃO VAI TER GOLPE II
O PT daqui não difere em nada do nacional. É uma franquia nos métodos e resultados. Falseia para obter vantagens e poder. Os seus discursos são sempre os mesmos e feitos para analfabetos, ignorantes, desinformados, gente dependente e os fanáticos da seita. Perigoso mesmo é como alguns jovens se apaixonam pela causa, diante de provas físicas irrefutáveis que possuem em suas próprias mãos e as falseiam sem qualquer pudor à plateia incauta que teme compará-los. E um exemplo estava no Belchior diante de mais 200 testemunhas (teve gente que contou mais de 400). E como era um cara de pau, mandado para receber o tapa por seus chefes, não teve a menor cerimônia de mentir, insistir e desafiar.

NÃO VAI TER GOLPE III
Fernando de Borba Castro trabalha como assessor administrativo na Procuradoria-Geral do Município. Um lugar de leis, de defesa jurídica do município, não do partido. Era um desconhecido e um peixe fora da água lá no Belchior. Até no comportamento. Queria falar com a comunidade sentado no trono. A plateia, feita de gente simples, exigiu que ele se identificasse e ficasse de pé, para falar “como homem”, como alguém sublinhou da plateia. Fernando sentiu o bafo, a seriedade. Desculpou-se, dizendo que não estava acostumado a enfrentar tais situações. Ou seja, o PT confirmou por seu porta voz que mandou para lá alguém que não tinha autoridade para se estabelecer no convencimento, até porque isso seria uma missão impossível.

NÃO VAI TER GOLPE IV
Fernando tentou sustentar a baboseira e a ladainha de que não havia a troca de nome da localidade. Os nomes dos bairros permaneceriam os mesmos: Belchior Baixo, Belchior Central, Belchior Alto e Arraial do Ouro. Então era só o que faltava mesmo. O “nome novo” só para o principal, o que englobava todos, o futuro Distrito, desejado por quase todos há décadas. Pois aí que a coisa pegava e era o motivo da reunião: o nome do Distrito. Ninguém consultou a comunidade, a atingida, a interessada. Ela ficou de fora de tudo. O “democrático” PT decidiu entre poucos e seus, unicamente. Mais: queria fazer tudo na surdina e como disse – e não foi rebatido - o vereador Jaime Kirchner, PMDB, que não pode ser considerado um opositor de Zuchi e do PT: de forma cínica. Fernando, o pau mandado, refutou a acusação de que o PT não foi transparente e não consultou a comunidade, argumentando que o PT e a administração de Pedro Celso Zuchi no mandato e governo já realizaram mais de 30 audiências públicas e o tal Orçamento Participativo é uma prova inequívoca desta participação popular e comunitária. “Não temos medo e estamos acostumados a debater com a comunidade”, engrossou a voz para que todos tremessem.

NÃO VAI TER GOLPE V
Discurso para boi dormir. Não vou me alongar exatamente porque este comentário não tem este objetivo, mas cito duas audiências em que o Executivo mandou às favas as decisões ou indicações da comunidade: uma é da reconstrução da Escola Angélica Costa, depois de cinco anos enrolada. Ela saiu do Sertão Verde para o loteamento das Casinhas de Plástico contra a maioria da comunidade do Sertão. A outra é que trata das alças de acesso do povo da Margem Esquerda à Ponte do Vale. O prefeito diz que não vai mudar o projeto por causa de meia dúzia, acha o pleito um pedido político e além disso, está sem verbas para fazer o principal: a ponte. Já quanto ao Orçamento Participativo, ele está tão desgastado e desacreditado que não consegue nem reunir a claque de companheiros – que percorre os bairros como se fosse uma procissão - para dar quórum. Das reuniões há relatos de inúmeros casos onde as obras sugeridas já vêm goela abaixo. Cito aquela pista de caminhada ali na Coloninha. Há uma longa lista de exemplos, relatada pelas comunidades. Ou seja. Faz audiência, faz propaganda, mas a administração manobra para fazer o que ela quer e até decide.

NÃO VAI TER GOLPE VI
Então. Se é mesmo verdade que o PT e a administração de Pedro Celso Zuchi não têm medo de Audiência Pública e de esclarecer a comunidade, como o papagaio Fernando discursou, qual a razão para o próprio Zuchi, a sua vice, o presidente do PT, Rampelotti e outros terem corrido desta discussão? Se é mesmo verdade que o PT e a administração de Zuchi não têm medo de dialogar com a comunidade, por que ele e o PT não debateram antes este assunto de forma aberta e transparente com o povo do Belchior? O PT e Zuchi sabiam o que estavam fazendo e impondo, como fazem sempre. O que o PT e Zuchi provaram para a plateia do Belchior que estavam blefando, mentindo e dissimulando. Nada mais.

NÃO VAI TER GOLPE VII
Fernando revelou-se uma estrela raivosa decadente do petismo (e jovem) pelos velhos vícios que usou. Ele não admite ser contrariado. Para isso, lança-se à mentira sem qualquer pudor. Tudo para defender o que acredita ser o melhor para os outros, e neste caso para os belchiorenses. Fernando, um eleitor declarado de Dilma Vana Rousseff, na faculdade fez campanha aberta, como apontam as redes sociais que tanto condenou no caso do Belchior porque, segundo ele, neste caso, “transmitiram inverdades, desinformaram e incitaram a população” (contra a administração petista de Pedro Celso Zuchi, é claro). Fernando fez isso olhando e apontando para Paulo Filippus, um líder do Movimento Brasil Livre. Fez isso achando que o contraditório de Filippus e que ajudou a esclarecer este jogo que beirava a sacanagem, era um ato com cheiro de crime. Sem argumentos, desarticulado e já fora do controle da situação, Fernando tentou contestar a afirmação de Filippus nas redes sociais de que a família não tinha dado a autorização para o uso do nome do ex-prefeito Tarcísio Deschamps ser nome do Distrito do Belchior. Mais. Que Zuchi e o PT voltaram atrás exatamente porque assim a família exigiu naquela quarta-feira.

NÃO VAI TER GOLPE VIII
Para chamar e acusar Paulo Filippus, um belchiorense, de mentiroso e incitador, exibiu um papel (veja abaixo e conclua você mesmo). Afirmava que estava na sua mão a prova de que a família de Tarcísio Deschamps dera a autorização para a homenagem da discórdia e que se discutia. Tal afirmação feita por Fernando confrontava frontalmente a afirmação e gravação telefônica obtida por Filippus. Então, a partir daí ficava claro que um dos dois falseava. Pressionado durante a audiência a apresentar a prova, Fernando a liberou. Na verdade, tratava-se da autorização da família para colocar o nome do ex-prefeito Tarcísio Deschamps, no prédio da superintendência do Belchior, fato que está sacramentado até hoje, e nunca houve contestação para tal dos belchiorenses. Ou seja, Fernando mentiu e dissimulou aos belchiorenses. Fez isso publicamente, sem medo de ser feliz. Tudo para salvar a pele do PT e da administração de Zuchi. Ou seja, todos do PT e da administração Zuchi armaram um golpe contra a história, a memória e o sentimento dos belchiorenes, mais uma vez com armas do obscuro e da imposição. Acorda, Gaspar. O Belchior ensinou e já acordou.


PODERIA TER SIDO PIOR I
Fontes ligadas ao PT e à prefeitura de Gaspar informam que o nome do ex-vice-prefeito Dário Deschamps, irmão do ex-prefeito Tarcísio, chegou a ser ventilado para dar nome ao Distrito do Belchior. Foi descartado pelo suposto “barulho” que iria dar. Acharam que o de Tarcísio não sofreria resistência. Erraram.

PODERIA TER SIDO PIOR II
Se o nome de Tarcísio passasse para ser o nome do Distrito, o nome dele sairia do prédio da Superintendência onde está e não sofre qualquer oposição. E aí sim, entraria o de Dário para o prédio substituindo ao irmão Tarcísio, por canetada e menor trauma. A homenagem estaria completa. Em tempo: Tarcísio e Dario, na política, eram como a água e o vinho. Os dois pensavam e agiam de forma bem diferente um do outro. Inconciliáveis neste tema. Tarcísio era um conservador e egresso da Arena. Dário, um progressista e alinhado com o que é hoje o PT.

PT E ZUCHI EMBRULHAM CÂMARA E SERVIDORES I
O PT e o prefeito Pedro Celso Zuchi dizem que a prefeitura de Gaspar não está quebrada. Há sérias dúvidas. Mas, ao mesmo tempo em que negam, não conseguem sequer dar o reajuste da inflação criada pela desastrosa administração da petista Dilma Vana Rousseff aos servidores. Zuchi e o PT pediram o parcelamento desta reposição (não confundir com aumento): 5% agora e 6,31% em setembro, com a pegadinha, se houver aumento de arrecadação, exatamente em tempos de crise, ou seja, algo muito improvável.

PT E ZUCHI EMBRULHAM CÂMARA E SERVIDORES II
Se os servidores, via sindicato, não aceitassem essas condições, bateu o pé, o presidente do PT e líder de Zuchi na Câmara, José Amarildo Rampelotti, não ganhariam nada na folha que está sendo rodada e vai a depósito nesta semana. Ameaçou: ia esperar a interminável discussão sobre o assunto na Justiça. Nem a contraproposta do Sintraspug de 8% e 3,31% em setembro, sem qualquer restrição sobre a arrecadação se aceitou discutir. Era pegar ou largar. Jogo. Brutal. Em todos os anos dos oito do governo de Pedro Celso Zuchi foi assim. Ou aceitava a proposta da prefeitura, ou ficava sem nada. No ano passado, até, depois do acerto houve aquela confusão toda. E no ano que vem se o PT tiver fora do governo, ele será o primeiro a pedir a reposição que negou e não deu durante os seus governos.

PT E ZUCHI EMBRULHAM A CÂMARA E SERVIDORES III
Para os servidores da prefeitura, o PT de Zuchi e Amarildo não tinha qualquer medida possível de ser negociada e dar os 11,31% de uma só vez. Quando chegou a vez dos servidores da Câmara (e vejam só, dos próprios vereadores), o que aconteceu? O PT de José Amarildo Rampelotti zombou de todos. Ele manobrou e o que era para ficar igual ao dos servidores municipais veio tudo de uma só vez para o que trabalham na Câmara e para os vereadores. Os únicos que não concordaram com a manobra e discriminação do PT foram os vereadores Luiz Carlos Spengler Filho, PP, o suplente Charles Roberto Petry, DEM, (está no lugar da titular Ivete Mafra Hammes, PMDB) e Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. Todos os três são servidores municipais. O primeiro agente de trânsito e os demais professores.

PT E ZUCHI EMBRULHAM A CÂMARA E SERVIDORES IV
Um vereador ganha hoje R$ 4.740,85. Com mais 11,31%, manobrados pelo PT e aprovados pela maioria, isto pulará em março para R$ 5.277,04. Se fosse pelas regras que o prefeito e o PT de Rampelotti criaram e impuseram para os servidores da prefeitura, seriam agora R$ 4.977,89 e o restante só em setembro, se houvesse caixa (no caso da Câmara o Orçamento pelo Duodécimo é separado do Executivo). Em setembro o atual presidente do Sintraspug, Jovino Masson, não estará mais no cargo. Lava as mãos. Então.... Sobrará para a eleita Lucimara Silva. Ela meio que nasceu da oposição a Masson. O PT quer triturá-la não como presidente do sindicato. Fará de tudo para se vingar do marido dela, o agente Pedro Silva, um questionador das mazelas que existem na Ditran, onde trabalha. Ele, com suas denúncias, provadas, desnudou os desvios de finalidade de multas e uso indevido de equipamentos na Ditran. Será tempo de campanha eleitoral.

PT E ZUCHI EMBRULHAM A CÂMARA E SERVIDORES V
O PT poderá estar exposto em setembro. Todavia, o partido quer usar no discurso como já faz agora, que apenas está na lei aprovada pelos vereadores. Mais: a pedido do Sintraspug. Vai dizer ao distintos servidores de que não conseguiu estabilizar ou aumentar a arrecadação municipal. Então de que esta cumprindo a lei, e principalmente a da Responsabilidade Fiscal. Todavia, no fundo, o PT de Rampelotti e o prefeito Zuchi sabem que sacrificam os servidores efetivos pela montanha que gasta com os comissionados, mais do que nunca, necessários e fervorosos cabos eleitorais, todos eles sacramentados na tal Reforma Administrativa aprovada com o apoio decisivo de Giovano Borges, hoje PSB, e Marcelo de Souza Brick, PSD, aprovada na polêmica penúltima sessão do ano passado, sob a condução de José Hilário Melato, PP. Falta de aviso não foi.

PT E ZUCHI EMBRULHAM A CÂMARA E SERVIDORES VI
Uma pergunta que não quer calar: quem vai fiscalizar contra as manobras documentais e financeiras da equipe do PT e do prefeito Pedro Celso Zuchi na prefeitura até setembro, quando vencer a segunda parte do reajuste que se combinou agora? O PT e Zuchi, ao mesmo tempo que negarão a falência da prefeitura vão provar que não terão recursos para dar a segunda parte do reajuste. É certo. Mas contraditório. A conjuntura econômica leva a isso. Uma boa parte dessa fiscalização pode ser feita na própria Câmara pelos Vereadores. Isso se dá nas suplementações orçamentárias que abundam por lá. Elas passam a rodo durante o ano. É só impedir a mudança de rubricas e resistir ao jogo de ameaças. Em Blumenau, governada pelo PSDB, o PT instrumentaliza o sindicato de lá. E casos parecidos não passam. Não há folga. Já aqui... Essas são duas faces de uma mesma moeda. E se outro partido ganhar as eleições este ano em Gaspar, a primeira coisa que o PT fará será a cabeça do Sitranspug. E para quê? Para buscar o atrasado que ele próprio negou para os servidores da prefeitura, mas concedeu aos vereadores e servidores da Câmara, neste e nos anos anteriores. Querem apostar? Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Hoje a história do Brasil pode mudar e será tudo incerto. O gigolô do PMDB vai decidir se desembarca do governo do PT e de Dilma Vana Roussef, depois de sugar o Brasil e os brasileiros.

O PMDB foi governo por duas vezes, sem ter um único voto. A primeira com José Sarney, na votação indireta de Trancredo Neves. Ele morreu antes de tomar posse. Foi um desastre aquele governo do PMDB e de Sarney egresso da Arena: inflação estratosférica. Eu tinha que ir às longas e duradouras filas à busca de carne e leite para casa e meus filhos recém-nascidos. Ah! Esqueceram? Por isso, é que caímos nesta armadilha 30 anos depois.

A segunda vez que o PMDB teve um presidente da República sem votos foi com o Itamar Franco – que tinha saído e voltou ao partido. Com ele, um esquisito, que fugiu aos padrões dos políticos brasileiros, o Brasil virou e venceu. Controlou a inflação, saneou o sistema bancário que poderia dar um calote (como Fernando Collor de Melo, PRB, o impichado, nos deu, inclusive a mim e alguns de vocês), criou as bases para mais tarde se ter a Lei de Responsabilidade Fiscal – pela qual Dilma Vana Rousseff poderá ser responsabilizada e impichada - e as privatizações que nos levaram a um estado mais perto do mundo competitivo. Tudo o que Itamar fez criou condições para o governo do PSDB do seu ex-ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, foi contestado pelo PT. Hoje sabemos a razão disso.

Se Michel Temer, como vice, e presidente do PMDB assumir, será a terceira chance do partido ser poder e presidente da República, sem nenhum voto. Uma vez que trabalhou contra os brasileiros. Numa outra, trabalhou a favor do Brasil quando se tornou sócio do PSDB e permitiu que o sociólogo, e senador por São Paulo, Fernando Henrique Cardoso fosse o ministro da Fazenda, e ele, se entregasse a jovens economistas para o óbvio. O PT até hoje odiou tudo isso que deu minimente certo.

O jogo está empatado. Então caberá ao PMDB de Temer – se não for cassado pela compra de votos para Dilma -, mais uma vez, sem votos, decidir contra ou a favor de todos nós. Em Gaspar, até agora, ele tem decidido contra Gaspar.

Na Câmara de Gaspar é possível antecipar a metade gratificação anual no primeiro semestre. No dia dois de fevereiro o primeiro a pedi-la foi Marcelo Peterson Pereira. Depois deles vieram Roni Jean Muller, Taynara N. Schneider de Araújo, Jorge Luiz de Matos Oliveira e agora Pedro Paulo Schramm.

Ontem à tarde a Câmara de Gaspar fez uma licitação para comprar seis mil litros de combustível.

Perguntar não ofende. A ausência dos vereadores do PT no Belchior (Hamilton Graff estava lá) já era esperada. Mas o que dizer de José Hilário Melato, PP, relator deste assunto na Câmara, de Giovano Borges, PSB, presidente da Câmara, e de Marcelo de Souza Brick, PSD, que se diz pré-candidato a prefeito?

 

Edição 1743

Comentários

suely
31/03/2016 21:18
engraçado q as manifestacoes do PT sao semore dia de semana....

Q vontade de trabalhar....kkk?k
Erva Daninha
31/03/2016 20:40
Olá, Herculano;

Apelo do O Antagonista:

"Fotógrafos e cinegrafistas, fechem bem as imagens, para parecer que as marchas dos mortadelas foram um sucesso monumental.

Do contrário, é 'golpe'."

E dále mortadela pus vendido.
Não é assim que falaria o bandido LuLLadrão?
Herculano
31/03/2016 18:31
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA

A coluna Olhando a Maré, para a edição desta sexta-feira impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, de maior circulação e maior credibilidade, já está pronta.

1. O povo do Belchior mostrou que é mais forte do que o PT. O Distrito levará o nome original.

2. E a maioria dos vereadores de Gaspar? Na hora de reajustar o que a inflação começou, pensaram neles e deixaram os servidores da prefeitura chupando na mão como o PT de Pedro Celso Zuchi recomendou.
Mariazinha Beata
31/03/2016 17:40
Seu Herculano;

Também assisti as verdades dita pela Advogada Janaina Pascoal (Sidnei Luis Reinert às 13 horas).
E também quero cumprimenta-la;

Dr. Janaina, aplausos pela coragem no enfrentamento da impunidade e sordidez.
Bye, bye!
Digite 13, delete
31/03/2016 17:33
Oi, Herculano;

Olhando A Maré também é utilidade pública:

Se você depende da água do SAMAE diretamente do registro para sua casa, ela inicia às 09:00 hs e às 17:30 hs é desligado o bombeamento.

Se você possui em sua residência caixa d'água, ótimo! Você não notará a falta dela.

Mas se, suas condições financeiras não permitem a compra de uma caixa e você for aqueles "pobrinhos do LuLLa", Bem feito!
Quem mandou votar neLLes.
Ana Amélia que não é Lemos
31/03/2016 17:15
Sr. Herculano:

No meu comentário das 13:30 hs. é do ex-presidente General João Figueiredo.
Desculpa o meu lulismo.
Sidnei Luis Reinert
31/03/2016 13:35
Perdoado, mas não arrependido e disposto a roubar muito mais!


Perdoado pelo STF, Roberto Jefferson reassume o comando do PTB

Depois de conseguir o perdão da pena do mensalão no Supremo, Roberto Jefferson está de volta à política. Ele decidiu reassumir a presidência do PTB, ocupada desde 2014 por sua filha, Cristiane Brasil, informa Thiago Prado.
Jefferson, que em 1992 era o líder da tropa de choque de Fernando Collor, decidiu que precisava acompanhar de perto o processo de impeachment de Dilma Rousseff ?" especialmente como votarão todos os deputados do seu partido.

http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/impeachment/perdoado-pelo-stf-roberto-jefferson-reassume-o-comando-do-ptb/
Ana Amélia que não é Lemos
31/03/2016 13:30
Sr. Herculano:

"Vocês querem então eu vou reconhecer esse sindicato (PT). Mas não esqueçam que esse partido chegará ao poder. Lá estando, tudo fará para instituir o comunismo. Nesse dia vocês vão querer tirá-lo de lá. E para tirá-lo de lá será a custa de muito sangue. Sangue brasileiro".

Concordo com a extinção do partido e cadeia aos bandidos.
Paty Farias
31/03/2016 13:24
Oi, Herculano;

Às 21:15Hs.
Pizolatti - do Partido Podre - recebeu grana suja para sua campanha. Logo, seu afilhado político também se beneficiou. E não adianta ele tergiversar sobre este assunto.
Sidnei Luis Reinert
31/03/2016 13:00
Não vai ter golpe!!! Vai ter IMPEACHMENT!!!!
Petralhas enlouquecem com as verdades ditas pela Advogada Janaína Paschoal na Comissão do Impeachment.
Parabéns, Janaína Paschoal

https://www.facebook.com/MobilizacaoPatriota/videos/vb.466816306698872/982898295090668/?type=2&theater
Herculano
31/03/2016 12:46
QUEM MAIS FILIOU E QUEM MAIS PERDEU FILADOS EM GASPAR?

A partir deste final de semana, os gasparenses conhecerão a dança das cadeiras dos políticos, líderes e simpatizantes pelos novos partidos.

Isto será o sinalizador para a próxima eleição em outubro, já contaminada pelo cenário nacional.

As listas de conquistas de cada partido ainda não apareceram oficialmente, pois ela fazem parte de de um jogo de esconde-esconde por enquanto. Entretanto, as informações vazadas dão conta que o PSD foi o que mais perdeu.

Primeiro, o PSD se dividiu com Giovânio Borges. Ele, na última hora e para ficar livre para se aproximar mais explicitamente do PT, alugou o PSB e que estava nas mãos de Tereza da Trindade, agora discreta cabo do PR, depois dela ter passado pelo PT, PP e PSD.

Segundo. Isto também é uma consequência diante da ambiguidade e falta de articulação do PSD e do seu presidente, Marcelo de Souza Brick que não definiu o seu futuro político. Por isso, alguns filiados foram parar no PMDB, PSDB e DEM. Acorda, Gaspar!
Herculano
31/03/2016 11:06
QUANDO UM JOVEM DE 20 ANOS DÁ AULA DE DIREITO A UM MINISTRO DO SUPREMO DE 69, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Parte 1

Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre, desmonta, com argumento técnico, a fala politiqueira de Marco Aurélio Mello sobre o impeachment

No dia 13 de novembro do ano passado, o ministro Marco Aurélio Mello conferiu uma palestra no Insper sobre liberdade de expressão. Embora se soubesse, então, das entranhas do governo Dilma muito menos do que se sabe agora, afirmou o seguinte:

"Precisamos reconhecer, com desassombro, que hoje não há governo no Brasil. Não se conseguem tocar medidas econômicas e financeiras indispensáveis à suplantação da crise mais séria, que é econômica e financeira. Precisamos deixar os interesses políticos paroquiais em segundo plano".

No dia 30 de março de 2016, nesta quarta-feira, o mesmo Marco Aurélio afirmou o que segue sobre a possibilidade de Dilma recorrer ao Supremo contra um possível impeachment:

"Pode (recorrer). O Judiciário é a última trincheira da cidadania. E pode ter um questionamento para demonstrar que não há fato jurídico, muito embora haja fato político, suficiente ao impedimento. E não interessa, de início, ao Brasil apear esse ou aquele chefe do Executivo nacional ou estadual. Porque, a meu ver, isso gera até mesmo muita insegurança. O ideal seria o entendimento entre os dois Poderes, como preconizado pela Constituição Federal para combater-se a crise que afeta o trabalhador, a mesa do trabalhador, que é a crise econômico-financeira. Por que não se sentam à mesa para discutir as medidas indispensáveis nesse momento? Por que insistem em inviabilizar a governança pátria? Nós não sabemos".

O seu pior
Marco Aurélio produziu o seu pior. Quando um ministro veterano do Supremo recebe uma lição de um rapaz de 20 anos, primeiro-anista de Direito, isso nos diz duas coisas: 1) o jovem, muito provavelmente, tem uma inteligência acima da média; 2) o senhor maduro, não muito distante de se aposentar, certamente precisa voltar ao livro texto.
Herculano
31/03/2016 11:05
QUANDO UM JOVEM DE 20 ANOS DÁ AULA DE DIREITO A UM MINISTRO DO SUPREMO DE 69, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Parte 2

Refiro-me a Kim Kataguiri, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre. Ele concedeu nesta quarta uma entrevista a Heródoto Barbeiro, no Jornal da Record News.Convidado a comentar a fala de Marco Aurélio, ensinou o aluno àquele que deveria ser seu professor:

"Foi uma declaração muito mais política do que técnica, do que jurídica. A questão do impeachment vai muito além de você resolver a crise política ou a crise econômica. Também se trata de punir um presidente da República que cometeu crime de responsabilidade. Ele diz: 'Bem, por que vocês não se sentam e fazem um acordão?'. Ele está defendendo a velha política. Não é isso o que a gente quer para o nosso país. Se a gente deixa um presidente da República cometer um crime de responsabilidade e cria esse precedente para que outros presidentes continuem a cometer esse crime, a gente enfraquece as instituições, a gente enfraquece a democracia. O que ele está defendendo ali, basicamente, é que, como a Dilma não tem voto no Congresso, ela parta para o tapetão; ela apele para a judicialização de uma questão que já tem embasamento jurídico e, ao mesmo tempo, tem o apoio do Congresso Nacional e tem legitimidade popular. Eu vejo isso com muita preocupação. Um ministro do Supremo não deve ter o papel de defesa política de um governo?".

Heródoto interrompe: "Outros ministros fazem a mesma coisa. Gilmar Mendes vive falando de política?"

Kim: "Ah, sim, falar de política é essencial. Não é essa a questão, não é esse o mérito. A questão é defender um partido político, sendo um ministro do Supremo Tribunal Federal, cuja função essencial é proteger a Constituição. Se a gente quer proteger a Constituição, a gente tem de punir presidentes que cometam crime de responsabilidade".

Retomo
Submetam as duas falas a qualquer jurista isento para saber qual é técnica, ancorada no estado de direito, e qual é meramente politiqueira.

De resto, se Dilma for impichada e recorrer mesmo ao Supremo, espero que o doutor se declare impedido de votar por já tê-lo feito previamente, fora dos autos.

Não deixa de ser curiosa a fala do ministro. Mais de uma vez, ele já pontificou no Supremo que um juiz tem de se ater à Constituição e ponto. Independentemente do alarido.

Ele que espere a questão chegar ao tribunal e, se achar que não houve crime de responsabilidade, que invada mais uma vez a competência do Congresso, como passou a fazer amiúde de uns tempos pra cá.

Não é uma fala digna do ministro que aprendi a respeitar. E não porque ele certamente pensa o contrário do que penso sobre o impeachment. Mas porque é tecnicamente canhestra.
Herculano
31/03/2016 09:35
TEM QUE PASSAR A LAVA-JATO, por Carlos Alberto Sardenberg para o jornal O Globo

Parte 1

Os canais políticos tradicionais estão entupidos, não se comunicam com o pessoal das manifestações

Tem uma conversa esquisita rolando em meios empresariais e políticos. Envolve figuras conhecidas do mundo econômico ?" alguns diretamente apanhados na Lava-Jato, outros com medo e outros assustados com a paralisia do negócios. Conversam com lideranças políticas tradicionais.

O que querem?

Não sabem exatamente. Quer dizer, muitos sabem perfeitamente: dar um jeito de brecar ou pelo menos diminuir a velocidade e o alcance da Lava- Jato. O que não sabem é como articular isso parecendo que estão querendo outra coisa.

Assim, fala-se em um grande acordo nacional, um governo de união para superar a crise. Até algum tempo atrás, meses, muitos empresários e políticos achavam que tudo poderia começar com uma boa conversa entre FHC e Lula. Diziam que a crise era uma ameaça para "todo mundo", de modo que era melhor que "todos" se entendessem antes.

Não podia dar certo. Não é "todo mundo" que está sob ameaça. Lula, Dilma, o PT e associados estão. Muitos grandes empresários também.

Mas FHC - e tudo o que representa, de autoridade política e moral - está fora disso.

Queriam, portanto, que FHC entrasse como o avalista, o garantidor desse grande acordo. Claro, o tucano não caiu nessa jogada.

Mas ainda há poucas semanas, a presidente Dilma achou que tinha uma chance. Mandou recados a FHC sugerindo uma conversa, ainda que reservada. O tucano declinou. A marcha do impeachment acelerava.

Convém lembrar que FHC foi contra quando saíram os primeiros movimentos pró-impeachment, lá no início do ano passado. Achava que seria um processo difícil e doloroso, de modo que lhe parecia mais apropriado que a história seguisse seu curso, e o governo petista fosse afastado nas eleições de 2018. Muita gente na oposição formal pensava assim.

Duas coisas mudaram o quadro: o aprofundamento da recessão e o avanço da Lava-Jato. A recessão liquidou com a popularidade do governo - 69% de ruim e péssimo, sendo espantosos 54% de péssimo contra ridículos 2% de ótimo, segundo o último Ibope. A Lava-Jato acabou com Lula, Dilma, PT e associados.

Não é que a oposição decidiu-se pelo impeachment. O processo tornou-se um ser autônomo, empurrado pela maioria da sociedade representada nas grandes manifestações.

Aliás, aquela inviável tentativa de um acordo nacional deixava de fora o principal ator do momento, o pessoal das manifestações.
Herculano
31/03/2016 09:35
TEM QUE PASSAR A LAVA-JATO, por Carlos Alberto Sardenberg para o jornal O Globo

Parte 2

Na outra ponta, Lula radicalizava para voltar às suas origens, as bases sindicais e os movimentos sociais organizados.

E a Lava-Jato pegando um por um.

Nesse quadro, os senhores estão propondo mesmo qual acordo? ?" foi o que os diversos interlocutores ouviram de FHC. Ou ainda: "Já combinaram com os russos?" Russos? É, os de Curitiba.

Então ficamos assim: o governo Dilma está acabado. Lula corre o risco efetivo de ser preso. Certamente, será condenado no mínimo pelo que já se sabe ?" o recebimento de vantagens indevidas ?", no máximo pelo que a Lava-Jato já sabe e ainda não contou. Delações premiadas que estão por aparecer são demolidoras. A recessão avança, e tudo que o governo tenta fazer para escapar do impeachment, distribuindo dinheiro e empréstimos, só piora as coisas.

E os canais políticos tradicionais estão entupidos, não se comunicam com o pessoal das manifestações. Esse pessoal não é novo e não quer simplesmente o "Fora PT".

Há muito tempo, andando pelo país, tenho encontrado uma geração de brasileiros que não quer mamar nas tetas do Estado; acha que o governo não cabe no país; acha que a iniciativa privada é que cria riquezas; e por aí vai. Podem chamar de agenda liberal, neoliberal, conservadora, o que seja. Mas esse pessoal entendeu que a Lava-Jato não está apenas apanhando um bando de ladrões. Está revelando as entranhas de um arranjo político que funcionou durante anos beneficiando uma turma que não é o povo.

Encontra-se esse pessoal novo tanto no Matopiba ?" se não sabem o que é, estão por fora ?" quanto em uma reunião de microempreendedores em Manaus ou em Maringá. É animador.

Mas antes temos o andamento da crise. Não tem "acordo nacional" antes que o ambiente seja depurado, antes que passe a Lava-Jato. Um futuro governo Temer terá que passar pelo teste.

Tem jeito?

Sempre tem. Não é verdade que "todo mundo" está na roubalheira, que são todos aproveitadores.

Também não é verdade que a crise seja insolúvel. Lembram-se do governo Itamar Franco? Teve três ministros da Fazenda nos primeiros sete meses. Só começou a sair do buraco quando Fernando Henrique Cardoso foi nomeado ministro da Fazenda em maio de 1993, passando a agir como primeiro-ministro de fato. Naquele ano, a inflação foi de 2.477,15% (notaram a precisão das duas casas depois da vírgula?). Em 94, FHC implantou o Real, e o país mudou para muito melhor.

Hoje, dos seus 85 anos, FHC conversa, sugere caminhos. Mas não pode voltar à cena principal. Quem seria o novo?
Herculano
31/03/2016 09:31
TEM LEILÃO E XEPA ATÉ ABRIL, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

Vamos ter então uma quinzena de ofertas, até meados de abril, como era costume das antigas lojas de departamentos. O governo vai tentar adquirir apoios, por assim dizer, em leilões e xepas que devem durar até meados de abril, quando em tese se vota o impeachment na Câmara.

É verdade que cliente morto não paga. No entanto, se deputados e até partidos ainda negociam com o governo, é porque acreditam que vão receber. Em tese pode-se argumentar que Dilma teria meios de vencer a batalha da deposição na Câmara, sem perspectiva alguma, porém, de restabelecer alguma governança e rumo para a economia.

Por ora, trata-se de uma hipótese racional, apenas. No entanto, há zonas imensas de nebulosidade mesmo perto do rés do chão do inferno para onde desceu a nossa em geral já baixa política.

Por exemplo, ainda é misterioso o que estaria havendo com Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, que ontem e outra vez se fez de enigmático.

Calheiros ainda quer ir devagar com o andor, para que se preservem alguns santos de barro, não se sabe quais, como já se escreveu aqui na semana passada.

Note-se que, na semana passada, ainda restava alguma dúvida sobre o "rompimento" do PMDB com o governo. Ou melhor, na semana passada ainda havia dúvida sobre a cerimônia do adeus aos cargos desta terça-feira. Esse teatro ontem era outra vez farsa, pois meia dúzia de ministros do partido se agarrava desesperadamente às cadeiras.

Não era certo, porém, que os peemedebistas ficassem nos cargos, pois não se sabe quantos votos podem entregar na votação do impeachment. Um ministro de um PMDB lascado vale mais ou menos que o hipotético partido nanico PXPTO?

Enfim, a barafunda indica que estão cozinhando alguma coisa, não se sabe bem o quê, nem eles mesmos, no feirão político, parecem saber muito bem. O PMDB permanece o partido de todas as situações, seja ainda minoritariamente com Dilma Rousseff, seja com o vice quase presidente Michel Temer.

O que se sabe é que começou o leilão de deputados avulsos do PMDB. No caso do PP e do PR, trata-se ainda de negociações em lotes. Não houve o desembarque em massa e o golpe fatal contra Dilma Rousseff, esperados até anteontem.

Tanto PP como PR decidiram ontem que não vão decidir nada pelo menos até as vésperas da votação do impeachment na Câmara, a partir do dia 15 de abril.
Juntos PP e PR têm 89 votos (o PMDB tem 68, por exemplo). O PP ocupa o Ministério da Integração Nacional. O PR, o dos Transportes. O PP, convém recordar, é o partido mais enrolado com a Lava Jato em termos quantitativos (número de cabeças no bico do corvo).

Ainda que Dilma vença a batalha do impeachment de abril ou pelo menos adie a decapitação, a guerra continuará, talvez ainda mais suja. Na melhor das hipóteses alegre e loucamente otimistas, a presidente não teria meios de governar até pelo menos finda a eleição municipal, analisados seus resultados e inventado um discurso de "reconciliação": Carnaval do ano que vem.

A degradação do que resta da governança será imensa, em um ministério que é quase pura esculhambação ou coisa pior. Em vez de se estatelar em um fundo de poço no trimestre final do ano, a economia seria tragada por uma nova gorja do inferno.
Herculano
31/03/2016 08:10
A MÉDICA QUE DISPENSOU O FILHO DA PETISTA, por David Coimbra, para o jornal Zero Hora

Quando li a notícia sobre a médica que se recusou a atender uma criança porque a mãe dela era do PT, fiquei revoltado. ´E o Juramento de Hipócrates!´, pensei, olhando para o Leste, na direção de onde suponho que se esparramem as ilhas gregas. ´O que Esculápio, Hígia e Panaceia pensarão disso?´.

Pior: o presidente do Sindicato dos Médicos, Paulo de Argollo Mendes, disse que a médica estava certa em se negar a prestar atendimento. ´Por favor!´, ralhei, ainda pensando na ética da velha e sábia avó Grécia. ´Nem se Hitler estivesse precisando de atendimento, o médico poderia recusar!´.

Continuei com minhas exclamações, até que entrevistamos o presidente do Sindicato, ontem, no Timeline da Gaúcha.

Paulo de Argollo explicou que a médica não se negou a dar atendimento a uma emergência, nem veta petistas em geral, mas aquela em particular. O que ela fez foi solicitar aos pais da criança para que trocassem de pediatra, porque não aguentava mais a conversa deles durante as consultas.

Bem... Nesse ponto, comecei a entender a médica.

É que todo sectário é um porre, seja qual for o dogma. Eles estão sempre prontos para a briga, e gente sempre pronta para a briga é extremamente aborrecida.

Reparem no atual slogan dos petistas: ´Não vai ter golpe, vai ter luta´.

Luta?

Contra quem eles vão lutar? Será guerra civil, é isso? Vai haver distribuição de armas nos diretórios do PT? Ou será só o exército do Stédile que vai para a frente de batalha?

Luta, luta, eles estão sempre em luta. José Dirceu é o ´guerreiro do povo brasileiro´, André Vargas desafia o STF erguendo o punho fechado, eles se acham Espártaco enfrentando as legiões de Crasso em defesa da liberdade dos escravos, Zapata liderando os camponeses contra a tirania de Porfírio Diaz, Marx aconselhando os proletários do mundo a se unirem. O sonho deles é travar a luta de classes. Combater o bom combate, como disse Paulo.

Que babaquice.

Sim, existem explorados e exploradores, negros e brancos, ricos e pobres, empresários e proletários, sim, mas o mundo não está dividido apenas entre explorados e exploradores, negros e brancos, ricos e pobres, empresários e proletários. O mundo é mais sofisticado, a sociedade é mais complexa e o Brasil, felizmente, é mais variado e complicado do que qualquer fórmula maniqueísta.

Antes era mais fácil: você era contra a ditadura ou a favor da ditadura. Ponto.

Agora é preciso pensar um pouco. Quem é contra o governo do PT não é necessariamente tucano, nem simpático a Bolsonaro, nem entusiasta do futuro governo Temer. Quem considera o Bolsa Família um bom programa não é necessariamente petista. Quem é contra o aparelhamento do Estado pelo governo não é necessariamente a favor do Estado mínimo. E quem é petista não é necessariamente um chato. Mas, neste momento de ânimos espinhados, há de se reconhecer que os petistas transformaram-se em pessoas especialmente chatas.

Se você se afasta de uma pessoa de quem não gosta, você está sendo saudável; se você se aproxima, procurando o confronto, você está com problemas sérios.

Uma médica não querer atender um paciente por ele ser de determinado partido ou ter determinada opinião é totalmente reprovável. Uma médica não querer atender um paciente que a incomoda é totalmente compreensível. Importunos de todo o mundo: vade retro.
Herculano
31/03/2016 06:59
SOB TEMER, PT VAI ÀS RUAS; PSDB REFUGA CARGOS, por
Josias de Souza

A convite do UOL, os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) debateram na noite desta terça-feira (30) a conjuntura política eletrificada pelas investigações da Lava Jato e pela tramitação do pedido de impeachment de Dilma Rousseff.

Lindbergh tachou de "ilegal e ilegítimo" um eventual governo de Michel Temer. "Estaremos no primeiro dia nas ruas", anunciou. Líder do PSDB no Senado, Cássio disse que o tucanato espera "uma mudança radical" na forma de fazer política. Deseja de uma hipotética gestão Temer "propostas e programas", não cargos.

"Tem que convencer o [José] Serra, porque ele está doido para ser ministro", procovou Lindbergh. E Cássio: "O PSDB não controla a vida do senador Serra. Mas agirá como partido."

O senador petista referiu-se ao impeachment como "golpe". Declarou que "a chapa do golpe é Michel Temer-Eduardo Cunha", já que o presidente da Câmara "é o segundo na linha sucessória" da República.

O líder tucano defendeu a punição de Cunha. Mas enxergou "oportunismo" na retórica do colega. Recordou que o mesmo PMDB que o petismo agora chama de golpista "foi utilizado" pelos governos do PT. Realçou que Dilma foi eleita um par de vezes com Temer enganchado em sua chapa.

Para Lindbergh, o rompimento do PMDB com o governo ofereceu a Dilma a "chance de construir uma outra base parlamentar", com o propósito de "barrar o impeachment, que é uma fratura democrática." Disse isso sob críticas de Cássio, para quem "Dilma transformou o governo federal num balcão de negócios, uma vergonha, um escárnio público.''

Embora diga que o PT irá às ruas se Temer virar presidente da República, Lindbergh sustenta que a oposição deveria acabar com o ambiente de "Fla-Flu" caso o pedido de impeachment vá para o arquivo.

Cássio respondeu que, se Dilma sobreviver ao impeachment, o PSDB continuará acalentando a perspectiva de que a presidente seja cassada pela Justiça Eleitoral. Uma saída que levaria junto o vice Michel Temer.
Herculano
31/03/2016 06:54
A MORTA-VIVA E OS VAMPIROS. por Clóvis Rossi, para o jornal Folha de S. Paulo

É fácil apontar a causa pela qual o PMDB decidiu romper com o governo Dilma Rousseff: vampiros abandonam corpos quando estão exangues. Dilma Rousseff é, hoje por hoje, uma morta-viva, que deixou de governar faz algum tempo e que, quando governou, semeou a ruína que agora colhe e pavimenta seu caminho para o cadafalso.

Hélio Schwartsman, excelente colunista, já deixou claro, na sua coluna desta quarta-feira, 30, que a presidente cairá, se cair, não por algum crime hediondo mas porque está desesperadoramente sozinha.

O problema é que, se cair pela via do impeachment, o que virá não traz esperança, a não ser para os que, ingênua ou interessadamente, acreditam que Dilma é a causa de todos os problemas.

Qualquer um que conheça a trajetória dos que aparecem nas fotos comemorativas do desembarque do PMDB só pode suar frio: o que vem por aí é parte do "sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do país", denunciado por uma grande financiadora, no caso a Odebrecht.

O fato, inegável, é que o sistema está podre e o rompimento do PMDB apenas acrescenta anomalia à podridão: a coalizão que foi legitimamente eleita em 2014 rompeu-se na terça-feira. No entanto, o governo continua em funções, ainda que não exerça mais função alguma já faz um bocado de tempo.

Agora, o PT diz que vai procurar pedaços de partidos para montar um novo monstro de Frankenstein e reanimar o corpo exangue.

Pode até conseguir, mas não há partido que não esteja na planilha da Odebrecht e, se ela própria diz que é "ilegal e ilegítimo" o sistema de financiamento, não há por que não suspeitar de todos os que constam da lista, mesmo os beneficiados por doações declaradas.

Temos, pois, um morto-vivo, o governo Dilma, buscando carne possivelmente putrefata para sobreviver. No campo oposto, um bando de oportunistas que deixa a teta gorda em que mamou durante todo o governo, na expectativa de que mude o dono da teta, mas preserve a mamada ampla, geral e irrestrita que a Lava Jato aponta dia sim, o outro também.

O governo do PMDB, pelo que já está vazando, será outra criatura de Frankenstein, com outra cara, mas com o mesmo coração.

Tudo somado, só resta repetir o que já escrevi neste espaço na semana passada: a única eventual possibilidade de saída para o impasse em que o país mergulhou de cabeça é a convocação o mais depressa possível de novas eleições, de preferência eleições gerais, para a Presidência e para o Congresso.

Se a iniciativa partisse da Presidência da República, como, segundo o noticiário, chegaram a cogitar assessores de Dilma, seria o ideal.

A presidente sairia mas ninguém poderia gritar "golpe", o que, em tese, acalmaria as ruas excitadas como raramente se viu antes neste país.

Só um governo banhado pela legitimidade que dá o voto popular teria, se Deus ajudasse, condições para construir uma verdadeira ponte para o futuro. Eu não transitaria por uma erguida por quem foi governo, com um bando ou com o outro, e que lega essa terra arrasada.
Herculano
31/03/2016 06:48
DE 300 PREFEITOS, S?" 8 APARECERAM NO PLANALTO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje

A presidente Dilma enfrenta dificuldade até para reunir representantes da parcela de 10% da população que, segundo o Ibope, ainda a apoia. Em mais um comício no Palácio do Planalto, ontem, a pretexto de lançar a terceira fase do "Minha Casa, Minha Vida", apareceram apenas oito dos cerca de 300 prefeitos convidados, para espanto do cerimonial, que teve de se virar para juntar gente e fazer volume.

MAIORIA ERA DO PMDB
A maioria dos 300 prefeitos ausentes eram do PMDB. Neutralizaram a jogada malandra para atribuir a ruptura com Dilma à cúpula do partido.

CLAQUE ACIONADA
Para preencher as cadeiras vazias, no "comício" do Planalto, foram chamados às pressas sindicalistas da CUT e militantes do PT.

LOROTA EM CORO
De novo acionada para fazer número, a claque petista é que entoa em coro a lorota "não vai ter golpe", já desmentida por ministros do STF.

REPULSA ACACHAPANTE
Pesquisa do Ibope/CNI, divulgada ontem, indicou que 82% da população reprovam a maneira de Dilma governar.

DILMA TENTA APOIO ATÉ DE POLÍTICO COM TORNOZELEIRA
Para oferecer ao ex-deputado mensaleiro Valdemar Costa Neto (SP) a indicação do ministro de Minas e Energia, em nome do PR, do qual é controlador, Dilma foi obrigada a enviar emissários para uma conversa de pé-de-orelha. Ela não poderia convidá-lo a um cafezinho porque, usando tornozeleira eletrônica, ele não pode se afastar mais que 200m de onde mora e trabalha, em Brasília, em regime de prisão domiciliar.

CONCHAVO DE PRESIDENTES
Logo cedo, ontem, Valdemar Costa Neto recebeu a visita do presidente do PP, Ciro Nogueira. Eles negociaram uma aliança no impeachment.

PP E PR SE CACIFAM
Somadas, as bancadas do PR e PP somam 89 votos na Câmara, por isso o apoio do bloco será determinante, para Dilma ou Michel Temer.

UM PÉ EM CADA CANOA
No Congresso, políticos experientes acham que PP e PR vão apoiar Dilma, mas dirão a Michel Temer que isso é só por enquanto.

SEM INTERMEDIÁRIOS
Partidos aliados do governo queixam-se da falta de interlocução direta com o vice-presidente Michel Temer, sem intermediários. A dificuldade ajuda Dilma na tentativa de escapar do impeachment.

ATROPELADO PELOS FATOS
Na noite de terça (29), mal o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmava convicto que não aceitaria conversar sobre cargos com o governo, recebeu de Dilma a oferta de indicar o ministro da Saúde.

DIFÍCIL AVANÇAR
O senador Antonio Reguffe (DF), sem partido, apresentou proposta de emenda aplicando a projetos de lei de iniciativa popular o mesmo rito de tramitação de medidas provisórias. A proposta está parada na CCJ.

ARROGÂNCIA TUCANA
Há ainda quem duvide que o senador tucano Aloysio Nunes (SP) mande uma assessora ameaçar quem divulga notícia que a desagrade: "Você não vai ter onde trabalhar!". E ainda nem chegaram ao poder...

MEDO DO FUTURO
Cientistas políticos às vezes temem o pós-Dilma. "A busca por um salvador da Pátria pode nos levar a Marina Silva. Quando penso na Marina, sinto saudade da Dilma", ironiza o professor Paulo Kramer.

BOMBANDO
O filme "Olhar de Nise", de Jorge Oliveira e Pedro Zoca, foi escolhido para festivais de cinema na Inglaterra, Portugal e Estados Unidos (Colorado). No final do ano passado, o documentário encerrou o festival Hollywood Brazilian Film Festival, em Los Angeles.

NÃO SABE O QUE DIZ
Roberto Requião atacou o petista Jorge Samek, presidente de Itaipu, pelo apoio ao evento "golpista" do ministro Gilmar Mendes. Na verdade, trata-se do IV Seminário Luso-Brasileiro de Direito, mais uma vez promovido pelo IDP, prestigiada faculdade de Direito de Brasília.

PTB JÁ SE MOVIMENTA
O PTB deve se reunir assim que Jovair Arantes (GO) apresentar relatório na Comissão do Impeachment. O partido vai discutir se vale a pena continuar na base aliada. A tendência atual é pela ruptura.

PENSANDO BEM...
...deputados e senadores terão de optar entre o cheque à vista de Dilma, provavelmente sem fundos, e o pré-datado de Michel Temer.
Herculano
31/03/2016 06:41
DILMA É PAR DE COLLOR, por Rogério Gentile, para o jornal Folha de S. Paulo

Sob o risco de deixar Brasília pela porta dos fundos da história, Dilma se comparou a Jango ao dizer que é vítima de um golpe e pedir a reedição de uma nova campanha da legalidade. Mesmo sem desmerecer o sagrado direito de espernear da presidente, não há como não discordar da analogia. Collor é o seu verdadeiro par.

Assim como o predecessor, Dilma comanda uma gestão desmoralizada pela corrupção. O eleito em 1989 teve no irmão (Pedro Collor) o algoz que o delatou. A atual presidente foi alvejada pelo líder do seu governo. Se tudo o que Delcídio afirmou é verdade, a petista sabia que havia um esquema de superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena.

Dilma, da mesma forma que Collor, também perdeu o controle da base parlamentar na esteira da derrocada de sua popularidade. Cerca de um mês antes de sair do cargo, 68% dos brasileiros avaliavam Collor como "ruim ou péssimo" e 75% pediam impeachment. Dilma é "ruim ou péssima" para 69% e 68% defendem o impedimento. Vale notar que, naquela época, assim como agora, parcela importante da sociedade se dizia contra a medida: 18% declaravam não concordar e advogados conceituados diziam que não havia crime de responsabilidade. Hoje, 27% rejeitam o impeachment.

O então presidente, assim como Dilma, afirmava que o processo era um golpe que "feria regras básicas da democracia". Collor usava a expressão "sindicato do golpe" e comparava os adversários a "porcos". Dilma não chegou a tanto, ao menos em público, mas chama o movimento atual de "conjuração que ameaça a estabilidade democrática".

No caso Collor, a própria "cadeia da legalidade" foi invocada. Aliado do governo, Brizola disse que estavam tentando "garrotear" as instituições. Lula, na oposição, respondeu: "Quero é colocar a ilegalidade na cadeia". Os atores mudaram, alguns trocaram de papel. Mas a história é essencialmente a mesma.
Sidnei Luis Reinert
31/03/2016 06:10
ISTO DEFINE O CARÁTER DE UM PTRALHA?

Comandante da Força Nacional diz que Dilma não tem escrúpulos

Brasil 30.03.16 21:18
Algo muito grave está acontecendo no comando da Força Nacional de Segurança, que perdeu seu terceiro comandante em menos de um ano. O último foi o coronel Adilson Moreira, que ficou no cargo apenas 45 dias.

Lauro Jardim reproduziu a íntegra de email de Moreira comunicando sua decisão a integrantes da FN. No texto, ele diz que pediu demissão por "conflito ético", se disse envergonhado e acusou o governo, Dilma inclusive, de não ter escrúpulos.

"Não está interessada no bem do país, mas em manter o poder a qualquer custo."

Leiam:

"Minha família exigiu minha saída, pois não precisa ser muito inteligente para saber que estamos sendo conduzidos por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República. Me sinto cada vez mais envergonhado. O que antes eram rumores, se concretizaram.

A nossa administração federal não está interessada no bem do país, mas em manter o poder a qualquer custo. Como o compromisso era de não causar solução de continuidade, solicitei para a secretária apontar em alguns dias um substituto."

http://m.oantagonista.com/posts/comandante-da-forca-nacional-diz-que-dilma-nao-tem-escrupulos
Herculano
30/03/2016 21:20
COMÍCIOS "OFICIAIS" ATESTAM ISOLAMENTO DE DILMA, por Josias de Souza

Pela terceira semana consecutiva, Dilma Rousseff transformou em comício uma cerimônia oficial realizada nas dependências do Palácio do Planalto. Coisa relacionada ao programa Minha Casa, Minha Vida. Com o prestígio de Dilma às moscas, o cerimonial da Presidência viu-se compelido a providenciar uma plateia companheira, composta de militantes petistas e ativistas de movimentos sociais.

O coro de "não vai ter golpe" voltou a ecoar no salão principal do Planalto. O vice-presidente Michel Temer, a OAB e até o juiz Sérgio Moro foram brindados com gritos de "golpistas". Tudo isso num dia em que o Ibope trouxe à luz pesquisa que acomoda a desaprovação a Dilma na casa dos 69%. Pior: oito em cada dez brasileiros não confiam em Dilma e desaprovam o modo como ela governa o país.

Num ambiente assim, os comícios palacianos de Dilma, custeados pelo contribuinte, talvez ofendam a maioria dos brasileiros em dia com o fisco. De resto, constituem um erro primário. Dilma ainda não se deu conta. Mas, ao discursar apenas para devotos, oferece semanalmente ao noticiário comprovações cenográficas do seu isolamento.
Herculano
30/03/2016 21:15
O EX-DEPUTADO JOÃO ALBERTO PIZZOLATTI JUNIOR, EX DEPUTADO E EX-PRESIDENTE DO PP CATARINENSE VIROU RÉU.MANCHETE DA NOITE. PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA DENUNCIA 7 POLÍTICOS COM FOR PRIVILEGIADO POR CORRUPÇÃO E OCULTAÇÃO DE BENS NA LAVA JATO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto do de Aguirre Talento, da sucursal de Brasília.

A PGR (Procuradoria Geral da República) denunciou nesta quarta-feira (30) ao Supremo Tribunal Federal, na Operação Lava Jato, um grupo de sete políticos do PP por corrupção e ocultação de bens, sendo cinco atuais deputados federais e dois ex-deputados.

É a primeira denúncia da Lava Jato que abarca um número tão grande de parlamentares, todos ligados ao PP, legenda que recebia propina da diretoria de Abastecimento da Petrobras, de acordo com as investigações e delações premiadas.

Neste caso, ocorre em um momento no qual o PP negocia com a presidente Dilma Rousseff um aumento na sua participação no governo, em uma tentativa de evitar o impeachment.

Os denunciados foram os deputados Arthur Lira (PP-AL), Mário Negromonte Júnior (PP-BA), Luiz Fernando Faria (PP-MG), José Otávio Germano (PP-RS) e Roberto Britto (PP-BA), além dos ex-deputados Mário Negromonte (ex-PP-BA, também ex-ministro das Cidades) e João Alberto Pizzolatti (PP-SC).

Todos eram investigados sob suspeita de terem sido beneficiados com recursos desviados da Petrobras e, publicamente, já negaram essas acusações. A denúncia está sob sigilo.

No caso de Negromonte Júnior, além das acusações de corrupção passiva e ocultação de bens, ele também é acusado de embaraço à investigação, por depoimentos que apontaram ameaças ao ex-deputado do PP Luiz Argôlo para que não fizesse delação premiada.

Em relação a Arthur Lira, é a segunda denúncia dele na Lava Jato. Ele já foi denunciado juntamente ao seu pai, senador Benedito de Lira (PP-AL), sob suspeita de se beneficiar de repasses ilícitos da UTC relacionados às obras da Petrobras, além de ter sido flagrado em visitas ao escritório do doleiro Alberto Youssef em São Paulo para, segundo a PGR, buscar dinheiro.

Na semana passada, a Polícia Federal finalizou inquérito sobre o ex-deputado e outros investigados na Lava Jato e indicou que eles praticaram crimes de corrupção passiva, de dinheiro e formação de quadrilha.

De acordo com a Polícia Federal, a conclusão baseou-se no resultado de buscas e apreensões em imóveis, relatórios de inteligência, depoimentos e provas documentais.

Essa é a oitava denúncia da Lava Jato no Supremo. Até agora, são 27 pessoas denunciadas.
Herculano
30/03/2016 20:00
ELI, ELI, LAMÁ SABACHTHÁNI?, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central, para o jornal Folha de S. Paulo.

Caso o raro leitor tenha a impressão de já ter lido esta coluna, minhas sinceras desculpas. No entanto, como lamentei mais de uma vez, se os responsáveis pela política econômica insistem na repetição, o que pode fazer o analista senão seguir com a brincadeira?

Digo isso a propósito de nova decisão desastrada no campo da política econômica, expressa em mais uma mudança da meta fiscal. A original, R$ 24 bilhões, foi reduzida para cerca de R$ 3 bilhões, o que em si não chega a ser um completo desastre; o problema, na verdade, refere-se às inúmeras exceções, deduções, abatimentos, descontos, cláusulas de escape, desculpas esfarrapadas e afins, que permitem, no final das contas, que mesmo um deficit primário na casa de R$ 100 bilhões (1,6% do PIB) seja tomado como coerente com a (minúscula) meta fiscal.

A mera leitura do parágrafo acima já é suficiente para ilustrar a desmoralização do regime de política fiscal. Pelas regras, a meta fiscal para determinado ano é fixada em abril do ano anterior pela LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e guia a proposta orçamentária propriamente dita, enviada ao Congresso em agosto do mesmo ano.

Passados 11 meses, contudo, o governo de plantão pode não apenas alterar a meta determinada pela LDO mas violar as leis da matemática, em particular as que distinguem números positivos dos negativos e fingir que tudo vai bem.

Institucionalmente falando, trata-se da pá de cal sobre o regime que foi montado a partir do final do século passado, em torno do qual se articulou a visível melhora das contas públicas entre 1999 e 2008.

Tem razão meu amigo Samuel Pessôa em destacar o papel central da evolução da receita tributária no período, mas, de uma forma ou de outra, as regras vigentes não permitiram que todo crescimento da arrecadação terminasse por se tornar expansão ainda maior da despesa, o que certamente já deixou de ser o caso hoje.

Afora isso, a afirmação do ministro da Fazenda ("Eli, Eli, lamá sabachtháni?"*) acerca do "papel anticíclico" da despesa pública seria de fazer chorar qualquer economista de verdade.

Não se trata apenas de lembrar que essa mesma política, sob o comando da patativa genovesa, devidamente escudada pelo atual ministro, esteve no centro da deterioração econômica que nos trouxe à atual crise; ainda mais relevante, no presente contexto, é notar que preços de mercado já embutem um risco significativo de calote da dívida nacional, circunstância sob a qual a eficácia do gasto público para aumentar a demanda e a atividade praticamente inexiste.

Talvez nelson barbosa (pode manter as minúsculas, revisor) saiba disso, embora eu não coloque minha mão no fogo. Ainda assim, em face das pressões para a alteração da política econômica por parte do ex-futuro ministro da Casa Civil, o mais provável é que ele simplesmente não tenha tido a coragem de manter o rumo.

Afinal de contas, depois de tantos anos junto à patativa, não há coluna dorsal que não aprenda as virtudes da extraordinária flexibilidade.

Fica, portanto, mais difícil crer na sinceridade de propósito de seu "ajuste fiscal de longo prazo", ainda mais porque se trata da mesma proposta fulminada pela presidente ainda em sua encarnação como ministra. Não há rumo; apenas solidão.

"Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?", palavras de Jesus antes de morrer, segundo a Bíblia
Mussum
30/03/2016 19:58
Vereadora Andreia que ninguém conhece? Kkkk Será? Esta nas rádios, nos jornais, tem facebook, fanpage, blog, promoveu encontros, propôs audiências públicas, visitou escolas, creches, associações e percorreu todos os cantos do município até agora no seu mandato e precisa da camisa pois o Lopes não conhece Andreia? Criatura burra ou invejosa?
Sidnei Luis Reinert
30/03/2016 19:50
DE Olavo de Carvalho:

"Esquerdistas batem em você para provar que você é violento".

-VIVA AS ENTIDADES DE DESINTELIGÊNCIA NAZI-POLÍTICAS QUE DEFECAM SUAS VÍSCERAS CEREBRAIS ESTA SEMANA NESTE ESPAÇO!
Intrigado
30/03/2016 19:49
O Lopes larga disso. Tem tanta coisa para ser criticado nessa cidade, bem mais importantes do que a camisa nova da vereadora.
Ela já saiu do anonimato da tempo.

Vai procurar o que fazer. E deixa a Andreia trabalhar, que ela tá na cola no PT é isso merece aplausos

Sidnei Luis Reinert
30/03/2016 19:42
FORA COMUNASLARÁPIOS


O deputado José Carlos Aleluia fez a coisa mais certa que já se viu na política nacional ao longo dos últimos vinte anos: Pediu a cassação do registro do PT por sua vinculação ao Foro de São Paulo.
Herculano
30/03/2016 19:23
A RODOVIA DA MORTE E OS POLÍTICOS

Faz anos anos que políticos como Décio Neri e Ana Paula de Lima, ambos do PT e padrinhos da administração petista de Gaspar, encheram a beira da Rodovia 470 com o anúncio ser um presente deles para o aniversário de Blumenau, a duplicação desa rodovia para assim torná-la mais segura, suportar o intenso tráfego produtivo, trabalho e lazer.

Eles estavam prometendo um presente com o nosso dinheiro e na busca de votos como retribuição. Sim, com o nosso dinheiro porque quem paga estas obras são os nossos pesados impostos daquilo que sobra e não é desviado, como mostra as apurações do petrolão na trama com as empreiteiras para dar dinheiro aos políticos.

O que aconteceu? A tal duplicação se arrasta, o país está falido, e os políticos quietinhos nas promessas e nas explicações. Enquanto isso, dezenas de pessoas são mortas e mutiladas na rodovia como todo e aqui em Gaspar.

O povo está cansado. E fará um grito de desespero e desagravo ao descaso e aos políticos espertos.

No dia quatro, segunda-feira, as 9h30min haverá uma reunião no Restaurante La Terra, na BR 470.

O que vai se discutir com a Polícia Rodoviária Federal? Como se dará a manifestação que está sendo organizada pela comunidade local, juntamente com a representante dos moradores Simone Junckes, tel 8488-5268. O protesto é para pedir, sensibilizar os políticos e autoridades para a instalação de redutores de velocidade no KM 40 a 42 da BR 470.
Sidnei Luis Reinert
30/03/2016 19:11
A comunista foge do oficial de Justiça

Brasil 30.03.16 18:05
Jandira Feghali foge dos credores e do oficial de Justiça, que tentou citá-la sem sucesso. No local do restaurante, funciona agora o depósito do Botequim do Japa.

Se a Justiça do Rio quiser encontrá-la, seu gabinete é o 622 do anexo IV da Câmara dos Deputados. Jandira está agora na comissão especial do impeachment, com um panfleto escrito "Não vai ter golpe".

http://www.oantagonista.com/posts/a-comunista-foge-do-oficial-de-justica?platform=hootsuite
Paulo Filippus
30/03/2016 19:06
DESESPERO PARTE 2, ao suposto "FBI"

Pra completar a vergonha e o desespero, acabam vindo até aqui e usando pseudônimos pra tentar me atacar. É PT ou PSD desta vez?

Pelos erros ortográficos já dá pra saber que o mesmo, é da mesma turma que citei antes.

Fazer uma única publicação no Facebook no horário do almoço como foi, é bem diferente do que passar o dia na internet. Isso é coisa de militonto pago igual a vocês.

Eu inclusive nem sequer tenho os privilégios de ser funcionário, tive a infeliz ideia de montar minha própria empresa e assim eu vivo a mais de 6 anos. E graças a Deus nunca precisei prestar serviços a órgãos públicos.

E uma coisa é fato, poder escrever aqui com o meu próprio nome e ver bandido igual vocês esperneando e se escondendo atrás de nomes falsos, NÃO TEM PREÇO! VIVA COM ISSO! :)

Começo Andreia
30/03/2016 19:05
Qual o problema de usar uma camisa com o nome?
Gente pequena, pensa pequeno, e julga ser muito melhor, mais bonito, e popular.
Posta fotos com camisas que além do nome estampam times de futebol e outras bandeiras...
Se dizem esportistas, políticos, intelectuais e tentam denegrir a imagem dela porque estampou o nome na camisa?

Vereadora, se tiver uma sobrando por favor gostaria muito de adquirir uma, afinal você é uma das poucas pessoas que não me envergonha no cenário político municipal.

E não tenha pressa se tornar "popular". Porque quem logo se torna famoso, é porque com certeza faz uso frequente de fatos e F fotos oportunistas. Ao lado de pessoas corruptas, mal vistas, ou agarrado criancinhas e velhinhas tentando aparecer a qualquer custo!!!! .
C I A
30/03/2016 18:40
Herculano

Pelo jeito a vereadora Andreia Nagel deve estar incomodando, pela "reaça" da turminha, sei não. Acho que é por causa da última pesquisa que rolou na cidade, sei não, acho que estão se cagando de medo dela. Já pensou quantos desempregados vai ter na barrosa e a sede do PMDB e do PSD. Em Blumenau não vão ganhar e nem em Itajai, ai, ai, ai. A DILMA já caiu, perceberão a situação, não tem capacidade para irem para a iniciativa privada, ai, ai,ai...como é que fica.
FBI
30/03/2016 16:31
O tal do Paulo Philippus mostra para todo mundo é que é um desocupado da vida... Fica o tempo todo na internet e passeando pela Câmara enchendo o saco dos outros e achando que é rei..

Dizem que ele será candidato a vereador. Eu duvido, pois a Andreia Nagel e a turma do DEMonhos não vão permitir, com o número nanicos de votos que tem, qualquer um se torna uma ameaça para ela.

E o Paulo, fica a pergunta: que coisa você já fex de bom para GASPAR além de ficar esperniando e se aproveitar do que os outros controem?
Herculano
30/03/2016 16:05
ELES VÃO SE EXPLICAR

Primeiro fazem bem. Segundo, a exceção de Mauro Mariani, fazem tarde. Nesta sexta-feira dia 1 de abril os deputados Rogério Peninha Mendonça (e que tinha um alinhamento com o Planalto e o PT), Mauro Mariani e Valdir Cobalchini participam de uma coletiva regional na Prefeitura de Rio do Sul as 11h.

O principal assunto a ser debatido vai ser o desembarque do PMDB do Governo Federal anunciada na terça-feira em Brasilia.

Estranho mesmo, apesar de tudo hoje ser real time, seja feito em Rio do Sul, longe de um centro de jornalismo e de gente que faça perguntas. Ai, ai, ai
Herculano
30/03/2016 15:55
ELES VÃO SE EXPLICA

Primeiro fazem bem. Segundo, a exceção de Mauro Mariani, fazem tarde. Nesta sexta-feira dia 1 de abril os deputados Rogério Peninha Mendonça (e que tinha um alinhamento com o Planalto e o PT), Mauro Mariani e Valdir Cobalchini participam de uma coletiva regional na Prefeitura de Rio do Sul as 11h.

O principal assunto a ser debatido vai ser o desembarque do PMDB do Governo Federal anunciada na terça-feira em Brasilia.
FBI
30/03/2016 15:38
Não pude acompnhar a sessão de ontem, fui agora no site da Câmara de Gaspar e acabei escutando o audio da sessão da semana passada.

A Andréia Nagel usou uma palavra para justificar sua falta de atenção na sessão durente a Sessão Plenária: "disconexa" acho que é bem isso que ela é "disconexa" alías, suas atitudes são disconexas. Prova disso é sua opinião dela quanto ao aumento aos servidores, ela é contrária ao aumento integrau para os servidores. Porque ela quando recebeu aumento não disse que o aumento dos vereadores deveria vir de forma parcelada?
Paulo Filippus
30/03/2016 15:20
O DESESPERO TOTAL DO PT E PSD DE GASPAR E ARREDORES

Herculano, esse pessoal do PT e PSD podia ao menos disfarçar o desespero. Dizer que está feio é quase um elogio, de tão bizarro.

Primeiro algum adorador do PT (ou não) com uma página com o nome "VOTE DÉCIO LIMA - PT 13" publicou a minha foto de perfil com a seguinte escrita em cima "FACISTA", acho que ele quis dizer fascista, mas OK, estamos na Pátria Educadora do PT, assassinar a língua portuguesa já é comum, ainda mais vindo de militantes deles. E escreveu de baixo da foto:

"Esse coxinha é filhote da ditadura... administra a página do MBL de Gaspar, quer boicotar o os nossos companheiros de Gaspar, é a favor do golpe!"

BIZARRO, BIZARRO!

O que eu fiz? Peguei a homenagem e publiquei no meu perfil né, agradeci o elogio. Vindo deles é sempre um elogio.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10209171944604647&set=a.2792933511429.2144690.1501162493

Resultado? Já tem mais de 330 curtidas, mais de 90 mensagens de apoio a mim e críticas ao PT e mais de 50 compartilhamentos. Se não bastasse, o pessoal ainda foi até a página deles deixar umas mensagens, o negócio foi tão grande, que eles apagaram a publicação. Tirando isso, pelo menos umas 50 pessoas de Gaspar já vieram me adicionar neste mesmo período se colocando à disposição para entrar nessa batalha, pra ti ter ideia do tamanho da repercussão. Gente do bem atrai gente do bem, acho que o PT ainda não tinha entendido isso. Parece que a Audiência Pública do Belchior não lhes ensinou nada...

Mas vamos ao PSD, não bastasse a assessora do vereador Marcelo Brick distorcer o que eu falei no dia que me reuni com o movimento deles em Agosto do ano passado, e ainda divulgar uma foto minha (que eu adoro) dizendo que eu não representava ela e sua troop (falo porque tenho provas), ainda assim eles não sossegam. Por que eu digo isso? Porque uma montagem que fizeram de um vídeo meu, e foi compartilhada por essa mesma página supostamente do PT, estava publicado no Youtube no canal de um sujeito que coincidentemente seguia e curtia o canal do Jean Kuhlmann e Raimundo Colombo. Se não bastasse, uma das meninas que atacou a página do MBL de Gaspar é amiga pessoal da assessora do Marcelo e o namorado dela é ASSESSOR do Deputado Jean Kuhlmann. Alguma dúvida das ligações? Está tudinho devidamente fotografado. Vamos além, já não bastasse tudo isso, ainda aquele ex-filiado do PT que trabalhava na Samae e foi para o PSD do Marcelo no auge do seu desespero, compartilhou ontem uma matéria de um SITE PETISTA que ataca um dos fundadores do MBL, o Kim Kataguiri. Falando sobre o "oportunismo" de pessoas do MBL quererem entrar para a política. Ué, será que esse rapaz também não sabe o que significa suprapartidário? Será isso oportunismo, Herculano, ou estar com o PT, ir pro PSD, e depois compartilhar coisas do PT, uma tentativa desesperada e oportuna de tentar queimar alguém que eles não conseguem alcançar com ideias?

Só me admira o Marcelo Brick, um cara que parece zelar tanto pela sua imagem - tanto que até tentou me "acariciar" ontem na sessão da Câmara me saudando na Tribuna e me cumprimentando depois - deixar isso acontecer de baixo de suas asas.

A pergunta é? É conivente ou solicitante? Fica a reflexão.

Morreu na casca
30/03/2016 14:44
E morreu na casca aquela investigação sobre o caminhão que o prefeito Zuchi comprou pro setor de iluminação pública, né?

Ninguém tem falado mais mada... também essa turma da oposição da Câmara não sabe fazer outra coisa que berrar. Só berrar porque não possuem um pingo de inteligência para investigar as coisas, calados e matar a jararaca com uma paulada bem forte.
Ana Amélia que não é Lemos
30/03/2016 13:23
Sr. Herculano:

A Madama pensa em pedir anistia jurídica para ella e Lulla em troca da renúncia.
Anda conchavando nos bastidores. ( Alerta Total)

É a biles do Coração Valente em plena ebulição.
Belchior do Meio
30/03/2016 12:38
Sr. Herculano:

Tem PMDBista que não quer sair do poder?
Então, eles também tem Jaime Kirchner.
Sidnei Luis Reinert
30/03/2016 12:16
O golpe da anistia contra a Lava Jato


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Simplesmente tirar Dilma Rousseff para botar o maçom irregular Michel Temer na Presidência da República é um dos golpes institucionais mais canalhas da História do Brasil. Se tal barbaridade se confirmar, como vem sendo cuidadosamente urdida, o PMDB continuará 31 anos no poder, de forma tão escrota e com risco de mais danos que os 13 de Perda Total (PT). A primeira vítima institucional, em aliança devidamente combinada com a cúpula do PSDB, é sabotar a Operação Lava Jato.

O plano básico e imediato, coordenado por Michel Temer e pelo jurista Nelson Jobim, é promover uma "grande conciliação pela governabilidade". Um dos pontos fundamentais do "pacto" é contar os efeitos da Lava Jato - com o argumento insustentável de que "a política judiciária de caças às bruxas prejudica a economia, pois alimenta a instabilidade política". No pragmatismo cínico dos peemedebostas e tucanalhas, que pode ter a adesão da desesperada cúpula da petelândia, o momento é de "conciliação e não de perseguição política".

É seríssima a possibilidade de se costurar uma grande anistia para os políticos mais importantes, a partir de transações penais, sobretudo os acordos de leniência firmados com empresas que sempre atuaram no esquema político de corrupção ativa e passiva com o desgoverno do crime organizado. A Presidenta Dilma, se renunciar, será uma das maiores beneficiadas do "perdão" (que pode ser dado via Congresso Nacional ou por Decreto do futuro Presidente da República).

Juridicamente impossível e politicamente só pensável na cabeça dos loucos de Brasília, a anistia "ampla, geral e irrestrita" é um assunto tratado com a maior seriedade pelos que articulam o novo desenho de ocupação do "Condomínio" do Poder Federal. A suposta saída retórica do PMDB da base do governo Dilma foi a manobra mais ilusória do século. O balcão de negociatas opera a pleno vapor...

Pedido de ajuda

Do Juiz federal Sérgio Moro, ontem, no evento " Combate à Corrupção: desafios e resultados, os casos Mãos Limpas e Lava Jato", no auditório da Procuradoria da República, em São Paulo:

"A Justiça tem papel relevante, mas não consegue resolver sozinha. É preciso que as outras instituições operem, os legisladores, a sociedade civil e que as próprias empresas se organizem para evitar pagamentos de propina. Se as empresas não pagarem, é um grande avanço'.
Herculano
30/03/2016 12:06
O PSD A PROCURA DE UMA BOIA OU UM CULPADO

O PSD de Gaspar de franco favorito às eleições deste ano em Gaspar, ano menos assim vendia esta ideia na mídia e para alguns desinformados, está procura de uma boia ou um culpado.

O primeiro erro foi confiar na beleza. O segundo, pela preguiça e acomodação, menosprezar a capacidade de articulação dos adversários, experimentados e matreiros. O terceiro, foi achar que poderia esconder o tempo todo que era uma linha light, submissa e auxiliar do PT.

Descoberto tudo e feitas as contas, o partido minguou em representatividade com a divisão do partido - planejada internamente, mas disfarçada para o distinto público - com o PSB de Giovânio Borges, que diz estar ele sim próximo ao PT e junto com o ex-presidente do PSD por aqui, Fernando Neves.

O PSD foi pedir a vaga de vice para o PMDB, mas foi-lhe negada pois o casamento já estava definido com o PP. Foi lhe oferecido a vice no PSDB, desdenhou, e disse que nunca faria isto pois se acha muito mais importante que Andreia e o PSDB politicamente por aqui.

E como está enfraquecido e começa a ficar de fato fora jogo, agora bateu o desespero. Nas redes sociais e neste espaço isto é percebido. Vai ficar sem nada. E porquê? Trabalhou, articulou e dominou pouco o jogo político para o resultado e agora quer massagem.

Com o término do prazo de filiações, o PSD é o que mais ficou fragilizado. E o presidente do PSD de Gaspar, Marcelo de Souza Brick, acha que esta coluna é a única culpada por este final. Novamente está fortalecendo que não possui tal representação e força, para esconder as apostas mal feitas. Faltou verdadeiramente liderança. Acorda, Gaspar!
Herculano
30/03/2016 11:50
MARGINAIS EM AÇÃO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo.

Lula é o Partido dos Trabalhadores. Sem ele o PT não existe. Para os petistas, a palavra de Lula é lei, mandamento supremo que, como tal, se sobrepõe a qualquer preceito legal, inclusive os estabelecidos pela Constituição federal. Em 2012, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou por corrupção a cúpula dirigente do PT no rumoroso processo do mensalão, Lula decidiu que as sentenças foram ditadas "sem provas", por pressão da opinião pública e da mídia. Sua palavra de ordem foi rigorosamente acatada pela manada petista, que, para compensar a "injustiça" praticada contra seus ex-dirigentes, elevou-os à categoria de "guerreiros do povo brasileiro". A partir de então ficou estabelecido para o lulopetismo o princípio à luz do qual as leis devem ou não ser respeitadas: o interesse de Lula. A partir de então, do ponto de vista legal ?" e não se trata, neste caso, de nada relacionado com a Lava Jato ?" Luiz Inácio Lula da Silva optou claramente pela marginalidade, para a qual arrasta todo o seu séquito, inclusive a presidente da República.

Hoje, a grande questão legal em jogo é o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Vários ministros do STF já declararam que o impeachment é um instituto legal previsto pela Constituição federal. Com base nesse princípio, a própria Suprema Corte recentemente estabeleceu os procedimentos a serem observados pelo Congresso Nacional para o julgamento do impeachment da chefe do Executivo. Mas Lula, Dilma e os petistas não querem saber. Para eles, impeachment é golpe. Repetem isso incansavelmente, como um mantra. E é lamentável verificar que pessoas supostamente bem informadas, a pretexto de defender "as instituições democráticas" que Lula demoliu, não se pejam de engrossar o coro.

Em torno do interesse maior de Lula, que é sua própria sobrevivência política, e sob sua coordenação, está em curso uma ampla e agressiva campanha para combater o "golpe" e, a partir do desembarque do PMDB do governo, para tentar desmoralizar Michel Temer, sucessor natural da presidente, cujo mandato está agora por um fio. Essa campanha tem dois focos distintos. No âmbito do Congresso, destina-se a comprar, literalmente, o apoio de parlamentares em número suficiente para barrar o processo de impeachment. Trata-se de uma compra pura e simples, porque a mercadoria à venda é o cargo público a ser pago com um voto contra o impeachment.

No âmbito mais amplo da opinião pública, a estratégia cumprida por determinação de Lula envolve ações que variam das ameaças verbais a investidas no melhor estilo black bloc, como a realizada na segunda-feira na Câmara dos Deputados, e ainda a mobilização dos movimentos sociais que giram na órbita lulista para manifestações de rua, como as programadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O episódio de guerrilha urbana promovido na Câmara dos Deputados teve o patrocínio de juristas e advogados militantes ou simpatizantes do PT e destinava-se a impedir ?" o termo, por absurdo que pareça, é exatamente este ?" que o presidente e outros membros da direção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolassem o pedido de impeachment de Dilma Rousseff que foi aprovado por 26 votos contra 2 pelo Conselho Federal da entidade. Aos berros, empurrões e tapas, os quadrilheiros de Lula procuraram, em vão, impedir que o documento da OAB fosse entregue. É assim que a turma de Lula defende a democracia.

No plenário do Senado, o líder do PT, Humberto Costa, ameaçou Michel Temer de ser "o próximo a cair" depois de Dilma e garantiu: "Não haverá trégua a esse movimento golpista, nem antes, nem depois, caso ele venha, vergonhosamente, a se materializar". Por sua vez, um dos coordenadores do MST, Alexandre Conceição, em ato pró-Dilma na Câmara repetiu a palavra de ordem ditada por Lula: "Está ocorrendo uma manobra inconstitucional, um golpe". E acrescentou que Eduardo Cunha e Michel Temer doravante "não vão ter paz", para concluir com uma proclamação de enorme alienação: "Para manter os ganhos sociais só há uma saída: manter Dilma na Presidência". Alguém precisa explicar ao moço quem é que está pondo a perder os "ganhos sociais"
FBI
30/03/2016 11:19
PMDB desembarcou do governo??? A hora é agora!!!! Já foram tarde. Um pouquinho só de vergonha na cara seria ideal..... Saiu do gorverno #foratemer #renunciatemer #REMUNCIATEMER #RENUNCIACUNHA #nãovaitergolpe

ó golpista mesmo pra achar que a história não vai registrar o golpe. Estão golpeando até o bom senso da memória coletiva. O lance é o seguinte: Você, que odeia o PT, prefere o Edu cunha salvo do que a presidente governando, até você, sente o cheiro do golpe, sabe que é golpe, isso é memória coletiva, isso não se apaga, isso entra para os relatos históricos. Então, abraça a causa, seja um golpista assumido, sai do baú, bote sua camisa da CBF, saia no domingo com sua esposa, filhos e babá e lute pelos seus ideais, hahahahahaha.
É preocupante
30/03/2016 10:43
Eu queria poder dormir por pelo menos dois anos! Isso porque o Brasil não tem solução a curto prazo. PT, PMDB e PSDB são todas galinhas do mesmo saco.

Tem que aparecer alguém para salvar o nosso país. Tem que aparecer gente nova na política. Agora veio a Marina Silva falando um mundo de asneiras também. Os políticos de hoje não prestam, isso do cenário municipal ao da federação. Aqui na região por exemplo, mais precisamente em Ilhota, vimos o presidente da Câmara querendo atrapalhar o repasse de convêncios para entidades beneficentes só por conta de politicagem. Onde já se viu Sr. Aníbal? Vetar dinheiro para para Apae; Bombeiros, Acadêmicos? É muito sinismo! Oposição ridícula, que joga contra os interesses do povo.
Lopes
30/03/2016 10:27
Quando penso que já vi de tudo nessa vida recebo uma foto, via whatsapp, da vereadora Andréia Nagel. Ela mandou fazer uma camiseta com uma estampa: "Vereadora ANDRÉIA NAGEL"

Sabem porque ela fez, isso? Segundo ela mesma é porque ninguém conhece ela, então o povo precisa saber quem ela é. Rí muito, antes cômico do que trágico.
Azul da Cor do Mar
30/03/2016 10:22
Somente 10% da população aprova o governo Dilma. A pesquisa foi divulgada pelo IBOPE hoje. Ruim e péssimo está em 69%. A Pesquisa foi encomendada pela Federação Nacional das Indústrias.

Acho que o PMDB do Kleber Wand-Dall é ainda menos aprovado... Alias cadê esse cara que tem a cara de pau de dizer que ser candidado a prefeito em Gaspar e está entocado sem sequer trazer um benefício para o Município. Pensando bem, benefício mesmo, só para ele que recebe R$ 14 mil por mês, mais do que vereadores e prefeito da cidade, então porque ele quer ocupar o cargo no executivo, para fazer maracutaiais?
Herculano
30/03/2016 09:55
NÃO VAI TER GOLPE, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Parte 1

A por enquanto incipiente manobra de aliados governistas em torno de um acordo para que a própria presidente Dilma convoque eleição presidencial antecipada a se realizar juntamente com as eleições municipais em outubro deste ano, depende de duas coisas: que o processo de impeachment que já tramita no Congresso seja sustado, e que o vice Michel Temer aceite renunciar também.

Como se vê, há na proposta um golpe embutido, da mesma qualidade que a ideia de implantar-se o parlamentarismo, ou o semiparlamentarismo, em meio ao mandato em curso. Não, não vai ter golpe. O que esses engenhosos políticos estão articulando é dar um fôlego à presidente Dilma até outubro, para que ela tente empinar seu governo para que o PT, provavelmente com Lula de candidato se ele não for condenado antes pelo juiz Moro, tenha alguma chance de reverter a situação atual.

E vai que, no meio do caminho, Lula recupera sua antiga verve e carisma, e convença a maioria dos brasileiros de que tudo o que a Operação Lava-Jato desvendou é uma grossa mentira. Nada indica que isso poderia acontecer, mas a esperança é a última que morre.

A Rede de Marina Silva, por exemplo, se sente atraída pela ideia de eleições presidenciais já, que em tese parece ser a melhor saída mesmo. Mas não há soluções legais para que isso aconteça, a não ser que se espere a decisão do Tribunal Superior Eleitoral sobre a campanha presidencial de 2014.

A questão do tempo decorrido pode não ser obstáculo legal, pois uma alteração no Código Eleitoral, feita em 2015, diz que a qualquer momento, menos a seis meses do fim do mandato, a substituição será por eleição direta: "Art. 224, parágrafos 3 e 4 do Código Eleitoral
§ 3º A decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições, independentemente do número de votos anulados.
· Parágrafo 3º acrescido pelo art. 4º da Lei nº 13.165/2015.
§ 4º A eleição a que se refere o § 3º correrá a expensas da Justiça Eleitoral e será:
I ?" indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato;
II ?" direta, nos demais casos.
· Parágrafo 4º e incisos I e II acrescidos pelo art. 4º da Lei nº 13.165/2015.
Herculano
30/03/2016 09:54
NÃO VAI TER GOLPE, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Parte 2

Embora essa alteração no Código Eleitoral possa ser contestada no Supremo, já que a Constituição determina que a eleição seja indireta a partir do terceiro ano do mandato do presidente impedido, até agora isso não foi feito. E é difícil imaginar quem será a favor de uma eleição indireta pelo Congresso. Não vale pensar em Eduardo Cunha ou Renan Calheiros e similares, pois não terão força eleitoral para fazer vingar esse golpe.
A dificuldade aí parece ser a certeza de que o país não aguenta mais muito tempo sem direção. O impeachment é a saída constitucional mais eficaz e rápida para resolver um problema institucional sério. Não há mais dúvida de que existem motivos de sobra para o impedimento da presidente, falando-se apenas de crimes de responsabilidade.

Além das pedaladas, há no pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) dois outros crimes de responsabilidade cometidos pela presidente: as tentativas de obstruir a Justiça com a nomeação de Lula para seu ministério, em vias de ser reconhecida pelo STF, e a pressão sobre um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relatada pelo senador Delcídio do Amaral em sua delação premiada, para soltar empreiteiros presos na Operação Lava-Jato.

Mas, assim como o processo de impeachment não pode ser parado, também o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem que continuar, com o perigo de que, com a impugnação da eleição de 2014, também Michel Temer perca seu lugar no Palácio do Planalto. Ou que a Operação Lava Jato faça uma surpresa ao PMDB.
Se assim for, teremos novas eleições presidenciais e, por caminhos tortuosos, chegaremos a uma solução bem mais palatável sem recorrermos a atalhos que parecem bons dependendo de quem os defende, mas são na verdade tentativas de burlar a Constituição.

No momento, no pós-impeachment cada vez mais provável, Michel Temer será empossado presidente da República. Sem golpes.
Luiz
30/03/2016 09:50
O PMDB DIZ QUE TRÊS NÃO QUEREM SAIR DO GOVERNO, MAS ESTA CONTA ESTÁ ERRADA....E O MICHEL NÃO CONTA, ESTE DEVERIA SER O PRIMEIRO A SAIR....
Luiz Orlando Poli
30/03/2016 09:11
Duas de PMDBistas : 1) São que nem macacos, só largam um cipó quando agarraram outro 2) Bateram o recorde do cozimento do macarrão miojo em 3 minutos todos pularam do convés ! Kkkkkkkkk
Vampiro
30/03/2016 08:33
O PMDB, partido mais sangue suga da história da democracia brasileira decidiu sair do governo, após quase 40 anos mamando em tudo quanto é gestão...
Aliás o PMDB é o partido que sempre está em qualquer governo, negociando cargos e sugando o povo. As vezes se torna oposição, como é o caso daqui de Gaspar, e faz oposição chula, descabida, com intuito de atrapalhar sempre, não permitindo que a cidade tenha um deputado estadual, ou enfim, enfraquece todas as lideranças. O PMDB é a verdadeira erva daninha de qualquer esfera.
Na minha opinião o PT deveria ser extirpado do governo e o PMDB extirpado do Brasil.
Herculano
30/03/2016 08:24
TEMER, LULA E OS POS-DILMA, por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

Com o rompimento do PMDB, o foco sai da presidente Dilma Rousseff e passa para o vice Michel Temer, já que o impeachment ganhou ímpeto e tem até um "deadline": a chegada da tocha olímpica ao Brasil, prevista para meados de maio. A intenção é gerar um ambiente de festa, congraçamento e recomeço - com um novo governo para mostrar ao mundo.

Quanto mais Dilma representa o passado, mais Temer passa a personificar o futuro, para o bem e para o mal. Para o bem, porque o vice sonha entrar para a história como o presidente da transição que reconduziu o País aos trilhos. Para o mal, porque ele vai atrair, junto com montanhas de adesões, também os raios e trovoadas do PT.

Se o discurso do PT e do governo é de que está em curso "um golpe" contra a democracia, agora é hora de dar cara, voz, cor e partido a esse "golpe". É por isso que o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT), acusa Temer de "chefe do golpe" e o líder no Senado, Humberto Costa (PT), ameaça: se Dilma for destituída, Temer "seguramente será o próximo a cair".

É a estratégia do medo, enquanto o Planalto troca as negociações partidárias (no "atacado") por cooptação deputado a deputado (no "varejo"). Ambas ?" o medo e o varejo ?" são de altíssimo risco e de resultados incertos porque, quando a onda encorpa, ninguém segura.

Com o rompimento do PMDB, o cálculo de governo e oposição é que os partidos da base aliada vão debandar. O PSB já se foi e, aliás, fez um programa de TV duríssimo contra o governo na semana passada. O PRB também já vai tarde, apesar de a Igreja Universal do Reino de Deus ter lá seus interlocutores com o Planalto. O PSD libera os correligionários para votarem como bem entenderem. O PP e o PR serão os próximos.

Dilma acha que, além de comprar um voto daqui outro dali no Congresso, é capaz de se sustentar graças aos movimentos sociais alinhados com o PT. Eles vão às ruas agora para gritar contra "o golpe" e são uma ameaça a um eventual governo Temer ?" como, de resto, a qualquer composição que substitua Dilma e exclua o PT. Isso, porém, depende muito menos de Dilma e do governo e muito mais de Luiz Inácio Lula da Silva.

PT, CUT, UNE, MST... não vão às ruas por Dilma, mas sim por Lula e o que ele chama de "nosso projeto", ameaçado pela Lava Jato e pela quebradeira da Petrobrás, mas principalmente pelo desastre Dilma, que desestruturou de tal forma da economia a ponto de, como informou o Estado, fechar 4.451 indústrias de transformação num único ano, 2015, e num único Estado, São Paulo, gerando milhões de desempregados. Não foi à toa que em torno de 400 entidades publicaram um contundente anúncio nos jornais de ontem clamando pelo impeachment.

Aí chegamos a Lula e à conversa que ele teve com o vice Michel Temer em São Paulo, em pleno Domingo de Páscoa. Lula não iria a Temer mendigar uma reviravolta do PMDB ou o adiamento da reunião que selou o fim da aliança com o Planalto. Mas Lula iria ao vice, sim, fazer uma avaliação dos cenários (inclusive o de Dilma fora, Temer dentro) e discutir um pacto de convivência que, em vez de destruir a transição com Temer, possa construir uma chance para o PT em 2018. De forma mais direta: Lula e o PT sabem que Dilma está perdida e já discutem o "day after". Partir para um guerra com Temer em que ninguém sobreviveria ou selar uma trégua para uma recomposição de forças políticas e a recuperação da economia?

Para todos os efeitos, Lula está empenhado ao máximo em salvar Dilma. Na prática, está se mexendo para nem ele nem o PT morrerem com ela. Isso passa por um acordo com Temer e pode chegar a uma ordem de comando para, no caso da posse do vice, o exército vermelho sair das ruas e ficar apenas de prontidão.
Herculano
30/03/2016 06:58
DRENAR O PUS QUE AMEAÇA A DEMOCRACIA REPRESENTATIVA É O PAPEL DO JUDICIÁRIO, por Francisco Daudt, psicanalista e médico, para o jornal Folha de S. Paulo

"Ah, essa Lava Jato vai parar o país!" Para mim que sou médico essa afirmação faz tanto sentido quanto dizer: "Ah, o cirurgião vai parar a vida do paciente só porque ele está com apendicite aguda".

Sim, em ambos os casos a alternativa é a morte: no segundo, a morte física; no primeiro, a morte moral, a desistência de lutar por um país ético, pela decência, pela integridade de valores prezados.

A metáfora médica se justifica, pois nossa democracia está doente de cinismo, de escárnio, de hipocrisia, de mentira, de distorções do pensamento lógico, doente de falácias que não visam convencer, visam vencer, derrotar e se impor pelo autoritarismo como vemos num doente muito mais grave do que nós: a "democracia" bolivariana da Venezuela.

Voltando à medicina, um princípio que data de Galeno diz: "Ubi pus, ibi dreno" ("Onde estiver o pus, aí se drene"). Um processo infeccioso é contido pelo organismo em um local isolado. Aí combatem os soldados da defesa, os glóbulos brancos, contra as bactérias invasoras.

Os soldados mortos fazem o pus com seus cadáveres, esse pus se mistura às bactérias e formam uma mistura altamente venenosa, fechada naquele tumor. Mas as defesas do organismo não vão segurá-la isolada indefinidamente. Haverá o momento em que a barragem de Mariana se romperá e o veneno se espalhará pelo sangue de maneira fatal. Como impedir que isso aconteça? Drenando obsessivamente o pus do corpo onde quer que ele se acumule.

Essa é a doença de nossa democracia; esse é o brilhante papel que o Judiciário está desempenhando, o de drenar o pus que ameaça matar a democracia representativa.

"Ah, mas aí não vai sobrar nenhum político que nos represente, vão surgir messiânicos salvadores da pátria, vão surgir Bolsonaros, aventureiros como o Collor".

É um risco que se corre, realmente. Mas, estive pensando, se a nossa democracia é representativa, se o poder é para ser exercido por alguém que nos represente, quem me representa hoje? Olhei em volta e vi um deserto de homens e de ideias.

A própria oposição em quem um dia depositei alguma esperança, hoje me parece tíbia e hesitante, quando não francamente idiota, como quando o candidato apareceu com a roupa coberta de adesivos de estatais, para negar sua intenção privatizante em vez de defendê-la.

Que política emergirá da necessária remoção do pus? A antipolítica perigosa? Talvez.

Mas pode surgir a "uberpolítica": lembrei que os motoristas de táxi começaram a se portar bem, a ser educados e atenciosos quando o Uber entrou na competição. Pois então: num clima de honradez, de constante vigilância da população, de repudio à canalhice, com iniciativas populares como a Ficha Limpa e as Dez Medidas Contra a Corrupção em funcionamento, é possível que gente de bem e honrada comece a se interessar em ingressar na política partidária.

É possível que os velhos políticos, mestres em sobrevivência, comecem a se comportar melhor, representando o povo mais que seus interesses.

Hoje, você conhece alguém que te represente por afinidade de valores interessado em ingressar na política
Herculano
30/03/2016 06:51
GOVERNO DILMA VIRA DISNEYLÂNDIA DE FISIOLOGICOS, por Josias de Souza

Acossada pelo risco de impeachment e abandonada pelo PMDB, Dilma Rousseff vive um desses momentos em que a vida exige de um governante a tomada decisões definitivas. São escolhas irreversíveis, que definem o que o resto do governo dela será, dure o quanto durar.

Aconselhada por Lula, Dilma examinou as alternativas. E decidiu: eu quero que o meu governo seja mais PP e mais PR. Mandou às favas o fato de o PP ser o partido mais enrolado no petrolão. Deu de ombros para a evidência de que o PR é um cartório a serviço do mensaleiro Valdemar Costa Neto.

Se isso não for suficiente para deter o impeachment, Dilma deseja passar à história como a presidente que rateou cargos e vendeu a alma para partidecos como Pros, PHS, PEN, PTdoB e PTN, transformando sua gestão numa espécie de Disneylandia do fisiologismo.

Dilma ainda dispõe da alternativa de desafiar Lula e dar um novo rumo à sua biografia. Isso poderia representar um suicídio político, apressando o impeachment. Mas uma morte com glória também pode ser o começo de uma redenção.

Por mal dos pecados, Dilma prefere ser Dilma. Já havia terceirizado a presidência a Lula. Agora, deixa de ter aliados. Eles é que a possuem. Não é certo que consiga barrar o impeachment. Mas ninguém mais tem dúvidas sobre quem Dilma decidiu ser.
Herculano
30/03/2016 06:48
A OLIGARQUIA DEPENOU O PT, por Élio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

O PMDB nunca pensou, não pensa em sair do governo e sente-se ofendido se alguém admite essa hipótese. Quem corre o sério risco de sair do governo é­ o PT. O partido que foi de Ulysses Guimarães e Tancredo Neves e hoje é de Eduardo Cunha e Renan Calheiros quer apenas tirar uma licença de alguns meses, até o início do governo de Michel Temer, seu atual presidente.

A ideia de que o PMDB resolveu sair do governo não tem nexo nem propósito e se destina apenas a esconder um objetivo. Os doutores querem que se creia que nada têm a ver com a ruína do governo e pretendem retornar ao poder como se Michel Temer fosse o sucessor constitucional da senhora Rousseff por ocupar a vice-presidência do Flamengo, não a da República, eleito por duas vezes, sempre compartilhando a chapa.

O PMDB sai do governo para continuar no poder, dando esperanças a oposicionistas que não tiveram votos e a todos os gêneros de maganos tementes da Operação Lava Jato. Ninguém sabe quais são os planos dessa coalizão para um eventual dia seguinte à posse de Temer, mas seu objetivo essencial está claro: trata-se de desossar a Lava Jato.

A armação oligárquica precisa sedá-la, pois há barões na cadeia e marqueses temendo a chegada dos homens de preto da Federal.

O PT e Dilma reagiram às investigações das ladroeiras com uma conduta que foi da neutralidade-contra à pura hostilidade. Se hoje a rua grita o nome do juiz Sérgio Moro e pede "fora PT", isso se deve em parte à incapacidade dos companheiros de perceber que se tornaram fregueses num jogo viciado.

O comissariado acorrentou-se à própria falta de princípios. Desprezou a lição trazida pelas sentenças do mensalão e achou que pularia a fogueira do petrolão. A cada um desses lances de soberba jogou n'água uma parte de suas bases populares. Confiando na própria esperteza, foi para um carteado com jogadores profissionais e um baralho viciado. Os oligarcas depenaram-no. (Refresco para a crise: Quem quiser pode ver "Cincinnati Kid", com Steve McQueen e Edward G. Robinson num de seus melhores momentos. Nessa mesa, o baralho era honesto.)

Sem cartas, Lula compara-se a Getúlio Vargas e seu comissariado grita "golpe!". Tudo parolagem. Getúlio foi encurralado por uma rebelião militar a partir de um caso em que membros de sua guarda pessoal tentaram matar o principal líder da oposição.

Getúlio era um homem frugal. Ao contrário de Lula, nunca teve apartamento na praia e sua fazenda vinha de herança familiar. Não pode ser golpe o cumprimento de um dispositivo constitucional seguindo-se o ritual da lei, sob as vistas do Supremo Tribunal Federal.

Resta uma questão: as pedaladas fiscais não seriam motivo suficiente para o impedimento de um presidente. Além das pedaladas há sobre a mesa otras cositas más. Admita-se que essas cositas fazem parte de outro processo. Na atual etapa, tudo desemboca numa questão político-aritmética: a Câmara só poderá decidir a abertura do processo contra a doutora pelo voto de dois terços de seus deputados. Como Dilma, eles foram eleitos pelo povo e a Constituição diz que é deles a decisão nessa fase do julgamento. Sem os dois terços não haverá impeachment. Com eles, haverá. Ademais, era nesse Congresso que o PT cevava sua maioria, a famosa base de apoio
Herculano
30/03/2016 06:42
IMPEACHMENT JÁ TEM DATA MARCADA: 21 DE ABRIL, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

O impeachment da presidente Dilma Rousseff será votado na Câmara dos Deputados no feriado de 21 de abril, uma quinta-feira, segundo garantem os principais líderes partidários. A intenção do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), era pôr o assunto em votação no domingo 17 ou 24 de abril, com o povo na rua, mas a tendência é que seja realizado mesmo no Dia de Tiradentes. Com o povo na rua.

A COBRA VAI FUMAR
Como restam poucos dias, haverá intensificação dos conchavos para garantir votos pró-impeachment (e pró-governo Temer) ou pró-Dilma.

FIEL DA BALANÇA
A vitória do impeachment ou de Dilma passará pelo entendimento com as bancadas de 140 votos do PP, PR, PSD e PRB, o fiel da balança.

TOMÁ LÁ, COMPANHEIRO
O Planalto tenta convencer PP, PR, PSD e PRB a aceitarem a "herança" de sete ministérios e 600 cargos abandonados pelo PMDB

DILMA TEM PRESSA
O Planalto quer pressa na votação do impeachment, temendo as articulações, já iniciadas, com vistas a eventual governo Michel Temer.

PP NÃO DECIDE TÃO CEDO SE ROMPE COM O GOVERNO
Documento assinado por um terço dos deputados federais do PP, como mandam seus estatutos, convoca reunião da executiva nacional do partido para discutir o rompimento com o governo Dilma. Mas faltou combinar com o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que é quem marca a data da reunião. E isso não acontecerá nesta quarta-feira (30), como muitos imaginam.

BANCADA DIVIDIDA
Ciro Nogueira reafirma que o PP é aliado do governo, mas admite que há dificuldades: boa parte da bancada na Câmara é hostil a Dilma.

LADO VENCEDOR
O senador Ciro Nogueira está convencido de que o PP estará no lado vencedor, seja qual for. "Eu não vou conduzir o PP à derrota", avisa.

DEPENDE DOS VENTOS
Ciro reconhece que se houver uma tendência nítida pelo impeachment ele não conseguirá garantir nem mesmo 5 votos pró-Dilma.

A VEZ DA EFICIÊNCIA
Em mensagem enviada a evento internacional de Direito em Portugal, o vice Michel Temer deixou clara a estratégia de seu eventual governo, ao afirmar que o Brasil passou por uma democracia liberal, uma social e é hora de viver a "democracia da eficiência". Com ele na presidência.

T?" FORA
Prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT) disse ao presidente estadual do partido, Osmar Dias, que o partido deve desembarcar do governo Dilma. Se não adotar essa postura, ele vai se declarar independente.

BOQUINHAS ALICIANTES
Dos 49 deputados do PP, 30 defendem o impeachment. Outros acham que é a oportunidade de garantir no governo cargos que "furem poço", como definiu certa vez Severino Cavalcanti, antigo filiado ao partido.

QUEM APAGA A LUZ?
O senador Walter Pinheiro (BA) surpreendeu, desfiliando-se do PT, onde já não se sentia confortável após mais de 23 anos de militância. Como ele, outros deputados e senadores petistas devem "vazar".

INS?"NIA NO ALVORADA
O depoimento de Renato Bayard, ex-Odebrecht, anda tirando sono no Palácio Alvorada. Ele atuou na Lei dos Portos, e testemunhou muita coisa. Sua filha, Julyana, também saiu do grupo, deixando a diretoria financeira da OTP, empresa da Odebrecht que controla a Embraport.

LARGADA DO IMPEACHMENT
A oposição comemorou o rompimento do PMDB com o governo. "O impeachment ganha força", afirma o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP). A debandada deve se alastrar.

É O FIM DO CAMINHO
O governo achou que está mesmo no fim diante da manifestação do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) apoiando o impeachment. Raupp é conhecido pelo estilo conciliador e de ser "extremamente governista".

MELANCIA NA LÍNGUA
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) tenta chamar a atenção pela agressão abaixo da linha de cintura. Chamou de "assaltante" o vice Michel Temer. O tucano Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) lembrou que assalto foi o que os petistas fizeram na Petrobras. O tempo fechou.

PENSANDO BEM...
...agora, mais que nunca, Dilma bem que precisava de marqueteiro.
Herculano
30/03/2016 06:36
OS DONOS DA FESTA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Com a ausência do vice-presidente Michel Temer, a reunião nacional do PMDB, realizada nesta terça-feira (29) em Brasília, formalizou em clima festivo, e em poucos minutos, a ruptura do partido com o Palácio do Planalto.

A decisão, inegavelmente insólita no histórico de fisiologia da legenda, representa sério baque para as esperanças governistas de barrar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Ainda que existam alguns pontos de dissenso dentro da agremiação - caso dos ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Marcelo Castro (Saúde) e Kátia Abreu (Agricultura) -, eles parecem insuficientes para reequilibrar a balança no Congresso, cada vez mais favorável aos anseios oposicionistas.

Se Temer haverá de ser o principal beneficiário de eventual afastamento de Dilma, ele não foi o único dono dessa, passe o trocadilho, reunião a jato promovida pelo PMDB. A festa também pertencia ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que há vários meses manifesta diuturna hostilidade contra o Planalto.

O paradoxo e a complexidade desta crise política se expressam nessa circunstância. O PMDB apenas cumpre, com a proverbial astúcia de seus membros, o roteiro imposto pela sobrevivência política.

Embora a sigla se associe ao repúdio da expressiva maioria da população, é incontornável a constatação de que, a começar de Cunha, a rebeldia da legenda não a isenta das mais sérias desconfianças.

Os peemedebistas que agora rompem a sociedade mantida durante toda a administração petista intentam uma proeza. Saem do governo como se dele não houvessem participado, fingindo trazer a solução para um problema que não ajudaram a criar. Nada mais falso.

Ademais, enquanto o processo de impeachment corre com celeridade, é natural que a mesma população que quer o afastamento de Dilma se pergunte como o presidente da Câmara se mantém no cargo.

Cunha tem sido o regente de toda a investida oposicionista. Não só articulou diretamente a nomeação do presidente e do relator da comissão especial do impeachment como também atenta para detalhes como a garantia de seu quorum.

Paralelamente, noticia-se que Eduardo Cunha, valendo-se de seu notório conhecimento regimental e de sua influência sobre dezenas de deputados, pavimenta caminhos para escapar ileso do processo que enfrenta no Conselho de Ética.

A cisão entre o mundo político e a opinião pública, concentrada no impeachment, também se manifesta no que tange a Cunha e ao PMDB. Dessa perspectiva, a cerimônia desta terça-feira em nada altera o quadro geral.
Lesma Zúque
29/03/2016 21:18
Segundo o FBI o Sr. Herculano está tumultuando.
Isso é bem o que pensa o PT.

FBI
29/03/2016 14:51 Veja bem Herculano... para que serviu a Audiência Pública? Você esteve alí? Não!

Eu digo: Pra encher o saco dos gasparenses, e o PT não sabe fazer outra coisa.

Foi resolvido algo? Não!

Eu digo: As ideias do PT nunca são resolvidas pois não servem pra nada.

A Prefeitura já tinha desistido da ideia? Sim!

Eu digo: Desistiu não, fugiu porque estamos em ano de eleição e a discussão iria engrossar.

Mudou alguma coisa na vida de qualquer gasparense? Não!

Eu digo: Mudou porque diversas pessoas do Belchior tiveram que mudar seus planos no dia para ir na reunião, na qual foram feitos novamente de tolos.

Simples, mas você faz questão de tumultuar... Sempre.

Eu digo: Simples, mas o PT faz questão de tumultuar...
Sempre.
E digo mais: O povo está de saco cheio dessa turma de enrolador e enganador. Eu outubro vai sumir PT, PMDB, PSB, PP.
Carrapataço
29/03/2016 20:45
O Brasil tá mostrando como se mata a jararaca e mostra o pau.
Anônimo disse:
29/03/2016 19:17
Herculano, do O Antagonista:

... e então, diante do espelho, Michel Temer ajeitou a gravata, conferiu o penteado e disse:
"Decorativo, eu?"

Aguardamos Temer demitir todos os parasitas petistas.
IP USA
29/03/2016 19:16
Herculano, o SR. PTralha não é imperialista, IP`s da Romênia e República Tcheca respectivamente, este maluco tá pra Gestapo KGB.KKKKKKKK

Herculano
29/03/2016 17:47
AS DIFERENÇAS ENTRE LULA E JESUS, por Carlos Tonet

Nesse feriadão de Páscoa foi possível identificar postagens de petistas comparando Lula a Jesus.

Blogs e páginas petistas nas redes sociais espalharam a ideia de que ambos teriam sido delatados e condenados sem provas.

Alguns fatos, porém, tornam Jesus bem diferente de Lula:

Jesus não tinha triplex de frente para o Mar da Galiléia.

Jesus não tinha sítio em Cafarnaum.

Jesus transformava água em vinho e dividia com todos ao invés de manter adega climatizada com vinhos só pra ele.

Jesus andava a pé, não usava camelos cedidos por amigos ricos para viajar de Jerusalém a Betsaída.

Jesus expulsou os vendilhões do templo, não negociou cargos e comissões com eles.

Jesus não tinha discípulos presos por corrupção.

Jesus não era dono de pedalinhos no Lago Genesaré.

Jesus poderia fazer o milagre de ressuscitar Dilma. Lula, não.
Herculano
29/03/2016 17:41
PT CRITICAVA NO JULGAMENTO DE COLLOR O FISIOLOGISMO, RESSUSCITADO SOB DILMA, por Josias de Souza.

Parte 1

Incorporado à base congressual dos governos petistas desde a gestão Lula, Fernando Collor foi alvo de ataques implacáveis do PT durante a tramitação do processo de impeachment que o arrancou do Planalto em 1992. As críticas eram mais ácidas quando se referiam à principal arma de resistência de Collor: o fisiologismo. Decorridos quase 24 anos, Dilma lança mão da mesma artilharia para tentar salvar o seu mandato. A diferença é que, agora, o PT já não acha o fisiologismo tão execrável.

"Não devemos dar como ganha a batalha do impeachment, porque o governo não vacila em reunir ao seu redor o núcleo fisiológico e corrupto que sempre o sustentou, utilizando-se de verbas, cargos e Ministérios para conseguir 168 votos nesta Casa e arquivar o pedido de impeachment", discursou o então deputado José Dirceu (PT-SP), do alto da tribuna da Câmara, em 1º de setembro de 1992.

Hoje, Dilma precisa de 172 votos para barrar o seu impedimento. No esforço para obtê-los, radicalizou a tática do fisiologismo. Já não negocia apenas com as cúpulas partidárias. Abriu um varejão em que as emendas orçamentárias e os cargos são ofertados em negociações individuais. Estima-se que o rompimento do PMDB com o governo, formalizado nesta terça-feira, levará para esse balcão algo como 500 cargos federais. Uma farra.

Preso em Curitiba, o Dirceu de hoje talvez tenha saudades do deputado combativo que foi em 1992. "O presidente mente ao país, devendo, por isso, responder por crime de responsabilidade", dizia o ex-Dirceu. "É urgente que o presidente da República seja afastado do seu cargo pela Câmara dos Deputados e julgado pelo Senado Federal. Só assim poderemos recompor a unidade político-partidária e as funções político-administrativas do governo."

Imaginava-se que o impeachment de Collor e a posse de Itamar Franco ?"o Michel Temer daquela época?" entrariam para a história como marcos redentores da política nacional. Mas deu tudo errado. Hoje, suprema ironia, Dirceu e Collor coabitam o mesmo escândalo. Patronos de algumas das nomeações de petrogatunos efetivadas no governo Lula, os dois são protagonistas do petrolão. Uma evidência de que, com o tempo, o vocábulo governabilidade, cultuado por todos os governos do Brasil pós-redemocratização, tornou-se um abracadabra para a caverna de Ali-Babá.

Na mesma sessão do dia 1º de setembro de 1992, discursou o então deputado José Genoino (PT-SP). Ele ecoou o companheiro Dirceu, carregando nas tintas morais: "A sociedade tem de optar entre os que querem acabar com a impunidade e os que querem que ela continue prosperando debaixo dos conchavos, das negociatas que levaram o país a esta decadência ética e moral."

Genoino é, hoje, um ex-integrante da bancada do PT na penitenciária da Papuda. Trancado nos rancores que colecionou durante o processo do mensalão, tornou-se um ex-deputado recluso. Naquela época, ele dava as mãos ao asfalto: "Aqueles que querem fazer a cirurgia, independentemente de partido, têm de se juntar aqui dentro e nas ruas, para que a sociedade brasileira, que espera uma solução democrática e constitucional para esta crise, não venha a frustrar-se. Se a esperança desta juventude, que brotou das ruas, for sacrificada por algum jeitinho para manter este governo, estaremos sacrificando uma geração, estaremos sacrificando uma possibilidade histórica neste país."
Herculano
29/03/2016 17:41
PT CRITICAVA NO JULGAMENTO DE COLLOR O FISIOLOGISMO, RESSUSCITADO SOB DILMA, por Josias de Souza.

Parte 2

Na sessão de 22 de setembro de 1992, outro petista de mostruário, Paulo Rocha (PT-PA), escalou a tribuna da Câmara para metralhar a tática fisiológica de Collor: "?Os governistas continuam apostando na compra de votos, através da distribuição de recursos da União a fundo perdido e da intermediação de verbas a Parlamentares, para a rejeição do impeachment. Não podemos nos calar diante desse vergonhoso saque nas instituições públicas, dentro da lógica mais espúria do fisiologismo."

Dias antes, em 9 de setembro, Paulo Rocha, hoje um membro da bancada de senadores do PT, pedia pressa no julgamento de Collor: "?Este Congresso não pode mais esperar. O povo brasileiro está impaciente, angustiado, porque, além da crise política, está passando, por uma situação difícil. Os mais pobres estão em desespero.''

O Brasil retratado no discurso de Paulo Rocha também arrostava problemas econômicos: "?O país está parado. Qual a perspectiva de futuro para o nosso país? Qual a resposta das instituições brasileiras para a situação do Brasil? A resposta está aqui, no Congresso Nacional, em nossas mãos. [?] Só aqueles que vivem do favorecimento, só aqueles que vivem mamando nas tetas da coisa pública, insensíveis, desonrados, traidores, não escutam o clamor da sociedade. Portanto, urge que este Congresso dê ao Brasil uma resposta política para as crises econômica e social. E, mais ainda, que dê uma resposta aos anseios da sociedade pela volta da moralidade na administração pública?"

A exemplo de Dilma, Collor também acusava os partidários do impeachment de golpistas. Dizia que eles integravam um "sindicato do golpe". Na mesma sessão do dia 9 de setembro de 1992, o petismo contou com a ajuda de um velho aliado, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para se contrapor à pregação de Collor.

Aldo, hoje ministro da Defesa de Dilma, realçou na época que o processo de impeachment guiava-se pela Constituição. E lembrou que o texto constitucional é especialmente generoso com o acusado: "Quanto ao prazo para o direito de defesa do presidente da República, está este mais do que assegurado. Querem melhor proteção, querem mais democracia, querem mais direito de defesa do que esta Casa precisar de dois terços de seus votos para autorizar processo contra um corrupto? Para que mais proteção? Para que mais democracia? Para que mais direito de defesa? Para garantir a absolvição de um cidadão evidentemente envolvido em falcatruas?", indagou Aldo.

Ele prosseguiu: "Os senhores precisam de apenas um terço para negar e nós precisamos de dois terços dos votos desta Casa para autorizar o Senado Federal a processar o Presidente da República. Então, que se calem essas vozes da inquietude da intranquilidade, porque democracia aqui existe e está assegurada pelo quórum e pelo supremo direito de defesa que esta Casa e o Senado Federal haverão de assegurar ao Excelentíssimo senhor presidente Collor de Mello."

Também presente à sessão, José Dirceu deu de ombros para os que enxergavam golpe no impeachment: "?Se querem protestar, que protestem contra a Constituição e contra o constituinte que estabeleceu apenas a autorização para esta Casa. Além disso, o senhor presidente da República tem o direito da defesa prévia na admissibilidade. E esta Casa, também com base na Constituição de 1988, concedeu ao presidente Fernando Collor um direito que presidente de país nenhum tem: Sua Excelência só poderá ser processado e julgado pelo Senado da República depois da autorização de um quórum ultraqualificado de dois terços de Deputados."

Oito dias antes, José Genoino soara ainda mais peremptório no plenário da Câmara: "Está provado que aquele que se elege não está acima das leis e da Constituição; se cometer crimes contra a lei ou a Constituição, aqueles que o elegeram podem lhe tirar o mandato."
Herculano
29/03/2016 17:14
Ao que se esconde e se torna valente como FBI

A prova da sua delinquência e pertubação mental em defesa da ladroeira é esta afirmação que não vou desmenti-la, mas quem me viu por lá:

"Herculano fale a verdade... você não esteve na audiência. Você não foi visto por ninguém lá. Alías em Gaspar você não está nunca".

Aliás, este truque é manjado e está sendo desmascarado no Brasil inteiro. Mais. Foi lá no Belchior com aquele papelinho que dizia o porta voz da prefeitura ser uma coisa, e era bem diferente.

E para quem tiver curiosidade, o anônimo postou as 14.51 no IP 109.163.234.2 e as 16.58 no IP 77.93.203.35
FBI
29/03/2016 16:58
Herculano fale a verdade... você não esteve na audiência. Você não foi visto por ninguém lá. Alías em Gaspar você não está nunca.

Ninguém usurpou terra de ninguém! Ninguém tirou nada de ninguém. A prefeitura ofereceu uma sugestão. Errada, claro que foi, mas reconheceram o erro, voltaram atrás. A voz do povo meteu medo neles, mas isso não lhe dá o direito de você caluniar quem bem entende.

Hoje controlas um jornal que não conseguiu andar com suas pernas e acha que isso lhe dá o direito de caluniar, e atacar quem bem entendes. Tem um bloqueiro no Paraná que é o Ismael Moraes, lá ele ganha dinheiro público, para criticar adversários do PT. Ele é um verdadeiro boca alugada. Não quero te comparar a ele, porque ele sim não se esconde, mostra a cara e partido que defende.
Odir Barni
29/03/2016 16:36
Caros, Herculano e Sérgio Almeida; como servidor inativo do município de Gaspar e como primeiro presidente do Sintraspug, tivemos a grande honra de elaborar o ¨Estatutos do Servidores Públicos Municipais de Gaspar¨. Foram muitos meses de discussão, até atender todos os pleitos que a nona Constituição Brasileira de 1988 nos trouxe. Fizemos concursos para enquadrar os menos escolarizados e coda um foi respeitado dentro de suas funções. Como sempre digo, eu não me preocupei com a minha função como técnico em contabilidade, cargo de muita responsabilidade. As mudanças ocorreram na Gestão Chico Hostins que, como professor priorizou muito mais o Magistério; dando oportunidade de aos formados no ensino superior, antes ignorado. Além dos Estatutos criamos o Plano de Carreira e Plano de Cargos de Salários. O Plano de Carreira beneficiava os detentores que tinham ¨horas cursos¨dentro de suas atribuições. Realizei um trabalho , fotocopiando todos os cursos dos servidores, partindo dos mecânicos da garagem até ao Magistério. Foram mais de 1000 fotocópias que, para nossa decepção não foram considerados.Agimos imediatamente mas, segundo os assessores jurídicos do município e da Câmara Municipal, os referidos cursos só teriam validade após a promulgação e publicação da Lei 1305 (Estatutos dos Servidores). Para ingressar como auxiliar de contabilidade em Gaspar eu precisei ir à Florianópolis e fazer minha inscrição provisória no CRC, cujo número era 94, mais tarde como com o concurso apresentei meu CRC 7167, eu tinha o segundo vencimento do município, antes de mim só os diretores. Mais tarde com as inovações todos os que ocuparam cargo de confiança e incorporaram suas funções, mesmo sem nenhum título, até motoristas se aposentaram com proventos maior que os meus. Voltando ao caso do aumento da Câmara; os municípios na sua maioria tem seus quadros de servidores escolhidos através de concursos, sendo que quase todos vieram do Executivo, neste ponto eu me perdi, fui convidado e declinei; todos os meus amigos de Prefeituras estão aposentados pelas Câmaras com cargo igual só com vencimentos muito superior. Agora a grande jogada: Os servidores das Câmaras são regidos pelos Estatutos do Município, só que criaram um ¨Plano de Cargos e Salários¨ só para eles. Daí surge a grande jogada, por Decreto o presidente da Casa , com a anuência de seus pares dá o aumento na hora que quiser, sempre fazendo alusão as Leis. Pra mim o Cunha é pequeno diante de tantos espertalhões que temos nessas Câmaras de Vereadores. O BRASIL PRECISA SER PASSADO A LIMPO!
Herculano
29/03/2016 15:58
AO FBI

Veja bem Herculano... para que serviu a Audiência Pública? Você esteve alí? Não!
Respondo: estive

Foi resolvido algo? Não!
Respondo: Foi. O povo ratificou aquilo que a imprensa e as redes sociais relatavam e os políticos do PT e da administração municipal de Gaspar tentavam desconstruir.

A Prefeitura já tinha desistido da ideia? Sim!
Respondo: tinha, mas antes tentou levar todos ao erro com a emenda aditiva número 1 PL 5

Mudou alguma coisa na vida de qualquer gasparense? Não!
Respondo: dos belchiorenses mudou. O sentimento bicentenário por aquela terra não foi usurpado entre poucos, alienígenas e em gabinetes.

Simples, mas você faz questão de tumultuar... Sempre
Respondo: quem tumultuou mesmo? Eu? Quem deu o nome para o distrito sem identificação com a comunidade? Eu? Quem tentou ir adiante com a aventura remendando com a primeira emenda aditiva o que nasceu torto? Eu? Quem teve depois de exauridas todas as manobras voltar atrás? Eu?

Então concluo com a sua conclusão: simples. O leitor e a leitora pode concluir que mesmo tumultua neste e outros casos. Ou esclarecer é tumultuar? Acorda, Gaspar!
FBI
29/03/2016 14:51
Veja bem Herculano... para que serviu a Audiência Pública? Você esteve alí? Não!

Foi resolvido algo? Não!

A Prefeitura já tinha desistido da ideia? Sim!

Mudou alguma coisa na vida de qualquer gasparense? Não!

Simples, mas você faz questão de tumultuar... Sempre.
Erva Daninha
29/03/2016 14:15
Olá, Herculano;

Comentário das 07:52Hs.
Quem aprovou o reajuste integral deve ser a ala ignorante da câmara.
Os políticos acham que existe dinheiro do governo.
Não existe. O dinheiro é de quem paga impostos.
Sergio L.B Almeida
29/03/2016 14:14
Herculano

Vamos por partes.

Não estou querendo justificar nada, pois penso que agi de acordo com aquilo que penso, então não há o que justificar.

Escrevo nesta coluna e para seus leitores a fim de provocar a reflexão, pois é muito fácil ficar num discurso vazio de coerência.

Não sei se falas do mesmo PL que eu, pois do qual me refiro, dizia justamente sobre a reposição dos servidores da câmara.

O fato dos vereadores serem "beneficiados" com a reposição da inflação, qual o problema? Os mesmos não sofrem os efeitos da inflação?

Embora, me sinta bem a vontade para debater o assunto, pois encerro minha participação no legislativo hoje. Portanto a suposta tese de que legislo em causa própria, não me atingi.

Em relação a reposição dos servidores do executivo, nunca concordei, também tem um vídeo em minha pagina no facebook sobre o assunto.

Sei que o assunto não se esgota por aqui, pois a dialética por si só, nos leva a ter olhares e opiniões diversas em relação ao mesmo assunto, e isso, nós precisamos respeitar.

Um abraço.






Digite 13, delete
29/03/2016 14:03
Oi, Herculano;

"OS POLÍTICOS SEMPRE SALVAM A SUA PR?"PRIA PELE".

O rato é um animal extremamente esperto e oportunista, com raro instinto de sobrevivência.
Por isso o reajuste dos subsídios foi aprovado.
Belchior do Meio
29/03/2016 13:54
Sr. Herculano:

A insatisfação dos políticos é porque as verdades que sempre vimos a olho nu, eram manipuladas pela imprensa vendida, agora fugiram do controle e se esparramaram pelo País.
Mariazinha Beata
29/03/2016 13:46
Seu Herculano:

Se é o "deretor" (conhecido no Bairro dele como a Vergonha do Belchior) que está reclamando dos comentários da Coluna, tenho um recado para o ancião:

Cada representante político que você elege, tem obrigações e compromissos com você, porque ele só está lá em função da sua confiança.

Sacou, vovô?
Bye, bye!
Herculano
29/03/2016 13:44
Ao
Sérgio L.B Almeida

Incoerência, ao contrário do que tenta agora se justificar, é dar tratamento desigual para assuntos iguais. Todos os servidores - os da prefeitura e da Câmara - pleiteavam os mesmos 11,31% de reajuste. Um ganhou uma parte, o outro o total, com a diferença de que também abrangiam os próprios vereadores que votavam.

Se se posicionou contra a retirada do PL da pauta como argumenta, mas quando o PL foi à votação, votou com algo que diz agora não concordar. Ou seja, estabeleceu-se, mais uma vez, numa incoerência.

É verdade."Os servidores da Câmara não tiveram 'aumento' e sim apenas a reposição da inflação". Os vereadores também ganharam a reposição e votaram pensando em si usando como mote os servidores da Cãmara como escudo. O vereador sindicalista esqueceu de mencionar isto também na missiva.Enquanto isso, os servidores municipais - a quem diz representar na Federação - amargaram um parcelamento duvidoso.

Desnecessário reforçar a autonomia da Câmara e a independência dos vereadores, como escreveu na lição. No meu comentário também ressaltei à separação dos Orçamentos dos dois poderes e isto parece ter sido ignorado. E elas - autonomia e independência foram exercidas em sua plenitude e nada, devido a isto, a contestar.

Entretanto, não usufruí-las agora - a autonomia e independência - plenamente, só porque isto provoca mal estar e necessidade de explicações neste momento, é outra incoerência (das muitas que podem ser debatidas neste caso).
Sujiro Fuji
29/03/2016 13:15
GASPAR torna-se uma cidade miserável com o escárnio do governo petista. E não esqueçam dos partidos que apoiam:

PMDB - PP - PSD - PDT - PCdoB - PR - PTB - PRB ... #ForaRatos
Sérgio L.B Almeida
29/03/2016 13:11
Herculano

Não pretendia me manifestar em relação a "REPOSIÇÃO DAS PERDAS DA INFLAÇÃO", aos servidores do legislativo gasparense.

Porem observo uma certa incoerência em querer atrelar uma negociação a outra.

Se tem algo que tenho pautado minha vida é pela coerência, tanto é que desde o principio das discussões sobre o PL que concedia a reposição, me posicionei pela aprovação do mesmo, sendo contra a retirada do referido Pl da pauta. Esta registrado é só pesquisar nos vídeos da Câmara.

Não poderia ter outra posição, pois se luto pelos servidores municipais do estado de SC, como teria posição diferente. Os servidores da câmara não tiveram "aumento" e sim apenas a reposição da inflação. Então, por favor, esse discurso de coerência apenas porque o executivo não honrou com seus servidores, não me parece o mais coerente. Tenho comigo que isso não passa apenas de posicionamentos divergentes dentre os vereadores, relacionados a interesses diversos.

Desnecessário ter de trazer à tona a independência dentre os poderes, seria chover no molhado.

Todavia reforço, a câmara tem autonomia, não só para repor a inflação, como também se assim entendesse, dar ganho real nos salários de seus servidores, e ai sim houve coerência não só por parte dos servidores, como principalmente pela mesa diretora que entendeu que neste momento tão delicado que nosso país esta passando, desnecessário entrar no mérito, não seria coerente repassar algo além da inflação.

O que passar disso, não passa de retórica e querer ser coerente com a incoerência.
Papa Bagre
29/03/2016 13:07
Sr Herculano Boa Tarde. O ex secretario Fernando Neves do Município de Ilhota deixou uma herança maldita aqui no município, deixou sua pupilá a senhorita Franciane C. Teixeira como coordenadora do CRAS de Ilhota, a qual sabidamente somente esta no referido cargo por ser muito amicíssima de Fernando.HUMMMMMMMMMMMMMM
Herculano
29/03/2016 13:01
O PMDB DE GASPAR COMO ELE É

Vereadores e líderes do PMDB de Gaspar estão choramingando pelos cantos. E o principal alvo é esta coluna, a líder em acessos, a preocupação das queixas. Fazem bobagem e ainda não querem que ninguém divulgue ou explore, principalmente num ano eleitoral.

Ou seja e resumindo: ao invés de policiar os seus atos que geram notícias e observações, querem policiar ou amordaçar os outros. Transparência, zero.

Estão insatisfeitos porque foram desnudados no voto contraditório que tiveram na Câmara onde penalizaram os servidores municipais com parcelamento incerto e beneficiaram eles próprios e os servidores da Câmara que foram reajustados de uma só vez.

Não queriam, esses líderes e vereadores que foram ou enviaram mensageiros às redações para reclamar, vejam só, a divulgação de um ato público, de agentes públicos e a comparação do ato que só eles próprios poderiam ter evitado se prestassem a atenção no que fazem, para atenuar, ou naquilo que fazem de propósito e não pensam nas consequências. Eles acham que todos da imprensa são uns tolinhos e a serviço deles.

O tempo da imprensa sob cabresto já passou. Se a imprensa - jornal, rádio, tevê e portais de notícias - não cumprir o seu papel, as redes sociais substituem com mais competência. Elas, hoje, aniquilam a credibilidade da imprensa tradicional que esconde aquilo que não tem como mais esconder nos dias de hoje.

Então esses líderes (e vereadores) não percebem que estão vivendo num outro mundo, ou seja, e ainda, de quebra, querem que a imprensa viva no mundo deles, o da lua. Além de quebrar a imprensa financeiramente, querem abalar a credibilidade. Vergonhoso. Acorda, Gaspar!
Sidnei Luis Reinert
29/03/2016 12:17
Certa do Impeachment, Dilma negocia com PMDB renúncia em troca de "anistia" para ela e Lula

Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Dilma Rousseff já tem certeza absoluta de que perdeu o segundo mandato fora do prazo previsto. Publicamente, não admitirá isto abertamente. Nos bastidores, participa de uma articulação inacreditável e que, se for verdadeira, é vergonhosa. Dilma aceitaria renunciar. Em troca, o novo Presidente (nesta hipótese, Michel Temer) concederia uma espécie de "anistia" político-jurídica para ela e Lula. Como diria o imortal craque Mané Garrincha, só falta combinar essa jogada com o juiz Sérgio Moro e com a Justiça dos EUA (doida para pegar Dilma, assim que ela não for mais Presidenta do Brasil, nos processos bilionários contra a Petrobras, na Corte de Nova York.

Esse inimaginável "plano de perdão" estaria sendo gestado por um ex-integrante do Supremo Tribunal Federal e um dos mais próximos estrategistas do vice Michel Temer. O jurista Nelson Jobim também é um defensor, no ambiente político, de que o STF retome as rédeas de processos de grande repercussão política, como é o caso da Operação Lava Jato. A intenção é deixar Moro fritar o andar de baixo, enquanto os ministros indicados politicamente do Supremo cuidam do andar de cima. Claramente, a cúpula do PMDB, com cínico e providencial apoio total do PSDB, deseja minimizar os efeitos da Lava Jato sobre seus caciques.

A crise política ganha dimensões apocalípticas. O sempre governista PMDB já abandonou o PTitanic. Luiz Inácio Lula da Silva já recebeu o recado de que é inútil assumir o ministério de uma Presidenta já caída. Ainda mais depois que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, indicou ao Supremo Tribunal Federal que ele pode assumir a Casa Covil (perdão, Civil), porém isto não lhe garante o foro privilegiado. Assim, Lula permanece sob jurisprudência do juiz Sérgio Moro e cada vez mais próximo de arder no fogo purificador da Lava Jato. A única alternativa de Lula, prestes a queimar como carvão, é botar a petelândia e seus tentáculos criminosos para incendiar o Brasil. $talinácio é um Nero de mentira...

Nem com a saída de Dilma Rousseff (por impeachment, impugnação da chapa reeleitoral ou renúncia), não existe perspectiva de melhora concreta e estrutural no Brasil, em curto prazo. É instável, com grande probabilidade de radicalização, violência política e terror psicológico, o cenário do dia seguinte à queda do regime nazicomunopetralha. Ainda é conceitualmente fraco e perigosamente simplista o debate sobre soluções para tantos problemas criados desde a "proclamação" da esclerosada "Nova República" de 1985, quando os militares deixaram o Palácio do Planalto pela porta dos fundos, mais precisamente pela garagem, sem qualquer vontade de retorno (o que também não seria democraticamente ideal).

A crise econômica sinaliza que o tragédias estão próximas. Os grandes bancos já fazem reservas em seus de balanços de R$ 150 bilhões para os calotes. O principal temor é com a quebradeira sistêmica de empresas e o endividamento descontrolado das famílias. Pedidos de recuperação judicial e demissões em massa, com extinção de empregos, indicam que o Brasil caminha para uma depressão. Tende a se agravar a estagnação, combinada com carestia, loucura dos preços relativos e inflação, com a moeda valendo cada vez menos. A bagunça econômica, que causa medo e tensão, é sempre decisiva para derrubar governos péssimos e desqualificados.
Herculano
29/03/2016 12:16
E O PROVÁVEL RELATOR DE RECURSOS CONTRA O IMPEACHMENT É...por Severino Motta, de Veja

Mais essa má notícia para Dilma Rousseff: caso o governo judicialize cada passo do impeachment, as ações cairão com o ministro Gilmar Mendes no STF.

Ele é o chamado relator prevento, que recebe todos os processos sobre o tema, devido a ter sido o primeiro sorteado no mandado de segurança que os deputados Paulo Pimenta e Wadih Damou apresentaram ao STF.
mario pera
29/03/2016 11:56
A postura da vereadora Andreia Nagel de coerência nada mais é que o que se espera do politico. Coerência é a palavra chave que pode ser a salvação da classe política brasileira. Diriam que a honestidade, ser probo conta mais.
Entendo que honestidade é condição pétrea - nasce e morre com a gente. Mas a coerência é postura de manter a linha e a defesa dos principios. Mudar é normal? Sim. Sobretudo quado o que está em jogo vai de encontro ao que defendemos.

Então quando vejo a vereadora votando com os servidores, não pensando na sua condição - especialmente no que tange à remuneração que recebem - é próprio de coerente. Não basta estar do lado do servidor quando na condição de um deles, nem na condição de opositor ao poder instalado. A vereadora, ora no Legislativo, e uma vez levada ao comando do Executivo - como pretende - terá que ter a mesma postura, assim, consolidando respeito.

Digo isso porque em 1993 - quando assumi o cargo de vereador de Gaspar - o então presidente da Câmara Adreone Cordeiro propôs a compra de um veículo para o uso dos vereadores (sim, a Câmara só tinha 3 funcionários, e não tinha veículo para uso dos vereadores, cada um usava seu carro para ir nas comunidades e ir à Capital). Eu fui um dos dois ou três que se posicionaram contra a compra do carro. E me posicionei abertamente na tribuna, fiz pressão e fui voto vencido. Naquela época o Brasil passava por uma transição igual a que vivemos hoje. Collor tinha sido cassado no final de 1992 (impeachment não era golpe em 1992 pro PT e aliados), e Itamar Franco tentava colocar o Brasil nos eixos, inflação acima de 20% ao mês. E claro que uma cidade como Gaspar não podia se dar ao luxo de tirar um valor expressivo de sua arrecadação pra comprar um carro pros vereadores. Austeridade era a palavra.

Coerência? Nunca andei o tal veículo. Nunca entrei nem pra conhecer. Fui contra, não seria ético e respeitoso com o povo usar o mesmo. Atuei em todo o mandato usando meu carro, que é pra isso q existe esta remuneração aos vereadores - pras despesas na atuação do cargo. Vereador não tem salário, porque náo é emprego -e cargo público temporário.

A coerência se considerada eliminaria uma série de problemas que temos hoje. Politico que diz uma coisa hoje, defende, amanhã muda conforme o vento que sopra contra ou a favor dos seus interesses.

Foi nojento ouvir a conversa do pefreito Paes do Rio de Janeiro com ex-presidente Luiz Inacio Alma Pura da Silva (grampeados que foram). A intimidade na agressão às pessoas e cidades. Mas o pior, é que o mesmo Paes quando filiado e deputado do PSDB e membro da CPI dos Correios (que levou à descoberta do Mensalão), chamava abertamente o Luís Inácio de corrupto...e alardeava que nunca o Brasil teve um processo de corrupção como aquele....agora parceiros....companheiros....COERÊNCIA

O caso do ataque ao impeachment como GOLPE é outra falácia dos que não têm coerência. Estive nas ruas em 1992 - lembro de um ato na praça Getúlio Vargas - com liderança do ex-prefeito Francisco Hostins, todos os partidos representados - até o PT da época (muito diferente do de hoje em Gaspar), pediam a saida de Collor. Não foi golpe. Hoje virou golpe. INCOERÊNCIA...

E assim vai.

Nicanor de Souza Salles
29/03/2016 10:39
Os PTralhas em Gaspar, depois Brusque e, agora em Brasília estão PTs com os ex-companheiros ...

É o assunto em nosso município vizinho Brusque e no Jornal o Município Dia a Dia.

Os advogados Danilo Visconti e Mário Mesquita protocolaram na tarde de ontem, na Câmara dos Deputados, em Brasília, um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O pedido é com base na nomeação do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil e da elevação do cargo de chefe de gabinete ao status de ministro para Jaques Wagner, que era o titular da Casa Civil, o que para os Advogados, é visto como uma medida de protecionismo a Lula e a Wagner.Afirmam que: "Com a nomeação do Lula, a presidente criou a Medida Provisória 717, pegou um cargo que era de nível hierárquico inferior, transformou em ministério, deslocou o então ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para esse cargo para mantê-lo em nível de ministério e com foro privilegiado. E para o cargo vago de ministro da Casa Civil,
ela nomeou o Lula".
Os advogados afirmam que este é um ato que fere a probidade administrativa. "Teve um desvio de finalidade flagrante neste ato, que não foi para finalidade pública, mas para proteger apadrinhados
políticos".

O pedido já está com o presidente da Câmara
dos Deputados, Eduardo Cunha, que deve analisar a admissibilidade ou não do pedido nos próximos dias. Se Cunha aceitar, o pedido dos brusquenses será lido no plenário e, então, será constituída uma comissão, assim como está ocorrendo com o pedido de impeachment da presidente por crime de responsabilidade fiscal.

Os advogados acredita que a petição está bem fundamentada e deve ser aceita por Cunha. "Nós entendemos que houve flagrante. Essa ilegalidade foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF)quando da decisão do ministro Gilmar Mendes, que suspendeu a posse do Lula. No trecho da decisão do ministro ele cita a conversa telefônica interceptada, em que uma delas é da própria presidente da República com o ex-presidente onde ela diz pra ele que poderia usar o termo de posse caso necessário. Utilizamos essa situação e levamos ao conhecimento do Legislativo".

Segundo entrevista ao Jornal de Brusque " O Município Dia a Dia", destacam que no máximo até a próxima semana, o pedido de impeachment deve ter uma decisão.

Por fim, de maneira objetiva e serena afirmam: "Fizemos isso como cidadãos brasileiros. Não é nem um direito, é um dever cívico que cada cidadão
tem uma vez que tem conhecimento dessas irregularidades".

Quem diria ... nasceram politicamente no PT de Gaspar, deram um "ponta pé na bunda" de Pedro Celso Zuchi - PT (denunciando o esquema fraudulento no trato do cemitério e do lixo em Gaspar), foram os advogados que motivaram a cassação política do mandado do Prefeito de Brusque Paulo Roberto Eccel (PT); e, agora, entraram no mesmo dia que a OAB Nacional com pedido de Impeachment.

É ... o mundo político dá voltas!!!
Herculano
29/03/2016 08:14
POR QUE TANTO ODIO?, por Rodrigo Constantino, economista, para o jornal O Globo

Parte 1

Esquerda em geral e o PT em particular têm segregado o Brasil há anos, colocando mulheres contra homens, negros contra brancos, gays contra heterossexuais

O PT e a "gangue do pixuleco" estão dispostos a "fazer o diabo" para não largar o osso, para manter suas benesses estatais. É atitude de perdedor deselegante, de quadrilha, de máfia. Mas, em meio a essa iminente e inevitável debacle, há um fenômeno interessante: caíram as máscaras de "paz e amor" dessa gente. O que se vê é a feiura da carranca em sua essência, sem a maquiagem de marqueteiros corruptos.

Sério, gostaria de perguntar a esses que ainda defendem o PT o motivo para tanto ódio. Por que odeiam tanto a democracia, por exemplo, a vontade popular expressa nos milhões de patriotas que foram às ruas de forma espontânea demandar o fim desse desgoverno incompetente e corrupto?

Por que odeiam tanto a classe média trabalhadora, que sustenta este país? Por que a baba de ódio ao acusarem de "fascistas" todos os que discordam do socialismo, sendo que está claro quem realmente adota postura fascista nessa história? Por que um Guilherme Boulos da vida, do MTST, fala em "incendiar o país" com tanto ódio irresponsável? Por que o presidente da CUT, Vagner Freitas, incita tanto a violência e faz ameaças absurdas?

Por que o público intolerante reagiu de forma tão raivosa quando um ator simplesmente falou em prender um ex-presidente ladrão no musical de Chico Buarque? E por que o sambista resolveu impedir o uso de suas músicas no espetáculo depois, demonstrando intolerância com quem pensa diferente politicamente? Por que, aliás, Chico elogia até hoje a mais cruel ditadura do continente?

A esquerda em geral e o PT em particular têm segregado o Brasil há anos, colocando mulheres contra homens, negros contra brancos, gays contra heterossexuais, empregado contra patrão. Por que tanto ódio disfarçado de defesa das "minorias"? Por que os socialistas, sempre tão invejosos, odeiam aquele que foi bem-sucedido no mercado, acumulando patrimônio por mérito próprio em vez de esquemas corruptos com o governo?

Sabemos que o problema da esquerda não é com o rico em si. Lula é milionário, como Chico Buarque e tantos outros. Mas por que odeia tanto o empresário que ficou rico criando empregos e riqueza, oferecendo produtos demandados de forma mais eficiente? Por que vocês odeiam tanto o indivíduo independente que se sustenta pelo próprio esforço, sem depender de esmolas estatais?

A retórica de vítima da esquerda serve para ocultar esse ódio todo que sente dos que não precisam desse amuleto falso para subir na vida. Ao se colocarem do lado "oprimido" contra os "opressores", esses "progressistas" simulam um "amor à Humanidade" que mascara esse profundo ódio ao próximo, de carne e osso. O discurso verdadeiro da esquerda não é de amor, mas de ódio. Basta observar.

Os "professores" marxistas odeiam os trabalhadores de verdade, que querem apenas melhorar sua qualidade de vida, e não fazer a "revolução". O "intelectual" ama o "povo" enquanto abstração, mas não suporta o povo real que ocupa as ruas pedindo o impeachment de uma presidente claramente incapaz, autoritária e conivente com o crime. Por que tanto ódio, gente?
Herculano
29/03/2016 08:13
POR QUE TANTO ODIO?, por Rodrigo Constantino, economista, para o jornal O Globo

Parte 2

Os esquerdistas falam o tempo todo em "diversidade" e "pluralidade", mas tentam calar de forma agressiva, intimidando todo aquele que ousa pensar diferente, defender uma visão conservadora legítima de mundo. O uso do termo "coxinha" já demonstra esse ódio, essa raiva ao Outro, ao diferente. O sonho de todo esquerdista é um mundo de pessoas exatamente iguais, como insetos gregários, e todos feitos, claro, à sua própria imagem e semelhança. As diferenças lhe são insuportáveis, talvez porque lhe falte amor próprio.

Mas por que não tratar desse recalque todo, desse ressentimento, de uma forma mais pessoal e construtiva, mais corajosa? Por que se deixar levar pelas piores emoções, as mais mesquinhas? Está claro que o esquerdismo pode ser uma doença mental, que aprisiona a pessoa numa camisa de força ideológica, causando forte dissonância cognitiva no contato com suas contradições e hipocrisias. Só que não é destruindo o mundo à sua volta que se resolve tal angústia. Essa é a postura dos terroristas islâmicos!

O governo petista produziu apenas corrupção, alta inflação e desemprego, tendo enriquecido os empreiteiros no processo. Por que tanto ódio dos mais pobres, que sofrem na pele com tanta incompetência e safadeza? Por que esse ódio da mudança necessária para evitar um destino trágico como o venezuelano? Por que a esquerda é tão reacionária, apegando-se a esse antigo regime fracassado, que pune os mais pobres para favorecer os políticos e empresários corruptos?
Herculano
29/03/2016 08:09
CONVITE PARA UMA DECAPITAÇÃO, por João Pereira Coutinho, para o jornal Folha de S. Paulo

História recorrente: viajo para o Brasil com o propósito simpático de conhecer leitores, assinar livros, conversar sobre as banalidades da vida.

Fatalmente, surge o momento da confissão: o leitor aproxima-se e, com voz clandestina, pede para eu escrever mais livros. Na universidade onde ele estuda, o fechamento intelectual é absoluto.

Pensadores conservadores são inexistentes. Ideologias mais liberais, ou libertárias, idem.

Fico sempre atônito com essas descrições. Serão verdadeiras? Serão exagero? Ou os alunos brasileiros que eu conheço têm o supremo azar de estudar em instituições bolcheviques que ainda vivem em 1917?

Alguns, mais temerários, perguntam-me ou escrevem-me com uma questão de vida ou morte: haverá algum lugar no planeta -ou, pelo menos, em Portugal- onde seja possível estudar história ou ciência política sem ter o cérebro sequestrado pelas vulgatas marxistas?

As minhas respostas são sempre lacônicas e pasmadas: aconselho livros, professores; e prometo continuar a publicar. Mas agora tenho um novo argumento nas mãos: os alunos brasileiros, apesar de aprisionados, ainda conservam uma réstia de sanidade -a sanidade própria de quem sabe que existe outro caminho. Na Europa, e sobretudo na Inglaterra, o manicômio é muito pior.

Que o diga Nick Cohen, em artigo para "The Spectator". Conta Cohen que, no Reino Unido, o número de universidades que ainda podem legitimamente usar esse nome -espaços de livre debate onde é possível escutar o que não gostamos e argumentar o que queremos- está em vias de extinção.

Tradicionalmente, a universidade servia para confrontar o estudante com ideias novas, por vezes desconfortáveis, mas seguramente diferentes do mundo estreito onde ele viveu a adolescência. A universidade era um espaço de adultos e para adultos.

Hoje, as universidades são "lugares de segurança" onde qualquer sombra de insulto à cartilha multiculturalista é tratada com violência e segregação.

Nick Cohen dá exemplos recentes. No King's College de Londres, uma das melhores universidades, um professor da casa tentou promover um debate sob o título: "Será que o Ocidente é responsável pelo extremismo islâmico?"

Essa pergunta, formulada nesses termos, já é uma concessão à mentalidade fanática dos fanáticos.

Mas nem assim eles acalmaram. Quando se pergunta se o Ocidente é responsável pelo extremismo islâmico, existe sempre a possibilidade insana de alguém dizer "não".

De que vale fazer um debate quando as conclusões podem ser contrárias às nossas opiniões primárias (no duplo sentido da palavra)? Precisamente: melhor não fazer debate nenhum. O risco é elevado.

Não foi caso único. Na mesma cidade, o University College tentou organizar um outro debate para discutir o papel da população curda na luta contra o Estado Islâmico. A sessão, aliás, teria como convidado um ex-aluno da universidade, Macer Gifford, que lutara com os curdos na Síria.

Logo se levantaram vozes contra. Na douta opinião dos estudantes, existem sempre dois lados em qualquer conflito. Não seria preferível escutar ambos?

Longe de mim contestar esse "pensamento". Mas será que o pessoal do Estado Islâmico, ocupado a organizar os seus massacres, teria alguém com disponibilidade para enviar à universidade?

E, em caso afirmativo, será que a morte do combatente e ex-estudante Macer Gifford em pleno debate seria um argumento válido para a discussão?

Não sabemos. Mas por pouco tempo: com o Estado Islâmico a operar na Turquia, na França, na Bélgica e a ocupar o vazio de liderança aqui perto, na Líbia, rapidamente a Europa terá mais contato com os jihadistas.

Não excluo, aliás, que alguns deles possam participar de seminários ou até dar aulas nas universidades europeias.

Nada contra: se os professores de humanidades, dominados pela sharia do multiculturalismo, não servem para grande coisa, um jihadista sempre seria útil para ensinar o fabrico de bombas ou a melhor forma de decapitar um herege ajoelhado.

Como diz o povo, conhecimento não ocupa lugar
Herculano
29/03/2016 08:05
LULA SEM PRIVILÉGIOS, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Embora a manifestação do procurador- geral da República, Rodrigo Janot, sobre a nomeação de Lula para a Casa Civil não deva ter repercussão prática, já que existe uma liminar impedindo a posse até que o plenário do STF se pronuncie, seus argumentos no documento de ontem revelam o que deverá ser sua posição em outro processo, este criminal, que poderá gerar um inquérito contra a presidente da República por obstrução da Justiça.

A sugestão de Janot de que Lula, mesmo nomeado ministro, não tenha foro privilegiado em relação aos crimes acontecidos antes de sua nomeação, retira dela a proteção política que se buscava, e deixa Lula descoberto diante daqueles com quem deverá negociar apoios à presidente Dilma.

Com a presidente ameaçada por um inquérito sobre obstrução da Justiça, e Lula igualmente ameaçado de voltar à esfera do juiz Moro, o governo perde mais substância política e reforça a ideia de que o PMDB e outras siglas no entorno do governo como o PP e o PSD deixem a coalizão governamental e comecem a preparar o governo de Michel Temer pós-impeachment.

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava- Jato no Supremo, deve dar uma liminar mantendo a suspensão da nomeação de Lula já determinada por outra liminar do ministro Gilmar Mendes, mas os pontos levantados pelo procurador- geral são fundamentais para se entender as consequências políticas das decisões do Supremo sobre o ex- presidente Lula.

Janot afirmou em seu parecer que a nomeação de Lula para a Casa Civil pela presidente Dilma Rousseff teve o objetivo de influenciar as investigações sobre o ex-presidente na primeira instância da Justiça Federal, mais especificamente na 13ª Vara Federal em Curitiba, onde o juiz Sérgio Moro conduz os processos da Operação Lava- Jato. No documento encaminhado nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), Janot classificou de "inegavelmente inusual" e "circunstância anormal" a decisão de Dilma de apressar a posse de Lula no ministério.

Ele atribui ao ato um "desvio de finalidade", o que por si só não significa que a presidente tentou obstruir a Justiça. Mas ao afirmar as duas coisas, isto é, que com o desvio de finalidade ela tentou "influenciar as investigações", ele está encaminhando a conclusão para o campo criminal, e não apenas meramente administrativo.

Se, como se espera, Janot mantiver esse encadeamento de raciocínio quando responder à questão criminal relativa às gravações entre Lula e Dilma, ele estará sugerindo ao ministro Teori Zavascki que abra um inquérito para apurar a atuação da presidente da República no caso.

De acordo com ele, o dano à persecução penal pode ocorrer de diversas maneiras: necessidade de interromper investigações em curso, tempo para remessa das peças de informação e para análise delas por parte dos novos sujeitos processuais no STF e ritos mais demorados de investigações e ações relativas a pessoas com foro por prerrogativa de função, decorrentes da legislação penal (particularmente da Lei 8.038, de 28 de maio de 1990), da jurisprudência e da dinâmica própria dos tribunais.

Janot acrescenta que a prerrogativa do chamado foro por prerrogativa de função não é absoluta. "Caso se apure ter sido a nomeação praticada com abuso de direito ou tentativa de fraude processual, pode autorizar- se deslocamento da competência para outro juízo", diz. A discussão sobre o foro privilegiado não deverá ser enfrentada agora pelo ministro Teori Zavascki, mas sim quando o assunto for analisado pelo plenário do Supremo, a partir do dia 2 de abril, quando o ministro Gilmar Mendes, relator dos mandados de segurança que sustaram a posse de Lula no Gabinete Civil, retorna de Lisboa.

A partir de hoje, quem ainda nutria a esperança de que o governo tinha força junto à Procuradoria-Geral da República para proteção de seus apoiadores já deve estar convencido de que não existe a possibilidade de parar as investigações da Operação Lava- Jato. A começar por Lula.
Herculano
29/03/2016 08:02
DILMA REPETE OS ERROS DE FERNANDO COLLOR, por Raimundo Costa, para o jornal Valor Econômico

Parte 1

Faltava pouco para o início da votação do impeachment de Collor quando um jatinho alugado pela tropa de choque do presidente taxiou numa das pistas do aeroporto internacional de Brasília. Nele embarcaram dois deputados federais do Paraná. Aquela não era a primeira leva de parlamentares que escapavam de Brasília para não votar a destituição de Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente da República eleito pelo voto direto, após 25 anos.

Dias antes, um dos coordenadores da tropa de choque montada por Collor para enfrentar o impeachment havia decretado, durante uma reunião: "Ausência vale tanto quanto o voto". A mesma sentença, agora, enche de esperanças a presidente Dilma Rousseff e seu cada dia mais reduzido círculo de aliados. Dilma não precisa necessariamente cravar 172 votos no painel da Câmara dos Deputados para impedir o impeachment. Seus adversários é que precisam cravar 342 votos.

Por isso a ausência vale tanto quanto o voto para quem se opõe ao impeachment. Grosso modo, se apenas os 58 deputados do PT e os 13 do PCdoB votarem em Dilma, mas a oposição não conseguir os 342 votos, o impeachment será recusado. Parece a solução dos problemas para um governo que precisaria juntar 172 deputados com coragem para ir ao microfone e dizer "não" ao impeachment, em pleno ano eleitoral, quando Dilma e o PT estão em baixa. Na prática, trocar voto por ausência indica governo em fase terminal.

O governo Collor alugou aviões para retirar deputados aliados de Brasília, porque eles não queriam assumir publicamente o voto contrário ao impeachment. Naquele 29 de setembro de 1992, cerca de 500 mil pessoas foram às ruas em 17 cidades brasileiras - este ano, só a Avenida Paulista reuniu este número de manifestantes, segundo o cálculo do Datafolha, em geral bem abaixo daqueles anunciados pela organização dos protestos e pela Polícia Militar.

Se serve de exemplo para a tropa de choque da presidente Dilma, a experiência do impeachment de Collor comprova que de fato ausência vale tanto quanto voto, mas também mostra que quem falta é justamente quem poderia dizer "não" ao afastamento da presidente. Não será surpresa, portanto, para os coordenadores do impeachment, se o maior número de ausentes for justamente daqueles partidos mais próximos da presidente da República. Alguns do PT e do PCdoB, principalmente se forem reeditadas as manifestações do domingo 13 de março. Dos 28 votos do PRN, o partido do presidente Collor, 18 votaram a favor do impeachment.

A autorização da Câmara para o Senado processar o presidente Collor foi aprovada com os votos de 441 deputados (eram necessários apenas 336, pois à época a Casa tinha 503 integrantes, contra os 513 atuais). Houve apenas uma abstenção e 38 deputados preferiram enfrentar a opinião pública favorável ao impeachment e votar "não". Ou seja, 15 a mais que os 23 que se ausentaram por qualquer motivo, seja pressão do governo ou outro motivo qualquer, como doença. O deputado Roberto Campos (1917-2001) foi votar "sim" em cadeira de rodas.

Um outro tipo de ausente pode ser registrado também no impeachment de Collor: aquele que aparece para votar só na segunda chamada, geralmente quando o placar já está definido. Em 1992, um desses exemplares foi o atual presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz. Era deputado de primeiro mandato, eleito pelo PRN (partido de Collor) graças a sua proximidade com o homem-forte da Bahia, Antonio Carlos Magalhães, que até o fim brigou contra o impeachment do presidente.
Herculano
29/03/2016 08:00
DILMA REPETE OS ERROS DE FERNANDO COLLOR, por Raimundo Costa, para o jornal Valor Econômico

Parte 2

Para não desagradar o cacique, que costumava ser implacável com os aliados infiéis, Cedraz não respondeu à primeira chamada. A votação era nominal. Na repescagem, quando Collor já estava no corredor da morte do impeachment que separa o salão verde (Câmara) do salão azul (Senado), Cedraz correu ao microfone, quando seu nome foi chamado, e gritou pausadamente, a pleno pulmões - "Sim, pelo povo de Valente".

Em retrospectiva, Dilma repete muitos dos erros que foram cometidos pelo ex-presidente Collor e sua tropa de choque. Outro deles é abrir o cofre, na expectativa de ter alguma correspondência no fisiologismo. Na semana passada, o governo alocou mais R$ 9 bilhões para gastar em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na tentativa de fisgar votos nas bancadas. No governo Collor, o Ministério da Ação Social, nos três meses que antecederam a votação do impeachment, liberou US$ 60 milhões - nos cinco meses anteriores, mal havia autorizado US$ 1,07 milhão. Não deu certo.

Há outros paralelos entre a história do impeachment de Collor e o processo em curso contra a presidente Dilma Rousseff. Coordenador político e um dos principais chefe da tropa de choque do presidente, o deputado pernambucano Ricardo Fiuza (1939-2005) sugeriu ao presidente renunciar ao mandato. Arrogante, Collor respondeu que iria ficar (enquanto era julgado no Supremo) e "apostar nas besteiras do Itamar [Franco]", o vice que assumiu em seu lugar. Dilma já ouviu a proposta de renúncia de mais de uma pessoa.

Fiuza comandava sobretudo a tropa de choque congressual. Antes da votação, ele chegou a reunir 300 deputados na casa do amazonense Ezio Ferreira. O presidente do Banco do Brasil, Lafaiete Coutinho, cuidava do resto. De todo o resto. Fora ele o responsável pelo aluguel do jatinho que naquela tarde de setembro decolou rumo a Curitiba levando dois deputados com base na tese de que ausência vale tanto quanto o voto. O avião já estava no ar quando a votação nominal foi aberta no plenário da Câmara, exatamente às 17h45.

Mas no Congresso nem tudo é o que parece. O jatinho já estabilizara quando o deputado Onaireves (Severiano, ao contrário) pediu para o piloto dar meia volta. Havia esquecido a mala no aeroporto. O piloto obedeceu. No hangar, Onaireves telefonou para o deputado Benito Gama, hoje no PTB, que presidira a CPI do PC Farias, cuja investigação resultou no processo contra Collor. Informado do que acontecia, Onaireves correu para a Câmara onde chegou ainda a tempo de votar pelo impeachment do presidente. Desolado, Lafaiete se deu conta de seu erro: não avisara o piloto que aquela viagem só deveria acabar em Curitiba.
Herculano
29/03/2016 07:54
SUBSÍDIO MAIOR

O presidente da Câmara de Gaspar ganha cerca de R$1 mil a mais por mês do que os salários (subsídios) dos demais vereadores
Herculano
29/03/2016 07:52
OS POLÍTICOS SEMPRE SALVAM A SUA PR?"PRIA PELE

Quem reajustou os subsídios dos vereadores de Gaspar integralmente diferente do que dos servidores efetivos da prefeitura?

José Amarildo Rampelotti, PT
Antonio Carlos Dalsochio, PT
Hamilton Graff, PT
Daniel dos Reis, PT
José Hilário Melato, PP
Marcelo de Souza Brick,
Ciro André Quintino, PMDB
Jaime Kirchner, PMDB
Sérgio Luiz Batista de Almeida, PSDB (sindicalista, ex-presidente do Sintraspug, suplente e que substituía a titular Marli Sontag, PMDB)

Quem permitiu?

Giovânio Borges, PSB, que presidia a sessão

Quem votou contra esta discriminação?

Luiz Carlos Spengler Filho, PP
Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB
Charles Roberto Petry, DEM, (suplente que substituía a titular Ivete Mafra Hammes, PMDB).
Herculano
29/03/2016 07:18
AVALANCHE, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Uma avalanche. Esta é a imagem escolhida por um petista histórico, muito próximo ao ex-presidente Lula, para descrever o que se passa em Brasília. Ele olha para o Congresso e enxerga o desmoronamento da massa partidária que sustenta o governo Dilma Rousseff.

O maior bloco de gelo vai despencar hoje. É o PMDB do vice-presidente Michel Temer, que articulou pessoalmente o rompimento da sigla com o Planalto. O próximo a se descolar deve ser o PP, que controla a terceira maior bancada da Câmara.

A queda de um partido ajudará a impulsionar outros ladeira abaixo. Assim se formará a avalanche que, na previsão do amigo de Lula, deve soterrar Dilma e o que resta de seu governo até o fim de abril.

Quem contempla a montanha com atenção consegue reconhecer a silhueta de Temer no topo, ajudando a empurrar as pedras. Ontem ele deixou mais uma digital no deslizamento. Dos sete ministros peemedebistas, o primeiro a pedir demissão foi Henrique Eduardo Alves, justamente o mais próximo do vice.

A saída reforçará a pressão sobre os peemedebistas que ainda tentam se agarrar a seus cargos. Eles estão ouvindo o mesmo recado: quem não ajudar a derrubar a montanha será varrido junto com o entulho.

A debandada do PMDB pôs fim às últimas chances de conciliação entre a presidente e o vice. Ontem os líderes do governo na Câmara e no Senado abandonaram a diplomacia e passaram a atacá-lo diretamente.

O deputado José Guimarães acusou Temer de estar "no comando" da "operação do golpe", como ele descreve o movimento para derrubar Dilma. O senador Humberto Costa disse que um eventual governo do vice não duraria muito.

"Não pense que os que hoje saem organizados para pedir Fora Dilma vão às ruas para dizer Fica Temer", afirmou o petista, usando a tribuna para se dirigir ao peemedebista. "Seguramente, Vossa Excelência será o próximo a cair", completou.
Herculano
29/03/2016 07:16
HENRIQUE MEIRELLES É MAIS COTADO PARA A FAZENDA EM EVENTUAL GOVERNO TEMER, por Mônica Bérgamo, para o jornal Folha de S. Paulo

Sobe a estrela de Henrique Meirelles como possível ministro da Fazenda de um eventual governo de Michel Temer (PMDB-SP), que assumirá a Presidência em caso de impeachment de Dilma Rousseff. No sentido contrário, caem as apostas no nome de Armínio Fraga para o cargo.

PERSONALIDADE
A imagem de Armínio Fraga seria colada demais à do senador e ex-presidenciável tucano Aécio Neves, o que desagradaria a Michel Temer, segundo interlocutores diretos do vice.

SINAL TROCADO
Ex-presidente do Banco Central do governo de Fernando Henrique Cardoso, Fraga traria à memória também um período de recessão e desemprego no país. Já Henrique Meirelles ocupou o mesmo cargo no período de acelerado crescimento do governo Lula.

SINAL TROCADO 2
Temer já prevê que um eventual governo liderado por ele dificilmente reverterá, em poucos meses, o quadro recessivo da economia brasileira. Enfrentará protestos e será mal avaliado em pesquisas. A imagem de Meirelles, nesse contexto, ajudaria a sinalizar que o "futuro" pode ser um pouco melhor.
Herculano
29/03/2016 07:12
TEMER QUEIMA O BARCO, por Tereza Cruvinel, ex-presidente da Empresa Brasil de Comunicações - a que reúne canais oficiais de comunicação do governo federal - no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, PT.

Muitos foram os peemedebistas que lhe ofereceram os fósforos mas houve também o que fizeram advertências sobre o que ele enfrentará se for empossado.

Com o rompimento do PMDB, o impeachment de Dilma torna-se mais provável. O governo, pescando no varejo, pode garantir no máximo uns 15 votos de pemedebistas. Mas, para além dos votos contra o impeachment, há o efeito político sobre outros partidos e parlamentares.

A partir de hoje, Temer estará à vontade para articular a maioria de 342 votos necessários à aprovação do impeachment na Câmara, o que passa pela negociação com outras siglas sobre a composição de seu eventual governo. Os ministros do PMDB terão até o dia 12 para pedir demissão, mas Henrique Alves, do Turismo, demitiu-se ontem. Afora os sete ministros, mais de 500 peemedebistas ocupam cargos no governo federal e eles serão um primeiro problema para Michel, que precisará lhes garantir a permanência em seu eventual governo, embora vá ter que dividi-lo com o PSDB, o DEM e outros partidos da oposição. Mas isso são ninharias que o fisiologismo resolve.

Mais complicado, se o impeachment, passar, será governar. Se a Câmara autorizar a abertura do processo contra Dilma na primeira quinzena de abril, o Senado ainda terá que aceitar ou não a instauração do processo. Decisão por maioria simples de 41 votos, algo mais tangível para o Planalto. Mas se o governo for novamente derrotado nesta segunda chance, Dilma será afastada do cargo inicialmente pelo prazo máximo de 180 dias, até que o Senado conclua o julgamento. Nesta fase, Michel será presidente interino. Terá que formar um governo provisório com as forças que apoiaram o impeachment e sob o signo da provisoriedade terá que lidar com a crise econômica e com a reação das ruas.

Seu governo provisório, diferentemente do de Itamar Franco nesta mesma fase, não contará com a boa vontade geral, muito pelo contrário, disse-lhe um amigo contrário ao rompimento. Será infernizado pelos defensores de Dilma, que continuarão nas ruas com a campanha "não vai ter golpe". Um aviso neste sentido foi dado com todas as letras nesta segunda-feira pelo líder do governo no Senado, Humberto Costa, em discurso na tribuna. E, diferentemente do que houve com Itamar, Temer terá oposição no Congresso, ainda que formada apenas pelos partidos fechados com Dilma, PT, PC do B e PDT. Com Itamar, mesmo não participando do governo, PT e esquerdas baixaram as armas e colaboraram.

O PSDB, que nunca gostou do PMDB (que renegou ao romper para fundar a nova sigla), vai sentir-se o portador da vontade política que resultou no impeachment, exigindo uma hegemonia conflitante no eventual governo.

E para a História, ainda que o STF venha a homologar a acusação apresentada contra Dilma, a de que as pedaladas fiscais, prática corrente em toda as federação, constituem crime de responsabilidade, ficarão registrados os ecos do "não vai ter golpe", a resistência dos movimentos sociais, a divisão do país e do meio jurídico. Para a história e para a biografia de Temer.

A busca do poder exige que um político corra riscos, e Temer decidiu enfrentá-los. Bem maiores, porém, serão as consequências da ferida para a democracia brasileira e da turbulência para o conjunto dos brasileiros.
Herculano
29/03/2016 07:02
TEMER ADVERTE: NÃO HÁ PORQUÊ O PMDB FESTEJAR A SAÍDA DO GOVERNO, por Ricardo Noblat, de O Globo

No calendário montado pelo PMDB para finalmente chegar ao poder dispensando intermediários, há três datas decisivas: a do desembarque do partido do governo; a da votação pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados de relatório favorável ao impeachment da presidente Dilma; e finalmente a da aprovação do impeachment pelo plenário da Câmara.

Se as três datas forem ultrapassadas com êxito, duas outras não deverão reservar surpresas. A saber: o recebimento pelo Senado do pedido de impeachment encaminhado pela Câmara; e a aprovação final pelo Senado do pedido de impeachment. Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, já informou a Dilma que seus colegas não terão condições de rejeitar o pedido depois que a Câmara o aprovar.

A primeira das três datas decisivas é hoje. Logo mais, a partir das 15h, na sala da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o Diretório Nacional do PMDB decidirá por aclamação romper com o governo. A partir daí, ministros do partido e ocupantes de cargos públicos indicados pelo partido deverão abandonar o governo de imediato. Dos sete ministros até ontem do PMDB, um, o do Turismo, já saiu.

Alguns ministros foram dormir, ontem, com a disposição de resistir nos cargos, embora sujeitos à expulsão do partido. Um deles, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), das Minas e Energia, tomou o café da manhã com o vice Michel Temer no Palácio do Jaburu e tentou convencê-lo a adiar a reunião. Ou a permitir que ficassem no governo aqueles que desejassem ficar. Temer respondeu que já não seria mais possível.

Foi a mesma resposta que Temer havia dado a Lula que, no último domingo, conversou com ele por meia hora na sala VIP da presidência da República no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Dali, Temer voou para Brasília, onde foi recepcionado na Base Aérea pelos sete ministros do PMDB com o pedido de que adiasse a reunião do diretório. Foi Lula, depois da conversa com Temer, que articulou a recepção.

Ainda na Base Aérea, Temer admitiu adiar a reunião. Horas depois, no Jaburu, recuou e manteve a reunião marcada para hoje. Fez mais ontem à tarde: despachou Moreira Franco, um dos seus assessores, ao encontro do ex-senador José Sarney (PMDB-MA), recém-eleito presidente de honra do PMDB. E recebeu a visita de Renan no Jaburu. Moreira ainda estava com Sarney na casa dele quando Renan telefonou para Sarney.

Renan contou a Sarney que tivera uma conversa "muito boa" com Temer. E que concordara afinal com o desembarque do PMDB do governo. Não havia mais o que fazer àquela altura. Dos 119 membros do diretório, segundo Temer, 114 votariam pelo desembarque. Depois de decisão nesse sentido tomada pelo PMDB do Rio de Janeiro, igual decisão foi anunciada pelo PMDB de Minas Gerais.

Renan, Sarney e Temer combinaram não comparecer à reunião do diretório, que será conduzida pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), vice-presidente do partido. E Temer avisou a deputados e senadores que não receberá ninguém no Jaburu depois que a reunião acabar. "Nada haverá para ser comemorado", disse ele a um amigo. De resto, Temer não quer passar a impressão de que conspira para derrubar Dilma.

Tudo indica que a Comissão Especial do impeachment votará seu relatório entre os dias 11 e 17 de abril. E que até o fim do mês, o plenário da Câmara terá aprovado ou rejeitado o impeachment. Não tem se passado ultimamente um só dia sem que se reduzam as chances de rejeição do impeachment.
Herculano
29/03/2016 06:56
O QUE QUER UMA MULHER, por Mário Sérgio Conti, para o jornal Folha de S. Paulo

Agora que os ratos debandam do navio, na busca incansável do bem da pátria, de negócios maneiros e da nomeação de uma sobrinha para miss na Festa do Jerimum, o naufrágio soa inevitável. Mas alardear certeza na queda da presidente é apenas uma poção para paralisar o Planalto.

A frente única Fiesp-tucanos-Vem pra Rua se consolidou e quer meter medo. A Medusa diz aos governistas: vocês já eram, a hora é de trair, salve-se quem puder. Dilma, faça como Jango e se coagule em esfinge de mármore. PT, repita o Partido Comunista e se limite a berrar bravatas.

Trombetear que a história punirá os golpistas, por exemplo, é bravata. Nenhum deles foi tirado da santa paz. Nunca. É o que de fato a história ensina. Nem em 1930 e 1937. Nem em 1964 e 1968. Nem, de quebra, em 1984, quando a Câmara vetou o voto direto para presidente.

A avacalhação da vontade popular foi docemente tolerada. Inclusive pelo PT. Como o partido garantiu a impunidade de policiais e militares assassinos, os autoritários estão agora todos aí, serelepes.

O Dia D será o da votação do impeachment. Ele se dará em data incerta, entre abril e maio, a depender dos ardis de Eduardo Cunha, o Impoluto. Haverá até lá delações vulcânicas, teorias conspiratórias e conspiração para valer. Virão mais manifestos e abaixo-assinados.

O bate-boca a todos engolfa. A cacofonia que emana do Planalto não escapa aos ditames da sociologia clássica. A política continua a ser exercida das três maneiras cardeais. A tradicional, a legal e a carismática.

No modo tradicional, Dilma é a líder maior. Ela tem legitimidade porque foi votada para gerir o Estado. Na prática, a presidente vem nomeando capadócios para postos-chaves do Estado, em troca de votos contra o impeachment. O troca-troca tradicional, de corrupção implícita, é usado explicitamente.

No aspecto legal, o exercício do poder é enquadrado pelas instituições encarregadas de aplicar a Constituição. Ao contrário do que dizem políticos sem nada a dizer, não há judicialização da política, e sim politização da Justiça. O Supremo fará o que for decidido pelo cenáculo de varões de Plutarco, a Câmara. A separação entre os Poderes é uma lenda iluminista.

O terceiro elemento político é o carisma, e o da presidente é escasso. Nas suas falas recentes, porém, ela foi tomada por uma calma contundente. Levou frases até o fim sem interpolar sujeito, verbo e objeto. Não hesitou nem gaguejou. Na falta de marqueteiros a lhe atazanarem, foi clara.

Transmitiu a convicção de que é inocente. Pode ter descumprido o que prometeu. Pode ter maus bofes. Pode ter cavado a própria cova. Mas, num mundo político esmerdeado de alto a baixo, Dilma não tem nódoa. Não roubou, e será julgada por muitos ladrões.

Pedaladas fiscais? Ninguém sabe o que é isso, e quem sabe garante que prefeitos, governadores e presidentes primam por pedalar. Empresas venais deram dinheiro para a sua campanha? Fizeram o mesmo com todos os candidatos. Afundou o país na recessão? Nada diz que Temer irá tirá-lo do poço. Não há fiapo de prova de que tenha obstruído a Justiça.

A crise foi tão longe que o carisma da integridade pessoal não garante, por si só, a permanência de Dilma no poder. Continua a lhe faltar um programa. Quer continuar no Planalto para quê?
Herculano
29/03/2016 06:53
LULA NÃO DEFENDEU DILMA DAS CRÍTICAS DE TEMER, por Josias de Souza

Em conversa com Lula, o vice-presidente Michel Temer atribuiu a Dilma Rousseff a responsabilidade pelo rompimento do PMDB com o governo. Temer fez um histórico das atribulações que marcam as relações da presidente com o partido. Atrasou o relógio para incluir na conversa barbeiragens que vem colecionando desde o primeiro mandato de Dilma. Crivou-a de críticas. E Lula se absteve de defender sua criatura. Passou a impressão de concordar com as críticas.

Temer encontrou Lula no último domingo. Como voaria para Brasília, recebeu-o na sala de autoridades da Base Aérea de Congonhas - é o mesmo local para onde a Polícia Federal levou Lula quando o inquiriu na condição de investigado, por ordem do juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.

Ao relatar a conversa a integrantes do seu grupo político, Temer contou que foi franco com Lula. Disse-lhe que já não havia a mais remota chance de retirar o PMDB da rota do rompimento com o governo. Tampouco seria possível adiar a reunião do diretório nacional na qual a legenda formalizará o desembarque, nesta terça-feira.

Numa das críticas que endereçou a Dilma, Temer disse que foi graças a ela que a reunião do diretório do PMDB, inicialmente prevista para 12 de abril, foi antecipada. Nessa versão, Dilma afrontou a legenda ao empossar o deputado mineiro Mauro Lopes, há duas semanas, no cargo de ministro da Aviação Civil. Dias antes, o partido aprovara em sua convenção nacional uma moção que proibia os filiados de assumirem cargos novos no governo num intervalo de 30 dias.

Ironicamenrte, Temer já havia tratado desse mesmo assunto com o próprio Lula. Fizera isso quando o interlocutor lhe telefonara para dizer que, acomodado por Dilma na chefia da Casa Civil, queria azeitar as relações com o PMDB. Nesse telefonema, Temer avisara a Lula sobre o desconforto que Dilma provocara no PMDB ao enfiar dentro do seu ministério um personagem cuja posse estava desautorizada pela convenção nacional do partido. Lula ficara de conversar com Dilma. E nada.

Temer também mencionou, como evidência do comportamento belicoso de Dilma, o afastamento, há cinco dias, do presidente da Fundação Nacional da Saúde, Antônio Henrique de Carvalho Pires, ligado a ele. O vice foi empilhando críticas a atitudes inamistosas ou inadequadas de Dilma. E Lula não saiu em defesa de sua afilhada política.

De volta a Brasília, Temer ofereceu um jantar no Jaburu, sua residência oficial, aos senadores Romero Jucá e Eunício Oliveira, além do ex-ministro Moreira Franco. Deu-se ainda na noite do domingo, poucas horas depois da conversa com Lula. Durante o repasto, Eunício, que lidera a bancada do PMDB no Senado, propôs que o rompimento com o governo fosse aprovado por aclamação, sem a necessidade de coletar os votos dos membros do diretório.

Àquela altura, já havia uma maioria consolidada de pelo menos 80% dos votos a favor do rompimento. Até o presidente do Senado, Renan Calheiros, última esperança de resistência de Dilma, viu-se compelido a aceitar a fórmula da aclamação. Numa votação nominal, a minoria pró-Dilma seria exposta em todo o seu nanismo
Herculano
29/03/2016 06:48
O PETISMO VERDE, por Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre, para o jornal Folha de S. Paulo

Nos aparentemente intermináveis debates sobre impeachment, "golpe" e o futuro pós-PT, uma figura bastante relevante está sendo esquecida: Marina Silva. A ex-petista, após aparecer como preferida para as eleições presidenciais, decidiu sair da toca.

Toda a mística que cerca a possuidora de "sonhos humildes" e defensora da "nova política" faz com que tudo que saia da sua boca pareça ser uma solução mágica. Apesar de admitir a obviedade de que impeachment não é golpe, Marina se nega a apoiá-lo. Diz acreditar que a cassação da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seja a solução de que o país precisa.

O que a ex-senadora esquece de mencionar é que o processo do TSE é muito lento. Na melhor das hipóteses, conseguirá adiantar as eleições de 2018 em 2 ou 3 meses. Marina sabe disso. E é por isso que diz o que diz.

O que ela realmente quer é aumentar seu capital político em cima do desgaste do governo - e, consequentemente, da desgraça do país - para garantir uma eleição tranquila em 2018. Muito nobre da parte daquela que "não desistiu do Brasil", não é?

A aura amazônico-messiânica de Marina Silva é tão intocável que não se suja nem mesmo com a lama da realidade. O gigantesco desastre ambiental em Mariana, que arruinou a vida de incontáveis famílias, passou absolutamente despercebido pela ambientalista. Até a Dilma, que, vale lembrar, é... a Dilma, teve a consciência de marcar presença e se solidarizar com as vítimas da tragédia.

"Ah, mas ela tem uma equipe liberal!", dizem alguns dos meus colegas. Dilma indicou e manteve Joaquim Levy como ministro até quando pôde. O que ele fez? Tudo o que o governo permitiu. Ou seja, praticamente nada. Não importa que peso o mercado financeiro dê para o nome que ocupa a Fazenda; no fim, o que realmente vale são as convicções e o projeto do presidente. É ingenuidade demais cair no mesmo golpe duas vezes.

O partido de Marina, a Rede Sustentabilidade, tem servido como uma espécie de saída honrosa para petistas e protopetistas. O deputado Alessandro Molon (RJ), por exemplo, iniciou sua carreira política no PT e lá permaneceu durante mais de uma década, tornando-se uma das mais importantes figuras do partido.

No ano passado, ao perceber o tamanho do furo no barco petista, fugiu para a proteção das asas da maga das selvas. Randolfe Rodrigues (AP), que era o único representante no Senado do PSOL, desembarcou do partideco que diz fazer "oposição à esquerda" para não admitir a simpatia pela canalhice petista e também buscou refúgio nos cipós de Marina. Alguém acredita que esses nomes mudaram de convicção tão facilmente quanto mudaram de legenda?

O fim do governo do PT não significa o fim do petismo. Lula e Dilma já estão eleitoralmente acabados. Mas o espírito de seu método de governo permanece vivo e representado por uma poderosa força política, que, assim como o PT de outrora, apresenta-se como messias da honestidade, de "origem humilde" e alternativa para os que querem "mudança".

Por isso, temos de ficar em alerta. Não importa quantas penas o adornem, quantos cipós o envolvam ou quanto urucum lambuze o seu rosto: o petismo será sempre petismo
Herculano
29/03/2016 06:42
QUEM AGORA ATACA MORO ANTES INSULTAVA BARBOSA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Os que hoje atacam o juiz Sérgio Moro e o ministro Gilmar Mendes, por decisões contrárias aos interesses do governo e do PT, na gatunagem investigada pela Lava Jato, foram os mesmos que há quase dois anos, em junho de 2014, divulgaram manifesto denunciando "arbitrariedades" do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, por manter na Papuda os ladrões transitados em julgado do mensalão.

EM DEFESA DE LADRÕES
O manifesto era contra o regime fechado do chefe da quadrilha, José Dirceu, e de José Genoino e Delúbio Soares, cúmplices no esquema.

MILITÂNCIA CEGA
O documento exigindo que o STF pegasse leve com aqueles corruptos era firmado por "juristas", "intelectuais", artistas e porraloucas do MST.

COITADINHOS
Os defensores da ladroagem no PT acusaram Joaquim Barbosa de levar "caos ao sistema prisional" e "angústia e desespero" aos ladrões.

MESMA LADAINHA
Como hoje fazem, tentando intimidar a Justiça e blindar o "inimputável" Lula, em 2014 citaram "afronta ao Estado de Direito", Corte de Haia etc.

DILMA ESFREGA CARGOS E PMDB REAFIRMA RUPTURA
Sempre inábil nas relações políticas, a presidente Dilma mandou listar os cargos ocupados pelo PMDB em seu governo, e tentou esfregá-los no rosto de ministros indicados pelo partido. Mas coube ao ministro Eduardo Braga (Minas e Energia), que tentava fazer a ponte com o vice Michel Temer, informar a ela que, além de perder o apoio do PMDB, os cargos do partido na Esplanada estarão vagos em duas semanas.

BALCÃO
O Planalto levantou que o PMDB ocupa cerca de 600 cargos. Agora, chama parlamentares influentes, um a um, para negociar as cadeiras.

DESCULPE QUALQUER COISA
Os ministros afirmaram a Dilma que são contrários ao impeachment, mas devem lealdade ao partido e ao vice-presidente Michel Temer.

SEM TETO
Kátia Abreu (Agricultura), que não queria deixar o cargo, sondou filiação no PSD, novamente. Recebeu um "não" como resposta.

A CASA CAIU MESMO
Se Henrique Alves largou o osso, a casa de Dilma realmente caiu. Ele até pediu ao PMDB para ficar mais 2 meses agarrado ao Ministério do Turismo. E se credencia a ser ministro em eventual governo Temer.

PROTESTO REMUNERADO
Funcionários da Câmara e do Senado foram usados, no horário de trabalho, para tentar impedir no braço que a OAB protocolasse mais um pedido de impeachment da presidente Dilma. Caso de Tânia Maria de Oliveira, que embolsa R$12 mil mensais na liderança do PT.

PSD NO MURO
O Planalto está inconformado com a liberação da bancada do PSD na Câmara para votar como quiser em relação ao impeachment. O governo ameaça tomar de Gilberto Kassab o Ministério das Cidades.

MEDO DE ASSOMBRAÇÃO
A reunião secreta com um comandante militar parece assustar tanto o pretendido interlocutor, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), quanto seus assessores. Informado e confirmado em off por assessores dele, o encontro foi nervosamente negado por uma assessora.

PELO CANO
Mauro Lopes (Aviação Civil) fez péssimo negócio ao desafiar a convenção do PMDB: ficará sem partido, porque deverá ser expulso, e perderá o cargo, porque já não representará ninguém no governo.

DESCULPA ESFARRAPADA
O ministro abestado da Saúde, Marcelo Castro, fará voo sem escala, de volta ao baixo clero. Ao ser cobrado pelo PMDB sobre a demissão do seu subordinado presidente da Funasa, disse que soube do caso pelos jornais, revelando assim o tamanho do seu prestígio no governo.

NOTÍCIAS DO BALCÃO
O governo tenta reconquistar o PRB através do senador Marcelo Crivella (RJ), que se empenhou das campanhas de Dilma. Prometem a ele até um ministério importante para o PRB voltar a ser aliado.

SÍNDROME DE ESCORPIÃO
"O PT confirma a síndrome de escorpião (o inseto traiçoeiro)", afirma o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), sobre a tentativa do PT de desqualificar o vice-presidente Michel Temer.

PERGUNTA NA LAVA JATO
O ex-ministro do Turismo Henrique Alves queria continuar no cargo para não largar a boquinha ou com medo de perder o foro privilegiado?
Herculano
29/03/2016 06:36
PT COMO VÍTIMA, por Hélio Schwartsman para o jornal Folha de S. Paulo

O PT está sendo vítima de perseguição na Lava Jato? A essa altura, a maioria dos leitores já deve ter formado um juízo próprio e dificilmente mudará de posição por motivos tão triviais quanto evidências. Mesmo assim, tento.

Comecemos pelo plano jurídico. Decisões isoladas avançaram o sinal. O juiz Sergio Moro não poderia, por exemplo, ter tornado públicos os diálogos envolvendo familiares e amigos do ex-presidente Lula. Na verdade, deveria ter mandado destruir essas gravações, como determina a lei nº 9.296/96. A conversa com Dilma, por envolver potencial ilícito, é mais controversa. De todo modo, Moro deveria tê-la despachado ao STF.

Trata-se, porém, de violações ocasionais, que não bastam para invalidar o processo. No atacado, as investigações seguem os padrões normais da Justiça brasileira, que tem abusos endêmicos, como o desvirtuamento do uso das prisões cautelares, mas é difícil perceber um viés contra o PT. A maioria dos políticos que responde a inquérito, vale lembrar, pertence ao PP. Em seguida vem o PMDB e só depois é que aparece o PT.

No plano da opinião pública as coisas ficam mais interessantes. É verdade que as suspeitas relativas ao governo monopolizam o noticiário, enquanto as relacionadas à oposição ganham menos destaque. Poderíamos até discutir como calibrar melhor a imprensa, mas o interesse jornalístico é necessariamente desequilibrado. Uma denúncia envolvendo a presidente, afinal, pode derrubar o governo; já uma contra a oposição só move a bolsa de apostas.

O discurso vitimista do PT se tornará realidade se as suspeitas contra opositores forem esquecidas, mas, como ainda não dá para dizer que isso ocorreu, as queixas ficam mais bem descritas como arroubo retórico.

Meu palpite é que as apurações já ultrapassaram aquele estágio em que a pasta de dente foi apertada e não há como fazê-la voltar para o tubo, mas só o futuro dirá com certeza.
Herculano
28/03/2016 20:56
HOJE A TARDE NA CÂMARA SERÁ O PROJETO DE LEI 5/2016. ELE CRIA O DISTRITO DO BELCHIOR. MAS, TODO O CUIDADO DAS LIDERANÇAS DE LÁ É POUCO E IMPORTANTE. PODE ACONTECER A JOGADA QUE O PT, ZUCHI E OS VEREADORES FIZERAM COM O REAJUSTE DOS SERVIDORES DA CÂMARA E O DOS PROPRIOS EDIS. OU SEJA, ENSAIA UMA COISA, VOTA EM OUTRO SENTIDO.

E por que desta preocupação?

Por que existem duas emendas. Uma diz que o Distrito não vai se chamar Distrito Prefeito Tarcísio Deschamps, mas Distrito Belchior Tarcísio Deschamps. O povo já rejeitou e disse isso na audiência pública feita na quarta-feira.

A segunda emenda, e que deveria valer, foi protocolada na quarta-feira passada. Ela teve como objetivo terminar com a polêmica e atender os apelos das lideranças do Belchior. Foi feita para esvaziar a audiência pública de quarta-feira que levou mais de 200 pessoas à Sociedade Harmonia.

Nem Distrito Prefeito Tarcisio Deschamps, nem Distrito Belchior Prefeito Tarcísio Deschamps, esta emenda assinada pelo prefeito pedro Celso Zuchi, a contragosto, diz que simplesmente o obvio e que todos querem: Distrito do Belchior.

Mas, o PT e Zuchi sempre manobram, dissimulam para chegar ao resultado que definem no grupo e ainda mais quando são contestado pelo povo. E não engoliram até agora esta reversão provocada pela manifestação do povo de lá.

Mais. O relator deste Projeto de Lei, José Hilário Melato, PP, o braço direito do PT e da administração de Zuchi, está quieto. Nem na audiência pública lá no Belchior, apareceu.

E para finalizar. Depois do que o PT e vereadores fizeram na sessão passada no caso do reajuste discriminatório entre os servidores da prefeitura, da Câmara e para os próprios vereadores, tudo é possível.

Então, cabe aos belchiorenses fiscalizar esta tramitação de hoje. E se possível, lá na própria Câmara. Acorda, Gaspar!

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