26/12/2016
A PONTE DE INCOERÊNCIAS I
A Ponte do Vale foi inaugurada, liberada ao tráfego e não foi fechada como se programou. Quem disse que ela seria fechada após a inauguração? Nenhuma manchete invejosa, nenhum colunista maldoso, nenhum internauta raivoso, nenhum adversário sem discurso e caráter, nenhum idiota como classificou o quase desempregado petista, Élcio Carlos de Oliveira. Foi a própria prefeitura do PT no “press release” que postou no seu portal e distribuiu à imprensa. Ninguém mais. Mas, a administração de Pedro Celso Zuchi, insinuou que houve divulgação falsa para melar a sua grande obra. Fingiu-se de vítima para esconder mais uma vez o seu próprio erro. A RBS de Blumenau – e é a terceira seguida a favor do PT de Blumenau que manda no daqui, com repórteres diferentes - comeu bola mais uma vez ao “desmentir esses boatos”. Para a repórter Vanessa Moltini, “até surgiram alguns comentários de que ela seria inaugurada e depois fechada”. Como assim? Os comentários foram decorrentes da informação oficial. Se a comunicação foi malfeita, mal interpretada ou modificada posteriormente, é outro assunto a ser esclarecido.
A PONTE DE INCOERÊNCIAS II
Para a repórter ajudo-a na sua preguiça, mesmo sob à desculpa que foi ludibriada pelo pessoal com quem contatou. Aqui está o trecho da comunicação da prefeitura e que estava disponível no portal oficial; Moltini é quem preferiu não ler e dar mais uma vez aulas de jornalismo e confiar em novas fontes ideológicas: “...no entanto, após a inauguração, a ponte será interditada em alguns momentos para executar os ajustes finais da obra, como iluminação, ajardinamento e sinalização horizontal. O fechamento da passagem é necessário para a segurança dos usuários e trabalhadores da obra”. A prefeitura petista de Gaspar voltou atrás daquilo que decidiu ouvindo os técnicos, depois que ela virou o centro de chacotas na imprensa séria e principalmente nas redes sociais. E para quem já escondeu um laudo da Defesa Civil sobre a precariedade da ponte Hercílio Deecke que ameaçava a população, esta mudança é fichinha. Outra: a empreiteira Artepa Martins notificou a prefeitura. Ela não se responsabiliza pela abertura da ponte e dos acessos ao tráfego normal de veículos. O asfalto não estava curado e devidamente terminado. E isso vai gerar mais problemas, aceleração dos degastes físicos dos materiais, podendo advir problemas graves, mais custos, necessidade de reparos e que a Artepa não vai arcar, se cobrada. Pode até fazê-los, mas vai mandar a conta. Outra da irresponsabilidade civil: com a sinalização incompleta, qualquer acidente no trecho poderá levar à responsabilização do Município. E custar caro para o bolso de todos.
A PONTE DE INCOERÊNCIAS III
Comparadas as fotos da inauguração da ponte Hercílio Deecke feita pelo prefeito Dorval Rodolfo Pamplona (o homenageado da nova ponte), em 19 de junho de 1960 e a ponte do Vale, 56 anos depois, fica claro: na primeira tinha mais gente, com uma população de apenas 20% do que é hoje. Ou seja, o povo estava lá e nesta... Essa ponte não deveria ser do Vale, nem de Gaspar, quando muito. Mas, a ponte do PT, do Zuchi, do Décio, da Ana Paula. Fizeram-na como sua e não da comunidade. Com algo tão importante não foram capazes de uni-la para festejar algo que é bom e é para todos, indistintamente sem partidos. Nem mais, nem menos. Esta ponte começou com a união da Acig daqui (quando ela ainda tinha voz estadual e não era instrumento do PT), com Samir Buhatem e a Acib, de Blumenau, com Ricardo Stodieck. Eles foram à ex-senadora Ideli Salvatti, PT, com quem Ricardo tinha bom acesso. Ela, bicho político e que olhava apenas para o seu partido, votos e poder permanente, não “acreditava na intenção”, tanto que o nome ponte do Vale – e que pegou para desespero de Zuchi e os seus - surgiu naquela época. Ele foi exatamente para descaracterizar como sendo uma ponte só para Gaspar e os gasparenses. Fez isso, para facilitar à sua viabilização nos meios políticos administrativos; unir forças. Acig e Acib foram ao ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, ainda no PMDB. Ele comprou a ideia. Desapropriou as terras onde passam hoje os acessos. E a ponte do Vale só virou realidade quando nem Adilson, nem Buhatem, nem Stodieck estavam mais no poder, mas sim o PT de Zuchi, de Ideli – a honorária sumida -, de Ana Paula e Décio tornaram-se poder e viram na ponte, uma alavanca de oportunidades.
A PONTE DE INCOERÊNCIAS IV
A inauguração da ponte do Vale na sexta-feira teve apenas sabor de vingança. Incrível. Teve todos os ingredientes da decadência e da falta de respeito, inclusive ao povo. A ponte também deveria ser a do Lula, da Dilma a quem o prefeito Zuchi e sua vice, Mariluci Deschamps Rosa, agora vereadora, mandaram fazer duas faixas. Penduradas, elas agradecem aos dois por tal obra. Outra vergonha – não pelo que se desvenda na Operação Lava Jato, do juiz Sérgio Moro, mas pela essência. A faixa que devia estar lá, obrigatoriamente conteria: “esta ponte foi construída com os pesados impostos de todos os brasileiros e gasparenses. Os gasparenses reconhecem e agradecem”. Entretanto, poderia ser pior: o PT de Blumenau e que manda no daqui fez boato. Nele ensaiou trazer a ex-presidente Dilma Vana Rousseff, para mostrar a força decadente desse processo todo onde os políticos são donos de obras feitas com o dinheiro sofrido dos contribuintes e que hoje se sabe, foram mal gerenciados, quando não desviado em bilhões pelos governantes de plantão e liderados pelo PT.
A PONTE DE INCOERÊNCIAS V
O que era para ser comemorado e compartilhado, foi apenas comemorado e por poucos. Ainda bem que vai ser usufruído por todos – sem restrições partidárias ou de afinidades -, por que se trata de uma obra pública, aberta, sem discriminação, necessária e que chega com muito atraso, não apenas na sua execução, mas na sua projeção. Vital para o desenvolvimento não apenas de Gaspar, mas da região. Primeiro convidaram apenas os partidários, comissionados, familiares numa festa de despedida dos oito anos do PT de Gaspar, junto com a família do homenageado, a do ex-prefeito Dorval. Confinaram todos no ginásio João dos Santos (o primeiro prefeito eleito daqui) para o comício (foto acima). Faltou levar o povo à ponte e não a um ginásio. Este foi o “grande público” do press release da prefeitura, ou seja, menor do que o de 1960. Faltou a dignidade dos grandes estadistas. Eles usam as grandes conquistas – e a ponte assim foi – para unir por meio comemoração comunitária. Mas, não! Foi uma festa particular para Zuchi, Décio e Ana Paula e os satélites sem brilho que gravitam em torno deles. Uma com uma obra desta importância regional era para trazer os prefeitos de Blumenau, Brusque, Ilhota, Luiz Alves, Indaial, Timbó..., os ex-prefeitos de Gaspar, o futuro prefeito de Gaspar, deputados da região, misturar todos, com o povo e entupir a ponte, num dia e horário mais adequados. Ficaria nesse ambiente festivo melhor para Zuchi, a frase que ele pronunciou ali entre meia dúzia de pessoas (foto abaixo) no ato do corte da fita quando bradou, pelo menos duas vezes, sem ser ouvido e percebido para quem se dirigia: “a ponte está aberta, meu povo!”. Qual mesmo?
A PONTE DE INCOERÊNCIAS VI
E por fim. Estou parcialmente de alma lavada. Ao final, o PT em press release e pela primeira vez, apresentou uma conta parecida com a que sempre questionei aqui. As dúvidas, todavia, persistem. Entre elas a de como depois de tanto tempo atrasada, multas, paradas e inflação uma obra custou o que se licitou? Como aconteceu esse milagre? O press release diz que a ponte do Vale “teve o investimento total de cerca de R$ 41,6 milhões. Desse valor, cerca de R$ 36,5 milhões são com recursos do Governo Federal e, em contrapartida, o município investiu aproximadamente R$ 5,1 milhões”. É preciso explicar mais. Muito mais. Espera-se que o futuro governo de Gaspar, de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, que vai pagar a conta e refazer o que se estragará com o uso prematuro da ponte e dos acessos possa esclarecer isso à população. E para arrematar: faltou ao prefeito Zuchi – e isso o press release não esclarecer - explicar e a RBS perguntar, porque o repórter Osvaldo Sagaz fingiu que não ouviu, o quanto e por quê Gaspar vai devolver parte desse dinheiro a Brasília. Naquela entrevista, Zuchi disse – e está gravado - ter sobrado e que seria devolvido. Acorda, Gaspar!
ILHOTA EM CHAMAS I
Esta notícia nacional é do dia 13 de dezembro. E bem atrasada. É que o fato se deu no dia três de novembro - e fui o único a publicá-la na região. Ela revelou algo que vai deixar mais vulnerável do que está, o PMDB - o que vai mandar no próximo governo do prefeito de Erico da Silva, o Dida, aquele que acha a imprensa atenta é um problema. Quando publiquei a notícia motivo deste comentário, ingênuos, espertos e envolvidos logo me questionaram: o que Ilhota tem a ver com o título dela: “preso o chefe de gabinete do prefeito de Tucuruí PA, acusado de fraudar a previdência dos servidores municipais”? Quase tudo. E por que? Porque o complemento da notícia, deu conta que em Blumenau, na mesma operação da Polícia Federal do Pará, a pedido do Ministério Público Federal, foi preso o advogado Elsimar Roberto Packer. Tudo devidamente abafado pela imprensa do Vale do Itajaí.
ILHOTA EM CHAMAS II
E quem é Elsimar? Advogado que atuou na administração do ex-prefeito Ademar Felisky, o que coordenou a campanha eleitoral deste ano e que manda e desmanda no PMDB de Ilhota e no futuro prefeito Dida. Elsimar é compadre de Ademar. E ambos possuíam uma empresa em comum para vender em Santa Catarina esse mesmo produto que se questionou no Pará. É a Ilha Consultoria e Gestão Empresarial Eireli - Epp - CNPJ 18.513.304/0001-1, com endereço a Rua Av Ricardo Paulino Maes, 60, Sala 02, Centro, Ilhota, SC, CEP 88320-000, Brasil. O telefone é do Ademar. O e.mail é o normalmente usado pela mulher de Ademar, Marise Sansão Felisky. Ainda não se sabe de nenhuma irregularidade contra a empresa do ex-prefeito. Sabe-se apenas do elo dos produtos e dos donos. E que é muito antigo. E que nem sempre esse elo foi tão ingênuo assim, como desvendou o Ministério Público daqui. Elisimar nega os problemas apontados pelo MPF do Pará e diz que a Justiça o absolverá. Nega que haja problemas em outras cidades ou em empresas coligadas envolvidas neste assunto.
ILHOTA EM CHAMAS III
Mas o que aconteceu no Pará? Fraude à previdência dos servidores. A PF e o MPF alegam que a empresa de Elsimar deu suporte jurídico para tal ato. A Justiça aceitou, por enquanto, mas não julgou definitivamente pois aguarda a defesa. Só lá foram desviados mais de R$4 milhões. Mas, tudo indica, segundo a PF e o MPF,trata-se de uma rede. Muitos outros municípios brasileiros estariam envolvidos neste esquema para lesar os funcionários públicos. E a apuração segue. É uma história antiga e repetida – aqui em Gaspar, que nada tem a ver com Elsimar e Ademar - já tivemos esse exemplo. Foi com o ex-prefeito Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, do PMDB – o único até agora a não terminar o mandato. Cria-se a previdência dos servidores, faz-se caixa com as contribuições da prefeitura e dos servidores; ela fica alta e atiça os olhos dos políticos. Com o tempo, eles, os administradores públicos, somem com o que é dos funcionários, aproveitando-se da ausência de fiscalização. Em Belém, os crimes vinham sendo praticados desde abril de 2015. As penas somadas, podem chegar a 21 anos de reclusão, além de multa.
ILHOTA EM CHAMAS IV
E o que pega contra o ex-prefeito Ademar Felisky? O tempo em que foi governo em Ilhota e teve Elsimar como advogado terceiro do município e não exatamente as sociedades de hoje, por enquanto. Pega, principalmente, o seu comportamento ditatorial. Ademar Felisky manda. Na política de Ilhota Ademar define quem vai viver e quem vai morrer. Desde quando viu a ingênua autodesgraça do rival Daniel Christian Bosi, PSD, e a possibilidade do seu PMDB voltar ao poder, ficou incomodado com a curiosidade da imprensa sobre os problemas da aliança que armou para vencer mais uma vez. Para ele, imprensa é algo indesejável no papel dela. Aliás no seu tempo de prefeito, a comunicação pública era zero. Publicidade nula. Os atos públicos eram pregados (é isso mesmo) na porta da prefeitura, quando “pregados”. Para Ademar – que se orgulha de não ter veículos de comunicação na cidade – a imprensa deve ser mansa, pedinte de migalhas, propagadora de fantasias e egos, bem como ficar de joelhos à falta de transparência dos negócios para os quais os políticos usam os espaços e recursos públicos. Aqui mesmo publiquei uma reunião que se gravou na campanha para “apurar” os negócios dos políticos de lá com as coisas públicas. Ademar, está injuriado. Curiosamente, o Ministério Público também. A gravação é um sucesso no MP. Os tempos mudaram. Os políticos não.
ILHOTA EM CHAMAS IV
E para que nada fuja do seu controle, Ademar colocou na vara curta o candidato que escolheu e venceu para o PMDB e o PP dividido, o Érico de Oliveira. Se não bastasse toda essa incomodação com as notícias do Pará, justamente na volta do PMDB ao cenário do poder, o seu compadre Elsimar, acaba de lhe dar outro presente de grego e às vésperas do Natal. Na última semana de trabalho neste ano produtivo contra os erros dos gestores públicos, a promotora Chimelly de Louise Reneses Marcon, a que cuida da Moralidade Pública na Comarca, protocolou na Justiça uma Ação Civil Pública Por Atos De Improbidade Administrativa contra Ademar, como ex-prefeito. Estão nela também Pedro José Schneider, Almir Aníbal de Souza, Maria Aparecida Maes Mabba Quintino, José Eduardo do Nascimento, Lúcio Emílio da Cruz Collares, Jony Réus Keppen, Elsimar Roberto Packer, Symone Defreyn Packer, bem como as empresas Pública Consultoria e Desenvolvimento Profissional Ltda., e a Packer & Nascimento Advogados Associados.
PRESENTE DE GREGO I
Qual o motivo da Ação do MPE? Houve procedimentos licitatórios direcionados que levaram à contratação da Pública Consultoria E Desenvolvimento Profissional Ltda., e a Packer & Nascimento Advogados Associados para serviços de consultoria em Ilhota durante a gestão de Ademar Feliski. Segundo o MPE, os atos improbos causaram prejuízo ao erário e atentaram contra os princípios da Administração Pública. Como foi, segundo o MPE? No início do seu segundo mandato de Ademar Felisky, em 2009, ele resolveu contratar o escritório de Elsimar Roberto Packer, sócio-proprietário de fato da empresa Pública Consultoria e Desenvolvimento Profissional Ltda., para prestar serviços de assessoria jurídica àquela municipalidade. Para tanto, lançou o procedimento licitatório Carta Convite 06/2009, do tipo menor preço global.
PRESENTE DE GREGO II
Segundo as investigações, provas, depoimentos de servidores, evidências e a denúncia do MPE, tudo foi de fachada. Dois outros escritórios serviram de bois de piranhas e em três, de 11 dias, resolveu-se tudo interna e externamente no processo licitatório. No dia 27.01.2009 aconteceram (a) requisição de licitação pela Secretária Municipal de Administração (Ana Lúcia Wilvert) para os serviços de consultoria; (b) solicitação de abertura de licitação pelo Prefeito Ademar, já indicando como convidados a Pública Ltda; (c) autorização para abertura de processo administrativo de licitação; (d) parecer contábil; (e) parecer jurídico; (f) Edital de Licitação – Convite n. 06/2009; (g) declaração de publicação do certame e aviso de licitação, no mural oficial da instituição. No dia 05.02.2009: (a) ata de recebimento e abertura de documentação, na qual a comissão de licitação composta por Pedro José Schnaider, Almir Aníbal de Souza e Maria Aparecida Maes Mabba Quintino consignou a presença dos licitantes na sessão e inabilitou Lúcio e Jony "[...] por não apresentarem as suas documentações de acordo com o exigido no edital [...]."; (b) ata de reunião de julgamento das propostas, sagrando vencedora a empresa Pública Ltda., única habilitada para esta fase do certame. No dia 10.02.2009: (a) termo de homologação do certame; (b) termo de adjudicação; (c) Contrato n. 04/2009, com valor global de R$ 70.440,00 e prazo de vigência de 12 meses.
PRESENTE DE GREGO III
O que as investigações constataram? O edital não foi publicado, e talvez nem “pregado” na porta ou mural da prefeitura como era costume e disfarce. E quando se queria publicar algo para cumprir a lei, fazia isso no jornal “A Notícia”, de Joinville, que não possuía sequer circulação em Ilhota, num desprezo aos jornais da região e feito de propósito para que ninguém soubesse de nada. Ria macaco. Outra: embora Comissão de Licitação tenha consignado na ata de abertura dos envelopes a presença dos licitantes, os próprios Elsimar (Pública Ltda.), Lúcio e Jony (dos outros dois escritórios que se prestaram a dar licitude ao certame) foram categóricos: afirmaram que não participaram da respectiva sessão. Além da falsidade ideológica, tal fato só vem a corroborar a hipótese de que aquele “disputa” foi meramente a instrumentalização formal da contratação direta pretendida entre as partes (a prefeitura, Ademar, a Pública Ltda. e Elsimar).
PRESENTE DE GREGO IV
Quer mais? Outro ponto que evidencia o direcionamento da Carta Convite n. 06/2006 em favor da Pública Ltda., segundo o MPE, foi a inabilitação infundada dos concorrentes Jony e Lúcio, procedida pelos integrantes da Comissão de Licitação (Pedro José Schnaider, Almir Aníbal de Souza e Maria Aparecida Maes Mabba Quintino). O teor da ata de recebimento e abertura de documentação 01/2009 diz que após a abertura dos documentos de habilitação, constatou-se que as empresas Jony Reus Keppen e Lúcio Emílio da Cruz Colares foram desclassificadas [sic] por não apresentarem as suas documentações de acordo com o exigido no edital. Para o MPE “o ex-prefeito de Ilhota agiu conjuntamente com os membros da comissão de licitação, de outro, Elsimar e seu sócio José Eduardo do Nascimento se articularam com Jony Reus Keppen e Lúcio Emílio da Cruz Colares, para superar a necessidade de licitação para o pretendido pacto com o município de Ilhota. Intransponível ressaltar, a propósito, as informações advindas do Ministério Público de Contas do Estado de Santa Catarina: de 49 licitações em diversas prefeituras, a Pública, do Elsimar, ganhou todas”.
PRESENTE DE GREGO V
Impressionante os detalhes das investigações relatadas pela promotora Chimelly na Ação que ela formulou para o juízo, mostrando a relação entre os envolvidos, falsidade ideológica e as coincidências nada coincidentes, mas propositalmente armadas. E para concluir esse enredo de amigos: segundo o MPE, “findo o Contrato 04/2009, após os seus aditivos ilegais detidamente abordados na mesma peça, o mesmo enredo de direcionamento se repetiu. O prefeito Ademar lançou o Convite 13/2011, em 13.10.2013, no qual restou vencedora outra empresa de Elsimar e José Eduardo, a Packer & Nascimento Advogados Associados”. É contra estes esclarecimentos que o ex-prefeito se insurge na imprensa e de alguma forma, sente-se preocupado com o olho legal e investigativo da promotoria estadual que cuida da moralidade pública na Comarca e a do Tribunal de Contas que está vivamente interessada nestes casos do ainda atual e também do ex-prefeito, que quer governar através de outro. Sintomático. A coluna não conseguiu contato com os envolvidos nestes fatos e acusados pelo Ministério Público Estadual.
TRAPICHE
O PMDB e PP eleitos de Gaspar estão meio perdidos com as prioridades do novo governo. Só possuem olhos para os grandes negócios.
Ao receber um telefonema da atual ainda vice, Mariluci Deschamps Rosa, PT, o prefeito de fato do futuro governo, Carlos Roberto Pereira, não sabia a quem deveria dar o celular da Indefesa Civil a partir do dia primeiro de janeiro, se um desastre vier acontecer na cidade. Ou seja, vai continuar tudo igual.
Os partidos políticos já prestaram contas na Justiça Eleitoral? Sério? Então por que tem coligação que não pagou até agora o fornecedor de bicicletas alugadas, ato feito unicamente para impedir o uso delas pelo PSDB e DEM?
Ilhota em chamas. O futuro prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira, PMDB, fez um panfleto e o distribuiu no município. Ele saudou o Natal, o Ano Novo, o povo e esculhambou a administração do prefeito que sai, Daniel Christian Bosi, PSD.
Do colunista Josias de Souza. Como se sabe, o Mensalão não justificou o impeachment. Naquele escândalo, Lula escapou pela tangente do “eu não sabia”. Mas o acúmulo de reincidências —do Petrolão aos confortos bancados por terceiros— é um atentado contra a paciência alheia. O problema não é a idiotice das notas do Instituto Lula. O que incomoda é a tentativa permanente de fazer a plateia de idiota.
O ex-prefeito de Blumenau e agora ainda secretário da Saúde do governo de Raimundo Colombo, PSD, João Paulo Karan Kleinubing, PSD, diz que voltará para a Câmara Federal a partir do dia primeiro de Janeiro, para o qual foi eleito e mandou bananas para os seus eleitores nestes dois anos.
Qual foi a esfarrapada justificativa na carta que enviou aos seus cabos eleitorais? “Assumo meu mandato, com o dever de representar Santa Catarina, com destaque especial para o Vale do Itajaí e Blumenau, em Brasília. Sinto que devo cumprir esse papel nesse momento, sinto também, que é isso que a sociedade, em especial na região que represento, espera de mim. Trabalharei com enorme dedicação, assim como fiz quando deputado estadual, prefeito de Blumenau e secretário de estado da saúde, batalhando por Santa Catarina, com minhas convicções e atento as vozes da sociedade”.
Tudo bobagem. João Paulo pediu votos para representar a sociedade e só agora descobriu que é isso que ela quer dele? Esses políticos, com seus assessores, vivem fazendo como escreveu Josias de Souza, e reproduzi acima, a plateia de idiota. Vereador é eleito para representar e fiscalizar. Deputados estaduais, federais e senadores também. Eles sabem disso, mas vivem mudando os papéis e dando desculpas esfarrapadas. E os eleitores enganados, aceitando.
João Paulo sai do governo Raimundo Colombo, porque o governo começa a ficar uma roubada. Nem mais. Nem menos. João Paulo sai da secretaria da Saúde porque o setor está trabalhando no limite e está ficando exposto para quem deseja continuar político. Nem mais, nem menos. Então veja o que escreveu: “a queda na arrecadação, diminuiu os valores reais do nosso orçamento, as ordens judiciais aumentam ano a ano e prejudicam o planejamento financeiro da secretaria”.
João Paulo fez um balanço genérico na saída com os grandes números. “Com o programa InvestSaúde, investimos R$ 23 milhões para entregar 53 vans para transporte de pacientes e 123 ambulâncias aos municípios e unidades hospitalares de Santa Catarina. Além disso outros R$ 87 milhões foram investidos em obras e equipamentos para área de saúde de municípios e hospitais filantrópicos. Destaco aqui os R$ 14 milhões liberados para ampliação do Hospital São José de Criciúma. Faço um destaque especial também a minha cidade de Blumenau que recebeu nesses dois anos, em que estive a frente da Secretaria de Estado da Saúde, pelo programa InvestSaúde mais de R$12 milhões”.
Estes números, mostram o quanto Gaspar, dos seus cabos eleitorais Marcelo de Souza Brick e Giovânio Borges, então todos no PSD, foi discriminada pelo secretário João Paulo Kleinubing. E corajosamente aos tapados ele conclui: “o futuro de Santa Catarina, quem constrói é o catarinense! Contem comigo. Vamos em frente”. Acorda, Gaspar!
Na sexta-feira, haverá coluna Olhando a Maré inédita para os leitores e leitoras do portal Cruzeiro do Vale.
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