25/07/2016
ILHOTA EM CHAMAS I
O prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD, e o seu ex-coordenador de campanha, ex-secretário de Administração, ex-secretário de Assistência Social, e hoje assessor do presidente da Câmara de Gaspar, Giovânio Borges, PSB, ex-PSD, Fernando Neves, além de Jader José Alves, vão estar com os olhos em Florianópolis. As nove horas na sala de sessões da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, poderão acompanhar com seus advogados um julgamento. Ele vai decidir se recebe ou rejeita a Notícia Crime oferecida pelo Ministério Público da Comarca de Gaspar e que cuida da Moralidade Pública.
ILHOTA EM CHAMAS II
E por que o Tribunal de Justiça? É que prefeitos têm foro privilegiado. E quem é o relator deste caso? Desembargador Paulo Roberto Sartorato. E para evitar embarrigamento, já foi nomeado um advogado dativo, se os advogados de Bosi e Fernando não forem lá hoje na hora marcada. Esclarecendo. Esta ação penal é derivada desta Ação Civil Pública que tramita em Gaspar: fraude em licitação, a 8.666/93, especialmente no item que trata da dispensa ou a inexigibilidade. O vereador Luiz Fischer, PMDB denunciou. E a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, fez uma Ação Civil Pública e a Procuradoria Geral de Justiça, a Ação Penal.
QUEM DÁ MAIS? I
Qual o melhor sinal de que a campanha eleitoral na busca do cargo de prefeito e vereadores de Gaspar já começou de verdade? E antes mesmo das convenções partidárias que oficializam a partir desta semana os candidatos e coligações? Por um jeito jeito antigo de comércio: a compra e venda de votos, um escambo, inclusive, feito por gente esclarecida de ambos os lados do balcão. E tudo as claras, disputando-se um mercado entre compradores e vendedores em plena crise ética e de caça as bruxas, afrontando a legislação específica, desafiando o Ministério Público e a própria Justiça Eleitoral.
QUEM DÁ MAIS? II
Já mostrei que a prefeitura tirou a sua sessão de notícias, para não infringir a Lei. Mas, a área de comunicação dela está até com mais vapor, mobilizando com pautas, os veículos de Gaspar, Brusque e Blumenau para as notícias, além de cobrar reciprocidade das velhas e até futuras parcerias econômicas ou contratuais. Tudo nos bastidores. Tudo de forma enviesada. É o jogo do gato e do rato para não se deixar rastros e burlar o que é oficial. Na edição impressa de sexta-feira passada, na coluna no jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e credibilidade, mostrei como se propaga a paternidade da ponte do Vale, num panfleto do deputado Décio Neri de Lima, o que manda no PT daqui, para dá-la ao candidato do seu partido. E há duas semanas, surgiu uma disputa entre dois grupos partidários distintos e adversários entre si para ver quem dava mais para receber o apoio de um grupo cultural. Nas redes sociais, estamparam-se as provas de que um deu o transporte e o outro a comida para a apresentação do referido grupo fora daqui.
QUEM DÁ MAIS? III
Fui o único na imprensa a dar tal fato. Sabe o que aconteceu? Pressão, desmentidos e cobranças para a minha responsabilidade perante o processo eleitoral e os grupos de interesses. Ingênuos. Os políticos, seus apoiadores e “assessores”, de um modo em geral, consideraram a divulgação num veículo formal da imprensa uma afronta aos “negócios” deles. Uma “descoberta” indevida, antiga e tarde. Repito: ingênuos. Foi-se o tempo em que a imprensa formal podia ser controlada por meia dúzia de coronéis, espertos ou trogloditas. Nem atualizada, esta gente parecer estar. As redes sociais romperam este cerco, censura e dissimulação. O escondido, virou hit na rede sem controle. Foi o que aconteceu em Gaspar. A cidade inteira tem as provas dos delitos e não foi por nenhum veículo de comunicação, nem por esta coluna. Tolinhos esses políticos e vestidos de mandatários em tudo e todos. Eles pressupõem que estas provas só terão valor perante à Justiça se forem publicadas aqui. Alienados, parecem que não sabem o que está nos autos da Lava Jato como provas, na prisão dos supostos terroristas.
QUEM DÁ MAIS? IV
Quem compra votos sabe exatamente dos riscos que está correndo com a empreitada. Sabe que se trata de uma prática ilegal, seja ela na ação que faz e na origem do dinheiro que usa (ilícita, da sonegação, do tráfico, da lavagem, da receptação, do crime...). Se toma os riscos, sabe extamente das consequências. A consciência é tão grande, que de forma hipócrita, quem compra, “fiscaliza” e “denuncia” os outros tentando impedir à mesma prática. É um mero jogo concorrencial. Nada mais. Quem vende, além de se anular como um cidadão livre, perde o direito à cidadania e os laços de exigir do candidato se eleito, os seus direitos dessa liberdade e cidadania. Também de forma hipócrita, quem vende condena esta prática, mas nos outros, supostamente beneficiados, pois pretende ter exclusividade nos benefícios, vantagens e mercado. Ou seja, além da hipocrisia, é mera inveja e anula a solidariedade. Meu pirão primeiro. Enfim, nada se justifica. Trata-se de crime tipificado. E ponto final.
QUEM DÁ MAIS? V
Desde que este assunto de compra de votos em Gaspar surgiu há duas semanas, conversei com alguns políticos ligados ou próximos à gestão de suas campanhas. Todos me garantiram que a Legislação mudou. O problema, todavia, é que os eleitores e eleitoras de Gaspar não mudaram. Os mesmos de sempre, e muitos outros que herdaram o ofício e a prática, estão atrás de favores e até mesmo de dinheiro como troca de votos pessoais ou da legião de eleitores de cabresto que dizem supostamente representarem. É um calçamento aqui, um aterro ali, uma canalização lá, uma viagem acolá, um médico ou exame mais adiante, brindes para festas populares que se multiplicam nesta época, dentaduras, próteses de todos os tipos, empregos (ou promessas de boquinhas privilegiadas se os doadores forem eleitos), encaminhamento de carteira de motorista, escrituras, regularização do irregular ou clandestino, pagamentos de contas atrasadas de luz, água e até de lojas, doação de tijolos, cimento, telhas, esquadrias, pisos para particulares e clubes, perdões, e assim vai.
QUEM DÁ MAIS? VI
Mudou a Legislação? Mudou. E por que mudou? Pela democracia, pela igualdade de oportunidades, pelo jogo limpo, pela valorização do discurso, da proposta, do compromisso e da atitude e acima de tudo pela liberdade de escolha. Contudo, parece que a consciência do eleitor gasparense não mudou. Ela ainda continua à venda nos períodos eleitorais. Afinal, o que mudou então? Mudou a fiscalização. Ela é está agora, devido a tecnologia em tempo real. Os smartphones que tudo gravam, fotograma e filmam e em segundos transformam o material em contundentes provas e inundam as redes sociais, que ampliam, multiplicam e dão transparência àquilo que até então estava entre quatro paredes e poucos que dirigiam o espetáculo.
QUEM DA MAIS VII?
Contudo os políticos e eleitores gasparenses parecem ignorar até mesmo esta evolução na tecnologia, comunicação e até mesmo no comportamento diante de tantos escândalos patrocinados pelo PT, PMDB, PP, PDT, PcdoB, PR, PRB no mensalão e petrolão. Desafiam. Culpam outros, adversários e até a imprensa por seus próprios vícios ou erros que estão ai para a observação e o julgamento público. Resumindo: os políticos que se dizem novos, mas bonecos ou orientados, por velhas raposas e seus antigos métodos, precisam avisar aos seus “donos” que existe o facebook, o twitter, o instagran, a ingenuidade, a malícia, de que não há crime perfeito e que existem milhares de smartphones à espreita dos deslizes, para provar de que ninguém é tão bobo assim. E para finalizar: sem punição exemplar, nada mudará. É com isto que todos estão apostando, pois no passado foi assim. Com a palavra a promotoria eleitoral. Acorda, Gaspar!
UMA INICIATIVA EXEMPLAR I
O vereador de Ilhota, Luiz Fischer, PMDB, propôs e deu entrada na Câmara – que não está de férias como a de Gaspar está – de um exemplar e interessante Projeto de Lei, de origem legislativa. As sobras do duodécimo, ou seja, do orçamento anual da Câmara ao invés de retornarem para o prefeito fazer delas o que bem entender como tem sido até aqui, agora vão para a Saúde. Fischer, um peemedebista histórico, apenas viu o que o presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio, fez, e imitou.
UMA INICIATIVA EXEMPLAR II
O que Luiz justificou para fundamentar o seu PL 11/2016 e que acrescenta o dispositivo à lei n.º 764/97 que “instituiu o fundo municipal de saúde e dá outras providencias”? Cabe aí ressaltar que a Câmara Municipal de Ilhota nos últimos 3 (três) anos procedeu na devolução ao final dos exercícios financeiros ao Prefeito Daniel Christian Bosi –-Prefeito do Município de Ilhota -, montante de aproximadamente R$ 300.000,00. Ocorre por falta de previsão legal não cabe ao Poder Legislativo Municipal, obrigar o Chefe do Poder Executivo Municipal de Ilhota dar destinação aos valores devolvidos ao final do ano, sendo que tais valores podem ser utilizados ou destinados a qualquer tipo de atividade.
UMA INICIATIVA EXEMPLAR III
Esta situação é idêntica a de Gaspar, quando por várias vezes os vereadores tentaram dar destinações, principalmente para o Hospital, das sobras do Orçamento Anual da Câmara e foram frontalmente barrados pelos vereadores petistas, pelo prefeito Pedro Celso Zuchi, a sua vice Mariluci Deschamps Rosa e seus assessores. “Assim sendo temos que nada mais justo é que resultado da economia gerada pela Câmara Municipal de Ilhota ao longo do ano, possa ser revertida diretamente em mais recurso a saúde pública do município de Ilhota, o que tende por via de consequência melhorar significativa os serviços que se mostram deficientes, ora por falta de exames ora por falta de medicamentos. Por fim cabe aqui mencionar, que a presente iniciativa de destinar o as receitas do duodécimo do Poder Legislativo não utilizadas no respectivo exercício financeiro e são restituídas ao Poder Executivo, também foi apresentada a nível estadual, conforme cópia do Projeto de Lei nº 0153/2016 que tramita junto a Assembleia Legislativa de Santa Catarina”, ponderou Luiz Fischer, para que nada restasse de dúvidas da constitucionalidade da sua proposta. Agora, é aguardar o desfecho na Câmara e qual será o posicionamento do prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, diante de uma eventual aprovação legislativa.
Uma coluna que a concorrência gostaria de assiná-la, mas se contenta na sua leitura. Há melhor premiação do que esta?
Agora é oficial. Um candidato a prefeito de Gaspar poderá gastar até exatos R$ 134.657,70. É isto o que determinou o Tribunal Superior Eleitoral na semana passada, no anúncio feito pelo seu presidente Gilmar Mendes. Ficará muito difícil para quem não tiver discurso, conteúdo, estrutura partidária ou militância.
Ou seja. Com este valor considerado baixo, vai ter muito rolo, caixa dois, pois caixa fantasma já existe. Não é a toa que já começaram a pagar viagens e comidas, e tudo por fora e bem antes da eleição começar oficialmente. Segundo os especialistas que consultei, uma campanha vencedora nos moldes antigos precisaria em Gaspar no mínimo de R$600 mil. Há quem tenha feito projeção (e eu ouvi) de até R$ 1 milhão.
Então agora as campanhas além do marqueteiro, dos cabos eleitorais e panfleteiros para subir e descer ruas e morros, será necessário contratar um especialista em maquiagem, pedaladas e contabilidade criativa. Tudo para burlar a Lei, o Ministério Público, a Justiça e os concorrentes. E quem vem ouvindo o ministro Gilmar Mendes, juiz e promotor eleitorais daqui, está começando a ficar desconfiado que a coisa poderá pegar e ser prá valer. Mas, vão testar para não passarem recibo de trouxas.
Então. Tem gente que vai ter que pedir votos e fazer mágicas para esconder os gastos não oficiais das campanhas. Pela primeira vez os políticos ao invés de superfaturar, que é a prática que dominam bem, aprenderão a subfaturar. Em Gaspar – e outros locais - tudo vai diminuir de preço e quantidade, quando não sumir dos números, apesar de tudo existir de fato e em grande quantidade.
E um vereador quanto poderá gastar? R$17.213,39 Razoável para pagar santinhos, mas não para as pingas, cervejadas, petiscos, churrascos, rifas, carradas de barro, compra de telhas, tubos e horas máquinas, remédios, estadias, passagens, levar doentes a Florianópolis, Curitiba e Blumenau etc, etc, etc. Esta conta limite foi feita porque em Gaspar estão aptos a votarem neste ano 44.336 eleitores.
Ela está na tipóia. É só o começo. A gasparense honorária, a ex-senadora, a ex-ministra e cão de guarda no senado do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, PT, a que está em Washington, nos Estados Unidos, propagando internacionalmente de que aqui há um golpe de estado, machucou o braço. Ideli Salvatti, caiu.
Para o Belchior. A mais antiga emissora de Santa Catarina, a ex-PRC4, a Rádio Clube, de Blumenau, fez entrevista com os quatro ainda pré-candidatos a prefeito de Gaspar. Ainda vou escrever sobre elas. Mais uma vez...
A maioria dos pré-candidatos de Gaspar está tratando os gasparenses como se fossem todos eles uns tolos. E o PT depois de oito anos seguidos no governo de Gaspar, além dos quatro anteriormente vividos entre 2000/2004, está fazendo o quê? “Ouvindo” o povo? E para que? Para fazer o novo plano de governo petista. Enganação, ou durante o governo de Zuchi, o PT tamponou olhos e ouvidos aos reclamos do povo? Poderá ser tarde.
O mesmo faz o pré-candidato Kleber Wan-Dall, PMDB com as reuniões itinerantes nos bairros da cidade com objetivo de validar as principais reivindicações da população em relação às políticas públicas.
Ora, Kleber foi vereador por quatro anos (inclusive presidente da Câmara), está candidato há quatro anos e não sabe o que deve ser feito ou o que o povo mais reclama da administração petista de Pedro Celso Zuchi? Ai, ai, ai.
A apresentação do projeto da reurbanização da Rua Itajaí mostrou três aspectos para serem ressaltados. O primeiro deles foi o reaparecimento da ex-secretária de Planejamento, Patrícia Scheitt, no lugar do sempre secretário de todas as obras do prefeito Pedro Celso Zuchi, e agora no Planejamento e quem deveria estar lá mostrando e convencendo, Soly Waltrick Antunes Filho.
O segundo aspecto, é que se deixou claro mais uma vez que a prefeitura petista, a que se diz ser popular, faz os seus planos e não consegue compartilhá-los com a comunidade. Não é transparente. Apenas impõe. Uma marca não só aqui, mas nacionalmente de quem se acha o dono da verdade, das pessoas e dos destinos como se vê claramente no processo de impeachment de Dilma Vana Rousseff.
Foi assim com a reurbanização do Centro, por exemplo entre tantas outras ações comunitárias. Além do improviso naquela obra, drama e conflitos entre as pessoas e burocratas nas discussões públicas, além de todos os prazos estourados com prejuízos para moradores e comerciantes. Mais uma vez Zuchi teve que vir a público, depois do cancelamento do início das obras da Rua Itajaí, para se explicar, e se enrolar.
O que poderia ser um comício com louros para si, seu partido e candidato, virou um grande constrangimento. E o PT só foi lá conversar com os moradores e comerciantes da Rua Itajaí porque se está às vésperas das eleições. Nada mais. E ainda assim por que? Porque a situação não anda bem para o lado do partido e da administração de Pedro Celso Zuchi.
O terceiro aspecto a ser ressaltado é de que vão fazer mais uma vez outra obra incompleta, como a maioria com o selo petista daqui. Ou seja, sem o devida coleta de águas e esgotos.
E qual a desculpa de Zuchi? De que não há mais tempo para rever e discutir este assunto. É que tudo já foi contratado e aprovado. Ou faz assim, ou se perde o que está incompleto. Resumindo: mais uma obra sem necessária discussão com a comunidade, com as decisões tomadas entre poucos entre quatro paredes. Acorda, Gaspar!
Perguntar não ofende. O deputado estadual desaparecido Ismael dos Santos, PSD, vai apoiar o seu partido com Marcelo de Souza Brick ou Kleber Edson Wan Dall, PMDB, da sua igreja evangélica?
Fatos anteriores, repetidos, e fotos já desta pré-campanha, provam e comprovam que o deputado não tem partido. Partido é um detalhe que a Lei lhe impõe para poder pedir votos ao rebanho de fiéis. O que mesmo Ismael fez por Gaspar nos seus mandatos?
Ismael estava aqui em Gaspar na semana passada para apoiar a candidatura a vereador de Silvio Cleffi, PSC, partido que estará na coligação de Kleber. Kleber e Lú atentos para as bençãos.
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