Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

24/06/2016

OLHAR CRÍTICO
A TV Gaspar – um sistema por internet - fez a primeira entrevista com os quatro pré candidatos a prefeito de Gaspar. Eu fui o único a fazer a análise desta entrevista. É um ponto de vista, apenas. Nenhuma verdade. A análise está publicada na coluna exclusiva das terças-feiras para os internautas. Ela é líder de acessos no portal mais antigo, mais atualizado, mais acessado e de maior credibilidade: o Cruzeiro do Vale. Se você não a leu, cole e acesse em http://goo.gl/N4xeJu Teve pré-candidato que ficou contrariado com a referida análise. E tem que ficar mesmo. Vai ter que buscar conteúdo, proposta, coerência e transparência. Compare o que eles disseram e o que estão consertando nas outras entrevistas, fruto da minha análise. Ou seja, estão jogando, enganando, aprendendo e validando o que eu observo (gratuitamente). Acorda, Gaspar!

 

AS PONTES
A ponte dos Sonhos, em Ilhota, prometida para esta semana, não conseguiu dar passagem sobre o Rio Itajaí Açú. Ela já tem as vigas em altura regular sobre a Rodovia Jorge Lacerda. Faltaram-lhe as alças de acesso feitas de barro. Uma chuvinha quase as levou. O prefeito Daniel Christiam Bosi, PSD, depois desistir da reeleição, perdeu também a promessa como presente no aniversário da cidade. A ponte do Vale, a ponte do PT, a ponte de Zuchi e Lovídio, começa agora a lançar as vigas sobre a Rua Itajaí. A notícia alvissareira é o desvio para coloca-las. Então duas perguntas ficaram sem respostas. Este desvio será permanente? Ou então quando vão começar fazer o valão na Rua Itajaí para que caminhões passem por debaixo da ponte? Ela não tem altura suficiente.

 

TEM BOI NA LINHA
Manchetes do portal Cruzeiro do Vale desta semana mostram que a administração de Pedro Celso Zuchi, PT, começa a ficar minimamente preocupada com os questionamentos jurídicos que se avolumam contra o seu governo. Vai deixá-lo encurralado por muitos anos. Mostra também a outra face da história e que se esconde dos gasparenses: a falta de recursos, sejam eles próprios ou oriundos de verbas federais. A prefeitura anunciou na terça-feira, o cancelamento dos editais da reurbanização da Rua Itajaí, bairro Sete de Setembro e a construção da Estação de Tratamento de Esgoto no loteamento das Casinhas de Plástico, no Belchior Baixo, uma promessa pessoal do pré-candidato Lovídio Carlos Bertoldi, quando esteve lá e quase saiu corrido na reunião com os moradores. E se não bastasse isto, outras obras começadas estão paradas, ou lentas, como o calçamento da Rua Madre Paulina, creche do Belchior ou o recém asfalto colocado sobre o calçamento da Rua Luiz de Franzói, que está se esfarelando.

 

COM A LUPA I
No dia 15 de janeiro, escrevi que a prefeitura de Gaspar, de forma acertada, foi atrás de supostas fraudes praticadas em licitações pela Torre Forte Construtora e Incorporadora. Com os títulos “Ingenuidade, esperteza ou armadilha”, mostrei que poderia estar se armando neste ato dos petistas, uma ligação entre o fato e o pré-candidato do PMDB, Kleber Edson Wan Dall. Tudo para deixá-lo acuado, tática própria do PT em qualquer lugar onde está instalado, sempre para combater adversários e permanecer no poder a qualquer custo. E por que? É que o irmão de Kleber, o engenheiro Nelson José Wan Dall Júnior, que aparentemente não tem nada a ver com Kleber neste tipo de negócio, assinou alguns documentos pela Torre, atestando o que ela não tinha feito ou não possuía, exigidos nas licitações.

 

COM LUPA II
Mas quem fez a denúncia? A concorrente Soberana Serviços e Construções, de Blumenau, de Roberto Carlos Imme, ex-secretário na administração petista do ex-prefeito de lá, Décio Neri de Lima, e padrinho da administração daqui. Foi uma forma lícita de excluir a Torre de obras que ela vinha ganhando sucessivamente. Entre elas, estavam como alvo, os postos de saúde do Gasparinho e da Margem Esquerda, parcialmente cobertos por recursos federais. A guerra de bastidores se acentuou. A Torre teve que bater em retirada. Por causa disso as obras se atrasaram. E o que Ministério Público e o Tribunal de Contas querem saber? Se além do atraso, houve alteração de preços nas Tomadas 22/2015 e 134/2015. O posto da Margem Esquerda, a Torre prometeu cobrar R$702.947,00. No Gasparinho, R$837.700,00. Virão novos capítulos.

TRAPICHE

O vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, esteve em Florianópolis. Foi pedir ao secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, PMDB, mais atenção aos agricultores daqui. 

Políticos são mesmo incoerentes. Eles não pensam no dia de amanhã, ou então julgam que os eleitores são uns tapados, trouxas e esquecidos. O mesmo Marcelo que pede ajuda e atenção ao secretário estadual, é o que por aqui na reforma Administrativa de Pedro Celso Zuchi, PT, votou na Câmara, pela extinção da secretaria de Agricultura de Gaspar.

 Disfarces. Quem é mesmo o vice na chapa de Kleber Edson Wan Dall, PMDB? O vereador Luiz Carlos Spengler Filho, do PP, ou o médico João Spengler? Não está na hora de trocar se é para continuar com a encenação?

 Olhando as fotos do encontro que o diretório do PP de Gaspar promoveu no Alvorada na terça-feira à noite, com a presença da ex-deputada Ângela Amim, e comparando-as com aquelas da homenagem dos 50 anos e os 50 históricos do PMDB de Gaspar, fica claro que no PP, a maioria está no partido. Já no PMDB...

 Raimundo Colombo, PSD, o prefeito de Lages que se disfarça de governador, o protegido da “grande” comercial imprensa catarinense e na pequena pela Adjori, foi pego “pedalando”. Nenhuma novidade, depois que se juntou a Dilma Vana Rousseff, PT, exatamente, quando ela se tornava uma vítima da sua própria infâmia, incompetência e totalitarismo.

 “Inventor” dos juros simples para pagar a União as dívidas do estado que ele aumentou exageradamente por criar e permitir despesas sem controle, ao invés de investimentos, Colombo continuou a cobrar dos catarinenses os impostos atrasados ou acumulados com juros compostos, numa esperteza contábil reveladora. Tão reveladora que não é surpresa nenhuma o que o Tribunal de Contas do Estado bem desnudou para os catarinenses.

 Técnicos estão esmiuçando se verbas rubricadas em convênios em Gaspar foram parar na Ponte do Vale. Ela estava orçada há quatro anos em mais de R$42 milhões. Nunca houve uma prestação. E pelas contas de alguns entendidos, a prefeitura diz que vai ficar pronta com apenas R$30 milhões (?). Vem mais confusão por aí a partir de Brasília, onde o PT não consegue mais abafar os seus devaneios.

 Um currículo de político candidato que usa a iniciativa privada como escada empreendedora e capacidade realizadora: office-boy, dono de estacionamento que não deu certo. Sinceramente? Este currículo é um problema. Outra: “governar é doação, é amor”. Sinceramente? Este tipo de administração deve começar em casa. Outro exemplo problema. O discurso não bate com a realidade. Então perguntar não ofende: quem está mesmo orientando o candidato?

 O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido (mas já foi histórico do PMDB, depois PSB e PPS) trouxe Aldo Schneider e Mauro Mariani, quando ambos (um deputado Estadual e outro Federal) não tinham nada a ver com Gaspar.

 O PMDB de Gaspar torceu o nariz. Segregou os peemedebistas candidatos devido a companhia do cabo eleitoral. Um virou presidente do PMDB catarinense. Outro líder na Assembleia. Feitos os “acertos”, para distender o ambiente, o vereador Ciro André Quintino, PMDB, tornou-se oficialmente o cabo de Aldo.

 Esta forçada de barra do PMDB gasparense pode custar ao próprio Ciro – e ao deputado Aldo. Eles usaram (e meio que esconderam) o Adilson como cabo eleitoral no passado. Mas desta vez, a coisa poderá ser diferente. É que o ex-prefeito está trabalhando para Délgio Roncaglio, PMDB, elegê-lo vereador. Então...

 O ex-contador da prefeitura de Gaspar e fundador do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar – Sintraspug -, Odir Barni, foi convidado para trabalhar com o novo prefeito de Brusque, José Luiz Cunha, o Boca, PP.

O PT fechou a coligação com o PDT, PR, PRB e agora com o PPS, que já foi do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt. O PPS tem o ex-peemedebista histórico Vitório Marquetti, como seu presidente.

É o PPS que está levando a Brasília o pedido de cassação da vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, por ela ter trocado o DEM – que na eleição passada estava coligado com o PPS - pelo PSDB. Ou seja, o PT está também por detrás desta tentativa de cassação de Andreia e que foi já rejeitada por unanimidade no Tribunal Regional Eleitoral, em Florianópolis.

O PT, além de anular o PPS – que no plano nacional é contra o PT -, cercou o PSB - que também em Brasília é contra o PT - e deu para Giovânio Borges, ex-PSD, vice de Marcelo de Souza Brick que ganhou do PT de Gaspar o Partido Comunista.

 

Edição 1755

Comentários

Sidnei Luis Reinert
27/06/2016 13:52
Olavo de Carvalho avisou em 2003 sobre BrexitBlog relembra e introduz o artigo "Golpe de estado no mundo"
Por: Felipe Moura Brasil 27/06/2016 às 12:45
Próxima
Analisei aqui na sexta-feira (24), no post "Dinheiro não explica tudo, senhores", os fatores que levaram o Reino Unido a sair da União Europeia e as premissas presentes e ausentes no debate histérico que se travou (e ainda se trava) a respeito, inclusive na imprensa brasileira.
Treze anos atrás, em 2003, Olavo de Carvalho praticamente avisou sobre o Brexit no artigo "Golpe de estado no mundo", que, como tantos outros do autor do nosso best seller O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, merece ser lido e relido à luz dos atuais acontecimentos.
Se os brasileiros não tivessem demorado 20 anos para ouvir as denúncias de Olavo contra o Foro de São Paulo, o PT jamais teria sido eleito.
Se os britânicos não tivessem demorado 13 anos para tomar consciência da perda da soberania nacional apontada por Olavo, o Reino Unido já teria se livrado há muito tempo da UE.
Ana Amélia que não é Lemos
27/06/2016 13:49
Sr. Herculano:

Do Blog do Políbio:

"Recessão de Dilma fecha a maior indústria de cristais artesanais de Blumenau, a Cristallerie
Strauss.

O editor recebeu uma carta, avisa que a empresa fechou depois de 33 anos de atividade. Ela não aguentou a continuada recessão iniciada pelo governo Dilma Roussef e que não parece estar no fim, apesar das declarações otimistas do novo presidente.

Em Blumenau-SC, cidade tipicamente germânica e de grande beleza natural, está localizada a Cristallerie Strassus, especializada na arte de fabricação do cristal, técnica e conhecimento trazidos para o Brasil em 1950 pelo imigrante alemão Karl Friedrich Eugen Strauss.

Foi fundada em 5 de agosto de 1983, por Karl Friedrich Eugen Strauss e seu filho, Frederico Werner Strauss, ambos com profundos conhecimentos no ramo de cristal, tendo como principal objetivo ter a melhor e a mais bem montada fábrica de produção de artigos de cristal ao chumbo, com teor de 24% (PbO), somente comparada às melhores do mundo."

É que o Lulla só é acostumado aos copos de requeijão ...
Mariazinha Beata
27/06/2016 13:31
Seu Herculano;

"A corrupção é uma 'serial killer' que se disfarça de buracos de estrada, falta de medicamentos e pobreza".
PROCURADOR DALLAGNOL - às 08:55 hs.

Pela frase dita com tanta propriedade, parece que o PROCURADOR DALLAGNOL conhece Gaspar.

Bye, bye decepcionada com o PPS!

Sidnei Luis Reinert
27/06/2016 13:28
A Grã-Bretanha como nação independente... continua! comunistas ficam P da vida!

Filósofo Roger Scruton fala sobre BREXIT e União Europeia

https://www.youtube.com/watch?v=7wV9Y1D6x9k&feature=share
Sidnei Luis Reinert
27/06/2016 12:38
Escambo no Senado

Brasil 27.06.16 03:15
A demora na decisão sobre o impeachment só alimenta os achaques contra o governo.

O Estadão fez uma lista parcial das recompensas exigidas por senadores que ainda negociam seus votos:

- Romário, "que votou pela admissibilidade do impeachment, ficou indeciso sobre o afastamento definitivo poucos dias depois. A dúvida foi comunicada ao Planalto acompanhada de uma fatura. Ele pediu o comando da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência e uma diretoria em Furnas".

- Hélio José "apresentou ao governo uma lista pedindo 34 cargos, entre os quais a presidência dos Correios, Itaipu e o comando do BNDES. Não obteve sucesso".

- Eduardo Braga "quer o apoio de Temer ao seu candidato a prefeito de Manaus, Marcos Rota".

- Omar Aziz "quer que o presidente em exercício ajude Arthur Virgílio".

- Jader Barbalho, "que conseguiu emplacar o filho, Helder Barbalho, no comando do Ministério da Integração Nacional, estaria condicionando seu posicionamento no julgamento final do impeachment de Dilma à manutenção do filho na pasta".

- Zezé Perrella "conseguiu pôr seu filho, Gustavo Perrella, na Secretaria Nacional do Futebol e de Defesa dos Direitos do Torcedor".

- Beto Richa e Álvaro Dias "disputam influência em Itaipu".

http://www.oantagonista.com/posts/escambo-no-senado
Sidnei Luis Reinert
27/06/2016 12:21
Privatizações podem virar "queimas de arquivos" Parte 1

Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O presidente da Transparência Internacional, que se define como uma coalizão global contra a corrupção, tem uma reunião nesta segunda-feira, em Curitiba, com o juiz Sérgio Moro e a Força Tarefa do Ministério Público Federal. José Carlos Ugaz vem apresentar uma proposta estruturada de combate à corrupção no Brasil ?" através da criação de um Sistema Nacional Anticorrupção (SNAc). Também deseja discutir a internacionalização da Lava Jato, através da atuação conjunta de órgãos de fiscalização de diferentes países, para investigar e processar também os crimes cometidos no exterior pelas empresas do cartel da Petrobras.
A Transparência Internacional, que terá uma representação oficial no Brasil, poderia aproveitar a oportunidade para chamar a atenção da opinião pública nacional e internacional sobre um esquema empresarial e governamentalmente montado para abafar investigações sobre um dos mais mafiosos sistemas de crime institucionalizado do planeta - que tem o Brasil como um de seus maiores paraísos e fontes de lucros ilegais.
O desgoverno interino de Michel Temer sinaliza para a sociedade brasileira com uma solução supostamente miraculosa para acabar com a corrupção no setor público: vamos privatizar tudo que pudermos. O cego mais canalha é aquele que não quer ver que a pressa em fazer tais negócios pode esconder a maior queima de arquivo nunca antes vista na História mal contada de Bruzundanga.

Todo mundo sabe que privatizar empresas estratégicas para qualquer Nação e para toda a economia brasileira, sem que haja NENHUMA reflexão e um amplo debate sobre quais as consequências desses negócios, demonstra claramente que estamos lidando muito mais com uma queima de arquivos em empresas alvos e parceiras de corrupção do que com uma redefinição dos papéis do Estado e da iniciativa privada, no Brasil.

A Transparência Internacional bem que poderia dar uma cutucada nos governantes, magistrados e procuradores que visitará esta semana, para chamar a atenção para o risco de corremos com previsíveis negociatas, turbinadas com bilhões que ladrões brasileiros esconderam no exterior e que agora retornam, lavadinhos, para serem esquentados na compra de empresas públicas e privadas a preço de banana.

A recente crise do setor elétrico brasileiro teve a sua face visível para a população no racionamento de energia e água para indústrias, empresas e milhões de brasileiros. Ficou explícita a falta completa de planejamento e investimento nos setores estratégicos para o desenvolvimento brasileiro. Faltaram planejamentos setoriais, investimentos em setores imprescindíveis para a indústria brasileira. Não por acaso, a indústria brasileira recuou 11,2% no primeiro trimestre de 2016 e colocou nossa indústria na 130ª posição mundial. Somos a lanterna da lanterna da produção industrial mundial.

No entanto, apesar deste cenário de destruição econômica turbinado por corrupção sistêmica, os "anjinhos do PMDB, do Lobão, do Cunha, do Geddel Vieira Lima, do Jucá e do Sarney", que ocupam o Ministério das Minas e Energia e o Ministério dos Transportes há décadas, agora vão promover uma privatização gigante do setor elétrico, sob a batuta de Wellngton Moreira Franco, com apoio amplo, geral e irrestrito de Michel Temer
Sidnei Luis Reinert
27/06/2016 12:20
Privatizações podem virar "queimas de arquivos" Parte 2

Só não ver quem não quer que a pressa em fechar os negócios, sob a desculpa de conseguir mais recursos para cobrir o déficit do Estado Brasileiro (causado por eles), representa a uma mega queima de todos os arquivos nas empresas e suas "Sociedades de Propósito Específicos", eliminando qualquer possibilidade de que ocorra uma Lava Jato também no setor elétrico, na área de mineração e de concessões de portos, aeroportos e rodovias.

Privatizando as empresas, entregam para serem destruídas, ocultadas e queimadas todas as estruturas, prédios, documentos, arquivos, computadores que poderiam incriminar os responsáveis pelo maior caos no setor energético que o Brasil já viveu. Caos financeiro que cheira a uma enorme roubalheira generalizada.

O Ministério Público Federal - quem sabe agora com a colaboração da Transparência Internacional - deveria precaver-se e iniciar imediatamente buscas e apreensões nas empresas do setor elétrico, portos, aeroportos e rodovias, para salvaguardar as provas de tantos desmandos, desvios, roubalheira e crimes contra a sociedade brasileira.

Olhando a pressa com que os inescrupulosos bandidos que dominam a política brasileira querem transferir para a iniciativa privada, o patrimônio público de empresas que já representaram o orgulho da Nação Brasil, só não fica desconfiado das más intenções, as crianças menores de 5 anos.

O que será da economia brasileira e da indústria brasileira quando ela depender da vontade de investidores estrangeiros que defendem apenas os interesses das indústrias dos seus países? Os investidores brasileiros honestos não têm a menor chance de participar ou concorrer para participar desta privatização. De novo a lógica das Repúblicas das Bananas.

A safadeza é previsível. Quando a pressão interna sobe, as oligarquias vendem para o capital estrangeiro várias empresas do setor público. Os novos proprietários, modernizam um pouco as empresas, faturam bilhões e bilhões, repatriam seus investimentos multiplicados por várias vezes e os velhinhos do primeiro mundo garantem suas aposentadorias.

Enquanto isso, nossa oligarquia medieval não permite que se crie no país e na Nação, uma força econômica robusta e que possa no futuro, a combater e eliminar os podres poderes dela. Essa é a lógica da nossa oligarquia política, inescrupulosa e antibrasileira. Precisamos debater um novo modelo de desenvolvimento econômico. Privatizar apenas, sem um debate estratégico sobre infraesturtura e marco regulatório que dê segurança aos investimentos, não vai resolver nada.

A economia brasileira e principalmente a indústria brasileira precisa de soluções estruturais de médio e longo prazo. Recuamos para a 130ª posição no mundo e estão exterminando a nossa indústria e a nossa economia. Que saudade daqueles debates sobre o desenvolvimentismo no Brasil. Debates sobre quais modelos deveriam ser adotados para melhor preparar o Brasil para enfrentar os desafios do século 21.

Parece que o confronto final está chegando na guerra de todos contra todos os poderes no Brasil: ou os empresários brasileiros enfrentam a corrupta oligarquia política partidária que, inescrupulosamente sangra o Brasil ou estes empresários serão definitivamente transformados em escravos dos empresários e industriais menos covardes, das economias desenvolvidas.
Herculano
27/06/2016 09:06
da série: não tem jeito. Com o PT, PCdoB, Psol e outros, não é possível divergir e ser plural, exigências primárias que sempre cobram dos outros.

SEQUESTRO DA EBC, por Lourival Macedo, diretor de jornalismo da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo

Espanta-me ver tanta ênfase naqueles que vociferam contra o "golpismo" e hoje defendem, com indignação, um pluralismo que não praticaram na EBC (Empresa Brasil de Comunicação) ao longo dos últimos anos. Houve, isso sim, o sequestro de uma empresa pública por um grupo que representa uma corrente de pensamento.

A criação e difusão de conteúdos plurais que contribuam para a formação crítica das pessoas é missão que consta do planejamento estratégico da EBC, estampada em painéis decorativos nos corredores da empresa. Não foi o que vigorou, entretanto, no jornalismo praticado ao longo do governo Dilma Rousseff.

A origem da polêmica sobre o comando da EBC está na posse do diretor-presidente, Ricardo Melo, no dia 10 de maio, às véspera do julgamento da admissibilidade do processo de impeachment da presidente afastada pelo Senado.

Há que se perguntar o propósito da indicação, diante do afastamento iminente. Por certo, não foi a busca da pluralidade de informação e de visões o que motivou tal nomeação para o cargo que já estava vago há três meses. O antecessor, Américo Martins, ficou menos de seis meses na função e saiu por divergir das interferências do Palácio do Planalto.

À época, o sindicato dos jornalistas e a comissão de empregados da EBC publicaram nota conjunta para denunciar o "aparelhamento" da empresa e a indicação de nomes pela Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto para cargos de gestão e assinatura de contratos milionários.

Oriundo da antiga Radiobrás, jornalista com 37 anos de casa, sou testemunha de que o jornalismo da EBC foi tomado pela militância política. Há muito a TV Brasil, que arrebata defesas e discursos acalorados em favor da comunicação pública independente, adotou a prática do "jornalismo-militante".

Essa modalidade, mais passional do que profissional, direcionou a cobertura para áreas de interesse específico do governo. O espaço de opinião foi loteado entre comentaristas engajados, defensores do Planalto e da continuidade do projeto de poder lulo-petista.

Destaco que, nesses oito anos da EBC, sou o primeiro diretor de jornalismo oriundo do quadro permanente da empresa. Os demais, inclusive Ricardo Melo, foram "importados do mercado". E todos alardearam essa condição, como se não houvesse profissionais competentes, experientes e capazes entre os mais de 2.000 funcionários da EBC. Uma humilhação.

Ao assumir a diretoria, recebi apenas uma orientação. O diretor-presidente Laerte Rimoli, nomeado pelo presidente interino Michel Temer e depois afastado pela liminar do STF que garantiu a volta de Melo, garantiu-me que o petismo não cederia lugar ao peemedebismo, ao tucanismo ou a qualquer outro "ismo" que não o jornalismo e o profissionalismo. Foi o que me convenceu a aceitar a missão.
Herculano
27/06/2016 08:55
NÃO CHORE PELO PT, por Ricardo Noblat, para o jornal O Globo

"A corrupção é uma 'serial killer' que se disfarça de buracos de estrada, falta de medicamentos e pobreza" PROCURADOR DALLAGNOL


Para Hiroo Onoda, a 2ª Guerra Mundial só terminou no dia 9 de março de 1974, quando ele emergiu da selva da ilha Lubang, nas Filipinas, e se rendeu ao seu superior, o major Yoshimi Taniguch, que lhe ordenara 30 anos antes resistir até a morte. Depôs a espada e o rifle ferrolho Arisaka, em perfeito estado de revista. Vestia um gasto uniforme de soldado. De volta ao Japão, foi recebido como herói.


ONODA ALISTOU-SE com 20 anos para servir ao Exército imperial japonês, em guerra contra os Estados Unidos, a União Soviética, a Inglaterra e demais países aliados. Foi enviado a Lubang para evitar que a ilha caísse em mãos inimigas. Como ela caiu, ele e mais três soldados se refugiaram nas montanhas para resistir. Dois morreram. Onoda não acreditava que o Japão fora derrotado.


TALVEZ FOSSE o caso de Lula procurar Dilma para informá-la de que a guerra contra o impeachment acabou, e que ela, ele e o PT foram derrotados. Ao contrário de Onoda, Dilma não recebeu ordem do seu superior para resistir até a morte. Resiste por teimosia. Lula está em outra, negociando a salvação da própria pele. O PT estima suas perdas, que podem ser maiores do que supõe.

O QUE MENOS interessa ao PT é o que Dilma promete, caso sobreviva ao julgamento do Senado e retorne ao cargo: um plebiscito para que o brasileiro decida se quer antecipar a eleição presidencial de 2018. Plebiscito ou referendo nem sempre é a melhor solução. Milhões de britânicos arrependeram-se do referendo que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.

EM SEU PIOR momento desde que foi fundado, o PT está condenado a perder as eleições municipais de outubro próximo. Como poderia ganhar uma eleição presidencial? De resto, por que o Senado devolverá o poder a Dilma se ela acena com a possibilidade de não governar até o fim do mandato? Não devolverá. O melhor seria que Dilma se rendesse, sem provocar mais danos ao país.

BASTAM OS DANOS que provocou legando ao presidente interino a herança maldita de mais de 11 milhões de desempregados. Bastam os que o PT também provocou - entre eles, a corrupção que contaminou todo o aparelho do Estado e suas relações com sócios e fornecedores privados. O que a Lava-Jato já descobriu empurrou o Brasil para o cume dos países mais corruptos.

O QUE COMEÇA A ser descoberto poderá catapultar o PT para a galeria dos partidos mais cruéis com o povo. Que tal um partido capaz de roubar parte do salário de funcionários públicos, pensionistas e aposentados endividados que, para manter suas famílias, recorriam a empréstimos consignados cujas prestações são descontadas automaticamente em folha de pagamento?

NA SEMANA PASSADA, Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações do governo Dilma, foi preso sob a suspeita de ter sido um dos chefes da organização criminosa que arrecadou entre 2009 e 2015 algo como R$ 100 milhões em propina para financiar o PT e enriquecer seus caciques.

DE CADA R$ 1 pago mensalmente por um servidor público como taxa de gerenciamento do seu empréstimo, R$ 0,70 iam parar nos cofres do PT. Roubar dinheiro de quem trabalha para ganhá-lo? Um partido, aqui, nunca ousou tanto. "Chorei por mim e por meus amigos. Há várias maneiras de ser assaltada", comentou a servidora pública Ana Gori, de Brasília, endividada há 16 anos.
Herculano
27/06/2016 08:48
A REALIDADE DURA E CRUA. É PESQUISA. DESMANCHA OS TRATADOS SOCIOLOGICOS QUE COLOCAM A FAMÍLIA FORA DO CENTRO DAS DISCUSSÕES E ORIGEM DOS PROBLEMAS. MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO:2 EM 3 MENORES NÃO TÊM PAI DENTRO DE CASA. ENTÃO, QUEM É O VERDADEIRO BANDIDO NESTA HISTORIA TODA?

Parte 1

Texto de Fabrício Lobel e Rogério Pagnan. Cansado de ver a mãe agredida pelo padrasto, o estudante Filiphe Gomes, aos 12 anos, decidiu enfrentar um adulto violento. Puxou uma faca e disse que não aceitaria mais aquilo.

A tragédia de Filiphe foi ver a mãe tomar o lado do marido. Foi o impulso que faltava para que fosse morar na rua, debaixo do viaduto do Chá, no centro da capital paulista. Não demorou para ganhar más companhias e, na sequência, um novo abrigo: a Fundação Casa, após um assalto à mão armada.

Filho de uma família desestruturada, de baixa renda e baixa escolaridade, Filiphe, hoje o MC Cafuzo, dá vida a números de um levantamento inédito do Ministério Público de São Paulo. Segundo o relatório, dois em cada três jovens infratores vêm de famílias que não têm o pai dentro de casa.

O estudo leva em conta cerca de 1.500 jovens entre 12 e 18 anos que cometeram delitos na cidade de São Paulo entre 2014 e 2015. Desse universo, 42% dos jovens, além de não viver com o pai, não tinham nenhum contato com ele.

Ainda segundo os dados, 37% dos jovens entrevistados têm parentes com antecedentes criminais, o que pode indicar uma influência negativa dentro da própria casa. "Pela experiência, é possível dizer que uma família funcional e presente, seja qual for sua configuração, é o primeiro sistema de freios que um jovem terá sobre suas condutas", diz o promotor Eduardo Del-Campo, que durante um ano catalogou casos de menores infratores.

"Vi meu pai duas vezes na vida. E é nítido quanto peso a ausência dele teve psicologicamente", diz MC Cafuzo, hoje com 24 anos e pai de uma menina de dois. Desde os seis anos de idade, ele e os dois irmãos mais velhos tomavam conta de casa, já que a mãe, auxiliar de enfermagem, fazia jornada dupla - além de trabalhar, estudava para ser enfermeira.

"Ela saía às 6h da manhã e voltava às 23h. Eu ia para a escola de manhã, voltava pra casa e tinha que cuidar das tarefas domésticas. No intervalo disso, a gente ia para a rua", conta ele. Foi na rua onde teve o primeiro contato com o crime. Começou com furtos e logo estava no tráfico.
Herculano
27/06/2016 08:48
A REALIDADE DURA E CRUA. É PESQUISA. DESMANCHA OS TRATADOS SOCIOLOGICOS QUE COLOCAM A FAMÍLIA FORA DO CENTRO DAS DISCUSSÕES E ORIGEM DOS PROBLEMAS. MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO:2 EM 3 MENORES NÃO TÊM PAI DENTRO DE CASA. ENTÃO, QUEM É O VERDADEIRO BANDIDO NESTA HISTORIA TODA?

Parte 2

Segundo o promotor, além da família, outro sistema de freio à entrada de crianças na atividade criminosa é a escola, que sofre com a evasão de alunos e é pouco atrativa. De acordo com a pesquisa, apenas 57% dos adolescentes infratores estudam. "Mesmo que o jovem esteja na escola, é preciso entender também qual o grau de instrução que está tendo", diz o promotor.

A falta de interesse foi citada por 38% dos jovens que abandonaram as aulas. Esse dado é confirmado pela experiência de Cafuzo. "Fiz até a 8ª série [atual 9º ano]. Mas eu ia só para merendar, jogar bola, namorar e conversar com os amigos. A aula sempre foi muito desinteressante para mim."

Para Del-Campo, são necessárias políticas públicas para evitar que os jovens entrem no crime. "Educação, prática esportiva, aulas culturais, cada um desses elementos serve como uma base de códigos para que o jovem saiba como se portar em sociedade."

Cafuzo conta que seu "código de conduta" só chegou com a descoberta do significado do rap, durante sua internação na Fundação Casa. "O rap foi o que me salvou, foi os meus livros de história. O rap me ensinou que o crime era a nossa realidade, mas a gente não poderia aceitar aquilo como a nossa única saída", diz ele.

AUSÊNCIA

Especialistas ouvidos pela Folha afirmam que a derrocada da vida de um adolescente - a ponto de levá-lo para o crime - começa quando, ainda criança, ele perde os vínculos positivos e passa a sofrer privação emocional. Os vínculos positivos não precisam ser necessariamente com as figuras paterna e materna, mas eles são absolutamente necessários.

"Precisa haver esses vínculos. Seja com o pai, seja com a mãe, com o professor, amigo. Ou os vínculos serão feitos com indivíduos ligados à delinquência", diz o professor Sérgio Kodato, coordenador do Observatório da Violência e Práticas Exemplares da USP Ribeirão Preto.

Ele elogia os programas existentes nos EUA que colocam uma espécie de padrinho para acompanhar menores infratores. "É um cara que vai levá-lo para casa, vai estabelecer um vínculo. Vai arrumar uma atividade ou um emprego, acompanhá-lo na escola."

O professor de criminologia clínica da Faculdade de Direito da USP, Alvino Augusto de Sá, também considera nociva a forma como a sociedade ?"incluindo a Justiça?" trata os infratores. "Todo mundo só o enxerga como inimigo, como bandido, e ele acaba necessariamente se enxergando como inimigo."
Herculano
27/06/2016 08:34
NO PLANALTO, S?" O PRESIDENTE TEMER É NOVIDADE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Assessores do governo do PT continuam se dando bem no governo Michel Temer: alguns continuam agarrados aos cargos originais, mas outros foram promovidos. Aliados de Temer até elaboraram uma lista de assessores com ligações ao PT, mas pouco adiantou; mesmo sabendo que há antigos assistentes do governo Dilma trabalhando inclusive ao lado do gabinete de Michel Temer, no 3º andar do Planalto.

FALOU MAL, SE DEU BEM
Rafaello Abritta deixou a AGU do governo Dilma para assumir a secretaria-executiva adjunta da Casa Civil do ministro Eliseu Padilha.

FONTE PREMIADA
Ex-secretário de Assuntos Extrajudiciais da Advocacia Geral da União, Rafaello Abritta foi destacada "fonte técnica" contra o impeachment.

ME ESQUEÇAM
Assessor da Casa Civil de Dilma, Bruno Moretti depôs na comissão do impeachment a convite dos dilmistas. Continua no mesmíssimo cargo.

MELHOR QUE ANTES
A mulher de assessor próximo a Lula, que trabalhou anos no gabinete do petista, hoje trabalha ao lado de Temer, mesmo sem nomeação.

MINISTRO DO PLANEJAMENTO GANHA ACIMA DO TETO
O Portal da Transparência informa que o ministro Dyogo de Oliveira (Planejamento), que tem se demonstrado tão rigoroso em relação aos servidores, não deve estar mesmo muito preocupado com o aluguel ou a conta da padaria: além da remuneração básica do seu cargo, no valor de R$ 29,9 mil, ele ainda recebe do Senac jeton de R$ 18 mil mensais, a título de "honorários". Noves fora, R$ 47,9 mil brutos por mês.

FORA DO "ABATE-TETO"
A grana do ministro Dyogo não é afetada pelo mecanismo do "abate-teto", que reduz salários no setor público ao limite legal de R$ 33,7 mil.

EXPLICAÇÃO
Pela interpretação do ministro do Planejamento, o jeton que ele recebe do Senac não é remuneratório e nem se enquadraria na lei abate-teto.

EXPEDIENTE
Tem sido comum nos seguidos governo o uso de "jetons" de conselhos para complementar a remuneração de ministros.

FALTA FAZER RIFA
Petistas afirmam que seu ex-presidente nacional José Genoíno anda em dificuldades financeiras e estaria recorrendo a ajuda de familiares para fechar as contas. Genoíno continua um poço até aqui de mágoas, mas pode se orgulhar: seu nome não aparece na Lava Jato.

BYE, BYE, PT
Com Luizianne Lins candidata a prefeita de Fortaleza por ordem de Lula, o governador do Ceará, Camilo Santana, deixa o PT para apoiar a reeleição do prefeito Roberto Cláudio. Vai para o PDT do padrinho Cid.

OPOSIÇÃO BOAZINHA
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) alegou "respeito à família" de Paulo Bernardo o fato de evitar comentários sobre o roubo que a Operação Custo Brasil desmantelou. Uma gentileza que o PT jamais faria.

DO IMPEACHMENT A PRESIDENTE
Autor do relatório da comissão do impeachment que afastou Dilma, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) aparece como o grande nome na sucessão de Eduardo Cunha na Câmara dos Deputados.

MERECIDA HOMENAGEM
Em evento da Associação Comercial de Minas, o novo diretor do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty, Rodrigo Azeredo, elogiou o embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima como um dos "pais" do comércio exterior no Brasil.

PROBLEMA NA SUCESSÃO
O problema da sucessão de Eduardo Cunha na Câmara é a qualidade dos candidatos. Grande parte dos mais experientes se "resguardam" para a eleição definitiva, no início de 2017, para mandato de dois anos.

QUEM AVISA?
Após saber que Rogério Rosso (PSD) já foi governador-tampão do DF, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) disse achar "péssimo" o plano do deputado de assumir a presidência interina da Câmara por indicação de Eduardo Cunha. "Tampão duas vezes não é bom".

PURO DESESPERO
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) critica o discurso petista de que o governo Michel Temer trabalha para abafar a Operação Lava Jato. "Isso só pode ser desespero", garante.

RESPONDA RÁPIDO
Pesam as consciências dos implicados na Lava Jato ou eles não têm consciência das malfeitorias?
Herculano
27/06/2016 08:27
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ S?" PARA OS INTERNAUTAS DO MAIS ATINGO, MAIS ATUALIZADO, MAIS ACESSADO E MAIS ACREDITADO PORTAL DE GASPAR, O CRUZEIRO DO VALE.
Herculano
27/06/2016 08:26
BRAEXIT, O MEDO DAS URNAS, por Valdo Cruz, para o jornal Folha de S. Paulo

Brexit e Brasil, o que um tem a ver com o outro? Nas palavras de um ministro de Temer, muito. Para ele, é um alerta sobre os riscos de se fazer consulta popular ou convocar eleição como resposta a uma tensão política e social, quando surpresas podem sair das urnas.

Argumento, diria, usado em causa própria. O grupo de Temer quer transformá-lo em presidente definitivo. Não tem nenhum interesse numa eleição neste momento. Para ser justo, não só o grupo de Temer, mas PSDB, DEM e, creio, até o PT.

O receio é que se repita aqui a perplexidade que tomou conta do Reino Unido, que dormiu como parte da Europa e acordou fora. Surpresa tão forte para alguns que já se fala em novo plebiscito e até na resistência da Escócia à decisão.

Num momento de forte sentimento nacionalista e de rejeição a políticas de austeridade, prevaleceu o desejo de deixar a União Europeia. Algo um pouco fora do radar dos donos do poder no Reino Unido.

Por aqui, o temor é de repetição do pesadelo britânico. Toda uma geração da política brasileira, acostumada a velhas práticas de financiamentos ilegais de campanha, pode ser despachada de vez se for feito neste ano um novo pleito.

Daí que o desejo do establishment é que Temer fique no cargo, dando tempo para os partidos que se lambuzaram na propina se reorganizem e tentem chegar em melhores condições em 2018.

Em outras palavras, a velha política tem um medo danado de se expor às urnas neste momento. Ainda mais com as delações em curso prometendo não poupar ninguém. Do PT ao PMDB, passando por PSDB, DEM, PSB, PP e outros.

Tudo bem que há o fator econômico como boa justificativa para deixar Temer onde está, mas o real motivo desses grupos é sobreviver ao vendaval da Lava Jato. Só que, pelo andar da carruagem das investigações, está cada vez mais difícil saber quem vai restar no páreo.
Sidnei Luis Reinert
27/06/2016 06:41
QUANTO VAI CUSTAR AOS GASPARENSES ESTE MEGAEVENTO(sic)?

CIDADES DESISTEM DE RECEBER A TOCHA OLÍMPICA POR CAUSA DO ALTO CUSTO, EM MÉDIA R$ 180 MIL

Com o país em crise, fica difícil para algumas cidades custearem o importante evento.Cidades começam a desistir de revezamento da tocha Cidades começam a desistir de revezamento da tocha PUBLICIDADE
O maior símbolo dos Jogos Olímpicos, a tocha Olímpica, está visitando várias cidades de todas as regiões do Brasil nesse exato momento, até antes do início dos jogos na cidade do Rio de Janeiro, em 5 de agosto. No entanto, prefeituras como a de Ipatinga, Gouveia e Betim, no estado de Minas Gerais, desistiram de realizar o evento alegando que não têm dinheiro para bancar os gastos que, segundo o prefeito de Betim, chega a incrível marca de R$ 180 mil. Elas receberiam o Tour da Tocha no próximo dia 7 de maio.

"Para cumprir as exigências, os gastos com a passagem da tocha em Ipatinga atingiriam, pelo menos, R$ 180 mil [...]", contou a prefeitura local, em nota. ...
Mariazinha Beata
26/06/2016 19:12
Seu Herculano;

Renato Onofre:

SÃO PAULO - O juiz Sérgio Moro viveu mais um momento de superstar no sábado à noite durante show do grupo Capital Inicial em Curitiba. Por mais de um minuto, ele foi ovacionado pelo público presente na apresentação da banda de rock brasiliense no Teatro Positivo. As aparições públicas do juiz responsável pela condução das ações da Operação Lava-Jato viraram momentos dignos das estrelas pop com fotos, gritos, aplausos e uma idolatria quase mítica.

Como faz em todo show do Capital, antes de tocar o clássico "Que País é Esse?", do Legião Urbana, o cantor Dinho Ouro Preto fez críticas ao sistema político e lamentou o atual momento que o país vive:

?" Tenho a impressão que o poder é tóxico. Eles sentam naquelas cadeiras lá, naquelas palácios, e tudo desanda. A minha frustração é imensa. Eu não me sinto representado por ninguém. Gostaria que o Brasil voltasse às nossas mãos.

Dinho então disse que normalmente dedica a música a algum político, mas que naquele dia iria dedicar a uma das 2,4 mil pessoas que estavam no teatro para ver a apresentação.

?" A gente sempre dedica essa música a alguém que está envolvido em algum escândalo. Nesta semana poderia ser o Paulo Bernardo (ex-ministro do Planejamento e das Comunicações dos governos Lula e Dilma, respectivamente). Na semana passada, o Eduardo Cunha (presidente afastado da Câmara dos deputados). Mas eu vou dedicar essa música hoje ao juíz Sérgio Moro. Ele está aqui assistindo.

O anúncio levou a plateia a um frenesi até então não ocorrido na apresentação da banda brasiliense na fria noite curitibana. O público ficou "caçando" o juiz como um agente da Polícia Federal atrás dos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras. Dinho também tentava localizar o magistrado entre as pessoas nos camarotes.

Moro ajudou e se levantou para delírio dos presentes. Vestindo preto, como de costume, o juiz acenou, mandou "jóinha" e se curvou, em reverência, para a plateia que por mais de um minuto gritou seu nome e o aplaudiu. Após a cena, o show continuou.

Ki dó! Não estava lá!
Bye, bye de pura frustração!





Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/moro-leva-publico-ao-delirio-em-noite-de-rock-em-curitiba-19587724#ixzz4Cj3YDOC7
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Herculano
26/06/2016 18:57
NARIZINHO NO PAÍS DA PEDALÁTICA, por Carlos Brickmann

A História se inspira na história. Na série que Monteiro Lobato poderia ter escrito para a TV Lula, Paulinho cai nas mãos do Japonês da Federal, mas sua Narizinho continua solta - afinal, a loirinha do Narizinho Arrebitado já mora em Curitiba. E há um enigma: a rinoceronta Quindilma, como fará para pedalar e divertir-se em duas rodas se até quem se gabava de levá-la a passear de moto está também fora do jogo?

A Operação Custo Brasil da Polícia Federal atinge dois laços discretos das relações entre o PT, o Governo petista e grupos organizados para dar apoio pago às posições oficiais: um, de jornalistas, que se deram muito bem falando muito bem deste Governo; outro, de especialistas em serviços relacionados especialmente com crédito consignado. Entre os atingidos, todos importantes, dois ex-ministros de Dilma: Carlos Gabas, que a levava para passear de Harley-Davidson, e Paulo Bernardo (ministro também de Lula), marido da senadora Gleisi Hoffmann. Há Valter Correia, secretário do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad; João Vaccari Neto, ex-tesoureiro nacional do PT, que já está preso e recebeu outra prisão preventiva; e o jornalista Leonardo Attuch, editor do jornal virtual Brasil 247. A sede nacional do PT sofreu busca e apreensão.

As ações se aceleram, cada indício leva a outros. É cada vez mais claro que as acusações de corrupção se aproximam de Lula. Ele é o alvo.

DIAS DE FÚRIA

Lula é líder, tem carisma, é o grande símbolo do petismo. Não será atingido sem escândalo, sem provocar a ira de seus seguidores, por mais justo que se comprove o motivo de qualquer ação legal que se lhe mova. Não devemos esperar dias livres de protestos e de declarações de gente séria sobre a hipocrisia de condenar governistas que ordenham empresas estatais em seu benefício e do partido, enquanto todos nós já violamos a lei jogando papel de bala e guimba de cigarros na calçada. Serão chatíssimos.

A IRA SANTA

Que é que muda, e por quanto tempo? Não teremos marqueteiros cobrando abertamente R$ 70 milhões por eleição, nem levando ao Exterior as quantias com que empreiteiras brasileiras compraram a vitória em concorrências; nem departamentos equipadíssimos em empresas gigantescas cuidando apenas do vai-vem das propinas.

Mas calma, a festa não termina. Mudará a maneira de fazer algumas coisas, e podemos confiar na capacidade criativa de subornados e subornadores para encontrá-la.
Herculano
26/06/2016 18:56
IGUAIS, MAIS OU MENOS, por Carlos Brickmann

Funcionários já acusados e outros suspeitos de ordenha irregular de cofres públicos há vários na cadeia. Mas há funcionários apanhados e muito mais bem tratados. Empreiteiros são condenados e, tão logo fazem delação premiada, vão para suas belas casas (alguns ganham até tornozeleiras novinhas de presente. Se algum bandido vagabundo os maltratar, será encontrado na hora). Outros que, além de roubar, traíram os amigos e colegas de crime e os entregaram à Polícia, esses voltaram à boa vida ao devolver parte do que consideravam seu. Político na cadeia, excetuando-se militantes bem treinados e disciplinados como João Vaccari Neto e José Dirceu, há poucos. Alguns funcionários mais sortudos, como Barusco, que devolveu quase R$ 200 milhões e vive numa bela casa em Angra, com piscina e muito uísque, também desfrutam de boa vida. Por que? Que é que José Dirceu fez que os outros não fizeram e justifica a pena mais dura?

A explicação só pode ser uma, tirada da excelente A revolução dos bichos, de George Orwell: "Todos são iguais perante a lei, mas alguns são mais iguais que os outros".

JUNTANDO TODOS?

Curiosa a atitude do procurador-geral Janot ao pedir simultaneamente (e sem êxito) a prisão de Eduardo Cunha, Romero Jucá e Renan Calheiros, três caciques capazes de fazer boi voar (Renan, a propósito, já trabalhava no ramo de bois voadores e fazendas de diversos andares em sua crise anterior; Cunha atuou em ramo semelhante, mas com bois ralados que decolavam com destino à África). Janot precisa pensar melhor nas consequências de seus atos: se conseguisse prender esses três, que tipo de exemplo daria aos malfeitores que já estão na cadeia?

O MUNDO DO DINHEIRO

Olhe para qualquer lado: o gari empunha um celular, a babá presta mais atenção no celular do que no bebê, o vizinho sai da garagem já com o celular no ouvido. Celular é um sucesso! Então, digam-me: como a Oi, maior empresa do ramo, conseguiu ajuntar R$ 65 bilhões de prejuízo? Celulares e banda larga só aqui dão prejuízo? Em que ponto do percurso o dinheiro todo sumiu? E como é que vão tomar de nós essa quantia?

Porque quem paga, sobre isso não há qualquer dúvida, nós sabemos.
Herculano
26/06/2016 16:36
O JOGO E O TRIGO, por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

A Lava Jato está não só lavando contratos espúrios das empreiteiras e desvios de mil e uma utilidades para políticos como também alvejando presidenciáveis presentes, futuros e até pretéritos, como Eduardo Campos, morto aos 49 anos quando disputava a Presidência em 2014. É preciso, porém, distinguir quem é quem e o quê é o quê, sob risco de uma terra arrasada em que não teremos ninguém para acreditar daqui para frente, nem para votar em 2018.

As investigações já pegaram tesoureiros, marqueteiros e doadores da candidatura de Dilma Rousseff, atingiram a imagem pública de Aécio Neves com o tijolo Furnas, chegaram ao avião e a um suposto esquema milionário de lavagem de dinheiro na campanha de um morto e resvalam até para Marina Silva. O que foi dito e ventilado sobre a equipe dela é muito pouco para causar decepção, mas talvez o suficiente para massificar a versão de que "político é tudo igual" e que "a política não tem jeito".

Se todos os quatro principais candidatos entraram na ciranda, quem sobra para o eleitor? Além dos representantes de nichos, à extrema esquerda e à extrema direita, há os candidatos de si próprios, que concorrem numa eleição atrás da outra só para tirar vantagem pessoal, e o risco dos mais variados tipos de aventureiros. Se tem gente que rouba até obturação de ouro de defunto, sempre haverá quem queira tirar uma casquinha do caos. E vai que dá certo?!

Até na inteligência das Forças Armadas há preocupação com o intenso desgaste dos políticos junto à opinião pública, porque o militar moderno (e escaldado) sabe que, sem a política, não há salvação. Sem o Congresso, sobra a ditadura. Alguém quer uma ditadura no Brasil? Se quiser, é uma meia dúzia, entre brucutus e simples lunáticos.

Não se trata de ser contra a Lava Jato, a maior operação de depuração de práticas políticas, um orgulho nacional, que só atrai agradecimento e glória a juízes, procuradores, policiais federais e quadros da Receita Federal que trabalham contra a impunidade e por um País melhor. Eles vão continuar fazendo o trabalho deles, mas cabe aos próprios políticos, aos comunicadores e à opinião pública separar o joio do trigo.

As campanhas foram se sofisticando e encarecendo na mesma velocidade dos recursos tecnológicos. Como dinheiro não nasce em árvore, alguém financia e não é pessoa física. Dizer que candidato a presidente não recebeu doação de grandes empresas, bancos e conglomerados é pura hipocrisia. Logo, não se pode tentar crucificar uma Marina Silva porque um delator disse que fulano foi ao escritório do sicrano pedir uma ajuda para a campanha...

Fora dos presidenciáveis, vale, por exemplo, distinguir a deputada Jandira Feghali (PC do B) de uns e outros entre os 20 políticos citados por Sérgio Machado, o ex-presidente da Transpetro. Segundo ele, Jandira pediu ajuda para sua campanha, uma empreiteira doou e registrou a doação oficialmente. Já esses uns e outros, particularmente do PMDB, recebiam até "mesadas" e fora do período eleitoral. Ela teve recursos legais para campanha. Eles desviaram dinheiro de uma subsidiária da Petrobrás para bolsos, bolsas e contas na Suíça.

É preciso analisar o ambiente, os fatos e as pessoas com os devidos pesos, medidas e doses de justiça e de bom senso. Também por elas, mas não só por elas. Muitos receberam dinheiro limpo, outros recorreram ao caixa dois, outros não sabiam que o dinheiro tinha origem suja, uns tantos usaram recursos para campanhas e outros tantos embolsaram dinheiro público sabendo que era sujo, depositaram em contas na Suíça, consumiram em jatos, lanchas e luxo e estão nadando não só em dinheiro, mas na lama. Que afundem, mas não levem junto boas opções de candidatos, a crença na política e a esperança dos brasileiros.
Herculano
26/06/2016 16:34
EXISTÊNCIA DE ESTATAIS É CAUSA BÁSICA DA CORRUPÇÃO, editorial do jornal O Globo

Empresas públicas atuando em vários mercados, onde bilhões circulam em operações de compra e venda, dão condições para o roubo do dinheiro público

Enquanto a Operação Lava-Jato autopsia um bilionário escândalo de corrupção, com repercussão mundial - também devido aos prejuízos causados no exterior -, segue o debate sobre o que fazer para reprimir o roubo do dinheiro do contribuinte e de investidores. Que se tornou sistêmico desde que o lulopetismo subiu a rampa do Planalto, em 2003. O PT não inventou a corrupção, mas lhe propiciou enormes ganhos de escala.

Há todo tipo de proposta. Existe quem se iluda por imaginar que a usina da roubalheira está no financiamento de campanha por empresas. Voltou-se a proibi-lo, e isso de nada adiantará, porque caixa dois e lavagem de dinheiro foram alçados à condição de esporte nacional no mundo político. Não de hoje. O caminho seria o inverso: liberar, regular, dar transparência e punir com rigor.

Mas há também a lista de dez propostas encaminhadas ao Congresso, num projeto de origem popular, iniciativa do MP que atua na Lava-Jato. Contém sugestões corretas, subscritas por 2 milhões de brasileiros. Entre as medidas, a sacramentação em lei do entendimento do Supremo de que pena confirmada em segunda instância deve começar a ser cumprida. Como era até 2009.

É necessário, porém, atacar pilares estruturais do roubo do dinheiro do contribuinte e da sociedade em geral, como a quantidade absurda de estatais. É a existência delas que facilita a corrupção, pois fica mais fácil desviar dinheiro graúdo onde há operações vultosas de compra e venda. Não é por coincidência que, nos Estados Unidos, existe pouca ou nenhuma corrupção do tipo praticado no Brasil. É porque não há tantas estatais e em incontáveis mercados. Existe corrupção, claro, mas, quando detectada, pune-se como deve ser. A traficância é ampliada pela globalização e a digitalização das operações financeiras em escala planetária. Transferem-se bilhões por uma tecla "enter".

As mais de cem estatais, incluindo as de economia mista, movimentam em torno de R$ 1,4 trilhão por ano, segundo artigo no GLOBO de Gil Castello Branco, da Ong Contas Abertas. Comparável, diz ele, ao PIB da Argentina. E como muitas acumulam prejuízos, parte do dinheiro surrupiado é mesmo do Tesouro, transferido para manter companhias públicas em pé.

A gazua para abrir os pródigos cofres das empresas é a indicação política no preenchimento de cargos-chave na sua administração. Nenhuma novidade, mas aqui também o lulopetismo chegou ao paroxismo, exemplificado pelo petrolão, em que vários técnicos de carreira da Petrobras foram cooptados pelo esquema montado por PT, PMDB e PP, a fim de literalmente saquear a estatal. O modelo se repete em incontáveis empresas e recantos da máquina burocrática. Segundo diz Sérgio Machado, em uma de suas gravações, a Petrobras até seria "a madame mais honesta dos cabarés do Brasil". Ao contrário de outras "madames" citadas pelo ex-presidente da Transpetro: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Docas, Banco do Nordeste, Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).

Deve ser exagero de Machado, diante das cifras tiradas da Petrobras pelo esquema lulopetista. Mas é certo que há outros guichês de corrupção em atividade. Lembre-se a reação da Câmara contra projeto de lei aprovado no Senado para impedir nomeações políticas em empresas públicas e seu aparelhamento. O Senado restabeleceu o projeto original. Mas não é garantido que a essência da lei seja cumprida. Porque há técnicos indicados por políticos. Vide Petrobras. Por isso, o antídoto infalível contra a corrupção é um amplo programa de privatizações. Chega.
Digite 13, delete
26/06/2016 13:35
Oi, Herculano

Esta é para fazer companhia a "Mais Uma Família de Quadrilheiro" do Sidnei Luis Reinert;

"O Globo informa hoje que o marido da senadora Vanessa Grazziotin também está enrolado. Acontece que Eron Bezerra, pré-candidato do PCdoB à prefeitura de Manaus, teve os direitos políticos suspensos por oito anos após decisão da Justiça amazonense no início deste mês.

O ex-deputado estadual foi condenado por improbidade administrativa acusado de constatar irregularmente nos serviços de empresas terceirizadas.

Vanessa, que é catarinense de nascimento, fez carreira política no Amazonas, onde casou com Eron.

Na Comissão Especial do Impeachment, ela integra a tropa de choque dilmista, atualmente desfalcada de Gleise Hoffmann."

Excessivos desmandos desses inescrupulosos, que em sua maioria são ligados aos políticos da estrela vermelha.
#MalditosComunistas
Erva Daninha
26/06/2016 13:12
Olá, Herculano

Não é só os pobrinhos do LuLLa que estão de boca aberta com o descaso, o asfalto nêga-maluca do petê está cheio de bocas abertas.
Despetralhado
26/06/2016 13:04
Oi, Herculano;

A Gleise fugiu como ratazana de esgoto.
Anônimo disse:
26/06/2016 13:02
Herculano:

"MEDIOCRIDADE
Presidente da OAB-SE, Henri Clay Andrade acha que a política "está governada pela mediocridade". Para ele, o País precisa de líderes que pensem para a posteridade: "O Brasil está carente de estadistas".
Coluna Cláudio Humberto

Basta ver o PPS que se vendeu ...
Herculano
26/06/2016 08:30
SORDIDA TRAMOIA PETISTA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Já não há quem se surpreenda com a prisão de mais um figurão do PT, ex-ministro de Lula e de Dilma, por envolvimento em corrupção. A acusação que pesa sobre Paulo Bernardo e seus cúmplices, no entanto, é excepcionalmente grave não pelo fato de tratar-se de mais uma velhacaria urdida com o objetivo de alimentar o propinoduto que durante tantos anos financiou o lulopetismo, mas porque a natureza dessa trama criminosa é particularmente perversa do ponto de vista social: obrigava funcionários públicos de baixa renda - os principais usuários do crédito consignado ?" a contribuir compulsoriamente para abastecer os cofres do PT e rechear o bolso de espertalhões como o ex-ministro do Planejamento e também das Comunicações. A Operação Custo Brasil, congênere da Lava Jato, desvela assim mais uma sórdida tramoia do peculiar modo lulopetista de promover a defesa dos interesses dos trabalhadores.

O esquema armado pelos sequazes de Paulo Bernardo para roubar mais de R$ 100 milhões dos funcionários públicos revela uma criatividade e eficiência que o PT jamais conseguiu demonstrar para administrar ou impedir a crise econômica em que afundou o País. De acordo com a Polícia Federal (PF), sem nenhuma necessidade ou função senão a de armar o propinoduto, uma empresa-companheira, a Consist Software, foi contratada pelo Ministério do Planejamento, mediante licitação dirigida, para gerenciar os empréstimos consignados aos servidores públicos. Para isso cobrava uma taxa de cerca de R$ 1,00, debitada mensalmente na folha de pagamento do tomador do crédito, independentemente do valor do empréstimo. A Consist ficava com menos de um terço desse valor, como pagamento pelo serviço prestado. O restante virava propina, a maior parte cabendo ao PT, de acordo com distribuição que era feita pelo então tesoureiro do partido, hoje encarcerado, João Vaccari Neto. Para Paulo Bernardo cabia uma comissão que era inicialmente de quase 10% e com o tempo foi sendo reduzida.

Surpreendidos pela forte repercussão que a Operação Custo Brasil teve desde logo na mídia e nos círculos políticos, com a desfaçatez habitual os petistas partiram imediatamente para a ofensiva alegando, como vociferou o senador Lindbergh Farias, que a prisão de Paulo Bernardo teve "evidente motivação política", destinada a desviar a atenção dos problemas que o governo interino está enfrentando pelo fato de em menos de um mês três ministros de Michel Temer terem sido demitidos. Ora, ao longo dos dois anos e dois meses até agora decorridos desde o início de suas operações, a Lava Jato jamais precisou de "motivação política" para levar uma legião de petistas e políticos de outros partidos à barra dos tribunais. A "motivação" da prisão de Paulo Bernardo foi exatamente a mesma que obrigou os três ministros do PMDB a deixarem os cargos: bem fundamentadas suspeitas de corrupção.

Alegam também os petistas, eternas vítimas de um sistema injusto que, não obstante, os manteve por mais de 13 anos no poder, que o juiz que autorizou a operação abusou de seus poderes, usurpando prerrogativas da Suprema Corte ao invadir o apartamento de Paulo Bernardo em Brasília, que na verdade é propriedade do Senado Federal, cedido à mulher do investigado, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). De acordo com esse ponto de vista, Paulo Bernardo não tem foro privilegiado, mas a senadora, que é sua mulher, tem. Para agir, portanto, a PF teria que ter sido autorizada pelo STF.

O argumento de abuso de autoridade ?" que instrui uma representação que o presidente do Senado, Renan Calheiros, se apressou a apresentar ao STF ?" pode até ter procedência, embora cada caso deva ser considerado sempre com a cautela necessária para evitar, por exemplo, que o foro privilegiado de cônjuges se torne o confortável refúgio de meliantes e também para se evitar que apartamento funcional receba tratamento privilegiado, que deve ser atribuído a uma pessoa que recebe múnus de autoridade, e não a um imóvel. De qualquer modo, essa é uma decisão que cabe à Suprema Corte tomar.

De resto, abuso de verdade, e claramente criminoso, é o que comete quem não tem o menor escrúpulo para, em nome de interesses políticos e da ganância pessoal, meter a mão no bolso de cidadãos indefesos.
Herculano
26/06/2016 08:26
INCERTEZAS AUMENTAM, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

A incerteza induzida pelo cenário político agrava as expectativas em torno de uma recuperação econômica e quanto à real possibilidade de um avanço em uma agenda mínima que permita ao país chegar, em 2018, não pior do que agora. Esta é uma das principais constatações da segunda pesquisa sobre expectativas em torno de cenários de sucesso do atual governo interino realizada pela consultoria Macroplan, especializada em estratégia e cenários.

Com a corrupção no centro do debate político no Brasil, os resultados da atual sondagem espelham claramente o poder de influência e transformação da Operação Lava-Jato e ações conexas ou derivadas na percepção de futuro do país.

No primeiro levantamento, feito entre os dias 13 e 19 de maio, com amostra de 82 empresários, executivos, economistas, cientistas políticos, gestores públicos e jornalistas de todas as regiões, 64% indicavam sucesso parcial ou amplo do governo Temer, contra 36% de prognósticos pessimistas.

Na sondagem atual, realizada entre 11 e 22 de junho, junto a 79 entrevistados, 58% apostaram em cenários de sucesso parcial ou amplo, enquanto 42% indicaram o fracasso (parcial ou total) do governo interino. Os novos resultados são os seguintes:

a) Cenário de sucesso amplo - O Brasil sai da "UTI econômica", viabiliza ajustes econômicos e políticos essenciais e dá partida a um ciclo de reformas, retomando um crescimento forte a partir de 2018. É um cenário que lembra os primórdios do Plano Real ?" indicado por 13% dos pesquisados, contra 16% da pesquisa anterior.

b) Cenário de sucesso moderado ?" O Brasil sai da "UTI econômica", supera a fase mais aguda da crise, mas não o encaminhamento da solução dos maiores obstáculos estruturais para um novo ciclo de crescimento sustentado, em face de resistências políticas a medidas mais drásticas e/ou ao significativo passivo de problemas econômicos herdados. A Operação Lava-Jato e eventos correlatos continuam criando embaraços a uma atuação mais desenvolta do governo ?" cenário mais provável, apontado por 45% dos respondentes, contra 49% na pesquisa anterior.

c) Cenário de fracasso parcial - O governo Temer realiza ajustes econômicos pontuais, perde a confiança dos mercados, experimenta um progressivo processo de "sarneyzação", ou "reedição do Levy", acumula derrotas no Legislativo e enfrenta progressiva deterioração de expectativas dos agentes econômicos. O núcleo do governo e de sua base de sustentação sofre acentuado enfraquecimento com a Operação LavaJato e ações correlatas e isso se combina com a ampliação das práticas de fisiologismo e "varejo político". Indicação de 42% contra 36% anteriormente.

d) Fracasso amplo - Retorno do governo Dilma, com imediata deterioração das expectativas econômicas e agravamento das tensões políticas ou mesmo um quadro quase caótico e de ingovernabilidade, com fortes movimentos especulativos no mercado em meio a "surtos" de pânico e aguda instabilidade a curto prazo: 9% das indicações, contra 6% antes.

"A queda das expectativas positivas não é surpreendente, mas até mesmo previsível, face à evolução da conjuntura nos últimos 45 dias", explica o economista Claudio Porto, presidente da Macroplan, para quem o governo interino ultrapassou seus primeiros 30 dias de forma ambígua: com avanços positivos na agenda econômica de um lado, mas dificuldades expressivas no campo político.
Herculano
26/06/2016 08:19
# OULTIMODIADAGUERRA, por Clovis Rossi, para o jornal Folha de S. Paulo

Quando a liderança das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) plantou nas redes sociais a hashtag que dá título a esta coluna, estava na prática referendando a grandeza que teve o presidente Juan Manuel Santos ao aceitar o caminho difícil, o da paz.

Coisa de estadista, como reconhece Felipe González, o ex-presidente de governo espanhol, em artigo para "El País": "Sempre tem sido mais fácil fazer a guerra que construir a paz. A guerra é mais dolorosa por suas vítimas e horrores, mais custosa em recursos humanos e materiais, mas mais simples. Afinal, trata-se de destruir o outro, seja como for. Quem tem mais capacidade de fazê-lo pode terminar ganhando."

Já a paz é uma busca tortuosa, prenhe de obstáculos que, no início do processo, parecem impossíveis de ultrapassar.

Mesmo agora, quando a guerra de 52 anos de duração está com os dias contados, Santos enfrenta acusações inacreditáveis, como relata Gustavo Alvira Gómez, colunista do sítio "Latin America Goes Global":

"No que parece ser um esforço para roubar uma página do livro de jogo político de Donald Trump, os oponentes do processo de paz estão acusando o presidente Juan Manuel Santos de ser um membro secreto das Farc e de orquestrar um golpe contra as instituições do Estado."

É o contrário, como constata o citado Alvira Gómez: "A administração Santos está percorrendo extraordinárias distâncias para preservar a Constituição da Colômbia e respeitar o desejo do povo colombiano" [nunca é demais lembrar que o acordo com a guerrilha será submetido a plebiscito].

Resistir às negociações de paz soa uma insanidade quando se conhecem os números trágicos que cercam o conflito colombiano, a mais antiga guerra nas Américas e a mais destrutiva ?"dois rankings que, por si só, justificariam tentar o caminho da paz.

No total, 7.724.879 vítimas se inscreveram no registro do Estado de cidadãos que sofreram deslocamento forçado, sequestro, morte, ameaças e/ou outros prejuízos durante a guerra.

Significa que um em cada seis colombianos foi afetado. O número de mortos entre 1958 e 2012 chegou a 218.098, segundo o Centro Nacional de Memória. Os que tiveram que deixar suas casas e se instalar em outros pontos do país são impressionantes 6.044.151.

Sempre se pode argumentar que o ideal seria derrotar militarmente a guerrilha. Mas perseguir o ideal significaria acrescentar mais números sombrios ao tremendo balanço de uma guerra que dificilmente se poderia vencer.

Até o sítio "Silla Vacía", combativo e geralmente crítico dos governos colombianos, dá a Santos o mérito de ter chegado às portas da paz.

Escreve Juanita León: "Para Santos também serviu seu íntimo conhecimento do Estado.

Como já havia jogado em várias frentes, tanto do Executivo como do Legislativo, sabia como mexer várias peças ao mesmo tempo e antecipar os cenários".

O paradoxal é que está ganhando a paz e perdendo a popularidade. Fazer o que é difícil tem o seu preço. Santos achou que valia a pena pagá-lo. Fica o exemplo.
Herculano
26/06/2016 08:00
A IMPRENSA E DEMOCRACIA, editorial do jornal Correio Braziliense.

Convidada a participar de evento sobre jornalismo investigativo na última sexta-feira, a ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia enfatizou um dos valores mais caros da democracia: a liberdade de imprensa. "O dever da imprensa não deve ser cerceado de forma alguma", afirmou a ministra, ao comentar a contenda entre magistrados e promotores paranaenses e jornalistas do diário Gazeta do Povo. Em ação coordenada, diversos integrantes do Judiciário local ingressaram com ações por danos morais em 19 cidades do estado, como resposta a série de reportagens sobre os rendimentos dos juízes, segundo o jornal muito acima do teto estabelecido para o funcionalismo público.

Obrigados a comparecer às audiências em tantas localidades, os profissionais do jornal foram submetidos a um périplo, sob pena de responder ao processo à revelia. Percorreram mais de 8 mil quilômetros pelas estradas paranaenses em um par de semanas. Enquanto o imbróglio se aprofunda nos tribunais, diversas entidades de imprensa denunciaram o método e a motivação dos magistrados paranaenses. "O modus operandi utilizado pelos autores revela justamente o que se pretende ocultar: intimidar jornalistas e cercear a liberdade de imprensa, um dos pilares do Estado Democrático", alertou em nota oficial a Associação Brasileira de Imprensa.

Como ressalta o pronunciamento da ABI, o episódio paranaense surpreende pela origem dos ataques. Mas está longe de ser o único golpe desferido contra o jornalismo profissional. Em fevereiro, ranking divulgado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) classificou o Brasil como o quinto país mais perigoso para a atividade jornalística, com a morte de oito profissionais em exercício no ano de 2015. Ficamos atrás de Iraque e Síria, consumidos pela guerra; México, onde está em curso uma feroz guerra contra o narcotráfico; e a França, país atingido pelo extremismo com o atentado ao semanário Charlie Hebdo. Como se nota, a intolerância à liberdade de expressão impõe um flagrante desrespeito a princípios constitucionais e procura calar com violência um direito da sociedade.

Antes dos atos extremos contra a vida de jornalistas, porém, há outras modalidades de agressões contra os profissionais da informação. Os ataques à imprensa profissional ganharam nos últimos anos um viés ideológico. Registre-se, por exemplo, o nefasto movimento dos últimos anos para instituir aberrações como o Conselho Federal do Jornalismo e bizarrices tais quais o "controle social da mídia". Afora liderar essas iniciativas de tendência ditatorial, os governos petistas operaram deliberadamente no aparelhamento da estrutura de comunicação oficial, em uma condenável estratégia de produzir espécie de contraofensiva a uma suposta "guerra da informação". Com o agravamento da crise política, tornou-se comum setores simpáticos ao PT denunciarem a suposta ação da "imprensa golpista". Nada mais falso. Foram os erros brutais na condução da política econômica, motivo para a abertura de um processo de impeachment, e os atos de corrupção revelados pela Operação Lava-Jato os fatores decisivos para a crise do PT.

É bom que se diga, mais uma vez. A imprensa tem como missão precípua informar a sociedade de assuntos de interesse público. Toda e qualquer tentativa de tolher essa conquista das sociedades modernas deve ser repudiada com veemência. Novamente recorrendo às palavras de Cármen Lúcia, "a democracia é impossível sem a imprensa".
Herculano
26/06/2016 07:51
PENA DA POLÍTICA TEM DE SER A LAVA JATO PERPÉTUA, por Josias de Souza

Não se fala noutra coisa. A corrupção generalizou-se de tal forma no Brasil que ficou impossível mudar de assunto. Pode-se, no máximo, mudar de corrupto. Pela primeira vez desde a chegada das caravelas, a gatunagem é combatida em toda sua latitude. E a plateia, que morria de passividade, passou a viver uma epidemia de cólera, desnorteando as autoridades.

Uma característica curiosa da corrupção era observada nos partidos políticos. O corrupto estava sempre nas outras legendas. Agora, ele está em toda parte. Outro traço marcante era que, guiando-se por algum autocritério, todos os políticos eram probos. Hoje, são honestos apenas até a próxima delação. O suor do dedo respinga em todos - de vermelhos a bicudos. Não se salvam nem os mortos.

Não há mais alternância no poder. O que existe é uma mera mudança de cúmplices. Confirmou-se a velha suspeita de que o sistema político brasileiro não é constituído por três poderes, mas quatro: o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Dinheiro, que paira sobre os outros.

Todo aquele idealismo, aquele ímpeto de servir à sociedade, aquela ânsia de entregar-se ao bem público, toda aquela conversa estava impulsionada pela grana. Para entender o Brasil, era indispensável um certo distanciamento. Que começava com a abertura de contas secretas (se preferir, pode me chamar de trusts) na Suíça.

Dois fenômenos empurram a política para os novos tempos: a disposição dos países estrangeiros de colaborar no combate à roubalheira e a percepção de que corrupção passou a dar cadeia no Brasil. Para reduzir as penas, os corruptos levam os lábios ao trombone, oferendo matéria-prima para o avanço das investigações. Hoje, quem ama o feio leva muito susto.

Ouve-se ao fundo um zunzunzum a favor da fixação de um prazo para as investigações. "Os principais agentes da Lava Jato terão a sensibilidade para saber o momento de aprofundar ao extremo e caminhar para uma definição final. Isso tem que ser sinalizado", disse o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) dias atrás. Hã, hã? "O país não pode ficar dez anos nessa situação", ecoou Michel Temer. Hummm!

Já está entendido que desse mato não sai coelho. Sai apenas jacaré, Renan, cobra, Sarney, hiena, Jucá, gambá, Cunha, porco-espinho, Zé Dirceu, gorila, Vaccari e um etcétera pluripartidário. Pela primeira vez, a oligarquia é investigada, encarcerada e presa. Verificadas as circunstâncias, é possível ser otimista a, vá lá, médio prazo, e ver o lado bom das coisas, mesmo que seja preciso procurar um pouco.

Num instante em que a força-tarefa de Curitiba começa a abrir filiais em São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, fica claro que a saída para o combate à roubalheira é a federalização do modelo Lava Jato de investigação, uma engrenagem que tritura o crime com quatro pontas: Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público e Judiciário.

Se as últimas investigações demonstram alguma coisa é que o sistema político brasileiro apodreceu. A corrupção tornou-se um atributo congênito do político, como as escamas do peixe. A cosa nostra só voltará a ser coisa nossa quando os larápios se convencerem de que a festa acabou.

Como disse Temer, "o país não pode ficar dez anos nessa situação". Contra um assalto intermitente, exige-se uma vigilância permanente. A política brasileira talvez volte ao normal se for condenada à Lava Jato perpétua.
Herculano
26/06/2016 07:43
A DESOBEDIÊNCIA DO ANDAR DE CIMA, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Num artigo em que defendeu o mandato de Dilma Rousseff e condenou "a hipocrisia como tradição política", a historiadora Hebe Mattos, da Universidade Federal Fluminense, foi ao século 19 e nele encontrou "um vigoroso processo de desobediência civil por parte da classe senhorial" contra a extinção do tráfico de africanos.

Em geral, pensa-se que desobediência civil é coisa de pobre. A desobediência civil do andar de cima ajuda a entender o que está acontecendo com a Operação Lava Jato. (Em nenhum momento a professora fez esse paralelo e é possível que nem sequer concorde com ele.) Até hoje só partiram do novo governo defesas cerimoniais da Lava Jato.

Tramitam no Congresso lotes de iniciativas destinadas a desossá-la. Aqui e ali, ouve-se: "Onde é que isso vai parar?". José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá não podiam ter sido mais claros nos grampos de Sérgio Machado.

A professora mostra como a desobediência civil da elite do século 19 dobrou leis e tratados. Em 1823, quando a Inglaterra reconheceu a independência do Brasil, o governo comprometeu-se a extinguir o comércio de escravos trazidos da África. Em tese, os negros trazidos para a terra seriam livres. Entre 1831 e 1851, chegaram ao Brasil cerca de 500 mil africanos contrabandeados. Todas as leis de proteção aos negros foram desossadas, e só em 1888 o Brasil tornou-se o último país americano livre a libertar seus escravos. Assim prevaleceu o atraso.

Na segunda metade do século 19, ninguém defendia a escravidão. Todo mundo aceitava o fim do cativeiro "desde que". Assim como a escravidão, a corrupção empresarial e política da máquina pública é algo que precisa acabar, "desde que". Desde que não se aceite a colaboração de pessoas presas, diz Renan Calheiros. Desde que uma pessoa possa recorrer em liberdade aos tribunais de Brasília, diz Romero Jucá. Desde que a Lava Jato tenha dia para acabar, diria o doutor Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil de Michel Temer.

No século 19, a desobediência civil do andar de cima preservou a escravidão. No 21, ela tenta preservar o arcabouço que protegeu a corrupção e que agora está ameaçado.

SE A LAVA JATO NÃO PARAR, PARARÁ O PAÍS

Desde quando a Lava Jato pegou o primeiro gato gordo das empreiteiras, a turma de desobediência civil tem argumentado que essa operação prejudica a economia do país, a tal "retomada do crescimento".

Afinal, "com as finanças já arruinadas, com uma dívida pública que vai crescendo a passos agigantados, com as fontes de produção ameaçadas, é preciso que os representantes da nação sejam mais cautelosos." Renan Calheiros? Eliseu Padilha? Não, Domingos Andrade Figueira no dia 9 de maio de 1888, quando a Câmara discutia o projeto de abolição da escravatura. Dias depois a lei foi aprovada, com o voto contrário de um senador e nove deputados. Um deles era o doutor Andrade Figueira.

Quem achou essa advertência foi a historiadora Keila Grinberg. Ela publicou-a num texto que pode ser encontrado no blog "Conversa de Historiadoras", onde também está o texto da professora Hebe Mattos.

Em maio de 2015, o doutor Emílio Odebrecht escreveu o seguinte:

"A corrupção é problema grave e deve ser tratado com respeito à lei e aos princípios do Estado democrático de Direito, mas é fundamental que a energia da nação, particularmente das lideranças, das autoridades e dos meios de comunicação, seja canalizada para o debate do que precisamos fazer para mudar o país. Quem aqui vive quer olhar com otimismo para o futuro - que não podemos esquecer -, sem ficar digerindo o passado e o presente."

A Odebrecht está negociando os termos de sua colaboração com a Lava Jato.
Herculano
26/06/2016 07:43
EREMILDO, O IDIOTA, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Eremildo é um idiota e continua apoiando o governo de Michel Temer, mesmo sem saber por quê.

O cretino tem uma bicicleta, sabe que as pedaladas fiscais da doutora Dilma tinham um ingrediente de maquiagem contábil e está encantado com a desenvoltura com que Temer pedala, dentro da lei e debaixo de aplausos.

O governo federal deu um refresco aos Estados que não queriam honrar dívidas já renegociadas e pedalou a conta dando-lhes uma moratória de seis meses, seguida de um desconto decrescente nas prestações. A Viúva deixará de receber pelo menos R$ 50 bilhões.

Quando disseram a Eremildo que a maior parte da dívida estava com São Paulo, Rio e Minas Gerais, enquanto o Piauí nada devia, ele achou que isso era conversa de petista mentiroso. Era verdade, ele não entendeu, mas conformou-se. Afinal de contas, é um idiota.

PT DO PARANÁ

Velhos fundadores do PT viram com uma ponta de satisfação o estouro da rede paranaense onde foi apanhado o ex-ministro Paulo Bernardo.

Para quem conhece a história do partido, em São Paulo o PT operava numa escala municipal, ora com empresas de ônibus no ABC, ora com lixo e molho de tomate na prefeitura de Ribeirão Preto, comandada por Antonio Palocci. Foi no Paraná que o comissariado conheceu, herdou e aperfeiçoou a máquina arrecadadora do deputado José Janene, compadre de Alberto Youssef e padrinho de alguns diretores da Petrobras.

O deputado André Vargas, preso desde abril de 2015, começou militando no PT de Londrina, o mesmo de Paulo Bernardo. Era conhecido como "Bocão".

MES?"CLISE

Michel Temer devolveu dignidade à mesóclise. Na semana passada, o ministro Teori Zavascki presenteou a plateia do STF com um "atrasá-las-ia".

IVANA TRUMP

Não se pode saber como acabará a candidatura de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, mas a sua presença no cenário exige que se preste uma homenagem a Ivana, sua mulher de 1977 a 1992.

Ao divorciar-se, ela deu um conselho para todas as outras mulheres, de todos os tempos: "Não fique com raiva. Fique com tudo". Estima-se que tenha ficado com U$ 50 milhões e uma boa mesada. Donald nunca disse algo tão inteligente.

MODO ODEBRECHT

Um conhecedor da contabilidade de grandes empresas acha que todos os que propagaram a ideia segundo a qual a Odebrecht era um modelo de gestão eficaz e moderna deveriam pedir desculpas ao público. Ela cometeu o maior dos pecados: misturou o caixa um com o caixa dois. Isso bicheiro sério não faz.

SINAIS DE FUMAÇA

Aqui e ali percebem-se sinais de que o Ministério Público e a Polícia Federal estão de olho na contabilidade de advogados de personagens apanhados na Lava Jato.

O SONHO DE CUNHA

Na véspera da votação de seu destino pela Comissão de Ética, o deputado Eduardo Cunha foi dormir com a garantia de que Tia Eron votaria a seu favor. De lá para cá suas chances de iludir a lâmina diminuíram. Como o direito de sonhar é livre, tudo o que lhe resta é esperar que durante a sessão para discutir o fim de seu mandato não apareçam 257 deputados dispostos a cassá-lo. Em maio, torcendo por Dilma, o comissariado petista fez aposta parecida.
Herculano
26/06/2016 07:29
PETISTAS NO GOVERNO ESPIONAM TEMER PARA DILMA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Com a demora na substituição de petistas herdados do governo Dilma, ocupantes de cargos de direção e assessoramento superior estariam fazendo cópias clandestinas de informações estratégicas do governo Michel Temer para serem repassados à equipe de Dilma Rousseff, segundo setores de inteligência. O temor é que os vazamentos deixem a administração vulnerável a boicotes e até a ações de sabotagem.

TUDO CONTAMINADO
O governo suspeita que estariam sendo feitas cópias de informações em instituições como Dataprev, Funai, Funasa e INSS.

ESPELHO MEU
Ministros palacianos dizem que "os dados estão sendo espelhados", um eufemismo para furto de informações.

CORPO MOLE
Há mil nomeações pendentes, mas o governo continua à espera da liberação pela Abin, encarregada de verificar a ficha de cada indicado.

SINAL DE ALERTA
Acendeu o sinal vermelho no governo quando um convênio de R$ 100 milhões da Dataprev foi copiado e ninguém encontrou o responsável.

GOVERNO DILMA, ATÉ MAIO: R$17,8 MILHÕES NO CARTÃO
O governo Dilma ultrapassou a marca dos R$ 17,8 milhões em gastos com cartões corporativos nos primeiros cinco meses do ano, segundo o Portal Transparência. O gabinete da presidente Dilma torrou sozinho R$ 2,26 milhões, gastos protegidos por "sigilo". Somando-se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e outras secretarias do Palácio, a conta sobe para R$ 5,43 milhões. Quase tudo "sob segredo de Estado".

GASTADOR FEDERAL
Em razão da Polícia Federal, o Ministério da Justiça é o segundo maior utilizador de cartões corporativos, com R$ 4,1 milhões até junho.

DESCULPA É SEGURANÇA
O gabinete da Vice-Presidência, de Michel Temer, torrou R$ 249 mil até maio deste ano, mas nenhuma das despesas é contabilizada.

BOLSA E CARTÃO
Quem tem Olimpíadas, não precisa de cartão: o Ministério do Esporte é a pasta que teve a menor despesa com cartões em 2016: só 584 reais.

MADAME JÁ ERA
A impressão, na Comissão do Impeachment, é que a turma de Dilma finge que a defende e os opositores fingem que a atacam. É como se houvesse um acordo tácito, talvez não formal, de que madame já era.

FARRA DE CONCESSÕES
Pode resultar em investigação a denúncia, que chegou ao Planalto, sobre a distribuição de valiosas repetidoras de tevê (RTV) nas capitais. No total, foram 1.500 nos estertores do governo Dilma, todas no período de André Figueiredo (PDT) à frente do Ministério das Comunicações.

RIVOTRIL
O deputado José Guimarães (CE), um dos derradeiros defensores de Dilma no PT, conversa diariamente com o ex-presidente Lula. Eles não admitem, mas sabem que a prisão é o destino da fina flor do petismo.

VIROU FOLCLORE
No Ministério da Agricultura, Ana Amélia (PP-RS) pede licença para ir à comissão do impeachment. O ministro Blairo Maggi diz: "Cuida da comissão porque se não eu volto em 100 dias". Ela respondeu: "Dilma só volta quando morcego doar sangue e o saci cruzar as pernas".

QUE CRISE
Deputados federais gastaram R$ 7,8 milhões em combustíveis, de janeiro a junho. Tudo ressarcido pela Cota de Atividade Parlamentar. O maior reembolso foi para Jéssica Sales (PMDB-AC): R$ 35,88 mil.

PERDEU A GRAÇA
Com a demissão de Henrique Eduardo Alves, os petistas brincavam: "Quem será o próximo?". Foi o ex-ministro Paulo Bernardo, do PT. A Operação Lava Jato acabou tirando a graça dos senadores petistas.

PODE ESQUENTAR
Os senadores dizem que o silêncio sobre a prisão de Paulo Bernardo foi por causa do São João. "Creio que o assunto será trazido na próxima semana", avalia a senadora Simone Tebet (PMDB-MS).

MEDIOCRIDADE
Presidente da OAB-SE, Henri Clay Andrade acha que a política "está governada pela mediocridade". Para ele, o País precisa de líderes que pensem para a posteridade: "O Brasil está carente de estadistas".

PENSANDO BEM...
...Lula fugiu de Sérgio Moro, mas não escapou da primeira instância.
Herculano
26/06/2016 07:22
UM REDUTO IDEOLOGICO FEITO COM O DINHEIRO DOS TRABALHADORES E DOS BRASILEIROS, A CUT NÃO CONSEGUE ENXERGAR O DESGOVERNO DO PT, O ROUBO INSTITUCIONAL DOS PETISTAS A QUEM OS DEFENDE INCONDICIONALMENTE, A INFLAÇÃO ALTA E O DESEMPREGO, MUITOS MENOS CRIAR CONDIÇÕES PARA REVERTER ESTE CRIMINOSO ESTADO DE COISAS.

O QUE CUT QUER AGORA? APOIAR A CAMPANHA DE DILMA POR PLEBISCITO DE NOVA ELEIÇÃO PARA APENAS SALVÁ-LA DO IMPEACHMENT E MERGULHAR OS TRABALHADORES NUM ABISMO ONDE FORAM LANÇADOS PELO PARTIDO DOS TRABALHADORES

Parte 1

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Cátia Seabra. O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, defenderá nesta semana que a entidade reavalie sua posição e apoie publicamente uma cruzada da presidente afastada, Dilma Rousseff, por um plebiscito sobre a antecipação das eleições presidenciais.

A CUT deverá debater a proposta na reunião da executiva, no dia 5 de julho. Após conversar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Freitas também decidiu procurar movimentos de esquerda favoráveis à medida.

Embora duvide do sucesso dessa articulação - e da reversão da tendência pró-impeachment de Dilma -, o sindicalista disse à Folha que proporá à central que reveja, assim como ele, sua decisão contrária ao plebiscito.

"A presidenta não pode ficar engessada. A CUT não vai defender o plebiscito no site. Mas, se essa é única esperança a que podemos nos apegar, vamos nela."

Defensores do plebiscito, entre eles senadores pró-Dilma, argumentam que a petista poderia conquistar votos contrários ao impeachment no Senado caso acenasse com a ideia de antecipação da corrida presidencial.

Mesmo sem acreditar na salvação da petista, Freitas afirma que a defesa do plebiscito poderia constranger aqueles que chama de "golpista", colocando-os numa "sinuca de bico".
Herculano
26/06/2016 07:22
UM REDUTO IDEOLOGICO FEITO COM O DINHEIRO DOS TRABALHADORES E DOS BRASILEIROS, A CUT NÃO CONSEGUE ENXERGAR O DESGOVERNO DO PT, O ROUBO INSTITUCIONAL DOS PETISTAS A QUEM OS DEFENDE INCONDICIONALMENTE, A INFLAÇÃO ALTA E O DESEMPREGO, MUITOS MENOS CRIAR CONDIÇÕES PARA REVERTER ESTE CRIMINOSO ESTADO DE COISAS.

O QUE CUT QUER AGORA? APOIAR A CAMPANHA DE DILMA POR PLEBISCITO DE NOVA ELEIÇÃO PARA APENAS SALVÁ-LA DO IMPEACHMENT E MERGULHAR OS TRABALHADORES NUM ABISMO ONDE FORAM LANÇADOS PELO PARTIDO DOS TRABALHADORES

Parte 2

Segundo ele, o apoio ao plebiscito estaria condicionado a um movimento pró-reforma política. Para o dirigente sindical, movimentos de esquerda devem lutar por uma reforma política numa tentativa de qualificar os parlamentares. Parafraseando Lula, diz que hoje o Congresso reúne "mais de 300 picaretas".

"Acho que devemos fazer [a defesa do plebiscito], mesmo não acreditando nesse Congresso conservador, absolutamente clientelista que só olha para ele mesmo. A presidente tem que ter alternativas. Mas sei das dificuldades de se concretizar isso. O jogo da política é difícil."

TERCEIRO TURNO

Freitas afirma não acreditar na volta de Dilma à Presidência - se isso ocorrer, diz, seu governo será inviabilizado por opositores.

"Dilma vai apanhar da mídia e dos conservadores do Congresso. Eles farão tudo para inviabilizá-la. O mandato dela sofreu boicote, desde o primeiro dia, de partidos políticos, do Judiciário e da mídia. Dilma assumiu num terceiro turno. Ela tem só 80 deputados."

Ainda segundo o presidente da CUT, Lula dá sinais de que apoiará a movimentação de sua sucessora pelo plebiscito, ainda que não seja um arauto da proposta.

Essa estratégia será discutida nessa terça-feira (28) durante reunião entre a presidente afastada e os integrantes da Executiva Nacional do PT. O encontro deverá acontecer no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República e onde a petista segue despachando durante seu afastamento.

A programação foi mantida mesmo depois da operação de busca e apreensão realizada na quinta-feira (23) pela Polícia Federal na sede do partido, em São Paulo.

ARMAS

No ano passado, Freitas envolveu-se em polêmica ao dizer que movimentos sociais iriam às ruas "com arma na mão" para defender Dilma de tentativas de derrubá-la.

Depois, afirmou ter usado de linguagem figurada para se referir, na verdade, às "armas da classe trabalhadora": "mobilização, ocupação das ruas e greve geral".
Sidnei Luis Reinert
25/06/2016 18:20
Hillary Clinton, aloprada bolivariana!


Conheça a VERDADEIRA Hillary Clinton! Orgulhosa defensora de ESTUPRADOR PED?"FILO!
Em uma fita recém-descoberta dos anos 80, a jovem advogada Hillary Clinton RI E SE GABA de ter feito seu cliente, que era CULPADO de ESTUPRAR uma garota de apenas 12 anos, passar em um detector de mentiras!
Com incrível cinismo, Hillary ainda CULPOU A VÍTIMA, alegando sem provas que a garota tinha "inventado outros ataques".
Hillary MENTIU em juízo, deixou um estuprador pedófilo IMPUNE, e CULPOU A VÍTIMA. E ainda dá risada disso!
Ouçam os áudios com os comentários da apresentadora Judge Jeanine Pirro, e pergunte-se: É essa a mulher em quem os americanos podem confiar sua segurança?

E por que essa história não vira manchete no Brasil, como as "declarações" do Donald J. Trump? Acho que sabemos a resposta.


https://www.facebook.com/MovimentoJuntospeloBrasil/videos/1025916714165422/
Herculano
25/06/2016 16:41
O PT VAI PAGAR PELO CUSTO BRASIL?, por Ruth Aquino, para a revista Época (O Globo)

Parte 1

A se confirmar o esquema que levou Paulo Bernardo à prisão, o PT se tornará indefensável como partido

A prisão de Paulo Bernardo, ministro do Planejamento de Lula e ministro das Comunicações de Dilma Rousseff, talvez seja, até agora, o maior golpe contra o Partido dos Trabalhadores desde sua fundação, em 1980. Não é o "golpe" do atual dicionário petista. A operação da Polícia Federal chamada de Custo Brasil é um golpe mortal no coração de um partido criado, a princípio, para defender quem trabalha contra a exploração e a especulação do capital.

Caso se comprove que Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann (ambos do PT do Paraná), recebeu, por meio de um advogado, R$ 7 milhões, entre 2010 e 2015, desviados de empréstimos consignados para funcionários públicos, o PT se tornará indefensável como partido. Para sobreviver, precisará promover um expurgo geral, pedir desculpas à nação, refundar valores e renovar lideranças. Segundo os investigadores, o esquema de roubo envolve um total de R$ 100 milhões em contratos entre a Pasta de Planejamento de Lula e a empresa de tecnologia Consist.

Respeitando a presunção de inocência característica das democracias, muito ainda precisa ser respaldado por provas incontestáveis do "esquema de lavagem" que teria sido comandado por um dos ministros mais importantes de Lula e Dilma. Só assim Paulo Bernardo poderá ser considerado culpado por usar propina para pagar despesas pessoais suas e da mulher. Caso seja inocente, seria um caso gigantesco de danos morais, porque a reputação do casal foi seriamente atingida.

O PT considera ilegais a prisão preventiva de Paulo Bernardo e a apreensão de documentos e computadores do apartamento funcional de Gleisi, devido ao foro privilegiado da senadora. Sou contra o foro privilegiado para crimes comuns ?" eu, ministros do STF e a maioria da população. O que importa é se o ex-ministro cometeu um crime tão mesquinho quanto o de roubar milhões de servidores públicos. De centavo em centavo, o galo encheu o papo. É isso ou não é isso? O argumento único deveria ser: Paulo Bernardo não roubou e Gleisi não teve despesas pagas por propina. São inocentes.

Isso veremos, com o avanço da investigação sob o comando do procurador Andrey Mendonça, do Ministério Público Federal de São Paulo, e a ajuda de Fábio Ejchel, da Receita Federal. "É um exemplo de como a corrupção e a sonegação prejudicam o cidadão e aumentam o custo das operações", disse Ejchel. Isso a gente já sabe. Quando o Rio de Janeiro decreta "calamidade pública", alguém realmente acredita que foi por causa apenas do preço do barril do petróleo? Ou é o preço cobrado pela desonestidade de nossos sultões?
Herculano
25/06/2016 16:40
O PT VAI PAGAR PELO CUSTO BRASIL?, por Ruth Aquino, para a revista Época (O Globo)

Parte 2

Se for verdade que, de cada R$ 1 cobrado mensalmente de cada servidor federal como taxa para manter o empréstimo consignado, só 30 centavos eram usados para o fim declarado e 70 centavos eram desviados como propina para a Consist... e que, dessa propina de R$ 100 milhões, um terço foi passado a Paulo Bernardo e outros no Ministério do Planejamento e dois terços para o PT... se tudo isso for comprovado, será a desmoralização do partido. A nota do PT diz que "o PT não tem nada a esconder".

O esquema com a Consist, revelado pelo jornal O Globo em agosto, saiu em setembro das mãos do juiz Sergio Moro, em Curitiba, e foi para a Justiça Federal de São Paulo. "É uma resposta àqueles que celebravam com champanhe o declínio do caso em Curitiba, para mostrar que não é só Curitiba que faz investigação", afirmou o procurador Andrey Mendonça.

O esquema envolveria os ex-tesoureiros do PT Paulo Ferreira e João Vaccari Neto e o ministro da Previdência de Dilma Carlos Gabas. Gabas foi quem levou Dilma na garupa de sua moto Harley-Davidson para passear. Como era divertida nossa República.

Outro argumento de petistas é que a Operação Custo Brasil visa desviar o foco "deste governo (Temer) claramente envolvido em desvios". Numa semana em que o Supremo Tribunal Federal confirmou Eduardo Cunha como réu, novamente por unanimidade de 11 votos a zero, é difícil crer que as investigações sejam seletivas ou políticas.

Com a ampliação das operações da Polícia Federal contra "o câncer da corrupção", não há hoje na política quem ri por último, mas quem chora por último. Aconselha-se que ninguém celebre a prisão do outro. Nenhum partido está em condições de festejar. Está em jogo não "a propina de cada um", mas o aparelhamento, ano a ano, de um Estado acusado de agir com má-fé contra a população, e com apoio de políticos de vários matizes ideológicos.

A cada nova temporada, o seriado da Lava Jato parece se reinventar com a entrada de coadjuvantes, até que todos os atores sejam eliminados. O cadáver de um empresário foragido, envolvido na Operação Turbulência, surgiu num motel em Pernambuco. Suicídio ou assassinato?
Herculano
25/06/2016 16:38
VISÃO CONSPIRATORIA E VITIMIZAÇÃO LULOPETISTAS, editorial do jornal O Globo

O PT, mais uma vez, deve se explicar diante da descoberta de outro caso de corrupção no primeiro nível da administração de seu governo

Desde março de 2014, quando foi lançada a Operação Lava-Jato, casos de roubalheira de lulopetistas e aliados se concentraram no grupo Petrobras e em alguma outra empresa pública. Golpes dados contra o Erário na administração direta, na manipulação de verbas de ministérios, em que os desvios no Denit (Transportes) são grande exemplo, haviam ficado para trás.

Mas, vê-se agora, na Operação Custo Brasil, na qual foi preso o ex-ministro Paulo Bernardo, que a corrupção no primeiro nível da administração federal continuou campeando. O esquema montado no Planejamento, com Paulo Bernardo, é prova disso. Por ele foram ordenhados, segundo o MP de São Paulo, R$ 100 milhões em cobranças indevidas de servidores federais clientes de crédito consignado. Parte foi para o PT, sobraram R$ 7 milhões para o ex-ministro, e assim por diante.

A sede do partido, em São Paulo, também foi visitada pela Operação. Logo, parlamentares petistas e outros representantes do PT , inclusive a executiva nacional da legenda, reagiram de forma típicamente petista: pela vitimização e a partir de uma visão conspiratória.

Nessas circunstâncias, o partido sempre se apresenta como vítima de tenebrosas maquinações dos adversários e inimigos. Desta vez, tudo acontece porque o Planalto de Michel Temer enfrenta desgastes devido ao envolvimento, de alguma forma, de gente do governo interino com a Lava-Jato. Por serem investigados ou acusados pela operação, como também por tramarem para conter o desbaratamento do petrolão, com leis aprovadas no Legislativo e lobbies em Cortes judiciais.

Acham petistas ?" ou dizem achar - que o governo interino, jogado às cordas por gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, por exemplo, manobrou para que o Ministério Público e a Polícia Federal desfechassem a Custo Brasil.

Acredite quem quiser que o MP, independente por determinação constitucional, e a PF, operacionalmente autônoma, aprontaram esta operação para prejudicar o PT e nesta hora. O partido se prejudica a si mesmo, sem ajuda. Ele precisa é, mais uma vez, se explicar. Há várias descobertas graves feitas pelas investigações: a Consist, empresa contratada, cobrou um sobrepreço na tarifa de serviço aos clientes do crédito e com isso arrecadou R$ 100 milhões, dos quais saíram propinas e dinheiro para o PT. Uma das ligações do caso com a senadora Gleisi Hoffmann (PT), mulher de Bernardo, é a participação no esquema do seu advogado em campanhas, Guilherme Gonçalves.

Um aspecto relevante em tudo isso é que a operação comprova que a "organização criminosa" do partido e aliados (PMDB, PP, PCdoB) não atuou apenas na Petrobras. Já haviam sido detectadas ramificações dela no setor elétrico (Eletronuclear, Belo Monte). Agora, na administração direta. E obedecendo ao mesmo padrão: financiamento eleitoral e bolsos pessoais.
Herculano
25/06/2016 16:32
ESQUECERAM DO BRASIL, por Cristovam Buarque, senador do Distrito Federal, PSB. Quando no PT, foi ministro de Educação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Artigo pulicado em O Globo

Para beneficiar cada grupo, sacrificamos todos e o país

Nesta semana, ouvi um professor chileno dizer: "Tenho pena do Brasil". Esta frase me incomodou mais do que as matérias sobre as tragédias brasileiras destes tempos sombrios. Ainda mais quando imaginei a pergunta que ele não fez: "Como vocês deixaram o Brasil chegar a esta situação?" Como senador, senti constrangimento por esta pergunta não feita, e pela resposta que daria: "Há décadas, os políticos não colocam o Brasil como o personagem central de suas decisões".

O Brasil tem sido preocupação de sociólogos, literatos, jornalistas, economistas, mas não dos políticos. A Lava-Jato está mostrando que alguns usam a política para o enriquecimento pessoal; outros, para financiar campanhas e continuarem com seus mandatos; os melhores fazem política servindo a desejos imediatos de grupos específicos dos eleitores que os apoiam; as leis são feitas para beneficiar trabalhadores, empresários, aposentados, servidores públicos, consumidores, mas raramente ao Brasil como um todo, no longo prazo.

Há parlamentares dos professores, não da educação; dos aposentados, não da aposentadoria; dos universitários, não da ciência e tecnologia; da assistência social, não da emancipação do povo; do apoio à indústria, não ao desenvolvimento industrial; dos médicos, não da saúde. Ao longo da história, querendo atender cada grupo no imediato, sem considerar o Brasil no longo prazo, relegamos a opção por prioridades: o resultado tem sido o aumento nos gastos públicos acima da disponibilidade de recursos e, em consequência, o endividamento e a inflação. A ausência do Brasil nas decisões políticas provoca um esquecimento da perspectiva de nação ao longo das décadas e séculos no futuro. Para beneficiar cada grupo, sacrificamos todos e o país.

O debate sobre o impeachment é um exemplo de que "esqueceram o Brasil". Com opção já tomada, defende-se a cassação ou a continuidade do mandato da presidente, sem aprofundar o debate sobre o que será melhor para o Brasil. A disputa se dá entre os que desejam a continuidade do governo do PT, depois de 13 anos, mesmo sabendo dos riscos de a volta da irresponsabilidade fiscal desestruturar ainda mais as finanças públicas e de o corporativismo vir a desarticular ainda mais o tecido social e o futuro do Brasil; os outros não querem a continuidade do governo de Dilma, sem refletir sobre as consequências da interrupção do mandato do segundo presidente entre os quatro eleitos.

Não há consideração sobre qual destas duas alternativas será capaz de consolidar nossa democracia, assegurar estabilidade fiscal e monetária, induzir o país na direção de uma economia produtiva, uma sociedade justa, um setor cientifico e tecnológico sólido, cidades eficientes, educação de qualidade igual para todos; não há consideração sobre qual será capaz de conduzir as reformas de que o Brasil necessita.

Esqueceram do Brasil, esta é a causa de o Brasil dar pena em quem observa sua tragédia atual.
Herculano
25/06/2016 16:29
Para ser lido pelo governador Raimundo Colombo, o secretário da Fazenda Antônio Gavazzoni e os jornalistas de Santa Catarina que fecharam o olho para o alto endividamento de Santa Catarina e o truque do juros simples criado pelo governo catarinense no Supremo para esconder a sua irresponsabilidade na gestão do governo barriga-verde

É HORA DO AJUSTES NOS ESTADOS - E DE PRIVATIZAR, editorial da Revista Época (O Globo)

A renegociação das dívidas estaduais não é um presente. É um teste de seriedade. Cada governador terá de responder pelo uso da oportunidade
Nos meses à frente, o eleitor terá um ótimo período para avaliar quais governadores entenderam o recado das manifestações de rua e a gravidade da crise econômica. A oportunidade de ouro entregue a cada governador, para demonstrar sua sintonia com os anseios da população, surgiu graças ao acordo de renegociação das dívidas estaduais com a União, fechado na segunda-feira, dia 20, após quatro meses de debates. Governador sério será aquele que aproveitar o momento para ajustar as contas públicas.

Pelo acordo, os Estados deixam de pagar R$ 50 bilhões à União até 2018. Ganharão fôlego para se reorganizar e receberão descontos nas parcelas mensais por dois anos. Não há perdão de dívida, apenas adiamento. Termina a disputa judicial entre as esferas de governo, e as dívidas serão alongadas por mais 20 anos.

Renegociar não era o ideal, porque pune quem se esforçou mais para honrar o acordo anterior. Era, contudo, indispensável. Os governos estaduais não adequaram suas contas como deveriam, após o acordo de 1997 com a União. O Rio de Janeiro se tornou financeiramente inviável. Rio Grande do Sul e Minas Gerais seguem o mesmo caminho. O novo acordo só terá sentido se exigir, desta vez, um ajuste real.

O novo acordo tem um ponto-chave: os Estados entrarão na Proposta de Emenda Constitucional que congela o gasto público no nível de 2016 (com correção pela inflação). Há muita incerteza política no caminho da proposta, que depende do Legislativo e demanda reformas nos sistemas de Previdência. Ganha força, ainda assim, a ideia fundamental: os governos têm de aprender a fazer melhor gastando menos.

Graças à renegociação, outra questão urgente voltou ao debate: as privatizações estaduais. Como a União, os Estados ganharão eficiência e fecharão brechas para corrupção se venderem estatais. A maioria dos governadores é reticente. Deveriam ouvir três vozes sensatas e importantes nessa discussão.

Ana Paula Vescovi, secretária do Tesouro, coordenou a negociação com os Estados e os exortou a adotar programas de privatização.Maria Silvia Bastos Marques, presidente do BNDES, reafirmou a nova missão da entidade, de ajudar a fazer essas vendas e desinchar o setor público. Ana Carla Abrão, secretária de Fazenda de Goiás, empenha-se em explicar aos cidadãos por que é boa ideia vender a empresa de energia de seu Estado, a Celg. Não há como saber se as três terão sucesso. É um alívio, de qualquer forma, ouvi-las divulgar a mensagem correta. Que os governadores as ouçam.
Sidnei Luis Reinert
25/06/2016 12:24
Mais uma família quadrilheira.

Ex-marido de Maria do Rosário (PT) é preso com drogas. Não vou fazer piada

"O ex-marido da deputada federal gaúcha Maria do Rosário (PT) está entre quatro presos pela Polícia Civil nessa manhã, em Viamão, em uma ação contra o tráfico de drogas.
Segundo a 3ª Delegacia de Polícia do município, César Augusto Batista dos Santos armazenava pedras de crack e cocaína prontas para venda.
As drogas foram encontradas em uma casa de dois pavimentos, no bairro Santo Onofre, em nome dele.
O suspeito informou a polícia que foi casado com a parlamentar no início dos anos 80.
Uma moto que teria sido usada para entregas de drogas também foi apreendida no local. O flagrante foi resultado da investigação sobre a apreensão de um fuzil e outras operações conduzidas na região, há cerca de um mês. Outras prisões ocorreram nos últimos dias. A polícia verifica se os presos têm antecedentes criminais."
Não vou fazer piada a respeito.
Não vou mencionar a coincidência entre Rosário ter sido casada com um suspeito de tráfico e fazer até hoje a defesa do "direito dos manos".
Vai que ela ameaça me processar de novo?
Ui, ui, ui.
Felipe Moura Brasil ? http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Herculano
25/06/2016 08:46
QUANDO AS DEMOCRACIAS ERRAM, por Hélio Schartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

O povo falou e falou errado. Até onde a vista alcança, o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, causará mais prejuízos econômicos e políticos para os britânicos e para a Europa do que trará soluções. Mas, como nas democracias a vontade popular é soberana, só resta agora aos dirigentes acertar os termos da ruptura, tentando reduzir os danos.

Por que democracias às vezes levam a decisões objetivamente erradas? O problema, como sempre, é a natureza humana. Quando lidamos com características indesejáveis que se distribuem aleatoriamente pela população, como o pendor para o radicalismo, as democracias até se saem bem. As posições mais extremas do espectro ideológico tendem a anular-se, resultando em regimes cuja marca é a moderação e a responsabilidade. Não há registro de guerra entre dois países democráticos.

Quando, porém, os erros não são aleatórios, mas sistemáticos, isto é, quando se calcam em vieses cognitivos, a coisa muda de figura. Dependendo das circunstâncias, a democracia pode agravá-los. Um bom exemplo, que influiu na decisão dos britânicos, é o viés antiestrangeiro.

Por razões evolutivas, tendemos a desconfiar de gente que não pertence a nosso grupo. Não é preciso mais do que uma alta no desemprego e um orador oportunista para magnificar e instrumentalizar o sentimento xenófobo. A imigração, que, na verdade, é a solução para o grave problema demográfico enfrentado pela Europa, passa a ser vista como uma ameaça não apenas a empregos como também aos valores da nação.

As democracias, no fundo, funcionam não porque promovam as melhores decisões, mas pela razão mais modesta de que disciplinam a disputa pelo poder, tornando-a menos violenta. Não é pouco. Apesar de o Brexit causar uma enorme crise na UE, nem os mais pessimistas cenários incluem guerras - que eram a regra no continente até meados do século 20.
Herculano
25/06/2016 08:40
VOCÊS ESTÃO PREPARADOS PARA, EM VEZ DE CATÁSTROFE, A VITORIA DO "BREXIT" FORTALECER A UNIÃO EUROPEIA?, por Reinaldo Azevedo, de Veja,

Parte 1

O Reino Unido assistiu a um confronto de abstrações: delírio coletivo contra projeções apocalípticas. Que tal a realidade, temperada pela lógica?

Não gosto de lidar com categorias abstratas, como "ilusão" ou "delírio coletivo", mas, francamente, não me ocorre nada melhor - e tentei tomar emprestado de outros algo mais preciso e nada encontrei - para definir a vitória do que ficou conhecido como "Brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia. E não pensem que a viagem delirante se restringe aos que eram (atentem para o tempo do verbo) favoráveis à saída. Também os contrários preferiram acenar com o apocalipse em vez de esgrimir argumentos.

Dediquei um tempo à leitura dos prosélitos do "Brexit". Alguma razão haveria de ter para que tentassem abandonar a União Europeia, mesmo sendo o Reino Unido aquele aglomerado de ilhas de que o continente europeu, apelo à graça, fazia questão de se manter próximo? Afinal, o Reino Unido só se mantinha no bloco porque sempre fez questão de deixar claro que a ele não pertencia de alma. Exceção feita à independência espiritual, seja lá o que isso signifique, não encontrei um só argumento que justifique a separação.

Empresto aqui à palavra "argumento" o sentido instrumental, utilitário, prático. O que os cidadãos do Reino Unido efetivamente ganharão com a mudança? A resposta é uma só: nada. Todas as projeções e análises objetivas apontam o contrário. A reação negativa dos mercados, em cadeia, deixa isso muito claro. E, com algum bom senso, havemos de achar que estes não primam por jogar dinheiro no lixo.

Acho sedutora a ideia de que "não queremos burocratas de Bruxelas mandando em nós", mas cabe a pergunta: isso existe de fato, como realidade tangível, a pôr freios na liberdade virtuosa, ou é só um espantalho retórico criado por teorias conspiratórias que prenunciam um governo mundial, tendente a esmagar as liberdades individuais? Escrevo de outro modo: se a saída do Reino Unido da União Europeia não vai trazer nenhum benefício econômico aos cidadãos, vai, ao menos, torná-los efetivamente mais livres? De que ou de quê? Também não há resposta.
Herculano
25/06/2016 08:40
VOCÊS ESTÃO PREPARADOS PARA, EM VEZ DE CATÁSTROFE, A VITORIA DO "BREXIT" FORTALECER A UNIÃO EUROPEIA?, por Reinaldo Azevedo, de Veja,

Parte 2

Lá no primeiro parágrafo, refiro-me aos que "eram" favoráveis à mudança. Pois é? Se a votação fosse refeita 24 horas depois de conhecidos os números, talvez o resultado fosse outro. Contam-me amigos que moram na Inglaterra que muitos dos entusiastas da saída não acreditavam no resultado positivo e agora se mostram mais assustados do que os que se opunham à mudança. A primeira consequência está dada: o bom governo (para os seus cidadãos; não gosto de sua política externa) de David Cameron já está com data de validade marcada.

Se a vitória do "sim" veio ancorada numa ilusão ou num delírio, a turma do "não", antes e depois da votação, preferiu deixar de lado o pragmatismo para investir numa espécie de guerra ideológica. A se dar crédito a certa leitura, parece que a Europa está prestes a mergulhar numa era de obscurantismo, asfixiada por xenofobia e fascismo, como se vivêssemos o prenuncio de uma Terceira Guerra Europeia - as outras duas Guerras Europeias foram chamadas de Mundiais? E não me parece que seja o caso.

Pode-se entender a confusão. A direita moderada do Reino Unido, de corte mais propriamente liberal, se alinhou com o "não". A direita mais radical - incluindo os extremistas - preferiu o "sim". Mas daí a se enxergar, como fazem alguns apocalípticos, a ressurgência dos vários fascismos europeus vai um diferença brutal. Quanto menos, há um problema de lógica elementar: os partidos de extrema direita têm experimentado certa ascensão em plena Europa unida, não é mesmo? Logo, a união não é garantia de que tais forças sejam eliminadas do espectro ideológico.

Não acredito num efeito dominó. Até porque as primeiras consequências do resultado não estão sendo exatamente positivas para o Reino Unido. Se votação tivesse "recall" imediato, o quadro poderia ser outro já hoje. Isso certamente terá um peso na opinião dos cidadãos dos demais países do bloco.

Mais corre risco o próprio Reino Unido do que a União Europeia. Afinal, com base na vontade dos seus cidadãos, a Escócia pode reivindicar, desta feita, não o seu direito de se destacar da pequena união, mas o de continuar na grande? Pergunta: nesse caso, os escoceses estariam sendo separatistas ou integracionistas?

Tendo a rejeitar por princípio as visões apocalípticas. Poucas coisas são tão efetivas para tornar moderado um radical como a realidade. Será que o futuro governo do Reino Unido será liderado por um fanático do "sim"? Nesse caso, fanático ele continuará?

Nos próximos dois anos, o governo vai ter de se ocupar de um problema que não tinha: efetivar a desunião, distribuindo entre os cidadãos as perdas decorrentes do entusiasmo da vitória, que recairão principalmente sobre os mais jovens e mais produtivos.

A única maneira de a separação oficial ser indolor será torná-la oficiosa, meramente retórica, de tal sorte que o Reino Unido busque garantir, num acordo bilateral com a União Europeia, o que tinha antes como membro do bloco. Nesse caso, a vitória do "Brexit" será sua maior derrota.

Vocês estão preparados para a possibilidade de a vitória do "sim" no Reino Unido fortalecer a União Europeia?

Vamos ver. O mundo não é plano
Herculano
25/06/2016 08:26
FORMAÇÃO DE QUADRILHA, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha de S. Paulo

Hebe Mattos, Lilia Schwarcz, Laura de Mello e Souza e João José Reis, entre tantos outros, participam do movimento Historiadores pela Democracia, que foi ao Alvorada prestar solidariedade à presidente afastada. Eles anunciam um livro coletivo intitulado "O Golpe de 2016: a Força do Passado". Todos os cidadãos têm o direito de se manifestar sobre a cena nacional. A iniciativa, porém, viola os princípios que regem o ofício do historiador.

Não se tece a narrativa histórica em bando, sob uma baliza política coletiva. O historiador indaga o passado, formulando hipóteses que orientam a investigação e reconstrução da trama dos eventos. Do diálogo entre narrativas historiográficas distintas nasce alguma luz. Mas não é luz que eles buscam.

Historiadores pela Democracia é um nome de vocação totalitária, cuja implicação lógica é excluir os demais historiadores do universo democrático. O projeto do movimento é desenrolar o fio da história a partir da conclusão. Eles decidiram (ou, de fato, o Partido decidiu) que o impeachment é "golpe" - e isso, antes mesmo da deliberação final do Senado. Querem inscrever nos livros de história a versão útil para o Partido. Não é história, mas propaganda política coberta pelo manto da autoridade historiográfica.

Democracia, abusa-se da palavra. A Associação Juízes pela Democracia (AJD) define-se como entidade consagrada à "defesa intransigente dos valores do Estado Democrático de Direito", mas escancara sua natureza político-partidária ao adotar ritualmente a expressão "presidenta da República", tornada compulsória por Dilma Rousseff. Nomear é desnudar-se: a AJD está dizendo que os demais juízes transigem na defesa do Estado Democrático de Direito - ou seja, que seriam inaptos para exercer a magistratura.

Efetivamente, a inaptidão está em outro lugar. Não se fazem sentenças em bando: a magistratura exige a independência do juiz, que aplica a lei segundo a interpretação de sua consciência. Como conciliar tal exigência com a lealdade política à AJD? A pergunta nada tem de retórica, pois remete ao problema da apropriada revisão judicial. Como garantir a proteção dos direitos de um acusado que, por acaso, depara-se na instância inferior e também na superior com juízes pertencentes à AJD?

Só um passo lateral separa o alinhamento ideológico do alinhamento corporativo. A Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) gerencia uma operação de assédio judicial contra cinco jornalistas da "Gazeta do Povo" que ousaram publicar reportagem sobre os salários e benefícios extraordinários dos juízes estaduais. A entidade estimulou os magistrados a ingressarem com dezenas de processos quase idênticos, nas mais diversas cidades, oferecendo um modelo de ações individuais por danos morais. Há dois meses, os cinco acusados deslocam-se diariamente por centenas de quilômetros para comparecer às audiências. Na prática, impedidos de trabalhar e cuidar de seus afazeres pessoais, já cumprem penas tácitas de privação de liberdade.

Corporação é corporação. A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, negou um recurso do jornal para suspender as ações, recusando o argumento óbvio de que os juízes paranaenses carecem de isenção para julgar a causa corporativa dos juízes paranaenses. Para todos os efeitos, ela fingiu não entender que está em curso um sequestro do sistema de justiça com as finalidades de intimidar a imprensa e enquistar os privilégios de seus pares numa cápsula de aço.

Na Alemanha, em 1931, o Partido Nazista encorajou a publicação da obra "Cem Autores contra Einstein", uma coleção de críticas à teoria da relatividade oriundas da velha guarda acadêmica. A réplica de Einstein: "Por que cem autores? Se eu estava errado, um seria o suficiente!". Na história e no direito, como na ciência, a razão de um argumento não deriva do número de seus apoiadores.
Herculano
25/06/2016 08:07
SE TRUMP E "BREXIT" EXISTEM, TUDO É PERMITIDO!, por Josias de Souza

No Brasil, basta ligar a tevê ou abrir um jornal para perceber que o eleitor não sabe o que faz. Como consequência, a política virou esse balé de elefantes à beira do abismo. Quando reclama, o eleitor esquece que corrupção e incompetência não dão em árvore. Diz-se, por exemplo, que o Congresso é a cara da sociedade - o que apenas reforça a evidência de que o eleitor, como um Narciso às avessas, cospe na própria imagem.

Se você está desconsolado com a realidade ao redor, console-se. O Brasil já tem companhia. A presença de Donald Trump na reta final da eleição presidencial dos Estados Unidos e a vitória da "Brexit" - abreviação de Britain (Grã-Btretanha) e exit (saída) - no plebiscito que retirou os britânicos da União Europeia mostram que países desenvolvidos também produzem eleitores abilolados.

Impossível deixar de traçar um paralelo entre o voto dos britânicos no plebiscito do desembarque e a intenção de voto dos americanos na candidatura presidencial de Trump. Os eleitores por trás desses votos têm a cabeça no passado. Cavalgam um certo ranço nacionalista e um nefasto sentimento antiimigração. O alto grau de adesão às teses não deixa dúvidas: as multidões produzem um fulminante nivelamento intelectual por baixo. A euforia numérica conspira contra o raciocínio.

Num célebre romance ambientado na velha Rússia, um personagem dostoievskiano proclama: "Se Deus não existe, tudo é permitido". Adaptando-se a máxima, pode-se gritar: se o Trump e a 'Brexit' existem, tudo é permitido. Pode ser que haja vida inteligente em outro planeta. Neste, já não se vê nenhuma demonstração.
Herculano
25/06/2016 08:02
da série: o empreguismo ideológico, exagerado, com gastos exorbitantes em salários vindos dos pesados impostos dos brasileiros, para a propaganda do partido e governo, mas sem audiência praticamente. Incrível.

CANAL CHAPA-BRANCA, editorial do jornal Folha de S. Paulo


Era de prever e foi previsto neste espaço: a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) nasceu e cresceu como aparelho de propaganda a serviço do governo de turno. Passou da hora de pôr termo a mais esse desperdício de dinheiro público.

Acreditou quem quis na fábula de que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criava em 2007 uma BBC brasileira. A empresa teria por núcleo uma emissora de televisão pública ?"a TV Brasil?" e independente do Executivo.

A EBC abarca também várias rádios e a Agência Brasil. Emprega hoje 2.564 pessoas. Seu gasto em 2015 remontou a R$ 547,6 milhões ?"cifra comparável ao faturamento de algumas emissoras comerciais.

Desde o princípio o Planalto controlou e aparelhou seus conselhos curador e de administração. A EBC tornou-se cabide de empregos para petistas e profissionais simpáticos ao partido, abrigados à sombra da esfinge da "comunicação pública".

Seus dirigentes fizeram da TV Brasil uma emissora partidária e assim querem mantê-la, doravante na oposição, ao longo do governo interino de Michel Temer (PMDB) e do próximo.

Alegam, cinicamente, que o mandato de quatro anos do presidente nomeado por Dilma Rousseff (PT) dias antes do impeachment seria a principal garantia de independência da empresa.

A EBC nunca será de fato autônoma, com o PT ou outro partido. No Brasil real, o governo - qualquer governo - sempre utilizará um estabelecimento desses como braço do Executivo, e não do Estado.

Está no DNA da classe política nacional cooptar as instituições para promover - aqui em sentido literal - seus objetivos eleitorais. Quando não para coisa pior, como se viu na transmissão ao vivo, pela TV Câmara, da patética entrevista do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Já se contam na casa dos bilhões os gastos anuais da União e de suas estatais com publicidade. Usam e abusam do pretexto de que lhes cabe informar a população de seus atos, realizar campanhas de interesse público e, no caso das empresas públicas, competir com concorrentes do setor privado.

Na prática, tudo acaba em propaganda pessoal ou partidária, disfarçada ou não.

Acrescer a esse descaminho reiterado o meio bilhão de reais da EBC é um desplante; no contexto atual de grave crise orçamentária e desastre nas contas públicas, beira o escárnio.

O presidente interino, noticia-se, cogita extinguir a TV Brasil e reduzir os gastos da EBC. Se não for capaz de impor normas que garantam a independência da empresa, faria melhor ao extinguir o aparelho inteiro.
Herculano
25/06/2016 07:57
NSA AMERICANA PODE MONITORAR CAÇAS BRASILEIROS, por Claudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A Suíça descobriu que a tecnologia de rádio utilizada pelos caças suecos Gripen, comprados pelo Brasil em dezembro passado e rejeitados pelos suíços em referendo, detém tecnologia americana com "certificado de tecnologia" da NSA (agência de segurança nacional dos EUA). A empresa Rockwell Collins, responsável pelo sistema, teria desenvolvido uma "porta dos fundos" que permite a NSA monitorar toda a comunicação e até as imagens capturadas pelos caças.

FLAGRA DE SUPERFATURAMENTO
Os suíços rejeitaram os caças por serem caros, ainda que fossem US$ 5,5 milhões mais baratos, por unidade, que o valor pago pelo Brasil.

SAIU MAIS CARO
A julgar pela proposta de venda dos Gripen aos suíços, o Brasil pode ter concordado em pagar até US$198 milhões a mais pelos 36 caças.

MAIOR PERIGO
Reportagem do jornal suíço Tages Anzeiger mostra que a tecnologia pode desligar a comunicação dos caças por completo, remotamente.

ÚLTIMO A SABER
Em nota, o Ministério da Defesa informa que não tem conhecimento de "nenhuma notícia nesse sentido". Agora tem.

POLÍTICOS TEMEM SER "GLEISI AMANHÃ", DAÍ A QUEIXA
Políticos de vários partidos temem virar "Gleisi Hoffmann amanhã", por isso protestam contra o mandado de busca no apartamento da senadora do PT-PR, cujo marido Paulo Bernardo foi preso acusado de roubar tomadores de empréstimos consignados. Eles acham que a imunidade da senadora, garantida por lei, é estendida ao cônjuge investigado por corrupção. Não é. O juiz federal Paulo Bueno Azevedo teve o cuidado de ordenar que nada da senadora fosse apreendido.

IMUNIDADE NÃO É BIOMBO
Se a moda pega, investigados poderiam esconder provas de suas malfeitorias na casa de deputados e senadores amigos.

NO POPULAR
Conhecido criminalista lembrou a esta coluna que "investigados não podem se esconder debaixo da saia da mulher com foro privilegiado".

"É GOLPE"
Enquanto alegam que Paulo Bueno Azevedo é só um juiz federal de 1ª instância, políticos petistas não precisam explicar o roubo investigado.

VERBORRAGIA SELETIVA
O PT do Senado criticou a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, mas não deu um pio sobre os R$7 milhões que ele é acusado de embolsar. Nem lembrou que Gleisi Hoffmann também é investigada na Lava Jato.

BLINDAGEM
Diplomatas do gabinete do ministro José Serra (Relações Exteriores) são acusados por oficiais de chancelaria de impedir o acesso ao novo chefe, evitando até que convites formais cheguem às suas mãos.

CHEGOU PERTO
"A prisão dá, cada vez mais, sinal de que chegará tudo no Lula", afirma o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), sobre a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, que atuou nos governo Lula e Dilma Rousseff.

RADIOGRAFIA DA REALIDADE
O ministro Bruno Araújo (Cidades) não crê no retorno de Dilma, sobretudo após a prisão de Paulo Bernardo. "Isso seria muita falta de compreensão da realidade do País", diz.

INOCENTADO
Cotado para vice de Cícero Almeida na disputa por Maceió, Omar Coelho se sente vítima de campanha difamatória. Investigado pela PF e MP, por suposta compra de voto na eleição da OAB-AL, que presidiu, ele foi inocentado. Tem até documentos rebatendo as acusações.

CHIP NOVO
O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) encontra dificuldade para se adaptar à mudança da oposição para o governo. "Estou mudando o chip, estava acostumado a falar mal do governo", ironiza.

MUITO CACIQUE
O experiente deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) se espanta com as discussões sobre a eleição para presidente da Câmara. "Tem candidato a rodo. Tem mais candidato do que deputado", brinca.

DÚVIDA NO AR
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) acredita que há muita dúvida que paira sobre o cenário político atual. "Tanto que já solicitei o acesso integral às delações e às interceptações telefônicas", afirma.

PENSANDO BEM...
...do jeito que as coisas estão, ao final da Lava Jato não vai sobrar nem espuma.
Herculano
25/06/2016 07:48
MUDAR JÁ, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para o jornal Folha de S. Paulo

Faltam pouco mais de três meses para as eleições municipais e é neste momento que os partidos definem os planos de campanha. Por que não aproveitar o vasto desmonte produzido pela Lava Jato - nesta quinta (23) reforçado com as prisões da Operação Custo Brasil - e dar início à reforma política na prática? A proposta, como se verá, demanda apenas vontade política.

Devido à proibição de contribuições por parte de pessoas jurídicas, as empresas não podem mais ser financiadoras dos partidos. Além disso, os empresários, como pessoas físicas, devem estar ressabiados pelas inéditas prisões que atingiram donos de conglomerados, além da crise econômica. Restam as doações de simpatizantes, cujo montante não costuma ser alto.

Em consequência, resultará muito difícil pagar, ao menos por vias legais, os caríssimos filmes publicitários que ocupam o horário eleitoral gratuito. Sabe-se que esse é o principal sorvedouro do dinheiro arrecadado. Em consequência, alguns dos grandes nomes do marketing eleitoral já se declararam fora do páreo.

Eis a chance para que candidatas e candidatos façam do limão uma limonada. Em lugar de colocar na tela peças precárias ou arriscar-se a ver a Federal bater na porta meses mais tarde, poderiam apresentar-se ao público apenas como mulheres e homens com propostas para as cidades que desejam governar. Sairiam as irreais cenas de creches, escolas, postos de saúde e hospitais pintados para a ocasião e entraria na casa do eleitor a capacidade de convencimento dos que se dispõem a liderar a sociedade.

Mas e se o meu adversário/a continuar a usar as técnicas tradicionais, vão questionar os que ao menos queiram considerar a sugestão, estarei perdido/a de antemão? A pergunta procede, pois a marquetagem é calcada em linguagem propagandística com a qual a plateia está acostumada.

No entanto, os recalcitrantes deveriam considerar dois argumentos. O primeiro é que a fórmula de falar diretamente para a câmara foi utilizada, com sucesso, em diferentes contextos democráticos nacionais e internacionais. O segundo é o benefício de poder afirmar que se está fazendo uma divulgação comprovadamente barata - hoje em dia para falar ao público basta ter computador em casa -, enquanto os adversários mantém padrão suspeito.

A opção pelo baixo custo no pleito local poderia ser a experiência prática necessária para propiciar legislação nesse sentido referente a 2018. Em tempos de justificada indignação com os desvios revelados pela Lava Jato e filhotes, está na hora de os partidos saírem da mesmice, se quiserem sobreviver. O Brasil custou muito a construí-los e desconfio que, se os perdermos, o que virá pela frente será pior.
Herculano
24/06/2016 19:11
BUSCA NA CASA DE GLEISI E PAULO BERNARDO FOI LEGAL, DIZ PROCURADOR

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bruno Fávero. O procurador Rodrigo De Grandis negou nesta sexta-feira (24) que a operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal no apartamento funcional da senadora Gleisi Hoffmann tenha sido ilegal, como defendeu o Senado.

A PF entrou no local nesta quinta-feira (23) durante a operação Custo Brasil, que prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi e que também mora no apartamento.

Segundo o procurador, as buscas realizadas pela polícia se restringiram a itens relacionados a Paulo Bernardo e não tiveram como objetivo investigar a senadora, que tem foro privilegiado.

"O Ministério Público executou a ação de acordo com a Constituição e a lei. A medida recaiu exclusivamente sobre o ex-ministro Paulo Bernardo e documentos pertinentes a ele. O fato de o ex-ministro Paulo Bernardo ser casado com a senadora não confere a ele mesmo foro", afirmou De Grandis.

No mesmo dia da operação, o Senado entrou formalmente no STF (Supremo Tribunal Federal) com um pedido de nulidade da busca, alegando que a decisão de autorizar ou não o procedimento deveria ser dada pela corte, e não por um juiz de primeira instância.

CUSTO BRASIL

A Custo Brasil é um desmembramento da operação Lava Jato que investiga desvios no ministério do Planejamento, comandado por Paulo Bernardo de 2005 a 2011.

Segundo a PF, de 2010 a 2015, a pasta superfaturou em R$ 100 milhões um contrato com a empresa de tecnologia Consist, que geria um sistema de crédito consignado a funcionários. Esse dinheiro teria sido usado para pagar propina a servidores, entre eles o ex-ministro, e para abastecer o caixa do PT.

Além de Paulo Bernardo, foram emitidos mandados de prisão para o secretário municipal de Gestão de São Paulo, Valter Correia; para o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, atualmente preso pela Lava Jato e Paulo Ferreira; e para o advogado Guilherme Gonçalves, que atuou nas campanhas da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher de Paulo Bernardo.

O ex-ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Carlos Gabas, e o jornalista Leonardo Attuch, dono do site "Brasil 247", foram chamados para depor. A sede do PT foi, pela primeira vez, alvo de busca e apreensão.

No total, foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva, 40 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de condução judicial nos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, a pedido da PF, pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.
Herculano
24/06/2016 19:00
POPULISTAS SÃO IDIOTAS, por Mario Sabino, para o Antagonista

O populismo de esquerda e direita é capaz de infectar até mesmo países altamente civilizados, caso do Reino Unido. O Brexit representou uma vitória do populismo de direita, cujo rosto é Nigel Farage, chefe do Independence Party.

Os motores do Brexit foram principalmente a crise migratória e a xenofobia dos mais velhos - os britânicos com menos de 24 anos votaram maciçamente pela permanência do Reino Unido na União Europeia. O excesso de regulação dos burocratas de Bruxelas contou para o "Leave", mas serviu como força auxiliar para a decisão que causou um terremoto nas bolsas de todo o mundo e lançou uma sombra sobre o processo de globalização.

O populismo é o exato oposto da racionalidade, demonstra o Brexit. Como escreveu David Cassidy, da "New Yorker", os seus partidários não ouviram a City, o ministro das Finanças, o Banco da Inglaterra, o FMI, o governo americano e uma infinidade de grandes economistas e empresários. Ao contrário do que diz toda essa gente respeitável, os adeptos do "Leave" acreditam que o Reino Unido poderá se tornar uma Noruega ou uma Suíça, países que rejeitaram a integração com o bloco, mas se beneficiam de um status especial com as nações da UE.

É um engano. A economia do Reino Unido, além de ser bem maior do que a norueguesa e suíça, é baseada na exportação de manufaturados que perderão o acesso sem barreiras ao maior mercado do planeta. Mercado, aliás, que está para integrar-se ao americano. UE e Estados Unidos negociam a criação da maior zona de livre comércio do mundo - e o Reino Unido ficará fora dela. Muito inteligente.

A massa ignara que votou pela saída do bloco europeu deixou-se levar pelo discurso estúpido de Nigel Farage e asnos do Partido Conservador, sem se dar conta de que a integração à UE foi determinante para tirar o país da recessão na década de 80 e empurrar ladeira acima a economia britânica nos anos que se seguiram. O thatcherismo não teria dado resultados tão espetaculares sem a adesão ao bloco, apesar de todas as bravatas da Dama de Ferro.

A burocracia da UE é exasperante? Sim. A adoção do euro, sem união fiscal, foi desastrosa? Sim. A crise iniciada em 2008 continua a bater forte, em especial no Sul do continente? Sim. Os tropeços, contudo, não apagam o fato de que o bloco europeu é um sucesso político - amalgamou nações historicamente inimigas - e econômico. Não há um país que tenha empobrecido por causa da UE. Ela propiciou e acelerou o enriquecimento de todos, absolutamente todos, que a integram. O Reino Unido não ficará pobre, mas enriquecerá menos no seu esplêndido isolamento. A queda do valor da libra é o sinal mais evidente do futuro britânico.

A saída da UE também causará um problemão interno. Escócia e Irlanda do Norte votaram majoritariamente na permanência do Reino Unido no bloco. Em 2014, no plebiscito que definiu que os escoceses continuariam ligados à Inglaterra, um forte argumento utilizado nesse sentido foi dado pela UE. Os principais líderes europeus afirmaram que, se a Escócia saísse do Reino Unido, ela dificilmente seguiria no bloco. Agora, a Escócia está fora da UE, por causa do atrelamento à Inglaterra. Escoceses já recomeçam a falar em independência, dessa vez para voltarem ao bloco. Na Irlanda do Norte, por seu turno, o Sinn Fein, o partido nacionalista, quer um referendo para uni-la à Irlanda, que ficou rica graças à UE.

A ironia, nota David Cassidy, é que o Reino Unido corre o risco de se esfacelar do ponto de vista político antes de se desligar do bloco europeu, processo que deve demorar alguns anos para completar-se.

Populistas são, acima de tudo, idiotas
Mariazinha Beata
24/06/2016 18:20
Seu Herculano;

Se existe um AlmirILHOTA que é o original, deleta a hiena AlmirILHOTA falsa. Ninguém merece!
Bye, bye!
Sidnei Luis Reinert
24/06/2016 18:13
PRA SABER COMO A ESQUERDA AMA OS POBRES:
Resultados interessantes de uma pesquisa de opinião da The Economist sobre o Brexit:
Entre os conservadores (direita): 38 ficar, 53 sair, 8 não sabem.
Entre os trabalhistas (esquerda): 65 ficar, 28 sair, 8 não sabem.
Entre os homens: 41 ficar, 41 sair, 6 não sabem.
Entre as mulheres: 37 ficar, 39 sair, 10 não sabem.
Entre os ricos: 54 ficar, 37 sair, 7 não sabem.
Entre os pobres: 34 ficar, 53 sair, 11 não sabem.
Grupos que querem ficar: esquerda e ricos.
Grupos que querem sair: conservadores, mulheres e pobres.
MAIS uma vez, como tem sido há bons tempos, o esquerdismo está associado às vontades das elites autoproclamadas sábias e poderosas, representadas pelo establishment político e, no caso europeu, pela eurocracia de Bruxelas.
S?" TENHO 01 COISA A DIZER: CHORA MAIS. E se reclamar muito vem Donald Trump por aí.

http://www.economist.com/blogs/graphicdetail/2016/06/britain-s-eu-referendum
Sidnei Luis Reinert
24/06/2016 18:03
EXCLUSIVO: MORO RETOMA INQUÉRITO DE LULA

Brasil 24.06.16 16:08
Sérgio Moro acaba de retomar - e com toda força - o comando da investigação contra Lula.

Em despacho, ele faz referência à decisão de Teori Zavascki que determinou a devolução do inquérito e intimou o MPF, a PF e as defesas dos investigados.

Moro ressaltou que deverá ser "observado o sigilo decretado pelo STF sobre a interceptação telefônica do processo 5006205-98.2016.4.04.7000".

"Fica autorizado o uso no inquérito e em eventual ação penal, mediante juntada com anotação de sigilo em relação a terceiros (sigilo 3). Ressalve-se, por óbvio, o diálogo datado de 16/03/2016, entre o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Exma. Presidente da República Dilma Roussef, atualmente afastada, já que invalidado."

"Deverão as Defesas renovarem perante este Juízo os pedidos formulados perante o STF, bem como promoverem a juntadas das procurações, a fim de facilitar a análise."

"Intimem-se as partes, MPF, autoridade policial e Defesas já cadastradas, desta decisão e acerca da retomada do processo."

http://www.oantagonista.com/posts/exclusivo-moro-retoma-investigacao-de-lula
Herculano
24/06/2016 15:16
O PT E A PONTE DO VALE

Anunciou o lançamento das vigas sobre a Rua Itajaí. Agora, diz que não será mais feito isto. Há problemas técnicos.

Podem ser. Mas, há muitos outros problemas. Quando postos à descoberto, a ponte terá problemas para suportar a carga deles. Acorda, Gaspar!
Herculano
24/06/2016 15:02
VAMOS SUPOR QUE O QUE ACONTECEU NA GRÃ BRETANHA TIVESSE ACONTECIDO NO BRASIL EM RELAÇÃO AO MERCOSUL EM SITUAÇÕES ECON?"MICAS ANÁLOGAS DE IMPORTÂNCIA E QUE O ENTÃO PRESIDENTE BRASILEIRO TIVESSE PERDIDO O QUE DEFENDIA. OU SEJA, TIVESSE SIDO DERROTADO. VOCÊ ACHA QUE ESTE POLÍTICO IRIA DIANTE DE UM PROCESSO ÉTICO E CONSCIÊNCIA, ANUNCIAR A SUA RENÚNCIA DO CARGO DE MANDATÁRIO? SE ELE FOSSE DO PT, PCdoB, PDT, PSOL, CERTAMENTE NÃO. SOBRE A DECISÃO DE GOVERNANTES DE OUTROS PARTIDOS, DIFICILMENTE HAVERIA ATITUDE DIFERENTE.

Conteúdo da revista Veja. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou nesta sexta-feira que irá renunciar ao cargo até outubro, após os britânicos votarem a favor de deixar a União Europeia (UE) em um referendo. "Não penso que é certo ser o capitão que comandará nosso país para este próximo destino", disse Cameron a repórteres do lado de fora de seu gabinete no número 10 da Downing Street, em Londres. "A vontade do povo britânico é uma instrução que deve ser cumprida. Eu quero o bem deste país e estou honrado por ter servido e vou fazer tudo o que puder no futuro para ajudar este grande país prosperar", afirmou.

Cameron também informou que as negociações com Bruxelas para estabelecer o processo de ruptura do Reino Unido da UE deverão acontecer com outro líder, que deverá ser eleito no mês de outubro, quando será realizado o congresso do Partido Conservador para escolher o político que irá substituir o premiê. "Agora que a decisão de sair foi tomada, precisamos encontrar a melhor maneira para fazer isso", disse, informando que o governo se reunirá na próxima segunda-feira.
Herculano
24/06/2016 14:45
COM AS BENÇÃOS DO PASTOR

Press release da coordenação das pré-candidaturas de Kleber Edson Wan Dall e Luiz Carlos Spengler Filho.

Nestas quinta- feira (23) os pré-candidato pelo PMDB e PP ganharam reforço para seu projeto de mudança para Gaspar. O Partido Social Cristão (PSC) em reunião na Câmara dos vereadores com lideranças politicas oficializaram seu ao projeto de Kleber e LU. Participaram da reunião o chefe de gabinete do Deputado Narciso Ariosto Everton Ribeiro, Pastor Jair Miotto representando a liderança da Igreja do Evangelho Quadrangular de Santa Catarina o presidente PSC de Gaspar Ernesto Hostins, os pré-candidatos a prefeito Kleber Wan-Dall e o pré-candidato a vice vereador Luís Carlos Spengler Filho (Lu) e os vereadores, Ciro Quintino (PMDB), Jaime Kissinger (PMDB), Melato (PP).
Almir ILHOTA( ORIGINAL)
24/06/2016 14:39
HERCULANO. Para tentar ludibriar a opinião publica, DANIEL(ILHOTA) e seus comparsas engendram as miraculosas artimanhas, vejam só o que fazem, tentam se passar por Almir ILHOTA, defendendo, elogiando nosso prefeito. É o fim, vocês não acham? Basta verificar de qual IP saiu a redação, seria o mesmo para estes ridículos se eu criticasse o Danielzinho com o pseudônimo de Joao da Silva Filho, ou Joao Alves da Silva, ou quem sabe Alisson Pereira. É o fim. E o que faz o desespero;
Carlos Eduardo
24/06/2016 14:12
HERCULANO porque divulgar meu endereço de IP?
Simplesmente levantei uma questão e por curiosidade perguntei sobre um certo cidadão porque vi que ele já foi citado várias vezes nessa coluna,inclusive você informou ao PAULO FHILIPUS a minha localização (sinal que o conhece).Interessante que ele respondeu rápido a minha pergunta.Mas se o PAULO pretende ser um político precisa se conter emocionalmente porque um político precisa mais ouvir do que falar.A sua resposta não serviu somente para minha pessoa,mas para a grande maioria desse blog,quase todos fantasiados. A sua História realmente é bonita. Mas ainda insisto em dizer que não sou de nenhum grupo político e não pretendo ser.
Eu já percebi que para ser bem vindo nesse blog só se você concordar com os sermão aqui postado. Se for de opinião contrária é porquê algum partido mandou(conclusão errada).Fui infeliz e acho que cutuquei a onça com vara curta.
Anônimo disse:
24/06/2016 13:33
Herculano, o Carlos Eduardo deve ser petralha, já que gosta de atirar nas costas dos outros a culpa que lhe cabe.
Ana Amélia que não é Lemos
24/06/2016 13:26
Sr. Herculano:

Trapiche:

"O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido ... trouxe Aldo Schneider e Mauro Mariani, quando ambos não tinham nada a ver com Gaspar."

É verdade. e completo, também nunca trouxeram nada para Gaspar.
O gtaúcho
24/06/2016 13:06
Ao Editor da Olhando a Maré:

Buenas, tchê!
A vossa resposta às 11:38 é que chamamos de "dar nos dedos".

Saudações do Extremo Sul
Paulo Filippus
24/06/2016 13:00
Ao suposto Carlos Eduardo, que se esconde lá em Brusque

1 - Seu nome falso:
Você se esconde atrás deste nome porque? Herculano não se esconde, faz poucos dias inclusive que fez um bate papo aberto ao público na cidade.

2 - Suas falsas alegações:
Você mente quando diz que é leitor da coluna, primeiro porque insinuou que o Herculano se esconde só porque não consegue ver a foto dele. Segundo porque insinua que eu não faço nada da vida, sendo que se tirasse o tempo pra prestar a atenção no que foi dito aqui e nas minhas redes sociais - que você deve adorar ficar acompanhando - saberia com o que eu trabalho.

3 - Minha ocupação:
Eu não lhe devo satisfação, ainda mais se tratando de uma pessoa mau caráter que se esconde atrás de nome falso. Mas ainda assim eu repetirei aqui, porque quem não deve, não teme.

Eu saí de casa com 16 anos, por ser filho de mãe solteira eu tive que assumir responsabilidades de forma prematura, mas isso foi ótimo pra mim. Trabalhava em 2 empregos nesta época. Aos 18 anos, comecei a estagiar sem remuneração na área de informática, enquanto entregava lanches de moto e trabalhava de auxiliar de expedição numa industria têxtil de Blumenau, tentava conciliar estas 3 funções. Nesta mesma indústria eu ainda fiz um curso e me formei como bombeiro voluntário, mas não tive tempo de atuar na área, pois logo teria uma chance de trabalhar com o que outra área que eu também gostava, que era tecnologia da informação (informática). Certo tempo depois, quando tive a oportunidade e me senti preparado, abri mão de tudo isso e comecei a trabalhar exclusivamente tecnologia. Fui funcionário em algumas empresas conhecidas na cidade, até ser contratado por uma multinacional do setor de tecnologia, a maior montadora de computadores do Brasil. Após alguns anos, tive a oportunidade de abrir uma empresa e virar fornecedor deles, e é o que faço hoje. Minha empresa atualmente tem mais de 6 anos, e uma carta de clientes que só aumenta, e é disso que vivo. Ela foi ataca recentemente inclusive, nas redes sociais, por simpatizantes de um dos candidatos a prefeitura de Gaspar. Mas isso está devidamente registrado e será trazido a tona em breve.

Mais alguma pergunta? Se quiseres xeretar mais a minha vida, podes me seguir no Facebook, lá eu mostro tudo. Pois ao contrário de você, não tenho porque me esconder. Abraço!

Link Facebook: www.facebook.com/filippuspaulo
Sidnei Luis Reinert
24/06/2016 12:43
PF avança sobre fundos de pensão

Brasil 24.06.16 11:41
A PF cumpre sete mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão na Operação Recomeço, que investiga desvio de R$ 90 milhões dos fundos de pensão Petros e Postalis, informa o Estadão.

O foco são investimentos dos fundos da Petrobras e Correios na Galileo Educacional, que teve falência decretada pela Justiça em maio.


http://www.oantagonista.com/posts/pf-avanca-sobre-fundos-de-pensao
Herculano
24/06/2016 12:02
AS RENÚNCIAS

O primeiro ministro Britânico, o Conservador, David Cameron, o defensor da Grã Betanha na União Europeia, perdeu.

E o que fez? Renunciou

E se este caso fosse no Brasil do PT, PCdoB, PDT, PSOL e outros? Jamais.

E se fosse de outros partidos como o PMDB, PP, PSD, PSDB? Há fundadas dúvidas que o primeiro ministro desses partidos na coalizão de poder, se aqui houvesse o parlamentarismo, também renunciariam diante deste quadro. Wake up, Brazil!
Herculano
24/06/2016 11:38
Ao Carlos Eduardo, que se esconde

Falta a minha foto na coluna? E continuará. Ela, certamente não vai dar mais credibilidade ao que escrevo e assumo de cara limpa aos que me intimidam e não é de hoje. Está meu nome no espaço, o seu você esconde para não assumir quem é; está o meu e.mail, e o seu você faz um falso, igualmente com o seu telefone. Vou poupá-lo de revelar o seu IP, pois saber que você é, me basta.

Então resta as suas desculpas de sempre para justificar o que não é justificável. Mas, reafirmo: você é mandado e tem lado. E você está certíssimo nisso. Não tenho nada contra. Fico apenas preocupado em você estar querendo se passar por neutro e culpar os outros por aquilo que os seus são incapazes de fazer e responder para a sociedade.

O que o seu partido fez na Câmara de Gaspar para ser diferente do que está ai? Se for PMDB e PSD ou PSB para citar os que possuem assento na Casa, praticamente nada. Então vai ser uma continuação do PT nestes quase oito anos, ou não tiveram esses partidos capacidade para mostrar o erro, criar soluções, alternativas. Se for o PP de Luiz Carlos Spengler Filho, tem história para contar de alguns momentos. Se for o PP de José Hilário Melato foi PT do começo ao fim. Então?

O debate está aberto, e o PMDB, PSD, PSB agora possuem dificuldades para se diferenciarem e justificarem que no tempo em que tiveram esta oportunidade para si e os seus não o fizeram pela cidade e os cidadãos.

Quanto ao Paulo Filippus, reafirmo: não tenho procuração.

Agora, existe gente mais desocupada do que os que está agarrada em cargos públicos na prefeitura e nos governos estadual e federal? Ou você é viúvo daquela manifestação contra a presidente Dilma e que os partidos daqui boicotaram porque queriam transformá-lo num palanque político?

Por acaso Filippus estava ou está agarrado a alguma uma teta pública? Ele é candidato? Qual o mal nisso? Está tirando a vaga de alguém? Na verdade, ele está se submetendo a um julgamento público e popular. Se falhar, haverá maior punição do que esta a de perder? Quem tem medo do voto para o Filippus? E se entrar na Câmara vai ser domado? Por quem? Pelo Melato? Pelo PT? Poupe-nos. E supondo ser ele Paulo Filippus domado, terá a rejeição pública nas urnas se tiver coragem de pedir a volta para continuar de joelhos ao seu dono. Acorda, Gaspar!
Carlos Eduardo
24/06/2016 10:58
Obrigado pela Resposta HERCULANO.ANTES DE VOCÊ TIRAR SUAS CONCLUSÕES NÃO SOU MANDADO POR NINGUÉM E NEM SIMPATIZANTE DE QUALQUER PARTIDO.ESTOU SIMPLESMENTE DEIXANDO MINHA OPINIÃO COMO LEITOR DESTA COLUNA. Me escondo sim como você também se esconde e a grande maioria que aqui deixam suas opiniões.Você é o único desse jornal que não tem foto na capa da coluna.Mas você ainda insiste em dizer que a SECRETARIA DA AGRICULTURA FOI EXTINTA,MAS NÃO FOI E OS AGRICULTORES SABEM DISSO! Quanto ao PAULO PHILIPUS PERGUNTEI PORQUE VEJO ESSE GAROTO EM VÁRIAS MANIFESTAÇÕES E ME CHAMOU A ATENÇÃO PORQUE NINGUÉM VIVE DE BRISAS.Depois que eu vi ele como pré CANDIDATO a vereador concluí que estava utilizando os espaços para tirar vantagens e ser mais um político desses que temos por aí! A população ganhava mais com ele onde estava,la dentro vai acabar sendo domado e calado!
Herculano
24/06/2016 09:55
Ao que se diz ser Carlos Eduardo, mas se esconde

1. O prefeito de Gaspar é do PT. Não é do PMDB ou PSD, ou de ambos, por enquanto. Vão ter que buscar votos.

2. Não fui convidado para nada e se fosse rejeitaria. Já fiz a minha escolha: vou ficar olhando a maré, para o desespero dos políticos ilusionistas e seus assessores obrigados ao amém. O PT sempre teve a mesma ladainha para o constrangimento, desmoralização e humilhação. Veja no que ele se tornou.

3. O PSD votou para a extinção da secretaria de Agricultura de Gaspar como queria o PT. Então não é uma informação falsa. Mais, sempre terá que justificar o voto. E o justificou. Resta saber se será compreendido nas justificativas quando pedir votos no interior.

4. Quanto ao Paulo Filippus, não possuo procuração dele.
Carlos Eduardo
24/06/2016 09:41
Bom dia a todos!

Vejo muitas críticas do atual prefeito de Gaspar,do PMDB,PSD,mas não vejo críticas do PSDB. SERÁ QUE ESSE ESTÁ CONTRIBUINDO FINANCEIRAMENTE COM ESSA COLUNA? OU PROMETEU UMA SECRETÁRIA PARA VOCÊ HERCULANO! Um assunto que você colunista foi crítico mas não parou para pensar e que a SECRETARIA DA AGRICULTURA JUNTAMENTE COM A SECRETARIA DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO SÃO BENÉFICAS PARA O MUNICÍPIO E PARA OS AGRICULTORES! AS DUAS SECRETARIAS EM UMA S?" SÃO MAIS FORTES E DEVEM TRAZER E DESENVOLVER VÁRIOS PROJETOS PARA A NOSSA AGRICULTURA! PELO O QUE EU ACOMPANHO NÃO FOI EXCLUÍDO A SECRETARIA DA AGRICULTURA ( ENTÃO VOCÊ ESTÁ INDUZINDO AS PESSOAS COM INFORMAÇÕES FALSAS)AGORA VEJA SE VOCÊ COMEÇA A DAR ALFINETADA NA SUA TURMA DO PSDB! OU ELES SÃO SANTOS? UMA PERGUNTA: AQUELE GAROTO CHAMADO PAULO PHILIPUS QUE VAI SER CANDIDATO A VEREADOR NÃO TRABALHA? QUEM O SUSTENTA?
Herculano
24/06/2016 09:09
ELES LAVARAM A NOSSA ALMA

Os brasileiros são acusados de não saberem votar. Os Britânicos, não nos deixaram sozinhos.

Todavia, perigosamente, fizeram isso com uma virada à direita. E olha que são esclarecidos. E quem votou, era britânico, quase da gema. Os europeus, moradores na Grâ Bretanha, não tiveram direito a votos.

Agora, os brasileiros, em nome da tolerância e do nada, continuam neste tal de Mercosul, que se estabelece no atraso, diametralmente oposto do Mercado Comum Europeu, que os britânicos preferiram correr riscos ao votarem para sairem da União Europeia.
Herculano
24/06/2016 08:59
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Herculano
24/06/2016 08:56
CUSTO BRASIL, por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

Ministério Público Federal e Polícia Federal acreditam que o roubo no Ministério do Planejamento na gestão Paulo Bernardo (PT), durante o governo Lula, chegou a R$ 100 milhões, desviados de contratos com a empresa Consist, responsável pelo sistema de crédito consignado dos servidores federais.

Em delação premiada, Sérgio Machado (PMDB) disse que, nos seus cerca de dez anos na presidência da Transpetro, subsidiária da Petrobrás, repassou mais de R$ 100 milhões para integrantes da cúpula do seu partido: José Sarney, Renan Calheiros, Edison Lobão, Romero Jucá...

Um único gerente da Petrobrás, que nem diretor era, se comprometeu na delação premiada a devolver aos cofres públicos a bagatela de US$ 100 milhões: Pedro Barusco, ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da maior, mais simbólica e mais querida companhia brasileira.

Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobrás, disse em depoimento que transferiu uns US$ 100 milhões de propina ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) com a venda da empresa petrolífera Pérez Companc.

De grão em grão, a galinha enche o papo. Pois, de 100 milhões em 100 milhões (de reais ou de dólares), o País vai empobrecendo em saúde, educação, habitação, costumes, ética e o que, talvez, seja o mais assustador: em política.

O PT passou 20 anos na oposição, vendendo-se como puro contra todos os demais, os impuros, até assumir o poder e não apenas se embolar e se confundir com os impuros, como chegar a ponto de disputar com eles em diferentes modalidades: "Quem dá mais?"; "É dando que se recebe"; "Toma lá, dá cá".

Depois de 20 anos de uma disputa sangrenta, PT e PSDB, os dois partidos mais respeitados do País, se veem não diante, mas dentro de um cenário de terra arrasada. Se houvesse eleição antecipada, como alguns insistem em defender, quem seria candidato do PT? Lula, atingido em cheio pelos filhos, pelo partido, por sítios e tríplex? E quem seria o do PSDB? Aécio Neves, arroz de festa em delações sobre Furnas?

Nessa situação um tanto desesperadora, o mundo se divide em dois: a sociedade vibra com gravações, delações e prisões, mas o universo político começa assumir movimentos de autoproteção.

Quando o ex-tucano e ex-petista Delcídio Amaral viveu o ineditismo de um senador preso no exercício do mandato, o plenário do Senado aprovou e votou a favor da sua prisão. Quando o ex-tucano e peemedebista Machado entregou 20 políticos e fez um strike no PMDB de Michel Temer, o PT foi contido e discreto. Agora, quando o MP e a PF fazem busca e apreensão no apartamento funcional da senadora petista Gleisi Hoffmann, enquanto prendiam Paulo Bernardo, seu marido, o PSDB não ficou apenas contido e discreto, mas partiu para vibrante defesa.

Segundo o líder tucano, Cássio Cunha Lima, foi "um absurdo" um juiz de primeira instância mirar no apartamento funcional de uma senadora, pois só o Supremo Tribunal Federal poderia fazê-lo. "Apesar de políticos, somos gente (sic). É preciso ter um mínimo de compreensão com a dor alheia. O silêncio dos senadores é um silêncio respeitoso", disse ele.

Trata-se do velho espírito de corpo, quando a Lava Jato escancara tudo, expõe todos e cada um. Aparentemente, nenhum partido sobrevive e todos os políticos caem na mesma vala comum, na percepção cruel e destruidora de que "todos são iguais". O problema é que isso tudo dispara o espírito de corpo dos políticos, mas o brasileiro está cada dia mais espírito de porco ?" no bom sentido.

Ausência. O líder natural na América do Sul é o Brasil, que tem o maior território, a maior economia, a maior planta industrial, a maior população. Mas, apesar disso, o Brasil ficou totalmente fora do acordo histórico entre Farc e governo na Colômbia. Por quê? Por ideologia. Preferiu se agarrar à Venezuela, que é de "esquerda".
Almir Ilhota
24/06/2016 08:51
Caro Herculano,
Ver voce falando da Ponte de Ilhota é o fim da picada.
Parece que assim como os vereadores de oposição ao atual prefeito, voce esta torcendo para que de algum problema para a ponte nao ser inaugurada!!! Incrível!!! Voce não tem vergonha na cara não??? Outra, quem prometeu entregar a ponte até dia 21 foi a empresa que esta fazendo a obra, nao o prefeito. O prefeito tem das mais boas intenções de entregar o quanto antes essa MARAVILHOSA obra para nossa cidade!!!
Acontece que mesmo voce querendo ou nao, a ponte sera inaugurada e liberada para passagem em JULHO, nao adianta cara, podes fazer macumba que ja era!!!
AGora, isso é muito diferente dos nossos vereadores, que prometeram cassar o prefeito em 26/05/2016 Kkkkkkkk Esses nossos vereadores sao a maior piada do nosso municipio Kkkkkkkk
Herculano
24/06/2016 08:49
OS MOROS AGEM, por Merval Pereira, de O Globo

Quando, em setembro de 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu desmembrar a investigação da Operação Lava-Jato, retirando da jurisdição da 13ª Vara Federal do Paraná, do juiz Sérgio Moro, o processo sobre a corrupção no Ministério do Planejamento, houve comemoração nas hostes petistas. Mas houve também quem previsse que aquela medida criaria "vários Moros" pelo Brasil.

Ontem, com mandados expedidos pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, foram feitas várias prisões e executados mandados de busca e apreensão em diversos estados, atingindo, inclusive, dois ex-ministros dos governos petistas, Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência tão ligado à presidente afastada, Dilma Rousseff, que a levava a passear por Brasília na garupa de uma de suas possantes motocicletas Harley-Davidson; e Paulo Bernardo, em cujo Ministério do Planejamento que chefiava foi montado grosso esquema de corrupção, segundo as investigações da Polícia Federal.

Com se previa, os juízes que receberam processos derivados da Operação Lava-Jato estão atuando no mesmo diapasão da Justiça de Curitiba, a demonstrar que esse não é um padrão exclusivo de Moro e dos procuradores de Curitiba, mas de uma nova geração de juízes e procuradores do Ministério Público, que se sentem moralmente responsáveis pela continuidade de uma ação do Judiciário que tem amplo apoio da sociedade.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, conhecido como "o Moro do Rio", está à frente de casos do eletrolão, que investiga a atuação do ex-presidente da Eletrobras vice-almirante Othon Pinheiro, especialmente na construção da usina Angra-3, e também alguns termos da delação premiada de Nestor Cerveró sobre compras de empresas estrangeiras pela Petrobras, uma de gás no Uruguai e outra na Argentina.

A sentença do caso de Angra-3 sai em julho, pois semana que vem iniciam os prazos para as alegações finais das defesas. Também está sendo investigado no Rio o ex-governador Sérgio Cabral, por suspeita de ter recebido propina de empreiteiras envolvidas nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e nas obras de reconstrução do Maracanã para a Copa do Mundo.

O desmembramento de diversos casos só aparentemente fragilizou a tese da Procuradoria-Geral da República de que o que está sendo investigado é organização criminosa que atuou em várias instâncias do governo federal além da Petrobras. A ação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, dando apoio a investigações pelo país, garantiu que a Lava-Jato e suas ramificações não sofressem descontinuidade.

Está provado que não existe apenas um juiz no país, como ironizou o ministro do STF Dias Toffoli ao apoiar o desmembramento da investigação sobre o esquema dos empréstimos consignados montado no Planejamento pelo ex-ministro Paulo Bernardo. Naquela ocasião, houve críticas à decisão de desmembrar, pois, como alegou o ministro Luís Roberto Barroso, o caso deveria ter sido definido pelo próprio juiz Moro na primeira instância, que decidiria qual tribunal adequado para conduzir as investigações do caso Consist.

Também o ministro Gilmar Mendes se opôs à medida, alegando que, no afã de livrar certos acusados do juiz Moro, estavam sendo puladas etapas importantes nas decisões do Supremo. Se Moro se afirmasse competente, e alguma parte discordasse, poderia interpor a "exceção de incompetência", a ser julgada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, cabendo dessa decisão o recurso especial ao STJ.

Foi o que o plenário do STF decidiu na quarta-feira, enviando ao juiz Moro o desmembramento do caso contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha; ele decidirá se tem competência para assumir as investigações sobre a mulher e a filha do deputado, cabendo recurso em caso positivo.

Os desdobramentos das investigações ligadas à Operação Lava-Jato em diversos pontos do país demonstram que há uma tendência nova no Judiciário brasileiro, o que abre caminho para uma superação de antigos vícios e costumes políticos no país.
Herculano
24/06/2016 08:47
"DEBATE" COMO ELES GOSTAM, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

A audiência pública realizada na Câmara dos Deputados na terça-feira passada para debater a situação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) mostrou bem o que a companheirada entende por "debate": um encontro entre amigos com o objetivo único de chancelar a doutrina do partido ao qual pertencem ou com o qual simpatizam. Nada mais apropriado para uma reunião destinada a discutir a "comunicação pública" - expressão que, na boca da companheirada petista, ganha um significado muito peculiar: trata-se da comunicação com o objetivo exclusivo de espalhar o evangelho do PT.

A EBC está na berlinda desde que o presidente em exercício Michel Temer decidiu desmontar o aparelho petista que dominava a empresa. Logo que assumiu, Temer demitiu da direção da EBC o jornalista Ricardo Melo, que Dilma Rousseff nomeara poucos dias antes de ser afastada da Presidência, numa clara manobra da petista para criar um enclave no governo Temer. Assim, a tropa de choque dilmista teria à sua disposição uma plataforma de comunicação para defender a tese do "golpe". Tanto isso é verdade que Ricardo Melo, assim que voltou à direção da EBC por força de uma liminar da Justiça, mandou a emissora entrevistar Dilma e ordenou que os veículos da empresa voltassem a tratá-la como "presidenta".

Esse episódio ilustra o caráter privado da EBC, contrariando o que prometiam seus idealizadores nos idos de 2007, quando a empresa foi criada por ordem do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A EBC deveria ser uma empresa de comunicação pública, a serviço dos cidadãos e voltada para a produção de programas que estimulassem a cultura e ousassem no formato, sem compromissos comerciais e muito menos políticos. Na prática, tornou-se um cabide de empregos para jornalistas amigos do governo petista, que em troca transformaram a EBC em porta-voz do partido.

Isso ficou claro no "debate" promovido pelos apaniguados do PT na Câmara a título de defender a EBC. No jogral ensaiado pela turma, o alvo foi o já surrado "monopólio da radiodifusão comercial", ao qual a EBC seria o heroico contraponto. "Quem se opõe à construção de uma comunicação pública forte são aqueles que detêm o monopólio da circulação das notícias e das ideias, do discurso sobre a nossa sociedade", disse Renata Mielli, coordenadora de um tal Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Como se sabe, "democratização da comunicação" é um eufemismo para o ataque à imprensa livre, que os petistas desde sempre enxergam como instrumentos de poder das "elites". Nesse caso, o papel da EBC é claríssimo: funcionar como a TV do PT nessa batalha de comunicação, torrando dinheiro público, é claro, pois os petistas não sabem atuar de outra maneira.

Assim, quando a presidente do Conselho Curador da EBC, Rita Freire, disse no "debate" na Câmara que "nós não vamos deixar que toquem na EBC", ela vocalizou o pensamento dos que se julgam donos da empresa. Em outra ocasião, quando Temer tomou a decisão de mexer na EBC, Rita disse que era preciso "urgentemente" desvincular a empresa da Presidência da República. De fato, essa é uma das patologias congênitas da EBC: ela foi constituída para ser controlada por Lula. O curioso é que somente agora, quando a Presidência não é mais do PT, o Conselho Curador se preocupou com esse problema.

Mas é claro que não se pode cobrar coerência ou racionalidade de quem está defendendo o sequestro do Estado por um partido que se considera o único porta-voz legítimo de todas as minorias e defensor dos direitos do povo. "Onde o índio, o coletivo de mulheres, os LGBTs, o movimento sem-teto e outros tantos teriam espaço?", perguntou Ricardo Melo, presidente da EBC, que em seguida arrematou: "É isso o que irrita o governo que está aí. O que está acontecendo é, na verdade, não só um desmonte da empresa de comunicação pública, mas um ataque político à democracia". Exótica essa noção de democracia, segundo a qual é legítimo que o dinheiro público financie a difusão do pensamento único.
Herculano
24/06/2016 08:41
TODO AMOR DESTA VIDA, Paulo de Tarso Lyra, para o jornal Correio Braziliense

Antes mesmo da prisão do ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na manhã de ontem, em decorrência da Operação Custo Brasil, o presidente em exercício, Michel Temer, tinha decidido dedicar todo o seu carinho, afeto e atenção ao Senado, Casa que, em breve, julgará definitivamente o afastamento ou não da presidente Dilma Rousseff. Mais do que pedir a ministros e líderes governistas que cabalem votos entre os indecisos, Temer tem dedicado atenção especial aos políticos da Câmara Alta.

Mesmo tendo confidenciado a interlocutores que achou entediante o convescote, Temer fez questão de marcar presença no jantar oferecido pelo senador Zezé Perrela (PDT-MG) na noite de terça-feira. Sentou à mesa com o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), o líder do governo. Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), entre outros.

Riu, ouviu histórias e aproveitou para agradecer a Renan pela aprovação do texto original da lei das estatais, que impõe regras mais rígidas para indicações a cargos públicos. A Câmara desvirtuou a quarentena de três anos para a proibição de dirigentes partidários e sindicais ocuparem as funções públicas. Temer não chiou - não é seu estilo - mas deu um like para os senadores que restituíram a vedação original.

Não é só. O presidente em exercício também avocou, como se sempre tivesse sido sua, a pauta do Senado. Além da lei das estatais, estão no bojo a Lei dos Fundos de Pensão, as novas regras para o pré-sal, que tira da Petrobras a prerrogativa de operadora única. Prometeu também - onde for possível, claro, para não ferir a lei que defende - dar preferência para os afilhados políticos dos senadores.

Até mesmo a renegociação da dívida dos estados tem essa finalidade. Aliviar a vida dos administradores estaduais é bem-visto pela Casa responsável pelo debate federativo, ocupada por ex-governadores, futuros postulantes e presidida pelo pai do governador de Alagoas.

Quer mais amor? O todo poderoso Henrique Meirelles, czar da economia, jantará com a bancada de senadores na próxima terça-feira para explicar o que eles quiserem sobre o futuro do país. Temer faz tudo em busca do remédio que lhe tire da interinidade.
Herculano
24/06/2016 08:39
VILÕES, VILEZAS E VILANIAS, por Nelson Motta, para o jornal O Globo

De mãos para trás e cabeça baixa, parecem o que sempre foram, trapaceiros de luxo com caras de bandido

Aprendi com meu pai que é covarde e indigno tripudiar sobre perdedores, que se deve ter compaixão pelos caídos, não chutar cachorros mortos. Mas também ser solidário com as vítimas, lutar pela justiça, para que os criminosos paguem pelos seus atos, em nome da democracia e da civilização.

Mas não são só ladrões, achacadores, delatores, traidores e fraudadores que estão caídos como cachorros mortos: o Brasil está no chão, vítima da arrogância, da indecência e da irresponsabilidade dessa gentalha que se crê uma casta privilegiada e se esconde atrás de partidos e da boa-fé popular para fazer o que bem entende na certeza da eterna impunidade.

A face do crime é medonha. Ao trocar as roupas de grife pelo uniforme de presidiário, eles se revelam em toda a sua feiura e vulgaridade. Presos e humilhados, príncipes intocáveis mais parecem marginais de rua, guerreiros do povo são desmascarados em ladrões e fraudadores de eleições, senhores poderosos, de mãos para trás e cabeça baixa, parecem o que sempre foram, trapaceiros de luxo com caras de bandido.




Quando Rita Lee disse em seu clássico "?"rra meu" que "roqueiro brasileiro sempre teve cara de bandido", desconsiderou os políticos. Eles é que têm cara de bandido, embora alguns nem exerçam a atividade, mas a vasta maioria compõe uma galeria apavorante. É quando a ética se expressa na estética.




E os vilões? Quanto pior, melhor. Todos têm seus vilões favoritos, o Coringa, Darth Vader, Bia Falcão, Carminha, Flora... o meu era o Zé Dirceu, mas já está fora de combate, game over. Agora, olhem bem as caras de Cerveró, Vaccari, André Vargas, Bumlai, Barusco, Renato Duque, Pedro Corrêa, Gim Argello, Fernando Baiano, Léo Pinheiro... que medo, hein? Mas, por enquanto, o mais vil da nova safra parece ser Sérgio Machado, com o physique du rôle e o histórico familiar de um arquétipo da vileza cordial brasileira. Qual o seu?

Renan, Jucá, Sarney e Eduardo Cunha, além do neovilão Lula, são hors-concours, porque ainda estão soltos, e só vale vilão preso. Mas, com sua delação premiada, Marcelo Odebrecht pode se tornar o campeão nacional da vilania.
Herculano
24/06/2016 08:37
CUSTO BRASIL, CUSTO PT, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Custo Brasil virou assunto de polícia. Graças à bandalheira do PT, o sentido dessa expressão foi enriquecido. Deixou de pertencer apenas ao jargão econômico e passou a integrar também o vocabulário criminal.

Durante muito tempo, custo Brasil foi a denominação de uma porção de entraves enfrentados pelos brasileiros quando competem no mercado internacional. Tributação irracional, ineficiência logística, mau preparo da mão de obra, burocracia excessiva, capital muito caro e insegurança jurídica são alguns desses entraves. Governos incompetentes, aparelhamento e loteamento de cargos e um tsunami de corrupção agravaram esses problemas.

Parte dos estragos foi exposta pela Operação Lava Jato. Cada etapa teve um nome diferente. As ações iniciadas na manhã de quinta-feira pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República foram, enfim, batizadas como Operação Custo Brasil. Essa denominação teria sido perfeita desde o começo das investigações.

Bastariam os estragos causados à Petrobrás para mostrar o forte vínculo entre loteamento, corrupção, ineficiência e custos. As denúncias quase sempre deram destaque à relação entre propinas e contratos. Perdas de bilhões foram reconhecidas em demonstrações financeiras. Mas os danos efetivos foram muito além do dinheiro desviado.

Os aumentos de custos com certeza superaram os desvios comprovados nas investigações policiais. Atrasos em obras, assim como seleção de fornecedores sem critérios econômicos, implicam elevação de custos e redução de produtividade.

O enfraquecimento financeiro resultou em maior dificuldade de financiamento e em diminuição do ritmo de investimentos.

Falta calcular e explicitar boa parte desses prejuízos, assim como falta uma devassa completa, por exemplo, dos atrasos de obras e da elevação de custos da Refinaria Abreu e Lima. Nem sempre é possível separar com clareza os danos causados por decisões meramente erradas e aqueles produzidos pela corrupção, mas o parentesco dos dois problemas é inegável no caso da Petrobrás.

É inegável, também, o parentesco entre loteamento, aparelhamento, corrupção e perda geral da produtividade do País. Para esclarecer esse ponto, vale a pena um pequeno lembrete. O crescimento econômico depende, a longo prazo, da taxa de investimento e da eficiência produtiva de cada real investido. Esses dois fatores, no Brasil, são muito insatisfatórios e com certeza pioraram nos últimos anos.

O mais comentado é a taxa de investimento fixo, indicada pela relação entre os recursos aplicados em capital fixo (máquinas, equipamentos e construções) e o Produto Interno Bruto (PIB). Essa relação tem oscilado há muito tempo entre 17% e 20% do PIB. Em outros emergentes, mesmo na América Latina, frequentemente supera 25%. Em alguns países da Ásia fica acima de 30%.

Muito menos comentada é a questão da produtividade do investimento. Se obras demoram muito além do normal, como é frequente no Brasil, e se a sua qualidade é deficiente, cada real investido se torna muito menos produtivo do que poderia ser. Políticas protecionistas, elevando os preços de máquinas, equipamentos e insumos diversos, produzem dano semelhante.

Em suma, no Brasil investe-se pouco e com muito desperdício de recursos ?" e parte dessa lambança é explicável pela baixa qualidade da administração, aparelhada, loteada e vulnerável a todo tipo de irregularidade. A Operação Lava Jato, apesar de sua extensão e das muitas condenações, mostra só uma parte da bandalheira instalada no País.

O custo Brasil, velho pesadelo de empresários e assunto há muito debatido por economistas, é muito mais que uma ampla coleção de problemas técnicos.

Mesmo questões técnicas, como a tributação inadequada, podem ser muito desafiadoras, por causa da oposição de interesses, por exemplo, regionais. Mas o caso brasileiro é especial, porque o custo Brasil está associado também à degradação política da gestão pública. Bem poderia, por isso, ser também chamado custo PT.
Herculano
24/06/2016 08:32
SEM FIM À VISTA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

O noticiário cotidiano tem-se encarregado de impor necessário e enfático desmentido a pronunciamentos como o feito recentemente pelo ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, no sentido de que as autoridades responsáveis pela Operação Lava Jato haverão de, a certa altura, pensar em concluir suas investigações.

Em vez de declinar, o ímpeto da Lava Jato começa a ter reflexos em outras ações policiais, externas ao âmbito da chamada "República de Curitiba". Partiu de São Paulo, numa operação intitulada Custo Brasil, a iniciativa de requerer a prisão preventiva de Paulo Bernardo, ex-ministro dos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff.

Bernardo é acusado de receber cerca de R$ 7 milhões em propina, dentro de um esquema que teria desviado um total de R$ 100 milhões por meio de contratos irregulares de uma empresa de informática com a pasta do Planejamento.

Na mesma investida da Polícia Federal, foi preso Valter Correia, secretário municipal de Gestão da administração Fernando Haddad (PT), em São Paulo. A sede nacional do partido, na capital paulista, e o escritório de Brasília tornaram-se, ademais, objeto de ações de busca e apreensão.

Repetida em nota oficial, a habitual alegação de que está em curso uma tentativa de criminalizar o PT fica menos convincente do que nunca. Bastaria lembrar a circunstância de que um dos maiores desafetos do partido, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), viu-se ainda nesta semana novamente na condição de réu perante o Supremo Tribunal Federal.

Paralelamente, apura-se em Pernambuco a suspeita de que as campanhas de Eduardo Campos (PSB) em 2010 (para governador) e 2014 (para presidente) beneficiaram-se de um mecanismo de corrupção que, no total, teria movimentado cerca de R$ 600 milhões.

A partir de dois delatores da Lava Jato, investigaram-se as contas de um dos donos do jatinho cujo acidente ocasionou a morte do pessebista. Preso, o empresário João Carlos Lyra foi reconhecido como a pessoa que fazia repasses da construtora Camargo Corrêa a Campos e seus correligionários.

O PSDB, por sua vez, é atingido na figura de seu antigo presidente, o falecido senador Sérgio Guerra, de quem se revelam os entendimentos que teve para abafar a CPI da Petrobras em 2009 ?"sem mencionar as diversas vezes em que o nome do atual presidente da sigla, senador Aécio Neves (MG), aparece em delações premiadas.

Tudo indica que não há fim à vista para a Lava Jato e seus desdobramentos - e é exatamente isto que se deseja do inédito desvelamento de práticas generalizadas de assalto a cofres públicos perpetradas por políticos de todos os matizes.
Herculano
24/06/2016 08:17
PT CRIOU PROPINA DESCONTADA NO CONTRACHEQUE!, por
Josias de Souza

Desde que explodiu a Lava Jato, há dois anos e três meses, o país procura um significado maior de qualquer coisa que resuma essa época. Os brasileiros do futuro talvez selecionem como um destes episódios maiores o assalto do Partido dos Trabalhadores aos aposentados e servidores públicos endividados. Dirão que foi um fato histórico porque só então, com a invenção da propina descontada no contracheque, o PT atingiu o ápice do despudor e da desfaçatez.

O consignado, como se sabe, é um tipo raro de empréstimo. É bom para quem toma dinheiro emprestado porque as taxas de juros são baixas. É ótimo para o banco que empresta porque a prestação é descontada mensalmente do salário do servidor ou da pensão do aposentado. No aperto, milhares de brasileiros aproveitaram. E tornaram-se, sem saber, uma oportunidade que o PT aproveitou.

Entre 2010 e 2015, os milhares de brasileiros que se penduraram no consignado pagaram uma taxa de administração inusual. Estava embutida em cada parcela mensal a cifra de R$ 1,25. Dinheiro destinado a um intermediário chamado Consist Software, contratado pelo Ministério do Planejamento a pretexto de administrar o serviço.

Descobriu-se que a Consist retinha em sua caixa registradora apenas R$ 0,40. Os outros R$ 0,85 viravam propina. De centavo em centavo, foram assaltados R$ 100 milhões. Perto dos bilhões pilhados na Petrobras e no setor elétrico, parece dinheiro de troco. No entanto, entre todos os roubos praticados na era petista, foi esse que acabou com o que restava do melhor legado daquele ex-PT da fase sindical: a sensibilidade social e o respeito ao trabalho.

Andrey Borges de Mendonça, um dos 30 procuradores da República que se ocupam da investigação, resumiu o descalabro: "R$ 100 milhões foram desviados de funcionários públicos e pensionistas endividados, que se privaram de medicamentos, e de suas necessidades básicas para abastecer os cofres de corruptos. Isso tem que nos causar indignação, isso não pode ser algo natural da nossa sociedade."

O que mais assusta na marcha da política rumo à delinquência não é a crueza, mas a hipocrisia. No gogó, o petismo é avesso à privatização. Para incrementar as propinas, admite qualquer negócio. Dispunha de uma empresa pública, o Serpro, para organizar o consignado. Preferiu privatizar o serviço, direcionando-o à Consist. Nada mais natural.

Se a pregação de líderes pseudo-esquerdistas como Lula havia ensinado alguma coisa era a não esperar nenhum tipo de hesitação altruista do capital. Ele opera segundo as regras fixadas na Lei da Selva.

No futuro, quando puderem analisar a conjuntura atual sem ter de tapar o nariz, os brasileiros concluirão: o que assustou as almas mais ingênuas foi a facilidade com que se operou a autodissolução do PT como partido político e a rapidez com que a legenda estruturou a coalizão que dava suporte aos seus governos como uma lucrativa organização criminosa.

A sujeira prosperou tanto que acabou desenvolvendo no Brasil a indústria da limpeza ética, cujo principal empreendimento é a Lava Jato.
Herculano
24/06/2016 08:15
PUNIÇÃO PARA BOLSONARO! por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo

Entrei numa porfia com alguns amigos que se querem liberais ou libertários por causa da decisão da Primeira Turma do STF, que, por quatro votos a um, aceitou denúncia contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) por incitação ao crime de estupro.

Apoio sem reservas a decisão, sempre lembrando que Bolsonaro não foi ainda condenado. Apenas se aceitou uma denúncia. Existe a chance de defesa, um bem que inexiste na sociedade que ele abriga, em que torturador é herói.

O evento indica que tipo de sociedade queremos e até onde os não esquerdistas, a exemplo de seus antípodas, também se estendem em franjas éticas. As do PT, por exemplo, se tornaram tão longas que, na sua morte, o partido já não sabe definir o próprio caráter.

Fato e circunstância: em 2003, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) interrompeu uma entrevista de Bolsonaro à RedeTV!, em que defendia a maioridade penal aos 16 anos. Ela o chama de "estuprador". Uma injúria. Ele responde: "Eu jamais iria estuprar você porque você não merece". Ameaça de agressão mútua.

Onze anos depois, no dia 9 de dezembro de 2014, num debate parlamentar, Bolsonaro está criticando conclusões da Comissão da Verdade, defendidas havia pouco por Maria do Rosário. Ela se levanta para sair, um direito seu. Ele, então, chama a sua atenção: "Não saia, não, Maria do Rosário, fique aí! Há poucos dias, você me chamou de estuprador no Salão Verde, e eu falei que eu não estuprava você porque você não merece. Fique aqui para ouvir".

O "poucos dias", reitero, fazia 11 anos.

Três amigos liberais contestaram a minha posição argumentando em favor da "liberdade de opinião". Fiquei feliz que não tivessem privatizado o liberalismo - ou eu teria de tentar outra coisa... Eu os desafiei a reescrever com as próprias palavras a opinião de Bolsonaro. Ninguém aceitou porque, de fato, não há opinião ali. Uma coisa é a resposta dada a quente, no calor do embate. Outra é disparar a mesma fala 11 anos depois.

As palavras fazem sentido. Se Bolsonaro diz que Maria do Rosário não "merece" ser estuprada por ele porque a despreza, está dizendo o evidente: há as que merecem. E as mulheres que ele admira correm mais riscos. Exagero na interpretação? Não! Em entrevista ao Jornal "Zero Hora", foi inequívoco: "Ela não merece [ser estuprada] porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia. Não faz meu gênero. Jamais a estupraria". Fosse Rosário, a seu critério, boa e bonita e fizesse seu gênero, então sim.

Se os não esquerdistas não souberem a diferença entre crime e liberdade de expressão - que não é um direito absoluto porque nenhum é -, deixarão para as esquerdas culturais, hegemônicas mundo afora, a tarefa de confundir liberdade de expressão com crime.

O episódio não prova nem a existência da cultura do estupro nem a vertente censória do politicamente correto. É bom que certas conquistas da civilização não sejam tidas como um valor dos nossos inimigos. Aprendi isso com Trótski, que contestava Lênin mentalmente, segundo a biografia de Isaac Deutscher. Vai ver me falta boa literatura política para entender o espírito indômito de Bolsonaro e o valor da imunidade parlamentar.

Que ele se desculpe e admita seu erro ou que seja punido exemplarmente por aquilo que praticou: apologia do estupro - mas não de todas as mulheres, claro! Só das boas, bonitas e que fazem seu gênero.

PS: Antes que sugiram que estou tentando administrar a minha reputação para ganhar a admiração de quem me detesta, leiam o que escrevi neste espaço sobre esse caso no dia 19 de dezembro de 2014.
Herculano
24/06/2016 08:08
GRAVAÇÕES TRATAVAM ATÉ SOBRE "PULADAS DE CERCA", por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

As gravações do ex-senador Sérgio Machado, que implicaram próceres do PMDB, inclui confissões sobre questões pessoais e familiares e, até, aventuras extraconjugais, desprezadas na investigação. Para ganhar a confiança dos interlocutores cujas conversas gravaria, o ex-presidente da Transpetro, que fez acordo de delação premiada, mostrou-lhes uma "pasta israelense" que serviria para bloquear telefones celulares.

AL?", GRAVANDO
Com seu celular sobre a "pasta israelense", Sérgio Machado deitou e rolou, gravando conversas para escapar da cadeia.

PARTILHA DO ROUBO
Como os pecados pessoais não interessavam à investigação, priorizou-se a partilha do dinheiro surrupiado por Machado da Transpetro.

OPÇÃO ERRADA
Na tentativa de repetir o caso Delcídio, Sérgio Machado orientou suas conversas gravadas na suposta conspiração para obstruir a Justiça.

PERGUNTA NA LAVA JATO
Se de fato pagou R$ 70 milhões a Renan, Sarney, Jucá e Lobão, por que Machado não provocou esse assunto nas conversas gravadas?

PETISTAS TEMEM QUE PAULO BERNARDO FAÇA DELAÇÃO
A prisão de Paulo Bernardo, que foi ministro dos governos Lula e Dilma, deixou correligionários à beira de ataque de nervos. Eles temem que o investigado não suporte a prisão e logo feche acordo de delação premiada, até porque vinha se queixando de "abandono" de Lula & Cia. Ao contrário da mulher, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ele não tem foro privilegiado e pode passar uma longa temporada na cadeia.

CANA LONGA
Ainda que tente fazer delação, Paulo Bernardo ficará longa temporada preso, segundo avaliam experientes investigadores.

VEM MAIS POR AÍ
João Vaccari Neto, que ontem foi alvo de novo mandado de prisão, também se queixa de abandono do PT e negocia sua delação.

CAMARADAGEM
A oposição ao PT foi novamente muito cordial, evitando repercutir a prisão do ex-ministro de Lula e Dilma na comissão do impeachment.

BATEU O DESESPERO
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) ficou abatida após a prisão do marido. Aliados de Dilma avaliam que a Operação Custo Brasil liquidou suas chances, que já não eram muitas, na comissão do impeachment.

BICO FECHADO
Senadores e deputados, do governo e da oposição, se esconderam para evitar falar sobre a prisão de Paulo Bernardo. Aposta-se nos festejos de São João para o episódio perder força na imprensa.

CASSAÇÃO É SOLUÇÃO
Segundo Glauber Braga (PSOL-RJ), a solução para a Câmara se livrar do presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) é cassar Eduardo Cunha para provocar nova eleição para o cargo.

DISTRIBUIÇÃO DE TAREFAS
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) reclamou com aliados do governo. Enquanto os petistas acusam suposto golpe, os defensores do impeachment se calam. "Precisamos de distribuição de tarefas", diz.

VICE VAI DAR BARULHO
Deve virar alvo o mais provável vice do deputado Cícero Almeida (PMDB-AL) na disputa pela Prefeitura de Maceió. Trata-se de Omar Coelho, que foi acusado de integrar um esquema de compra de votos em eleição para a OAB-AL, entidade que presidiu. Tem até gravação.

MEU PIRÃO PRIMEIRO
Médico e senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) aproveitou a votação do Supersimples e emplacou uma emenda que reduz os impostos para serviços de medicina, enfermagem e exames laboratoriais.

A COISA ESTÁ FEIA MESMO
Renan Calheiros resolveu imitar o falecido senador ACM, que, quando se desesperava diante da falta de respostas às malfeitorias atribuídas a ele, passava a difamar e tentar destruir quem as denunciava. E até quem as divulgava, os jornalistas, na tola tentativa de intimidá-los.

ERA O QUE FALTAVA
Após Lava Jato, Petrolão, obras inacabadas, vírus zika, desistências de atletas e a crise no Rio, internautas do grupo "Nostradamus" alertam para um "perigo iminente" nas Olimpíadas: um improvável tsunami.

PENSANDO BEM...
...até pelos números impressionantes da roubalheira que desbaratou, a Lava Jato deveria mudar de nome para Operação Pega Ladrão.
Herculano
24/06/2016 07:59
A PRISÃO QUE ATRAPALHA DILMA, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

É cada vez mais difícil ver PT e PMDB dizendo a mesma coisa. Os ex-aliados voltaram a concordar nesta quinta (23) ao avaliar os efeitos da prisão do ex-ministro Paulo Bernardo. Nos dois partidos, a ação policial foi vista como um baque na defesa de Dilma Rousseff no Senado.

O ex-ministro é marido da petista Gleisi Hoffmann, uma das vozes mais ativas na comissão do impeachment. Ex-chefe da Casa Civil, a senadora continua a desempenhar o papel de escudeira de Dilma. Ela costuma se sentar na primeira fila e não perde uma chance de discursar a favor da presidente afastada.

Para o governo interino, a prisão de Paulo Bernardo vai abalar o moral da tropa dilmista. A ação ocorre num momento em que o noticiário policial se voltava contra o PMDB de Michel Temer. Por isso, a desgraça do ex-ministro foi motivo de comemoração discreta no Planalto.

No front petista, a reação foi de perplexidade e desânimo. "Isso vai dar um alívio para o Temer e uma desarticulada na gente", comentou um senador, em conversa reservada.

Em público, a ordem foi questionar as razões da prisão temporária. A liderança do PT no Senado classificou a decisão como "abuso de poder". Em nota, o partido sugeriu uma ação coordenada para encobrir "fatos gravíssimos de corrupção que atingem diretamente o governo".

Além de atingir a imagem de Gleisi, a nova operação da Polícia Federal resvala na gestão de Dilma. Os investigadores relataram um esquema que teria desviado verbas federais até o ano passado.

A prisão de Paulo Bernardo produziu outra união entre políticos que estão em lados opostos na batalha do impeachment. Líderes de vários partidos reclamaram da entrada da PF num prédio habitado por senadores. Muitos acordaram assustados com o barulho de um helicóptero nas primeiras horas da manhã. Como as investigações não param, ninguém sabe quem receberá a próxima visita indesejada.
Ramiro Dias
24/06/2016 07:35
Odir Barni seja bem vindo a prefeitura de Brusque...precisamos de pessoas competentes, algo raro entre cargos comissionados. Sucesso!
Sidnei Luis Reinert
24/06/2016 06:44
FRASE DO DIA:

Partido político é que nem dança de São João: antes de começar tem que formar quadrilha.
Sidnei Luis Reinert
24/06/2016 06:07
Paulo Bernardo e PT roubaram de velhinhos aposentados

Brasil 23.06.16 11:13
Resumo da Custo Brasil: Paulo Bernardo, o PT e osseus asseclas roubaram de funcionários públicos e aposentados que caíram na armadilha do crédito consignado. Os coitados pagavam mensalmente um real, valor extorsivo embutido nos empréstimos, para a Consist, empresa de informática encarregada de fazer o controle das operações.

Parte do total era desviada, com a participação do ministério do Planejamento comandado por Paulo Bernardo. O ministro contratou a Consist e recebia dela uma comissão do dinheiro pago pelos funcionários e velhinhos, via um escritório de advocacia. O PT também levava grana, que repassava a "prestadores de serviços".

Total estimado do desvio: 100 milhôes de reais.

http://www.oantagonista.com/posts/paulo-bernardo-roubou-de-velhinhos-aposentados
Herculano
23/06/2016 20:30
COMPARADOS AOS CASAIS APREENDIDOS PELA OPERAÇÃO LAVA JATO, BONNIE E CLYDE NÃO PASSAM DE BANDIDOS APRENDIZES, por Augusto Nunes, de Veja.

O caso de Paulo e Gleisi informa: a mulher de político que intimidava maridos pecadores é uma espécie extinta pela proliferação das duplas de comparsas

Nesta quinta-feira, a ida para a gaiola do ex-ministro Paulo Bernardo e a permanência no Senado de sua mulher Gleisi Hoffmann, protegida pelo foro privilegiado, conseguiram o que parecia impossível: separar um dos casais mais unidos do planeta. Eles moram juntos, militam juntos no PT, trabalharam juntos no ministério de Dilma Rousseff, entraram juntos no pântano do Petrolão e estão juntos na fase mais recente da Operação Lava Jato. Ainda que acabe condenada pelo Supremo, Gleisi não ficará junto com o marido. Infelizmente para o casal, no sistema carcerário brasileiro não existem cadeias mistas nem celas para casal.

Pensar no jeitão de pároco agnóstico de Paulo e na pose de última vestal exibida por Gleisi me remete à madrugada em que o deputado federal Ulysses Guimarães descreveu o comportamento das mulheres dos políticos de antigamente. Vale a pena reprisar a conversa ocorrida em setembro, durante a campanha para as eleições municipais de 1974. Eu era um repórter novato. Ele comandava o MDB, que o fim do bipartidarismo transformaria em PMDB, e era uma lenda em seu começo.

Nada a ver com essa cara de faraó, pensei enquanto olhava de soslaio o chapéu de palha que Ulysses, à minha esquerda no banco traseiro do Opala, usava desde o fim da tarde daquele sábado. Ganhara o chapéu em Itaquaquecetuba, um cortejo de vogais e consoantes fincado na Grande São Paulo que hospedara o quinto comício do dia. Cinco horas e dois palanques depois, o presente do eleitor anônimo continuava no mesmo lugar. Por que será?, perguntei-me.

- Presente de eleitor é coisa séria - surpreendeu -me Ulysses com o aparte mediúnico. Fiquei espantado ao ouvir a voz grave e o timbre de cantor de cabaré. Aos 60 anos, ele cumpria o sétimo mandato na Câmara dos Deputados (e seria reeleito outras quatro vezes) e fazia coisas de que até Deus duvida. Mas nunca imaginei que adivinhava pensamento.

- O problema do político é a mulher do político - mudou de assunto enquanto abria os olhos profundamente azuis e ajeitava no banco o corpo magro e rijo. ?" O sujeito entra em casa no escuro, tira o sapato para não fazer barulho, mas não adianta: acaba ouvindo uma mulher sonolenta querendo saber como foi o dia. O sujeito conta que almoçou com fulano ou encontrou beltrano e lá vem algum comentário do tipo "sei, aquele que você disse que é cafajeste", "sim, esse que vive dizendo que você não presta". Elas têm uma memória tremenda. Vereador de distrito, presidente da República, nenhum político escapa da mulher.

Era difícil imaginar Mora Guimarães, muito risonha e pouco falante, protagonizando cobranças noturnas. Embora assumidamente apaixonado pelo poder ("Não existe nada mais afrodisíaco", repetia), Ulysses jamais vendera a alma para consegui-lo. Fora sempre um homem honrado. E continuaria a sê-lo até 12 de outubro de 1992, quando desapareceu no mar depois da queda do helicóptero em que viajava com Mora e os amigos Severo e Henriqueta Gomes.

Como os políticos da linhagem a que Ulysses pertenceu, também sumiram as mulheres dos políticos orientadas por valores éticos ou morais. No Brasil envilecido pela Era da Canalhice, que institucionalizou a corrupção impune, quem se casa com um pai da pátria desce do altar convencida de que só é pecado perder a eleição e o poder. O resto pode, até vender a mãe a preço de custo. Já na lua-de-mel vira comparsa do marido, e comparsas não fazem perguntas. Já sabem as respostas e aprendem a ocultar as safadezas praticadas em parceria.

Que Bonnie e Clyde, que nada. Esses parecem amadores quando confrontados com João Santana e Mônica Moura, por exemplo. Ou com Eduardo Cunha e Cláudia Cruz. E agora com Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann. Antes do nascimento da República de Curitiba, todos dormiam o sono dos sem-culpa, uma graça só alcançada por gente que exonera o remorso, o pudor e a vergonha. Logo estarão tentando dormir em celas separadas.

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