Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

23/02/2016


MAIS DO MESMO I
O PMDB de Gaspar botou a sua campanha eleitoral na rua. Foi o primeiro, como foi o primeiro a definir a chapa completa. E o fez com o mais do mesmo. O candidato há cinco anos (considerando a campanha que perdeu para Pedro Celso Zuchi, PT, em 2012), o ex-vereador e ex-presidente da Câmara, ele próprio Kleber Edson Wan Dall fez e mandou um “press release” – improvisando e substituindo um profissional com esta formação e capacidade - para os meios de comunicação. Foi para anunciar e comemorar tal feito. Estas são as informações oficiais sobre o “novo” projeto: "Neste último sábado, dia 13 de fevereiro, o PMDB de Gaspar, deu início a mais um novo projeto na cidade. Chamado de ‘Prá quem quer mais’, é uma iniciativa suprapartidária de lideranças políticas, empresários, representantes da sociedade organizada, cidadãos e voluntários que buscam encontrar as respostas para os problemas da Gaspar de hoje, pensando sempre na Gaspar do amanhã”.

MAIS DO MESMO II
Como assim, suprapartidário? Basta olhar a foto acima, distribuída no mesmo “press release ”. Nela é possível ver quem comanda esta “ação suprapartidária”: o pessoal do PMDB, com o vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP, já escolhido como vice da chapa já amplamente lançada e divulgada.  Ai, ai, ai. A quem este pessoal quer enrolar? A imprensa ou os eleitores? Outra: empresários? Estão escondidos (não aparecem nas fotos) e isolados, quando não usados pelos políticos para transferir credibilidade ao distinto público que os atuais políticos não possuem. Os empresários – que estão sendo dilacerado pela política econômica do PT, PMDB, PP, PSD, PDT, PCdoB, PR, PRB e outros, deviam estar nas entidades de classe e lá sim, organizados, com pautas transparentes e comuns, exigindo de todos os candidatos, ações em favor da cidade, do desenvolvimento, das obras de infraestrutura. Mas, a maioria das entidades daqui foi aparelhada pelo PT. Elas estão fracas. Então, restou a alguns empresários, mostrar poder e salvar seus candidatos ou interesses partidários. Ou seja, a fraqueza não os une – empresários e políticos - num projeto de sociedade que está maltratada, amordaçada...

MAIS DO MESMO III
O outro reparo é o título desta ação - que não é ruim, não, se fosse feita em outros tempos e houve oportunidade temporal para ser pensada, organizada e efetivada- : “prá quem quer mais”. Verdade? Prá quem quer mais do que? Do governo do PT? Do silêncio por quase oito anos do PMDB à administração de Pedro Celso Zuchi? Ou dos votos e alinhamento do PP e incondicional com José Hilário Melato ao governo do PT e Zuchi? Realmente é uma aliança suprapartidária de lideranças políticas, mas que estão na chapa PMDB e PP em busca do poder. Nada mais. Então poderia ter começado com transparência total: “nós do PMDB, do PP, os que simpatizam pelos nossos partidos e causa...”. Mas, não. Preferiu o próprio candidato – talvez orientado por gente que ainda não se ligou que os tempos são outros - começar de forma torta, enganosa como se todos os eleitores fossem imbecis e fora da era do facebook, whats, youtube.... Quem está queimando Kleber Edson Wan Dall?

MAIS DO MESMO IV
O mesmo trecho que reproduzi acima, diz que “se busca encontrar as respostas para os problemas de Gaspar de hoje, pensando sempre na Gaspar de amanhã”. Lindo, emocionante e necessário se não fosse por dois aspectos: Kleber está em campanha há cinco anos – e foi vereador por quatro - e neste tempo todo ele não encontrou tempo para perceber os problemas e propor vigorosas respostas ao que está errado ou deve mudar? Vai fazer isto agora, à beira de uma nova campanha política, ou seja, procurar a poção mágica, o milagre que vai resolver, sensibilizar e mover as massas nas mentes e corações? Quem está queimando Kleber Edson Wan Dall, deixando-o exposto como se fosse um alienado antigo e permanente? Quem coordena esta campanha com ideias “tão inovadoras”?

MAIS DO MESMO V
Ora, Kleber deveria ter vindo a público dizer o que vai fazer de diferente e o que não vai fazer ao que está ai, se eleito. Ponto final. Dizer que está cansado de discursos, de promessas e de pesquisas que não transformem as realidades. Devia, como um estadista, dizer claramente que viu e sentiu com os seus próprios olhos o que está errado, que tem soluções para corrigir e o que deve ser corrigido ou feito de outra forma. Kleber deveria vir dizer em tom firme e convicto que durante cinco anos fez contatos com a cidade, os cidadãos e as cidadãs, organizou um grupo suprapartidário e uma massa que pensa Gaspar hoje e quer um futuro melhor, baseando-se nas experiências malsucedidas dos políticos e da gestão temerária dos últimos anos. Entretanto, sem o que dizer, ele se presta a um papel que o deixa vulnerável como capaz de liderar um processo de mudanças. Quem está queimando Kleber Edson Wan Dall? Afinal, o que é feito daquele programa de rádio em que se comunicou com a cidade durante anos? Só lero-lero?

MAIS DO MESMO VI
E o “press release” de Kleber se completa desta forma: “o projeto teve início neste sábado, pelas ruas do bairro Bela Vista, onde lideranças começaram o dia com uma breve reunião na casa da vereadora Marli (Iracema Sontag, PMDB), seguindo para colocar a pesquisa em prática. Agora em diante, o projeto acontecerá todos os sábados e terá presença em todos os bairros da cidade. O principal assunto discutido é as necessidades da Cidade e dos bairros e como o cidadão pensa que a Prefeitura pode trabalhar para estar mais próxima das pessoas. Ao final, todas as respostas servirão para auxiliar no desenvolvimento das propostas e ações na próxima eleição municipal”.

MAIS DO MESMO VII
Ou seja, e resumindo: cinco anos de alienação. Viu tudo, se viu, e agora precisa de pesquisas. Hum! Nem criatividade tiveram para lançar esta forma de retomar o contato com o público que deixaram longe durante três anos depois da derrota da 2012. Na última hora, inventam-se cenas e factoides para mobilizar, aproximar o partido e o candidato dos bairros naquilo que não fez durante este tempo todo. É por isso, que o PT reina como quer. É mais do mesmo e não para quem quer ou precisa de algo diferente para ser olhado neste mar truques e de mesmices dos políticos e da insatisfação popular. Quem mesmo está queimando Kleber Edson Wan Dall? O próprio PMDB, que com jovens, ainda não percebeu o novo tempo e às novas respostas que terá que dar ao eleitorado e à cidade. O PMDB de Gaspar continua velho, inclusive nas práticas e nas ideias. Acorda, Gaspar! E para concluir o que reporta o “press release” feito e distribuído por Kleber Edson Wan Dall. “A pesquisa também pode ser acessada e respondida pelo site: https://praquemquermais.wordpress.com". 

TRAPICHE

Pedro Silva, agente de trânsito da Ditran de Gaspar, vira e mexe está no centro das discussões do setor. Ele traz denúncias como o uso indevido do patrimônio do órgão (veículos), a influência do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, para livrar os amigos das multas, bem o destino irregular do que se arrecadou com as multas por aqui. Fez bem.

Pedro acaba de sentir o bafo do PT, do poder e da hipocrisia: um vídeo antigo e curto (mas capaz de fazer um grande estrago) roda nas redes sociais. Ele mostra Pedro usando uma mangueira e água da Ditran para tirar o sereno noturno do carro dele. Pedro está em retiro e refletindo. E as complicações contra ele prometem. E de forma organizada.

Quinta-feira é dia de “homologação” na nova presidência do Sintraspug – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar. Não haverá disputa, pelo menos até o momento em que fecho a edição da coluna (atualizarei na área de comentários). O atual presidente Jovino Masson, enfraqueceu o seu vice Carlos Eduardo Junkes. E para complicar, Eduardo adoeceu às vésperas de registrar a sua chapa (e fazer a campanha). Ele foi parar no hospital para uma cirurgia cardíaca complicada e de emergência.

Recuperando-se está quase fora do jogo. Tentou registrar a sua chapa. Entretanto, ela foi impugnada sob a alegação de irregularidade na documentação. Eduardo guarda mágoa de Jovino, do ex-presidente e hoje sindicalista na Federação, Sérgio Luiz Batista de Almeida.

Mesmo que a saúde não tivesse lhe pregado esta peça no momento crucial em que pregou, Eduardo teria dificuldades para compor a chapa e principalmente para estruturar um discurso de “oposição”, como queria, estando na diretoria do Sintranspug, numa escolha que fez: ficar em cima do muro.

Eduardo, não quis enfrentar o problema de frente no Sindicato. Resmungava, mas resignava. Errou. Tentou ficar neutro e esta “neutralidade”, agora, teve um preço muito alto para os seus planos. Este posicionamento de não enfrentamento lhe obrigou, inclusive, a trabalhar normalmente na prefeitura e ceder a licença para o exercício sindical, a Sérgio Luiz Batista de Almeida.

Com este vácuo, quem pegou o mote como sendo uma chapa de oposição e renovação, e ainda não precisou usá-lo diante do afastamento de Eduardo e da falta de oponentes, foi a telefonista da Secretaria de Obras Lucimara Rozanski Silva. Ela traz como vice a professora Kelli Cristine Santos. Até o fechamento da coluna Eduardo aguardava que uma decisão da Justiça o mantivesse na disputa. Lucimara é esposa de Pedro Silva.

E a nova diretoria do Sintranspug começa sob uma prova de fogo. O reajuste dos vencimentos dos servidores municipais. O ambiente econômico criado pelo PT nacional favorece o PT daqui. Ele vai levar este caso da forma como ele quer, até para esconder as dificuldades financeiras da prefeitura de Gaspar para absorver qualquer reajuste real.

Depois reclamam. Gaspar possui 13 vereadores. Há gente repetindo mandatos. Isto sem falar em José Hilário Melato, PP, mais que decano. Contudo, entre todos, só um possui um portal na internet para prestar conta do seu mandato: Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. E ela é novata. Todavia, na questão de transparência do mandato, Andreia deu lições aos seus pares e principalmente aos mais velhos.

O editor e proprietário do jornal Cruzeiro do Vale, Gilberto Schmitt, pergunta na sua coluna Chumbo de sexta-feira: a quem interessa quatro candidatos na disputa da prefeitura de Gaspar? Como com ele, divido a análise deste angú, ouso meter a minha colher e arrisco uma resposta: à sociedade. Nos Estados Unidos, por exemplo, estamos assistindo as tais prévias. E para que? Para buscar os candidatos dos partidos. A briga é interna, para só depois chegar a lutar pelos eleitores nas ruas e urnas.

E a quem não interessa quatro ou mais? Eu respondo: aos que não possuem planos, aos que estão na fila e acham ser isto um qualificativo para ser cumprido entre poucos, aos que possuem interesses para seus grupos, aos que nem candidato de verdade possuem, e aos que não querem se expor e brigar nas ruas pelos votos com propostas, pois lhes faltam o poder do convencimento, capacidade e currículo de trabalho... As alternativas de escolhas não podem ser vistas como um desastre, um problema...

Por não ter (ou eliminar) alternativas, sapos e cobras reunidos num mesmo balaio inviabilizaram o governo de Luiz Adilson Schmitt, no chapão liderado pelo PMDB. Não houve discussão. Faltaram opções. Sufocaram nomes. “Uniram” o que não podia ser unido. Tudo entre paredes, entre poucos. Não deu certo, como não dá certo hoje com o PT de Dilma Vana Rousseff, sitiada e chantageada para se manter no poder à custa do nosso sacrifício. No governo de Adilson, a própria base arruinou a sustentabilidade na Câmara. Quem perdeu com a redução de candidatos em 2004? Gaspar!

Os leitores e leitoras desta coluna, já sabiam há mais de ano. A imprensa e as autoridades daqui, estavam – e continuam - obsequiosamente em estranho silêncio. Sempre reportei o golpe que Blumenau quer aplicar em Gaspar, retirando a verba estadual do Anel de Contorno Sul além de deslocar uma ponte projetada sobre o Rio Itajaí Açú no Bela Vista para construí-la defronte ao Sesi, em Blumenau, e lá achar uma saída para a BR 470 pela agora tortuosa Silvano Cândido da Silva, que ficará mais reta e será duplicada.

Entretanto, finalmente, este assunto foi tratado fora desta coluna. E por que? Porque o senador Dalírio Beber, PSDB, que é identificado com Blumenau, posicionou-se a favor deste projeto, avalizando o que move políticos, entidades e imprensa de lá de forma integrada. Repito: de forma integrada em favor da cidade e cidadãos de lá.

E qual o objetivo de se levantar o caso desta forma? Constranger a vereadora Symone Zimmermann Nagel, PSDB. Ela foi a única a defender o Anel de Contorno, ir a Florianópolis – onde sentiu no governo do estado ser este um caso perdido por lá e aqui a má vontade do secretário regional Cássio Quadros, PSD - e fazer reuniões técnicas por aqui, onde não encontrou eco.

E qual a relação deste assunto com Dalírio Beber? Primeiro ele é o líder do PSDB na região. Segundo: Dalírio é um dos padrinhos da candidatura de Andreia a prefeito de Gaspar e neste assunto do anel, os dois estão aparentemente em lados opostos. O PSD e o PT aproveitaram a brecha.

“Eu não mudei de ideia. Blumenau tem todo o direito de criar a saída sul para a BR 470 que ela quiser, mas Gaspar possui o direito de ter o seu Anel de Contorno.  Uma necessidade não anula a outra. Eu já falei com o senador sobre este assunto”, informou Andreia.

Este projeto é de 1984, foi feito pelo antigo DNOS depois das grandes enchentes de 1983 e 1984. Em 1994, houve um momento para tirá-lo da esfera federal e trazê-lo para a esfera estadual para tentar viabilizá-lo. Mas, faltam recursos. E daí o jogo de Blumenau, que se fortalece com a inércia de Gaspar.

E por que esta notícia velha se tornou nova? Foi uma tentativa do PSD de Gaspar – alinhado com o PT, por enquanto - de criar uma saia justa com Andreia. O PSD quer que ela desista da candidatura ou que ceda a cabeça de chapa para o PSD na linha auxiliar que faz para o PT.

Ao mesmo tempo o PSD e na notícia se esconde quem é que está querendo fazer esta troca – tirar a verba do orçamento de Gaspar e colocar em Blumenau -  é o governador Raimundo Colombo, PSD. Por que? Para resolver a pressão organizada (e legítima) de Blumenau e a falta de recursos no orçamento estadual para as obras da saída sul de Blumenau. Simples. Aproveitam que Gaspar está sem liderança, está dividia...

Outro fator de cobrança é do próprio prefeito de lá que age pela cidade, Napoleão Bernardes, PSDB, diferente do que se passa aqui com Pedro Celso Zuchi, PT. Napoleão sabe que o seu possível rival na disputa contra a sua reeleição, o deputado Jean Jackson Kuhlmann, PSD, o que manda no PSD de Gaspar, inclusive na aliança com o PT, não teria como boicotá-lo e ser contra tal pedido: a ligação sul de Blumenau com a BR 470.

Então quem é contra Gaspar neste caso? O governador do PSD, Raimundo Colombo, que não tendo recursos resolveu “roubar” os de Gaspar; o secretário regional do cabideiro de empregos para políticos sem empregos, Cassio Quadros, PSD, os deputados do PSD, incluindo o Ismael dos Santos além de Kuhlmann, que estão em silêncio neste assunto na busca de votos para a prefeitura de lá; e os vereadores do PSD de Gaspar – Giovânio Borges, Marcelo de Souza Brick, além do ex-presidente do diretório, Fernando Neves -, que não defendem o projeto do Anel de Contorno, porque não podem ser contra o governador, porque perderam o discurso e agora não querem azer escada para Andreia. Ela só abraçou esta causa, por omissão deles.

E quem perde? A cidade e os gasparenses; as entidades aparelhadas; os políticos divididos; e parte da imprensa, se não foi enganada e assim, está perdoada (mas tinha a obrigação de checar), faz o serviço de gente que trabalha contra a cidade para salvar os seus interesses pessoais e imediatos. Vergonhoso. Gaspar e as lideranças fazem o papel a favor da cidade. E aqui o aprendizado, por enquanto é zero. Acorda, Gaspar!


 

Edição 1738

Comentários

Belchior 3/4
25/02/2016 20:36
Posto de saúde do belxó sem material para abturação dentária desde o início do ano(ano passado 90 dias sem médico) e calçamento e asfalto com crateras até em frente da rua do desvereador KIXNA.

Saída do belxó baixo próximo ao Segalas não pode mais atravessar a BR 470 sentido blumenau e tem uma placa que manda seguir para gaspar. O retorno deve ser feito em cima do moro da pedreira(?) do tucanalha Leonel Pavan por ser um lugar mais seguro e permitido o retorno como marca a falta de tinta no meio da pista.

Aí kixna, não ganha mais de 50 votos este ano, vai acabar a boquinha ou acha que vão ganhar o executivo em gaspar para ficar com uma secretaria? kkkkk.
Sidnei Luis Reinert
25/02/2016 19:55
PT ocupa a Veja

Brasil 25.02.16 08:44
O PT passou 13 anos tentando destruir a Veja.

Agora não é mais preciso: André Petry é o novo diretor da revista.

Eu, Diogo, considero irônico que o PT tenha assumido o controle da Veja num momento em que tanto o PT quanto a Veja caminham para a extinção.

http://www.oantagonista.com/posts/pt-ocupa-a-veja
Paty Farias
25/02/2016 13:51
Olá, Herculano;

Desenhando o que disse Upiara Boschi.
Mais um rato está abandonando o PTanic.
Erva Daninha
25/02/2016 13:38
"
Oi, Herculano;

Frase do dia no Blog do Noblat:

"Eu não temo o Ministério Público, nem a Polícia Federal. Agora, tem gente graúda aí que anda fugindo da Justiça. E como não conseguem se explicar, porque lhe pagaram tantas contas, botam a culpa no FHC. Francamente, virou gozação."
Fernando Henrique Cardoso.
Ana Amélia que não é Lemos
25/02/2016 13:25
Sr. Herculano:

A 23ª fase da operação Lava-Jato chama-se Acarajé em homenagem a PresidANTA.
É que desde o tempo de militância a terrorista Dilminha adora acarajés, principalmente aqueles bem apimentados, todos é claro legalizados e declarados para os baianos do TSE.
Herculano
25/02/2016 13:05
A CARA DE UM GOVERNO QUE SACRIFICA O PAÍS E OS MAIS POBRES DE QUEM TOMA VOTOS E ENGANA NA PROPAGANDA E DISCURSOS. MANCETE DO DIA DESEMPREGO VAI A 7,6% EM JANEIRO, O MAIOR PARA MÊS EM SETE ANOS, DIZ IBGE

O desemprego em janeiro foi de 7,6%, a maior taxa para o mês desde 2009, quando tinha sido de 8,2%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A taxa subiu 0,7 ponto percentual na comparação com dezembro (6,9%). Em relação a janeiro de 2015 (5,3%), a alta foi de 2,3 pontos percentuais.

Os números foram divulgados nesta quinta-feira (25) pelo IBGE e fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), com dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

De acordo com essa mesma pesquisa, a média de desemprego em 2015 foi de 6,8%.

Número de desempregados sobe
O número de desempregados nas regiões analisadas pelo IBGE subiu para 1,9 milhão. Houve alta tanto na comparação com dezembro (mais 156 mil pessoas, ou 8,4%), quanto em relação a janeiro de 2015 (mais 562 mil pessoas, ou 42,7%).

O número de pessoas com emprego foi estimado em 23 milhões, caindo tanto na comparação com dezembro (menos 230 mil pessoas, ou 1%), quanto em relação a janeiro de 2015 (menos 643 mil pessoas, ou 2,7%).

Outra pesquisa do IBGE, divulgada na semana passada e que é mais ampla, porque usa dados de várias cidades de todo o Brasil, indicou que o número de desempregados aumentou 41,5% em um ano, chegando a 9,1 milhões no trimestre entre setembro e novembro do ano passado. Essa outra pesquisa é chamada Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Salvador tem maior desemprego
A pesquisa divulgada nesta quinta-feira indicou que o desemprego em janeiro subiu em todas as regiões pesquisadas, na comparação com o mesmo mês de 2015:

Salvador: de 9,6% para 11,8%;
Recife: de 6,7% para 10,5%;
São Paulo: de 5,7% para 8,1%;
Belo Horizonte: de 4,1% para 6,9%;
Porto Alegre: de 3,8% para 5,9%;
Rio de Janeiro: de 3,6% para 5,1%..
Em comparação com dezembro, o desemprego aumentou em duas regiões: São Paulo (de 7% para 8,1%) e Belo Horizonte (de 5,9% para 6,9%). Nas demais, ficou estável, segundo o IBGE.

Queda na educação e em serviços domésticos
Entre dezembro e janeiro, o número de trabalhadores ficou estável em quase todos os setores. Tiveram queda apenas Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade (-2,8%, ou 111 mil pessoas) e Serviços domésticos (-6,4%, ou 93 mil pessoas).

Em relação a janeiro de 2015, o número caiu na Indústria (-8,5%, ou 298 mil pessoas) e em Outros serviços (-3,4%, ou 155 mil pessoas). Os demais setores não tiveram variação significativa, na análise do IBGE.

Renda cai 7,4% em um ano
O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores foi de R$ 2.242,90, uma queda de 7,4% em um ano (em janeiro de 2015, era de R$ 2.421,51).

Na comparação com dezembro (R$ 2.273,44), diminuiu 1,3%.

Número de carteiras cai 2,8%
O número de carteiras assinadas no conjunto das regiões metropolitanas analisadas pelo IBGE foi estimado em 11,6 milhões em janeiro. São 336 mil pessoas a menos em um ano, o que representa queda de 2,8%.

Em relação a dezembro, o número ficou estável, segundo o IBGE.

Pesquisa vai acabar
O IBGE anunciou que vai acabar com a PME neste ano, e manter apenas a Pnad Contínua mensal que, segundo o instituto, é mais abrangente, porque usa dados de cidades de todo o país. A última divulgação da PME está prevista para março.

Outra pesquisa sobre emprego já foi encerrada, a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), que era focada na indústria. A última foi divulgada no dia 18 deste mês e indicou que o número de trabalhadores na indústria em 2015 caiu 6,2%.

Além do IBGE, o Ministério do Trabalho também apresenta dados sobre emprego, levando em conta o número de contratações e demissões de pessoas com carteira assinada, baseados no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

No mês passado, o Ministério divulgou que o Brasil perdeu 1,54 milhão de vagas de trabalho com carteira em 2015, pior resultado para um ano desde o início da pesquisa, em 1992.

9,1 MILHÕES DE DESEMPREGADOS COM ALTA DE 41,5%
Herculano
25/02/2016 12:50
CRISE E DESGASTE TIRAM A EFICÁCIA DE DISCURSO DE LULA E PT, editorial do jornal O Globo

Acompanhado pela sonoplastia de um panelaço em várias capitais, o programa do partido atestou a dificuldade dele e do seu maior líder de reagirem ao momento
O conhecido termo "dia para esquecer" se encaixa à perfeição a esta terça-feira para Lula e PT. A jornada aziaga começou cedo, com as manchetes dos jornais noticiando a decretação da prisão do marqueteiro João Santana, o preferido nas três últimas eleições presidenciais petistas, como resultado da 23ª fase da Lava-Jato, batizada, com a ironia de costume, de Acarajé. Relação direta ao fato de ter mirado, entre outros alvos, a baiana Odebrecht, suspeita de transferir no exterior, para Santana, também conterrâneo, alguns milhões de dólares suspeitos. Suposições da ligação dessas transferências com, pelo menos, a campanha de 2014 de reeleição de Dilma Roussef angustiam o PT.

A terça continuou tensa para o lulopetismo, até ir ao ar, antes do JN, o programa do partido. E em boa parte dos dez minutos do vídeo de propaganda ecoou em pelo menos 14 capitais o mais barulhento dos últimos panelaços. Foi reservado a Lula o espaço nobre da parte final do programa, e, quando ele foi ao ar, notou-se que o barulho subiu de decibéis.

O conteúdo do programa também não ajudou o carismático líder petista nem o partido. O PT tem feito um esforço de "unir os brasileiros" para, juntos, enfrentarem uma crise "que vem de fora". Sintomaticamente, a marquetagem petista aposentou, ou quase isso, a cor vermelha, clássica dos partidos de esquerda, sempre brandida com orgulho (e agressividade) nas ruas. Passaram a surgir na TV bandeiras verdes, azuis, amarelas.

Mas não está fácil dar meia volta em um discurso já cristalizado, de tanto ter sido repetido anos a fio, do "nós contra eles", do Brasil dos bons (o PT) e dos maus (a oposição).

O partido usa o horário eleitoral dito gratuito para se mostrar perplexo: "Por que tanto ódio?" O ódio destilado na política é sempre perigoso e indesejável. Mas se a cúpula do partido fizer um rápido exercício de autocrítica constatará que tem sido o PT que não guarda limites nas suas campanhas, ao investir contra candidatos adversários e seus apoiadores. Um caso recente é o que foi feito, sob inspiração do hoje trancafiado João Santana, no espaço da campanha de Dilma na TV, contra a adversária Marina Silva, por meio de ataques a Neca Setúbal, a "banqueira", amiga e correligionária de Marina.

Lula, por sua vez, perdeu uma oportunidade para se defender, com explicações sobre as suspeitas que o rondam, a partir de alguns inquéritos em andamento. Preferiu ressaltar que os governos do PT foram os melhores, quando milhões saíram da pobreza etc. O problema é que isso ficou no passado, e o presente é dramático ?" inflação elevada, recessão profunda e desemprego em alta. Muitos que saíram da pobreza voltam para ela.

Em um ato falho, ao atacar a elite que "não quer dividir a poltrona do avião com o nosso povo", Lula voltou a dividir o país entre "nós" e "eles". Qual o discurso que vale? A crise e o desgaste dos escândalos superam a capacidade de Lula e do partido de reagirem.
Sidnei Luis Reinert
25/02/2016 12:21
Todo poder aos sovietes do fisco tupiniquim: STF acaba, na prática, com sigilo bancário no Brasil


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A informal União das Republiquetas Soviéticas de Bruzundanga obteve ontem uma vitória consagradora na mais alta Corte do Judiciário. Por nove votos a dois, o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade da Instrução Normativa da Receita Federal que obriga os bancos a informarem ao fisco a movimentação mensal acima de R$ 2 mil (feita por pessoas físicas) e superior a R$ 6 mil por pessoas jurídicas. A decisão do STF, que na prática quebra o sigilo bancário, teve até direito a nota oficial de comemoração pelo Ministério da Fazenda, celebrando "a obtenção de importante vitória".

A derrota suprema foi dos contribuintes compulsórios do País dos 92 impostos, taxas, contribuições e infindáveis multas ou portarias das Receitas federal, estaduais e municipais. Referendaram a ditadura das Instruções Normativas do fisco os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Lewandowski. Apenas votaram contra os ministros Marco Aurélio e Celso de Mello, mesmo argumentando que o poder público não pode vasculhar as contas dos contribuintes arbitrariamente, sem autorização do Judiciário.

No Brasil Capimunista, rentista e corrupto, foi mais uma vitória do poder estatal contra a liberdade econômica do cidadão. O argumento do mais antigo integrante do STF, Celso de Mello, foi solenemente ignorado: " A administração tributária, embora podendo muito, não pode tudo. Sob pena de inadmissível consagração de eventual atuação arbitrária do Estado, com inaceitável comprometimento do direito que assiste a qualquer pessoa, uma vez que quebra de sigilo não pode converter-se em instrumento de indiscriminada devassa, havendo necessidade, caberá à administração tributária dirigir-se ao Poder Judiciário".

Quem garante que o monitoramento da Receita só poderá ser realizado se houver procedimento administrativo instaurado para apurar a suposta infração cometida pelo contribuinte (conforme ponderaram os ministros que aprovaram a monstruosidade burocrática). Até o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, mesmo votando a favor, foi obrigado a fazer uma advertência: " Não é possível permitir que o Fisco fique manipulando os dados sigilosos por muito tempo sem notificar o contribuinte".

O argumento do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi fundamental para convencer os ministros do STF: "Nos EUA, qualquer transação realizada acima de 10 mil dólares é automaticamente comunicada à autoridade tributária, e continua sendo uma democracia. A atuação administrativa se dá da mesma forma que ocorre no Brasil. Não há aqui quebra de sigilo, o que há é a transferência do sigilo a órgãos que têm como atividade própria a lida com o sigilo no seu dia a dia".

Na mesma balada, os ministros que deram mais poder à Super Receita Federal ponderaram que a norma é importante para garantir a arrecadação de impostos e frear o cometimento de crimes ?" como a sonegação fiscal, a lavagem de dinheiro e a corrupção. Os "inocentes" ministros do STF ainda lembraram que auditores da Receita que vazarem informações sigilosas sobre contribuintes podem ser responsabilizados administrativamente e criminalmente por desvio de comportamento.

O voto do ministro Gilmar Mendes, classificado pela petelândia como "opositor", foi um dos libelos da liberalidade para dar todo poder ao fisco dos sovietes tupiniquins: "Ninguém duvida que o indivíduo tem o direito de manter longe dos olhos públicos suas informações privadas, inclusive as relativas à vida financeira. No entanto, o Fisco tem o dever de identificar o patrimônio, o rendimento e as atividades econômicas do contribuinte, conforme previsto na Constituição, e precisa dos meios necessários para tanto".

Na prática, a maioria do STF deu plena constitucionalidade à Lei Complementar 105, de 2001, que autorizou as autoridades fiscais a acessar informações bancárias dos contribuintes sem necessidade de decisão judicial autorizando a quebra do sigilo. Também deu aval pleno para a Instrução Normativa 1.571, baixada em julho de 2015, determinou que os bancos informem ao Fisco movimentação financeira mensal acima de R$ 2 mil feita por pessoas físicas e acima de R$ 6 mil feita por pessoas jurídicas. A Instrução Normativa criou a e-Financeira, um sistema que obriga as instituições financeiras a informar eletronicamente essas transações à Receita Federal.

A entrega de dados financeiros será feita não apenas pelos bancos, mas por seguradoras, corretoras de valores, distribuidores de títulos e valores mobiliários, administradores de consórcios e entidades de previdência complementar. Com os dados da "e-Financeira", o Fisco vai cruzar informações para verificar compatibilidade com os valores apresentados na declaração do Imposto de Renda.

Em resumo: as diferentes gestapos brasileiras ganharam mais um presentão do STF para aprofundar o bisbilhotamento da vida dos cidadãos, enquanto a corrupção estrutural e sistêmica continua comendo solta no Brasil da impunidade. Os promotores do rigor seletivo vão fazer a festa. Os inimigos do Estado vão pagar o pato - e cada vez mais impostos, taxas, contribuições e multas...
Herculano
25/02/2016 07:19
COMANDANTE DO NAUFRÁGIO, DIZ QUE A CULPA É DOS AFOGADOS, por Augusto Nunes, de Veja

Na missa negra disfarçada de comercial do PT, Lula explicou que o naufrágio econômico que comandou, em parceria com Dilma Rousseff, é coisa de afogados que insistem em lamentar o que aconteceu. Os culpados pelo desastre, recitou o Exterminador do Plural, são "as pessoas que falam em crise, crise, crise, repete (sic) isso todo santo dia e fica (sic) minando a confiança no Brasil".

A conversa de 171, abafada pelo desmoralizante panelaço que acelerou o aquecimento para um histórico 13 de março, reiterou que, na cabeça baldia do ex-presidente, qualquer problema desaparece se a palavra que o identifica deixar de ser pronunciada. Como disse o mestre aos discípulos que resistem à tentação da debandada, basta ignorar uma encrenca para que tudo se resolva.

Foi por isso que o restante do sermão não reservou uma única e escassa vírgula ao triplex do Guarujá, nem ao sítio em Atibaia, muito menos à segunda-dama Rosemary Noronha. Lula e o que sobrou da seita ainda não entenderam que as coisas mudaram depois da Lava Jato. Se espera que as delinquências que protagonizou sejam esquecidas, é bom esperar sentado.

Bem mais sensato seria providenciar algum esconderijo reformado por empreiteiros amigos ?"? antes que chegue o Japonês da Federa
Herculano
25/02/2016 07:00
da série: como o partido dele está m ais sujo do que pau de galinheiro, os amigos do peito enlameado, para não perder a boquinha, ensaia renegar o PT e pular fora do barco para continuar a navegar no mesmo mar. Esperteza de sobra para continuar a ludibriar analfabetos, ignorantes e desinformados

DÉCIO LIMA MARCA CONVERSA COM A CUPULA DO PDT, por Upiara Boschi, no Bloco de Notas, do Diário Catarinense, da RBS Florianópolis.

Deve ser quarta-feira [ontem] a reunião do deputado federal Décio Lima (PT) com a cúpula nacional do PDT - leia-se Carlos Lupi e Manoel Dias. O convite para que o petista migre para as hostes brizolistas já foi feito e incluiria no pacote a adesão da mulher e deputada estadual Ana Paula Lima (PT) e os descontentes do PT estadual. Os pedestistas estão otimistas e acenam Décio poderia ser o nome do partido para majoritárias em 2018.

Uma vantagem da migração para o PDT seria a possibilidade de fugir do desgaste nacional e estadual do PT, permanecer na base aliada e ganhar maior autonomia para criticar propostas do Planalto, como a reforma da previdência.
Sidnei Luis Reinert
25/02/2016 06:47
24 DE FEVEREIRO DE 2016
Sub-relator da CPI do BNDES pede o indiciamento de Lula por cinco crimes

São eles: tráfico de influência, tráfico de influência internacional, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e corrupção passiva.

Por Redação Implicante | Tópicos CPI Do BNDES, Deputado Alexandre Baldy, Indiciamento, Lula


Definitivamente, esta não é a melhor fase de Lula. Em meio a denúncias, investigações que chegam à sua família, prisões de aliados e outros fatos alarmantes, agora mais essa. O deputado Alexandre Baldy (PSDB/GO), sub-relator da CPI do BNDES, sugere em documento final o indiciamento do ex-presidente ?" alegando haver provas ?" nos seguintes crimes: tráfico de influência, tráfico de influência internacional, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e corrupção passiva (os dois últimos, segundo tal hipótese, praticados ainda no exercício da presidência).

As informações são da revista Época e, ainda segundo a reportagem, o relatório será apresentado oficialmente nesta quarta-feira.

Lula - CPI do BNDES - indiciamento

A situação de Lula fica ainda pior.
Herculano
25/02/2016 06:36
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA PARA O JORNAL IMPRESSO CRUZEIRO DO VALE

Vou antecipar o que não vou escrever nela (e por enquanto): o negócio dos políticos de Gaspar no caso do lixo, mas que a cidade inteira sabe a razão de tudo isso. Uns ensacam lixo. Outros ensacam...

Este assunto não é prioritário por uma única razão: outros não escondem a capacidade, a vontade e a coragem de abordá-lo publicamente como ele é. Então ficará sempre inédito a qualquer tempo para esta coluna. Acorda, Gaspar!
Herculano
25/02/2016 06:30
A FICHA NÃO CAIU, por Laura Carvalho, professora de economia da USP, para o jornal Folha de S.Paulo.

Ao anunciar, na sexta-feira passada (19), sua proposta de redução da meta fiscal, o governo deu sinais de ter aprendido com os erros de 2015. Afinal, estabelecer uma meta incompatível com o cenário de frustração de receitas não engana investidores; dificulta o planejamento da política econômica e expõe ao constrangimento de ter de revê-la ao longo do ano.

O restante do pacote fiscal anunciado indica, entretanto, que o governo continua cavando sua própria cova.

É sempre bom relembrar o histórico recente da política fiscal no Brasil. Ao se deparar com a desaceleração econômica em seu primeiro mandato, o governo contribuiu para deteriorar a situação fiscal por meio de desonerações e subsídios, que, por sua vez, não funcionaram para recuperar a economia ou mesmo resgatar sua popularidade junto ao setor empresarial.

Diante do deficit maior e de uma crise econômica e política ainda mais profunda, realiza um ajuste fiscal centrado no corte de investimentos públicos, que acelera a queda do nível de emprego, do crescimento e da arrecadação tributária. A estratégia não obtém o apoio almejado e deteriora sua antiga base de sustentação.

Agora, vendo-se obrigado a reduzir sua própria meta fiscal, que todos já julgavam excessivamente otimista, o governo resolve compensar oferecendo uma intenção de reformar a Previdência, com impacto fiscal previsto para daqui a duas décadas, e uma regra para limitar o crescimento dos gastos públicos em relação ao PIB. Em caso de descumprimento dessa regra, o pacote prevê também uma sequência de ajustes automáticos de despesas.

Na primeira etapa, além de não serem concedidas novas desonerações (ufa!), seriam interrompidos os aumentos reais de despesas de diversos tipos, incluindo salários de servidores, novos concursos e outros itens. Caso não seja suficiente, uma segunda etapa congelaria essas despesas em termos nominais. E finalmente, em um eventual último círculo de Dante, suspenderia o aumento real do salário mínimo, entre outras medidas impopulares.

A substituição de uma meta de superavit primário baseada em receitas incertas por um limite para o crescimento real dos gastos que não fosse atrelado a um PIB igualmente incerto poderia facilitar o planejamento e a ação anticíclica da política fiscal. O mesmo não vale para a fixação de um limite para os gastos como proporção do PIB, e em patamar abaixo do atual, como quer o governo.

Se o Congresso e o conjunto de agentes econômicos fossem inteiramente compostos de economistas fiscalistas, a estratégia talvez funcionasse enquanto saída para a crise política e econômica. Mas, na realidade em que vivemos, essa venda casada não arrancará nenhum aplauso da oposição, servindo apenas para injetar mais desânimo na base do governo.

Além de não mencionar o aumento na taxação de grandes heranças ou o fim da isenção de Imposto de Renda da Pessoa Física sobre dividendos demandado por sua base progressista, a proposta não deixa claro o espaço fiscal para a retomada substantiva dos investimentos públicos e a preservação de empregos. Empregos esses que são fundamentais para a recuperação da confiança dos brasileiros, ao contrário de uma promessa difusa de um ajuste fiscal concentrador de renda para o médio e longo prazo.
Herculano
25/02/2016 06:26
TEMER: CRISE DECORRE "DOS NOSSOS PR?"PRIOS ERROS", por Josias de Souza

Dois dias depois de o PT sustentar em sua propaganda partidária que foi a crise internacional que colocou o Brasil no caminho do brejo, o PMDB vai ao ar na noite desta quarta-feira para trombetear o oposto: "Estamos vivendo momentos muitos difíceis, principalmente em função dos nossos próprios erros", diz o vice-presidente da República Michel Temer no comercial de dez minutos que o PMDB exibirá em rede nacional (assista acima).

Na abertura da peça, a apresentadora lê um libelo oposicionista. Afirma que 2015 foi embora sem que o governo definisse "uma direção firme a seguir." E 2016 começa sob o signo do "desentendimento". É como se o PMDB, no comando de meia dúzia de ministérios, quisesse virar a mesa sem tirar os cotovelos do tampo.

"Enquanto a economia desanda, continuamos desiludidos, duvidando de tudo e de todos", prossegue a locutora. "O desemprego cresce sem parar. E vem de mãos dadas com a carestia. A combinação não poderia ser pior: as famílias perdendo a renda e os preços subindo."

"Nem a banana é vendida mais a preço de banana", tripudia o maior partido do conglomerado governista. "A verdade é que o brasileiro empobreceu, entristeceu e o país precisa reagir: já!" Como se ainda acreditasse no impeachment, o PMDB esboçou a saída.

Temer fez pose de solução: "?Eu acredito que numa democracia o verdadeiro poder está no diálogo. E é através dele que nós vamos sair da crise mais fortes do que nunca. Pode acreditar." Na sequência, o comercial do PMDB enfileirou depoimentos que a marquetagem da legenda preparou para acomodar Temer na antessala do gabinete presidencial.

"O Plano Temer ?"como o documento 'Uma Ponte para o Futuro' ?"é um exemplo da capacidade do partido de unir vozes e lideranças de vários setores", diz o deputado federal Mauro Mariani. O documento mencionado é aquele que o partido divulgou no final do ano passado com um receituário liberal de superação da crise. Nele, anotou-se que o PMDB se dispõe a "buscar a união dos brasileiros de boa vontade."

Não bastasse o Plano Temer, "vem aí [?] o Plano Temer 2, que vai propor como manter e ainda ampliar os ganhos sociais", informa o deputado Rodrigo Pacheco na propaganda do PMDB. E Temer: "O Brasil precisa de pacificação e consenso. Todos nós já sabemos os motivos."

O vice-presidente falou como se já estivesse a caminho da poltrona de Dilma: "Tenho plena convicção de que é possível recobrar o ânimo, resgatar a confiança, e reabrir as portas para o crescimento. Cada um no seu lugar, mas todos juntos, temos que fazer um gesto, dar o passo que falta na direção do entendimento."

Com esse linguajar, Temer evoluiu da condição de vice para a de vice-versa. Nos comerciais de tevê, estimula o impeachment. Na defesa que protocolou no Tribunal Superior Eleitoral, tenta evitar a cassação da chapa Dilma-Temer ecoando os argumentos do petismo e atacando o PSDB de Aécio Neves:

"Doação recebida e declarada de pessoa jurídica com capacidade contributiva, independentemente do que diga um delator, não é caixa dois. Até porque, como visto, o partido-autor [PSDB] foi agraciado com vultosas quantias das mesmas empresas, logo, não há mau uso da autoridade governamental pelos representados [Dilma e Temer].''

Estrelam também a propaganda do PMDB dois dos mais ilustres investigados da Lava Jato: os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros e Eduardo Cunha. A presença de ambos como que anula todo o esforço do partido para apresentar-se como solução. Considerando-se o que a dupla fez nos verões passados, pode-se afirmar que o PMDB é parte do problema.
Herculano
25/02/2016 06:23
FILMES DE TERROR, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

É preciso estômago para enfrentar um programa eleitoral na tevê. Os políticos costumam se expressar mal. Os partidos têm pouca credibilidade. Os discursos não interessam a quase ninguém. Com a popularização da internet, a propaganda obrigatória ficou ainda mais obsoleta. Em pouco tempo será peça de museu, como as urnas de lona e as cédulas de papel.

Enquanto isso não acontece, o telespectador é submetido ao espetáculo dos marqueteiros. Nesta semana, em dose dupla. Na terça, foi ao ar o programa do PT. Hoje será a vez do PMDB. Os dois partidos tiveram direito a dez minutos em horário nobre, entre a novela e o telejornal.

Os petistas investiram no discurso motivacional. "Quem já viu o Brasil superar momentos muito piores sabe olhar o presente com coragem", diz uma locutora no estúdio. "Você tem que ser otimista, tem que ter esperança", emenda uma atriz no papel de vendedora de cachorro-quente. "A gente não pode entregar os pontos", complementa uma falsa vendedora de biscoitos.

Pela narrativa do PT, a crise se limita a um problema de baixa autoestima. Se o povo cantar o hino e recuperar o otimismo, o país voltará a crescer. Adeus, recessão.

Na propaganda do PMDB, que já está na rede, o clima é de filme de terror. "Enquanto a economia desanda, continuamos desiludidos", diz uma atriz vestida de preto. "O desemprego cresce sem parar, e vem de mãos dadas com a carestia. A combinação não poderia ser pior", continua.

Poderia sim. Na sequência, entram em cena os políticos do partido, num desfile macabro de investigados na Lava Jato e deputados de cabelo pintado de acaju.

Os dois programas são exagerados, um para cada lado. O do PT vende um mundo cor-de-rosa. O do PMDB fala de um país que não tem mais solução. Nem parece que os partidos são sócios do mesmo governo, disputaram a eleição juntos e ainda dividem verbas e ministérios.
Herculano
25/02/2016 06:20
PARA MINISTROS, 23ª FASE PRESSIONA AÇÃO NO TSE, por Cláudio Humberto, na coluna a que publicou hoje nos jornais brasileiros.

Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reagiram preocupados à 23ª fase da Operação Lava ato, que resultou na prisão do marqueteiro João Santana, um dos mais influentes personagens do poder petista. Um dos ministros manifestou preocupação de que o caso, de grande repercussão, tenha o objetivo de pressionar o TSE a decidir pela impugnação da chapa Dilma-Temer, como pretende a ação do PSDB.

CANCELOU, ANULOU
O TSE vai decidir sobre o cancelamento do registro da chapa Dilma-Temer e consequente anulação de sua vitória na eleição de 2014.

FATO NOVO
O PSDB pediu a anexação do inquérito à ação no TSE. O ministro Gilmar Mendes confirmou que novas provas podem ser admitidas.

OFERECEU, DANÇOU
Outro ministro do TSE estranhou que a prisão de João Santana tenha sido decretada após ele se oferecer para esclarecer os fatos.

CAUTELA
A maioria dos ministros do TSE, no entanto, evita críticas à 23ª fase da Lava Jato, cientes de que "é preciso, antes, conhecer os autos".

PSDB AJUDA A SALVAR COUTINHO NA CPI DO BNDES
O PSDB se revela a oposição que a presidente Dilma pediu a Deus. A bancada do partido na Câmara se dividiu porque parte dos deputados brigaram para impedir o indiciamento do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na CPI que investiga as maracutaias nesse banco. Por tabela, os tucanos ajudaram também o fazendeiro José Carlos Bumlai, amigão do ex-presidente Lula que está preso na Lava Jato.

LÍDER DE QUE GOVERNO?
O líder do PSDB, Miguel Haddad (SP), discutia no plenário da Câmara, terça (23), contra indiciamentos na CPI do BNDES, exceto o de Lula.

PIZZA PLANALTO
Seguindo orientação do governo Dilma, o relator da CPI do BNDES, José Rocha (PR-BA), não recomendou um único indiciamento.

DIVISÃO
A divisão no PSDB tem a ver ainda com a eleição para líder, quando Antonio Imbassahy (BA) derrotou Jutahy Junior (BA).

TRATADO COMO EX
"Saíram" com Delcídio do Amaral (PT-MS) do comando da Comissão de Assuntos Econômicos. Como ele não sai voluntariamente, o PT costurou com o PMDB a indicação de Gleisi Hoffmann (PT-PR).

DESAUTORIZADOS
Os tucanos ligados a Geraldo Alckmin foram instruídos a não colaborar com as pautas econômicas de Dilma, como tem defendido Aécio Neves (MG). A avaliação é que pegou mal a atitude de "bom moço" de Aécio.

FALA AÍ, MINISTRO
O deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) vai requerer a convocação do ministro Nelson Barbosa (Fazenda), para explicar o rebaixamento da nota de crédito do Brasil. Só não espera uma confissão de culpa.

ELA VAI
O PT, que não a convidou para participar do seu programa em rede de rádio e TV, esta semana, terá de aturar a presença da presidente Dilma na festa de aniversário do partido, neste sábado (27), no Rio.

PRIMEIRÍSSIMA NECESSIDADE
Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) vai lançar um mestrado em Administração Pública, a ser ministrado em 12 encontros anuais com professores do quilate do ministro Gilmar Mendes e dos senadores e ex-governadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Jorge Viana (PT-AC)

MUY AMIGO
A propaganda do PMDB, que vai ao ar nesta quinta (25), fez ressurgir a crise com o Planalto: critica a condução da economia e defende o plano "Uma Ponte para o Futuro", proposto por Michel Temer para o País.

TRUCULÊNCIA
A segurança do Senado não perde o jeito truculento de abordar a imprensa credenciada. Sem se identificar, os seguranças ameaçam tomar o crachá de acesso e empurram jornalistas.

INTERVENÇÃO
Ciro Nogueira, presidente do PP, serviu ao Planalto e interferiu na disputa pela liderança de sua bancada na Câmara: fez Cacá Leão (BA) desistir. O ex-ministro Aguinaldo Ribeiro (PB) é o novo líder.

PENSANDO BEM...
...o PT completa nesta quinta 36 anos, mas com corpinho de 171.
Herculano
25/02/2016 06:16
O CADÁVER ABRIU OS OLHOS, por Rogério Gentile, para o jornal Folha de S. Paulo.

O governo Dilma Rousseff dava o impeachment como morto, dizia que só faltava enterrá-lo, e se assustou agora que o defunto, chacoalhado pelo marqueteiro João Santana, abriu os olhos e pediu um copo de água.

É perda de tempo tentar adivinhar o que vai acontecer nos próximos meses no país. Há muitos fios desencapados e a prisão do responsável pelas campanhas de Dilma e Lula, sobre o qual recaem suspeitas de ter recebido dinheiro desviado da Petrobras, é apenas o mais evidente.

A investigação da Lava Jato está longe do seu final. Em dezembro, Deltan Dallagnol, coordenador da operação, disse que só 30% do caso, "a ponta do iceberg", havia sido revelado. Há 40 delações assinadas e outras tantas em negociação.

Além disso, há dois fatores potencialmente desestabilizadores para o governo, imerso na baixa popularidade de Dilma (12% de ótimo e bom, segundo o último Datafolha) e numa das piores recessões da história (o desemprego deve atingir 11,5%).

O primeiro é a incapacidade demonstrada até aqui pelo Planalto de reconstruir sua base política no Congresso. O que acontecerá se o governo for derrotado na recriação da CPMF, medida impopular que a própria presidente afirma ser fundamental para o país sair da crise?

O segundo é o chamado cerco ao ex-presidente Lula, fragilizado pelas acusações de ter recebido favores pessoais de construtoras investigadas no escândalo da Petrobras. Se com Lula ativo já é difícil para a presidente ter paz no Congresso, sem ele a situação tende a ficar mais volátil.

Em seu favor, Dilma conta com a baixa temperatura das ruas, hoje anestesiadas, e, ironicamente, com a sustentação do inimigo Eduardo Cunha na presidência da Câmara. Desde que o governo conseguiu rotular o peemedebista como o "pai do impeachment", o processo se enrijeceu de tal forma que foi confundido com um cadáver. Mas o fato é que jamais deixou de respirar.
Lesma Zúque
24/02/2016 22:04
A maior inveja do PT é que eles não tem ninguém como FHC.
Herculano
24/02/2016 19:44
LUIZ CLÁUDIO LULA DA SILVA É O PAI CUSPIDO E ESCARRADO, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

A Folha acompanhou nas últimas semanas as postagens do rapaz no Facebook. O empresário investigado pela Operação Zelotes está bravo: com o juiz Sergio Moro, com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com Marlon Cajado, delegado responsável pela Zelotes, com a imprensa e até com Joaquim Barbosa

Pois é?

"Quem sai aos seus não degenera", diz o velho adágio. Ou mantém a ordem dos degenerados, a gente poderia concluir com alguma ironia.

A exemplo do pai, Luís Cláudio, o caçula de Lula, não se deixa intimidar. A Folha acompanhou nas últimas semanas as postagens do rapaz no Facebook. O empresário investigado pela Operação Zelotes está bravo: com o juiz Sergio Moro, com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com Marlon Cajado, delegado responsável pela Zelotes, com a imprensa e até com Joaquim Barbosa.

O filhote de Lula não gosta também daqueles que falam que há crise no Brasil. Ele compartilhou um banner com ironias sobre o assunto. Lá se lê que os "quiosques estão lotados de crise", o estacionamento do shopping anda "lotado de crise", e as pessoas na fila do restaurante aguardam a "crise desocupar" a mesa.

O rapaz acusado de receber R$ 2,4 milhões de um lobista para fazer um "trabalho" que, em tendo existido, se limitou a um cópia/cola da Wikipédia, não vê crise. O cara que mora de graça num apartamento que pertenceria ao compadre do pai, numa área nobre de São Paulo, não vê crise. Deve ser mais difícil enxergá-la quando não é preciso pagar a conta e quando o dinheiro chega com tanta facilidade.

Ele também não gosta de Moro. Reproduz uma imagem em que juiz segura um cartaz com a seguinte inscrição, incluindo o erro de concordância: "Contrata-se delatores, com ou sem experiência. Objetivo: acabar com o PT".

A imprensa, que seu pai tentou controlar várias vezes, também apanha. Mas aí Luís Cláudio evidencia uma relação, vamos dizer, esquizofrênica com a dita-cuja. Sempre que os adversários do PT são alvos de reportagens desairosas, ele compartilha a informação e a usa como evidência da perversidade dos "inimigos". Quando, no entanto, o PT e petistas são protagonistas de notícias negativas, aí Luís Cláudio não duvida de que é tudo manipulação.

É o pai cuspido e escarrado. Foi assim que Lula chegou ao poder. Acho que já não dará para Luís Cláudio.

Ninguém mais cai nessa farsa, como ficou evidenciado no panelaço de ontem.
Herculano
24/02/2016 15:29
A ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ESTÁ TREMENDO, VEJA INFORMA: MARCELO ODEBRECHT ANUNCIA QUE PRETENDE COLABORAR COM A JUSTIÇA, A QUAL VEM DESAFIANDO E ONDE PODE SER CONDENADO DIANTE DA ARROGÂNCIA E PRETOTÊNCIA POR SE ACHAR ACIMA DA LEI, A MOFAR NA CADEIA.

O texto é de Hugo Marques, da sucursal de Brasília.Preso há oito meses, dono da maior empreiteira do país avisa à Justiça que pretende colaborar com as investigações sobre os repasses de dinheiro no exterior ao marqueteiro do PT

A defesa do empresário Marcelo Odebrecht avisou à Polícia Federal no Paraná que vai colaborar com as investigações da Operação Acarajé, mais recente fase da Operação Lava Jato, que levou para a prisão o marqueteiro João Santana e sua mulher. Em depoimento prestado à Justiça ontem, logo depois da prisão do publicitário do PT, o dono da maior empreiteira do país e uma das principais envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras, permaneceu em silêncio.

Os investigadores queriam saber detalhes sobre os repasses de dinheiro feitos pela empreiteira a João Santana. Segundo a Polícia Federal, empresas offshores ligadas à Odebrecht transferiram 3 milhões de dólares para contas secretas que o marqueteiro mantinha no exterior. O dinheiro teria sido usado para pagar despesas das campanhas presidenciais de Lula e Dilma Rousseff.

Em um ofício encaminhado à Polícia Federal, a defesa do empresário pediu ao juiz que autorizasse a transferência de Marcelo Odebrecht da carceragem da Superintendência da PF para o Complexo Médico Penal de Pinhais, onde ele ficou preso por quase um ano, para que ele concluísse com seus advogados as alegações finais que devem ser apresentadas à Justiça. Em petição anexada ao processo, a defesa também pede um prazo para a redação das alegações finais.

Feito isso, o empreiteiro quebraria o silêncio que se impôs e estaria disposto "a colaborar com essa investigação". Não ficou claro qual exatamente seria o nível de colaboração, mas a simples sinalização já provoca tremores no PT e no governo. Pode ser um blefe, uma forma de ganhar algum tempo, mas pode não ser. Marcelo Odebrecht é considerado o guardião de segredos que podem fulminar de vez a biografia do ex-presidente Lula e causar danos irreparáveis à presidente Dilma.
Ana Amélia que não é Lemos
24/02/2016 14:15
Sr. Herculano:

"O PMDB de Kleber Edson Wan Dall, o PP de Luiz Carlos Spengler Filho, o PSD de Marcelo de Souza Brick, votaram a favor da derrubada das emendas dos vereadores ao projeto de lei 60, que dará por 40 anos (20 anos mais outros 20 de renovação) a quem coletar, transbordar e der destino final ao lixo de Gaspar."

Isto quer dizer que:
PMDB é puxadinho do PT
PP é puxadinho do PT
PSD é puxadinho do PT

Para o analfabeto funcional que estiver lendo e não entender, vai a tradução:

"Puxadinho" que dizer braço de uma organização criminosa.
Herculano
24/02/2016 12:56
ONTEM A NOITE NO SEU PROGRAMA NA TV, O PT VENDEU UM PAÍS MARAVILHA E SE HÁ ALGUÉM QUE OLHE DIFERENTE, SEGUNDO O MARQUETEIRO E O PARTIDO, SÃO OS OLHOS DOS POUCOS DOENTES PESSEMISTAS QUE QUEREM ACABAR COM A MARAVILHA

HOJE UMA MANCHETE MATINAL EM TODOS OS PORTAIS, TEVÊS E RÁDIOS, QUE FARÁ ESTARDALHAÇO NOS JORNAIS DE AMANHÃ DIZ COM TODAS AS LETRAS, QUE O DOENTE É O GOVERNO DO PT, PMDB, PP, PSD, PDT, PCdoB, PR, PRB, PTB...

MOODY'S É 3ª AGÊNCIA A CORTAR NOTA DO BRASIL E TIRAR SLE DE BOM PAGADOR. O GOVERNO NAS CORDAS SACRIFICA O POVO, REBATEU: TUDO ISSO É IRRELEVANTE E PARA SUPERAR EVENTUAIS DIFICULDADES, VEM MAIS PESADOS IMPOSTOS CONTRA O POVO PARA OS POLÍTICOS SE ESBALDAREM

Conteúdo e texto do Uol (Folha de S. Paulo). A agência de classificação de risco Moody's tirou o selo de bom pagador do Brasil nesta quarta-feira (24). A agência cortou a nota da dívida brasileira em dois degraus, de "Baa3" para "Ba2", e colocou-a em perspectiva negativa, indicando que mais cortes podem acontecer.

Com isso, o país perdeu seu último "grau de investimento", uma espécie de selo de bom pagador. Isso indica que o Brasil deixou de ser considerado um lugar recomendável para os investidores aplicarem seu dinheiro.

Das três grandes agências, a Moody's era a única que ainda mantinha o Brasil com o grau de investimento, mas o mercado já esperava que o corte acontecesse. A agência havia colocado a nota em revisão para rebaixamento em dezembro e seus representantes estiveram no país no começo deste mês.

Piora da dívida pública

Em nota, a Moody's afiram que o rebaixamento foi motivado pela "perspectiva de deterioração adicional dos indicadores de dívida do Brasil em um ambiente de baixo crescimento, com a dívida provavelmente excedendo 80% do PIB nos próximos três anos".

Além disso, a agência destacou "a desafiadora dinâmica política, que continua dificultando os esforços de consolidação fiscal das autoridades e adiando reformas estruturais".

"A perspectiva negativa reflete a visão de que riscos de uma consolidação e recuperação ainda mais lentas, ou de que ocorra choques adicionais, estão crescendo", afirmou a agência.

Brasil perde o terceiro selo

A agência Standard & Poor's foi a primeira a tirar o "selo de bom pagador" do Brasil, em setembro. Em seguida, foi a vez da Fitch, em dezembro.

Na semana passada, a S&P voltou a rebaixar a nota da dívida brasileira.

Avaliação indica risco de calote

Um governo consegue dinheiro vendendo títulos no mercado. Os investidores compram papéis com a promessa de receberem o dinheiro de volta no futuro com juros. Quando um governo tem avaliação ruim, considera-se que há risco de dar um calote e não pagar esses investidores.

Se houver desconfiança sobre essa devolução, fica difícil conseguir vender esses títulos, e o país tem de pagar mais juros aos investidores para compensar o risco maior. O país com mais confiança são os EUA.

O rating, ou classificação de risco, indica aos investidores se um país, empresa ou negócio é considerado um bom pagador ou não.

O chamado grau de investimento, por exemplo, indica que uma economia tem baixo risco de dar calote, e que as aplicações financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse país terão risco próximo a zero.
Herculano
24/02/2016 12:46
OS LENÇOIS DE BRASÍLIA, por Elio Gsspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Acompanhar o que políticos e autoridades fazem em pé dá um trabalho danado. Deveria bastar. A desavença da jornalista Mirian Dutra com Fernando Henrique Cardoso reabriu a questão das relações perigosas na corte, que é velha como a Nação. Um filho da marquesa de Santos com d. Pedro 1º nasceu em 1823. Há poucos dias o ex-presidente perguntou: "Por que discutir como se fosse pública uma questão privada?"

Porque contém elementos que justificam sua discussão. Alguns aspectos do episódio são privados, compondo uma trama de folhetim. Segundo Mirian Dutra, ela teve um filho com FHC em 1990. Dois exames de DNA indicaram que a criança não era dele. O ex-presidente aceitou a paternidade e amparou o jovem, educando-o no exterior e presenteando-o com um apartamento em Barcelona.

Mirian Dutra informou que o pai da criança era um biólogo e a palavra da mãe merece respeito. Hoje ela reconhece que isso era mentira e, retomando a linha do folhetim, contesta os exames de DNA. Seu argumento ?""uma mulher sabe quem é o pai"?" é insuficiente. Aí termina a parte que poderia ser vista como privada.

A questão pública surge quando Mirian Dutra revela que em dezembro de 2002, no último mês de FHC na Presidência, assinou um contrato com a empresa Brasif, que suplementou seus rendimentos com cerca de US$ 100 mil ao longo de três anos. A Brasif era a concessionária de lojas de "duty free" em aeroportos brasileiros. Ela nunca prestou qualquer serviço à empresa. Nessa época, vivia na Europa a serviço a TV Globo, onde trabalhava desde 1985.

A concessão de lojas de "duty free" no desembarque de passageiros de voos internacionais é assunto de natureza pública, além de ser uma jaboticaba. O dono da Brasif, Jonas Barcellos, tinha boas conexões políticas. Em 1997 o tucanato baixou de US$ 500 para US$ 300 o teto de compras permitidas aos viajantes. Pouco depois, recuou. Na República dos comissários, a Brasif reciclou-se e teve como consultor o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Em 2006 a operação de lojas de aeroportos da Brasif foi vendida à empresa suíça Dufry.

Barcellos reconheceu que Mirian Dutra foi contratada "para realizar pesquisas sobre preços em lojas e free shops na Europa". Se foi assim, como o contrato previa depósitos mensais de US$ 3.000, a empresa poderia ter suspendido os pagamentos ao ver que ela nada pesquisava.

Esse episódio é um indicador de quanto o Brasil melhorou. Em 1974, Roberto Campos, o corifeu do liberalismo brasileiro, ex-ministro do Planejamento e embaixador na Inglaterra, tinha uma namorada. Chamava-se Marisa Tupinambá. Para tê-la por perto, aninhou-a na embaixada do Brasil em Paris. Um ano depois, demitida, ela foi para Londres, onde recebia uma mesada da Odebrecht. Campos voltou ao Brasil em 1978 e os dois continuaram a encontrar-se até que brigaram na noite de 28 de abril de 1981.

Na dia seguinte, informou-se que Campos fora assaltado e esfaqueado no centro de São Paulo. Dezenas de pedestres suspeitos foram presos. Era tudo mentira. Tupinambá o esfaqueara num apart-hotel a quilômetros de distância do "assalto". Ela publicou sua história no livro "Eu fui testemunha". Conta a lenda que outra empreiteira comprou toda a edição.
Herculano
24/02/2016 12:21
LULA PERDEU MAIS UMA CHANCE DE SE EXPLICAR. E O PT TAMBÉM, por Ricardo Noblat, de O Globo

Dez minutos, ainda mais em cadeia nacional de rádio e de televisão, teria sido tempo mais do que suficiente para Lula pedir desculpas por seus erros e apartar-se das suspeitas que o cercam.

Uma vez que o pedido soasse sincero (e ninguém melhor do que Lula para mentir como se dissesse a verdade), o distinto público até teria sido capaz de perdoá-lo. Quando nada a rejeição a ele diminuiria.


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Temos um povo sensível a pedidos de desculpas; um povo religioso que valoriza o perdão; e um povo também meio bobo, convenhamos.

Em seguida, ele poderia ter explicado por que nomeou para a Petrobras os principais diretores que a assaltaram, detendo-se por fim sobre os casos do tríplex no Guarujá e do sítio de Atibaia.

Lula está sendo acusado de quê? De ocultação de patrimônio? De promiscuidade com as empreiteiras que ganharam muito dinheiro durante seus governos e reformaram de graça para ele o tríplex e o sítio?

Sem que ninguém pudesse lhe fazer perguntas incômodas nem contestá-lo de imediato, Lula ofereceria suas versões para tais episódios. Porque ele já deve tê-las.

Por que não pediu desculpas nem se explicou? Só por que lhe faltou humildade? De fato, ele só é humilde para pedir votos. Certa vez, em Belém do Pará, beijou a mão do senador Jáder Barbalho à caça de votos.

Lula não pediu desculpas porque o personagem que ele encena não combina com um pedido de desculpas. Não deu explicações porque receia ser contrariado por fatos apurados ou a serem apurados pela Lava-Jato.

Sua admissão de erros limitou-se a uma pequena frase que cito de memória: "É verdade que erramos, mas acertamos muito mais". E pronto. A humildade fingida cedeu a vez ao discurso mistificador de sempre.

Chegou ao ponto de culpar a "gente que não gosta de dividir a poltrona do avião" pela falta de credibilidade do governo para tirar a economia da crise mais grave de sua história.

Não lhe criará problemas culpar pela incompetência do governo a "gente que não gosta de dividir a poltrona de avião". Lula só voa em jatinhos alugados e pagos pelos outros. Não divide poltrona.

Antes de aparecer no programa, Lula havia sido apresentado pelo discurso de um locutor que resume o estado de perplexidade em que vive o PT, sem argumentos críveis para defender seu chefe.

Disse o locutor: "Os que hoje tentam manchar sua história, Lula, são os mesmos de ontem. Os preconceituosos que nunca aceitaram suas ideias e suas origens. Mas não vão conseguir. As ofensas, as acusações, a privacidade invadida. Tudo isso passa, Lula".

Tudo passa, de fato. Até mesmo Lula.

Por pouco não foi lembrada a infância miserável de Lula, sua saída do Nordeste para o Sul na boleia de um caminhão, e a morte de sua primeira mulher em um hospital público.

À falta do marqueteiro João Santana para dizer ao PT e a Lula o que eles deveriam dizer, o partido produziu um dos piores programas dos seus 36 anos de existência. Com direito, no final, a coreografia de bailarinos.

A resposta foi imediata: em 14 capitais, e dezenas de cidades país a fora, ouviu-se o barulho furioso de um poderoso panelaço. Talvez o maior desde que virou moda saudar Dilma, o PT e Lula com panelaços.
Sidnei Luis Reinert
24/02/2016 12:18
É Flórida...

Os Estados Unidos anunciaram uma comissão científica para estudar a expansão da zika pela via da transmissão sexual...

Daqui a pouco, nossa genial Presidenta Dilma vai reclamar que a culpa é de alguém da oposição que anda transando com a mosquita Aedes...

Mas a marketagem da petelândia logo vai esclarecer que a culpa é da Picadura do Mosquito...

Abandono programado

Zikagens à parte, uma aposta é que Dilma já está "costeando o alambrado" (como diria seu líder Leonel Brizola) para deixar o PT.

A previsão é que Dilma perca de vez a linha com a rebelião que o Chapolim Colorado Rui Falcão vai armar, na próxima sexta-feira, na reunião do Diretório Nacional do PT, esculhambando o pacotão fiscal da Presidenta.

A partir daí, a tendência é que o rompimento entre Dilma e PT se acelere...

Recusando o Acarajé



Novo verbete

Circula no dicíonário vivo e neolingúistico da internet livre:

Lular: [Do analfabeto Lula]:

Verbo totalmente irregular de estranha conjugação;

1. Ocultar ou encobrir com astúcia e safadeza;
2. Disfarçar com a maior cara de pau e cinismo;
3. Não dar a perceber, apesar de ululantes e genuínas evidências;
4. Mentir;
5. Fingir, simular inocência angelical;
6. Usar de dissimulação;
7. Proceder com fingimento;
8. Proceder com hipocrisia;
9. Ocultar-se, esconder-se, fugir da responsabilidade;
10. Tirar da reta, atingindo sempre o amigo mais próximo, sem dó nem piedade (antes ele do que eu);
11. Encobrir, disfarçar, negar sem olhar para as câmeras e nos olhos das pessoas;
12. Fraudar, iludir;
13. Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade, acreditar que os fins justificam os meios;
14. Voar com dinheiro alheio.

http://www.alertatotal.net/
Herculano
24/02/2016 12:18
OS ALQUIMISTAS ESTÃO CHEGANDO, por Alexandre Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

Sr. Leitão e Sra. Leitoa se divorciaram, e o juiz determinou que ele lhe pagasse pensão em conta conjunta. Tudo corria bem: ele depositava o dinheiro, mas ela não sentia necessidade de sacá-lo, deixando-o em conta.

Ocorre que o Sr. Leitão tinha hábitos caros e permitiu que gastos crescessem além de sua renda, de modo que ficou difícil bancar simultaneamente seu estilo de vida e a pensão, mas não ousou desrespeitar a ordem judicial e continuou com os pagamentos à Sra. Leitoa.

Argumentando, contudo, que ela não sacava os recursos, passou a usá-los para pagar suas despesas, prometendo que, no momento em que ela precisasse do dinheiro, trataria de repô-lo.

Ao mesmo tempo, quando questionado sobre suas fontes de renda pelo banco no qual buscava um empréstimo, somou ao seu salário aquilo que retirava da conta da Sra. Leitoa e ficou indignado quando o gerente se recusou a atendê-lo, apontando que sua renda de verdade, sem os saques da conta da ex-mulher, não era suficiente sequer para pagar seus gastos cotidianos; quanto mais honrar o serviço de um financiamento bancário. Sem crédito, o Sr. Leitão quebrou...

Qual a relevância dessa fábula? Muita, à luz do que veio dentro do pacote de "ajuste" federal anunciado na sexta-feira (19).

Frequentemente o governo é condenado a pagar indenizações. Essas obrigações são conhecidas como "precatórios", e tipicamente o governo faz os pagamentos no ano seguinte ao da condenação. Quando ocorrem, são classificados (corretamente) como gastos e, portanto, aumentam o deficit fiscal. Ficam depositados em bancos federais à disposição dos beneficiários, que podem (ou não) sacá-los.

Segundo, porém, o divulgado na semana passada, para "otimizar" (não riam!) os pagamentos de precatórios e evitar que "fiquem ociosos nos bancos", o governo propõe contabilizá-los como gasto apenas quando o beneficiário sacar esses recursos.

Em 2016 esses desembolsos somam R$ 19 bilhões, dos quais o governo estima (sabe-se lá como) que R$ 6,3 bilhões não serão sacados. Há ainda um saldo de depósitos de R$ 18,6 bilhões, dos quais R$ 5,7 bilhões estão parados há mais de quatro anos. Isso dá um total de R$ 12 bilhões que não serão contabilizados como gastos, ou, de forma equivalente, serão tratados como receitas, cujo efeito será o de reduzir o deficit fiscal do ponto de vista contábil.

Essa sistemática não difere do golpe do Sr. Leitão. Muito embora os recursos pertençam a seus beneficiários, o governo pretende usá-los para se financiar, mas sem reconhecer que se trata de um empréstimo, e sim como se fossem uma fonte de receitas.

Trata-se, portanto, de mais uma "pedalada" fiscal: tratar empréstimos (sem, aliás, consentimento dos proprietários do dinheiro) como receita, reduzindo o deficit fiscal em R$ 12 bilhões (0,2% do PIB).

Quem viveu o Plano Cruzado, há 30 anos, deve se lembrar de outros empréstimos compulsórios, jamais devolvidos, enquanto autores da traquinagem ainda se sentem no direito de dar palpites sobre economia em linguagem empolada para disfarçar sua completa falta de conteúdo.

Isso prova que as juras quanto à transparência fiscal não passavam de hipocrisia. A menos, é claro, que se acredite que o governo resolveu usar um expediente tão tosco apenas para que analistas pudessem desnudá-lo mais facilmente.
Herculano
24/02/2016 12:14
PT CUTUCOU AS PANELAS COM VARA MUITO CURTA, por Josias de Souza

O grande problema do PT não é produzir comerciais. Isso o partido faz em cima da perna. Mesmo com o João Santana na cadeia. A questão é escolher o que dizer ao povo. Edinho Barbosa, o novo marqueteiro da legenda, se esforçou. Mas a propaganda levada ao ar na noite desta terça-feira mostrou que lhe faltou matéria-prima. Com o material de que dispunha, conseguiu apenas cutucar as panelas com vara curta. Vão abaixo sete provocações extraídas da peça do PT:

"Por que tanto ódio e intolerância contra um partido, nesse momento em que o país precisa tanto de união?"

(O que o PT quis dizer com este trecho de sua propaganda é que ele agora concorda com os críticos que avisaram que aquela história de 'nós conta eles' não ia acabar bem.)

"Você tem que ser otimista, tem que ter esperança, a gente vai passar por mais essa, com certeza!"

(O PT quis dizer que, se você reparar bem, verá que não há motivo para tanto pessimismo. A economia está totalmente destrambelhada, possibilidade ideal para ser consertada.)

"Em 2008, uma nova crise abalou o mundo. [?] Essa crise ainda não acabou."

( O PT quis dizer que Lula estava apenas sendo Lula quando declarou que a crise de 2008 era "só uma marolinha.")

"Estamos trabalhando para o Brasil voltar a crescer, sem recuar nos direitos, na renda e no salário dos trabalhadores. Para nós, nenhuma medida econômica pode ser boa se deixar para trás as pessoas", disse na propaganda Rui Falcão.

(O presidente do PT quis dizer que, não fosse por suas responsabilidades partidárias, também bateria panelas.)

"Meus amigos e minhas amigas, de um tempo pra cá parece que virou moda falar mal do Brasil. Olha, eu digo com toda certeza que hoje eu tenho muito mais confiança no Brasil do que quando eu tomei posse em 2003", disse Lula.

(O ex-soberano quis dizer que, em terra de cego, quem tem um olho não diz a ninguém que a rainha que retirou do bolso do colete está nua.)

"É verdade que erramos, mas acertamos muito mais e podemos melhorar muito mais ainda", acrescentou Lula.

(O morubixaba petista quis dizer o seguinte: entre o certo e o errado, há sempre espaço para mais erros.)

"Está na hora de mudar o enredo, vamos deixar de lado o pessimismo e alcançar novas vitórias", declarou um locutor.

(O PT quis dizer que, assim que terminasse a propaganda partidária, iria aderir à oposição e apoiar o impeachment de Dilma.)
Herculano
24/02/2016 12:09
SURUBA POLÍTICA, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Já virou rotina. A cada vez que o Conselho de Ética tenta votar o relatório sobre a abertura do processo contra Eduardo Cunha, o correntista suíço arma uma nova jogada para melar a sessão.

Ontem os deputados voltaram a se reunir para discutir o caso. Como de costume, a tropa do presidente da Câmara não deixou. Os cunhistas protelaram o debate até que o chefe abrisse a ordem do dia no plenário. Assim, o conselho teve que encerrar os trabalhos sem votar nada.

Além da manobra de cada dia, o grupo de Cunha lançou duas ofensivas para amordaçar o conselho. Na primeira, trocou mais um integrante do colegiado. É a terceira vez em que isso acontece desde o Carnaval.

Numa atitude incomum, o líder do PSD, Rogério Rosso, abriu mão de uma vaga reservada ao partido. Aliado do presidente da Câmara, ele cedeu a cadeira ao baiano José Carlos Bacelar, do PR, cujo voto é conhecido: pelo arquivamento da denúncia.

A segunda frente foi aberta pelo advogado de Cunha. Ele pediu ao Supremo Tribunal Federal o afastamento do presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo. O deputado do PSD tem atuado de forma independente e rejeitou todas as pressões para engavetar o caso.

Enquanto o peemedebista continua a ganhar tempo, seus aliados se esforçam para destruir o fiapo de credibilidade que ainda resta ao conselho. Ontem a estrela do circo foi Vinicius Gurgel, do PR. "Isso aqui está virando uma suruba", disse. "Aqui é tudo fachada de grande fundo de cabaré, é uma suruba isso daqui."

O presidente Araújo cobrou um "palavreado condizente com o Parlamento". "Vou tirar dos anais a palavra usada por vossa excelência", avisou. Gurgel não deu o braço a torcer: "Uma suruba política, presidente!"

*

Piada que corria ontem entre no Congresso: em 1992, Collor caiu por uma Fiat Elba. Agora, Dilma pode cair por causa de um Santana...
Luiz Orlando Poli
24/02/2016 08:52
A dramaticidade de uma economia em frangalhos e levando ao exaspero já com 3 milhões de desempregados que se formos contabilizar com mais critério seriam em média 9 milhões de atingidos pelo flagelo (desemoregado, esposa e um dependente).Não é tão dramático assim ser pouco remunerado no trabalho que se tem,mas dramático mesmo é perder o trabalho do pouco que se é remunerado.Políticas populistas, assistencialistas , clientelistas inviabilizaram nossa economia, numa economia de mercado é imperativo que se cresça mesmo sendo pouco , mas se cresça sustentavelmente, a melhor forma de combater a pobreza é crescer , gerar empregos , ter políticas distributivas , e para concluir ter um estado eficiente na EDUCAÇÃO , SAÚDE e SEGURANÇA PÚBLICA, condições sine qua non para um desenvolvimento socioeconômico sustentável. Se não construirmos equações nessas direções , recessão e expansão economica com certeza se alternaram periodicamente.




Herculano
24/02/2016 04:12
FIRME COMO UM FANTASMA, por Carlos Brickmann

Negar é bobagem: com as investigações sobre o marqueteiro João Santana e suas contas no Exterior, com os vínculos que a Operação Lava Jato vê entre essas contas, as propinas do Petrolão e o financiamento da campanha de Dilma, o Governo acabou. Pode cair por impeachment (tese preferida do PMDB, que herdaria o trono, ao menos para convocar eleições), pode cair por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, cassando a chapa, pode até continuar ocupando os palácios até o final de 2018. Mas não como Governo, e sim como fantasma.

Lula, o braço forte do PT, vem sendo acossado pelas investigações sobre ocultação de patrimônio. Seus dois postes, Dilma e Fernando Haddad, estão ligados a João Santana, o marqueteiro do poder, que cuidou da campanha de ambos. Irregularidades nas contas de campanha de Santana podem atingir os dois.

Como funcionam as coisas no mundo político? Boa parte dos parlamentares tem dois órgãos extremamente sensíveis: o bolso (o que inclui nomeações, postos de poder, diretoria que fura poços), e o - digamos, senso de sobrevivência política. Reeleger-se apoiando um Governo manchado fica bem mais difícil. Repetindo a antiga analogia, os ratos sabem a hora de abandonar um navio.

Se, com toda a famosa base aliada, Dilma passou o ano sem conseguir aprovar um orçamento no prazo, e não foi por falta de favores e nomeações, agora terá ainda mais dificuldades para mover-se. Reformas, como a da Previdência?

Dilma parece que se convenceu - mas cadê o poder político para governar?

ADEUS, PROMESSAS

Governar é algo que Dilma não faz há tempo. Lembra da redução de 10% nos salários do primeiro escalão, inclusive o dela? Não saiu ainda. O fechamento de três mil cargos comissionados (preenchidos sem concurso)? Não saiu ainda. Teto de gastos para água, luz, telefone, diárias e passagens aéreas? Não saiu ainda.
Quanto à transparência de gastos nos cartões corporativos, nem prometida foi.
Herculano
24/02/2016 04:12
XO!, por Carlos Brickmann

A entrada de João Santana na Acarajé irritou muitos marqueteiros: a própria atividade, consideram, é atingida. Chico Santa Rita, pioneiro do ramo (fez as campanhas vitoriosas de Quércia, Fleury, do presidencialismo), abre fogo: "Não se julgue o trabalho mundialmente reconhecido dos consultores em marketing político pelas estripulias de Duda Mendonça, João Santana & Cia. Em 40 anos de atividade, várias vezes tive de optar entre dormir tranquilo ou ter o Japonês da Federal na minha porta. Está tudo contado nos meus quatro livros. Assim como é pública a vida de quem exerce funções públicas, também a vida do marqueteiro político é pública. O problema não está na atividade; está nas pessoas".

NADA A VER 9NEM SABIAM)

O não sabia de nada achou um substituto: o nada a ver. O presidente do PT, Rui Falcão, diz que o partido não tem nada a ver com depósitos em favor de João Santana. A presidente Dilma diz que está tranquila, porque as investigações não têm nada a ver com sua campanha. O prefeito petista de São Paulo, Fernando Haddad, cuja campanha, comandada por João Santana, deixou dívidas superiores a R$ 20 milhões, disse que desde que se elegeu prefeito o assunto nada tem a ver com ele.

Nada a ver - mas pelo menos já sabem. De certa forma, é um avanço.

O FUNDO DO POÇO...

Os panelaços contra o PT, as investigações sobre Lula, a inflação em alta, a deterioração econômica, as pedaladas (sim, são crime de responsabilidade), os problemas de financiamento da campanha de Dilma, tudo tende a levar à retomada do impeachment. PSDB, DEM, PPS, Solidariedade, parte do PMDB e PSB já se reúnem com movimentos de rua (MBL, Vem pra Rua), para coordenar as ações. No dia 13, deve haver manifestações de rua, com os lemas Fora Dilma, Fora PT. As manifestações tendem a crescer com as revelações da Acarajé. E seu crescimento contribui, por sua vez, para enfraquecer ainda mais o Governo.

... COM A TERRA POR CIMA

A inflação oficial, calculada pelo IBGE, deve chegar a 1,42% em fevereiro - que, embora com dois dias a menos, deve superar em quase 50% a de janeiro. A alta se concentra em alimentos, e é bom combustível para manifestações. Mas, caso o caro leitor queira ver Dilma fora, lembre-se: se ela for impedida, o vice Michel Temer assume para convocar eleições, mas sob ameaça de cair também, já que malfeitos na campanha atingem a chapa inteira, e não só a presidente.

Se Temer não assumir, sobe Eduardo Cunha. Se Cunha não estiver disponível, o seguinte é Renan Calheiros. E, na impossibilidade de Renan, assume o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski.

Terá o caro leitor alguma restrição a eles?

AEROPORTO EXPLICA AVIÃO SUMIDO

A concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos esclarece o caso do avião, ex- Vasp, que estava por lá e não está mais. Diz que o avião foi retirado, com base em decisão do juiz da 1ª Vara de Falências da Capital, com a concordância do representante do Ministério Público e do administrador da massa falida da Vasp. A decisão autorizou a Concessionária a dar o destino que melhor conviesse à aeronave abandonada no aeroporto.
Herculano
24/02/2016 04:07
PIZZA EM CPI LIVRA ODEBRECHT PARA BLINDAR LULA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O Planalto atuou para livrar o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini e principalmente o empreiteiro Marcelo Odebrecht na CPI do BNDES. O relator José Rocha (PR-BA) queria indiciar os três, mas o governo determinou "indiciamento zero" com objetivo de blindar Lula, suspeito de atuar como lobista da Odebrecht em operações no BNDES.

PF na cola de Lula

O Planalto "operou" na CPI do BNDES para proteger Lula, mas isso será inútil: ele já é investigado por tráfico internacional de influência

Rolo compressor

O relator José Rocha se reuniu com o ministro Jaques Wagner (Casa Civil), que avisou: o governo não admitiria qualquer indiciamento.

Brincadeira

Sub-relator da CPI, o deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO) decidiu apresentar voto em separado. "O governo brinca com a Câmara", diz.

Cheiro de pizza

Para o presidente da CPI, Marcos Rotta (PMDB-AM), o governo erra na estratégia, porque "pega mal não haver um único indiciamento".

PETROBRÁS ESCONDE ACUSADOS, APAGANDO BIOGRAFIAS

A Petrobras deu sumiço, na internet, às biografias de dirigentes como Armando Ramos Tripodi, ex-braço direito do ex-presidente Sergio Gabrielli e atual gerente de Responsabilidade Social. Ele foi levado a depor sob vara, na 23ª fase da Lava Jato. A página "Memórias da Petrobras" saiu do ar, com a exclusão das biografias de gatunos que são hoje celebridades do mundo do crime, no escândalo do Petrolão.

Chá de sumiço

Sumiram as "biografias", no site da Petrobras, de gente da laia de Pedro Barusco, Renato Duque, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró.

Antigas relações

O petista Armando Ramos Tripodi foi citado na delação do ex-diretor Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar.

Militante na Petrobras

Tripodi está na Petrobras desde 1984: fundou a "oposição sindical" na Bahia e criou o Departamento Nacional dos Petroleiros da CUT.

Lasier na CCT

Lasier Martins (PDT-RS) deve assumir a presidência da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado no lugar de Cristovam Buarque (PPS-DF), que deixou o PDT semana passada e perdeu o posto.

Para evitar golpe

O PSDB decidiu pela saída do senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) da relatoria do processo contra Delcídio do Amaral (PT-MS) no Conselho de Ética para evitar o golpe da "nulidade" articulado pelo PT.

Acarajé provocador

O ministro Ricardo Lewandowski conversava com Arlindo Chinaglia (PT-SP), ontem, no almoço oferecido no Itamaraty a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti, quando o garçom lhes ofereceu acarajés. Chinaglia brincou: "É provocação contra mim ou contra o ministro?"

Ministro Feliz

Em meio às crises de incontrolável mau humor de Dilma, só há ministro relativamente feliz: o das Relações Exteriores, Mauro Vieira. É que, por dever de ofício, ele está sempre a viajar para bem longe de Brasília.

Sobre caráter

O ex-vice José Alencar tinha filha fora do casamento e, mesmo sob pressão da Justiça, não a reconheceu. Já FHC reconheceu um filho mesmo não sendo o pai biológico. Isso diz muito sobre esses políticos.

Na conta do contribuinte

Mais de 36 mil aderiram ao abaixo-assinado no site Change.org para impedir que Câmara, Senado e Itamaraty continuem a torrar, juntos, R$ 57,8 mil por mês com aluguel de salas VIP no aeroporto de Brasília.

MP cantou a pedra

Dias após o Ministério Público do DF determinar a volta ao Complexo Penitenciário da Papuda de 534 agentes de custódia, desviados para a Polícia Civil, dez presos fugiram com facilidade espantosa.

E a ética, doutor?

Ricardo Ern, de Itajaí (SC), deve escapar ileso da grave acusação de pisotear a ética, ao advogar no mesmo processo por quem o contratou e por quem deveria processar. Para recomendar a absolvição, Roberto Pegorini, relator do caso na OAB-SC, alegou que "não houve dolo".

Pensando bem...

...no ritmo atual, o governo Dilma atingirá rapidamente cem por cento de aproveitamento em aparições, nas diversas fases da Lava Jato.
Carrapataço
23/02/2016 22:01
"o PMDB ta vindo pra mudar radicalmente".

É o que dizem desde a fundação do partido. Nós povo, não vimos mudança nenhuma. Esse radical seria roubar mais? Seria enganar mais? Seria se unir e apoiar mais os ladrões do país?

Herculano
23/02/2016 21:42
LULA SURGE NA TELA, E PANELAÇA E BUZINAÇO CHEGAM AO ÁPICE. É O "ESQUENTA" PARA O DIA 13, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

O ex-presidente deve ser hoje o político mais rejeitado do Brasil. Ninguém mais quer saber dessa gente
O panelaço e o buzinaço eram gigantescos desde os primeiros segundos do horário político do PT. Mas atingiu seu ponto alto quando apareceu na tela a figura de Luiz Inácio Lula da Silva.

Eis a prova definitiva de que ninguém caiu na conversa do demiurgo.

Lula deve ser hoje o político mais rejeitado do Brasil.

Se alguém achava que os protestos diminuiriam com a ausência de Dilma, errou feio.

Ninguém quer assistir ao enterro da última quimera do Apedeuta.

O programa do PT é um ótimo esquenta para o dia 13 de março
Herculano
23/02/2016 21:37
TODOS FARINHA DO MESMO SACO. E ELA AGORA VAI PARA O VENTILADOR

O PMDB de Kleber Edson Wan Dall, o PP de Luiz Carlos Spengler Filho, o PSD de Marcelo de Souza Brick, votaram a favor da derrubada das emendas dos vereadores ao projeto de lei 60, que dará por 40 anos (20 anos mais outros 20 de renovação) a quem coletar, transbordar e der destino final ao lixo de Gaspar.

Eliminaram, com isso, praticamente a concorrência.

Luiz Carlos Spengler Filho, inclusive, votou contra a sua própria emenda. Luiz Carlos é o vice de Kleber.

Está ai, uma boa oportunidade para o tal Jovenço explicar esta estranha aliança que o PMDB, PP e o PSD fizeram com o PT explicitamente neste caso e disfarçam em outros. Eles fingem que estão separados e se degladiando. Mas, no fundo se entendem quando se trata de negócios. Acorda, Gaspar!
Herculano
23/02/2016 21:31
MULHER DE SANTANA: "NÃO VOU BAIXAR A CABEÇA", por Josias de Souza

Junto com outros presos da Lava Jato, o marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, submeteram-se a exames de corpo de delito nesta terça-feira, antes de seguir para a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Ao cruzar com os jornalistas, todos evitaram fazer declarações, exceto Mônica.

"Não vou baixar a cabeça não", declarou a mulher do mago das campanhas petistas. Bom, muito bom, ótimo. De fronte alta, as palavras soarão melhor nos depoimentos que Mônica terá de prestar nos próximos dias. Torça-se para que a interrogada não rebaixe o verbo. Ha pelo menos 7,5 milhões de razões par ela falar.
Jovenço
23/02/2016 18:42
Herculano

Assim o teu jornal vai levar espinha, o PMDB ta vindo pra mudar radicalmente.

Voce está enganado, fomos diferentes e tu sabe disso. Venha ao nosso encontro e nao dd encontro a nós.
Herculano
23/02/2016 16:31
PMDB E PSDB FECHAM ACORDO PARA MUDAR LEI DO PRÉ-SAL

Partido do ministro de Minas e Energia apoia proposta do tucano José Serra que retira da Petrobras a exclusividade na exploração do petróleo. Renan quer votar proposta ainda nesta terça mesmo sem aval do Planalto

Conteúdo do congresso em foco. Texto de Leonel Rocha. O Senado deve votar projeto de Serra que enfrenta resistência da bancada do PT
A bancada de senadores do PMDB fechou acordo com parlamentares da oposição para tentar isolar o PT e aprovar o projeto de lei que muda o regime de partilha na exploração do pré-sal. Pelo projeto apresentado no ano passado pelo senador José Serra (PSDB-SP), a Petrobras deixará de ser obrigada a investir pelo menos 30% de todos os investimentos na exploração do petróleo em áreas consideradas estratégicas para o país. Pelo acordo, fechado à revelia do Palácio do Planalto e dos senadores petistas, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) seria o órgão responsável pela definição de quem vai explorar o pré-sal, se a Petrobras ou uma petroleira concorrente.

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), apoia a proposta e pretende colocar o projeto em pauta ainda nesta terça-feira. "Os interesses estratégicos do país serão preservados. A Petrobras não tem mais perna para fazer os investimentos que a lei exige", disse Renan. O acordo para aprovar o novo critério de exploração do pré-sal foi costurado pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que também é senador pelo PMDB do Amazonas e hoje, em razão do cargo no governo, preside o CNPE. Braga avisou à presidente Dilma Rousseff dos termos do acordo e da possibilidade real da aprovação do projeto de lei.

Há uma semana o presidente do Congresso chegou a conversar com Dilma sobre o tema. Ela, segundo Renan, não mostrou resistência. Mas a orientação da direção nacional do PT e dos senadores do partido é rejeitar o projeto de Serra. Para isto, os petistas vão utilizar do regimento para barrar a tramitação da proposta. O senador Walter Pinheiro (BA), que não é mais considerado do PT porque está de saída da sigla, chegou a sugerir a formação de uma comissão especial carta discutir o assunto. Mas o PMDB está empenhado em aprovar logo a mudança no regime de partilha.

O acordo prevê que o CNPE possa decidir deixar com a Petrobras áreas do pré-sal que considere estratégicas. Neste caso, a estatal investiria como única operadora e seria responsável, sozinha, por todos os investimentos necessários para a prospecção e distribuição do óleo. Se decidir que uma determinada área pode ser explorada pelas concorrentes da Petrobras, o conselho fará uma licitação internacional com a participação de todas as demais petroleiras. Na justificativa do projeto, Serra alega que a estatal foi afetada pelas investigações de corrupção pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e não tem capacidade de investir na exploração do pré-sal como deveria.
Odir Barni
23/02/2016 16:06

GASPAR SEM PLANOS PARA OS SERVIDORES.

Caro, Herculano:

Como servidor inativo do município de Gaspar, recebendo, pontualmente em dia meus proventos, assegurados pelos Estatutos do Servidores Municipais, não poderia deixar de dar meus pitacos em relação aos novos dirigentes municipais. Não vejo nestes candidatos alguém preocupado com um Plano de Carreira, uma Reforma Administrativa que atenda as necessidades de hoje. O que eu tenho visto são discussões em torno dos COMISSIONADOS (cargos de confiança), como se os demais servidores fossem apenas coadjuvantes sem formação. Quero voltar a este assunto e relembrar o que fizeram os demais prefeitos quando tiveram a caneta na mão. Talvez muitos irão se surpreender. Prefiro não precisar jogar m.... no ventilador, mas se achar oportuno, modéstia parte, o farei com muito prazer e conhecimento de causa. Sempre gostei de política e não será desta vez que ficarei sem dar minhas opiniões. Não vejo nenhuma novidade na política gasparense,só os grupos aumentaram: o Grupo do PT, o Grupo do PMDB; o Grupo do PP; o Grupo do Adilson; o Grupo do PSBD e os Grupos que se vendem na última hora. Todos os candidatos tem como prioridades: saúde,educação e segurança. Mas,............. nunca esquecem de afirmar que as prioridades das prioridades são os SERVIDORES PÚBLICOS, responsáveis pelo andamento da máquina administrativa. Quando lá chegam começam as nomeações; diretores para tudo, coisas que os servidores de carreira podem desempenhar muito bem sem interferência de outros. A Plataforma desta gente que todos os gasparenses conhecem muito bem é: EM PRIMEIRO LUGAR OS NOSSOS! assim como faz o PT em todos os municípios que governa; depois vamos ver o que sobra no orçamento para oferecer de aumento aos nossos ilustres colaboradores. Gentem..... como dizem as chiitas dai; se Gaspar quer chegar até Floripa para conseguir algo, pense alto, pense maior, diga que seus munícipes não estão contente com apenas dois ou três cargos na SDR de Blumenau. Gaspar precisa dar um BRADO , BATER NA MESA e não ficar sendo intendência de Blumenau como disse uma vez, o então governador, Antônio Carlos Konder Reis. Se não tomarem uma decisão nesta próxima eleição, Gaspar não vai passar da Ilhota que o o barco vai ficar a deriva. Minha opinião é de um botuveraense que adotou Gaspar como sua mãe; que conviveu durante 22 anos com sua gente e seus costumes; que recebe dos cofres do município, dignamente. Salve Gaspar!
Herculano
23/02/2016 14:24
O REACIONARISMO PROGRESSISTA CONTRA A EDUCAÇÃO, por Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre, no jornal Folha de S. Paulo

Parte 1

Vladimir Safatle escreveu na semana passada (19), nesta Folha, um artigo criticando um novo modelo de gestão de ensino que está sendo implementando em algumas escolas de Goiás. Trata-se das OS (Organizações Sociais), entidades privadas sem fins lucrativos contratadas pelo Estado para prestar serviços públicos.

No modelo, a escola pública recebe uma administração profissional, privada, enquanto as questões pedagógicas continuam a cargo do Estado. Na prática, o diretor da escola tem muito mais tempo para se dedicar ao que realmente importa: os alunos e os professores.

A medida aproxima-se bastante do chamado sistema de vouchers idealizado pelo economista e prêmio Nobel Milton Friedman. Com a diferença de que, no modelo do economista, as escolas são privadas e os mais pobres recebem bolsas para estudar na instituição que preferirem, ou seja, as famílias têm um maior poder de escolha.

Safatle afirma que, "a despeito dos modelos de privatização branca, os melhores sistemas do mundo são radicalmente públicos". Pura baboseira. Todos os rankings indicam que as melhores universidades do mundo são privadas.

É claro que é possível que haja uma boa gestão em sistemas públicos. A questão é que, em comparação com a gestão privada, os incentivos para se oferecer um serviço de baixo custo e alta qualidade são muito menores. A Finlândia, que Safatle utiliza como exemplo, possui, sim, um sistema público bem gerido. Mas a administração das escolas de lá é muito mais parecida com as novas OSs do que o antigo e custoso sistema público brasileiro. Os resultados do sucesso finlandês são mérito de práticas que foram incorporadas da iniciativa privada.

Para começar, a educação fica a encargo dos municípios, o que significa que, diferente do Brasil, a gestão é completamente descentralizada. Em vez de terem um órgão federal, como o MEC, decidindo, de cima para baixo, as matérias e os materiais utilizados, os finlandeses têm escolas que são livres para criar seu próprio material de ensino. Além disso, há muito menos burocracia e cabides de emprego. Para se ter uma ideia, o Brasil possui 1,48 não professores para cada professor trabalhando na educação. Na média da OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), cujos países, sem exceção, possuem índices de educação superiores aos do Brasil, este número é de 0,43. Isso significa 1,43 milhão de funcionários a mais no Brasil.
Herculano
23/02/2016 14:24
O REACIONARISMO PROGRESSISTA CONTRA A EDUCAÇÃO, por Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre, no jornal Folha de S. Paulo

Parte 2

Outro ponto ignorado por Safatle é o de que o atual sistema público de ensino do Brasil aumenta a desigualdade. Isso porque as classes mais baixas, que proporcionalmente pagam mais impostos, não têm acesso às universidades públicas. Enquanto os mais pobres são vítimas da péssima qualidade das escolas públicas e, posteriormente, obrigados a pagar para estudar em faculdades privadas, os mais ricos estudam, durante os ensinos fundamental e médio, em escolas particulares que, apesar de oferecerem um serviço muito melhor, quase sempre apresentam um custo por aluno menor do que as escolas públicas.

Na prática, quem não tem condição de estudar em escola particular acaba pagando a universidade de quem tem. O sistema de vouchers ajuda a resolver este problema pois se trata de igualdade de oportunidades: ricos e pobres com acesso a escolas de qualidade.

Quando diz que "quando a sociedade civil se der conta, ela terá um serviço generalizado com professores precarizados" Safatle inventa um futuro conveniente para a sua tese e esquece a realidade do presente. Em nenhum país do mundo a implementação do sistema de vouchers culminou em um serviço generalizado ou na precarização dos professores. Por outro lado, nosso atual sistema de educação se encaixa perfeitamente na descrição do filósofo.

O fato é que o sistema de OSs não é tão novo no Brasil. Entre 2001 e 2011, o estado de Pernambuco recorreu a este modelo para administrar 20 escolas de ensino médio. Depois de experimentar diversas inovações administrativas e pedagógicas, o estado replicou as práticas mais bem sucedidas em toda a rede. O resultado: a taxa de desistência dos alunos do ensino médio despencou de 24,5% para apenas 3,5%.

Safatle também criticou o plano do governo goiano de passar a gestão de 24 escolas para a Polícia Militar. Assim como fez quanto às OSs, não apresentou nenhum argumento prático para justificar sua posição.

De acordo com o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), das 30 melhores escolas públicas do país, dez são militares. Detalhe importante: apenas escolas em áreas extremamente violentas adotam o modelo militar. A escola Fernando Pessoa, em Valparaíso (GO), por exemplo, teve uma professora sequestrada, um ex-aluno assassinado e havia se tornado reduto de traficantes de droga. Depois da adoção do novo modelo, a violência acabou, as notas aumentaram e o número de alunos praticamente dobrou.

O que se vê é que toda a repulsa de Safatle por inovações e avanços na área de educação não passa de puro ódio. ?"dio à iniciativa privada, ódio à Polícia Militar, ódio à eficiência, ódio ao sucesso. A realidade mostra uma coisa, mas a paixão ideológica se nega a aceitar. Sim, a educação nacional está largada às traças. E essa história só vai mudar quando os reacionários do progressismo pararem de dizer "não" às mudanças que têm revolucionado o ensino.
Herculano
23/02/2016 14:17
da série: o péssimo exemplo dos políticos de Blumenau na farra dos pesados impostos.

CÂMARA EMPRESTA MAIS GENTE E MOSTRA NOVAS UTILIDADES, por Carlos Tonet

Aos poucos, a Câmara vai mostrando o seu valor.

A turma anda descobrindo algumas novas utilidades pra ela, dando nova destinação ao excesso de funcionários.

Primeiro, a Câmara emprestou funcionários pro Ministério do Trabalho.

Depois, doou funcionários para o cadastramento eleitoral biométrico.

Agora, a Câmara vai estar emprestando funcionários para o Issblu fazer o recadastramento dos funcionários públicos na Praça do Cidadão.

A Câmara pode fazer isso porque contratou gente demais. Foram mais de 60 concursados, que trabalham em dois expedientes.

Desovar parte desse povo é uma solução inteligente, pois permite maior espaço nas salas e mobilidade nos corredores.

Se você estiver precisando de gente pra carregar sacos de batata de graça, é só encostar um caminhão na frente da Câmara e encher a carroceria com voluntários.
Herculano
23/02/2016 14:13
UM DIA VAI SER MUITO ESTRANHO, por Gregório Duvivier, para o jornal Folha de S. Paulo.

Tudo muda o tempo todo. Antigamente era aceitável ter escravos. Hoje em dia o escravagismo é bastante malvisto socialmente ?"a não ser, é claro, que o dono dos escravos seja uma empresa, e os escravos sejam asiáticos.
Há menos de cem anos, visitantes pagavam para ver aborígenes em zoológicos humanos. Tudo já foi normal até que algum dia ficou bizarro. O que nos leva a perguntar: o que vai ser bizarro daqui a cem anos?

Um dia vai ser muito estranho pessoas se locomoverem num veículo movido a combustíveis fósseis. Um dia vai ser muito estranho o governo dar isenção de impostos para as pessoas comprarem mais veículos movidos a combustíveis fósseis apesar das ruas lotadas e dos oceanos subindo.

Um dia vai ser muito estranho mamilos masculinos serem banais e mamilos femininos serem escandalosos. Um dia vai ser muito estranho o Congresso brasileiro ter só 9% de mulheres. Um dia vai ser muito estranho ser proibido à mulher interromper sua gestação como se o seu corpo pertencesse ao Estado.

Um dia vai ser muito estranho igrejas não pagarem imposto. Um dia vai ser muito estranho um pastor se eleger deputado e citar a Bíblia no Congresso. Um dia vai ser muito estranho ver a figura de Cristo acima do juiz num tribunal laico.

Um dia vai ser muito estranho negros ganharem pouco mais da metade do que ganham brancos ?"sim, esse dado é de 2016.

Um dia vai ser muito estranho pessoas que tratam animais como se fossem filhos comerem animais que passaram a vida enclausurados em campos de concentração porque afinal de contas alguns animais são dignos de afeto e outros não.

Um dia vai ser muito estranho uma pessoa ir presa porque planta uma erva que nunca na história matou ninguém ?"enquanto o supermercado vende drogas comprovadamente letais.

Um dia vai ser muito estranho o salário ser mais taxado que a herança e a renda ser menos taxada que o trabalho. Um dia vai ser muito estranho os bancos falirem e os banqueiros continuarem bilionários.

Um dia vai ser muito estranho você estudar dez anos para ser médico da rede pública e ganhar menos do que ganha uma filha de militar. Um dia vai ser muito estranho filha de militar ser profissão.

Um dia vai ser muito estranho um jornal restringir o conteúdo para assinantes.

Um dia vai ser estranho membros do Judiciário e do Legislativo ganharem supersalários e defenderem o ajuste fiscal.

Um dia
Lesma Zúque
23/02/2016 13:24
O dodói e inveja do PSD é que lhe falta o B.
Herculano
23/02/2016 12:43
CRIME REPETIDO, por Merval Pereira, de O Globo

Parte 1

A desconfiança de que o PT mantinha contas secretas no exterior, de onde retirava dinheiro para financiar suas campanhas eleitorais, inclusive as do ex- presidente Lula e da presidente Dilma, sempre esteve presente na crônica política.

Desde que o marqueteiro Duda Mendonça, em 2005, confessou que fora pago em uma conta não declarada no Caribe aberta a mando o lobista Marcos Valério, até hoje, de acordo com as investigações da Lava-Jato, esse procedimento continuou sendo usado para pagar o marqueteiro João Santana.

Isso significa que o PT atua na ilegalidade pelo menos desde a primeira eleição de Lula, em 2002, e os métodos de lavagem de dinheiro foram sendo aperfeiçoados para tentar esconder as contas secretas.

A teia de contas e bancos pelo mundo montada pela Odebrecht e, segundo as investigações, controlada pessoalmente por Marcelo Odebrecht, serviu para lavar dinheiro desviado da Petrobras para o PT, e pagou os serviços do marqueteiro do momento, assim como Marcos Valério pagou Duda Mendonça no mensalão.

A repetição de métodos criminosos já devidamente comprovados impede que a questão seja tratada pelo Tribunal Superior Eleitoral como banal, pois vários políticos já perderam seus mandatos, de prefeito e governador, devido a abusos do poder econômico muito menos evidentes e sofisticados do que o que agora está sendo desvendado sobre as campanhas da presidente Dilma Rousseff em 2010 e em 2014.

Mesmo que tentem analisar de maneira burocrática a situação posta, interpretando a lei ao pé da letra e sem contextualizar o que representa esse imenso esquema criminoso que está sendo revelado nos detalhes pela Lava-Jato, será um ônus enorme para ministros do TSE fingir que não se depararam com um escândalo sem precedentes na história política brasileira.
Herculano
23/02/2016 12:42
CRIME REPETIDO, por Merval Pereira, de O Globo

Parte 2

Em 2005, tudo era novidade para o mundo político, tanto que provocou choro e ranger de dentes entre os petistas mais sensíveis às questões éticas, que àquela altura já não eram obstáculo à ascensão meteórica do PT ao comando central do país.

Muito antes disso, a ação criminosa de que foram vítimas prefeitos petistas - Toninho, de Campinas, e Celso Daniel, de Santo André - já demonstrava que o caminho do poder petista não seria barrado por pudores de nenhuma espécie.

A consequência da descoberta de grossa corrupção na campanha eleitoral de Lula em 2002 só não teve maior repercussão por um erro estratégico do PSDB, que considerou o então presidente como carta fora do baralho na sucessão presidencial de 2006 e decidiu deixá-lo "sangrar" até o final de seu primeiro mandato.

A recuperação da economia produziu um efeito contrário e ajudou Lula a recuperar o fôlego que parecia ter perdido no início do escândalo. Adaptando-se à situação como o camaleão político que sempre foi, Lula saiu de uma posição de humildade, dizendo-se traído e pedindo desculpas na televisão, para negar até mesmo que tenha existido o mensalão.

Desta vez, não apenas a repetição, mas o aprofundamento do esquema criminoso demonstram que não se deve ter complacência com um partido político que usa de todos os artifícios criminosos possíveis para obter vantagem sobre seus adversários, desde a calúnia e a infâmia, até mesmo desviar dinheiro público para a manutenção de suas atividades político- eleitorais.

O juiz Sérgio Moro já enviou ao TSE os documentos da primeira condenação do ex- tesoureiro do PT João Vaccari, em que está provado o uso do dinheiro desviado da Petrobras para campanhas do PT. A continuidade dessa sistemática utilização de dinheiro público para o caixa de suas campanhas, seja pelo uso de caixa dois, seja pela lavagem através de doações "legais" registradas no TSE, está confirmada em várias delações que confirmam que a campanha presidencial de 2014 também foi irrigada com dinheiro desviado da Petrobras.

Se em 2005 Duda Mendonça acabou sendo absolvido pelo STF, que não viu dolo na sua ação, e safou- se pagando uma multa à Receita Federal, hoje a situação é diferente: a intenção de fraudar as leis está configurada, segundo a PF e os procuradores da Lava- Jato.

Agora, fecha-se o círculo com o esquema da Odebrecht para o marqueteiro João Santana, que pode também ter ajudado o PT em outra circunstância, igualmente criminosa: a Polícia Federal apura a suspeita de que empresas dele trouxeram de Angola para o Brasil cerca de US$ 16 milhões, em 2012, numa operação de lavagem de dinheiro para beneficiar o PT.

Não há como negar as evidências, e o mundo político já joga com a alternativa de o PMDB, diante da realidade, decidir- se pelo impeachment da presidente Dilma para evitar a cassação da chapa pelo TSE
Herculano
23/02/2016 12:40
NA MEMORIA DO TELEFONE, José Casado, para o jornal O Globo

Preso, o empreiteiro Marcelo Odebrecht não fala, mas suas anotações orientam a investigação que, agora, passou a ter a colaboração direta do governo dos Estados Unidos

A prisão de "Vaca" o deixou inquieto. Àquela altura de abril de 2015, porém, mais preocupante era a situação de "RA", um de seus principais assessores. Sempre dissera ao próprio e às famílias ?" inclusive à sua ?" que se algum dia pegassem alguém dele, iria "lá" para proteger. Assim fez no outono. Achou que "RA" seria preso, levou-o para casa. Aumentava o perigo, agora precisava pensar num Plano B.

Na madrugada de uma quinta-feira da primavera passada, pegou seu iPhone preto de bordas cinzas, abriu a pasta "Calendário" e começou ?" era um homem que anotava:

"Delação/fallback (RA)" ?" escreveu. O registro "fallback" era para não esquecer: alternativa extrema em cenário de prisão de "RA", esgotados todos os recursos para livrá-lo.

Acrescentou: "- Livrar todos e soh eu." Ou seja, nessa hipótese, "RA" aceitaria o acordo de delação, mas em bases restritas: livraria todos, deixando-o exposto, sozinho, diante do juiz, procuradores e policiais federais.

Mostraria o plano a "RA", e, com ele, passaria a todos a mensagem devida: no limite, era com ele ?" e, como até as crianças em casa sabiam, não entregava ninguém. Continuou desenhando um roteiro sobre o que "RA" diria num acordo. Por exemplo, sobre "Vaca":

"- Era amigo e orientado por eles pagou-se Feira de cta que eles mandaram. ODB pagava campanha a priori, mas eh certo que aceitava indicações a título de bom relacionamento."

A organização ("ODB") adotara a prática de adiantar financiamentos de campanha, mas só das principais. Aceitava sugestões, eventuais.

Seguiu, pensando na voz de "RA" em depoimento: "Campanha incluindo caixa 2 se houver era soh com MO, que não aceitava vinculacao."

Outra vez, ele posto no alvo. E se, nessa altura, o inquiridor argumentasse sobre "PRC", o diretor da estatal, primeiro preso e delator premiado do caso? Então, "RA" poderia retrucar: "PRC soh se foi rebate de cx2".

Agora anotava em espasmos: "Nosso risco eh a prisão" ... "Acordo Leniência CGU?" ?" sim, era preciso cogitar. E ver com advogados: "Risco Swiss? E EUA?" Porém, ainda mais urgente, era a conversa com o mineiro, governador, com quem previa logo se encontrar. Registrou:

"FP: - Ela cai eu caio; - Dar a dimensao".

Essas notas na memória de um telefone celular são de Marcelo Odebrecht ("MO"), ex-presidente da empreiteira homônima, e orientam a investigação judicial. Ele está preso há oito meses. "Vaca" é João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, preso em 15 de abril do ano passado. "RA" e "MF" são Rogério Araújo e Marcio Faria, ex-assessores de Marcelo na Odebrecht e seus companheiros de cela por quatro meses ?" foram soltos em outubro. "FP" é Fernando Pimentel, governador de Minas Gerais, segundo a polícia. "Ela" não teve a identidade sugerida no inquérito.

Os riscos sobre as contas na Suíça, temidos por ele, se tornaram fatos nas cortes de Curitiba, Brasília e Berna.

Ontem surgiu uma novidade: o Ministério Público Federal anunciou a ativa cooperação judiciária do Departamento de Justiça dos Estados Unidos na investigação sobre lavagem de dinheiro em que a Odebrecht é personagem central, com transferências a partir de bancos em Nova York. Na prática, significa a abertura de processo contra a empresa nos EUA, onde a Petrobras já se defende em tribunais.
Sidnei Luis Reinert
23/02/2016 12:27

Que vergonha aos mortadelas pé-de-chinelo:

De Ronaldo Caiado:

A PF apontou que o Petrolão financiava João Santana no exterior enquanto o marqueteiro do PT elegia presidentes ligados à esquerda na América Latina e Angola.
Por quê? A quem interessa bancar essas candidaturas com dinheiro desviado do Estado brasileiro?
Esse questionamento eleva o esquema desbaratado na Lava Jato a um nível internacional. Prova que a propina dos governos de Lula e Dilma não atendia só ao caixa 2 de campanha e ao apoio da base aliada, mas ao financiamento de um projeto de poder supranacional que criou uma zona de influência na América Latina e África.
Se trata da materialização da agenda do Foro de São Paulo. Um plano de expansão de partidos de esquerda bancado pelo Tesouro brasileiro sob tutela do PT. O caso ganha contornos decisivos para o processo de cassação da chapa pelo TSE e também cria argumentos para se discutir a extinção do PT pelo infringimento grave da Lei de Partidos.

Agência de João Santana elegeu sete presidentes em campanhas eleitorais
Além da sede no Brasil, Pólis Propaganda tem escritórios em quatro países.
Empresa recebeu R$ 70 milhões da campanha de Dilma Rousseff em 2014.


http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2016/02/agencia-de-joao-santana-tem-escritorios-em-quatro-paises.html
Juliano Cardoso
23/02/2016 12:09
Sr. Herculano,

Concordo com vc, mas e os outros candidatos tem ao menos consultado o povo? Qual são os projetos dos outros candidatos?

Obrigado!
Herculano
23/02/2016 07:48
UMA BOA NOTÍCIA. VAMOS DEIXAR DE PAGAR AQUELA TAXA PELO TELEFONE FIXO E SIM SO PELO USO OU PELO PLANO ADQUIRIDO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Desde que a telefonia celular e a internet ganharam a preferência nacional, o governo vinha resistindo em acabar com os contratos de concessão que regem a telefonia fixa, considerada serviço público. Essa era acabou.

Em dois meses, deve ficar pronta a minuta de um decreto que, na prática, permitirá às teles prestarem todo tipo de serviço com uma simples autorização.

Hoje, com exceção da telefonia fixa, todos os demais serviços (internet fixa e móvel, TV paga e telefonia celular) já são prestados com autorizações.

Com essa mudança, a tendência é que o consumidor deixe de pagar a tarifa básica nos planos de assinatura de uma linha fixa e, espera-se, que os preços caiam com a maior concorrência ?"a exemplo do que já acontece na telefonia celular.
Doralino Da Silva
23/02/2016 07:39
Eis que acertei em alguns comentários.

Em algumas colocações que ja fiz nesta coluna, pude perceber que diante do cenário desgastado, incrédulo politico, os mesmos aparecem.

Logo que vi este projeto factoide "pra quem quer mais", mias do que? DO MESMO. Quantas vezes alertei aqui a tentativa de aparecer só em ano de eleição, o PMDB está craque nestas realizações, já se passou praticamente 5 anos, vão pensar em projeto agora? Eu acredito que ... se eu fosse o candidato a prefeito, faria em primeira estancia o projeto para a cidade, um projeto a curto, médio e longo prazo para ser realizado, depois com o projeto pronto ou pelo menos nos finalmente, iria atrás de apoio, apoio dos empresarios, das classes organizadas e principalmente apoio politico. Mas não o projeto de poder acontece ao contrário do que acabei de mencionar, vamos atras de pessoas, depois cidade!

É desta forma que queremos ver a nossa cidade? Não.
Pedro
23/02/2016 07:21
Sr. Herculano !!

Seria prudente, antes de sair em defesa do Confusista Agente de Trânsito, verificar suas "pendengas" no fórum e na delegacia. A coisa esta feia pra ele.
Herculano
23/02/2016 07:03
O PASSADO BATE À PORTA DO PT E VAI ARROMBÁ-LO, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Note-se: os depósitos em questão aconteceram durante a gestão Dilma. Por mais que a presidente ache que dá para voar nas asas da "mosquita", ignorando o escândalo, este insiste em se agitar e em fazer barulho no armário.

O cerco está se fechando. O marqueteiro João Santana, consta, está voltando para o Brasil. Há algumas possibilidades para ele, a saber: a) demonstrar que a conta que recebeu US$ 7,5 milhões no exterior não é sua; b) evidenciar que as empresas que repassaram US$ 3 milhões desse total não têm vínculo nenhum com a Odebrecht; c) deixar claro que os outros US$ 4,5 milhões não saíram de contas do lobista e pagador de propina Zwi Skornick.

E, bem?, sempre há a possibilidade de admitir que é tudo verdade - a conta é mesmo sua e aquelas são as fontes pagadoras -, mas que nada se fez ao arrepio da lei. Afinal, ele teria efetivamente prestado serviço a essas empresas. Mas quais?

Santana é um portento da multiplicação da riqueza. Em 2004, o patrimônio declarado por ele e por sua mulher, Mônica, era de R$ 1 milhão. Dez anos depois, saltou para R$ 78,6 milhões. Isso é que é profissional bem pago! E olhem que ele não produziu nesse tempo um miserável parafuso ?" nem parafuso intelectual, diga-se. O que ele fez foi produzir narrativas para o petismo que levaram o eleitorado a acreditar uma vez em Lula e duas vezes em Dilma. Deu no que deu.

Sua fama atravessou fronteiras e serviu a outros políticos da América Latina, sempre afinados com o PT. Uma das saídas é tentar demonstrar que essa dinheirama toda que entrou em sua conta decorre desses trabalhos no exterior, mas aí é preciso saber por que são aquelas as fontes pagadoras.

Isso tudo já passou há muito do limite do tolerável. Os advogados busquem os caminhos que lhes facultar a lei para tentar suspender imediatamente a prisão provisória de Santana e sua mulher, Mônica, e para provar que o que parece não é. Mas eu insisto que há uma diferença entre a lógica da vida e a dos tribunais.

No comunicado em que renuncia à campanha eleitoral que coordenava na República Dominicana, ele denuncia a existência de um "clima de perseguição" no Brasil. Eu mesmo já apontei aqui medidas atrapalhadas ou mesmo atrabiliárias da Lava Jato. Quanto, no entanto, o marqueteiro de três campanhas petistas recebe US$ 7,5 milhões de duas fontes investigadas pela Lava Jato, ambas com contratos com a Petrobras, e quando não há nenhuma razão conhecida para que tais pagamentos tenham sido feitos, é de perseguição que se fala? A acusação, nesse caso, chega a ser ridícula.

Note-se: os depósitos em questão aconteceram durante a gestão Dilma. Por mais que a presidente ache que dá para voar nas asas da "mosquita", ignorando o escândalo, este insiste em se agitar e em fazer barulho no armário. O passado bate à porta do PT.

Já aconselhei Dilma a renunciar ao mandato, saindo, de algum modo, menos lanhada dessa história toda com o peso nas costas das lambanças fiscais. Mas ela insiste em ficar. E os subterrâneos da campanha do petismo começam a ameaçá-la.

Nesta terça, Rui Falcão, gênio da raça petista, teve uma ideia: resolveu dizer que o PT já fez a sua prestação de contas e que não tem nada a ver com as finanças de João Santana.

Vai dar certo? Bem, é claro que não! O PT vai ter de responder por suas escolhas. O Brasil já não engole mais as suas falcatruas.
Herculano
23/02/2016 06:53
JOÃO SANTANA PRECISA DE UM BOM MARQUETEIRO, por Josias de Souza

Mestre no ofício de esculpir imagens alheias, João Santana revela-se um marqueteiro relapso, muito relaxado na administração de sua reputação. É como se desejasse ajudar a força-tarefa da Lava Jato a demonstrar que não há gênio que não tenha, de vez em quando, a nostalgia da desinteligência.

João Santana revive a aventura brasileira de diante para trás. Da fantasia para a realidade. Parte da fábula - o Brasil fantástico que ele criou nas propagandas eleitorais do PT - e chega à cleptocracia, um país cujo sistema político mantém diuturnamente a honestidade com a cabeça a prêmio.

A odisseia às avessas de João Santana é um retorno pela trilha pioneira. O desbravador volta para inspecionar a Pasárgada das propagandas de campanha e rever os seus conceitos. Horroriza-se ao constatar que nem a amizade com a rainha o livrou das garras da lei. O filme que protagoniza é um relato de sua decepção.

Nos videoclipes de campanha, João Santana exaltava o resgate do orgulho nacional. Ensinava que o brasileiro perdera a mania de depreciar o próprio país. Na sua jornada de volta à realidade, o mago do marketing reencarnou o que Nelson Rodrigues chamava de alma do cachorro vira-lata.

Da República Dominicana, onde se encontrava para cuidar da campanha à reeleição do presidente Danilo Medina, João Santana pôs-se a maldizer a pátria. Em carta endereçada ao partido que o contratara retratou o Brasil como uma República de Bananas, sujeita a inquéritos precários e violações ultrajantes.

"Conhecendo o clima de perseguição que se vive hoje em dia no meu país, não posso dizer que me pegou completamente de surpresa, mas ainda assim é difícil de acreditar", escreveu João Santana sobre o despacho em que o juiz Sérgio Moro ordenara sua prisão temporária.

Na propaganda eleitoral, João Santana esgrimia a tese segundo a qual a lama escorria pelos desvãos da República porque Lula e Dilma haviam soltado as rédeas da Polícia Federal e da Procuradoria. Na sua jornada pelas terras estranhas do Brasil real, o marqueteiro se deu conta de que foi engolfado pelo lodo.

Subitamente, João Santana passou a enxergar ineficiência nas corporações que exaltava. Retorna ao Brasil, agora sem conta de fadas, para se "defender das acusações infundadas.'' Contra a mentira difundida pela força-tarefa de Curitiba, vai "imprimir a verdade dos fatos." Tudo o que deseja é "esclarecer qualquer especulação."

Alguma coisa subiu à cabeça de João Santana no instante em que foi abalroado pela realidade. A serviço do PT, tirava coelhos da cartola. Como gestor do próprio drama, tenta tirar cartolas de dentro do coelho. Alega que o dinheiro que caiu ilegalmente em suas contas no exterior refere-se a campanhas que realizou fora do Brasil.

O único ponto em comum que sobrevive entre a fábula e a realidade é a criatividade. Já não há fronteiras a desbravar. Mas o ímpeto continua. A diferença é que o fabulador já percebeu que não mora do país da sua propaganda. Faltando-lhe melhores argumentos, nada mais resta a João Santana senão rodar em círculos no xadrez até ser consumido pela revelação de que, além de advogados, precisa contratar um bom marqueteiro.
Herculano
23/02/2016 06:49
MANDATO DE DILMA SUBIU NO TELHADO, por Ricardo Noblat, de O Globo

A prisão temporária do casal João Santana-Mônica poderá se transformar, em breve, em prisão preventiva, sem data para se esgotar. Sem a certeza, inclusive, de que se esgotará antes de uma eventual condenação.

Mas o que apavora de fato o governo não é o que possa acontecer com o casal, por mais que Dilma goste dele. Nem mesmo o que o casal possa revelar. Santana e Mônica nada revelarão que deixe mal o governo.

O que apavora é a desconfiança de que o juiz Sérgio Moro já possui indícios e provas convincentes da injeção nas contas da campanha de Dilma à reeleição de dinheiro surrupiado à Petrobras.

É por isso que o governo tremeu quando a Lava-Jato deflagrou mais de uma de suas fases, a 23ª. E nem tão cedo deixará de tremer. O segundo mandato da presidente Dilma, simplesmente, subiu no telhado.

Poderá jamais despencar dali. Ou descer mais adiante. Mas até lá, Dilma não dormirá o sono dos inocentes. Muito menos Lula, às voltas com problemas que talvez resultem no seu indiciamento por crimes.

Moro suspeita que Santana recebeu por meio de contas no exterior parte do dinheiro que ganhou para fazer a campanha de Dilma e orientar em 2014 campanhas do PT em alguns Estados.

Essa parte, calculada em pouco mais de sete milhões de dólares, teria sido paga pela Odebrecht e por um operador de propinas ligado ao esquema do saque à Petrobras, e preso desde ontem.

- É extremamente improvável que a destinação de recursos espúrios e provenientes da corrupção na Petrobras [a Santana e sua mulher] esteja desvinculada dos serviços que prestaram à aludida agremiação política [o PT] ?" decretou Moro.

E foi além:

- Por mais que [o casal] tenha declarado ao Fisco os valores, tinha conhecimento da origem espúria dos recursos [e ocultou valores no exterior] mediante expedientes notoriamente fraudulentos.

Nada pior para Dilma a essa altura.

Ameaçada por um processo inconcluso de impeachment na Câmara dos Deputados, ela receia que agora ganhe mais robustez quatro ações impetradas pelo PSDB no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que pedem a anulação do resultado da última eleição presidencial.

Dilma é acusada de abuso de poder político e econômico para se reeleger e de irregularidades nas contas de sua campanha. Se o TSE concluir que houve crimes, será marcada uma nova eleição, este ano, sem que Dilma e seu vice Michel Temer possam disputá-la.

O PSDB quer juntar às suas ações o que a Lava-Jato apurar sobre o uso de dinheiro sujo para reeleger Dilma. Talvez não tenha tempo hábil para isso.

Uma decisão do TSE a respeito deverá ser tomada ainda neste semestre. De resto, o TSE poderá recusar a juntada às ações de mais documentos.

Se escapar à condenação do TSE, Dilma não escapará, porém, do estrago a ser provocado em sua imagem pela prisão do casal Santana-Mônica.

O publicitário Duda Mendonça, em 2005, confessou ter recebido no exterior 10,5 milhões de dólares que o PT lhe devia por seu trabalho como marqueteiro da campanha que três anos antes levara Lula ao poder. Na época, Lula imaginou que seu mandato acabaria cassado.

Santana jamais foi um simples marqueteiro que apenas ajudou Dilma a vencer em 2010 e em 2014. No primeiro governo dela e neste, Santana foi a pessoa que Dilma sempre consultou para adotar medidas que pudessem se refletir em sua imagem. Quer dizer: as mais importantes.

Ela, com justa fama de ouvir pouco ou quase nada seus principais auxiliares e de só fazer o que quer, sempre ouvia Santana, e levava em conta os seus conselhos. Foi dele a ideia comprada por Dilma de em 2013 reduzir as tarifas de energia. Dilma faturou votos com isso. O país perdeu.

Não poucas vezes, ministros discutiam assuntos com Santana para só depois discuti-los com Dilma. Prefeitos procuravam Santana atrás de ajuda junto ao governo. Da mesma forma, autoridades de outros países.

A preocupação de Santana em não demonstrar importância, seu comportamento sempre discreto, jamais foi capaz de disfarçar a influência que exerceu nos destinos dos governos de Dilma.

A presidente perdeu quem lhe dizia o que falar e o que calar. A Lava-Jato bateu à sua porta. E mesmo que salve o mandato, ficará menor do que já é hoje.
ADILSON LUIS SCHMITT
23/02/2016 06:48
Proposta alternativa, utilizando-se as Vias Municipais, Rodovias Estaduais e BR 470. Aproveitando a ideia do Senador Dalírio Beber, tendo através do Júlio César Zimmermann da Intersindical e demais empresários dando apoio. Abaixo o Itinerário:

RODOVIA INTERMUNICIPAL INTERLIGANDO BLUMENAU A GASPAR

A) JUSTIFICATIVA DESTA VIA INTERMUNICIPAL: ASSIM TERÍAMOS UMA ALTERNATIVA PARA A MOBILIDADE URBANA ENTRE OS MUNICÍPIOS GASPAR E BLUMENAU. UTILIZANDO-SE DAS VIAS MUNICIPAIS, RODOVIAS ESTADUAIS IVO SILVEIRA (SC 108) E JORGE LACERDA (SC 412), RODOVIA BR 470 E A FUTURA PONTE DO VALE!!!!

B) ITINERÁRIO PROPOSTO:
1) RUA ANFIL?"QUIO NUNES PIRES, BAIRRO BELA VISTA, SENTIDO BLUMENAU-GASPAR;
2) RUA ESTRADA GERAL ÁGUAS NEGRAS, BAIRRO FIGUEIRA;
3) RUA ISIDORO SCHRAMM, BAIRRO FIGUEIRA;
4) RUA AUGUSTO P. SOARES, BAIRRO GASPAR GRANDE;
5) RUA ESTRADA GERAL GARUBA, BAIRRO GASPAR GRANDE. A PARTIR DESTE PONTO:
5A) PROPOMOS TAMBÉM A LIGAÇÃO COM O DISTRITO DO GARCIA ATRAVÉS DA RUA DA GL?"RIA, RUA IRAPURU EM BLUMENAU, COM ESTRADA GERAL DA GARUBA, BAIRRO GASPAR GRANDE;
5B) PROPOMOS A LIGAÇÃO COM A RUA PASTOR OSVALDO HESSE, BAIRRO RIBEIRÃO FRESCO EM BLUMENAU, COM A RUA BENIGNO JOAQUIM DOS SANTOS, ESTRADA GERAL DA GARUBA, BAIRRO GASPAR GRANDE EM GASPAR;
6) RUA PREFEITO LEOPOLDO SCHRAMM (COMERCIAL REINALDO SOARES), BAIRRO GASPAR GRANDE;
7) RUA FELÍCIA REINERT, BAIRRO GASPAR GRANDE;
8) RUA EDWIRGENS THEISS, BAIRRO GASPARINHO;
9) RUA FREI SOLANO SENTIDO BAIRRO GASPARINHO;
10) RUA JOÃO MATIAS ZIMMERMANN SENTIDO FAZZENDA PARK HOTEL, BAIRRO GASPARINHO;
11) RODOVIA IVO SILVEIRA (SC 108);
12) RUA LEONARDO PEDRO SCHMITT SENTIDO BAIRRO MACUCOS (CERAMFIX);
13) RODOVIA JORGE LACERDA (SC 412), BAIRRO POÇO GRANDE SENTIDO CENTRO DE GASPAR;
14) PONTE DO VALE, RODOVIA FRANCISCO MASTELLA TENDO DUAS POSSIBILIDADES:
14A) PREVER A LIGAÇÃO DIRETA COM A AVENIDA FREI GODOFREDO E RODOVIA IVO SILVEIRA (SC 108);
14B) ACESSO A BR 470, SENTIDO BLUMENAU;
15) RUA VIDAL FLÁVIO DIAS, BAIRRO BELCHIOR BAIXO;
16) RUA ANT?"NIO BENEDITO DE AMORIM, BAIRRO BELCHIOR BAIXO;
17) RUA SILVANO CÂNDIDO DA SILVA SÊNIOR, BAIRRO PONTA AGUDA EM BLUMENAU. CHEGANDO NA FUTURA PONTE A SER CONSTRUIDA EM FRENTE AO COMPLEXO DO SESI (PROPOSTA DO SENADOR DALÍRIO BEBER). COM A DUPLICAÇÃO DESTE TRECHO BR 470 ATÉ A REFERIDA RUA. DEPOIS SEGUIR PELA RUA ANFIL?"QUIO NUNES PIRES, SENTIDO GASPAR BAIRRO BELA VISTA. DESTA FORMA TERÍAMOS UM RODOANEL EM BLUMENAU-GASPAR.

GASPAR, 23 DE FEVEREIRO DE 2.016.

Herculano
23/02/2016 06:46
FIM DE FEIRA, por Mário Sérgio Conti, para o jornal Folha de S. Paulo

Quando o relógio bate 13 vezes, ele não anuncia a aurora de uma nova era. Significa apenas que está quebrado. A decretação da prisão de João Santana é sinal de que o cuco do marketing não serve mais para marcar a hora da política.

O tique-taque começou na campanha de Fernando Collor ao Planalto, a primeira a usar recursos de propaganda dos países centrais. Deu no que deu, mas a mercadologia mercantil só fez crescer. Empresários e políticos se cercaram de uma chusma de consultores. Caixas um, dois e três ficaram abarrotados.

A primeira trinca na tapeação se deu em 2005, numa Comissão Parlamentar de Inquérito. Foi quando Duda Mendonça admitiu que o PT lhe pagou parte da campanha de Lula com depósitos no exterior, ocultados do Fisco. Mesmo assim, o conluio entre candidatos e propagandistas seguiu o seu curso, impávido.

Com a derrocada de Mendonça, Santana assumiu o comando da segunda campanha de Lula e das duas vitórias de Dilma. Disputado a tapa, foi contratado por candidatos na África, na América do Sul e no Caribe. Entregava o que prometia: elegeu oito presidentes.

Jornalista que largara o ofício por "não dar camisa a ninguém", ele entrou em Eldorado. Só do PT, recebeu R$ 158 milhões, oficiais e declarados. Virou um misto de guru e ninja, sem abandonar os modos afáveis e o dry martini antes do jantar.

O seu relógio começou a atrasar na tarde de 6 de junho de 2013, na frente do Teatro Municipal de São Paulo. Houve ali uma manifestação corriqueira contra o aumento das passagens de ônibus. Em poucos dias, porém, ela virou uma insurgência nacional.

Ruíram não apenas os estádios à la Coliseu, erigidos para honra e lucro da santa aliança de imperadores e empreiteiros. Entrou em pane a política do pão (Bolsa Família) e circo (Copa e Olimpíadas). Com isso, a revolta pegou em cheio o marketing vicioso de governos que sucatearam hospitais, escolas e metrôs.

O canto de cisne foi a última campanha de Dilma. A partir daí, Santana, que pouco falava em público, ficou cada vez mais silencioso. Seu nome surgiu nas investigações da Lava Jato e ele quase não se explicou ?"atitude bizarra para quem ganha a vida explicando a vida dos outros, os candidatos.

Reza a lenda árabe que todo acusado é inocente até prova em contrário. Na prática, contudo, Duda Mendonça nunca voltou a ser quem era, apesar de ter sido absolvido pelo Supremo.

Igualmente, Petrobras, Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS não serão mais multinacionais, como ambicionavam, apesar de os seus donos e dirigentes terem sido meliantes, e não os seus funcionários.

No auge da fama, Santana publicou um romance, "Aquele sol negro azulado". Embora tenha saído no Brasil, na Argentina e em Angola, ele só fez sucesso entre os clientes do autor: cinco governadores foram à noite de autógrafos em Salvador. Também, pudera: nem Carlos Zéfiro apreciaria imagens como "seus dias pareciam bananeiras repletas de cachos de orgasmos".

O melhor do livro são as epígrafes. Uma, de Dickens, que fala do "inverno do desespero", cabe bem ao Santana com prisão decretada. Seria bom que a outra epígrafe, de Dryden, servisse para acertar o relógio no fim de feira ora em curso, no qual vira-latas disputam a xepa com mendigos:

"Enfim está no fim a era velha,
Pois é tempo de uma nova hora".
Herculano
23/02/2016 06:43
PF PEGA 4º MAIOR FINANCIADOR INDIVIDUAL DE DILMA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Alvo de mandado da Operação Acarajé, 23ª fase da Lava Jato, o gerente executivo de Responsabilidade Social da Petrobras, Armando Ramos Tripodi, foi um dos maiores doadores individuais da campanha presidencial de Dilma. A PF levou Tripodi para depor sob vara (ou condução coercitiva) sobre a reforma em seu apartamento. A suspeita é que foi bancada por offshores ligadas à empresa Odebrecht.

Bolso cheio

Tripodi divide o pódio de "top doadores" com figuras como Eraí Maggi, o rei da soja, e Antônio Carlos Brandão Resende, sócio da Localiza

Tutti buona gente

Tripodi foi chefe de gabinete do ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli e citado na delação de Paulo Roberto Costa ex-diretor da BR.

Rolex de aniversário

A PF apreendeu na OAS, no fim do ano passado, uma lista de presentes com a anotação "Armando Tripodi ?" Relógio ?" R$10.619,00".

Tem mais gente

Tripodi ainda deu dinheiro às campanhas do governador da Bahia, Rui Costa (PT), e Robson Leite (PT-RJ), candidato a deputado estadual.

23ª FASE DA OPERAÇÃO LAVA JATO PODE TER VAZADO

O marqueteiro João Santana, cuja prisão temporária foi decretada pelo juiz federal Sergio Moro, pode ter tomado conhecimento previamente de sua prisão. A principal evidência, citada por fontes próximas às investigações da Operação Lava Jato, é a iniciativa do marqueteiro, sábado (20), oferecendo-se para prestar esclarecimentos alegando que poderiam ser evitados "conclusões precipitadas" e "danos irreparáveis".

Timing

João Santana se ofereceu para prestar depoimento após o juiz negar-lhe acesso às investigações: foi o prelúdio para a operação.

Perdeu, Medina

A prisão do marqueteiro do PT deve afetar as chances do presidente dominicano Danilo Medina, cuja campanha de reeleição vinha fazendo.

Milagreiro

Durante todo o primeiro mandato da presidente Dilma, João Santana foi considerado o 40º ministro. Mas era o único "indemissível".

Não precisa de inimigo

Petistas candidatos na eleição deste ano reclamam da insistência de Dilma em recriar a CPMF, o que só desgasta o governo e o PT ainda mais. Na melhor hipótese, a CPMF só seria aprovada em setembro.

Disputa por boquinhas

Está uma correria na Câmara pela divisão de cargos comissionados. Recém-criados, PMB e Rede reivindicam as boquinhas, alegando o tamanho das bancadas. O PMB tem 19 deputados; o Rede, 5.

Outra língua

O PT e Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo que foi preso tentando melar a Lava Jato, não estão se entendendo sobre o mandato do senador e a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos.

Mais um para o PMDB

Esta semana Dilma deve anunciar o novo titular da Secretaria de Aviação Civil, que estava com Eliseu Padilha, que deixou o cargo após a "carta-rompimento" do vice Michel Temer. Se nada mudar, a Dilma deve chancelar o nome do deputado Mauro Lopes (PMDB-MG).

Confirmação

Fátima Bezerra (PT-RN) nega que tenha pedido a Dilma para não receber o governador Robinson Faria (PSD-RN), que a derrotou nas urnas. Mas fontes da Casa Civil reafirmam a informação.

Bastidores do Poder

Repercutiu muito a estreia, ontem, do programa "Bastidores do Poder", com José Paulo de Andrade e este colunista, na radio Bandeirantes AM 840 e FM 90,9, em São Paulo. O programa, diário, começa às 17h30.

Impeachment vive

Fiel aliado de Eduardo Cunha, o deputado Paulinho da Força (SD-SP) não perdeu a esperança em relação ao processo de impeachment de Dilma. "Está mais vivo do que nunca", garante.

Frigideira

O ex-presidente Lula se reuniu na semana passada com senadores petistas. Aproveitou o encontro para descer a borduna no ministro Nelson Barbosa (Fazenda) e na política econômica de Dilma.

Pensando bem...

... depois de Petrobras, Gabrielli, Odebrecht, OAS e João Santana, até o acarajé, que só dá orgulho à Bahia, foi parar nas páginas policiais
Herculano
23/02/2016 06:34
A MALDIÇÃO DO MARQUETEIRO, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

As lágrimas rolaram no carpete da Câmara. Na tarde de 11 de agosto de 2005, deputados da esquerda do PT choraram copiosamente no plenário. Eles estavam abalados com revelações de Duda Mendonça, marqueteiro da campanha que levou Lula à Presidência.

Naquele dia, o publicitário admitiu à CPI dos Correios ter recebido R$ 11,9 milhões do partido no exterior. "Esse dinheiro era claramente de caixa dois", afirmou. O relato chocou petistas que ainda empunhavam a bandeira da ética na política.

"Nós nos sentimos apunhalados", disse o deputado Chico Alencar. "Entramos em parafuso", reforçou Ivan Valente. Desiludidos com o mensalão, os dois deixaram o PT. Onze anos depois, a maldição do marqueteiro volta a assombrar o partido.

A ordem de prisão de João Santana é mais um duro golpe no petismo. O publicitário foi responsável pelas últimas três campanhas presidenciais da sigla. Em 2014, ajudou a reeleger Dilma Rousseff com um bombardeio impiedoso aos adversários Marina Silva e Aécio Neves. Até ontem, continuava entre os únicos conselheiros ouvidos pela presidente.

A Lava Jato rastreou depósitos de US$ 7,5 milhões (cerca de R$ 30 milhões) numa offshore atribuída ao marqueteiro. O dinheiro foi repassado pela Odebrecht e por um lobista acusado de desvios no petrolão.

Em nota, João Santana disse que as acusações são "infundadas" e que o país vive um "clima de perseguição". O juiz Sergio Moro viu "fundada suspeita" de que os pagamentos eram para "remunerar, com produto de acertos de propina em contratos da Petrobrás, serviços prestados ao Partido dos Trabalhadores".

Ainda não está claro se o caso atingirá a campanha de Dilma, mas já é possível apontar ao menos uma diferença entre os escândalos com marqueteiros do PT. Há 11 anos, muitos políticos do partido tinham motivos sinceros para se chocar. Agora, ninguém pode mais derramar lágrimas de surpresa.

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