Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

22/09/2016

MULTADOS
O candidato a prefeito Kleber Edson Wan Dall, bem como os candidatos a vereador Ciro André Quintino e Francisco Hostins Júnior, todos do PMDB de Gaspar, foram multados pelo Juiz Eleitoral da Comarca, Rafael Germer Condé, após denúncia do promotor eleitoral Marcelo Sebastião Netto de Campos. Cada um terá que pagar R$5 mil, e mais R$500 a cada 24 horas que não entregarem à Justiça, o material de propaganda julgada irregular e que deu origem à punição. Há um tamanho máximo. Eles resolveram nos seus comícios, ampliar os banners como se fossem um outdoor. Isso foi considerado uma esperteza. É proibido. Algo semelhante no valor da multa e na origem dela – exceder o tamanho da propaganda permitida - aconteceu com a coligação PP, PSD, PDT e PT, de Ilhota, encabeçada por Amarildo Avelino Laureano, o Keka. Todos podem recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral.

GUERRA DAS PESQUISAS I
O meu assunto para esta sexta-feira seria outro. Mas, como o gasparense gosta de ser enganado, mudei o tema. Os partidos, assessores e candidatos de Gaspar ainda não perceberam que o ambiente de exigência dos eleitores é outro. Lidam coma Gaspar do passado. Diante das restrições nas propagandas e financiamento, eles estão usando as “pesquisas” mandraques para substituir os planos de governo que não possuem, os discursos furados que replicam. Pior: aprimoram-se ainda mais na habilidade de fazer propaganda enganosa para analfabetos, ignorantes, desinformados, militância paga e fanáticos. A ordem é tocar o indeciso. Fazem de tudo para criar o efeito manada. Acham candidatos, assessores e partidos que as pesquisas vão garantir uma virada ou então sustentar o que não existe. Está projetada para a semana que vem uma guerra de pesquisas – as de verdade e as de mentiras -, mas que no fundo, pela mistura do joio e trigo, ninguém saberá qual delas possui crédito.

GUERRA DAS PESQUISAS II
As pesquisas estão desmoralizadas diante do ambiente das redes sociais que em segundos criam verdades, factoides e mentiras. Os próprios institutos admitem isso. Não que as pesquisas sejam malfeitas, como se fazia de propósito antigamente – hoje ainda se faz ainda mais em grotão como aqui. É um fenômeno mundial. Parece até uma praga: quem está na frente, quase sempre não leva. ‘"Hoje é segunda-feira, dia 6 de outubro. Considerando a margem de erro do Ibope, feliz Natal!” Brincadeiras assim se espalharam pelas redes sociais nas últimas semanas. A razão foram as divergências entre os resultados de pesquisas eleitorais e das eleições reais. Os erros mais graves ocorreram nas pesquisas do tipo boca de urna’, escreveu Bruno Ferrari e Aline Imercio, no dia 21 de outubro de 2014, ao analisar as disparidades das pesquisas com a contagem das urnas para presidente e vários governadores. Jornais, tevês, rádios e portais patrocinadores e institutos como Ibope e Datafolha passaram dias se justificando.

GUERRA DAS PESQUISAS III
E no vale tudo da velha política em Gaspar, inventa-se até pesquisa – com ares de oficial - no Whatsapp. Estão rodando várias delas por ai. É deputado, é ex-prefeito, é vereador, é empresário, é radialista. Espalha-se como verdadeira fosse. Não tem fonte. Não tem registro. Crime intencional. Armas da guerra já armada. E feita por gente salvando interesses seus. Ar de seriedade à sacanagem. Guerra é guerra. Veja esta. Foi registrada na quarta-feira, uma pesquisa para ser usada publicamente na semana que vem como material de propaganda. Percebam. Não é paga por partidos. Mas por uma empresa (não equivale a caixa 2 ou financiamento vedado na lei?). A empresa é completamente desconhecida aqui. E de onde ela é? De outro grotão: Ituporanga. E o que diz o frágil site na internet? Que ela faz intermediação e vendas de relatórios para escritórios contábeis. É a "Axioma Serviços de Apoio Administrativo Ltda - ME (nome fantasia: Axioma SC Gerenciamento)", criada em julho de 2012. Quem é mesmo de Ituporanga? Quem usa Rio do Sul como referência? Ela é especialista em intermediação e vendas, entenderam?

GUERRA DAS PESQUISAS IV
Afinal os gasparenses vão votar nas pessoas, nos seus planos, nas suas coerências, ou vão votar em quem está na frente na pesquisa? Qual a razão dessa escolha imibecil? Se o macaco tião estiver na frente, o gasparense vai preferi-lo só por esta condição? Se esta é a vontade de muitos e falei com alguns deles, é apenas de se lamentar o analfabetismo e a brincadeira da maioria com algo muito sério. Não podem reclamar. A cidade pode ficar assim ou até pior. Foi por escolhas desse tipo que Gaspar chegou onde está. E pesquisa ainda orienta muita gente como que o primeiro dela fosse o mais capaz. Na última publicada aqui, houve um assassinato político. O que se quer é o de se repetir o mesmo assassinato. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE


Silenciosamente. Lembram-se daquele auxiliar de professor que abusou em abril de uma criança de três anos na creche municipal Cachinhos de Ouro, em Gaspar? Na prefeitura houve a operação abafa para o assunto não ganhar a imprensa nacional. O personagem foi solto. Agora trabalha na Casa Mortuária.

Não se emendam. Um culpa o outro e pedem jogo limpo. O PT e o PMDB são os que mais pedem na Justiça pelo juiz eleitoral Rafael Germer Condé e mais atiçam o promotor eleitoral Marcelo Sebastião Netto de Campos

O candidato Kleber Edson Wan Dall, PMDB, nos últimos dias de campanha ampliou o seu currículo: músico, trombonista e maestro. Mas, quem colocou a boca no trombone foi o PT.

O PT está no poder há oito anos. No debate, Lovídio Carlos Bertoldi, o secretário de Obras e Serviços Urbanos, disse que vai promover a regularização fundiária. O “prefeito Celso”, podia ter feito o que ele promete e não fez. Tudo bobagem.

E não fez porque não soube dialogar, porque não quis compreender as limitações da lei tanto que o Ministério Público tascou processos contra ele por causa das mais de 90 ruas irregulares, porque quis fazer política contra o Plano Diretor regularizando o irregular e o clandestino.

A única regularização que o secretário Lovídio promoveu foi com gente de posse, onde Gaspar ainda poderá testemunhar a demolição de um prédio novo e complicações que poderão impedir Lovídio ao mandato, se ele assim obtiver nas urnas.

Perguntar não ofende. Naquela vinda do governador Raimundo Colombo, PSD, no sábado à tarde, praticamente escondido da população de Gaspar, por que o candidato Marcelo de Souza Brick não o levou para ver a Delegacia de Polícia fechada por falta de gente especializada no atendimento à população contra os criminosos?

A lista. Quem saiu da disputa em Ilhota foi Dalva, do PP; Rejane, do PT; Fabrício Zuchi, PSD; e Hércules, PPS, este porque foi impugnado. Em Gaspar foram indeferidos Carla, PPS; Jader, PSB. Renunciaram Anderson, PT; Cristiane, PMDB, Cristiane, após o indeferimento; Kataliane, DEM; e Zecão, PSD, depois o indeferimento.

Do debate. Kleber Edson Wan Dall, PMDB, não conseguiu dizer como vai arrumar recursos para executar as promessas de campanha.

Do debate. Marcelo de Souza Brick, PSD, não tem a mínima noção de como vai sustentar o projeto para abrir as creches durante 12 meses. Outra: Marcelo faz de tudo para esconder que o Partido Comunista é seu parceiro fundamental.

Do debate. Não foi desta vez que Lovídio Carlos Bertoldi, PT, revelou qual o plano secreto que está reservando para o Hospital, se eleito. E ninguém está interessado. Impressionante.

Do debate. Todos tremeram quando Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, inventava uma pergunta para os candidatos. Planos falhos ou despreparados?

Dezenas de denúncias de eleitores chegaram ao promotor Marcelo Sebastião Netto de Campos pelo Aplicativo Pardal. A grande maioria sem consistência. Era revanchismo partidário. Coisas da Gaspar antiga.

 

Edição 1768

Comentários

Herculano
26/09/2016 17:59
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA

Só para os leitores e leitoras do portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais acessado, o mais atualizado e o mais acreditado.

Sidnei Luis Reinert
26/09/2016 14:40
Lula tem asilo prontinho na Costa Rica, enquanto a Lava Jato detona a "Operação Omertá" contra Palocci


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O cerco se aperta na Lava Jato. Como era previsível, Antônio Palocci Filho, ex-ministro da Fazenda, Casa Civil e permanente coordenador financeiro do PT, é o grande alvo da 35a operação da Lava Jato, batizada pelo termo mafioso "Omertá". Depois da prisão e soltura de Guido Mantega, na semana passada, Palocci era o alvo programado para uma temporada provisória de pelo menos cinco dias na cadeia. Os homens próximos de Lula começam a cair. O chefão, outrora poderoso, fica cada vez mais preocupado.

Luiz Inácio Lula da Silva, posando há muito tempo de "perseguido político no Brasil", já tem uma alternativa concreta de exílio, caso seja levado à pressão extrema pelos "meninos da Força tarefa da Lava Jato", com condenação e prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro. A Costa Rica é o destino planejado, com logística preparada, para o eventual plano de asilo político pedido por Lula. O ex-Presidente já descartou o Uruguai, a Itália, Cuba ou a Venezuela como destinos prováveis.

Um poderoso magistrado costariquenho que se afeiçoou ideologicamente pelo brasileiro já montou uma luxuosa residência para receber Lula e a esposa Marisa, na situação extrema de uma ilegal fuga para o exterior, a fim de não cumprir uma vergonhosa temporada na cadeia. A revelação de que Lula tem porto seguro na Costa Rica já vaza no indiscreto corpo diplomático daquele país. A vantagem apontada para o nada especulado destino do "Lula autoexilado" é que o lugar fica menos exposto a pressões que outras amigas da turma do Foro de São Paulo.

Em nenhum discurso público, Lula vai admitir a possibilidade de fugir do Brasil. A estretágia defensiva dele, sempre na ofensiva e baseada em mentiras e bravatas que a petelândia ama escutar, promete "luta até o fim". O único detalhe psicológico oculto é que Lula não deseja que o final seja trágico, com previsível condenação e alto risco de prisão - mesmo que seja por horas ou poucos dias, até a obtenção de um habeas corpus que algum apadrinhado no Supremo Tribunal Federal dificilmente negará. Por isso, Lula leva a sério a tática extrema de vazar para o exterior, enquanto os aliados se condoem, posam de perseguidos, e os advogados tentam o milagre de reverter uma condenação dada como líquida e certa.

Enquanto o caso Lula não se resolve, o que deve demorar no minimo uns seis meses, o objetivo de Lula é pressionar ao máximo a turma da "República de Curitiba". Alguns membros da Força Tarefa entenderam como uma "ameaça velada" o fato de Lula ter mencionado, em recente discurso para seu eleitorado, que "não conhece a família dos meninos da força tarefa que o perseguem". A maior bronca de Lula é que ele sabe que está sendo vigiado por agentes federais. Curioso é que a rede de infiltrados da petelândia nos aparelhos policiais e do judiciário fazem o mesmo com os "inimigos"...

A prisão de Palocci - pedida pela Polícia Federal e não pela Força Tarefa do MPF - pode não ser tão efêmera quanto a de Mantega, embora ele também seja um queridinho do poderoso sistema financeiro tupiniquim. A Omertá investiga indícios de relações criminosas entre Palocci e a cúpula da Odebrecht. Depois da "Arquivo X" e da "Omertá" (o código de silêncio da máfia italiana), a grande pergunta é:

Quando será a Operação Dom Corleone? Ou Poderoso Chefão?
Herculano
26/09/2016 09:46
LOVÍDIO E KLEBER MANDAM BANANAS PARA O SINTRASPUG

O Sindicado dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar, o Sintraspug, convidou os quatro candidatos a prefeito de Gaspar para uma conversa. Queria saber das propostas para a área, queria apresentar também as suas reivindicações e por fim, pedir aos candidatos à assinatura num documento compromisso quando um deles for eleito no domingo.

Fez isso com muita antecedência. Ou seja, era possível agenda-lo. Tanto que Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, foi e o Marcelo de Souza Brick, PSD, mandou no seu lugar o vice, Giovânio Borges, PSB.

E quem faltou? O PT de Lovídio Carlos Bertoldi que sempre fez o Sindicato de boneco nos oito anos de governo de Pedro Celso Zuchi, e pasmem: Kleber Edson Wan Dall, PMDB, que diz ter um discurso de proteção e inclusão dos servidores municipais. Quando ele teve a primeira oportunidade para por isso na prática, falhou. E olha que o seu vice, o vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP, é servidor público municipal. É agente de trânsito.
Herculano
26/09/2016 07:59
GUERRA DAS PESQUISAS IV

Esta é do Carlos Tonet, e vai ao encontro do que observo na coluna


Amanhã [hoje, segunda-feira, é a primeira e única até aqui de modo público] deve sair pesquisa em Blumenau.

Feita pelo Mapa, paga pela RIC.

Tem gente que acha que pesquisa beneficia quem está na frente.

Não é verdade.

Vejam o caso do Russomano em SP.

Disparou na frente no começo, mas já está em segundo.

Foi ultrapassado pelo Dória.

Aliás, pesquisa pode até prejudicar quem está na frente.

Vamos a um exemplo com três candidatos: Gambá, Cachacento e Zé Pinguço.

Você detesta o Gambá e decide votar no Cachacento.

Perto da eleição você vê uma pesquisa eleitoral que mostra Gambá em primeiro, Zé Pinguço em segundo e o seu candidato Cachacento em terceiro.

O que você faz?

Como você não quer que o Gambá se eleja, você abandona o Cachacento e vota no Zé Pinguço pra derrubar o Gambá.
Herculano
26/09/2016 07:48
ÚLTIMA SEMANA DE CAMPANHA

Tem candidato em Gaspar que queria que ela não tivesse chegado.
Herculano
26/09/2016 07:47
COLUNA INÉDITA

Amanhã é dia de coluna Olhando a Maré inédita e só para os leitores e leitoras da internet.
Herculano
26/09/2016 07:24
LULA SOBE NO PALANQUE E É O CASO DE LHE DIZER: "OLHA O TEM RABO!", por Reinaldo Azevedo, de Veja.

O político mais rejeitado pelos paulistanos, réu duas vezes, tem a ousadia de acusar os outros de raposa

ai, ai, ai?

Daqui a pouco Lula verá aceita contra ele uma terceira denúncia: "dumping e concorrência desleal". Desta vez, os humoristas é que vão denunciá-lo. Que coisa! Que obsessão! Obsessão que o faz ter pouco respeito até por sua biografia.

Neste domingo, o chefão petista decidiu comparecer a um evento na Zona Leste de São Paulo, em apoio à candidatura de Fernando Haddad, do PT, à Prefeitura da cidade. E mandou ver na concorrência desleal com os especialistas em stand up. O ex-presidente incitou aqueles que gritam "Fora Temer" a votar no candidato petista. Atenção! Aquele que presidiu a República duas vezes e que já foi, com efeito, um dos governantes do mundo pobre com maior projeção internacional atraiu não mais do que umas? 400 pessoas. Um vexame.

Notem: obviamente, os que compareceram ao evento já votam em Haddad - daí a presença inexpressiva - e certamente são sensíveis ao grito golpista "fora Temer". Mas o ponto nem é esse. O pensador fez a seguinte afirmação, informa a Folha: "O povo de São Paulo não está diferente do resto do Brasil inteiro, gritando 'fora, Temer'. O que eu acho estranho é que [?] o povo que grita 'fora, Temer' está nas pesquisas votando em três candidatos que apoiam o Temer. Ora, se o povo não quer um, como está aceitando três?". Ele fazia referência aos três nomes que lideram as pesquisas e que pertencem a partidos da base de apoio ao governo federal: João Doria (PSDB), Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB).

É um raciocínio mentiroso - afinal, uma extrema minoria grita "fora Temer" -e também asnal, especialmente vindo de quem vem. O homem que falava é nada menos do que a figura mais rejeitada pelos paulistanos quando o tema é eleição: dizem não votar num candidato apoiado por Lula, segundo o Datafolha, nada menos do que 73% dos entrevistados. Vale dizer: aquele que foi chamado para reforçar a candidatura de Haddad tem um potencial enorme para lhe tirar votos, uma vez que é mais rejeitado do que o próprio prefeito.

Com a grosseria habitual - e pensar que isto, antigamente, funcionava? -, afirmou Lula sobre o tucano João Dória: "Por causa da publicidade contra o PT, vão colocar uma raposa no galinheiro. Tucano, que é menor do que raposa, já come filhote de passarinho. Imagine uma raposa. Então, dia 2, vamos eleger Haddad e Chalita para prefeito e vice em São Paulo".

Imaginem vocês: o político mais rejeitado pelos paulistanos, réu duas vezes (por enquanto) - por obstrução da Justiça, corrupção passiva e lavagem de dinheiro -, comandante maior do partido que, está claro, comportou-se como organização criminosa, acha que pode sair por aí acusando os outros de ser? raposa.

Eis um caso em que se deve apelar ao velho chavão: "Olha o teu rabo!"
Herculano
26/09/2016 07:18
COM PALOCCI PRESO, O PIB É AFETADO DEVIDO AO RELACIONAMENTO E "NEGOCIOS" HETERODOXOS QUE O EX-MINISTRO TINHA COM O EMPRESARIADO BRASILEIRO E ATÉ MESMO INTERNACIONAL. POR ISSO, A POR ISSO, A PRISÃO DE GUIDO MÂNTEGA É IRRELEVANTE DIANTE DESTA

Conteúdo do portal G!.Policiais federais estão nas ruas para cumprir mandados da 35ª fase da Operação Lava Jato na manhã desta segunda-feira (26). Foram expedidos 45 mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão, três de prisão temporária e 15 de condução coercitiva em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. A ação foi batizada de "Omertà".

Antônio Palocci, que foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Casa Fazenda no governo Lula, foi preso.

As suspeitas sobre Palocci surgiram na delação de outro acusado na Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele disse que, em 2010, Alberto Youssef lhe pediu R$ 2 milhões da cota de propinas do PP para a campanha presidencial da presidente Dilma Rousseff. O pedido teria sido feito por encomenda de Palloci.

Segundo a PF, a atual fase investiga indícios de uma relação criminosa entre um ex-ministro com o comando da principal empreiteira do país. O investigado principal atuou diretamente como intermediário do grupo político do qual faz parte perante o Grupo Odebrecht.

"Há indícios de que o ex-ministro atuou de forma direta a propiciar vantagens econômicas ao grupo empresarial nas mais diversas áreas de contratação com o Poder Público, tendo sido ele próprio e personagens de seu grupo político beneficiados com vultosos valores ilícitos", diz a PF.
Herculano
26/09/2016 06:54
O EX-MINISTRO ANTONIO PALOCCI, DA FAZENDA NO GOVERNO DO EX-PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA E CHEFE DA CASA CIVIL DE DA EX-PRESIDENTE DILMA VANA ROUSSEFF ESTAVA CALADINHO. FOI PRESO AGORA PELA MANHÃ PELA POLÍCIA FEDERAL NA OPERAÇÃO LAVA JATO
Herculano
26/09/2016 06:49
OUTRA FARRA AMIGA DO PT SOB AMEAÇA. DESONERAÇÃO VIRA ALVO DA RECEITA FEDERAL E PODE GERAR R$ 15 BILHÕES

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Júlio Wiziack e Valdo Cruz, da sucursal de Brasília. A Receita Federal prepara um estudo que servirá de base para o primeiro pacote tributário do governo Temer. Estão sob avaliação cerca de 300 incentivos fiscais em vigor atualmente que, caso sejam cancelados ou modificados, podem gerar cerca de R$ 15 bilhões para os cofres públicos a partir de 2017, segundo estimativas iniciais.

Herdada dos governos Lula e Dilma, boa parte desses benefícios já era questionada pelos técnicos do fisco e, agora, entra na mira do Ministério da Fazenda, que pretende criar uma força-tarefa com os diversos ministérios para calcular a efetividade desses programas.

Dentre eles estão as desonerações sobre a folha de pagamento, a Lei de Informática, o Inovar-Auto, os descontos de IPI para fabricantes de eletrodomésticos, bebidas, bicicletas, motocicletas, eletroeletrônicos, entre outros. Também estão na mesa discussões sobre PIS e Cofins.

Os gastos com as desonerações vêm aumentando e, com a necessidade de se promover o ajuste fiscal sem aumentar impostos (para 2017, a meta é um deficit nas contas públicas de R$ 139 bilhões), a Receita acelerou o estudo dos incentivos fiscais.

A revisão desses incentivos e benefícios fiscais está em discussão no governo, mas ainda não há uma decisão. Segundo um assessor presidencial, o ideal é que todo e qualquer tipo de incentivo seja distribuído para todos os setores da sociedade.

As exceções são as áreas de fato estratégicas da economia, como inovação.

Em evento na semana passada, em Brasília, o secretário da Receita, Jorge Rachid, afirmou que o governo quer melhorar a qualidade dos tributos para contribuir com o ambiente de negócios.

"E aí vem a questão de reformar, mudar a legislação de alguns tributos, como a reincidência de PIS-Cofins, que precisa ser corrigida, e a complexidade do ICMS", disse.

REVISÃO

Um interlocutor de Temer diz que, na prática, rever desoneração representa aumento de tributo para as empresas beneficiadas, mas defende que a discussão seja feita, e alguns programas, revistos.

A previsão de isenções no Orçamento para o próximo ano é de R$ 282,8 bilhões. A maior parte (29%) vai para o setor de comércio e serviços. Os programas mantidos pelo Ministério do Trabalho ficam com 15%; os da indústria e da saúde, com cerca de 12% cada um, a agricultura, com 9,3%. O restante está pulverizado em outras áreas.

A ideia é cancelar diversos programas para que os recursos possam ser mais bem distribuídos. Os que atualmente atendem uma ou duas empresas seriam cancelados.

Recentemente, um levantamento do TCU (Tribunal de Contas da União) mostrou que existem programas de estímulo à indústria que consumirão R$ 52 bilhões até o fim deste ano e estão sendo mantidos sem garantia de que as contrapartidas sejam cumpridas.

No setor de bebidas, por exemplo, os incentivos são considerados descabidos pelo fisco e, com a política da Zona Franca de Manaus ?"também mantida com benefícios específicos do governo federal?", criaram-se distorções de mercado.

O IPI cobrado sobre as cervejas hoje é de cerca de 10%, e o dos refrigerantes, cerca de 5%. Em 2012, era 40% e 27%, respectivamente. No entanto, proporcionalmente a redução não gerou mais empregos, especialmente na Zona Franca de Manaus.

Estudos iniciais da Receita apontam que, se as alíquotas de 2012 estivessem vigorando, a arrecadação do setor seria de aproximadamente R$ 15 bilhões por ano ?"o Bolsa Família tem gasto anual de cerca de R$ 25 bilhões;
Herculano
26/09/2016 06:44
FALTA AO GOVERNO TEMER UMA VOZ, NÃO PORTA-VOZ, por Josias de Souza


Governos confusos têm uma estranha mania. Além de não resolver as dificuldades existentes, criam problemas que não precisariam existir. Nesse exato instante, a gestão Temer oferece um exemplo ilustrativo, com a momentosa questão do porta-voz. Falta um porta-voz ao governo, concluíram o presidente e seus principais auxiliares. O que falta a este governo é um porta-voz, ecoam parlamentares governistas. De repente, o noticiário está tomado pela gritante falta do porta-voz.

É possível que o João das Couves, um dos 12 milhões de brasileiros desempregados, já tenha comentado com a patroa na hora do jantar: "O que está faltando a este governo é um porta-voz." Convidado por Temer, um jornalista especializado em gestão de crises refugou a missão. Mas entregou ao presidente um plano a ser executado pelo futuro porta-voz, para que o governo passe a se comunicar adequadamente com a sociedade.

A essa altura, o país já está impregnado da falta do porta-voz. Todos anseiam por ele, sofrem com sua falta ausência. Convém recordar como tudo começou. O ministro da Saúde disse um par de tolices. O ministro do Trabalho se enrolou na própria língua ao falar sobre reforma trabalhista. O titular da Casa Civil meteu-se na seara do czar da Fazenda. Os auxiliares de Temer se desentendem sobre a data do envio da proposta de reforma da Previdência ao Congresso. Foi contra esse pano de fundo que surgiu a novidade de que Temer nomearia um porta-voz.

Imaginar que um porta-voz dará uniformidade a um governo tão desuniforme é supor que o problema do doente pode ser resolvido retocando as manchas da radiografia. A realidade é que há no ermo da Brasília pós-impeachment um vozerio desconexo. Faltam estabilidade monetária, equilíbrio fiscal, empregos e ética. Admita-se que Temer nomeie um porta-voz. No dia seguinte, a inflação e os gastos públicos continuarão altos. Os empregos não reaparecerão. E não haverá um surto de honestidade na República.

O que falta ao governo é funcionalidade e uma voz de comando capaz de inspirar esperança. Sem ela, um porta-voz se limitará a rogar diariamente para que todos creiam em tudo o que ele foi capaz de ver com estes olhos que a imprensa haverá de comer.
Herculano
26/09/2016 06:40
COMUNICAÇÃO NÃO É A SOLUÇÃO BENDIDA, por Valdo Cruz, para o jornal Folha de S. Paulo

O roteiro é antigo e batido. Basta o governo de plantão entrar em crise ou patinar que todos culpam o setor de comunicação como o responsável pelos erros e desacertos. Um grande engano.

Claro que se comunicar bem é essencial. E também é função dos responsáveis da área corrigir discursos equivocados e vender o que está sendo produzido, mas não é bem compreendido pela população.

Fora o óbvio, o fato é que muitas vezes os agentes públicos, ao apontarem o dedo acusatório para a comunicação, deixam de corrigir os erros na sua origem. Aí, a mudança é cosmética e não dá resultados.

O governo Dilma é exemplo clássico. Foi teleguiado pelo melhor dos marqueteiros. Enquanto a economia ia bem, tudo perfeito. O país entrou em crise e de nada adiantou a fantasia da campanha eleitoral. Até reelegeu a petista, mas a realidade se impôs e Dilma caiu.

Agora, o governo Temer bate cabeça na largada. De novo, como em outras gestões, fala-se em mudar a comunicação para reagir. Só que o problema são ministros que falam demais e de forma desencontrada. Falta uma unidade no discurso de um governo parlamentarista.

Uma ala da equipe de Temer, por exemplo, defende divulgar na mídia os números da herança maldita deixada por Dilma. Até para evitar que daqui a pouco não caia no colo de Temer a culpa por mais de 12 milhões de desempregados.

Outra ala advoga que esse tempo passou. Agora, a população não quer mais saber de Dilma e seus erros malditos, sejam eles quais forem. Deseja é que o atual governo apresente uma solução bendita que faça o crescimento da economia voltar e o desemprego cair.

Por sinal, esse deve ser o foco do governo. Não só da sua comunicação, mas de todos. Fazer o que for preciso para consertar a economia. Sem isso, não vai sair do lugar. Pode contratar até um mágico, mas seguirá patinando.
Herculano
26/09/2016 06:37
PT SE COLIGOU A 'GOLPISTAS' EM 8.488 CANDIDATURAS, por Claudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Apesar do chororô de "golpe", o PT de Lula e Dilma continua a amar o partido de Eduardo Cunha, Renan Calheiros e do presidente Michel Temer: PT e PMDB estão coligados em 8.488 candidaturas em 570 municípios, nas eleições deste ano. Os petistas, que continuam xingando partidários de Temer, disputam com eles em todos as regiões do País que realizam eleições, apesar de toda a lorota de "traição".

RELAÇÃO EXCLUSIVA
Em 1.090 candidaturas, PT e PMDB são os únicos partidos das chapas que disputam a eleição municipal do próximo domingo (2).

TUCANOS VERMELHOS
O PT de Dilma e Lula se aliou exclusivamente ao PSDB de Aécio Neves e ao PMDB do Michel Temer em 27 candidaturas este ano.

NA TERRA DO PETROLEO
A única candidatura a prefeito apoiada pela a inédita aliança PT-PMDB-PSDB é de Elimar Senen (PMDB) em... Petrolândia (SC).

BALELA DE 'GOLPE'
"Estão coligados conosco em quase 600 municípios. Isso desmascara totalmente a balela do 'golpe'", diz Darcísio Perondi (PMDB-RS).


PT QUER TIRAR MORO DO SÉRIO PARA ALEGAR 'SUSPEIÇÃO'
A estratégia foi definida em reunião reservada do PT e segredada por Lula, há dias, em sua visita ao Ceará: provocar ao máximo o juiz Sérgio Moro a fim de que ele perca a paciência e reaja com declaração forte contra o ex-presidente Lula. O objetivo da estratégia, recomendada por advogados petistas, é criar pretexto para alegar "suspeição" do juiz que faz Lula tremer de medo, conseguindo tirar o processo das suas mãos.

MEDO DA MÃO PESADA
Lula teve reuniões dramáticas com seus advogados, aos quais pediu uma única coisa: conseguirem, a qualquer preço, livrá-lo de Moro.

TROPA DE CHOQUE
Foram destacados para provocar Sérgio Moro o próprio Lula, seus advogados, parlamentares, sindicalistas e o presidente do PT.

NÃO PERDE POR ESPERAR
Lula difunde a fantasia de que virou réu por "razões políticas". Diz apostar que ninguém terá "coragem" de prendê-lo.

QUEM AVISA, AMIGO É
Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, mudanças previstas na reforma política "afetam profundamente" os deputados, e lembrou que são necessários 308 votos para aprovar uma Emenda à Constituição.

PERDÃO MUITO SUSPEITO
O rombo de R$ 170 bilhões não impediu a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, presidida por Gleisi Hoffmann (PT-PR), de perdoar R$1 bilhão de dívidas de países africanos. Na era PT, "perdão" assim foi usado para viabilizar financiamentos suspeitos do BNDES

CADA VEZ PIOR
Servidores da área de comunicação pretendem pedir ao presidente do Senado, Renan Calheiros, a suspensão do ponto eletrônico. Preferem trabalhar de casa. Talvez na academia de ginástica, no cinema...

CONTRA O DESMATAMENTO
O Instituto Socioambiental (ISA), beneficiado pelo Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES, informa que aplica os recursos em projetos para "consolidar a redução do desmatamento da Amazônia". Seu trabalho é auditado e seus relatórios financeiros disponibilizados online.

PT CONTRA A REFORMA
Partidos menores e nanicos como PCdoB, PDT, PSOL e Rede, devem se unir ao PT para tentar barrar na Câmara dos Deputados a proposta de reforma política em discussão no Senado.

XÍCARA DE AÇÚCAR
Moradores do condomínio Park Palace, no Rio de Janeiro, andam muito curiosos sobre o relacionamento de dois ilustres vizinhos: o ex-deputado Eduardo Cunha, e os antigos aliados da família Picciani.

PAUSA NA CPI
O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) não esconde o desejo em interrogar o ator José de Abreu, na CPI da Lei Rouanet. No entanto, ele afirma que na Câmara dos Deputados "está tudo parado até a eleição".

SENHA DA DELAÇÃO
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) ainda acredita que Eduardo Cunha negocia acordo de delação. "O anunciado livro sobre o impeachment é a senha. Delação de capa dura, editora MPF", ironiza.

PERGUNTA NA PAULISTA
Se o PT grita tanto "fora Temer", por que o partido não consegue levar às ruas nem sequer 8% dos seus 1,7 milhão de filiados?
Herculano
26/09/2016 06:28
DOIS TONS DE VERMELHO, por Vinicius Mota, para o jornal Folha de S. Paulo

Candidatos vermelhos, na gíria de campanha, são aqueles cuja votação cresce à medida que a renda do eleitor cai. Com os azuis é o contrário.

Pela primeira vez neste século, um candidato do PT deixa o campo vermelho na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Fernando Haddad tornou-se um competidor azul, deduz-se do Datafolha.

Só 7% optam pelo prefeito no terço inferior da pirâmide da renda familiar (até dois salários mínimos, ou R$ 1.760 mensais). A intenção de votar em Haddad dobra no quarto superior do poder de compra.

A cicloagenda do prefeito-intelectual -iniciativas anticarro que afagam um nicho progressista mais escolarizado e rico- há de ter pesado um pouco no resultado. O desgaste do PT, em especial no epicentro do levante "Fora, Dilma", foi provavelmente o fator preponderante.

O vermelho nesta eleição tem dois tons, ou dois candidatos. O mais rubro é Celso Russomanno, que marca 31% no terço mais baixo da renda, mas cai para 10% no quarto mais elevado. A queda da preferência por Marta na mesma passagem é menos abrupta, de 23% para 10%.

A única boa notícia para Russomanno na pesquisa mais recente foi ter estancado a sangria na base mais importante de seu eleitorado, o terço mais pobre. Se não segurar a debandada no estrato seguinte (renda familiar de R$ 1.760 a R$ 4.400 mensais), em que estão quatro em cada dez eleitores, vai naufragar de novo.

O raciocínio para Marta é o inverso. As críticas de adversários parecem ter reduzido a confiança na ex-petista entre os mais pobres, fatia em que perdeu quatro pontos. Entre os 40% de remediados logo acima, sustentou sua posição.

O tucano João Doria, o candidato mais azul, praticamente assegurou vaga no segundo turno. Resta saber quem, entre Russomanno e Marta, vestirá o colete vermelho no certame decisivo.
Orivaldo da Rocha
25/09/2016 23:04
Lendo a matéria do Cruzeiro (1768) Olhando a Maré(Trapiche), do abusador de criança em creche, e que agora trabalha no cemitério. Determinei à minha família: "se morrer enquanto ele estiver trabalhando no cemitério, quero que meu corpo seja cremado, pois temo por necrofilia". Como diz o Gilberto: ui, ui , ui
Herculano
25/09/2016 10:51
da série: tudo errado. Primeiro mudaram monocraticamente algo expresso na Constituição, agora vão abrir uma exceção para perdoar o crime do caixa dois de Dilma e Temer.

TSE CONSIDERA HIPOTESE DE POUPAR MICHEL TEMER, por Josias de Souza

A equipe técnica do Tribunal Superior Eleitoral julga ter reunido provas suficientes para sustentar que o financiamento da campanha à reeleição de Dilma Rousseff e Michel Temer incluiu verbas desviadas do esquema criminoso da Petrobras. São evidências documentais e testemunhais suficientes para justificar a cassação da chapa que prevaleceu em 2014. Como Dilma já foi deposta, o mandato que está em jogo é o de Temer. E já começam a soar no TSE avaliações sobre a conveniência de poupar o substituto constitucional de Dilma.

O blog ouviu dois dos sete ministros que compõem o plenário do TSE. Um deles disse que o tribunal não pode ficar alheio à conjuntura. Acrescentou que, ao julgar o processo, os ministros "talvez tenham que fazer um juízo atenuatório, levando em conta as consequências" de uma interrupção da Presidência de Temer. O outro ministro declarou que "a eventual preservação do mandato do presidente substituto não seria nenhuma aberração jurídica."

Aberta a partir de representações feitas pelo PSDB, a investigação da campanha de Dilma submete o TSE a um quadro inédito. O tribunal jamais chegara tão longe na análise de uma prestação de contas presidencial. A depender da vontade do seu presidente, o ministro Gilmar Mendes, a Corte eleitoral transformará o processo num inventário implacável das ilegalidades cometidas em 2014. Algo a ser amplamente divulgado, como uma resposta à altura da tentativa do PT de converter a Justiça Eleitoral em lavanderia de verbas sujas.

Se a chapa Dilma-Temer fosse cassada pelo TSE até o final do ano, o brasileiro teria a oportunidade de escolher um novo presidente da República em eleição direta. É o que determina a Constituição. Entretanto, são grandes as chances de o julgamento ser empurrado para 2017. Nessa hipótese, caberia ao Congresso Nacional, apinhado de parlamentares sob investigação no petrolão, apontar o nome do próximo presidente. A eleição indireta é um dos fatores que levam ministros do TSE a afastar a corda do pescoço de Temer.

Confirmando-se as tendências atuais, o TSE terá trabalho para justificar um paradoxo: depois de transformar a auditoria nas contas de Dilma num marco, o tribunal servirá um refresco a Temer, mantendo sua tradição de cassar apenas vereadores, prefeitos e governadores de Estados nordestinos.
Herculano
25/09/2016 10:47
UM PAÍS ONDE A JUSTIÇA VARIA NÃO PODE SER CONSIDERADO DEMOCRÁTICO, por Ferreira Gullar, escritor, para o jornal Folha de S. Paulo

Aquela foi uma semana marcada por importantes acontecimentos. Começou com a cassação do mandato de Eduardo Cunha por um escore arrasador, seguiu-se a posse de Cármen Lúcia na presidência do Supremo Tribunal Federal, depois as acusações contra Lula por procuradores da operação Lava Jato e finalmente a resposta do ex-presidente negando fundamento às acusações.

A maneira como aquelas acusações foram feitas não pegou bem, e pior é que, como este jornal divulgou, elas se apoiam numa delação que foi cancelada.

Quero me ater, no entanto, à significação que tem para o país a presença da ministra Cármen Lúcia na presidência do STF, conforme constatamos nas mais diversas manifestações de apoio e otimismo pelo acontecimento. E, se ele já valeu por si só, cabe ressaltar a significação da cerimônia de posse em si mesma.

Essa cerimônia se caracterizou pela presença de políticos de diversos partidos, além de personalidades como os ex-presidentes José Sarney e Luiz Inácio Lula da Silva, bem como intelectuais, advogados e artistas. Isso indicava, por um lado, o prestígio pessoal da nova presidente do STF, mas também o que significa essa instituição, no momento particularmente crítico da vida política nacional, o que ficou evidente nos discursos proferidos durante a cerimônia, expondo implicitamente essa realidade.

Nesse particular, deve-se ressaltar o discurso da ministra Cármen Lúcia que, não por acaso, fez questão de mostrar que as diversas instituições que expressam o poder do Estado brasileiro, a exemplo do Judiciário, são, de fato, instrumentos da manifestação do verdadeiro poder que emana do povo e em seu nome deve ser exercido. Foi quando ela disse:

"Inicio quebrando um pouco o protocolo ou, pelo menos, interpretando a norma protocolar diferente de como vem sendo interpretada e aplicada: determina se comecem os cumprimentos pela mais elevada autoridade presente. E e justo que assim seja. Principio, pois, meus cumprimentos dirigindo-me ao cidadão brasileiro, princípio e fim do Estado, senhor do poder da sociedade democrática, autoridade suprema sobre nós, servidores públicos, em função do qual se há de labutar cada um dos ocupantes dos cargos estatais".

Por isso mesmo, como diria ela, adiante, irá informar-se de todos os dados relativos aos gastos institucionais e trazê-los ao conhecimento da população, com toda a transparência, para deixar clara a posição que adotaria em face disso. Essa questão envolve o discutido aumento salarial para os ministros do Supremo, que, por sua vez, desencadearia aumentos salariais nos vários setores judiciais, agravando a situação financeira do país.

Outro ponto importante de seu discurso diz respeito à modernização e ao aperfeiçoamento do Judiciário brasileiro, que não atende às necessidades da população, particularmente dos mais pobres que constituem a maioria.

De fato, um país onde a aplicação da Justiça varia de acordo com a classe social a que pertence o cidadão não pode ser considerado efetivamente democrático.

Se o discurso da presidente Cármen Lúcia foi essencialmente institucional, o do ministro Celso de Mello, decano do STF, tocou o cerne do problema que hoje atinge, de maneira alarmante, a vida política nacional.

Para o constrangimento de alguns políticos e autoridades ali presentes, que são investigados pela Operação Lava Jato, ele se referiu aos "marginais da República" que, "por intermédio de organizações criminosas" obtêm "inadmissíveis vantagens e [...] benefícios de ordem pessoal, ou de caráter empresarial, ou, ainda, de natureza político-partidária".

Também o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, abordou o tema da corrupção, destacando a atuação do Ministério Público, que tem desempenhado um papel altamente positivo no combate à ação criminosa de políticos, empresários e altos funcionários de empresas estatais.

A posse da ministra Cármen Lúcia, se teve o significado que teve, deveu-se particularmente ao papel que a Justiça passou a desempenhar publicamente na vida nacional. E a razão disso não é outra senão o alastramento da corrupção exercida, como disse o ministro Celso de Mello, pelos "marginais da República".
Herculano
25/09/2016 10:38
SERÁ QUE VAI DAR PRAIA? por Márcio Costa, professor da Faculdade de Educação da UFRJ, no jornal O Globo

Greves intermináveis com risco zero. Salário na conta e dois a três meses de trabalho a menos quase todos os anos recentes.

Quinta, dia 22, algumas unidades da UFRJ suspenderam suas atividades em função de uma anunciada paralisação, convocada por entidades de funcionários. Na véspera, à tarde, instâncias oficiais já se adiantavam e oficializavam a suspensão do expediente. Não é inédito. Tornou-se natural com o passar dos anos. O que se segue é parte do que escrevi para meus pares.

É razoável que a instituição adote uma posição que, na prática, impõe uma greve a todos? Tem sido assim na UFRJ. Sindicatos adotam em seus fóruns uma paralisação. Quase instantaneamente, a burocracia responsável pela gestão da universidade incorpora tal decisão e antecipa seus efeitos decretando que os portões sejam cerrados. O Conselho Universitário já fez algo semelhante, suspendendo o calendário letivo. Assim, uma decisão de greve é convertida em estranho locaute, com a ação de autoridades que deveriam zelar pelo funcionamento institucional.

No caso da interrupção do calendário institucional, por mais de uma vez isso ocorreu em favor de movimentos que nem mesmo contavam com adesão expressiva, mas que foram tornados artificialmente "universais" por esse artifício de gestão. Na última greve isso assumiu um caráter mais severo, dado que, em unidades onde não havia adesão ao movimento, a manutenção do calendário foi proibida pelas autoridades universitárias.

A coisa funciona assim: uma assembleia de meia dúzia decide greve ou paralisação, a estrutura decisória transforma essa decisão quase clandestina em decreto institucional. Com isso, está assegurado o sucesso do movimento, "adesão" de 100%. Discursos revolucionários saúdam a coesão de classe, e a população paga pelas bravatas.

Frequentemente, quase ninguém sabe ao menos quais são as reivindicações do "movimento". Eventualmente, em caso de grande adesão, o funcionamento poderia estar severamente comprometido, de tal forma que seria impossível ou pouco sensato manter as portas abertas. No entanto, nem se cogita testar.

Tal ocorre em meio à anomia que torna a lei, a separação público/privado, a preocupação com a coisa pública meras peças de retórica nesse universo paralelo em que vivemos nas universidades públicas. A predação do funcionamento institucional deriva de se haver aprendido na universidade que não há risco. Nenhum dos protagonistas paga o preço.

Como de hábito, a paralisação foi numa quinta-feira, convertendo-se em feriadão. O distinto público paga nosso salário, e vida segue, como se nada houvesse acontecido. A Viúva banca, e ninguém é chamado a prestar contas desses, digamos, feriados informais. Greves intermináveis ocorrem da mesma forma: risco zero. Salário na conta e dois a três meses de trabalho a menos quase todos os anos recentes.

Será esse um dos motivos porque parece crescer na população o sentimento de inveja/ódio pelo funcionalismo público? Aquele bando de gente que ganha mais, trabalha menos, não precisa prestar contas de nada e ainda vai lá quando quer? Quanto tempo durará essa festa? Alguém será responsabilizado?
Herculano
25/09/2016 10:33
A RESPONSABILIDADE FISCAL VENCEU, por Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central no governo de Fernando Henrique Cardoso, no jornal O Globo

Ajuste fiscal era conhecido como remédio dolorido, a meio caminho entre dívida e pecado

A ideia de responsabilidade fiscal veio da Nova Zelândia, pouca gente sabe, através de uma lei de 1994.

Nesse mesmo ano, no Brasil, estávamos às voltas com outras coisas: a hiperinflação, a URV, que mudou de nome para real em julho, 16 dias antes da final da Copa, e em dezembro, já campeões do mundo, a inflação bateu 1,7% pelo IPCA, equivalentes a 22% em bases anuais. Era um extraordinário progresso, mas ainda tivemos muito trabalho para chegar em 1,6% para o ano inteiro de 1998.

Nos primeiros tempos, a expressão "responsabilidade fiscal" parecia mesmo uma importação sem similar nacional, um estrangeirismo desses que os comunistas locais repelem, mas logo ficou claro que se tratava de uma inovação revolucionária, uma espécie de Uber dos debates fiscais, começando pela linguagem.

Antes dessa extraordinária invenção, os economistas eram como os farmacêuticos de antigamente que vinham nas casas de família com uma imensa seringa não descartável numa caixa de metal e as crianças se escondiam apavoradas. Os senhores parlamentares escutavam falar de "ajuste fiscal" e pareciam ver o farmacêutico querendo lhes aplicar injeções.

Ninguém queria saber de "ajuste fiscal", que não se entendia bem como conserto ou contrato, mas como remédio dolorido, a meio caminho entre a dívida e o pecado. E aqui temos um parentesco ancestral: Margareth Atwood lembra que "no aramaico, a língua semítica falada por Jesus, a palavra para "dívida" e a palavra para "pecado" era a mesma. Assim, é possível traduzir a passagem [DO PAI NOSSO]como "perdoai nossas dívidas/pecados", ou até como "nossas dívidas pecaminosas" embora nenhum tradutor tenha escolhido fazê-lo, ainda.

O "ajuste fiscal" era frequentemente colocado na mesma cava do inferno onde está a "austeridade", outra criatura ascética, coisa de anacoretas, uma espécie de jejum da vida e, por isso mesmo, durante muitos anos, os economistas pregaram no deserto.

Tudo mudou com essa feliz expressão neozelandesa à qual ninguém poderia se opor. Quem pode ser contra a responsabilidade fiscal? Ou a sustentabilidade? Seja ela ambiental, fiscal, financeira, empresarial?

O equilíbrio fiscal entrou, com isso, para o domínio do politicamente correto, esse o truque que sempre nos faltou.

A mágica das palavras é fundamental para as disputas retóricas, mas em 1994, a responsabilidade fiscal não era mais que isso, uma expressão bem achada. Era preciso praticar para experimentar e entender.

Em 1994, os Estados estavam todos quebrados e em atraso com as empresas federais de geração de energia, com os bancos federais e com seus bancos estaduais, e estes, por sua vez, também encrencados e sem solução.

Era o caos. Não era o ambiente mais acolhedor para se introduzir a responsabilidade fiscal e, por isso, mesmo se abandonou a ideia de uma emenda constitucional de orçamento equilibrado ou de teto de gastos, como a de hoje.

Mas o que veio a seguir deu significado bem claro ao conceito. Foram diversas rodadas de refinanciamento das dívidas estaduais que resolveram todos esses problemas. Foi essencial que houvesse uma garantia boa (tanto que, hoje, os Estados não conseguem deixar de pagar a União), que fossem extintos os bancos estaduais (tal como funcionavam), que os Estados dessem em pagamento ativos para a União privatizar e, por fim, que fechasse o guichê dos refinanciamentos para que não houvesse essa "doença do Refis", ou a ideia de que sempre virá um novo refinanciamento.

Mais importante que tudo, no entanto, foi colocar o Tesouro Nacional (STN) na posição de FMI estabelecendo programas, limites e metas. Depois de tudo resolvido, inclusive de um programa semelhante atendendo 174 municípios, veio uma lei complementar em 2000 que trouxe toda essa experiência para o que se conhece hoje como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Foi uma epopeia, um feito extraordinário para uma secretaria (STN) criada 14 anos antes, a partir do nada. Mais extraordinário ainda foi, 15 anos depois, ver iniciado e concluído o impedimento da presidente da República principalmente por violações à LRF.

A responsabilidade fiscal é uma ideia vencedora e paradigmática, inclusive por que, finalmente, deslocou o desenvolvimentismo inflacionista do terreno da obsolescência, ou do cinismo, para o da ilegalidade.
Herculano
25/09/2016 10:28
SINAIS DOS TEMPOS

A ex-presidente Dilma Vana Rousseff, PT, aparece ao lado da candidata a prefeita do Rio de Janeiro, a comunista Jandira Feghalli, e ela despenca nas pesquisas.

O governador Geraldo Alckimin, PSDB, aparece ao lado do candidato a prefeito de São Paulo, João Dória Júnior e ele de 5% dispara para 20% em três semanas.

Ou seja, o PT, PCdoB, PDT e outros estão pagando pelo resultado da obra de desempregar 12 milhões de trabalhadores, criar inflação, quebrar a economia
Herculano
25/09/2016 10:19
DIAS DE INCERTEZAS VIRÃO. PMDB QUE SEMPRE FOI GIGOL?" DO PODER ESTÁ DESACOSTUMADO A TOMAR DECISÕES DE GOVERNO E LIDERAR PROCESSOS DE REALINHAMENTOS ADMINISTRATIVOS E ECONOMICOS. COM QUADRO ATUAL, MEIRELLES NÃO SERÁ O "FHC DE TEMER", DIZ O PROPRIO FHC

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e entrevista de Daniela Lima. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) faz um diagnóstico pessimista a quem pretende usar a gestão de Michel Temer para se projetar e recolher dividendos nas eleições de 2018.

"Não vejo que o governo tenha como tirar proveito [eleitoral] dessa situação em dois anos", disse, em entrevista à Folha.

Nem o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, poderia se projetar organizando a economia e repetindo fórmula lançada pelo próprio FHC, em 1993, ao assumir a pasta durante o tormentoso governo de Itamar Franco?

"Não creio. E não é que haja uma diferença entre mim e Meirelles. É a situação." Para o tucano, mesmo que o ministro consiga sensibilizar a sociedade, ele só irá expor "sangue, suor e lágrimas".

FHC diz que Temer precisa olhar apenas para a história e vê fadiga de material na política. Instado a citar um líder, não achou ninguém.

*

Folha - O PSDB se tornou "censor" do governo?
Fernando Henrique Cardoso - O que o PSDB fez? Uma vez que não tinha alternativa senão apoiar o impeachment ?"era óbvio que era inevitável?", teve que assumir uma responsabilidade. Acho que fez bem ao condicionar isso a que o governo atue [segundo uma agenda].

Folha -Mas isso não faz Temer refém?

FHC - Se o PSDB não tivesse essa posição, o presidente também não teria como resistir às demandas clientelistas. Temer tem noção de seu momento histórico. Tem que fazer coisas que não são populares, tomar decisões que podem não agradar, sobretudo às corporações.

O desafio é chegar ao outro lado, 2018. Mas só vai chegar se tivermos um horizonte de esperança.

Folha - Vê espaço para um levante no qual os insatisfeitos com o impeachment se somem aos afetados pela crise, aos descontentes com as reformas...?
FHC - Os assolados pela crise ainda não se manifestaram. Quem esteve na rua antes foi outro tipo de gente e quem está agora é militância. Com essa grande massa não houve conexão. Pode haver? Pode. É perigoso? É.

Folha - Há como evitar isso?
FHC - Tem que conversar o tempo todo com a sociedade. Dizer que é em nome de um país mais equânime, com menos privilégios. Não pode descer goela abaixo as medidas de austeridade.

É preciso insistir em valores que não são do mercado, são das pessoas. Se não explicar que a tragédia deriva dos erros do governo anterior, vai cair na cabeça dele. Já, já o PT vai começar a gritar que é culpa do Temer.

Folha - E Temer nessa equação?
FHC - O presidente sabe que o poder caiu na mão dele num momento difícil. Ele nunca foi um líder popular. Não se pode pedir à pessoa que seja o que ela não é, nunca foi. Temos que pedir que pense na história. Se fizer isso, mesmo sem popularidade, está feito historicamente.

Folha - Meirelles pode ser uma espécie de FHC para Temer?
FHC - Não creio. E não é que haja diferença entre mim e Meirelles. É a situação. Naquela época [governo Itamar], o problema mais aflitivo era a inflação. Acertamos em parte no equilíbrio fiscal, ela foi barrada e o bem-estar veio de imediato.

Hoje, a situação é de tal gravidade que será preciso ter continuidade durante anos para restabelecer a confiança não só nacional, mas internacional, no funcionamento da economia. E isso não vai dar bônus.

Folha - Ele não repetirá o milagre?
FHC - Não fiz milagre. O objetivo estava mais próximo. Hoje, longínquo. Não o conheço o suficiente para saber se ele é capaz de se expor de uma maneira que motive as pessoas... Não basta ser racional. É preciso mais.

E, ainda que ele seja, vai expor o que? Sangue, suor e lágrimas. Melhor não pensar em beneficiário. Ou pensa em termos históricos, ou vai ter desilusão.

Folha - Vale para todos no governo?
FHC - Não vejo que o governo tenha como tirar proveito dessa situação em dois anos. O desastre foi muito grande. Foram desmontados os pilares da economia. O horizonte?"se houver?", virá depois de 2018, se tivermos sorte de encontrar líderes. Nem digo do meu, de qualquer partido...

Folha - Nem sequer faz questão que seja de seu partido?
FHC - refiro que seja, óbvio, mas o importante é ter alguém.

Folha - Vê esse alguém?
FHC - Aqui? [Silêncio] Se tivesse, estava resolvida a questão.
Sidnei Luis Reinert
25/09/2016 10:12
Receitinha indigesta que circula pelo universo avacalhante das redes sociais:

" Coloque Mantega na panela. Na sequência adicione a Lula. Fritinho da Silva... Misture tudo Dilma vez e tá pronto. Bota numa marmita, chama o motoboy e manda entregar na República de Curitiba".

Dizem que o Moro e a Força Tarefa estariam doidos para jantar este prato...

10 maiores do crime

Releia o artigo de sábado: Existe clima imediato para um "Fora, Temer"?

#StandwithLula?

Sabe quem organizou evento "Estamos com Lula", com site na língua do Obama, nos EUA?

O líder é João Antônio Felício, um dos fundadores do PT, que foi coordenador das duas campanhas de Lula para Presidente, comandou a CUT e foi membro do Conselho de Administração do BNDES.

Felício foi um dos conselheiros e idealizadores do Instituto Lula e agora comanda a tal da "ICUT" que defende Lula transnacionalmente...

http://www.alertatotal.net/
Sidnei Luis Reinert
25/09/2016 10:08
Algum Ladrão Onesto quer roubar seu voto


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Na estrutura estatal brasileira - capimunista, rentista e corrupta -, político honesto já nasce morto ou com prazo vencido de existência. O sistema do crime institucionalizado tem como primado corromper qualquer um que entre no jogo. Quem não entra mal sobrevive fora ou acaba exterminado pela bandidagem. Por isso, para quem deseja conviver no meio da politicagem hegemônica, só tem um jeito: formular uma Teoria Geral do Ladrão Onesto.

A Onestidade já começa corrompida pela grafia. Depois, é só apelar para o pragmatismo cínico ou para o cinismo pragmático. O FDP profissional tem o direito inalienável de escolha entre o ruim, o péssimo e o pior. Sob tal ótica de canalhice, tudo se justifica. Ou se consegue uma explicação aceitável pela escória de seguidores fanáticos.

Pela Teoria Geral do Ladrão Onesto, os comportamentos desviantes se tornam fins neles mesmos. No antro da politicagem, a sacanagem assume ares de padrão ético. Quando não definem as regras, jogam conforme o consenso argentário-lumpanar do cassino do Al Capone ou da Casa da Mãe Joana.

O Onesto está pronto para qualquer parada - de preferência bem errada, com lucros fáceis e imediatos. Na politicagem, dá importância alguma para a ideologia. O aspecto ideológico funciona apenas como uma mentira verdadeira. É de esquerda, de direito ou de centro, conservador, liberal ou progressista. O rótulo depende da conveniência partidária, da conjuntura ou da moda.

Assim o onesto tira proveito de tudo e de todos, sobretudo dos otários, maioria consolidada no Brasil. Compra, vende e troca facilidades ou promessas. Todos, mal ou bem, pagamos as contas e financiamos a roubalheira. No Capimunismo, o ônus é socializado para o onesto ficar com os bônus. Eis a divisão onesta do trabalho do alheio;;;

Nem precisa dizer quem é o símbolo máximo da onestidade tupiniquim. Não é à toa que o cabra proclama aos 13 cantos que não existe alguém mais onesto que ele. O povo até pergunta com maldade onde está a Honestidade? Só se for na base do hagá (sinônimo da caô)... O onesto proclama: "A Onestidade sou Eu"... A vaidade das vaidades pela vaidade é a marca do onesto.

Mais uma eleição se aproxima. Os onestos pedem o voto. Os otários lhes dão o emprego temporário. Depois, como se nada fosse com eles, reclamam dos onestos. Ameaçam rebeliões, sempre nas redes sociais, de vez em quando nas ruas. Os onestos se encagaçam no primeiro momento. No entanto, sabem que tudo se acalma e se acomoda, em seguida. No fim, tudo fica como começou, e vida que segue...

É mais ou menos assim que funciona a Teoria Geral do Ladrão Onesto. Seus formuladores estão prontinhos para mais um jogo de ilusão eleitoreira, com a politicagem de costume.

Os honestos de verdade, com toda certeza, vão odiá-la e, com imensa torcida, deverão rejeitá-la, combatendo-a firmemente, até neutralizar ou detonar os onestos - verdadeiros cânceres de nossa História.

Os segmentos esclarecidos precisam agir e persistir para proclamar a República - dos Honestos.
Herculano
25/09/2016 10:06
URGÊNCIA E RELEVÃNCIA DO ENSINO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Proposta de reforma do ensino médio contempla três importantes mudanças: a flexibilização do currículo escolar, o aumento do número de escolas em tempo integral e a ampliação da oferta de formação técnica profissional

É de justiça reconhecer que o governo de Michel Temer ousou ao comunicar, na quinta-feira passada, que a proposta de um novo ensino médio será feita por meio de Medida Provisória (MP). Se é certo que a fórmula de lançamento suscita questionamentos ?" educação é um tema que merece profundo estudo ?", não menos certo é que se encontram presentes no caso os pressupostos constitucionais de urgência e relevância para a edição de uma MP.

É urgente a reversão da atual situação da educação no País. Há razoável consenso entre os educadores de que o ensino médio está estagnado num patamar muito baixo. "Os números desastrosos não permitem que adiemos a reforma", disse o ministro da Educação, Mendonça Filho. Não é possível fechar os olhos para o fato de os jovens estarem passando pela escola sem aprender o que deveriam. Tem-se hoje um modelo disfuncional que, almejando abarcar tudo ?" filosofia e sociologia, por exemplo, são matérias obrigatórias do ensino médio ?", acaba na prática oferecendo muito pouco ao aluno, que não raro sai do colégio sem saber matemática e português.

É preciso mudar e, diante de um Congresso que não mostra interesse em discutir a qualidade da educação ?" quando muito, debate verbas para a educação ?", talvez a edição de uma MP seja de fato oportuna, forçando o Legislativo a se manifestar sobre tema tão relevante. Há tempos a educação não é uma prioridade do governo federal ?" em seu segundo mandato, a ex-presidente Dilma Rousseff transformou o tema em mero slogan ?", e os resultados são padrões de atuação reconhecidamente ineficazes.

Falava-se muito em melhorar a qualidade da educação, mas o debate do tema estava se transformando em justificativa de uma falta de ação tremendamente injusta com tantos jovens, que não recebem na escola o mínimo de conhecimento necessário para seu desenvolvimento humano e profissional. Se a anunciada MP conseguir romper tal paralisia, será um importante passo.

A proposta de reforma do ensino médio contempla três importantes mudanças: a flexibilização do currículo escolar de acordo com o interesse do aluno, o aumento do número de escolas em tempo integral e a ampliação da oferta de formação técnica profissional.

Não haverá corte de nenhuma disciplina e a carga horária continuará sendo de 2.400 horas em três anos, com o limite máximo de 1.200 horas para a Base Nacional Curricular Comum. As outras 1.200 horas serão dedicadas ao currículo flexível.

Na prática, a proposta do governo fortalece o ensino de matemática, português e inglês, disciplinas que serão obrigatórias ao longo de todo o ensino médio. As outras dez matérias serão obrigatórias até o 1.º semestre do 2.º ano, já que, a partir da segunda metade do ensino médio, a grade se torna flexível, com a possibilidade de o aluno escolher um entre cinco percursos formativos ?" formação técnica profissional, linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.

Em relação ao período integral, a meta é ter, em 2017, 257 mil alunos de ensino médio nesse regime, com pelo menos 7 horas/aulas por dia. Em 2018, a expectativa é chegar a 514 mil alunos em regime de período integral. A ampliação da jornada exigirá investimento de R$ 1,5 bilhão. A promessa é que a escola que oferecer regime integral receberá um incentivo anual de R$ 2 mil por aluno.

Além de estar em consonância com o Plano Nacional de Educação ?" aprovado em 2014, uma de suas metas é ter, até 2024, 25% de matrículas da educação básica em regime integral ?", o esforço por aumentar as escolas nessa modalidade de regime se inspira na boa experiência do Estado de Pernambuco, que, com o regime de período integral, conseguiu saltar do 21.º lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2007 para o topo do ranking em 2015, além de ter diminuído em 90% a evasão escolar.

É longa - e mais que necessária ?" a batalha pela melhoria da qualidade do ensino ofertado no País. Que o anunciado novo ensino médio possa ser um primeiro passo.
Herculano
25/09/2016 10:04
PSDB E DEM REUNEM MAIS DE 300 CICLISTAS POR SEUS CANDIDATOS NESTE DOMINGO

Uma ideia simples, barata, atual e ecologicamente correta, acabou se tornando uma marca diferencial da candidata a prefeita de Gaspar, Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, nesta campanha eleitoral: o passeio de bicicletas com seus apoiadores.

A ideia surgiu há quatro domingos e reuniu em torno de 100 participantes. O inesperado sucesso levou a três repetições. E a aderência foi crescendo a cada domingo, apesar da chuva (da semana passada). Hoje, mesmo com chuvisco persistente durante todo o percurso, contou-se mais de 300 participantes que rodaram pelos bairros periféricos ao Centro, limitado pelas interdições da Meia Maratona do Bela Vista que ocupou as ruas centrais da cidade.

A ideia passeio surgiu até então apenas para divulgar uma das intenções de campanha da candidata, a implantação de ciclovias e bicicletários públicos. Mas a aderência de simpatizantes sem qualquer pagamento e obrigação, virou marca de campanha por não poluir, e principalmente por substituir as caras carreatas - numa cidade sem mobilidade - em tempo de poucos recursos para os candidatos que seguem o que diz a legislação eleitoral sobre o autofinanciamento de campanha se expressarem.

A ideia tentou ser imitada pelo PMDB que na primeira experiência no distrito do Belchior importou participantes do Centro e na tentativa de repeti-la ontem, não encontrou a aderência que queria para superar a de Andreia e assim medir forças perante à comunidade.
Herculano
25/09/2016 09:49
SUPREMO SINALIZA AVAL À REFORMA TRABALHISTA, editorial do jornal O Globo

Em pelo menos duas decisões, ministros do STF consideraram válidos acordos feitos entre patrões e empregados, mesmo em sentido contrário à CLT

Estabelecido pelo governo que, entre as reformas, a criação do teto para as despesas públicas e a atualização da Previdência são prioritárias - a emenda do limite máximo anual dos gastos já tramita na Câmara -, a proposta de modernização das normas que regulam as relações de trabalho ficou para o ano que vem.

Empresários não gostaram, mas é mesmo urgente tomar medidas que comecem a dar garantia de que o Brasil conseguirá reverter a tendência de quebra do Tesouro, um processo de insolvência cujo avanço é medido pelo aumento do peso da dívida pública no PIB. Que deve chegar a perigosos 70% este ano, depois de ter sido 55% em 2006. E não para de subir.

Mas, felizmente, um item da agenda de mudanças, a ideia de que o melhor a fazer para oxigenar o mercado de trabalho é privilegiar o acordo entre patrões e empregados, por sobre a arcaica CLT, ganha apoio na sociedade e também dentro do Estado.

Na própria Justiça do Trabalho, guardiã da consolidação das leis trabalhistas, há simpáticos à formula. Entre eles, o presidente do Tribunal Superior (TST), Ives Gandra Martins Filho. A proposta sequer é apenas brasileira: o governo da França acaba de baixar por decreto a mesma benéfica alteração, diante da impossibilidade de qualquer entendimento com os sindicatos de trabalhadores.

Um fato positivo é que também o Supremo Tribunal Federal (STF) dá sinais de que entende ser preferível o acordo entre as partes do que a tentativa de aplicar uma legislação arcaica, da década de 40.

O jornal "Valor Econômico" detectou esta tendência da Corte. Já houve duas decisões nesta mesma direção. No ano passado, em veredicto com repercussão geral (a ser seguido por todos os tribunais), os ministros do STF validaram cláusula de um programa de demissão voluntária aberto pelo Banco do Brasil, depois de incorporar o Banco de Santa Catarina, que estabeleceu renúncia geral a direitos trabalhistas pelos participantes do programa. Uma heresia à luz da CLT, porém sancionada devido a um acordo prévio sobre o assunto

Há pouco, o ministro Teori Zavascki mandou publicar a decisão de aceitar o acordo coletivo a que se chegou numa usina de açúcar e álcool de Pernambuco, pelo qual os trabalhadores perderam o pagamento pelo tempo gasto nos deslocamentos, mas receberam outras vantagens em troca. O TST derrubou o acerto, mas o Supremo o restabeleceu, ao aceitar recurso da usina.

Zavascki reconheceu que o pagamento das horas gastas em deslocamento é garantido pela CLT. Porém, argumentou, a Constituição permite que acordos coletivos tratem de salário e de tamanho da jornada de trabalho.

Pode estar acendendo uma luz dentro do nevoeiro que envolve as reformas para tirar o país da debacle.
Herculano
25/09/2016 08:34
MANTEGA, O HOMEM DA MALA, SABE TUDO , por Jorge Loiveira, para o Diário do Poder

Cascais, Portugal - A Lava Jato acertou na veia prendendo Guido Mantega, mas, infelizmente, movido por sentimento humanitário, o juiz Sergio Moro revogou a prisão do ex-ministro da Fazenda de Lula. É uma pena, pois Mantega, que ficou quase dez anos no cargo nos governos petistas, tem muita coisa para falar sobre a corrupção do partido e o dinheiro que ele desviou das empresas públicas para a candidatura dos ex-presidentes. Mantega, como se sabe, foi o responsável pela derrocada econômica do Brasil e um dos principais lobistas da indústria automobilística. Além disso, atuou diretamente no perdão das dívidas de bilhões de reais de grandes empresas sonegadoras da Receita Federal.

Eike Batista, ao depor para os procuradores da Lava Jato, não deixou dúvidas sobre a participação de Mantega nas mutretas petistas. Disse, com todas as letras, que Guido Mantega solicitou que ele colaborasse com 5 milhões de reais para a campanha da Dilma. Mais da metade dessa fortuna, segundo Eike, chegou às mãos do marqueteiro João Santana e da sua mulher Mônica, no exterior, a pedido do ex-ministro no período pós-eleitoral.

O depoimento de Eike levou Guido para a prisão, mas ele não chegou a testar o chão frio da cela nem dormir numa cama de cimento porque o juiz Sergio Moro compadeceu-se do fato da mulher dele está se submetendo ao tratamento de câncer no hospital Albert Einstein.

Mais uma vez, os ministros do STF divergiram quanto a prisão. Gilmar Mendes, o contestador, falou que o ato foi "constrangedor". Já Celso Melo não viu exagero na decisão de Sergio Moro de pedir a prisão do ex-ministro. Segundo o decano do STF, um dos mais respeitados do tribunal, mandado de prisão não escolhe local ou hora para ser executado, portanto, nada foi ilegal, tudo constitucional, como reza a lei.

Apesar da divergência dos dois ministros do STF, o fato é que a prisão de Mantega já deveria ter acontecido há mais tempo, desde que a PF provou a sua participação na operação Zelotes que tinha como objetivo "anistiar" multas bilionárias de empresários sonegadores. Mantega e também Palocci foram ministros da Fazenda danosos à nação, irresponsáveis, incompetentes e intermediários de dinheiro sujo para as campanhas do Lula e da Dilma. Palocci, inclusive, foi denunciado por um caseiro por promover bacanais em uma casa de luxo em Brasília, alugada com dinheiro público. Nas duas vezes em que deixou o ministério foi por envolvimento em atos de corrupção.

Os petistas, mais uma vez, estão indignados com as decisões dos procuradores da Lava Jato. No caso da prisão de Mantega, o presidente do partido, o fundamentalista Rui Falcão, falou em um ato desumano, seguido por Lula que trilhou o mesmo caminho para condenar a prisão. Ora, sejamos menos hipócritas: ao decretar a prisão de Mantega ninguém sabia que a mulher dele no mesmo dia estaria fazendo exames pré-operatórios, portanto, nem os procuradores nem a Polícia Federal cometeram algum ato de truculência. E a reparação foi imediata: Moro, por compaixão cristã, revogou a prisão do marido quando soube da enfermidade da mulher.

A prisão de Mantega pode levar a Lava Jato a puxar o fio do novelo que falta para esclarecer a ligação de Lula com Eike. O ex-presidente virou lobista de luxo do empresário e foi visto várias vezes na companhia dele depois que largou o governo. Em uma dessas aparições, ele viajou no avião de Eike para vistoriar seus empreendimentos financiados com dinheiro subsidiados do BNDES. Lula também ajudou o bilionário a conseguir grandes obras da Petrobrás com contratos e licitações fraudulentas. No depoimento aos procuradores, Eike deixa claro que contribuiu para as campanhas do PT. Citou apenas os R$ 5 milhões. Falta revelar o montante das propinas distribuídas nos mais de dez anos para alimentar o PT no poder. Os procuradores esperam que o Eike abra o jogo se não quiser passar o resto dos dias na cadeia.

Agora, como evangélico, o empresário precisa confessar seus pecados se quiser alcançar o reino do céu.
Herculano
25/09/2016 08:32
O SAMBA DO SACI, por Carlos Brickmann

Ao contrário do Governo anterior, que não sabíamos por onde andava (ainda bem, porque quem sabia não era cumpanhêro, mas comparsa), temos agora um Governo que indica todos os dias o que vai fazer. Às segundas, quartas e sextas, anuncia providências; às terças, quintas e sábados, se desmente, ou adia o que era urgente. Aos domingos imagina novos planos.

Não dava para aguentar o déficit de R$ 170 bilhões, herança de Dilma. Era urgente baixá-lo. O Governo deu um aumentão para grupos poderosos do funcionalismo, gastando bilhões para inteirar o déficit de R$ 170 bilhões. Erraram na conta e o buraco ficou maior. Aumentou-se a previsão de capitais que serão repatriados. Só que o dinheiro ainda não existe.

Todos os partidos estavam livrando quem usou Caixa 2. Alguém descobriu, o projeto morreu, o Governo informou que jamais permitiria o golpe baixo - que, entre outros, era articulado pelo ministro Geddel..

Alguém ouviu o ministro Meirelles dizer que haveria corte de juros em 2016. Tanto disse que algum indiscreto ouviu. Mas Meirelles desmentiu.

Diz o Governo que a Previdência, com déficit crescente (em 2015, R$ 148,8 bilhões) ou é reformada com urgência ou quebra o país. E, como já estamos em setembro, o problema urgente ficou para o ano que vem.

Todos os cidadãos, democraticamente, podem opor-se ao Governo ou apoiá-lo. Em nosso país peculiar, isso só depende do dia da semana.

DECADENCE AVEC ELEGANCE

Lula está investindo em sua imagem internacional. O evento que promoveu em Nova York, aproveitando a Assembleia Geral da ONU, para criticar o juiz Sérgio Moro e a Operação Lava Jato (pelo menos na parte que lhe cabe no latifúndio das investigações), foi caprichado. De acordo com o respeitado repórter Maurício Lima, de Veja, "foram servidos canapés de lagosta e camarão" (http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line) "acompanhados por taças de espumante". Sai caro.
Herculano
25/09/2016 08:32
BATEU, CORTOU, por Carlos Brickmann

Da língua afiada do jornalista Cláudio Humberto, analisando a conjuntura (www.diariodopoder.com.br): "Pensando bem, o tour de Lula para apoiar candidatos a prefeito do PT começa pelo Nordeste, mas tem tudo para acabar em Curitiba."

GLEISI ESTÁ DIFERENTE

A senadora Gleisi Hoffmann, do PT paranaense, estava loira há tanto tempo que sua antiga companheira de partido Dilma Rousseff só a chamava de "loirinha". Mas os problemas de imagem dos políticos petistas, insultados em aeroportos, restaurantes, até no Exterior (Aloízio Mercadante foi vaiado em Portugal), levaram-na a mudar de imagem: pintou os cabelos de castanho. Línguas ferinas, lembrando a definição ideológica do ex-governador Leonel Brizola, tentaram apelidá-la de Socialista Morena. Este colunista prefere lembrar Carlos Drummond de Andrade, no poema que, mudando a cor dos cabelos, é a cara de Gleisi: Também já fui brasileiro:

"Eu também já fui brasileiro/moreno como vocês (...)/ Eu também já tive meu ritmo,/ Fazia isso, dizia aquilo/ E meus amigos me queriam,/ meus inimigos me odiavam./ Eu irônico deslizava/ satisfeito de ter meu ritmo./ Mas acabei confundindo tudo./ Hoje não deslizo mais não,/ não sou irônico mais não,/ não tenho ritmo mais não."

COMO ACONTECE

Ninguém deve acreditar na história de que Eike Batista acordou com vontade de expiar eventuais pecados, pegou o telefone, ligou para o pessoal da Lava Jato e entregou espontaneamente o ex-ministro Guido Mantega. Eike teve excelentes motivos para decidir depor mesmo sem ser intimado.

AS ACUSAÇÕES

No seu depoimento, a principal denúncia de Eike foi contra Mantega. Acusou-o de ter pedido a ele, Eike, R$ 5 milhões, que lhe foram entregues pela empresa OSX, de construção naval; mais 2,5 milhões por intermédio de agências de publicidade que atendiam a outras empresas de seu grupo.

AS INVESTIGAÇÕES

Dizem investigadores da Polícia Federal que Mantega pediu diretamente ao comando de uma empresa privada que repassasse recursos a um partido político da situação para pagar dívidas de campanha. "Estes valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas do mesmo partido", diz a PF.

A GUERRA INTERNA

O PMDB federal enfrenta o risco de cisões. Motivo? Acertou: dinheiro. Moreira Franco, homem de confiança de Temer e presidente da Fundação Ulysses Guimarães, se negou a repassar recursos da fundação para a campanha. Em represália, o PMDB não entregou à fundação, neste mês, os habituais 20% do dinheiro (público) que recebe do Fundo Partidário
Herculano
25/09/2016 08:24
da série: o fenômeno é nacional. Só em Gaspar que o PMDB e PSD conseguem meter medo nos analfabetos, ignorantes e desinformados de que o PT - seu aliado até aqui - é uma ameaça concreta.

ELEIÇÃO FANTASMA, por Dora Kramer, para o jornal O Estado de S. Paulo

Situação do PT nos três maiores colégios eleitorais dá a medida de sua derrocada

Ano atípico este de 2016. Impeachment presidencial, cassação do mandato de um presidente da Câmara, prisões, delações, Lula acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça, meio mundo político na mira da Lava Jato, suspeita de que ministro comandava a economia enquanto arrecadava fundos "por fora" para o PT. Com tudo isso e muito mais, a campanha eleitoral passou praticamente em branco no cenário nacional.

Quando a gente se dá conta de que a eleição de prefeitos e vereadores é daqui a uma semana, soa muito repentino. Já? Pois é. O rebuliço reinante na República atraiu todas as atenções e deixou em segundo plano a movimentação dos aspirantes a administradores do nosso cotidiano. Das decisões dos eleitos dependerá o maior ou menor grau de conforto ou desconforto na vida das cidades e de seus habitantes. Portanto, o voto de domingo próximo é crucial para o próprio bem (ou mal) do eleitor.

O resultado dessa situação de peculiar desinteresse, veremos daqui a uma semana. Dois indicadores políticos, no entanto, já se destacam nas pesquisas de opinião: a dispersão partidária entre os apontados como favoritos nas capitais e o desempenho sofrível, e já esperado, do PT nessas localidades. O partido lidera a disputa apenas em Rio Branco (AC).

Verdade que das grandes legendas nenhuma concentra quantidade expressiva de primeiros colocados. O PSDB está na frente em cinco (São Paulo, Manaus, Teresina, Belo Horizonte e Maceió), o PMDB em três (Goiânia, Porto Alegre e Florianópolis) e nas demais capitais há divisão entre pequenos e médios partidos. Das 26 (no Distrito Federal não há prefeitura), em 14 lideram candidatos do PRB, PMN, PSOL, Rede, DEM, PSD, PSB, SD, PCdoB e PDT, um retrato da fragmentação do quadro partidário.

A diferença é que o PT mandou ?" e desmandou ?" no País durante os últimos 13 anos e tinha o projeto, quando assumiu a Presidência da República em 2013, de conquistar a hegemonia nos governos dos Estados e na administração dos municípios, notadamente nas capitais.

Pois hoje, a uma semana da eleição, o partido perde para o PSOL, o PCdoB e o PDT na escala dos líderes nas pesquisas. Iguala-se aos nanicos do porte do PMN e só não fica no mesmo patamar do DEM porque a legenda que Lula jurou de morte política está em primeiro lugar em Salvador, o maior colégio eleitoral do Nordeste.

Nas três maiores capitais do País, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, o quadro é absolutamente desfavorável. No Rio, onde Lula e Dilma tiveram grandes votações para a Presidência, o PT nem sequer tem candidato. Marcelo Crivella consolidou-se na dianteira e políticos que aderiram à versão do "golpe" estão no grupo de sete candidatos que almejam uma vaga com índices que variam de 10% a 2% da preferência.

Tudo indica que o prefeito Eduardo Paes, com todo o sucesso da Olimpíada não conseguirá fazer de Pedro Paulo seu sucessor. Aí pode ter pesado menos a proximidade de Paes com Lula e mais a insistência do prefeito de manter a candidatura depois de seu escolhido ter sido acusado de agredir a ex-mulher.

Em Belo Horizonte, o petista Reginaldo Lopes está com 4% na pesquisa divulgada na última sexta-feira. Isso num Estado governado pelo PT e onde Aécio Neves perdeu para Dilma Rousseff em 2014.

A derrota mais anunciada, e nem por isso menos desastrosa, desenha-se em São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad olha de longe (10% das intenções) três adversários, João Doria, Marta Suplicy e Celso Russomanno brigarem pela liderança com índices entre 25% e 20%. Até ontem Lula não havia aparecido na cidade para ajudar seu correligionário, que, aliás, andou tirando o símbolo do partido do material de campanha.

Convenhamos, o quadro geral não corresponde à ideia de Lula de que, uma vez candidato em 2018, não teria para mais ninguém.
Herculano
25/09/2016 08:20
CUT BANCA 'MOVIMENTO INTERNACIONAL' PRO-LULA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

Petistas agora são acusados de fraudar até a campanha "Stand With Lula", em Nova York, supostamente promovida por "entidades internacionais" em defesa do ex-presidente que é réu por corrupção. O suposto "movimento internacional", lançado simultaneamente à abertura da assembleia geral da ONU, é bem brasileiro, chefiado por um João Felício, sindicalista fundador do PT e ex-presidente da CUT.

MISTIFICADORES
A central sindical petista CUT, que ganhou orçamento milionário nos governos do PT, é patrocinadora do "movimento internacional".

PROPAGANDA ENGANOSA
No Brasil, o evento foi divulgado como iniciativa de líderes estrangeiros solidários a Lula, mas eram apenas dois advogados do ex-presidente.

É S?" MARKETING
A iniciativa, ordenada pelo PT, tenta minimizar os danos à imagem de Lula no exterior, hoje vinculada a notícias de roubo do dinheiro público.

'ESQUERDA' DE 5ª AVENIDA
O tal "movimento" foi lançado no Rockfeller Center, ícone da pátria do capitalismo localizado na 5ª Avenida, região tomada por grifes de luxo.

IMPEACHMENT FEZ RISCO BRASIL DESPENCAR 22,6%
O Risco Brasil, índice que mede o grau de confiança do mercado sobre a economia e serve de base para investimentos estrangeiros no Brasil, caiu 22,6% após o impeachment de Dilma Rousseff e a confirmação de Michel Temer na Presidência da República. Entre a votação na Câmara e o afastamento pelo Senado, o índice caiu de 394 para 376, mas despencou para 309 no dia do afastamento definitivo, em 31 de agosto.

ELA ERA UM PERIGO
Com Dilma na Presidência, desde quando o processo de impeachment foi aberto, o Risco Brasil chegou a 569 pontos.

O NOME DO RISCO
Do primeiro dia de Dilma na Presidência até sua destituição, o Risco Brasil passou de 181 para 376, num crescimento de 107%.

SOBRENOME DO RISCO
Às vésperas da eleição de Lula, em 2002, o Risco Brasil foi a 2.436 pontos, o maior na série histórica divulgada pelo IPEA desde 1994.

ATÉ ISSO
Enquanto o trabalhador se vira para passar o mês com o salário mínimo de R$ 880, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que ganha R$ 33,7 mil mensais, cobrou reembolso de R$690 de uma diária de hotel.

NO CAMINHO
Aliados do presidente Michel Temer acham que o governo está no caminho certo, mas o País ainda vive "crise enorme, tanto na política quanto na economia" diz o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).

MILHARES DE BOQUINHAS
Com mais de 10 mil funcionários do governo federal filiados ao PT, Brasília passa por uma debandada de famílias que perderam suas boquinhas. Estima-se que 50 mil pessoas vão se mudar.

DECLÍNIO PETISTA
O PT tem 1,76 milhão de filiados, mas as manifestações "fora Temer", somadas às greves de professores e de outras carreiras, nem sequer colocaram 130 mil nas ruas, segundo os próprios organizadores.

DIFÍCIL REFORMA
O projeto de reforma política em discussão no Senado, que prevê a redução do número de partidos e o fim das coligações proporcionais nas eleições, não tem votos suficientes para ser aprovado na Câmara. A avaliação é do próprio Palácio do Planalto, que monitora o caso.

PURO FINGIMENTO
Apesar da "briga" de Renan Calheiros e Rodrigo Maia, presidentes do Senado e da Câmara, ambos concordam que deve haver mudanças na Lei de Repatriação de recursos. Políticos podem se beneficiar.

PRIORIDADES BRASILEIRAS
Segundo a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, 47% dos empresários brasileiros apontam os EUA como mercado prioritário, seguido por China (28%). Para 4% é a Europa. Optam pela África 2%.

RETOMADA
O avanço de 0,3% do setor industrial no segundo trimestre deste ano, segundo dados da Contas Nacionais do IBGE, interrompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas e reflete a melhora no cenário da indústria ao longo de 2016, segundo a Carta de Conjuntura do Ipea.

PERGUNTA NO HOSPITAL
É mais desumano prender o ministro acusado de corrupção cuja mulher está doente ou roubar o dinheiro destinado à saúde pública?
Herculano
25/09/2016 08:15
FATIAMENTO DA CRISE, por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

Dilma, Lula, PT, Mantega, Lava Jato, Temer, quem vai conseguir se salvar?

Por onde começar? São tantos escândalos, nomes, empresas, erros... Lula vai ser preso? Dilma caiu na rede? O PT tem ou não jeito? Moro e a Lava Jato estão botando os pés pelas mãos? E Temer, a quantas anda? Então, vamos por partes.

O ex-presidente Lula tornou-se réu pela segunda vez, agora nas mãos do juiz Sérgio Moro e arrastando com ele Marisa Letícia. De quebra, o juiz determinou o exame das peças que a família levou de Brasília para o depósito bancado pela OAS. São de Lula ou do acervo da Presidência?

Dilma Rousseff escorrega por mais de uma via para a Lava Jato. Como informa o repórter Fábio Fabrini, novo relatório do TCU pede o bloqueio de bens, entre outros, dela e de Antônio Palocci pela refinaria de Pasadena, que causou imensos prejuízos à Petrobrás e ao País. E o ministro Guido Mantega, do Conselho de Administração da Petrobrás, é acusado de pedir dinheiro a Eike Batista, que tinha contratos bilionários com a empresa, para pagar dívidas de campanha de Dilma.

Mantega diz que "nunca conversou" com Eike, mas a agenda dele diz o contrário: em primeiro de novembro de 2012, ele se encontrou com Dilma e, duas horas depois, recebeu o à época bilionário na Fazenda. Alguém está mentindo, ou o ministro ou a agenda.

O PT? Com presidente, seu grande líder, seus ícones e suas bandeiras alvejados, o partido vê seus troféus desabarem: o governo de Minas, pela operação Acrônimo, e a Prefeitura de São Paulo, pelas urnas. Sem luz no fim do túnel.

Sobre Moro: os excessos na entrevista dos procuradores sobre o "comandante máximo" abriram uma brecha por onde disparam críticas à prisão de Mantega e à sua soltura. E uma pessoa abandonar a mulher em pleno hospital para atender uma ordem de prisão, ainda por cima questionável, tem forte apelo emocional. Tudo isso reforça o marketing da "escalada do arbítrio", para transformar Moro em "réu" e Lula em "vítima".

Quanto a Temer: conseguiu atrair o olhar de investidores nos EUA e mostrar que foi assimilado pelo mundo (exceto pelo enclave bolivariano), mas o STF autorizou apuração inicial sobre pedido de doação para o candidato do PMDB em São Paulo em 2012. Temer não pode ser investigado por fatos anteriores ao mandato, mas a decisão tem efeito sobre a opinião pública, já tão ressabiada.

Conclusão: nunca antes neste país tudo pareceu tão conflagrado. E vai piorar.

Do ex-ministro Antonio Palocci: "Eliane Cantanhêde comete grave equívoco a meu respeito em seu artigo Operação Arquivo X. Faço aqui as correções necessárias. O apartamento a que ela se refere no seu texto foi adquirido com recursos provenientes de minha atividade empresarial, está devidamente registrado pela empresa da qual sou titular e foi pago mediante transferência eletrônica bancária emitida pela mesma. Estas informações são públicas e toda documentação a respeito foi disponibilizada aos órgãos de registro e fiscalização e comprováveis por uma simples checagem. É de se estranhar e mesmo de provocar indignação que informações tão acessíveis sejam desprezadas e substituídas por ofensas e prejulgamentos".

Resposta: Depois das reportagens de Andreza Matais e José Ernesto Credendio, o então ministro Palocci nunca esclareceu publicamente quem eram seus clientes e nem mesmo o tipo de consultoria que a empresa Projeto prestava, assim como não explicou a compra de um apartamento à vista, por R$ 6,6 milhões à época. Ele caiu da Casa Civil e ainda hoje estão em curso dois procedimentos do MPF-DF, questionando "a normalidade das operações comerciais da empresa sob investigação (Projeto), apontando para possível ato de improbidade cometida pelo seu principal sócio (Palocci)". Conforme já divulgado, o patrimônio do ex-ministro cresceu 20 vezes de 2006 a 2010, ano em que coordenou a campanha de Dilma.
Herculano
25/09/2016 08:13
A DIFERENÇA ENTRE UM LIDER DE UM ESQUEMA CRIMINOSO QUE QUEBROU O BRASIL E UM ESTADISTA QUE LIDEROU GENTE COMPETENTE PARA REERGUER O BRASIL, MAS QUE OS BANDIDOS DO ESQUEMÃO O DESQUALIFICAM PERMENTEMENTE PARA UNICAMENTE PERMACEREM NO PODER DESTRUINDO O QUE FUNIONA MINIMAMENTE

"LULA VIVE MOMENTO DELICADO, NÃO JOGAREI PEDRA", DIZ FERNANDO HENRIQUE, PSDB. pedra', diz Fernando Henrique

Conteúdo jornal Folha de S. Paulo. Texto e entrevista Daniela Lima. Em entrevista à Folha, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso evitou fazer juízo de valor sobre o destino de seu sucessor, o também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que nesta semana virou réu pela segunda vez na Operação Lava Jato.

FHC disse que o assunto é da Justiça e que não quer "jogar pedra" no petista.

*

Folha - O sr. assistiu ao julgamento de Dilma Rousseff
Fernando Henrique Cardoso - Eu a vi falando. Acho que se defendeu bravamente, como podia. Foi até mais clara no falar do que é geralmente.

O problema é que não querem enfrentar a realidade. Apesar de todos os floreios para evitar a questão central, houve efetivamente arranhões à Constituição. Houve emissão de despesa sem autorização do Congresso.

Folha - Durante algum tempo o sr. não teve segurança de que era o suficiente...
FHC - Não. Foi o mesmo com o [Fernando] Collor. O impeachment é sempre traumático, tirar alguém que foi votado. E, enquanto a população não se convence de que esse alguém esgotou sua chance...

Fiz o mesmo com o Collor, custei muito a aceitar. Sempre achei que Dilma, pessoalmente, não se meteu em tramoia. Agora, se ela tem ou não responsabilidade nas tramoias, responsabilidade política, já é outra coisa.

Folha -O que achou da decisão de fatiar o julgamento de Dilma?
FHC - Visivelmente contra a Constituição. Não sei como o Supremo vai descalçar essa bota. [Acho que] Não vai. Vai dizer que é soberania do Senado.

Mas o ministro do Supremo [Ricardo Lewandowski] não teve nem o cuidado de submeter ao Congresso a questão. O que é isso? É um pouco do espírito de conciliação brasileiro. Um "jeitinho".

Folha - E a denúncia do ex-presidente Lula? Assistiu?
FHC - Vi partes. O Ministério Público, ao tentar mostrar que o Lula era o responsável maior, obscureceu a outra questão, que é a mais importante: houve ou não crime de favorecimento pessoal?

Se ele foi o responsável maior, não é ponto de partida, é ponto de chegada. Isso não diminui a necessidade de responder a outro quesito: houve desvio de finalidade dos recursos?

Folha - Antes, o sr. havia se recusado a falar sobre o assunto...
FHC -Disse que preferia não entrar no assunto. Ele vive um momento delicado, e não acho que corresponda a mim, que fui presidente e o conheço de outras épocas, agravar. Isso, agora, é a Justiça quem vai ter que decidir. Não quero jogar pedra no Lula.

Folha - Há tensão entre diversas instituições: Judiciário, Congresso, Ministério Público. É possível uma crise institucional?
FHC - Não creio. O problema que temos é o seguinte: Será que o nosso arranjo ?"Executivo, Congresso, Judiciário, Ministério Público?" está funcionando?

Após 1988 metade dos eleitos sofreu impeachment, e, saltando o regime militar, só [Eurico] Dutra e Juscelino [Kubitschek] escaparam de um final tormentoso. Tem algo inquietante.

O Congresso tem muita força. A Constituição é quase parlamentarista. Por quê? Porque ela era quando foi escrita. Depois, quando foi derrotada a emenda, não houve rebalanceamento.
Herculano
25/09/2016 07:44
LEGADO II

José Antônio. A perda de credibilidade do PT vem de duas fontes: o primeiro é o seu jeito de ser, o de mentir, o de enganar, o de unir gente de interesses estranhos, e principalmente a incapacidade sui generis de não realizar o que diz ser capaz aqui e no país; finalmente, parte dos analfabetos, ignorantes e desinformados perceberam este modo de ser diante de tanta informação diária na imprensa e nas redes sociais, com provas robustas e o que leva o PT e seus sócios como o PMDB e PP aos tribunais e ao descrédito popular; o segundo, se refere a Gaspar mesmo, onde tudo está à mostra e é difícil para o PT para sustentar esta enrolação organizada, impositiva e irresponsável contra os cidadãos e cidadãs por tanto tempo.

Mas, nem tudo poderá ser muito diferente nesta longa e dolorida reconstrução após as eleições se eventualmente o PT perder. Os analfabetos, ignorantes e desinformados estão sendo seduzidos por discursos e manipulação semelhante ao que fez e faz o PT com muita habilidade. Eles apenas trocarão de lado e permanecerão atrelado à mesma cegueira que validou o caos que está instalado.

É só ver os planos de governo fantasiosos, as atitudes dos candidatos que teimam - apesar de novos mas com velhas práticas - em burlar a lei eleitoral seguidamente, ou se sustentando em discursos vazios, trêmulos e desconexos de muitos quando confrontados com a realidade que vão enfrentar e propor soluções reais. Acorda, Gaspar!
José Antonio
25/09/2016 07:13
Herculano/Dr Amilton

Significa então que o prefeito Celso deixará como legado um grande abacaxi a ser descascado pelo próximo prefeito, uma prefeitura cheia de dívidas a serem pagas, um monte de obras inacabadas, um monte de obras prometidas e não iniciadas. Então está me parecendo com a presidente Dilma, dizia uma coisa na campanha e a realidade era outra bem diferente, é isso? Sera que ainda vai ter tanto trouxa assim em Gaspar para votar nessa petralhada mentirosa. E a queda livre na arrecadação pela saída de grandes empresas de Gaspar, tbém será um grande legado, por pura incompetência.
Herculano
24/09/2016 19:51
LEGADO

Dr. Amilton. Compreendo a sua indignação, mas entendo que seja mesmo um legado, um péssimo legado, que levara ao atraso e a uma dor de cabeça a que o suceder. E a tal herança maldita.

Legado não pode se pressupor apenas algo bom. Legado é algo que se deixa. Mesmo uma bomba de efeito retardado.

E para que se compreenda as nossas distâncias sobre o mesmo tema, coloco o que se define classicamente como legado

Legado é uma disposição feita em um testamento para benefício de outra pessoa, é deixar algo, de valor ou não, para outra pessoa, e vem do latim, legatus. Legado também é alguém que vai para uma missão especial, para representar o Papa.

Em termos jurídicos, na área de direito das sucessões, legado é quando um bem, ou vários bens, são deixados para outra pessoa que não é herdeira, quando o proprietário original falece, então ele deixa todo, ou parte, do seu legado para alguém, que pode ser da família, ou não. Essa pessoa é conhecida como legatário. O legado é deixado sempre em testamento, assim haverá uma sucessão legítima de objetos ou de uma quantia em dinheiro.

Um legado pode ser constituído por alguma coisa imaterial. O Império Romano, por exemplo, deixou um forte legado cultural, linguístico que ainda se verifica em muitas sociedades hoje em dia. Outro exemplo de um legado imaterial é o legado intelectual deixado por vários filósofos e pensadores do passado.

Legado também é quando o governo de um país se junta a outro, para uma determinada missão, é uma tarefa de caráter temporário, em caráter extraordinário.

Concluindo. Pelo seu olhar, está correto: não haverá legado nenhum. Pelo meu olhar, haverá sim: prejuízos materiais e imateriais para os gasparenses, os quais deverão ser reconstituídos ou recuperados. Acorda, Gaspar!
Amilton de Souza Filho
24/09/2016 19:42
Me vi obrigado a fazer a seguinte postagem no facebook depois de ler a coluna Pimenta do Metas:
As vezes o jornalismo poderia ser mais comprometido com a cidade, ao mencionar quem herdará o legado de Pedro Zuchi, poderemos imaginar também, que não se esta falando exatamente da realidade, um município que está em 3.656º na colocação do Brasil, a nível de eficiência, e que deixará uma série de pendências judiciais por causa da forma petista de administrar, deixará um grande fardo, e não um legado, sem esquecer que o mesmo está inelegível pelos próximos 8 anos, JORNAL METAS, deveria ser mais sensato....
Herculano
24/09/2016 13:54
MAIS PERTO DA REALIDADE. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO PROPÕE BLOQUEIO DE BENS DE DILMA E EX-INTEGRANTE DE CONSELHO DA PETROBRÁS.

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) pede que ex-integrantes do Conselho de Administração da Petrobrás, entre eles a ex-presidente Dilma Rousseff, sejam responsabilizados e tenham os bens bloqueados por perdas na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

É a primeira vez que o setor de auditoria da corte propõe tornar indisponível o patrimônio dos ex-conselheiros por prejuízos no negócio, investigado na Operação Lava Jato.

A área técnica do tribunal analisa a culpa de Dilma e de outros ex-membros do colegiado também nas maiores obras da estatal.

O parecer obtido pelo Estado foi concluído no último dia 19 e é subscrito pelo chefe da Secretaria de Controle Externo da Administração Indireta do TCU no Rio de Janeiro (Secex Estatais), Luiz Sérgio Madeiro da Costa. Ele divergiu de auditora que avaliou a transação e, dias antes, havia reiterado entendimento do tribunal de isentar o conselho, aplicando sanções apenas a ex-dirigentes que tinham funções executivas. Desde 2014, ex-diretores da companhia têm os bens bloqueados.

Dilma era ministra da Casa Civil do governo Lula e presidente do Conselho de Administração em 2006, quando foi aprovada a aquisição dos primeiros 50% da refinaria. O secretário pede que os ex-conselheiros sejam considerados responsáveis solidários por perdas de ao menos US$ 266 milhões (R$ 858,3 milhões). O bloqueio, inicialmente por um ano, visa a cobrir eventual ressarcimento à estatal.

Além de Dilma, estão na lista o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil), os empresários Cláudio Haddad e Fábio Barbosa, o general Gleuber Vieira e o ex-presidente da companhia José Sergio Gabrielli - como integrava também a Diretoria Executiva, este último já está com os bens bloqueados. O grupo participou da reunião que aprovou a compra em 2006.

A estatal pagou, inicialmente, US$ 359 milhões ao grupo belga Astra Oil, que, no ano anterior, havia desembolsado US$ 42 milhões por 100% dos ativos. Em março de 2014, o Estado revelou que a então presidente da República votou a favor do negócio. Ela disse que só deu seu aval porque se baseou em "resumo tecnicamente falho" que omitia cláusulas das quais, se tivesse conhecimento, não aprovaria.

Após um desacordo, a Astra acionou uma dessas cláusulas, que lhe assegurava o direito de vender sua fatia em Pasadena à estatal. Em 2012, a Petrobrás pagou US$ 820 milhões pelos 50% remanescentes à empresa belga. Em 2014, ao bloquear bens de ex-diretores, o TCU concluiu que a perda total pela compra foi de US$ 792 milhões (R$ 2,5 bilhões).

Em relatório anexado a um desses processos, que traz a análise sobre a maior parte das perdas (US$ 580 milhões ou R$ 1,8 bilhão), a auditora da Secex Estatais Maria Lúcia Samico defendeu responsabilizar não só os ex-diretores já implicados em 2014, mas outros cinco ex-funcionários da Petrobrás que negociaram com a Astra. No entanto, reiterou que o conselho não tem culpa pelos prejuízos, pois não detinha as informações necessárias para antever que o negócio seria nocivo. O parecer não discute as delações premiadas da Lava Jato, entre elas a do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, informando que Dilma conhecia em detalhes a compra.

'Dever de diligência'

O chefe da secretaria contestou as conclusões. Para ele, Dilma e os demais ex-integrantes do conselho descumpriram normativos da Petrobrás e a Lei das Sociedades por Ações ao não "acompanhar a gestão da Diretoria Executiva" por meio da "análise devida das bases do negócio" e ao não solicitar "esclarecimentos mais detalhados sobre a operação", antes de autorizá-la. Com isso, argumenta ele, violaram o "dever de diligência" para com a companhia.

Os pareceres foram enviados ao relator dos processos, ministro Vital do Rêgo, e ao procurador-geral do MP de Contas, Paulo Bugarin, que vão apresentar suas considerações. Depois, o caso será pautado para julgamento. Não há previsão
Herculano
24/09/2016 10:51
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

Breaking News! O tuiteiro Monteiro Lobato revela: "Moro e Deltan vão criar uma nova dupla sertaneja: Pau e Point!".

Rarará!

E o Lula é réu pela segunda vez e ganha o apelido de RÉUPETECO!

E a operação da PF devia se chamar Pipoca Sem Mantega!

Curitiba ficou sem Mantega! Sem Mantega, Curitiba vai virar uma Venezuela! Rarará!

E esse classificado: "Rapaz procura outro rapaz que seja parecido com Brad Pitt no filme "Troia" e que tenha excelente caráter". Ou é parecido com o Brad Pitt ou tem excelente caráter. Os dois não dá, miga, sua loka!

Rarará!

E atenção! O Frankstemer quer tirar artes e educação física do ensino médio. Logo depois da Olimpíada?

E a charge do Son Salvador com um jumento falando: "Vamos acabar com artes e educação física. Afinal, a gente não ganha nem medalha nem Oscar".

Rarará!
Herculano
24/09/2016 10:49
da série: acostumados a proteger os seus para roubar e se empoderar,o PT reclama por privilégios para esconder o que fez e pedir absolvição aos crimes que praticou

É HORA DE BARRAR O ARBÍTRIO, por André Singer, ex- assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O juiz Sergio Moro colocou nesta quinta (22) a gota d'água no copo da escalada de arbítrio em curso no país. Curiosamente, o fez ao liberar, por razões humanitárias, o ex-ministro Guido Mantega depois de algumas horas na Polícia Federal de São Paulo, e não ao mandá-lo para a prisão por cinco dias ou dez dias, como havia decidido de início. Pois, se era possível soltá-lo, não havia necessidade de prendê-lo, e a arbitrariedade da detenção ficou evidente.

Não sou eu quem o diz, mas o insuspeito de petismo Reinaldo Azevedo. "Força-tarefa e juiz quiseram dar um recado: 'Mandamos soltar e prender quando nos der na telha'", escreveu o colunista. O recado foi entendido.

A justificativa de Moro revelou-se tão frágil que, desta vez, ninguém engoliu. "Considerando o fato de que as buscas nos endereços dos investigados já se iniciaram (...) reputo, no momento, esvaziados os riscos de interferência da colheita de provas", escreveu no despacho de soltura. Em outras palavras, bastava determinar a busca e apreensão, não precisava prender o investigado.

Cabe lembrar que, pela terceira vez, Moro apresenta explicações mal ajambradas para decisões gravíssimas. Depois da também desnecessária condução coercitiva de Lula, em 4 de março passado, emitiu nota na qual "lamentava" que as diligências tivessem levado a confrontos, "exatamente o que se pretendia evitar". Determinou a coerção para evitar conflitos? Quem acredita?

Cinco dias mais tarde, Moro divulgou as famosas escutas telefônicas entre o ex-presidente Lula e a então presidente Dilma Rousseff. Instado pela AGU a se manifestar a respeito do assunto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki afirmou que a divulgação das fitas "comprometeu o direito fundamental à garantia de sigilo" e que era "descabida a invocação de interesse público da divulgação" feita por Moro. Em resposta, o juiz curitibano solicitou "escusas" ao STF e explicou que não tivera intenção de causar "polêmicas". Dá para acreditar?

Mas nesses episódios houve mobilização nas ruas para apoiar as atitudes de Moro. O objetivo era sustentar o impeachment, cuja aceitação foi aprovada pela Câmara um mês depois com base nas manifestações provocadas pelas "inocentes" derrapadas do juiz. Os atropelos constitucionais foram varridos para baixo do tapete.

Agora parece que Moro ultrapassou o limite do aceitável, mesmo para corações liberais e conservadores. Por isso, espero que o episódio Mantega represente um corte. A opinião pública viu a face do arbítrio. Se ficar conivente com ele, prestará contas à história. Quando um processo autoritário se explicita, todo mundo sabe como começa, mas ninguém sabe como termina.
Herculano
24/09/2016 10:34
ENSINO MAIS FLEXÍVEL, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

Pareceu-me correta a linha geral da reforma do ensino médio proposta pelo governo Temer. A medida provisória aposta na flexibilização das disciplinas, com o objetivo de reduzir os absurdos níveis de evasão registrados nessa etapa, e na ampliação da carga horária, o que tende a ter impacto positivo sobre a qualidade, hoje estacionada em níveis muito abaixo dos aceitáveis. Há, porém, várias dúvidas e uma série de problemas.

O primeiro diz respeito ao método escolhido para introduzir a reforma. É esquisito fazer uma remodelação dessa magnitude e importância através de uma medida provisória e não de um projeto de lei, mais democrático e aberto a aprimoramentos. Se o governo não é capaz de mobilizar sua ampla base parlamentar para votar com rapidez uma proposta tão fundamental para a educação, então não tem muito a oferecer ao país.

Também me parece estranho propor, neste momento, um grande aumento da carga horária, que passaria das 800 horas anuais para 1.400. Mesmo considerando que a ampliação seria gradual, isto é, distribuída ao longo de vários anos, estamos, numa conta de guardanapo, falando de uma majoração de custos operacionais da ordem de 75%. Não é crível que isso possa ocorrer num contexto em que muitos Estados estão quebrados e as verbas federais para a educação também deverão experimentar um longo período de restrições. Teria sido mais honesto deixar o projeto de ensino médio em tempo integral para outra hora.

Para não ficar apenas em aspectos negativos, achei muito bacana eliminar a obrigatoriedade de quase todas as matérias. É claro que a própria flexibilização seria impossível se as 13 disciplinas hoje obrigatórias permanecessem nessa condição, mas gostei de ver alguém finalmente colocar a autonomia dos alunos à frente dos interesses corporativos. Vamos ver se essa mudança vai resistir à força dos lobbies.
Herculano
24/09/2016 10:32
O RISCO É NÃO MUDAR, por Miriam Leitão, para o jornal O Globo

O ministro da Educação, Mendonça Filho, vai à definição de MP para defender seu uso. "Medida Provisória é para assunto de relevância e urgência. O domínio de português e matemática em 2015 está no mesmo nível de 1997. Reformar o ensino médio é relevante e urgente." A secretária executiva, Maria Helena Guimarães Castro, explica que a proposta nasceu de debates intensos de especialistas e secretários da área.

A nova proposta não vai entrar em vigor antes de se aprovar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que dirá o que deve ser o conteúdo obrigatório, e isso ficará pronto em meados do ano que vem. Por que então fazer por MP, e não por projeto de lei, já que não é para entrada em vigor imediatamente?

- Com a pauta do Congresso dominada por reformas econômicas, um projeto de lei não seria aprovado nunca ?" disse o ministro.

A secretária Maria Helena, que trabalhou com o ministro Paulo Renato e tem estado mergulhada no debate da educação brasileira há muito tempo, explicou que o Brasil precisa se livrar do modelo atual.

- A Inglaterra fez uma reforma muito importante nos anos 1990, o Canadá tem um modelo interessante. A Austrália seguiu a Inglaterra. Na Alemanha, foi aberto o espaço para o ensino técnico e profissionalizante. Em todos eles, há espaço para a flexibilidade em pelo menos uma parte do ensino médio. É nessa direção que vamos caminhar. O Brasil é o único país do mundo que tem 13 matérias obrigatórias, conteúdo engessado, sem espaço para a vontade do aluno, e que o leva a desistir do curso ou sair sabendo muito pouco. O Brasil hoje é uma jabuticaba, e que não está dando certo, como ficou claro no Ideb - diz Maria Helena.

Há consenso sobre a necessidade de mudança, o que causou debate foi o uso da MP e algumas das alterações. O que se diz no Ministério da Educação é que até a aprovação da Base Nacional Comum Curricular nada muda. A Base, que já está em debate há algum tempo, vai definir que matérias deixarão de ser obrigatórias. Hoje já se sabe que português, matemática e inglês serão obrigatórias, e outras, naquelas áreas definidas como ciências humanas e da natureza.

Todo mundo concorda que 13 matérias obrigatórias em apenas quatro horas de aulas por dia é uma insensatez, mas profissionais de todas as áreas querem que a sua especialidade seja obrigatória. O Brasil terá que fazer escolhas. Em todos os lugares onde houve avanços no ensino médio a carga horária havia sido aumentada. Em São Paulo, em vez das 2.400 horas da carga total dos três anos, já está em 3.000 horas. Em Pernambuco, em 45% das escolas os alunos já estudam sete horas por dia. Nas escolas privadas, que representam apenas 11% dos alunos do ensino médio, a média de horário é entre cinco a cinco horas e meia. Perguntei para o ministro se não ficaria muito caro esse aumento da carga horária e como ele pensa que o governo conseguirá compatibilizar com o teto dos gastos públicos:

- Não é tão caro. É uma questão de prioridade na alocação dos recursos. O governo passado, em cinco anos, aumentou em R$ 30 bilhões o gasto com educação de nível superior e só em R$ 10 bilhões a educação básica. Triplicou os gastos com universidade e a melhora de desempenho foi residual. O Brasil gastou R$ 3,5 bilhões só em 2015 com o Ciências sem Fronteiras para 35 mil alunos. Não é tão caro gastar R$ 1,2 bilhão para beneficiar 500 mil alunos.

O ministro defende o projeto dizendo que ele não será um comando único de Brasília. Haverá a BNCC, mas não será currículo único. Os estados poderão adaptar segundo suas realidades, e os alunos poderão montar suas grades segundo seus interesses, na parte que for flexível.

- Esse é um país de 200 milhões de habitantes e 27 estados. Nós não podemos decidir em Brasília o que vale para o país todo - diz o ministro.

É preciso debater a educação com a intensidade com que se discutem medidas econômicas. Só o senso de urgência nos livrará dos riscos de deixar tudo como está. "Vivemos um flagelo no ensino médio", diz o ministro. As estatísticas de evasão, de baixo desempenho, de perda dos jovens para os vários riscos que os cercam desafiam a sociedade brasileira a encontrar formas de proteger a juventude. Afinal, o que são eles que não o nosso futuro?
Herculano
24/09/2016 10:30
A LAVA JATO FICA E A TIGRADA PASSA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Questionar eventuais equívocos e excessos de uma operação ampla e complexa como a investigação da corrupção generalizada no governo é uma obrigação dos cidadãos conscientes. A mídia tem feito isso, exemplarmente. Mas há uma enorme diferença entre a crítica objetiva e isenta e a deliberada e maliciosa tentativa de induzir as pessoas a acreditar que o erro não é a exceção, mas a regra, e que, portanto, a Operação Lava Jato deve ser proscrita, como uma coisa "do Mal".

Um dos efeitos maléficos da prolongada ?" mais de uma década, tempo em que o lulopetismo conseguiu se manter no poder ?" divisão do Brasil entre "nós" e "eles", personificações do Bem e do Mal, foi a crescente incapacidade de uma verdadeira legião de brasileiros que se considera bem pensante ?" artistas, acadêmicos, jornalistas, intelectuais em geral ?" de demonstrar um mínimo de isenção e objetividade diante dos principais fatos que movimentam o amplo e tumultuado cenário político nacional. O fenômeno que talvez melhor ilustre essa situação é justamente a Operação Lava Jato, símbolo do combate à corrupção na gestão da coisa pública.

No cumprimento da missão de investigar e levar à Justiça os responsáveis pela corrupção no governo, a Lava Jato acabou mirando, obviamente, gente do governo, figurões políticos e operadores do PT e de seus aliados, além de empresários delinquentes para quem o princípio da livre concorrência está baseado na capacidade de oferecer a maior propina. Lula e o PT ?" isso tem sido reiteradamente afirmado neste espaço ?" não inventaram a corrupção. Na verdade, chegaram ao poder prometendo acabar com ela e "com tudo de errado que está aí". Mas, em nome da perpetuação de seu projeto de poder, renderam-se à pragmática conclusão de que é mais fácil comprar apoio político com dinheiro do que conquistá-lo por meio do debate de ideias. Mensalão e petrolão, essencialmente a mesma coisa, tornaram-se então método político do lulopetismo.

Ocorre que Lula e a tigrada delinquiram em nome de um "projeto popular" apresentado como a quinta-essência da política "do Bem". E quem não se alinhou a essa política passou a ser "do Mal", ou simplesmente "eles", a quem "nós", os adoradores de Lula, o Supremo, declararam guerra sem trégua.

Logo, se sou "do Bem", como posso tolerar um aparato investigatório que ousa apontar o dedo para os principais heróis do projeto de salvação nacional que só não deu certo, ainda, por culpa da globalização da economia e da sabotagem dos inimigos do povo? Para quem pensa assim ?" melhor dizendo, reage assim ?" a Operação Lava Jato é coisa armada por "eles". Mas pega mal dizer isso com todas as letras, até porque a corrupção deixa um rastro muito evidente de podridão e fedor. Então, atacam pelas beiras, explorando detalhes, para exaltar seus heróis e denegrir os defensores da lei.

Essa é a estratégia de ilustres lulopetistas que formam a quinta coluna. Na primeira linha ficam celebridades mais afoitas, abraçando Lula e Dilma em ambientes protegidos e exibindo cartazes de "Fora Temer" e "Diretas Já".

A indisfarçável intenção de Lula e seus seguidores ?" os que ainda restam ?" de desmoralizar a Operação Lava Jato para salvar a própria pele coincide com a igualmente clara disposição de políticos do PMDB e muitos outros partidos ex-aliados dos petistas, e que se mantêm governistas, de "estancar essa sangria", como já disse o senador Romero Jucá.

Para alegria e orgulho dos brasileiros honestos, o fato é que a conspiração contra o combate à corrupção oficial, também com certa ironia, revela que as instituições democráticas têm sido suficientemente fortes para resistir ao assédio de quem só pensa em tirar proveito político e pessoal do poder. O povo brasileiro está cansado de ser enganado e espoliado por governantes inescrupulosos e aposta firme no saneamento do aparelho estatal, até o ponto em que isso é humanamente possível. A Lava Jato fica, a tigrada - a que não for presa ?" passa.
Herculano
24/09/2016 10:28
NA RABEIRA, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Será divulgado nos próximos dias estudo sobre o comportamento do PIB brasileiro na era petista, comparado ao que aconteceu no resto do mundo, realizado por pesquisadores do Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e projetos do PSDB. Um dos pesquisadores, André Lacerda, destaca que "esta é a primeira vez em que se mostra, de forma quantitativa, e objetiva, como de fato o crescimento brasileiro ficou muito para trás nos anos dos governos do PT".

Oque era uma característica nos anos Lula, se acentuou no governo Dilma, quando, segundo o estudo, o Brasil caiu para a 172ª colocação entre 189 países. As conclusões, a partir de cálculos do estatístico Gustavo Carvalho, da UFMG, sob a coordenação de Lacerda e do também pesquisador Fabiano Lana, baseiam-se sempre em dados oficiais, de organismos como o FMI e a Eurostat.

Do IBGE veio a série por setores e subsetores da economia brasileira que mostra que em todos eles, com exceção das exportações, encolheram com Dilma. A conclusão do estudo, na parte referente ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao mundo na era PT, é de que "o resultado joga por terra o argumento de que o PIB do Brasil vai mal porque o resto do mundo também vai".

Com crescimento acumulado de apenas 1% desde 2011, nos seis anos de governo Dilma, o Brasil ocupa a 172ª posição num ranking de 189 países, destaca o documento do Instituto Teotônio Vilela, que ressalta, porém, que "desde a ascensão do PT ao poder, o desempenho brasileiro ficou muito aquém da média global e de economias próximas ou similares à nossa". Para chegar a essa média, o Instituto Teotônio Vilela utilizou a previsão oficial de 2016 de um crescimento negativo do PIB de 3,3%, considerando que o resultado é "uma herança maldita" ao governo Temer.

O estudo teve por base a divulgação dos resultados do PIB até o segundo trimestre deste ano, o último com o país ainda sob o comando de Dilma Rousseff, para realizar um balanço das gestões do PT na economia, e chegou à conclusão de que, em termos de renda per capita, o PIB já caiu 16% em apenas três anos, conforme projeção feita pelo Ministério da Fazenda.

"Estima-se que apenas no início da próxima década este indicador recuperará o nível de 2013. Serão, portanto, quase dez anos perdidos", afirma o documento do Instituto Teotônio Vilela. A produção de bens e serviços voltou ao patamar registrado no último trimestre de 2010, com recuo acumulado de 8%, "cinco anos e meio perdidos, o que equivale a todo o período em que Dilma governou o país".

Segundo o estudo, colaboram para o empobrecimento geral da população brasileira o "desemprego recorde e a inflação, que corrói salários e encarece os preços de alimentos e serviços".

Quando o cotejo é feito com outros países, o desempenho de nossa economia nos últimos anos "torna-se vexaminoso", segundo o documento. Desde a ascensão de Dilma ao poder, o crescimento do PIB é 0,17% ao ano, para uma população que cresce, vegetativamente, 0,9% no mesmo período. O resultado coloca o país, considerando o período 2011-2016, em penúltimo lugar entre os dez países da América do Sul e em 18º lugar na comparação com as 19 economias latino-americanas. A Venezuela é a última colocada nos dois casos.

O estudo destaca alguns exemplos de países que cresceram mais que o Brasil no período: enquanto crescemos 1% nos últimos seis anos, países como a Índia avançaram 49%, o Panamá, 55%, o Peru, 31% e o Chile, 22%, "todas economias com perfis similares ao do Brasil e supostamente, se o discurso oficial petista tivesse algum pé na realidade, enfrentando a mesma 'crise internacional' que a economia brasileira deveria estar enfrentando, com preços de commodities mais baixos e dificuldades para exportar".

Desde 2011, o crescimento mundial médio alcançou quase 23%, o da América Latina superou 12% e a das economias sul-americanas bateu em 9%. Mas o estudo do Instituto Teotônio Vilela destaca que "mesmo no tempo das vacas gordas do boom das commodities, a economia brasileira teve desempenho pior que o de suas concorrentes".

Levando o período de análise para os 14 anos de administração petista, o Brasil crescia relativamente bem menos que o resto do mundo, ressalta o estudo. Entre 2003 e 2016, a expansão geral do PIB nacional foi de 39%, novamente o segundo pior da América do Sul, o 16º na América Latina e o 137º em todo o mundo. Nesse período mais longo, o crescimento mundial acumulado foi de 71%, o da América Latina, de 55%, e o da América do Sul, de 58%.
Herculano
24/09/2016 10:26
LULA NO BANCO DOS RÉUS, por Roberto Freire, deputado Federal e Presidente do PPS, no Diário do Poder.

O recebimento, pelo juiz Sérgio Moro, da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se torna réu pela segunda vez na Operação Lava Jato, agora pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, é um marco e pode representar um divisor de águas nas investigações do maior escândalo da história da República.

Segundo Moro, estão "presentes indícios suficientes de autoria e materialidade" para o acolhimento da denúncia contra Lula, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e ex-dirigentes e executivos da OAS. O MPF aponta que o ex-presidente teria sido o beneficiário direto de quase R$ 4 milhões em propina paga pela empreiteira e proveniente de contratos da Petrobras. O dinheiro teria sido destinado à reforma de um tríplex no Guarujá (SP), além do transporte e armazenamento de bens pessoais de Lula após o encerramento de seu governo.

Ao fim e ao cabo, ao contrário do que alguns mais precipitados imaginavam, a denúncia formulada pelo MPF foi minuciosa e estritamente fundamentada em provas e indícios que permitiram aos procuradores, além de denunciar Lula por corrupção e lavagem de dinheiro, apontá-lo como o "comandante máximo" de uma engrenagem didaticamente batizada de "propinocracia". Os investigadores concluíram, em suma, que o grande líder do PT teria chefiado a organização criminosa que assaltou a Petrobras nos últimos 13 anos.

O MPF não foi "midiático", "espetaculoso" nem apelou à "pirotecnia". É preciso compreender a dimensão do acontecimento político em curso: tratou-se de uma denúncia contra um ex-presidente da República, o que por si só justifica a decisão dos procuradores de explicar detalhadamente à sociedade o que se passava. A força-tarefa da Lava Jato não poderia apresentar a denúncia como algo de menor importância, simplesmente seguindo o protocolo-padrão. Como pano de fundo, afinal, há uma disputa que é também política e um embate no campo da comunicação ?" e é preciso enfrentá-lo sem que se deixe de seguir todos os ritos processuais e a legislação.

A presença de Lula no banco dos réus em Curitiba ?" ele também responde na Justiça Federal de Brasília pela suposta tentativa de obstruir as investigações da Lava Jato ?" passa a integrar aquilo que venho chamando de marcha da sensatez em curso no Brasil nos últimos meses. Entre as conquistas desse período, estão o impeachment de Dilma Rousseff por crimes de responsabilidade, a posse do presidente Michel Temer em respeito ao que determina a Constituição e a cassação de Eduardo Cunha pela Câmara dos Deputados.

Nesta caminhada em direção a um país mais ético, o Congresso ainda se debruçará sobre as dez medidas contra a corrupção apresentadas pelo MPF em forma de um projeto de lei que conta com o apoio dos brasileiros. É importante rechaçar qualquer tentativa de anista ao crime de caixa 2 eleitoral, como chegou a se especular em decorrência da desastrada tentativa de votação, pela Câmara, de um substitutivo ao PL 1210/2007 nesta semana. A tipificação penal do caixa 2 já consta daquele conjunto de medidas e certamente será votada. Não há, no horizonte, nenhuma perspectiva de aprovação de qualquer anistia.

Voltando a Lula, cabe a todos nós acompanharmos o desenrolar do inquérito que comprovará se a "alma mais honesta" do país ?" como o próprio chegou a se autodefinir recentemente ?" praticou os crimes de que é acusado. Os indícios e elementos presentes na peça acusatória aceita por Sérgio Moro são consistentes. Independentemente do desfecho do processo, os brasileiros têm muito a comemorar, especialmente quanto à vitalidade e o bom funcionamento de instituições como o Ministério Público, a Polícia Federal, o Poder Judiciário, além de uma imprensa livre e independente. Neste novo Brasil, felizmente, ninguém está acima da lei. Nem aquele que sempre se julgou inimputável, mas teve de descer do palanque direto para o banco dos réus.
Herculano
24/09/2016 10:24
OPERAÇÃO ARQUIVO X PODE TER VAZADO PARA MANTEGA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

A estranha chegada do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega às 4h30 da madrugada no Hospital Albert Einstein, onde sua mulher faria um procedimento não explicitado, provocou a desconfiança de setores da Lava Jato, em Curitiba, sobre eventual vazamento da 34ª fase da operação. A suspeita é a ida de Mantega ao hospital pode ter sido planejada, e o objetivo seria provocar uma "comoção" com a prisão.

CORUJÃO NO EINSTEIN
Mantega parecia preparado para ser preso: usava casaco pesado, boné e até cavanhaque, truques de disfarce.

VERSÃO OFICIAL
Oficialmente, Mantega acompanhou sua mulher para internação no hospital, às 4h30, com objetivo de se preparar para o "procedimento".

NEM NO SUS
"Nem paciente do SUS precisa chegar aqui às 4h30 para qualquer coisa", diz um desconfiado funcionário do Albert Einstein.

INQUÉRITO POSSÍVEL
Se a PF concluir que há elementos suficientes para estabelecer a suspeita vazamento, um inquérito deve ser aberto para apurar.

ALVO TAMBÉM NA ACR?"NIMO, OAS SOME DE BRASÍLIA
Com o ex-presidente Léo Pinheiro preso na Lava Jato e seus donos fingindo-se de mortos na Bahia, a empreiteira OAS escafedeu-se de Brasília. A "operação debandada", na empresa, foi tão radical que ao chegar em sua sede, nesta sexta (23), no 9º andar do bloco A do centro empresarial Brasil 21, com mandado de busca e apreensão à mão, a Polícia Federal encontrou-a deserta. Não encontrou vivalma.

MAIS UMA
A OAS é investigada na Operação Acrônimo por suposta maracutaia envolvendo o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT).

INCERTO E NÃO SABIDO
Os agentes da PF vasculharam os dois andares vazios da sede OAS. Não havia mobília, papéis, nada. Tampouco aviso de novo endereço.

CAIXA ESQUECIDA
Na sede da OAS em Brasília só foi encontrada uma caixa de papelão esquecida na escada, na mudança nitidamente feita às pressas.

FORA PT
Os candidatos do PT a prefeito nas capitais andam muito mal das pernas: segundo o Datafolha, Roberto Sobrinho perdeu a liderança em Porto Velho (RO). O PT só tem alguma chance em Rio Branco (AC).

CENSURA NO BRASIL
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo mapeou os casos de censura no Brasil. Desde 2002, foram 2.155 ações na Justiça para impedir a divulgação de notícias. O Ministério Público é o maior autor de ações contra a imprensa do País, diz a Aberji, com 42 processos.

CRISE DOS ESTADOS
O presidente Michel Temer pretende resolver a crise criada pela ex-presidente Dilma e socorrer os Estados, muitos ameaçando com calamidade pública. Mas corre o risco de gastar o que não tem.

TOCHA IMPLACÁVEL
A Justiça Eleitoral estima que em cerca de 320 cidades candidatos a prefeito e vereador devem ser barrados na eleição 2016 por terem usado a condução da tocha olímpica de forma eleitoral.

O DINHEIRO SUMIU
A falta de recurso nas eleições municipais vem incomodando os deputados. "Não dá para ficar desse jeito. Não conseguimos fazer campanha", reclamou o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).

SEM RUSGAS
A PF não vai se manifestar sobre a nova fase da Operação Acrônimo, que prendeu o chefe da Casa Civil do governo Fernando Pimentel (PT-MG). O processo tramita no Superior Tribunal de Justiça.

OTIMISMO CRESCE
O índice que mede a intenção de investimentos empresariais deu novo salto e chegou a 43,4% em pesquisa da a Confederação Nacional da Indústria. O índice foi ao fundo do poço antes do impeachment: 39%.

JUSTUS EM BRASÍLIA
O empresário e apresentador de televisão Roberto Justus foi mesmo recebido pelo presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. Na política, ele sonha em se transformar o "Donald Trump brasileiro".

PERGUNTA NA FILA
O ex-ministro Guido Mantega levou sua mulher ao Hospital Albert Einstein às 4h30 da madrugada porque ela é atendida pelo SUS?
Herculano
24/09/2016 10:17
SINAIS DA LAVA JATO SERVEM DE ALERTA PARA DILMA ROUSSEFF, por Leandro Colon, para o jornal Folha de S. Paulo

Os investigadores da Lava Jato em Curitiba, em meio a "coincidências infelizes" e arroubos de estrelismo, emitem sinais que deveriam servir de alerta à ex-presidente Dilma Rousseff.

A prisão relâmpago de cinco horas de Guido Mantega trouxe a história de que Eike Batista teria recebido um pedido de R$ 5 milhões do ex-ministro para pagar dívidas do PT.

Segundo as palavras de Eike, os recursos eram para o partido "acertar as contas". A conversa indecente, afirmou, ocorreu no dia 1º de novembro de 2012 em uma reunião no gabinete de Guido Mantega na Fazenda.
Pela versão do ex-bilionário, o ex-ministro não se constrangeu em pedir dinheiro ao PT dentro de uma sala na Esplanada dos Ministérios.

Eike apresentou documentos sobre o repasse feito por ele por meio de João Santana e Mônica Moura.

Pendente de confirmação, o conteúdo da conversa dele com Mantega transforma em piada de salão o vídeo de 2005, raiz do escândalo do mensalão, em que o então servidor dos Correios Maurício Marinho cobra R$ 3.000,00 de propina em diálogo flagrado no prédio da estatal.

Se comprovado, o teor da reunião na Fazenda há quatros anos fragiliza os argumentos de Dilma e aliados de que o esquema da Petrobras não tinha o conhecimento do Planalto.

A agenda oficial de Mantega confirma que ele recebeu Eike em 1º de novembro de 2012. Duas horas antes, o ex-ministro e Dilma despacharam.

A 34º fase da Lava Jato mira sem pudor o elo financeiro do esquema do petrolão e seus laços com o primeiro escalão dos governos petistas.

A investigação mandou para a cadeia o tesoureiro do PT, o marqueteiro do partido, figurões como José Dirceu e agora fecha o cerco ao ex-presidente Lula, réu em duas ações.

Com a cassação do mandato presidencial, Dilma Rousseff perdeu o foro privilegiado que a blindava dos atos de Curitiba. Costuma-se dizer em Brasília que a Lava Jato caminha meses à frente de todos nós.
Herculano
24/09/2016 10:15
AFUNDOU O PAIS E FOI À PRAIA, por Guilherme Fiuza, para o jornal O Globo

Progressistas de butique não se importam que as bandeiras de esquerda tenham sido usadas para roubar o país.

Não há PowerPoint que consiga explicar a pedalada de Dilma Rousseff na Praia de Ipanema. Tranquila, sem contratempos, ela foi até o Leblon e voltou. Numa boa. No dia seguinte, seu ex-ministro da Fazenda foi preso.

Como a torcida do Flamengo já sabia, Guido Mantega era mais um despachante da companhia. Vejam como a senhora das pedaladas é honesta, conforme um pedação do Brasil adora acreditar: Mantega, Paulo Bernardo, Fernando Pimentel, Gleisi Hoffmann, André Vargas, Erenice Guerra, João Vaccari... Chega. Já sabemos que a cada enxadada corresponde uma minhoca. Todo o estado-maior de Dilma, e o menor também, está enrolado com a polícia. E ela está na praia.

Com a saga de Guido Mantega no governo popular - que vai sendo revelada pela mulher do marqueteiro, por Eike Batista e outros inocentes torturados pela Lava-Jato, - o farol de Curitiba começa a apontar para as catacumbas do BNDES. As negociatas de Fernando Pimentel, amigo de Dilma e governador de Minas (nesta ordem), somadas às tramas de Lula com suas empreiteiras de estimação, já indicavam que as paredes do gigantesco banco público têm muito a contar. Agora vai.

Mantega foi um dos peões de Dilma no colossal esquema da contabilidade criativa, que o Brasil só notou quando foi apelidado de pedalada, e mesmo assim não acha muita graça. É um enredo impressionante envolvendo BNDES, Tesouro, Caixa e Banco do Brasil, para esconder déficits e liberar dinheiro público para os companheiros torrarem em suas olimpíadas eleitorais. Isso aconteceu por mais de uma década, e foi um par de flagrantes desse assalto que despachou a presidenta mulher para Ipanema - o famoso golpe.

Se Lula é o sol do PowerPoint, Dilma é, no mínimo, a lua. Guido Mantega deu sequência às obras dela na presidência do Conselho de Administração da Petrobras, sob o qual foi montado e executado, nos últimos 13 anos, o maior esquema de corrupção da República ?" se é que há algo de republicano nesse populismo letal. A literatura obscena da Lava-Jato, e em especial a denúncia do Ministério Público contra Lula (que o Brasil não leu, porque é muito longa), mostra tudo. Lula e Dilma cultivaram os ladrões camaradas nos postos-chave para manter a dinheirama irrigando os cofres partidários.

Mas Dilma diz que não tem conta na Suíça como Eduardo Cunha. Vamos esclarecer as coisas: Eduardo Cunha é um mendigo perto do esquema bilionário que sustenta Dilma, a mulher honesta.

O que também sustenta Dilma, e todos os delinquentes do bem, é a ação corajosa dos progressistas de butique. Eles não se importam que as bandeiras de esquerda tenham sido usadas para roubar o país. O papo do golpe é uma mão na roda: Dilma, a revolucionária, foi massacrada pelos velhos corruptos do PMDB. Todos sabem que estes viraram ladrões de galinha diante da ópera petista, mas lenda é lenda. Ser contra o golpe dá direito a ser contra a ditadura militar, a violência policial, o racismo e o nazismo. É um pacote e tanto.

Também dá direito a ir à posse de Cármen Lúcia no Supremo Tribunal Federal ?" o mesmo STF que presidiu o impeachment de Dilma. Deu para entender? Vários heróis da resistência democrática contra o golpe foram lá, pessoalmente, festejar a nova presidente da corte golpista. Contando, ninguém acredita.

Teve até show de MPB ?" a mesma que ouviu da própria Cármen Lúcia o famoso "cala a boca já morreu", contra aquele projeto obscurantista de censurar biografias. Alguém já disse que é proibido proibir. Mas debochar da plateia está liberado.

Nem é bom citar esses acrobatas da ideologia. Vários deles são artistas sensacionais, que colorem a vida nacional. Melhor esperar que desembarquem de suas canoas furadas a tempo, e parem de alimentar essa mística vagabunda ?" porque, atenção, comprar o barulho do governo destituído e seus genéricos não tem nada a ver com ser de esquerda. Ao contrário: além de destruir a economia popular, essa gangue fraudou as bandeiras da esquerda. Adaptando Millôr: desumanizaram o humanismo.

Foi uma dessas turminhas de humanistas desumanos que hostilizou uma jornalista de TV com seu bebê de 1 ano numa calçada da Gávea. São jovens simpatizantes de um desses candidatos bonzinhos que incentivam a porrada. Eles são contra o sistema (seja lá o que isso signifique) e contra a mídia burguesa. Assim morreu o cinegrafista Santiago Andrade. No dia 2 de outubro, os cafetões da criançada ignara vão às urnas buscar seus votos progressistas.

Os heróis da resistência ocuparam o Canecão. ?"tima ideia. Melhor ainda se tivesse sido executada há quase dez anos, quando o PT fechou esse templo da música ?" fingindo que estava defendendo a universidade pública de empresários gananciosos. Onde estavam vocês quando aconteceu esse golpe hipócrita contra a arte?

Vamos falar a verdade, queridos cavaleiros da bondade. Antes que a praia vire passarela de quem devia estar vendo o sol nascer quadrado.
Herculano
24/09/2016 10:12
APOS FIM DA HEGEMONIA DO PT, ESQUERDA BRASILEIRA TEM DOIS CAMINHOS, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, para o jornal Folha de S. Paulo

A "morte do PT", essa profecia disseminada, não é um exercício de análise política, mas a expressão triunfalista de um desejo autoritário. O PT provavelmente sobreviverá. Contudo, o impeachment de Dilma e as imputações penais a Lula assinalam o ocaso da hegemonia petista sobre a esquerda brasileira. Chega ao fim uma longa era de unificação partidária quase completa das correntes de esquerda. A encruzilhada atual descortina os rumos contrastantes da substituição de hegemonia ou de uma reunificação pluralista. Batizemos o primeiro caminho como "partido-movimento" e o segundo como "Frente Ampla".

O PSOL sonha construir-se como "partido-movimento", assumindo a posição hegemônica no campo da esquerda. Suas referências são o Syriza, que chegou ao poder na Grécia em 2015, e o Podemos, que naquele ano atingiu votação similar à do Partido Socialista, disputando o posto de segundo maior partido espanhol. O Syriza tem raízes no Synaspismos (Coalizão da Esquerda Progressista), um movimento de unificação de correntes radicais fundado em 1991. O Podemos nasceu das manifestações contra a austeridade promovidas pelos "Indignados" a partir de 2011. Tanto um como o outro expressaram uma dupla rejeição política: à social-democracia e ao comunismo stalinista.

Os intelectuais do PSOL traçam um paralelo esquemático entre o PT e a social-democracia europeia. Na falência do Pasok grego e na decadência do PSOE espanhol, enxergam os funestos indícios do futuro próximo do PT. Assim como a crise do euro abriu a via para a ascensão dos partidos-movimento grego e espanhol, a crise do impeachment propiciaria a troca de hegemonia no Brasil.

Anos atrás, um cartaz de Che Guevara adornava a porta do gabinete de Alexis Tsipras, na sede do Syriza, enquanto Pablo Iglesias, o líder do Podemos, cantava as glórias de Hugo Chávez. O PSOL repete os evangelhos do castrismo e do chavismo, mas sua execução musical está atrasada em um compasso. No governo, o Syriza experimentou uma cisão e sua facção majoritária curvou-se à ortodoxia europeia, passando a ocupar o lugar que foi do Pasok. Por seu lado, após o anticlímax das eleições de junho, o Podemos anunciou um giro pragmático à centro-esquerda, borrifando água na chama da rebeldia.

O principal arauto do caminho da "Frente Ampla" é Tarso Genro, dirigente da Mensagem ao Partido, ala petista devotada à "refundação" do partido. Seu modelo é a coalizão Frente Amplio, que governa o Uruguai desde 2005, apoia-se na central sindical PIT-CNT e se estende do centro à extrema-esquerda, abrangendo democrata-cristãos, social-democratas, comunistas e tupamaros. Partindo do reconhecimento de que se esgotou a hegemonia do PT sobre a esquerda, a ideia da "mesa progressista" busca a reunificação por meio de um mínimo denominador comum. Cada um na sua, mas todos juntos na hora das eleições ?"eis o estandarte de Genro.

A "Frente Ampla" contempla interesses diversos. De um lado, evita o isolamento de um PT declinante, açoitado pela ventania da desmoralização. De outro, oferece lugares ao sol para a CUT, o MST, o MTST, o PCdoB e a UNE, que já compraram seus bilhetes de ingresso à nau das esquerdas. Mas a estratégia fracassará se não seduzir o PSOL, deixando espaço à ascensão de um "partido-movimento". Os primeiros sinais da tensão entre as estratégias conflitantes aparecem nas campanhas municipais de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Nesses tempos de delinquência intelectual, o discurso partidário dissimula-se sob o rótulo da ciência política. Mathias de Alencastro reproduziu o clássico ardil dos antigos partidos stalinistas ao acusar o PSOL de fazer o "jogo da direita" nas eleições paulistanas (Folha, 21/9). O intelectual-militante fantasiado de acadêmico exprime o desejo inviável de voltar no tempo, reinstaurando a hegemonia que se estilhaça.
Herculano
24/09/2016 08:51
O POVO EM ÚLTIMO LUGAR

O PT de Gaspar comandando pelo de Blumenau e que foi renegado nas urnas de lá por 12 anos seguidos, que tentou ressurgir em Itajaí, mas correu do pau pois sabia que teria dificuldades sérias, e que foi cassado em Brusque, preferiu primeiro mostrar a ponte do Vale inacabada aos empresários.

Logo o PT que se diz um partido popular esqueceu e colocou o povo, mais uma vez na rabeira dos seus projetos. Povo, só nos discursos para analfabetos, ignorantes, desinformados, assistidos e fanáticos.

Só agora, depois de dez dias e muitas reclamações, o PT vai mostrar ao povo. E sabe por que? Porque lhes falta votos para continuar no poder. Nem mais, nem menos. Bateu o desespero.

O PT vai mostrar como incompetente foi para o resultado que projetou, ou seja o de entregar a ponte do Vale aos gasparenses e fazer dela uma alavanca eleitoreira para o candidato poste.

E a inclusão da ponte num roteiro de visitas políticas de última hora ao povo é resultado de uma farsa que o PT montou e caiu nela própria.

O PT de Gaspar mentiu na licitação. Afirmou que tinha mais de R$20 milhões em caixa para fazer a ponte e não os tinha. Foi atrás desses recursos nos governo Dilma Vana Rousseff e ela preferiu dar a outros. Só isso.

Se o PT quer votos de última hora e que as pesquisas mostram que ele não os possui, deveria também organizar caravanas de povo e mostrar como está a pavimentação das ruas Pedro Schmitt, Artur Poffo, Madre Paulina, a enrolação da Rua Itajaí, da urbanização do loteamento das casinhas de plástico e tantas outras.

São essas falsas promessas que estão corroendo a credibilidade do PT do "prefeito Celso". Ele é o comandante de tudo isso e da falta de resultados prometidos em palanques, discursos e entrevistas sem perguntas.

Faltam veículos de comunicação capazes de fazer esse roteiro e colher a indignação dos gasparenses não só nas ruas inconclusas, mas nos postos de saúde, na policlínica, no hospital, na farmácia básica, nos lares de gente que não consegue vagas nas creches. Acorda, Gaspar!
Herculano
24/09/2016 08:36
O ÚLTIMO SUSPIRO DA TETA

O PT de Gaspar está cobrando caro o patrocínio que deu a determinados veículos de comunicação durante anos e que não foram capazes de convencer o distinto público da eficácia do governo cheio de erros, denúncias e processos.

O que se vê neste sábado é algo, onde o diabo tem alma vermelha que ele próprio esconde do eleitorado mas impõe a quem remunera. Humilhação? Impressionante como tem gente que é capaz de passar o recibo público do vexame.
Herculano
24/09/2016 08:29
O RISCO É NÃO MUDAR, por Miriam Leitão, para o jornal O Globo

O ministro da Educação, Mendonça Filho, vai à definição de MP para defender seu uso. "Medida Provisória é para assunto de relevância e urgência. O domínio de português e matemática em 2015 está no mesmo nível de 1997. Reformar o ensino médio é relevante e urgente." A secretária executiva, Maria Helena Guimarães Castro, explica que a proposta nasceu de debates intensos de especialistas e secretários da área.

A nova proposta não vai entrar em vigor antes de se aprovar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que dirá o que deve ser o conteúdo obrigatório, e isso ficará pronto em meados do ano que vem. Por que então fazer por MP, e não por projeto de lei, já que não é para entrada em vigor imediatamente?

?" Com a pauta do Congresso dominada por reformas econômicas, um projeto de lei não seria aprovado nunca ?" disse o ministro.

A secretária Maria Helena, que trabalhou com o ministro Paulo Renato e tem estado mergulhada no debate da educação brasileira há muito tempo, explicou que o Brasil precisa se livrar do modelo atual.

?" A Inglaterra fez uma reforma muito importante nos anos 1990, o Canadá tem um modelo interessante. A Austrália seguiu a Inglaterra. Na Alemanha, foi aberto o espaço para o ensino técnico e profissionalizante. Em todos eles, há espaço para a flexibilidade em pelo menos uma parte do ensino médio. É nessa direção que vamos caminhar. O Brasil é o único país do mundo que tem 13 matérias obrigatórias, conteúdo engessado, sem espaço para a vontade do aluno, e que o leva a desistir do curso ou sair sabendo muito pouco. O Brasil hoje é uma jabuticaba, e que não está dando certo, como ficou claro no Ideb ?" diz Maria Helena.

Há consenso sobre a necessidade de mudança, o que causou debate foi o uso da MP e algumas das alterações. O que se diz no Ministério da Educação é que até a aprovação da Base Nacional Comum Curricular nada muda. A Base, que já está em debate há algum tempo, vai definir que matérias deixarão de ser obrigatórias. Hoje já se sabe que português, matemática e inglês serão obrigatórias, e outras, naquelas áreas definidas como ciências humanas e da natureza.

Todo mundo concorda que 13 matérias obrigatórias em apenas quatro horas de aulas por dia é uma insensatez, mas profissionais de todas as áreas querem que a sua especialidade seja obrigatória. O Brasil terá que fazer escolhas. Em todos os lugares onde houve avanços no ensino médio a carga horária havia sido aumentada. Em São Paulo, em vez das 2.400 horas da carga total dos três anos, já está em 3.000 horas. Em Pernambuco, em 45% das escolas os alunos já estudam sete horas por dia. Nas escolas privadas, que representam apenas 11% dos alunos do ensino médio, a média de horário é entre cinco a cinco horas e meia. Perguntei para o ministro se não ficaria muito caro esse aumento da carga horária e como ele pensa que o governo conseguirá compatibilizar com o teto dos gastos públicos:

?" Não é tão caro. É uma questão de prioridade na alocação dos recursos. O governo passado, em cinco anos, aumentou em R$ 30 bilhões o gasto com educação de nível superior e só em R$ 10 bilhões a educação básica. Triplicou os gastos com universidade e a melhora de desempenho foi residual. O Brasil gastou R$ 3,5 bilhões só em 2015 com o Ciências sem Fronteiras para 35 mil alunos. Não é tão caro gastar R$ 1,2 bilhão para beneficiar 500 mil alunos.

O ministro defende o projeto dizendo que ele não será um comando único de Brasília. Haverá a BNCC, mas não será currículo único. Os estados poderão adaptar segundo suas realidades, e os alunos poderão montar suas grades segundo seus interesses, na parte que for flexível.

?" Esse é um país de 200 milhões de habitantes e 27 estados. Nós não podemos decidir em Brasília o que vale para o país todo ?" diz o ministro.

É preciso debater a educação com a intensidade com que se discutem medidas econômicas. Só o senso de urgência nos livrará dos riscos de deixar tudo como está. "Vivemos um flagelo no ensino médio", diz o ministro. As estatísticas de evasão, de baixo desempenho, de perda dos jovens para os vários riscos que os cercam desafiam a sociedade brasileira a encontrar formas de proteger a juventude. Afinal, o que são eles que não o nosso futuro?
Herculano
23/09/2016 21:57
O RETRATO DO GOVERNO DO PT E DO "PREFEITO CELSO"

Manchete do jornal Cruzeiro Vale: as ruas Pedro Schmitt Junior e Artur Poffo, vão ser entregues, se forem, só em Dezembro. Da Madre Paulina, nem notícias.

O que diz o texto: a assinatura da Ordem de Serviço aconteceu em novembro de 2015 e previsão era de que a obra fosse entregue em seis meses. Segundo Secretário de Planejamento da Prefeitura, obra deve ser entregue à comunidade em dezembro deste ano.

Voltando. Se é possível fazer uma conta, novembro de 2015 mais seis meses, daria em maio deste ano. Estamos em setembro. Nem a campanha política foi capaz de desentortar esse jeito de se enrolar, e que se pretende continuar, como se propagandeia pelo atual candidato. Acorda, Gaspar!
Sidnei Luis Reinert
23/09/2016 19:28
É este tipinho de bandido do colarinho branco que os comunistas de Gaspar veneram.Desde 1989 RONALDO CAIADO(DEM) afirmava que ele era pilantra.

MORO NO COFRE DE LULA

Brasil 23.09.16 18:03
Sérgio Moro acatou pedido do MPF, antecipado por O Antagonista, para que a Secretaria de Administração da Presidência examine o material apreendido pela Lava Jato no cofre do Banco do Brasil.

É aquele acervo presidencial com coroa de ouro, sabre cravejado de diamantes, jóias, esculturas e medalhas presenteadas por chefes de Estado estrangeiros.

Lula se apropriou dos itens e escondeu tudo num cofre, em 2011, em nome de Marisa e Lulinha.

http://www.oantagonista.com/posts/moro-no-cofre-de-lula
Sidnei Luis Reinert
23/09/2016 16:26
PT é punido em Gaspar por conta de vídeos de ataque contra adiversários
Se insistir nas publicações de vídeos que atacam adversários, terá que pagar multa
Vale do Itajaí-SC, 22 de setembro de 2016

O Notícias Vale do Itajaí trouxe na semana passada (13/09) uma pauta sobre os ataques da chapa majoritária do Partido dos Trabalhadores em Gaspar. O partido publicou em sua página no Facebook pelo menos dois vídeos fazendo críticas aos adversários Marcelo de Souza Brick (PSD), com peso maior contra Kleber Wan-Dall (PMDB), que estão á frente na pesquisa eleitoral.

Wan-Dall entrou com uma representação na Justiça Eleitoral após a veiculação de áudios em emissoras de rádio na propaganda de Lovídio Bertoldi do PT, no mesmo tom do vídeos. O Juíz Eleitoral da 64ª Zona Eleitoral de Gaspar, Rafael Germer Condé, concedeu liminar favorável ao peemedebista, considerando que os áudios afrontam a legislação eleitoral. Mediante a isso, foi determinado que na insistência do PT fazer veicular a "propaganda eleitoral" impugnada, será aplicada multa de R$ 1000,00 (mil reais).

Fica claro que nessas eleições, a Justiça vem fazendo um brilhante papel, que fortalece a democracia, e o candidato que não falar a verdade ou tendenciar algo sem conseguir provar os dados, será devidamente punido. A decisão foi publicada ontem no Mural Eletrônico do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina e você pode conferir na íntegra o processo clicando aqui.

http://noticiasvaledoitajai.com.br/noticia/pt-e-punido-em-gaspar-por-conta-de-videos-de-ataque-contra-adiversarios/
Sidnei Luis Reinert
23/09/2016 12:31
O PT continua sendo previsível.

Vejam neste vídeo mais uma pilantragem meia-boca armada pela ORCRIM para enganar otários mundo afora!

https://www.facebook.com/MovimentoJuntospeloBrasil/videos/1097842870306139/?pnref=story
Herculano
23/09/2016 12:21
O PT DE BLUMENAU CONTINUA SE ENGANANDO. AGORA ELE TEM UM NOVO JEITO DE GOVERNAR

Hoje na entrevista na RBS TV de Blumenau, o candidato de lá, Valmor Schiochet, foi perguntado, se estava escondendo ou não tinha apoio de Décio Neri de Lima, Ana Paula Lima...

Enrolou.

É claro que está escondendo. Como não debate este novo modo de governar que teria que ser diferente do mensalão, petrolão, eletrolão, lava jato, fundos de pensão, propinoduto e corrupção e todos os questionamentos que recaem sobre a administração petista de Gaspar, apadrinhados por Décio e Ana Paula
Sidnei Luis Reinert
23/09/2016 12:17
Lava Jato chegará a grandes políticos e banqueiros?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Pouco importa se o juiz Sérgio Moro agiu estrategicamente ou por espírito humanitário ao decretar e revogar, rapidamente, a prisão temporária de um dos mais longevos, influentes e poderosos ministros da Fazenda da era Lula-Dilma. Ao alvejar Guido Mantega sob suspeita de liderar a arrecadação de dinheiro de propina para irrigar os cofres do PT, a Lava Jato sinaliza que tem muita bala na agulha contra a turma da propinocracia. Por enquanto, só alguns empresários foram punidos. Faltam os políticos sem as condição de justificar, legalmente, a ultra rápida evolução patrimonial pessoal ou familiar.

O ilustre réu-belde Luiz Inácio Lula da Silva nem se arriscou a fazer uma defesa efetiva para rebater as gravíssimas acusações contra Guido Mantega - seu amigo e homem de confiança. Lula sabe que a Lava Jato tem condições de arrasar com o nazicomunopetralhismo se alvejar alguns figurões do PT, além dele mesmo. A lista de cabras marcados para ter dor de cabeça com a Força Tarefa do Ministério Público Federal é composta por gente tão blindada quanto Mantega, que ontem começou a derreter: Antônio Palloci Filho, Luciano Coutinho, José Sergio Gabrielli.

Ainda tem muito "Arquivo X" para escancarar e investigar. O empresário Eike Batista sugeriu que a Força Tarefa da Lava Jato estendesse as investigações sobre os negócios do BNDES na era Lula-Dilma: "Vocês que estão passando o Brasil a limpo, por favor, essa é uma área crítica. Porque é fácil né. Você bota o que quiser (como garantia ao crédito do BNDES). Uma fazenda que não vale nada, o cara avalia por um trilhão de dólares. É fácil, né."

Fazenda lembra ministério... Mas também remete a Boi... E pode chegar a gente muito poderosa com influência direta no sistema financeiro. Até agora, a deputadora Lava Jato mexeu com as empreiteiras - cujos dirigentes, demonizados e encarcerados, apelaram para as "delações premiadas". A transação penal com o casal de marketeiros João Santana e Mônica Moura também rendeu informações e provas fundamentais para identificar e condenar a turma da propinocracia.

A Lava Jato só não chegou, ainda, no mais pantanoso teatro de operações da corrupção: o sistema financeiro. Um sistema de crime tão institucionalizado não conseguiria funcionar sem a conivência de grandes bancos - que têm interesses diretos nos maiores negócios do Capimunismo rentista tupiniquim. Mexer com Mantega, Palocci, Coutinho e outros amigos dos bois nem citados é o mesmo que mexer com os mais poderosos banqueiros nacionais e transnacionais que comandam os maiores negócios e as maiores negociatas no Brasil.

Vale repetir por 13 x 13: A Lava Jato, que alimenta sonhos de prisão de Lula, se aproxima perigosamente de Dilma Rousseff. A Presidenta afastada foi a antecessora de Guido Mantega no Conselho de Administração da Petrobras. Mantega sempre se gabava de ser quem tinha mais proximidade com Dilma, despachando com ela diariamente. Logo, fica fácil supor que Dilma pode não ter sabido de tudo, mas sabia de muita coisa feita por Mantega, sobretudo na captação ilegal de recursos para financiar o projeto de poder do PT.
Herculano
23/09/2016 12:15
A VIDA COMO ELA É

No debate morno de hoje pela manhã no Instituto de Educação, havia um único vice prefeito presente, Charles Petry, DEM. Nem o vice que mora e diz representar o bairro, Giovânio Borges, PSB, esteve lá.
Herculano
23/09/2016 11:26
VOCÊ SABE O QUE É AXIOMA?

Segundo o dicionário, este substantivo masculino quer dizer

premissa considerada necessariamente evidente e verdadeira, fundamento de uma demonstração, porém ela mesma indemonstrável, originada, segundo a tradição racionalista, de princípios inatos da consciência ou, segundo os empiristas, de generalizações da observação empírica [O princípio aristotélico da contradição ("nada pode ser e não ser simultaneamente") foi considerado desde a Antiguidade um axioma fundamental da filosofia.].

Ou seja, é algo genérico, indemonstrável. Resumindo: enrolação, viagem, abstração...
Herculano
23/09/2016 11:19
SOBRE SEGURANÇA

1. Lovídio Carlos Bertoldi, PT, como registrei ontem, não tem a nada a dizer aos gasparenses. Lamentável. E pegou mal. É o comentário das redes sociais.

2. Já o candidato Marcelo de Souza Brick, PSD, PSB e Partido Comunista começou assim a sua resposta: "De maneira imediata, iremos cobrar junto ao governo do Estado o reforço no efetivo policial para Gaspar".

3. Outra bobagem. O governador Raimundo Colombo é do partido do Marcelo. E no sábado passado, os dois estiveram juntos ali na Margem Esquerda, num passeio meio esquisito, com militância e sem povo.

4. Então a resposta do candidato deveria ter sido assim e não foi: "falei com o governador, ele compreendeu e me deu garantias - sob testemunhas - que tudo vai mudar".

5. O que o Marcelo escreveu, "de maneira imediata, iremos cobrar junto ao governo do Estado o reforço no efetivo policial para Gaspar", os outros candidatos como o Kleber Edson Wan Dall, PMDB e que é parceiro do governo de Colombo, bem como Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, também prometem com as mesmas palavras.
Herculano
23/09/2016 10:47
SÃO PAULO MOSTRA A MORTE DO PT, O CRESCIMENTO DO PSDB E O CAVALO MANCO DE SEMPRE. UMA REALIDADE QUE SE REPETE EM MUITOS LOCAIS

Conteúdo da revista Exame. O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, João Doria, aparece agora com 25% das intenções de votos. Celso Russomano (PRB), que liderava até então, está com 22%. Já Marta Suplicy (PMDB) aparece com 20% das intenções de voto.

A margem de erro da sondagem, contratada pelo jornal Folha de S. Paulo e pela TV Globo, é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O instituto ouviu 1.260 pessoas, nesta quarta-feira (21).

Doria, que começou a corrida eleitoral na terceira posição, subiu 20 pontos percentuais nas intenções de voto em um mês de campanha. Vale lembrar que ele é o candidato com mais tempo de exposição na TV e mais dinheiro em caixa para a campanha.

Já o prefeito Fernando Haddad, que tenta a reeleição, está com 10% das intenções de voto. Luiza Erundina (PSOL) caiu para 5%. Já o Major Olímpio (SD) ficou com 2%, Levy Fidelix (PRTB), 1%, e Ricardo Young (Rede) e João Bico (PSDC) não atingiram 1%. Henrique Áreas (PCO) e Altino (PSTU) não foram citados.

Votos brancos ou nulos somaram 11%, e 4% dos eleitores não opinaram.

No segundo turno, o empate técnico entre os três primeiros colocados persiste. Russomanno ficaria com 44% contra 38% de Doria e 40% se contra os 41% de Marta. Se a disputa fosse entre Doria e Marta, o tucano teria 41% e a senadora 42%.
Herculano
23/09/2016 10:37
da série: sem postes, os candidatos a prefeito de Gaspar desconfiam que está a caminho uma silenciosa mudança e que tentam mascarar na última semana com as pesquisas arranjadas.

ALCKMIM SUBSTITUI LULA COMO CARREGADOR DE POSTES, por Josias de Souza

Geraldo Alckmin frequenta a disputa pela prefeitura da capital de São Paulo vestindo um figurino que era de Lula há quatro anos. O governador tucano substituiu o ex-presidente petista no papel de carregador de poste. E o Datafolha sinaliza que João Doria, o candidato do PSDB, pode estar a caminho da eletrificação.

No intervalo de um mês, Doria cresceu notáveis 20 pontos. No final de agosto, colecionava 5% das intenções de voto. Hoje, amealha 25%. Tomou o elevador exibindo-se num habitat que domina: a tevê. Apresenta-se nos debates e na propaganda eletrônica como um não-político. O que faz dele o mais político.

Embora não fabrique um palito de fósforos ou qualquer outra coisa que possa ser apalpada, Doria se autodefine como empresário. E promote realizar na prefeitura uma gestão de mostruário. A Lava Jato já demonstrou que o convívio de empresários com o setor público pode resultar em encrenca. E o impeachment de Dilma provou que o talento gerencial presumido pode produzir desastres. Mas Doria cresce.

Simultaneamente, Celso Russomano cai e Marta Suplicy estaciona. Ele, que chegou a abrir vantagem de 15 pontos na liderança, caiu para 22%. Ela, depois de escalar 5 pontos, oscilou um 1 ponto para baixo, estacionando em 20%. Esse cenário de bololô caracteriza um empate estatístico, já que a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos, para baixo ou para cima.

Afora a subida meteórica, Doria ostenta a menor taxa de rejeição entre os candidatos favoritos: 19% dos eleitores pesquisados declaram que não votariam no candidato tucano de jeito nenhum. Russomano é refugado por 27% dos eleitorado. Torcem o nariz para Marta 29% dos entrevistrados. Significa dizer que Alckmin carrega nos ombros o candidato mais leve, com maior potencial de crescimento.

Na outra ponta, Lula e o PT exercem sobre a campanha do prefeito Fernando Haddad, candidato à reeleição, o efeito de duas bolas de ferro. A menos de duas semanas da eleição, o recandidato petista obteve constrangedores 10% das intenções de voto. Puxado para baixo pelos aliados, Haddad ostenta a maior taxa de rejeição: 49%. Transformou-se no candidato favorito a simbolizar a derrocada da era de ouro do petismo.
Clarice de Oliveira da Luz
23/09/2016 08:29
Hoje pela manhã, no meu papel de leitora assídua ao jornal Cruzeiro do Vale, fui averiguar as últimas notícias do cenário político de nossa cidade. Talvez o que para muitos cidadãos Gasparenses causou espanto , para mim ficou mais uma vez provado o quanto iremos sofrer se ocorrer a permanência do PT no governo de nossa Gaspar. Na página 6 do referido Jornal foi postado o seguinte: COMO AUMENTAR A SEGURANÇA DOS GASPARENSES? (Questionamento esse feito asou 4 candidatos a prefeito de Gaspar). O que nada me espanta é ver que o candidato do Partido dos Trabalhadores nada respondeu. Fica claro que mais uma vez continuará como está, ou seja, dará continuidade aos "trabalhos" do atual Prefeito.
Herculano
23/09/2016 08:16
COM PRISÃO DE MANTEGA, LAVA JATO MIRA ELO FINANCEIRO DE ESQUEMA, por Valdo Cruz

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega durante entrevista no gabinete do Ministério, em 2014

Um dos alvos da 34ª fase da Operação Lava Jato é identificar o elo financeiro entre o esquema de corrupção que teria sido montado pelo PT e os governos Lula e Dilma Rousseff.

Segundo a Folha apurou, os investigadores suspeitam que um destes elos seria o ex-ministro Guido Mantega (Fazenda), preso nesta quinta (22). Ele sempre negou qualquer relação com o esquema, mas algumas delações já envolveram o ex-ministro em contatos com empresários para que fizessem doações para campanhas do PT.

A prisão de Mantega, além de permitir à Força Tarefa da Lava Jato tentar identificar o elo financeiro com os governos Lula e Dilma, pode complicar ainda mais a situação dos ex-presidentes. Afinal, ele foi ministro de confiança total dos dois, um dos mais longevos a comandar a equipe econômica. A detenção foi revogada pelo juiz Sergio Moro, horas depois.

Na avaliação de investigadores, era necessária e fundamental participação de alguém de dentro do governo, ligado à área financeira, para dar o suporte ao esquema de desvios.

Até aqui, a Lava Jato acredita já ter identificado como funcionava o esquema entre empresas que tinham contratos com o governo e o PT. Delações apontam que tudo foi acertado entre empreiteiros e a direção petista para cobrança de propina sobre contratos firmados com a União. O PT nega, mas a Polícia Federal acredita já ter provas neste sentido.

Falta, na avaliação dos investigadores, chegar aos nomes de dentro do governo que tinham controle financeiro sobre estes contratos, em condições de pressionar empresários a cumprir o acordo que teria sido feito com o PT.

Em conversas reservadas com a Folha, empreiteiros já revelaram que, caso atrasassem algum pagamento de propina, sempre vinha um recado de dentro da área econômica de que, se não houvesse uma regularização nos desembolsos, poderia ocorrer algum atraso de pagamentos de contratos.

Esta informação até hoje não foi totalmente confirmada pelos investigadores, mas eles acreditam que, se for confirmada, estaria feita a ligação final entre o esquema de corrupção com a cúpula do governo, o que seria fatal para os planos do PT de tentar defender Lula e o partido.
Herculano
23/09/2016 08:13
NA CÂMARA, PSDB É MAIS FIEL AO GOVERNO TEMER QUE O PROPRIO PMDB

Esta nota de Natuza Neri, na coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, revela o verdadeiro caráter ou personalidade errante do PMDB.

Ele é governo, mas não sabe sê-lo. Ele foi gigolô, um chantagista permanente nos 21 dos governos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff. Isto é em Brasília. Isto é nos estados mais endividados. Isto é nos grotões onde detém a maioria das prefeituras e onde está em maior parte com candidatos.

Diz a nota "Mais realista que o rei"

Autoproclamado fiador do ajuste fiscal, o PSDB tem dado mostras para o Planalto de que é essencial para a aprovação de seus projetos na Câmara. Os números que Michel Temer carrega debaixo do braço - e que balizam a relação do governo com o Congresso - mostram que desde maio os tucanos são, entre os grandes partidos, a sigla mais fiel a Temer nas votações em plenário. A cada 100 votos, a bancada tucana entrega 72 ao Planalto - mais até que o PMDB, que dá 69 a cada 100.
Herculano
23/09/2016 08:05
AGORA O PT VALORIZA O VICE

Michel Temer, PMDB, o vice da ex-presidente Dilma Vana Rousseff, é um golpista, segundo os petistas. E malham nisso até hoje, na falta de argumentos: "Fora Temer".

Os dois foram eleitos como um par para exatamente na eventual falta da presidente, como agora. E O PMDB que não é um partido nanico, certamente, contribuiu em muitos votos para que ela (com ele) fosse eleita, por aquela estreita margem de votos de que se orgulha tanto para lhe dar legitimidade única, 54 milhões.

Aqui em Gaspar, rola das redes sociais uma discussão boba própria de Gaspar e da pequenez dela.

Depois de ter sido o último a escolher, depois de esconder na propaganda, o PT que está com sinais de fadiga, resolveu dar importância ao vice que escolheu para Lovídio Carlos Bertoldi, o médico Odilon Áscoli, PR.

Afinal o vice tem mesmo importância para o PT? Pela discussão nacional, não. Pela forma como se escolheu aqui, também não. Mas, como o PT é um camaleão a espreita da sua presa, essa importância é relativa, tanto que aqui no lugar do vice colocou o atual titular "o prefeito Celso", fez sumir a estrela e desapareceram com o vermelho.

Só para encerrar sobre importância: Odilon já foi candidato a vice, pelo então PMDB, com a primeira tentativa de Adilson Luiz Schmitt, também PMDB. Ambos ficaram em quarto.
Herculano
23/09/2016 07:51
LULA FALA SOBRE MANTEGA SEM TOCAR NO ESSENCIAL, por Josias de Souza

Palco de um ex-protagonista caindo em si ou picadeiro de um cômico fora de si. Escolha sua metáfora para as encenações de Lula nos palanques do Nordeste. A descrição mais adequada talvez seja essa: uma sequência de discursos sem nexo de um pajé inocente que, flechado por denúncias e inquéritos, faz lembrar as virgens de Sodoma e Gomorra.

Na noite passada, num comício em Recife, o morubixaba do PT comentou a prisão de seu ex-ministro Guido Mantega. Abstendo-se de mencionar a soltura determinada horas depois pelo juiz Sérgio Moro, Lula disse à plateia de convertidos:

''Hoje, a Polícia Federal foi buscar o Guido no hospital. Entraram na sala de cirurgia, onde a mulher dele, que está com câncer, começava uma cirurgia. Levaram ele e, depois, com a maior desfaçatez, disseram que não sabiam que ela estava doente. Sabiam! Ela não estava dentro de um hospital para se embelezar. É preciso que esse país volte a normalidade. Isso exige que as instituições respeitem as pessoas e a sociedade."

A cena dos agentes federais invadindo a sala cirúrgica é uma fábula do orador. Na vida real, um delegado tocou o telefone para Mantega. Que se apresentou do lado de fora do hospital. E foi conduzido educadamente para um automóvel comum, sem a logomarca da PF.

O juiz da Lava Jato, os procuradores da força-tarefa de Curitiba e a Polícia Federal informaram que não sabiam da internação da mulher de Mantega. Lula chama todo mundo de mentiroso. Deve saber o que diz, já que é um PhD nessa história de "não sabia". O repórter jamais se atreveria a discutir com um especialista. Porém?

Lula talvez devesse incluir em suas próxima manifestações meia dúzia de palavras sobre o inusitado que salta da nova fase da Lava Jato: um ministro da Fazenda convertido em coletor de verbas sujas para campanhas do PT.

Quando discursa de improviso e esquece de abordar o essencial, Lula dá sempre a impressão de que procura uma boa explicação desesperadamente ?"mais ou menos como um cachorro que escondeu o osso e esqueceu onde.
Herculano
23/09/2016 07:49
MAIS UM DEBATE

Agora pela manhã está se realizando mais um debate com os candidatos a prefeito de Gaspar. É na Rádio Comunitária Vila Nova.
Herculano
23/09/2016 07:48
O TAMANHO DA PODRIDÃO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

A prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, ainda que apenas por algumas horas, significa que o escândalo da Petrobrás alcançará mais gente e gente muito mais graúda do que os notórios operadores do PT que hoje amargam a prisão. Já se sabia que o propinoduto que ligou a máquina do Estado aos cofres do PT era o pilar de um método de governo, sendo o ex-presidente Lula o "chefe supremo" do esquema de corrupção, como autoridades já denunciaram. Mas as suspeitas que recaem sobre Mantega, se comprovadas, mostrariam a extensão do contágio por grande parte do primeiro escalão da administração, passando o próprio governo a ser visto como uma organização criminosa.

Mais longevo ministro da Fazenda da história brasileira, Mantega tornou-se, ao lado da presidente cassada Dilma Rousseff, o grande símbolo do jeito petista de governar. Enquanto Dilma, em seu dialeto peculiar, agredia a realidade de sua desastrosa administração com frases desconexas, Mantega, sempre com ar professoral, tratava de insultar a inteligência alheia com dados sem sustentação e retórica vazia para comprovar o acerto da famigerada "nova matriz econômica" ?" aquela que quase quebrou o Brasil. O ministro da Fazenda era a face mais conhecida da impostura do PT na condução da economia, um obediente executor das fantasias nacional-desenvolvimentistas de Dilma. Nada, porém, indicava que ele tivesse feito uso de seu cargo e de seu poder para fazer algo além de destruir as finanças do País.

Tudo isso mudou ontem. O juiz Sergio Moro aceitou pedido do Ministério Público Federal para que Mantega fosse preso, sob acusação de que o petista, em novembro de 2012, quando era ministro, solicitou ao empresário Eike Batista recursos para o pagamento de dívidas de campanha do PT. A informação foi prestada pelo próprio Eike em depoimento ao Ministério Público em maio passado.

Em 2012, o Grupo OSX, de Eike, integrava um consórcio que havia obtido um contrato de US$ 922 milhões com a Petrobrás para a construção de plataformas. Suspeita-se de que Mantega tenha pedido a propina como compensação por esse contrato. Sem experiência na área, o consórcio contemplado não conseguiu entregar as plataformas.

Em seu depoimento, Eike disse que Mantega solicitou R$ 5 milhões para o PT. O dinheiro, depositado no exterior, foi entregue por meio de falsa prestação de serviços pela empresa de João Santana, o marqueteiro do PT. Para Eike, não estava claro que se tratava de uma contrapartida por seu contrato com a Petrobrás, mas não é preciso grande perspicácia para desconfiar dos reais motivos de Mantega ?" afinal, como disse Eike, "o ministro da Fazenda me pediu, o que é que você faz?". Além de ministro da Fazenda, Mantega era presidente do Conselho de Administração da Petrobrás.

Eike e Mantega, segundo o depoimento do empresário, trataram a propina como "doação eleitoral". Em seu despacho, Moro lembra que não cabe a um ministro de Estado "solicitar doações eleitorais ao partido do governo, ainda mais doações sub-reptícias", feitas "através de contas secretas mantidas no exterior e com simulação de contratos de prestação de serviço, meio bem mais sofisticado do que o usual mesmo para uma doação eleitoral não contabilizada".

Para Moro, está clara a "similaridade com o modus operandi verificado no esquema criminoso da Petrobrás". Eis o que realmente importa a essa altura. São muitas as evidências de que o grande sistema de corrupção implantado pelos petistas pode ter tido entre seus operadores o mais importante ministro de Estado tanto de Lula como de Dilma. Terá sobrado um canto que seja de seus governos que não tenha sido conspurcado?

É claro que os petistas, sem ter como defender o ex-ministro, apelam à já tradicional vitimização, pois Mantega foi detido quando estava num hospital acompanhando a mulher, que se tratava. Ao decidir revogar a prisão ?" pedida porque, segundo os procuradores, havia risco de destruição de provas ?", Moro disse que ele, os policiais e o Ministério Público desconheciam a situação familiar do ex-ministro. Mas Lula, sempre ele, já andou dizendo que a prisão de Mantega prova que "qualquer tese de humanitarismo foi jogada no lixo". Sobre a grave acusação que pesa sobre o ex-ministro, nem um pio.
Herculano
23/09/2016 07:47
DOENÇA DA MULHER DE MANTEGA NÃO INIBIU FALCATRUA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Se a prisão Guido Mantega motivou queixas, em razão do estado de saúde da sua mulher, o ex-ministro da Fazenda não se preocupou com isso quando houve os crimes atribuídos a ele. O câncer da psicanalista Eliane Mantega foi diagnosticado dois anos antes de o marido pedir R$5 milhões a Eike Batista para pagar dívida de campanha do PT, por meio de contrato superfaturado com a Petrobras. Dinheiro roubado.

DATAS CERTAS
O câncer da mulher de Mantega foi detectado em dezembro de 2011, e o acerto criminoso, revela Eike Batista, ocorreu em novembro de 2013.

ATITUDE ÉTICA
Se a Lava Jato quisesse induzir Guido Mantega à delação premiada, esta seria a hora adequada. Mas a revogação da prisão desmente isso.

DISCRIÇÃO
Ao contrário do que dizem os petistas, os policiais foram tão discretos, na prisão de Mantega. Até usaram veículo sem inscrições da PF.

ASSIM É
Senadores do PT, quase todos investigados, chamaram a prisão de Mantega de "desumanidade". Mas silenciaram sobre a sua soltura.

MANTEGA SE FAZ DE VÍTIMA, MAS 'FICHA' É EXTENSA
O ex-ministro Guido Mantega, preso ontem na Lava Jato, acabou motivando protestos de petistas, que acusaram a Justiça e o Ministério Público Federal de "desumanidade". Mas graves acusações pesam contra ele. Em 2012, por exemplo, foi acusado de improbidade quando foi avisado e se omitiu de esquema de corrupção na Casa da Moeda. Em maio, foi levado sob vara para depor na Operação Zelotes.

MANTEGA NO CARF
Mantega era ministro quando o esquema de ladroagem no Carf, ligado à Fazenda, suprimiu mais de R$ 20 bilhões dos cofres públicos.

SOB INVESTIGAÇÃO
O ex-ministro Guido Mantega é investigado por sua suposta ligação a empresa que comprou a extinção de multa milionária no Carf.

VELHO CONHECIDO
Marcelo Odebrecht, preso pela Lava Jato há mais de um ano, também citou Guido Mantega como um dos achacadores dos governos petistas.

MÍDIA BOAZINHA
O PT reclama à toa da "imprensa golpista": parte significativa da mídia preferiu difundir a versão de prisão "desumana" de acusado de roubar o País, em vez de explicitar as graves acusações que a motivaram.

DESUMANO É ROUBAR O PAÍS
A Transparência Internacional estima que R$200 bilhões são roubados todos os anos dos cofres públicos no Brasil. Dinheiro que saciaria a fome de milhões, construiria escolas, hospitais e geraria empregos.

ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO
Em 3h25 de conversa, o jornalista Eduardo Oinegue explicou a Michel Temer suas ideias para a área de comunicação do governo, incluindo a designação de porta-voz mulher, talvez diplomata. O presidente vai refletir sobre o assunto, mas ainda prefere Oinegue como porta-voz.

MINISTRO PORTA-VOZ
A tendência do presidente Michel Temer é adotar o plano de comunicação proposto pelo jornalista Eduardo Oinegue, incluindo uma secretaria diretamente subordinada a ele, e não a um ministério.

CONTADOR DE HISTORIAS
Ao ser recebido por Michel Temer em Nova York, o vice-presidente americano Joe Biden, do tipo simpaticão, revelou-se divertido contador de histórias sobre política. Arrancou várias gargalhadas de Temer.

GENTILEZA AMERICANA
O serviço secreto americano, que assume a proteção de autoridades visitantes, designou pessoas que falam português para cuidar do presidente Michel Temer. Incluindo motorista e o chefe da segurança.

PONTUALIDADE BRASILEIRA
O Brasil pode se orgulhar de bater os ingleses no jogo deles: 94,8% de pontualidade de voos na Olimpíada e 95,3% na Paralimpíada. A pontualidade nos jogos de Londres foi de 90% e 89%, respectivamente.

SUCESSO OU FRACASSO
Pesquisa da AmCham, a câmara de comércio Brasil-EUA, indica que para 64% dos empresários o êxito do programa de concessões de Michel Temer depende da recuperação da credibilidade. Para 13%, pesa a agilidade nos financiamentos e licenciamentos ambientais.

PERGUNTA NA ESQUINA
Como Guido Mantega e sua turma conseguiram somar R$10 milhões em suas contas bancárias, agora bloqueados pelo juiz Sérgio Moro?
Herculano
23/09/2016 07:43
ROUBARAM ATÉ NOSSO SÉCULO 18, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo

Lula poderia ter escolhido um fim mais digno.

Olho para o homem que sai vociferando palanques afora melancolia, ressentimento e bravatas e me dou conta do desfecho miserável que terá a personagem inventada pelos sonhos de reparação da esquerda intelectual brasileira.

O retirante pobre, operário de baixa escolaridade e militante sindical que chegou à Presidência da República tinha tudo para ser um exemplo do milagre da democracia. Em vez disso, a sua maior obra, já apontei uma vez nesta coluna, foi ter recuperado a comunhão etimológica entre "política" e "polícia".

De tal maneira fez uso das licenças da democracia para corrompê-la que ninguém se mostra disposto a ouvir nem eventuais restrições procedentes à forma como se dá a merecida persecução penal dos crimes cometidos pelo partido, por seu representante maior e por seus sócios.

Acuado pelos fatos, Lula decidiu reviver a figura do mártir, que, segundo ele mesmo, está sendo perseguido por ter tido a ousadia de tirar os brasileiros do século 18. A fala tem o seu encanto involuntário. O século 18, no Ocidente, costuma ser celebrado como aquele em que o homem redescobriu as Luzes. Em certa medida, o Apedeuta não nos tirou "do" século 18. Ele nos roubou também "o" século 18.

É compreensível que Lula busque tal conforto moral. Ele já não tem mais tempo de se reinventar. Mas não é sem estupefação, embora não me surpreenda, que os, vá lá, ditos "intelectuais de esquerda" se neguem a reconhecer, com o esfacelamento do petismo, o último suspiro da ilusão de que um ente de razão pode, mais do que governar, substituir a sociedade.

Um líder e um partido que estivessem conformados com a democracia nem enxergariam na vitória dos adversários o triunfo de uma conspiração nem numa eventual virada do jogo, se um dia vier, a redenção da verdade e o juízo final. A razão é simples: esse pensamento ou pertence à esfera religiosa, escatológica, ou à cultura revolucionária. E revolução se faz com sangue. Eventualmente, pode-se tentar aniquilar o "inimigo" com mensalão, petrolão e outras corrupções da verdade e da vontade.

Não tivesse se tornado boneco de ventríloquo da esquerda, anunciando velharias cuja exata extensão desconhece, Lula poderia ter sido nosso Lincoln, mas sem desfecho trágico. Em vez disso, tornou-se um zumbi.

DISSONANTE

Escreveu Sergio Moro ao aceitar a denúncia contra Lula: "É durante o trâmite da ação penal que o ex-presidente poderá exercer livremente a sua defesa, assim como será durante ele que caberá à acusação produzir a prova, acima de qualquer dúvida razoável, de suas alegações caso pretenda a condenação. O processo é, portanto, uma oportunidade para ambas as partes".

Sem a última frase, seria apenas uma tautologia. Acrescido o trecho daquele rabicho, aí se está diante de um entendimento torto do que é o direito numa democracia. Caberá sempre ao acusador o ônus da prova. O acusado não tem como produzir prova negativa. Não se trata, pois, de "uma oportunidade para ambas as partes" porque estamos falando de estatutos absolutamente diversos. As palavras fazem sentido, e eu cobro o sentido das palavras. De um petista ou de Moro.

MANTEGA

Prisão e soltura nada têm a ver com Justiça e cumprimento da lei. Chanchada. Força-tarefa e juiz quiseram dar um recado: "Mandamos soltar e prender quando nos der na telha. São todos criminosos". E são. Mas se age como se não houvesse lei. A cereja do bolo é a divulgação do vídeo com Eike Batista. A revelação de um crime serve para lavar uma arbitrariedade. É um mau caminho.
ADILSON LUIS SCHMITT
22/09/2016 23:26

ESABAFO!!!
Todos os meus amigos, amigas e conhecidos sabem que a mais de 16 anos enfrento e me confronto com esta Petezada.

Disputei as eleições de 2000, 2004, 2008 e 2012.
Desta vez preferi me manter afastado. Declarei meus votos e esta Corja de Mortadelas não me deixam em PAZ.
Sabem porque tentam a quase 8 anos incluir no meu curriculum o que o LULLOSO é... um l....

Mas estou tranquilo e sossegado, pois o único que conseguiu vencer eles em 2004 e isto eles não engolem, foi o ADILSON LUÍS SCHMITT, por 382 votos.

Estão entalados e engasgados.

Que quando somamos a diferença 382 dá 13. Então chupem porque é de uva.

Espero que dia 02 de outubro o Povo Gasparense, mandem vcs de volta para a toca de onde não deviam ter saído.
P.S. me desculpem os amigos Petistas. Mas eu não aceito mais esta chateação, pois os adversários são outros três. Sendo que um irá vencê-los.

Corram para não acabarem em 4° lugar ou pior perderem para os brancos e nulos, mais as abstenções.

Tudo certo 2.020 é logo ali, passa rápido...

Adilson Luís Schmitt
Ex-Prefeito de Gaspar
Herculano
22/09/2016 21:15
ILHOTA EM CHAMAS I

A guerra de pesquisas por lá, acaba de parar nas mãos do juiz eleitoral da comarca, Rafael Germer Condé. Noticiei aqui que pesquisa do Instituto Tendência, registrada publicada no final no jornal "Diarinho", de Itajaí, mostrou o que se sabia nos bastidores. O PSD de Daniel Christian Bosi ?" que desistiu da reeleição ?" não alavanca o seu candidato Keka, do PP. Dida, PMDB, na estimulada, bate de 57% a 25%.

ILHOTA EM CHAMAS II

Ouvido pelo "Diarinho", Keka contestou os números: disse que ele tem uma "pesquisa interna" em que está perdendo de 38% contra 45%, segundo ele, há ai um empate técnico. O pessoal do Dida não gostou e quer que o Keka seja punido. Ninguém pode falar em pesquisa, quando ela não esteja registrado.
ADILSON LUIS SCHMITT
22/09/2016 21:08

Queremos "Estórias" ou a História de Gaspar?

Poucos dias nos separam de mais uma eleição municipal para escolhas de Prefeito e Legisladores. Período de campanha mais curto, mudanças na legislação, recursos reduzidos, ajudas mais controladas. Campanha mais econômica, menos arroubos, mais uso de ferramentas da informática. Mas sempre tivemos e teremos mais um pleito disputadíssimo!!!

Gaspar vive já há décadas de uma gloriosa história. Vieram os primeiros migrantes e imigrantes, de uma economia baseada no extrativismo e agricultura evoluiu para a industrialização e a prestação de serviços. As belezas naturais foram incorporadas ao turismo de lazer e a localização no Vale do Itajaí, trouxeram benefícios e COM CERTEZA alguns incômodos. Que precisam ser enfrentados, pois dos atuais mais de 65 mil habitantes poderemos ter o dobro em até 20 anos.

A História registra em Gaspar, nos mais de oitenta anos de emancipação, a governança de pessoas comprometidas com as tradições e respeito aos habitantes. Muitos desses governantes ainda vivos e participantes. Podemos relacionar o Sr. Evaristo Spengler e a sua gloriosa participação na vida musical da cidade, o Sr. Luiz Fernando Poli, filho de um grande maestro o saudoso Luiz Eurídes poli e alfaiate e sua bondosa mãe, temos ainda participando o Sr. Osvaldo Schneider o PACA, figura carismática e polêmica, odiado e amado por muitos e que foi único que fez o seu sucessor. Em 1976 por míseros 34 votos!!!

E por fim o Médico Veterinário Adilson Schmitt, que irei deixar ao juízo dos Gasparenses nascidos e ou de coração, para que me julguem devido a minha Trajetória e História. Pois todos nos temos acertos e erros. Diz um ditado: "Que mais vale uma lágrima da derrota, do que a vergonha de não ter disputado! "

Agora, neste embate, temos quatro candidatos disputando as eleições. Pessoas da terra, filhos de pessoas comprometidas com as nossas tradições e que deram a sua contribuição no crescimento social e econômico da Cidade:

a) Andréia Nagel, nascida no Baú Baixo (próximo a antiga Fazenda da Cia Hering em Ilhota), neta do Sr Floriano Nagel Imigrante da Alemanha e moradora do Bairro Lagoa. Professora e atualmente Vereadora. Coligação PSDB + DEM (45), tem o Charles Petry como Vice.

b) Kleber Wan-Dall, nascido no Bairro Sete neto do Sr Lico Wan-Dall. Mora no bairro Santa Terezinha. Bacharel em Direito, Ex Vereador e Ex Gerente da SDR Blumenau e também do IPREV em Blumenau. Coligação PMDB + PP + PSC (15), tem como Vice o Lú Spengler.

c) Lovídio Bertoldi, nascido no Alto Gasparinho, filho do saudoso Hercílio Bertoldi (que era dono da Serraria em parceria com os Irmãos Rampelotti. Seus irmãos são os proprietários da Truticultura Bertoldi. Mora na Rua Itajaí, Bairro Sete. Foi Representante Comercial, Presidente do Samae e Secretário de Obras. Coligação PT + PR + PDT + PPS + PRB (13), tem como Vice o Dr Odilon Ascoli.

d) Marcelo Brick, nascido no Bairro Margem Esquerda, filho da saudosa Marilene Brick (trabalhou anos no Supermercado do SESI que existia defronte ao antigo Posto de Saúde no Centro) e vendeu muitos sacos de farelo de trigo para que o nosso saudoso Pai Cuca Schmitt, pudesse tratar das vacas leiteiras) e neto do Sr Benjamin Brick. Morou anos na Rua Isidoro Correa, bairro Centro (bem em frente à minha casa). Ocupou a Chefia da Oficina da Secretaria de Obras durante o nosso Governo. Trabalhou da SDR de Blumenau e foi também o Diretor do Setor do Controle Interno da Prefeitura Municipal de Blumenau de 2011 a 2012. Vereador mais votado em 2.012. Bacharel em Direito e Pós Graduado na UFSC em Gestão Pública. Coligação PSD + PSB + Pc do B + PPL (55), tem como Vice o Giovano Borges, que é o atual Presidente da Câmara de Vereadores de Gaspar.

É evidente que os nomes, cada qual com suas propostas, plano de governo e apoiadores, terão nesta disputa que mostrar a que vieram e como irão enfrentar o quadro caótico e desesperador das finanças.

O Brasil, ainda vive, nas páginas policiais onde o volume de recursos subtraídos da educação, da saúde, da mobilidade, da infraestrutura merecem destaques nacionais e internacionais. O modelo de poder corrompido que nos últimos anos ousaram implantar, acobertados pelo discurso do social e bem estar, sem respeito às regras mínimas do bom uso dos caros impostos cobrados, levaram o país ao desemprego e ao aumento dos desvios.

Gaspar merece e deve apoiar pessoas comprometidas com a nossa História e não com aventureiros e aliados às teorias bolivarianas e seus seguidores. Precisa escolher o melhor. Precisa apoiar propostas exequíveis e verificar de onde virão os recursos. Largar de mão as velhas e carcomidas lideranças pelo novo jeito de governar e apoiar o candidato preparado para enfrentar os próximos anos de desafios.

Após 13 anos de governo bolivariano, precisamos nos unir em torno daquele que herdará a difícil tarefa de reconstruir a nossa História. Não somos um povo que vive e viverá de migalhas, mentiras, "estórias" e de alguns aproveitadores da situação.

Gaspar, certamente, irá escolher o melhor, com menor rejeição e mais competente. Mas irá eliminar os habituais conchavos e montagens de grupelhos que vivem outras realidades. Não merecemos mais o atraso e os ditos ou que se acham "PSEUDO CORONÉIS em pleno Século XXI".

Tem uma passagem que diz: Pois muitos são os convidados, mas poucos os escolhido. Melhor dizendo somente um PREFEITO SERÁ ESCOLHIDO E DECLARADO ELEITO PELO JUIZ ELEITORAL PARA ADMINISTRAR GASPAR, CIDADE CORAÇÃO DO VALE A PARTIR DE 01/01/2.017!!!

Adilson Luís Schmitt
Ex-Prefeito de Gaspar
Gestão 2.005 a 2.008
Herculano
22/09/2016 19:14
UMA AMOSTRA DE COMO NÃO É ORGANIZADO E COMPROMETIDO

Nesta edição, o jornal Cruzeiro do Vale, questionou, como vem fazendo a semanas um tema. Desta vez foi segurança. Atual, difícil apesar de ser uma responsabilidade prioritária do governo estadual.

O candidato Lovídio Carlos Bertoldi, PT, mandou bananas. Esqueceu. Perdeu o prazo (sim, porque tem prazo e número de linhas para responder). É regra.

1. Isto mostra a importância que o PT e o Lovídio dão para o tema, segurança. Ou não possuem soluções parceiras para o que já é grave?

2. Isto mostra como o PT não é afeito às regras. Possui as deles, e obriga os outros a se adaptarem. Ou estão desorganizados, que nem agenda possuem para controlar os seus compromissos?

3. Ou estão entregando os pontos que resolveram mandar definitivamente às favas a comunicação pela candidatura? Acorda,Gaspar!
Herculano
22/09/2016 18:22
PLANO DO ENSINO MÉDIO ABRE MÃO DE ARTES E EDUCAÇÃO FÍSICA E REPETE META. QUANDO A DOCÊNCIA VAI TRABALHAR, ESTIMULAR CONHECIMENTO E CRIATIVIDADE DAS CRIANÇAS E JOVENS PARA DEIXÁ-LOS ABERTOS E COMPETITIVOS? ESTÁ MAIS DO QUE NA HORA DE PARAR

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Natália Cancian, Marina Dias, da sucursal de Brasília e Paulo Saldanha, de São Paulo.

O novo modelo para o ensino médio, apresentado nesta quinta-feira (22) pelo governo Michel Temer (PMDB), flexibiliza o currículo da etapa, acaba com a obrigatoriedade de disciplinas de artes e educação física e traz um incentivo à expansão do ensino em tempo integral.

As mudanças propostas serão agora levadas ao Congresso por meio de uma MP (medida provisória), para acelerar a tramitação legislativa.

Reforma do ensino médio

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O texto da MP assinada por Temer provoca a maior alteração já feita na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996. As mudanças terão implementação gradual nas redes de ensino dos Estados, a quem caberá definir a transição para o novo modelo. A expectativa do governo, no entanto, é ter turmas já com a nova proposta a partir de 2018.

O novo modelo irá prever flexibilização do percurso do estudante. Hoje, todos os alunos do ensino médio devem cursar 13 disciplinas em três anos. Com a mudança prevista na MP, somente parte da grade ?"equivalente a cerca de 1 dos 3 anos da etapa?" será comum a todos. Para o restante, haverá a opção de aprofundamento em cinco áreas: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico.

Ao aluno caberá a escolha da linha na qual deseja se aprofundar. Mas a oferta dessas habilitações dependerá das redes e das escolas. Ao menos duas áreas, entretanto, devem ser oferecidas.

O ensino de língua portuguesa e matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio. Mas, ao contrário do que previa a LDB, as disciplinas de artes e educação física deixam de ser obrigatórias nessa etapa. Elas continuam obrigatórias apenas da educação infantil ao ensino fundamental.

O secretário de educação básica, Rosseli Soares da Silva, no entanto, nega a mudança. Segundo ele, as duas disciplinas devem fazer parte da base nacional comum. O texto da MP, no entanto, retirou as duas disciplinas do texto anterior da LDB nos trechos sobre o ensino médio.

"Tudo o que constar na base nacional será obrigatório. A diferença é que quando coloca a [oportunidade de escolher] ênfases, só colocamos os alunos que tem interesse em seguir naquelas áreas. Não podemos continuar pensando que vamos ensinar tudo a todos."

'FALÊNCIA'

Em discurso no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), disse que a reformulação ocorre diante de um cenário de "falência do atual ensino médio", com baixo desempenho em avaliações como o Ideb e altos índices de evasão. "O desempenho de português e matemática é menor hoje do que em 1997. Os jovens hoje têm menor conhecimento em matemática e português do que na década de 90", afirma.

Segundo ele, uma comparação com o sistema aplicado em outros países mostra que o Brasil está hoje "na contramão do mundo". "Temos aí um exemplo do que é o ensino médio brasileiro, com 13 disciplinas obrigatórias, bastante engessado e que coloca o jovem com disposição de não continuar na vida educacional", disse. "O novo ensino médio tem como pressuposto principal a autonomia do jovem. É muito comum o jovem colocar que aquela escola não é a escola que dialoga com ele."

Segundo o ministro, o governo deve investir de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão em dois anos no projeto de fomento ao ensino integral no ensino médio.

Já a meta é atender 500 mil jovens nessas escolas de tempo integral até 2018. "Teremos a responsabilidade de mais do que dobrar o número de alunos beneficiados", afirma ele, que também disse esperar que o texto da MP seja votado na Câmara e Senado até o fim deste ano.

O país registra 1,7 milhão de adolescentes entre 15 e 17 anos fora da escola -16% da população nessa faixa etária, que seria a ideal para o ensino médio.

INTEGRAL

De acordo com o texto da medida provisória, a carga horária mínima de 800 horas anuais para a etapa deve ser ampliada progressivamente para o mínimo de 1.400 horas anuais. Isso representa 7 horas de aulas por dia, o que caracteriza a educação em tempo integral. O texto afirma que essa ampliação deve seguir as metas já dispostas no PNE (Plano Nacional de Educação).

A previsão do PNE é ter, até 2024, ao menos 25% dos alunos de cada etapa de ensino em tempo integral. O país registra hoje 6% das matrículas nessa modalidade no médio. Dessa forma, de acordo com o texto, o governo não revoga a carga mínima de 800 horas já prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996.

Para expandir a oferta de tempo integral, o projeto prevê aporte financeiro do governo federal, de forma temporária, às redes estaduais que criarem novas vagas na modalidade. No entanto, esse valor ?"calculado por aluno?" só será pago nos primeiros quatro anos e "respeitada a disponibilidade orçamentária para atendimento.

O ensino médio ainda poderá ser organizado em módulos e adotar o sistema de créditos ou disciplinas com terminalidade específica, "observada a Base Nacional Comum Curricular", a fim de estimular o prosseguimento dos estudos.

Assim, se um aluno tiver optado por se aprofundar em uma área, mas quiser mudar de opção, ele poderá solicitar a troca. Neste caso, receberá um certificado parcial a cada módulo concluído. "Ele será o protagonista do seu percurso", disse Mendonça Filho.

O texto também flexibiliza a contratação de professores sem concurso para atender a ampliação do ensino técnico. Permite ainda a contratação de professores sem formação específica na disciplina na qual vão atuar, desde que tenha "notório saber".

Para Eduardo Deschamps, do Consed (órgão que representa os secretários estaduais de Educação), a maior oferta de ensino profissional com o novo modelo de ensino médio "cria um enorme incentivo aos jovens que não seguem diretamente para a universidade". "E o mais importante é que a nova legislação não impõe um único modelo para o ensino médio. Ela permite criar novas formas de oferta sintonizadas com as aspirações dos estudantes", afirma ele, para quem a reforma é "urgente e prioritária".

O formato como o governo encaminhou as mudanças, por meio de uma medida provisória, no entanto, gerou polêmica entre educadores. Questionado, o ministro Mendonça Filho negou que a reformulação tenha sido imposta. "Foi uma mudança discutida", disse.

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