22/01/2016
ILHOTA EM CHAMAS I
Um cidadão participou em 2014 do concurso público em Ilhota para ser Agente Administrativo. Esperou para ser chamado. E para a sua surpresa, viu a sua vaga ocupada por quem nem participou dele. Pior. Viu que se tratou de uma troca entre companheiros da prefeitura de Gaspar e Ilhota. Vai dar rolo. E a secretária de administração Tatiana Richart Reichert, de Ilhota, com Daniel Christian Bosi, PSD, e o prefeito de Gaspar, Pedro Celso Zuchi, terão que se explicar tanto na Câmara de Ilhota que analisa o caso, no Tribunal de Contas bem como no Ministério Público que estão de olho no caso.
ILHOTA EM CHAMAS II
Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, funcionária de Gaspar como merendeira, foi cedida pelo decreto 5528, de 28 de junho de 2013, para exercer cargo em comissão em Ilhota, sem ônus para Gaspar. Mas ela nunca ocupou o tal cargo em comissão. Foi admitida lá em caráter temporário para o cargo de Técnico de Enfermagem (?). No dia 1º de Setembro do ano passado, Tatiana demitiu (portaria 448) Mara Lucia. No mesmo dia, a portaria 445 (até na armação erram na numeração decrescente) Tatiana mandou admitir Mara Lúcia como Agente Administrativo. Passou por cima dos concursados que esperavam serem chamados. Agora, a coisa pegou.
TRAPICHE
Assunto velho? É! Mas é o repique do que só rolou na internet no pré-Natal. É a falsa busca de um candidato único (e novo) em Gaspar contra o PT. A coluna não acompanhou as férias dos políticos. Eles ficaram irritados. Para os que não ficaram plugados, vou relembrar e resumir os fatos.
O presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, tem certeza de que 90% do que escrevo são mentiras e por isto está constrangendo internautas que republicam os meus artigos nas suas redes sociais. O dr. Pereira, advogado, é um conhecido censor: por outros mandou fechar uma rádio e impediu em jornal concorrente a publicação de uma pesquisa nas últimas eleições municipais. Então esta sua recaída não vai dar certo.
Carlos Roberto Pereira é o que acha que todos devem se unir à cabeça do seu candidato, Kleber Edson Wan Dall para rivalizar com o PT. Ele pensa que só assim vai ganhar a eleição e se livrar do PT.
De cara, de forma disfarçada, o dr. Pereira está menosprezando o seu próprio candidato e logo na largada da corrida eleitoral. O candidato terá que ser forte para bater qualquer um, em qualquer circunstância e por esta característica, o projeto político terá que aglutinar forças sem essa forçada de barra de unir o sapo com a cobra como já aconteceu no passado. Os resultados todos sabem. Então a velha fórmula não vai dar certo.
O dr. Pereira diz que botou todos os outros no saco com o seu papo. E está preocupado com a resistência de Andréia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. Quer ela sem mais e nem menos no seu projeto (que mais parece uma aventura) de poder. Está apontado entraves para isto, como eu por exemplo.
O dr. Pereira erra ao me dar poderes que não possuo e era duplamente, ao diminuir e subestimar Andréia, o PSDB e seus sonhadores. O dr. Pereira acha que eles não possuem desejos, projetos e autonomia naquilo que fazem (inclusive no de errar). O dr. Pereira não consegue enxergar a sua incapacidade para negociar, convencer e engolir sapos. Como aconteceu no caso da rádio e da pesquisa, quer tudo ao seu jeito. Não vai dar certo.
Se o dr. Pereira realmente possui interesse em Andréia e seu PSDB, o PMDB corre um sério risco de comprometer todos os sonhos que armou para si neste 2016. Então por que ele insiste na tática de diminui-la? Se é Andréia e o PSDB são fracos como alega, por que tê-los no mesmo barco?
O texto que Isonita Schmitt, PMDB, espalhou nas redes sociais com o silêncio aprovador do dr. Pereira é algo provocador e irracional. O tiro saiu pela culatra. Trouxe de volta ao debate o recém adormecido, o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt (sem partido). Ele estava em silêncio e desconfortável com a ida de Andreia para o PSDB sem consulta-lo. Não vai dar certo a continuada e doentia provocação do PMDB contra ele.
Até quando “tenta se aproximar”, dr. Pereira, traz a ironia de um elefante numa cristaleira. Exala menosprezo, mágoas e ranços. “Parabéns vereadora. Fico feliz em ver que a senhora viu que fazer acordos com o PT não era o melhor caminho!”. A observação era sobre a eleição da Câmara, em que a Andreia foi traída (com os votos do PMDB do dr. Pereira) sob a coordenação de José Amarildo Rampelotti, PT, e José Hilário Melato, PP, cuja história é conhecida dos gasparenses. Nela Andreia mostrou que não se ajoelharia aos velhos políticos para apenas ter um cargo, como fizeram os vereadores do PSD, e que participaram do acordo, Marcelo de Souza Brick (2014) e agora Giovânio Borges (2016).
É que o PMDB tinha procurado o ex-partido dela, o DEM, para um acordo assemelhado. E não chegou ao bom termo. É do jogo jogado. Para se vingar o PT deu os votos ao PT e a Melato e que diz estar com Luiz Carlos Spengler Filho, PP. Ou seja, para o dr. Pereira, tudo tem que ser na marra. Do jeito dele. Isto não vai dar certo.
Firme, sem pestanejar, em público, Andréia devolveu imediatamente ao dr. Pereira, como presente de Natal. “Nunca estive ‘dormindo’ Roberto. Pelo contrário. Fiz oposição consciente durante os três anos de mandato, ao contrário do PMDB. O acordo foi para a mesa e só não fechei com o PMDB porque vocês queriam criar cargos comissionados na Câmara e fui contra [um deles era de assessor jurídico onde o próprio dr. Pereira seria o titular]. Meu trabalho sempre foi independente do acordo, por isso abri mão da presidência por um trabalho honesto, sério e coerente”.
O dr. Pereira continuou no confronto naquilo que é reprovável e que admite. “Não queríamos somente criar cargos. A nossa ideia era fazer mudanças na Câmara, como o concurso público, coisa que está sendo feita só neste ano. Mas, a senhora tinha concordado com isso [Andréia sempre negou], se não concordava, poderia ter nos procurado e feito sugestões! Mas, não. Preferiu fazer acordo com o PT! E pior. Fiquei sabendo pela imprensa [esta coluna, como sempre] que tinha fechado com o PT. Esperava pelo menos que deveria ter avisado de que não manteria o acordo”. Resumindo: o dr. Pereira comandou e deu votos ao PT para vingar a independência de Andreia. E quer continuar a sina. Não vai dar certo.
Estas tratativas a que se referem dr. Pereira não foram feitas diretamente com a vereadora Andréia, mas com o presidente do DEM, Luiz Nagel, antigo partido dela. Nagel nega ter fechado qualquer acordo com o PMDB. “Se assim tivesse, teria honrado. O PMDB é que sempre achou que o DEM não tinha alternativa. Apostou e perdeu”, esclareceu. O dr. Pereira está mais uma vez apostando. E assume o risco e a arrogância. Isto não vai dar certo. Acorda, Gaspar!
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