Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

20/10/2015

A dança, dançou I
O tal “projeto de dança de Gaspar” elaborado para se ter algum dinheiro privado – via renúncia fiscal para assim via este “projeto”, seguir adiante neste sonho que já tinha a marca de Gaspar na cidade e além de suas fronteiras, pagando os professores, locais de prática e despesas de apresentações e competições -, praticamente morreu. O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescência – CMDCA - rejeitou a possibilidade de se utilizar parte dos recursos do Fundo de Infância e Adolescência – FIA. Estes recursos não sairiam dos cofres de órgãos públicos. O pessoal da dança os angariaria junto a patrocinadores. A decisão deve ser respeitada e terá, obrigatoriamente, de agora em diante, ser usada da mesma regra, para outros projetos similares, inclusive os com a simpatia do poder de plantão. O “projeto de dança” de Gaspar, apesar do viés de inclusão social para crianças e jovens, não foi, não é, e não será visto desta forma pelo CMDCA, mas coisa supérflua de gente “rica”.


A dança, dançou II
Mas, esta é a questão que menos importa para este caso. Ele está na mesma linha da maioria dos outros onde se estabelecem a perseguição ideologia, partidária e conceitual pela desconstrução radical dos vieses de resultados culturais. Aqui em Gaspar é assim. No Brasil é assim. O PT tem a última palavra para libertar, liberar, punir ou aprisionar quem não o lambe, se humilha, promove e entra no jogo. Por isso aparelha, instrumentaliza instituições, organizações e poderes. Já escrevi aqui há muito tempo que este “projeto da dança” teria este destino. E não foi pelos argumentos que se usaram, sempre, para desqualificá-lo e até perseguir os professores que defendem esta ideia – nem isso o PT permite se fazer numa sociedade plural, livre e democrática quando ele é poder, maioria ou governo: o contraditório. O PT nesta quando no poder, é dono de tudo, inclusive das alianças e principalmente das consciências dos outros.


A dança, dançou III
Aqui em Gaspar não é diferente. É uma franquia não de um partido, mas de uma organização que os brasileiros começam a conhecer melhor pela imprensa livre e investigativa, que os gasparenses já desconfiavam, mas temem enfrentá-lo mesmo que seja no voto, no discurso e nas arguições nos tribunais. Outros projetos culturais estão na mesma situação como a nossa gloriosa Banda São Pedro. Incrível. Só há verbas públicas para a cultura qualificada como conservadora (?) e traços históricos da nossa raiz, quando em véspera de eleições – numa descarada compra de votos onde ai sim vale a pena “rever conceitos progressistas”: mas só para se permanecer no poder, mesmo que a legislação proíba isso claramente. Faz-se para os poucos eleitos. E quando pegos pela Lei, culpam os outros e praguejam contra a imprensa.


A dança, dançou IV
Eu sofro na pele e sob o aplauso de parte da mídia local, há muito tempo - e ele será muito mais longo pois os autores espalham e se orgulham de ter a Justiça a seu mando -, este tipo de perseguição, desqualificação, desonra, constrangimento, humilhação e que vai até perda de patrimônio. Tudo por não compor, por não fechar os olhos para os desatinos da organização contra a comunidade e pessoas honradas, ideias honestas como o da dança, da banda, dos que combate o câncer, ou amparam os desvalidos, que aqui é comandada pelo PT de Blumenau e de Itajaí. É uma espécie de Estado Islâmico, que prega o diálogo, mas prefere cortar cabeças, línguas e gargantas de quem possui, ou tenta ter opinião diferente, ou promove denúncias fundamentadas ou faz julgamentos baseado em provas ou convicções. A vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, que tenta ter um voo diferente passará ser a vítima da vez. Faz-se de tudo, de forma organizada, para desconstituí-la, fragiliza-la e destruí-la. Poderá ser mais um tiro para culatra. O tempo dirá isto. Darão munição, palanque e discurso até outubro do ano que vem. Foi assim com a traição que o grupo organizado entre partidos, fez para lhe retirar a presidência da Câmara que acordaram para calá-la. Acorda, Gaspar!


Nepotismo em Ilhota I
Ilhota continua em chamas. O prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, prova que a maioria dos políticos é tudo igual, seja eles de que partido forem, como o PSD, de governador Raimundo Colombo, dos vereadores daqui que tem o prefeito de lá como guru aqui, como Marcelo de Souza Brick e Giovânio Borges. Bosi, que também é advogado, mandou às favas o projeto parlamentar 01/2015 – que proíbe emprego de parentes em cargos em comissão ou os chamados de confiança -, ou seja, o projeto de origem dos vereadores, proibia o nepotismo no serviço público municipal de lá.


Nepotismo em Ilhota II
E o que Bosi alegou em dez páginas recheadas de velharia de decididos, para vetar o projeto aprovado no Legislativo e não tornar o decido como lei? “Que se afigura como inconstitucional e afrontaria a competência administrativa; que se trata de um projeto inócuo e desnecessário, por prever regulamentação do que já é regulamentado pela legislação federal vigente; e de possuir vicio de formal de iniciativa, eis que o art. 53 da Lei da Lei Orgânica Municipal assevera expressamente que a competência para iniciativa do presente projeto seria privativa do Prefeito Municipal”.


Nepotismo em Ilhota III
Vamos supor que Daniel Bosi tenha toda a razão no que expõe, mas como político é liso e incoerente. Aliás, qual a coerência os políticos possuem quando defendem seus pontos de vista que afrontam o óbvio? A primeira incoerência: se já há uma lei Federal, por que ele a afronta e emprega parentes entre si na administração de Ilhota? A segunda incoerência: se há uma lei Federal, então inconstitucional é esta lei e não a municipal; à municipal é dada a prerrogativa de tornar a lei Federal mais rígida; o contrário, torná-la mais branda, isto sim, seria inconstitucional. E a terceira incoerência: se a iniciativa deve ser do prefeito como quer para este caso, por que Daniel Bosi não fez isso até agora? Por que se nega a fazer uma lei moralizadora para a sua administração, o município de Ilhota, a favor da transparência e dos ilhotenses?


Nepotismo em Ilhota IV
Na Câmara, a relatora do projeto, Alyne Debrassi e Silva, PSD, que é do próprio partido do prefeito Bosi, está recomendando com fundamentos jurídicos, à derrubada pelos vereadores do veto do projeto deles próprios e assim mostrar a independência do Legislativo perante as pretensões cerceadoras do Executivo. A Comissão de Constituição e Justiça onde a matéria estava sendo analisada, é presidida por Paulo Roberto Drun, PSDB, que já apoiou Bosi. A comissão tem ainda como membro Almir Aníbal de Souza, do PMDB, partido que é ferrenho opositor de Bosi. No plenário, é quase certo que o veto será derrubado. E ai a encrenca poderá virar uma disputa judicial.


Nepotismo em Ilhota V
A peça que argumenta a derrubada do veto contou com a ajuda do assessor jurídico da Câmara, Aurélio Marcos de Souza. Ele foi procurador geral de Gaspar e fez a lei contra o nepotismo de Gaspar, na administração de Adilson Luiz Schmitt, hoje sem partido. O argumento usa do mesmo veneno que Bosi se utilizou para desqualificar a pretensão moralizadora dos vereadores, depois deles ouvirem do Ministério Público que são solidários na omissão que fazem neste e em outros casos. “De forma a fulminar por completo a pretensão deduzida pelo Chefe do Poder Executivo Municipal no veto ora analisado, faz necessário salientar que o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na sessão de julgamento do dia 11 de dezembro de 2014, que leis que tratam de vedação ao nepotismo não são de iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo, uma vez que a norma não atua na criação, alteração ou extinção de cargos, mas somente estabelece “um princípio de moralidade administrativa, bem como de impessoalidade na gestão pública, que devem pautar a atuação dos Poderes Públicos”.


Nepotismo em VI
Aliás este é o traço comum dos políticos – de todos os partidos e hoje de forma tão acentuada no PT o que combateu e prometeu ser diferente dos partidos tradicionais e conservadores - no poder: lutar contra a impessoalidade e ignorar quase que completamente a transparência e a moralidade na gestão da coisa pública.


Notícias do Brasil
Leitora assídua me telefonou no final de semana. Ela queria notícias fatuais do Brasil na área de comentários da coluna líder de acessos do portal aqui. Gostaria de algo mais do que opiniões sobre a ladroeira. Queria novidades. Retruquei: não tem mais novidades é tudo velho, repetido e aperfeiçoado na genética. E exemplifiquei: "você já viu alguma vez na vida aqueles vermes se procriando, se alimentando, se movimentando e devorando carne em decomposição?” A cena é chocante, o fedor repugnante, mas eles (os vermes) gostam e precisam desta repugnância (só para nós) para a sobrevivência.


Notícias do Brasil II
Assim são as notícias da política e dos políticos no Brasil. Os políticos são os vermes em evolução; a carniça, os nossos pesados impostos sendo consumidos, revolvidos, disputados por eles. Eles gostam e se lambuzam; nós, enojados, mas ao mesmo tempo mansos e incapazes de colocar um ponto final em tudo isto, inclusive no fedor. Tudo alimentado pelo PT, PMDB, PP, PSD, PDT, PC do B, PR, PTB, PRB e outros, incluindo o PSDB e DEM (eles inclusive demoraram muito para retirar o apoio a Eduardo Cunha, PMDB, o enlameado). Eles falharam como oposição, fiscalizadores, não enfrentaram e permitiram que carne de primeira (controle da inflação, responsabilidade fiscal, desenvolvimento econômico, ética mínima)se tornasse carniça para os vermes (políticos), incluindo-se ai, a contaminação das instituições que protegem esta miséria. Vade retro satanás. Wake up, Brazil!



TRAPICHE


Em maio, direto de Brasília, e para justificar as muitas de suas ida lá, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, de Gaspar, jurou que as obras da ponte do Vale recomeçariam em julho. Estamos na metade do mês de outubro.


Desde o inicio eu duvidei, justifiquei a dúvida e escrevi aqui. Fui amaldiçoado. Contra a lógica, a maior parte da imprensa daqui e regional propagou tal bobagem. Afinal o que foi feito daquela verba anunciada como liberada para terminar a ponte? Acorda, Gaspar!


A bancada do PT liderada por José Amarildo Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio, Hamilton Graff e Daniel Fernandes dos Reis, pediu ao companheiro prefeito Pedro Celso Zuchi um projeto para dar 20 por cento das vagas dos concursos públicos para servidores efetivos a negros. Ao pé da letra, vamos ter que importar candidatos para os concursos.


A bomba que o povo comprou no Bela Vista para se livrar das águas de enxurradas e enchentes não funcionou. Com a palavra o autor da ideia e convencimento, o vereador Giovânio Borges, PSD. Ele fez o povo de lá pagar a tal bomba. É ruim, heim!


O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi às rádios defender o imoral projeto 49/2015 que dá advogados caros e de forma eterna aos políticos, tudo pago com o dinheiro dos impostos dos gasparenses e que está faltando para tocar o município e coisas essenciais, como os postos de saúde. Zuchi, como de hábito, aproveitou para alfinetar seus desafetos, como seu ex-procurador geral, Mário Wilson da Cruz Mesquita. O doutor Mesquita é contra este desatino.


Zuchi acusou Mesquita de tê-lo metido em frias e por isto, ele Zuchi, estaria respondendo processos na Justiça. Está na hora do doutor Mesquita se explicar e deixar claro quem errou nestes casos, afinal, advogado não é juiz. O PT e os petistas sempre que são autores de Ações, a querem como julgadas a seu favor e rapidamente.



Mas como sofro perseguições por parte do PT e do próprio Pedro Celso Zuchi, lembro-me de uma feita pelo próprio Mário Wilson da Cruz Mesquita e que na qual fui inocentado na Justiça junto com Gilberto Schmitt e o próprio jornal Cruzeiro do Vale.


Estava claro, naquela Ação, que nenhum super jurista conseguiria convencer um juiz da nossa culpa. Só a perseguição e intimidação do PT daqui e da sua turma, comandado pelo PT de Blumenau e Itajaí e que não admite divergência, é quem fez o então procurador do município, o doutor Mesquita, por obrigação e ofício assinar, aquela Ação. Imagino que Zuchi deve estar reclamando contra o doutor Mesquita de algo parecido movido para a vingança, intimidação ou cerceamento.


Só para lembrar e encerrar este assunto. Foi o doutor Mesquita quem depois de sair da prefeitura daqui, mostrou competência ao próprio Zuchi e ao PT. Cassou e tirou do mandato de prefeito de Brusque, o Paulo Roberto Eccel, PT, ex-procurador geral do município de Gaspar no primeiro mandato de Zuchi entre 2000 e 2004. Zuchi está com sorte. Até agora isto não aconteceu por aqui. O doutor Mesquita insiste que isto será fácil se ele quiser. Mas, não quer dar conotação de vingança. Entretanto, muita coisa vai render depois que Zuchi e sua turma deixarem os cargos no ano que vem. Talvez seja esta a razão para o tal projeto 49/2015. É algo necessário e preventivo para contratar os melhores advogados do Brasil para se livrar de um monte de coisas cabeludas que já rolam e ainda vão rolar no judiciário.


Marcelo Sebastião Neto de Campos assumiu na sexta-feira o lugar do promotor Henrique da Rosa Ziesemer, na terceira vara da Comarca de Gaspar. Ele cuidará de parte do crime e do meio ambiente, além, é claro, de dezenas de Ações Civis Públicas contra o município de Gaspar, deixado pelo seu antecessor. Henrique foi promovido e se deslocou para Jaraguá do Sul. Neto Campos veio de Videira.


Pensando bem. Quando um petista acusa um cidadão e um eleitor de ladrão, corrupto, canalha entre outras bem mais cabeludas, ele deve estar falando com conhecimento de causa e julga-os por si mesmo. É isto que se conclui quando se lê os jornais, ouve nas rádios e se vê nas tevês, notícias que deveriam estar nas páginas policiais e hoje ganharam as páginas “nobres” das editorias de política.


Durma com um barulho desses. Joel da Costa, que nasceu no PMDB, foi para o PSDB, retornou ao PMDB para ser candidato a deputado estadual, e que jurou ser cabo eleitoral de Kleber Edson Wan Dall, presidente do PMDB, na campanha a prefeito do ano que vem, voltou ao PSDB. Mas, de Itajaí.


Joel, que já foi o todo poderoso do Zoni, a rede se supermercados da família que se sucumbiu à dura realidade econômica. Agora ele comprou um mercadinho na Margem Esquerda e promete retornar à vida política em Gaspar.


Uma pergunta que não quer calar: Joel vai fazer campanha para o PMDB ou para o PSDB? O PMDB estava fazendo o PSDB de Gaspar como linha auxiliar da campanha de Kleber?


Isto pode explicar a reação quase meio descontrolada de PMDB de Roberto Carlos Pereira, que coordena a campanha de Kleber. Também pode explicar a reação da nova tucana Franciele Back, que servia ao peemedebista dissidente, Jaime Kirchner, ao saber que o partido teria candidata a prefeita no ano que vem, com Andreia Symone Zimmermann Nagel. Acorda, Gaspar!


Pois é. Para o José Hilário Melato, PP, alinhado de Pedro Celso Zuchi, PT, e presidente da Câmara de Gaspar, o suplente Charles Roberto Petry que está no lugar da titular licenciada, Ivete Mafra Hammes, PMDB, não deixou oficialmente o PV e está no DEM, e nem Andreia Symone Zimmermann Nagel trocou o DEM pelo PSDB. Aos dois negou com isso, espaços para se pronunciarem como líderes de seus partidos. Uma manobra para deixá-los com menos espaços e fazer frente ao PT.


Ou é armação, ou é incompetência? Todo o Projeto de Lei que é enviado pelo prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, à Câmara, tem vindo com defeitos (técnicos e de redação) e incompletos. Logo em seguida vem emendas modificativas. E ai se algum vereador questionar e apontar esses erros. O PT cai de pau. Acorda, Gaspar!


Ah, então o Plano de Mobilidade Urbana voltou para a Câmara? Mas ele não tinha sido aprovado? Hum! Outra: e o Plano Diretor começou a ser fatiado na Câmara? Bastou o promotor Henrique da Rosa Ziesemer sair da Comarca. Ou estão testando o novo promotor?


O vereador Ciro André Quintino, PMDB, ficará 30 dias de licença.

Comentários

Herculano
22/10/2015 22:09
A COLUNA DESTA SEXTA-FEIRA

Ela está pronta. E vai tratar das coisas de Gaspar. Afinal quem tem medo de Andreia Symone Zimmermann Nagel,do PSDB? Esta é a pergunta da coluna de amanhã na edição impressa e que já está no parque gráfico, apesar de todas as dificuldades das enchentes que assolam e tomam o noticiário da edição. A coluna oferece algumas respostas, a maioria todos os gasparenses já sabem, falam entre eles, mas a mídia reluta em trazê-las à luz. Acorda, Gaspar!
Herculano
22/10/2015 17:58
LULA PEDE QUE TODO MUNDO QUE NÃO ROUBOU CHAME PETISTAS DE LADRÕES, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Quem disse que Luiz Inácio Lula da Silva não pode afirmar coisas certas de vez em quando? Pode, sim. Atenção, leitor! Você já sentiu vontade de chamar petistas de ladrões e se conteve, sentiu-se intimidado, temendo estar cometendo uma injustiça? Pois agora isso acabou. Devemos seguir a orientação do líder máximo da turma. O ex-presidente esteve no Piauí para participar de um evento do PT local. Na noite de quarta, em discurso à militância, ele disse uma frase que define a sua moral, o seu caráter e que, a rigor, pode ser entendida como uma confissão.

Prestem atenção: "Queria pedir para vocês é que os petistas voltem a ter orgulho do PT. Se alguém nosso errou, vai pagar, como qualquer cidadão. Mas o que não se pode admitir é que gente que a gente sabe que roubou a vida inteira venha a chamar o PT de ladrão. A gente não pode permitir".

Entendi. Então fica combinado. Ladrão não chama ladrão de ladrão. Mas quem não roubou, então, pode, certo? Você, meu bom brasileiro, que não mete a mão na carteira de ninguém, que vive com o suor do seu rosto, que oferece a seus filhos apenas o que o seu trabalho honesto pode obter, que tem senso de moral, que tem decência, que não vive pendurado nas tetas públicas, que tem nojo dessa corja que se apoderou do país? Bem, você pode chamar os petistas de ladrões.

Lula precisa tomar cuidado com o que fala, não é mesmo? Imaginem um estádio de futebol lotado, com milhares de pessoas. Uns, deixem-me ver, 98% não são ladrões. Pensem nessa gente toda gritando para os petistas, inclusive para Lula, agora que ele próprio autorizou: "Ladrão! Ladrão! Ladrão!".

Eu estou liberado. Você, leitor, está liberado. A esmagadora maioria do Brasil está.

No discurso, o Apedeuta veio com a cascata de que chamou atenção do partido para o suposto processo de criminalização do PT. E voltou a fazer uma comparação moralmente criminosa, associando os petistas aos judeus e seus críticos aos nazistas. Pela ordem: judeus não eram criminosos e foram vítimas de uma campanha de ódio contra uma condição que lhes era imanente. O petismo que se combate é aquele que assalta o estado, e se é petista por escolha. Os judeus eram as vítimas. Os petistas são os algozes da decência. Mais: comparar simples divergência política, que se dá num ambiente democrático, com o Holocausto é de uma delinquência intelectual sem-par. Lula deveria se envergonhar. Mas isso só acontece com gente capaz de sentir vergonha.

Lula, que falava de Dilma, passou, como sempre, a falar de si mesmo, não é? E lembrou que não é Getúlio Vargas, querendo dizer que vai dar um tiro no peito. Bem, ninguém cobra isso dele, não é? Como diria Camus, o suicídio é a questão filosófica verdadeiramente relevante. A decisão é pessoal e intransferível. Só na Argentina de Cristina Kirchner, o verbo "suicidar-se" tem agente da passiva, e um inimigo do governo é suicidado por outra pessoa?

Ciente de ser o ignorante mais famoso do Brasil, Lula resolveu espalhar a sua ignorância. E afirmou o seguinte sobre uma tal elite brasileira:
"Ela dizia que 'o Juscelino não pode disputar, se disputar não pode ganhar, se ganhar não toma posse e se tomar posse a gente derruba'. E eu disse para eles: eu não sou Getúlio, não vou me matar, não sou Jango, não vou sair do Brasil e não sou Juscelino, eu sou o Lula. A minha arma é o povo brasileiro e essa é a arma da Dilma".

Pra começo de conversa, quem escreveu algo parecido no jornal Tribuna da Imprensa, em 1º de junho de 1950, foi Carlos Lacerda. E não estava se referindo a Juscelino, mas a Getúlio Vargas. A frase completa é esta: "O senhor Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à Presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar".

A vigarice intelectual de Lula insiste em associar um movimento democrático, ancorado na Constituição e nas leis, a um golpe. É má-fé, sempre piorada, no seu caso, pela ignorância.

A troca de Getúlio por Juscelino em seu discurso não deixa de ser emblemática. O mineiro só assumiu a Presidência porque o marechal Lott, ministro da Guerra, deu o que pode ser considerado um? golpe! Pesquisem a respeito.

Lula acha que pode fazer com a história o que ele e seus companheiros fizeram com o Brasil.

São, além de tudo, ladrões da verdade.
Herculano
22/10/2015 17:50
da série: quando você pensa que os políticos vão desconfiar de tanto arrumar brecha para o roubo contra os nossos pesados impostos, eles mandam bananas e nos desafiam

SENADO APROVA "RDC LAVA JATO", por Júlio Moreno

Um "jabuti" levou o Senado Federal a aprovar neste 21 de outubro o "RDC Lava Jato". Ou seja, o projeto que autoriza o uso do Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) em licitações e contratos na área de segurança pública, na realização de obras e serviços de engenharia relacionados à mobilidade urbana (tais como VLTs e metrô) e na ampliação de infraestrutura logística (como estradas e portos).

O assunto interessa diretamente às empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, pois uma das modalidades de licitação permitida é a "contratação integrada", em que a administração pública licita uma obra com base apenas em anteprojeto, expediente utilizado nos empreendimentos da Copa, das Olimpíadas e diversos outros do PAC, boa parte realizada por grandes construtoras.

"Jabuti" é como são conhecidas as matérias que fogem do escopo original de um projeto de lei e pegam 'carona" durante sua tramitação. No caso de ontem, tratou-se da emenda que autoriza a renegociação das dívidas dos produtores rurais que nos anos 70 aderiram ao programa Proálcool, incluída durante a discussão da Medida Provisória 678/2015 na Câmara.

"É lamentável, inacreditável mesmo, que por causa de um "jabuti", o Senado tenha aprovado matéria amplamente discutida e derrotada no ano passado, que foi a generalização do uso do RDC em todas as obras públicas do país", declarou Haroldo Pinheiro, presidente do CAU/BR. "Em última instância, estamos entregando para as empreiteiras o planejamento e a definição da qualidade dos espaços e edificações públicas de nossas cidades".

Há poucos dias, o Supremo Tribunal Federal decidiu que esse tipo de procedimento é inconstitucional, como lembrou o relator do projeto, senador Telmário Mota (PDT-RJ), recomendando sem sucesso a rejeição da matéria.

O documento, que no Senado virou o Projeto de Lei de Conversão No. 17, originalmente previa o uso do RDC apenas para ações de segurança pública, defesa civil e inteligência, com o objetivo imediato de facilitar a montagem das operações de segurança para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Tudo o mais foi incluído ?" inclusive outros "jabutis" ?" pela Comissão Mista que examinou a MP e pela Câmara que a aprovou.

Entre outras inclusões constam a sistemas públicos de ensino, pesquisa, ciência e tecnologia e até a locação de bens móveis e imóveis para a administração pública.

O "jabuti" agora passa para as mãos da presidente Dilma Rousseff. Se ela sancionar a MP como o Senado aprovou, contrariar o reajuste fiscal proposto pelo governo. Ela pode também rejeitar apenas os "jabutis" alegando que são inconstitucionais. Ficará desgastada com os pequenos e médios produtores rurais mas, de qualquer forma, o "RDC Lava Jato" de interesse das grandes empreiteiras estará consumado.
Herculano
22/10/2015 17:00
RELATOR DAS PEDALADAS É RÉU NO STF: ESTALIONATO, por Josias de Souza

Escolhido para ser o relator do parecer do Tribunal de Contas da União que condenou as 'pedaladas fiscais' e rejeitou as contas do governo Dilma Rousseff do ano de 2014, o senador Acir Gurgacz, de Rondônia, é réu em processo que corre no Supremo Tribunal Federal. Responde por estelionato, artigo 171 do Código Penal, além de crimes contra o sistema financeiro nacional.

Investigado pela Polícia Federal e denunciado pela Procuradoria-Geral da República, Gurgacz foi convertido em réu no dia 10 de fevereiro de 2015. O relator da ação penal é o ministro Teori Zavascki, o mesmo que cuida dos processos da Lava Jato. A denúncia contra o senador foi aceita por unanimidade na 2ª turma do STF. Além de Zavascki, votaram os ministros Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.

Gurgacz era sócio e diretor de uma empresa de ônibus chamada Eucatur. Operava em Manaus (AM) e Ji-Paraná (RO). Foi acusado de ludibriar uma casa bancária estatal, o Banco da Amazônia, para obter empréstimo de R$ 1,5 milhão. No papel, o dinheiro deveria ser usado na compra de sete ônibus novos, orçados em R$ 290 mil cada. Descobriu-se, porém, que foram adquiridos ônibus com quase onze anos de rodagem, ao preço de R$ 12 mil cada.

O ministro Teori Zavascki anotou no seu voto: "A materialidade e os indícios de autoria ?"elementos básicos para o recebimento da denúncia?" encontram-se presentes. As provas indiciárias juntadas aos autos demonstram que, de fato, foi apresentada ao Banco da Amazônia documentação referente à aquisição de sete ônibus novos, com ano de fabricação 2004, o que levou a instituição a liberar R$ 1.522.500,00 na conta da empresa Eucatur. Todavia, descobriu-se mais tarde, em razão de informação da Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito de Manaus, que os veículos não haviam sido fabricados em 2004, mas sim em 1993."

Para que os ônibus velhos passassem por veículos novos, a empresa dirigida pelo senador apresentou documentos falsos ao Banco da Amazônia. O papelório frio incluía notas fiscais, faturas, recibos, certificados e registros dos ônibus.

Em sua defesa, Gurgacz alegou que era "sócio-cotista" da empresa, com "5% de quotas-parte". Sustentou que foi "apenas avalista do financiamento" bancário. De resto, ecoou alegações da empresa segundo as quais o dinheiro não foi desviado, mas usado na compra de ônibus e combustível. E reforçou o capital de giro da empresa.

No Senado, Acir Gurgacz é líder do PDT. Tomado pelos votos, é um governista de mostruário. Vota sempre guiando-se pelas orientações emanadas do Planalto. É contra o impeachment. Considerando-se o seu histórico, não são negligenciáveis as chances de o senador apresentar na Comissão de Orçamento do Congresso um voto a favor da aprovação das contas presidenciais de 2014, na contramão do que recomendou o TCU.

Deve-se à senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da COmissão de Orçamento, a escolha de Gurgacz como relator das contas tisnadas pelas "pedaladas". O relator amistoso não foi a única boa notícia que Dilma recebeu nesta quarta-feira (21). Por decisão do presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), o governo terá 45 dias para apresentar defesa prévia às acusações contidas no parecer do TCU.

A defesa do governo é conhecida. Já foi esmiuçada durante o julgamento da prestação de contas do governo no TCU, órgão auxiliar do Congresso. As alegações de Dilma, expostas em petições elaboradas pela Advocacia-Geral da União, podem ser manuseadas à vontade pelos congressistas.

A despeito de tudo isso, Renan criou um novo prazo para a defesa. No papel, quis assegurar ao governo o direito ao contraditório. Na realidade, pedalou o regimento para favorecer Dilma com o adiamento da análise das contas para 2016. Com sorte, a Comissão de Orçamento votará a matéria em março do ano que vem. Na sequência, o plenário do Congresso terá de se manifestar em sessão conjunta, com deputados e senadores. Cabe Renan marcar o dia da votação. Se ele estiver de bem com Dilma, as calendas gregas serão o limite.
Sidnei Luis Reinert
22/10/2015 14:48
Quem topa liderar as mudanças no Brasil?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Só os idiotas da subjetividade política insistem em ignorar que a crise brasileira é estrutural - e não conjuntural. Sempre que pode, Dilma Rousseff afirma o contrário nos discursos que redatores fantasmas escrevem para a Presidanta ler - coisa complicada para uma figura ideologicamente dislexa como ela. A esmagadora maioria da classe política não tem compromisso com a mudança da estrutura. A pressão dos segmentos esclarecidos da sociedade - numa espécie de Iluminismo de Classe Média - é que pode criar condições para que algo mude efetivamente.

O Príncipe dos Sociólogos deu uma dentro ontem. Fernando Henrique Cardoso, ex-Presidente da República por dois mandatos, agora na maior promoção para o lançamento de seu livro de memórias, acertou em algumas medidas do diagnóstico para a crise estrutural brasileira: a solução passa por mudanças no funcionamento dos partidos e na interação entre as instituições e a sociedade. Bem que FHC poderia aproveitar sua euforia e comprar a briga em favor da eleição inteiramente limpa, com voto impresso emitido pela urna, para transparente conferência e recontagem total ou por amostragem...

FHC também acertou na tese de que não adianta apenas tirar Dilma Rousseff da Presidência da República: "Quando o Executivo não tem apoio da sociedade também não tem do Congresso. No caso atual, nem quero personalizar muito, a estrutura do nosso sistema político é tão antiquada que ela precisa mudar. Se você não mudar essa estrutura não há líder que aguente. Tem que haver mudança da estrutura de comando no Brasil. Não estou falando de impeachment, nada disso. Porque também mudar a pessoa não resolve. Tem que mudar mais coisas do que a pessoa".

FHC empregou o exemplo concreto do que acontece na crise econômica para justificar sua tese: "Todo mundo sabe que a partir da crise fiscal medidas precisam ser tomadas. Mas não há legitimidade para tomar. Não é uma questão técnica. Mesmo que um ministro da Fazenda tenha competência, o Congresso não faz porque sente que não há um consenso nacional nessa direção. Como se sai desse impasse? Sem liderança não sai".
Eis os grandes problemas do impasse tupiniquim: Quem se habilita como liderança para tocar a mudança? Aliás, será que realmente a solução virá de uma liderança carismática, como as tradicionais populistas que temos por aqui, disposta a fazer o serviço correto? O Brasil poderá ser salvo pelo iluminismo de classe média - o mesmo que sempre moveu os movimentos tenentistas? Ou será um redesenho da chamada "ética protestante" (em sentido amplo do termo, muito além da formulada originalmente pelo sociólogo Max Weber), que vai viabilizar o trabalho de mudança?

As respostas aparecerão com a revolução brasileira em andamento... Espírito de União, Coesão, muito diálogo e Respeito ajudarão no processo...
Herculano
22/10/2015 14:23
A INDEFESA CIVIL. DIFERENÇAS

1. Em Blumenau há um site, durante todo o ano, em que você pode saber a medição do rio, os dados das estações meteorológicas. Mais, sabe-se a projeção do nível do Rio, as ruas que vão ser atingidas e como as pessoas devem fazer para se abrigarem temporariamente.

2. Aqui a régua é da Círculo; as estações dos companheiros; as bateiras não se sabe bem onde estão; do nível futuro ninguém sabe bem; a Rádio Sentinela o meio de comunicação da e om a comunidade, e dela se sabe o improviso que dura quase sete anos. Acorda, Gaspar!
Herculano
22/10/2015 13:11
OS FATOS EMPURRAM PLANALTO A FAZER CORTES EFETIVOS, editorial do jornal O Globo

A afirmação do relator do projeto do Orçamento de que pretende reduzir a verba do Bolsa Família chama a atenção para a necessidade de ajustes reais

Junto aos lulopetistas deve ter soado muito mal a informação de que o relator do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), pretende fazer um corte de cerca de 30%, ou R$ 10 bilhões, no Bolsa Família de 2016, a joia da coroa político-eleitoral do grupo que se encontra no poder desde 2003.

Como a proposta orçamentária foi remetida pelo Planalto com um déficit de R$ 30,5 bilhões, e não há perspectiva de aprovação da CPMF, suposta fonte de R$ 32 bilhões ?" não deve mesmo ser recriada, pelos malefícios do imposto ?", o deputado alega que precisa avançar sobre programas sociais, para equilibrar as contas, crucial na revitalização da economia. A justificativa não surpreende, porque, na situação fiscal em que o país se encontra ?" despesas em elevação e receita em queda, devido à recessão ?", não pode de fato haver zonas intocáveis no Orçamento. Aliás, o próprio governo tem podado alguns programas de pedigree social, informou O GLOBO de domingo.

Muito difícil que o Planalto aceite reduções nos R$ 28,2 bilhões previstos no Orçamento para o BF, pelo simbolismo do programa. Mas nem ele pode estar a salvo, a depender da evolução do ajuste ?" ainda atolado na crise política. Será isso ou a hiperinflação fará o ajuste de modo selvagem. Outra alternativa, à la grega, é, por exemplo, a suspensão do pagamento integral de benefícios previdenciários.

Afinal, os números são preocupantes, e vão bastante além dos R$ 30,5 bilhões do déficit previsto no Orçamento, causa do rebaixamento da nota de risco do Brasil, até agora por duas agências internacionais.

Parte dos maus resultados fiscais deste ano se deve à "contabilidade criativa" do secretário do Tesouro de Dilma 1, Arno Augustin, que atuou sob as bênçãos do ministro Guido Mantega e da própria Dilma. A retirada dos esqueletos fiscais que ele escondeu no armário das manipulações tem acrescentado bilhões à conta dos gastos, ajudando a pulverizar qualquer possibilidade de algum superávit fiscal até 31 de dezembro. As pedaladas e as consequentes dívidas acumuladas pelo Tesouro com bancos públicos ainda somariam R$ 35 bilhões. Se esta conta for zerada este ano, o déficit poderá chegar a R$ 76 bilhões, mais que o dobro do previsto no Orçamento.

A vida real, então, empurra o Planalto para encarar o fato de que, por exemplo, a espessa burocracia estatal não pode ficar à margem dos cortes. Bem como não deve ser deixada para o futuro a desmontagem dos mecanismos de indexação de boa parte do Orçamento. E o seu engessamento, por meio das vinculações. A renovação da Desvinculação de Recursos da União (DRU), a ser feita por emenda constitucional, é imprescindível, como tem sido desde os primórdios do Real. Mas é preciso torná-la permanente. E lançar logo a reforma da Previdência, para dar um horizonte fiscal de longo prazo ao país. Espera-se, também, que a ameaça de cortes no BF não seja alguma manobra para viabilizar a CPMF.
Herculno
22/10/2015 13:08
"BRASILIAN STANDOFF", por José Roberto de Toledo, para o jornal O Estado de S. Paulo

Enquanto De Volta para o Futuro dominava as redes sociais ontem, dia em que seu herói chegaria a um futuro idealizado, mas jamais concretizado, outro filme icônico era reencenado por políticos brasileiros. À diferença do clássico adolescente de Robert Zemeckis, em Cães de aluguel não há final feliz.

Na última cena, o diretor Quentin Tarantino reproduz um dos clichês do bangue- bangue à italiana, quando três personagens apontam suas armas uns para os outros. Todos são ao mesmo tempo alvo e atirador. O impasse é explicitado por um dos anti-heróis do filme: "Joe, se você matar aquele homem você morre em seguida".

Ao contrário do duelo tradicional, no chamado Mexican standoff, ninguém quer atirar primeiro. Se há só dois oponentes, o gatilho mais rápido tenta matar o rival antes que ele possa disparar. Quando há três segurando armas, o segundo a usá-la é quem tem a vantagem. Se Fulano atira em Sicrano, ele é morto por Beltrano ?" que é quem tem mais chances de sobreviver ao tiroteio. Para tanto, Beltrano também tem que torcer para sua vítima, Fulano, matar Sicrano antes que este tenha tido tempo de atirar.

O impasse não tem solução, pois tanto avançar quanto retroceder pode ser fatal para qualquer dos envolvidos. É o que acontece entre governo, oposição e Eduardo Cunha. Bravatas à parte, ninguém quer atirar primeiro para não ser abatido em seguida.

Cunha tem Dilma Rousseff na mira. Mas se deflagrar o processo de impeachment da presidente, nem oposição nem governo precisarão mais dele. Ato contínuo, a denúncia contra Cunha avançaria na Comissão de Ética, e o presidente da Câmara acabaria cassado. Por sua vez, se o governo der ordem para acelerar a cassação de Cunha, este aceitaria o pedido de impeachment, e a oposição terminaria o serviço. Já a oposição não pode avançar sobre Cunha porque ele enterraria o pedido de impeachment junto com ele.

A menos que um dos três atores tenha vocação suicida, é improvável que escapem desse Brazilian standoff em que se meteram. Neste cenário de impasse persistente, nem a oposição consegue rejeitar as contas de Dilma nem o governo consegue aprovar a CPMF. Não tem reforço para a tese do impeachment, nem sinalização de que o ajuste fiscal vai passar integralmente.

Enquanto isso, os artistas ficam trocando acusações e impropérios em um diálogo para manter a plateia entretida. Mas essa parte do roteiro é um clichê repetido à exaustão. Não leva a lugar algum, não muda coisa nenhuma. É encheção de linguiça.

Os únicos que podem quebrar o Brazilian standoff são atores externos. Isso pode acontecer se o Supremo Tribunal Federal iniciar um processo contra Cunha e sinalizar que vai condená-lo. Ou se diante da inércia do Congresso e do governo, uma segunda agência de classificação de risco retirar o grau de investimento do Brasil, precipitando nova fuga de capitais e alta do dólar.

Seja como for, mesmo que o standoff entre governo, Cunha e oposição termine em tiroteio generalizado, não há perspectiva de solução para o impasse maior, que propiciou essa situação. Não há saída para a crise política brasileira sem uma reforma na estrutura partidária que reverta a pulverização do Congresso.

Enquanto o presidente, seja ele quem for, continuar tendo que catar votos no varejão da Câmara, cada vez mais dependente de uma base movediça e franciscana, não há risco de a política brasileira deixar de ser uma versão requentada de um western spaghetti. É o sistema político que produz Eduardos Cunha, não é Eduardo Cunha quem produziu esse sistema político.
Herculano
22/10/2015 13:05
O CANADÁ PARA IMITAR, por Carlos Alberto Sardenberg, para o jornal O Globo

E os canadenses, hein? Assinaram um cheque em branco para o governo aumentar seus gastos. Isso mesmo. Depois de dez anos de administração conservadora, os eleitores deram uma sólida e surpreendente maioria para um jovem político de 43 anos, Justin Trudeau, que prometeu aumentar o gasto público para estimular a economia. Também prometeu reduzir o imposto da classe média e aumentar o dos ricos. E, sim, liberal, Trudeau quer a legalizar a maconha.

Bom, a maconha é um caso mais polêmico, mas isso de aumentar o gasto público certamente aparece como uma tentação para muita gente por aqui. Não admira se daqui a pouco o PT e o Instituto Lula chamarem Trudeau para dar uma palestra em Brasília.

O Canadá tem até uma semelhança econômica com o Brasil. O país encontrou enormes reservas de petróleo e beneficiou-se largamente do "boom das commodities" ?" a explosão de preços e volume de exportação de energia e matérias-primas. Como o Brasil também, o Canadá sofre hoje com a queda dos preços das commodities.

Infelizmente, porém, as semelhanças param por aí. O Canadá é rico. Sua economia industrializada, de alta tecnologia, tem um PIB na casa de US$ 1,5 trilhão, para uma população pequena, de 35 milhões. Dá mais ou menos uma renda per capita de US$ 42 mil/ano, quase quatro vezes a brasileira. É forte na indústria e serviços, além da mineração. Está no acordo de livre comércio com os EUA, tem amplo acesso ao maior mercado do mundo.

Outra diferença: os canadenses foram mais eficientes e mais rápidos na exploração do petróleo ?" aberta aos capitais privados ?" enquanto o Brasil de Lula e Dilma ficou anos debatendo o modelo de exploração do pré-sal, para, afinal, escolher um sistema que trava a exploração.

Mas a diferença mais importante, para o caso, está no manejo das contas públicas. É verdade que o Canadá tem uma dívida pública elevada, coisa de 90% do PIB, maior que a brasileira. Mas é uma comparação prejudicada, pois a dívida canadense é mais abrangente. E, sobretudo, é financiada por uma ridícula taxa de juros de 1,4% ao ano ?" contra os 14,25% que o governo brasileiro paga.

Perguntarão: como um país com dívida mais elevada paga juros tão mais baixos?

A resposta é aquilo que não se entende no Brasil: anos, anos e anos de equilíbrio fiscal. Uma longa história de estabilidade. No final dos anos 90 e início deste século, foram 12 anos seguidos de superávit nas contas públicas. O governo foi para o déficit na crise de 2008, mas sob controle. Hoje, esse déficit está na casa de 1,8% do PIB ?" abaixo do padrão internacional de prudência (3%).

No Brasil, o déficit equivalente, o nominal, que inclui a despesa financeira, passa dos 8%.

A inflação canadense também é ridícula, 1,2% ao ano. (Brasil, 9,7%).

Tudo considerado, faz sentido quando Trudeau diz que o governo pode gastar um pouco mais, e tolerar um pouco mais de inflação, para tentar turbinar uma economia que cresce apenas 1,1% ao ano.

(Outra diferença notável: o Brasil caminha para uma recessão de 3% neste ano).

Mesmo assim, o novo primeiro-ministro ressalva: serão três anos de déficit público controlado; os investimentos, de US$ 46 bilhões, vão para a infraestrutura. Ou seja, uma política de gastos com metas bem precisas orientando o mercado.

Já por aqui, tem meta de inflação, mas não é cumprida. A meta fiscal muda toda hora e agora inventaram uma flexível, do tipo se der, deu; se não der, paciência.

O debate "ajuste fiscal versus gasto público para estimular a economia" caiu muito errado no Brasil. Uma coisa é turbinar o gasto em uma economia estável, com uma história de equilíbrio fiscal. Outra, em um país com histórico e prática de verdadeiros abusos com o dinheiro público.

Além disso, tem gasto bom e gasto ruim. A verdade é que os governos Lula e Dilma já aumentaram fortemente o gasto e o déficit. Para isso? Inflação alta, recessão e juros nas alturas?

Pensando bem, era bom mesmo que Trudeau viesse dar uma palestra por aqui.
Paulo Filippus
22/10/2015 11:30
Opaaa, o comunista chegou chegando, mostrando as garras! Como todo e qualquer esquerdista, quando afrontado já parte pra ofensa e difamação.

Isso que é ser do BEM? Hipócritas e demagogos, é isso que vocês são.

O Nazismo matou 11 milhões de pessoas no mundo, e o seu símbolo, a suástica, já é proibida por lei.

O COMUNISMO MATOU MAIS DE 100 MILHÕES! É essa bandeira que vens defender? O que achas que vai acontecer em breve com a Foice e o Martelo símbolo de vocês?

Aproveite e mostre a cara, diga seu nome e também o endereço desta "espetacular" sede comunista. Se esconde por que? As pessoas de bem de Gaspar estão ansiosas pra saber...
Herculano
22/10/2015 08:22
MANCHETE DE CAPA DO 247, O VEÍCULO DO PT PATROCINADO POR ESTATAIS. "MST: O PROVO É SÁBIO, NÃO QUER IMPEACHMENT"

O conteúdo original, sobre o qual o 247 trabalhou e fez manchete, é do jornal Valor Econômico, com a manchete "Dilma pode perder apoio da base", diz MST. O líder do MST, João Pedro Stédile, afirmou ontem que Dilma Rousseff poderá perder sua base social se mantiver a política econômica. Segundo ele, o ajuste fiscal implementado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, agravou as crises política e econômica e dificulta o apoio dos trabalhadores à gestão.

"Se a Dilma continuar com essa política burra do ajuste fiscal e com essa interpretação da crise como um problema de Orçamento, vai perder cada vez mais a base social que a elegeu. É problema para a estabilidade do governo", afirmou Stédile, em entrevista ao Valor. "O governo só faz gol contra e ninguém torce para time que faz gol contra. Não pode pedir para que apoie essas burrices".

Apesar das críticas, disse que os movimentos populares lutarão para impedir tentativas de impeachment. "Quem tem razão é o povo e o povo precisa criticar, dizer que o governo está errado. Mas o povo é sábio, não quer impeachment. Quer melhoria de vida", disse. "De que adianta mudar o governo? Não é solução para crise. Precisamos de medidas concretas, que ajudem a tirar a economia da crise
Herculano
22/10/2015 08:15
A DUBLÊ DO JECA SEGUE ABOLINDO OS LIMITES DO CINISMO, por Valentina de Botas

Parte 1

"Primeiro, eu não vou comentar as palavras do presidente da Câmara", avisa a presidente para, em seguida, comentar as palavras do presidente da Câmara: "O meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção; não é o meu governo que está sendo acusado atualmente". Dilma Rousseff segue abolindo os limites do cinismo dilatados cotidianamente pelo lulopetismo.

Acontecimentos quase banais rompem algo dentro dos personagens, revelando-lhes o mundo e eles próprios, ou um outro sentido deles, sempre mais verdadeiro. Perplexos, até eventualmente mais infelizes, mas sempre transformados por tomar consciência de algo que suas almas apenas tateavam. De verdade mesmo, talvez ninguém queira encarar a verdade. Só que ela não se importa com nossos queres.

Clarice Lispector dizia que a liberdade dela era escrever, que a palavra era o domínio dela sobre o mundo e sabemos como a grande escritora foi mestre em fragmentar enredos para buscar a completude possível nas pessoas, fazendo-nos íntimos até de personagens sem nome. E o nome dele era Luiz Sérgio e o dela, Dilma Rousseff. Nascidos para o mesmo bando. Dilma é muito boa nisso de ser Dilma, felizmente só coube a ela ser alguém que consegue o assombro de passar por experiências repetitivas ?" a série de mentiras alinhavadas pelo cinismo, o pão da alma lulopetista ?" e não se transformar.

Uma patifaria após outra, um vexame linguístico-cognitivo após outro e eis Dilma cada vez mais Dilma. Na Suécia, novo fragmento da realidade expõe a incurável dublê do jeca ao irrevogável: jamais deveria ser presidente de um país, qualquer um. Imperturbável como só os imbecis, livre do saudável exercício da dúvida e de algum pudor, a presidente não se satisfaz com o cardápio diário de vigarices: consecutivamente a eles, toma a sobremesa na forma da dissimulação, da arrogância desse seu jeito estúpido de dizer coisas, quaisquer coisas, desde que não seja a verdade.
Herculano
22/10/2015 08:14
A DUBLÊ DO JECA SEGUE ABOLINDO OS LIMITES DO CINISMO, por Valentina de Botas

Parte 2

Pois Dilma, no tom e na linguagem corporal, acha que tripudiou sobre Eduardo Cunha, enquanto deixou em casa uma nanominiatura moral e intelectual como Luiz Sérgio a dar aos mandantes do assalto à Petrobras o atestado de lisura que só um Luiz Sérgio daria. Não! A presidente tripudiou sobre o país exausto, preso entre a náusea e o cansaço. A súcia aposta neste presente incessante em que as culminâncias do regime narrado por si mesmo resultam num Ionesco oligofrêncio, num Samuel Beckett da roubalheira, num Gregor Samsa estupidamente feliz.

À crônica do cinismo se juntam, por exemplo, o relatório do Luiz Sérgio, a alegação de que os crimes contra a lei de responsabilidade fiscal não são crimes, a coreografia pornográfica do jeca para se safar. Na noite interminável do lulopetismo, o regime não mudou, apenas se revelou piorando a fraude que sempre foi sem que seus personagens se deixassem transformar pela verdade cerzida no avesso da narrativa canalha: o país se transformou na consciência de que está submetido a canalhas. A partir disso e das ruas recentemente redescobertas, a narrativa pode ser outra.
Herculano
22/10/2015 08:06

CPI DEMONSTRA QUE A ÉTICA DO PODER É A MENTIRA,
Josias de Souza

Em depoimento espontâneo à CPI da Petrobras, Eduardo Cunha demonstrou que não é aético, não recebe propinas e não abre conta na Suíça. Só mente um pouco. Na madrugada desta quinta-feira, a CPI encerrou suas atividades. Aprovou um relatório que não faz menção à lorota de Cunha segundo a qual só tem contas bancárias no Brasil. O texto tampouco faz menção aos outros 22 deputados e 13 senadores enrolados na Lava Jato. No apagar das luzes, acendeu-se o forno. Mais uma vez, ficou entendido que a ética do poder é a mentira.
Herculano
22/10/2015 08:04
BESTIALIZADOS E REFÉNS, Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

O país parece "bestializado, atônito" e mesmo surpreso com o tamanho do descaramento, do cinismo, da roubança e com o descaso terminal da "elite política" com a ideia de manter mesmo a aparência de espírito público.

Além do tumulto sórdido de Brasília, parece que sobreveio uma apatia silenciosa, um embotamento desesperançado de quem está sequestrado, amarrado e impotente. O país está quieto, como que pasmo com a infâmia.

O eleitorado, na maioria de dois terços, quer ver o governo pelas costas. No entanto, apesar da mistura comum de raiva e torpor, está dividido, por vezes de forma odienta, a respeito da política maior, do que fazer com os rumos sociais e econômicos.

Por ora, o povo ("nós, o povo") projeta apenas na elite política detestada a causa de problemas que na verdade refletem divisões profundas do que fazer de políticas e fundos públicos. Caso o que temos como elite política fosse abduzida para os infernos, o que seria decerto útil, os problemas no entanto ainda estariam aí, a começar pelo que fazer do Estado, da divisão dos dinheiros públicos, das normas que regulam a economia.

Essa classe política, raramente tão desclassificada mesmo neste país, não é capaz de dar conta da administração mais comezinha, que dirá de representar e dar sentido a essas divisões.

O buraco é muito mais profundo e sujo. A oposição reafirmou ontem seu acordo tácito com o presidente da Câmara dos Deputados, que continua a nos insultar com a sua presença na vida pública; o governo por ora faz uma espécie de pacto de não agressão provisório com esse tipo.

A ruína econômica prossegue sem limite. O comentário econômico diário parece um tanto risível e repetitivo, limitado pelas idas e vindas do terceiro lado do triângulo das Bermudas do nosso naufrágio, o PMDB.

O PMDB (facção governista) fazia ontem um arranjo para postergar o julgamento das contas de Dilma Rousseff, a contragosto de outra facção, que quereria manter também o Congresso em que o partido abandonaria a presidente, isso antes do escambo mefítico de ministérios. Essa dança dos vampiros gente empaca o impeachment, e todo o resto.

De que adiantam tais detalhes? O triângulo odioso da nossa desgraça (governo, oposição, PMDB) está alheado da realidade, ensimesmado na sua pequenez, para dizer o mínimo. Vivemos assim uma vez, mais ou menos de 1987 a 1990. Mas o povo, então mais desinformado, era iludido com o circo de planos econômicos; se fazia uma Constituição nova, haveria eleições com "outsiders" e aparentes novidades, em 1989. Onde estão as válvulas de escape de agora?

"O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava". A frase surradíssima é a de Aristides Lobo, publicada em artigo de jornal de 18 de novembro de 1889 a respeito do desfile militar que três dias antes proclamara a República. Gasta como seja, vez e outra vem a calhar, de modo sinistro.

Apesar da observação sobre a reação estupidificada que o povo da rua do Rio observara a queda inopinada do Império, Lobo era ainda otimista no artigo (mas seria ministro do governo militar por apenas dois meses, depois deputado e senador).

Não é o caso de agora
Herculano
22/10/2015 07:46
UM BODE NO ORÇAMENTO, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Num passado não muito remoto, o PSDB apostou nas críticas ao Bolsa Família, principal vitrine social dos governos do PT. Em 2006, o então senador Arthur Virgílio definiu o programa como uma "esmola eleitoreira". Em 2011, seu colega Alvaro Dias declarou que ele "não tira ninguém da miséria" e ainda "estimula a preguiça".

Com o tempo, os tucanos perceberam que o discurso elitista tirava votos. Passaram, então, a elogiar o programa. Em campanha ao Planalto, José Serra prometeu criar o 13º do Bolsa Família. Aécio Neves disse que reajustaria o benefício básico para US$ 1,25 por dia. Se tivesse vencido a eleição, estaria com uma bomba no colo. Pelo dólar de ontem, precisaria desembolsar R$ 147,75 por família. Hoje o valor mínimo está em R$ 77.

Nesta semana, o relator do Orçamento de 2015, Ricardo Barros (PP-PR), lançou uma ideia que empolgaria o velho PSDB. Ele sugeriu um corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família, o equivalente a 35% da verba do programa. "Precisamos ser racionais, e não agir com emoção", justificou.

Apesar do apelo, a proposta gerou uma reação emocionada do Planalto. A presidente Dilma Rousseff afirmou que "cortar o Bolsa Família significa atentar contra 50 milhões de brasileiros". "Não podemos permitir que isso aconteça", acrescentou ela.

A eventual mutilação do programa, cuja eficácia é reconhecida pela ONU, seria mortal para a presidente e para o futuro do projeto petista. Afinal, manter o Bolsa Família é uma das últimas promessas de campanha que Dilma ainda não descumpriu.

Por outro lado, o efeito do corte sobre os mais pobres seria tão dramático que a chance de o Congresso aprová-lo parece próxima de zero. Como o relator do Orçamento é um dos vice-líderes do governo, não seria exagero imaginar que a ideia seja um típico caso de "bode na sala". Em nome de retirá-lo, o Planalto ganharia um novo argumento para convencer os parlamentares a aceitarem o que Dilma mais quer: recriar a CPMF.
Herculano
22/10/2015 07:27
BUMLAI VENDEU FAZENDA A BANQUEIRO AMIGO DE LULA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O banqueiro André Esteves, do BTG-Pactual, outra vez aparece ligado a gente enrolada em escândalos do PT. José Carlos Bumlai, amigão de Lula, vendeu a Esteves sua fazenda de 150 mil hectares, no Pantanal. O local foi cenário de programas eleitorais de Lula, em 2002, e do início da amizade do ex-presidente com Bumlai. O lobista Fernando Baiano contou que Bumlai lhe tomou R$ 2 milhões para dar à nora de Lula.

Bomba-relógio

Bumlai é uma das novidades mais bombásticas da Operação Lava Jato. Sua ligação a Lula coloca o ex-presidente na "cena do crime".

Resta o mistério

Lulistas mais "religiosos" sempre desconversam quando perguntam a eles quem, afinal, apresentou Bumlai ao banqueiro André Esteves.

Nas águas do petismo

André Esteves, que se aventurou em negócios africanos nas águas do petismo, quem diria, acabou no ramo agropecuário no Pantanal.

De pai para filho

Subrelatoria da CPI da Petrobras investigou negócios da Petrobras na África que geraram lucros a André Esteves de fazer inveja em Lulinha.

Em Alagoas, 67,5% aprovam governo Renan Filho

O governo de Renan Filho (PMDB), em Alagoas, é aprovado por 67,5% da população, segundo levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas a pedido do portal DiáriodoPoder.com.br e mostra que o primogênito do presidente do Senado, Renan Calheiros, cresceu 15,4 pontos percentuais em relação à eleição de 2014, quando teve 51,2% dos votos, após disputa acirrada com o senador Benedito de Lira (PP).

Jovens apoiam

A maior aprovação do governo de Renan Filho está entre jovens de 16 a 24 anos: quase 74% dos entrevistados.

Expectativas

A pesquisa mostrou que 30,8% consideram que Renan Filho está indo melhor que o esperado; para 50,8%, conforme a expectativa.

Reprovação

Paraná Pesquisas entrevistou 1.252 eleitores entre os dias 15 e 19 deste mês, e detectou reprovação do governo de Alagoas é de 27,5%.

Natal Sem Dilma

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), se enrolou para responder ao movimento Vem Pra Rua, que lançou a campanha "Natal Sem Dilma". Ele propôs o "Natal com CPMF".

Desanuvio

Com a água fria no impeachment após liminar do Supremo Tribunal Federal e o enfraquecimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Planalto avalia ter 230 votos para barrar o processo.

Mudança radical

Agora titular da Casa Civil, Jaques Wagner conseguiu em semanas o que Aloizio Mercadante não fez em quase 2 anos: abrir diálogo com a Câmara. Tem até conversado com Eduardo Cunha.

Pausa para o café

A oposição só volta a aporrinhar o governo sobre o impeachment em novembro. Vai esperar o Supremo Tribunal Federal se posicionar sobre o recurso do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Rejeição recorde

A rejeição à presidente Dilma, em Alagoas, é recorde entre os jovens de 16 a 24 anos, com 89,6%, e altíssima entre eleitores de 33 a 45 anos: 87,8%. Os dados são do Instituto Paraná Pesquisa.

É bom não subestimar

"Ele (Eduardo Cunha) tem influência em todos os setores da Câmara", avisa Jarbas Vasconcelos (PE), do PMDB independente. Ele defende a saída de Cunha, mas não subestima o seu poder.

Oposição para quê?

O PSD pode ser governista, mas o líder da bancada, deputado Rogério Rosso (DF), continua alfinetando Joaquim Levy. Em reunião com governista, endossou as críticas de Lula ao ministro da Fazenda.

Índios genéricos

No plenário lotado de índios levados por ONGs como gado, o deputado Valdir Collato (PMDB-SC) registrou: há índios "de verdade" e os "genéricos". A discussão sobre demarcação não interessava à maioria, que só dava atenção aos próprios celulares de última geração.

A voz do povo

No impeachment, o PT tem usado frases de Ulysses Guimarães, exceto uma: "O desejo das ruas é mais importante que as urnas".
Herculano
22/10/2015 07:20
ALGUM AVANÇO, editorial o jornal Folha de S. Paulo

Aprovado na terça-feira (20) pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei 6.446/13, que regulamenta o direito de resposta, contém falhas importantes a serem corrigidas, mas, ainda assim, representa um avanço legislativo.

É que, por um acidente de percurso registrado em 2009, o direito de resposta, parte indissociável do pleno exercício da liberdade de expressão, encontra-se em estado de relativa anomia no Brasil.

Naquele ano, como se sabe, o Supremo Tribunal Federal houve por bem fulminar a Lei de Imprensa que fora aprovada pela ditadura militar em 1967. A peça de fato abrigava disparates e simbolizava o autoritarismo do regime castrense. Era ela, contudo, que regrava o direito de resposta.

Sua anulação fez com que os juízes passassem a decidir com base numa livre interpretação das leis vigentes, que jamais trataram especificamente desse tema. Não custa lembrar, aliás, que o atual Código Civil é aquele mesmo que permitia a censura prévia a biografias ?"essa possibilidade foi afastada pelo Supremo.

O projeto aprovado pela Câmara cumpre sua missão primordial ao fixar um rito razoavelmente célere para que os pedidos sejam formulados (até 60 dias), julgados (30 dias) e atendidos (dez dias a partir da sentença). Acerta também ao excluir do escopo do direito de resposta os comentários a reportagens e artigos feitos por leitores.

Infelizmente, os parlamentares criaram uma definição muito aberta do que pode ensejar o direito: tudo o que atentar "contra a honra, a intimidade, a reputação, o conceito, o nome, a marca ou a imagem".

Com isso, um autor que não goste de certa resenha sobre seu livro ou o jogador de futebol que tenha reparos à descrição de sua atuação na partida poderiam em tese requerer e obter um pedido de resposta ?"um exagero evidente.

Outro problema grave diz respeito ao foro. O projeto permite que o processo corra no local de residência do ofendido, e não no do réu (o órgão de imprensa).

No caso de cidadãos litigando de boa-fé, isso não chega a ser preocupante. O mesmo não se poderá dizer, todavia, na hipótese de o queixoso ser uma autoridade com forte influência sobre o Judiciário local, ou se uma coligação de pessoas decidir espalhar ações por todas as comarcas do país.

Para evitar tais dificuldades, basta manter a regra geral, segundo a qual o foro adequado é o da sede da empresa de comunicação.

Como a Câmara modificou a proposta que viera do Senado, o projeto volta agora para a Casa original. Espera-se que, em nome da liberdade de expressão, os senadores corrijam essas distorções.
Renovação,,,
21/10/2015 21:55
Renovação do PMDB em GASPAR {Celso Oliveira,Toni da Churrascaria,Ciro Quintino,Raul schiler,Roberto táia´,.Renovação Chico Anhaia,Wando Andrieti,Acorda PMDB
Chico fica ligado!
21/10/2015 21:20
Não acredito ver Toni da churrascaria na foto com o,,,,,,e o nosso Chico de fora,Acorda Margem Esquerda,É isso que queremos???
PC do Bem
21/10/2015 20:23
Só para informar uma certa pessoa insignificante que não conhece a realidade da politica gasparense o PC do B existe em Gaspar á muito tempo. E você insignificante,pra sua informação segunda feira dia 19/10,mais de 50 pessoas estiveram reunidas em um local no centro da cidade para a escolha do seu novo DIRET?"RIO.A sua resposta ainda vem!Procura conhecer as pessoas do BEM!!!!!!
Herculano
21/10/2015 20:17
GOLPISTAS TENTAM, DE DUAS FORMAS, DRIBLAR O SUPREMO, por Tereza Cruvinel, ex-presidente da Agencia Brasil de Notícias, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, PT.

Neste momento os defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff tentam, de duas formas, driblar as liminares concedidas na semana passada pelos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, do STF. As liminares, em resumo, suspenderam a aplicação do rito definido por Eduardo Cunha e proibiram a tramitação de qualquer outra proposta de impeachment até o pronunciamento do colegiado da suprema corte.

A primeira tentativa de burla é representada pelo próprio "novo pedido" de abertura de processo de impeachment apresentado hoje, quarta-feira, 21/10, pelos líderes da oposição ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A segunda, pela possibilidade, admitida por Cunha, de revogar a questão de ordem 105 e a resposta que ele deu a ela, na forma do rito para tramitação de processo de impeachment atingido pelas liminares.

Com tal revogação as liminares perderiam o objetivo e o sentido e, ainda que o STF demore a se pronunciar sobre as liminares, a Câmara poderia dar curso imediato a um processo de impeachment.

Relativamente ao pedido de impeachment apresentado hoje, o coordenador jurídico da campanha de Dilma e de seu vice Michel Temer, advogado Flávio Caetano, afirma: "O STF decidiu pela suspensão da tramitação dos atuais pedidos de impeachment e pela proibição de aditamentos. Em clara manobra para burlar as decisões do STF, os autores desistiram do pedido anterior e formularam um novo pedido, que nada mais é do que um "aditamento impróprio". Os fatos são os mesmos, e as teses são as mesmas do pedido anterior".

A novidade foi a inclusão do parecer do procurador junto ao TCU, Júlio Marcelo, afirmando que Dilma cometeu pedaladas fiscais também em 2015. Com isso a oposição tenta contornar o entendimento jurídico, defendido inclusive por Cunha, de que o presidente da República só pode responder por atos cometidos no mandato em curso. Flavio Caetano, entretanto, acha que a referência a supostos delitos administrativos cometidos em 2015 em nada alterou o teor e a essência da primeira peça, atingida pelas liminares dos ministros do STF e subscrita pelos mesmos autores: Hélio Bicudo, Reale Júnior e Janaína Paschoal.

Já a revogação da questão de ordem 105 foi admitida hoje por Cunha, depois de receber o novo pedido da oposição. "É uma hipótese", disse ele.

Se tal revogação acontecer, representará uma canelada no STF para contornar eventual demora do tribunal em apreciar, no colegiado, as liminares dos dois ministros. O rito condenado pelas liminares não existiria mais, pois teria sido revogado. Logo, as liminares não teriam mais eficácia. E Cunha estaria livre para dar seguimento ao processo com base na Constituição e na Lei 1.079/1950. Nestes dois diplomas legais nãos existe a hipótese de recurso ao plenário contra a rejeição, pelo presidente da Câmara, de um pedido de abertura de processo de impeachment. Jogo muito claro: Cunha só se basearia neles para acolher o novo pedido de oposição, seguindo os passos de Ibsen Pinheiro no impeachment de Collor em 1992.

Mas o STF continua atentíssimo ao que se passa no outro vértice da Praça dos Três Poderes em relação ao assunto. Continua decidido a agir com fiel da balança, colocando freios e contrapesos a qualquer ação que fira a ordem institucional.
Herculano
21/10/2015 20:12
PT NÃO QUER GILMAR MENDES COMO RELATOR DE AÇÕES NO TSE, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Escrevi sobre o assunto nesta madrugada, num post publicado às 4h39. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Dias Toffoli, vai decidir se Gilmar Mendes assume ou não a relatoria da principal ação que tramita no tribunal acusando irregularidades na campanha eleitoral de Dilma Rousseff ?" (Ação de Investigação de Mandato Eletivo 7-61) ?" e de outras três que são conexas. Toffoli poderia ter tomado a decisão hoje, mas deixou para os próximos dias. O PT não quer que a relatoria passe para as mãos de Mendes, embora seja o que recomenda a ordem legal.

Vamos ver: o PSDB protocolou a AIME, acusando a chapa de Dilma de abuso de poder político e econômico e de uso de dinheiro irregular da Petrobras. A relatora do caso foi a ministra Maria Thereza de Assis Moura, que, em decisão liminar, recusou a ação. Os tucanos recorreram, e o tribunal, por cinco votos a dois, resolveu dar continuidade à investigação. Quem abriu a divergência foi Gilmar Mendes.

Segundo prática consagrada pelo Regimento Interno do Supremo, que subsidia o TSE, quando um relator é vencido, a relatoria do caso passa para o ministro que abriu a divergência. A própria Maria Thereza, que assumiu a corregedoria do tribunal, levantou uma questão de ordem, sugerindo que Mendes assuma a relatoria da AIME e das outras três ações. É a prática consagrada.

Toffoli, acertadamente, chamou a questão para si e poderia ter definido o caso conforme a prática do Supremo. Mas preferiu ouvir as partes. A defesa de Dilma já disse que não quer Mendes como relator, alegando que a ministra Maria Thereza tem de continuar na função, já que a transferência de relatoria, segundo essa leitura, só se daria se o mérito tivesse sido julgado. O PSDB certamente vai argumentar que se deve seguir no TSE o rito do STF.

O que fará Toffoli? Espero que decida segundo a prática do Supremo. Até porque é preciso tomar cuidado para que não se inaugure uma prática em que ministros têm declarada informalmente a sua suspeição. Se o PT acha que não pode ser Mendes, que formalize, então, uma denúncia de suspeição do ministro. Não cabe a Toffoli quebrar esse galho para o PT.

Ademais, é mentira que Mendes decida sempre contra o que quer o PT. Basta consultar o arquivo para saber que não é assim. Parece que o que os companheiros não querem mesmo é o rigor técnico do ministro.
Herculano
21/10/2015 19:59
O NAUFRÁGIO DO VICE-ALMIRANTE QUE TRIPULAVA ROUBALHEIRAS NUCLEARES TIROU O SONO DO COMPARSA QUE ACABOU DE ASSASSINAR A CPI, por Augusto Nunes, de Veja.

No relatório que desmoralizou de vez a infame CPI que fingiu investigar a Petrobras, o deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ) absolveu os criminosos, condenou os homens da lei e se declarou indignado com o que considera "excesso de delações premiadas" ocorridas na Operação Lava Jato. É compreensível que o relator de araque atravesse madrugadas pensando em gente que, para escapar de punições mais salgadas, topa contar tudo o que sabe.

Luiz Sérgio não dorme direito desde julho passado, quando foi preso pela Polícia Federal o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. Nomeado por Lula em 2005, o militar de 76 anos presidiu a Eletronuclear até abril. Nesse período, sem desativar sua "empresa de consultoria", reativou as obras da usina de Angra, refez os contratos com empreiteiras que no momento chapinham no pântano do Petrolão e embolsou propinas que somam pelo menos R$ 4,5 milhões.

Nesse mesmo espaço de tempo, Othon estreitou as relações suspeitíssimas que mantém com Luiz Sérgio desde os anos 80. Eles se conheceram quando o engenheiro nuclear servia à ditadura e o líder sindical rezava no altar do PT. Descobriram que haviam nascido um para o outro depois que Luiz Sérgio se elegeu prefeito. Os laços ficaram mais sólidos a cada campanha eleitoral. E viraram amigos de infância quando o deputado pousou no primeiro escalão do governo Dilma.

No Ministério de Relações Institucionais e no da Pesca, Luiz Sérgio ficou famoso pela sabujice incondicional aos chefes da seita. Esse traço de caráter não é mais repulsivo que o prontuário. Se o vice-almirante revelar tudo o que fez junto com o deputado, a dupla terá tempo de sobra para colocar a conversa em dia no pátio de uma cadeia.
Herculano
21/10/2015 19:53
ANORMALIDADE PRESIDE A CÂMARA NORMALMENTE, por
Josias de Souza

A presença de um denunciado por corrupção na poltrona de presidente da Câmara produz cenas constrangedoras. Nesta quarta-feira, Eduardo Cunha amargou um protesto no Salão Verde, próximo da entrada do plenário.

Adversária de Cunha, a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), filha do notório ex-governador Anthony Garotinho, juntou-se a militantes e deputados do PSOL para hostilizar o mandachuva da Câmara no instante em que ele concedia entrevista coletiva.

Minutos depois, Cunha recebeu uma homenagem a portas fechadas. Coisa prevista desde a semana passada. A pretexto de inaugurar uma foto do personagem na galeria de seus ex-líderes, a bancada do PMDB ofereceu palco a Cunha para discursar. Do lado de fora, ouviram-se aplausos.

E a Câmara vai sendo presidida normalmente pela anormalidade.
Herculano
21/10/2015 19:06
ENCHENTE À FRENTE. ÁGUA NO CHOPE DAS FESTAS DE OUTUBRO? PREVISÃO DO TEMPO, 22 A 26 DE OUTUBRO DE 2015, segundo Ronaldo Coutinho, do Climaterra, de São Joaquim

CONDIÇÕES DE ENCHENTE (PODE SER BEM SIGNIFICATIVA) NO VALE DO ITAJAÍ NAS PR?"XIMAS 24/48 HORAS.

QUINTA-FEIRA; Áreas de instabilidade sobre SC. Céu nublado a possíveis intervalos de sol por entre as nuvens em alguns pontos do Estado. Chuva e trovoada isolada no decorrer do período com intervalos de melhoria. Chance de chuva moderada a forte pontualmente (50/130 mm), especialmente no vale do Itajaí. Nevoeiro isolado, mais nas serras, morros e vales.

Temperatura em declínio. Mínimas 15/20°C na maior parte do Estado, entre 15/19°C no litoral e boa parte do vale do Itajaí e entre 12/15°C em pontos do topo da serra, máximas entre 20/25°C na maior parte SC, 18/21°C/no topo da serra/+ de 1200 m e pontos da orla, 25/28°C em pontos do oeste.

Vento de sudoeste a sudeste/leste no litoral e áreas próximas, rajadas ocasionais acima dos 25/45 km. Vento de nordeste/noroeste a sudoeste/sudeste no interior com rajadas ocasionais acima dos 25/45 Km. Nas atividades ao ar livre, lavouras e pomares, colheita e tratamento, condições; ruim a regular.
Herculano
21/10/2015 15:19
UM ENREDO PARA O BRASIL? por Roberto Damatta, para o jornal O Globo
Parte 1

Na semana passada, falei da possibilidade de ler o Brasil. Pertencer é ser: é uma leitura da "terra" onde nascemos por obra do acaso. Toda autorreflexão coletiva tem seu enredo, seus fracassos, sua cosmologia e muitos investimentos.

Qual seria o enredo do Brasil?

Se a resposta é a de que nada presta mesmo com a "esquerda" no poder, então há algo de podre no reino do pré-sal. Falta boa-fé e honestidade.

Quantas éticas inscrevemos nas leis que governam o nosso país? Um Estado nacional que, conforme disse um esquecido brasilianista, virtualmente experimentou todos os regimes políticos conhecidos?

Fomos abandonados por quase 100 anos e, em seguida, marcados por um sistema ultracentralizado. Em 1808, passamos a ser o centro do reino lusitano. Um rei aliado a contragosto às forças da reação europeia fugiu do seu reino e transformou uma periferia feita de índios e papagaios numa corte com mais papagaios do que índios. A eles se juntaram os mais ou menos 15 mil aristocratas e criados. A cidade marginal passou a ser o centro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve.

Tais passagens não se fazem impunemente.

O rei dos contos de Trancoso vira gente. O reino, carnavalizado, é num evento único da história das colonizações. O Rio comanda uma Lisboa ressentida e as figuras sagradas pela aristocrática foram humanizadas.
Herculno
21/10/2015 15:18
UM ENREDO PARA O BRASIL? por Roberto Damatta, para o jornal O Globo
Parte 2

Foi de dentro desse passado que o Brasil libertou gradualmente os seus escravos, fez a sua República e iniciou o seu enredo de país moderno e igualitário. Mas como realizar tal passagem num sistema tocado a escravidão e baronatos que se transformaram em senadores, juízes, governadores e presidentes sem um povo livre capaz de elegê-los? Viramos República no papel, mas continuamos sendo o país do carnaval e das restrições hierárquicas do "Você sabe com quem está falando?" e de um clientelismo cósmico.

Como realizar a igualdade se existem categorias sociais que só podem ser julgadas por seus pares? Se os crimes prescrevem e, pelos menos, os financeiros compensam? Como adotar uma ética de igualdade num país onde os administradores públicos estão literalmente isentos de julgamento de modo que o mentir se tornou parte do ofício de governar?

Escrevemos um sistema político igualitário sem uma ética de igualdade. Como disse um pouco lido Gilberto Freyre, em Ordem e Progresso: "O que se fez com a Marinha desde os primeiros dias da civilização da República de 89 foi o que se fez com o Exército, com o Rio de Janeiro, com os portos, com as indústrias: cuidou-se da modernização das coisas e das técnicas sem se cuidar ao mesmo tempo da adaptação dos homens ou das pessoas a novas situações criadas pela ampliação ou pela modernização tecnológica da vida brasileira".

Ou seja, mudamos iludidos pela dimensão político-institucional, mas pouco mudamos os costumes e os ritos pessoais das velhas reciprocidades. Não conseguimos passar para a sociedade a ética republicana que revolucionava tudo, menos os revolucionários que continuaram a conceber a dimensão política como um campo separado da sociedade supondo que os costumes iriam se transformar por decreto.

Daí as regalias extraordinárias com as quais traduzimos no nosso republicanismo os poderes que o dinamizam. Entrar no poder no Brasil é se garantir de ser servido pela sociedade. Mais: é estar protegido por uma rede legal que até hoje esquece os crimes, centrando-se muito mais no processo legal. A legislação é mais usada como um complicado código do que como aberto guia de comportamento.

A crise revela um enredo reprimido. Como conjugar éticas do privilégio de certos papéis e poderes (o Judiciário é o melhor exemplo), mas que atuam num campo onde predomina a tal "ética capitalista"? Esse conflito, hoje ampliado por uma tecnologia de transparência globalizada, traz à tona as contradições, mas impede a sua resolução porque o sistema legal é um emaranhado construído para manter os privilégios de quem está no poder.

Aliás, a igualdade republicana acabou por dar mais força aos elos pessoais simbolizada no inextinguível "Você sabe com quem está falando?". Em vez de domesticar o lado privilegiado do sistema, nós o atrelamos aos recursos coletivos que são sistematicamente roubados pelos governantes em nome do povo e com legitimidade moderna da ideologia e do rito eleitoral.

Penso que o nosso enredo passa por esse sistema movido por múltiplas éticas, mas que é sempre pensado em termos puramente político, ideológico e partidário.

Não por acaso que, nas ruas, exigem-se confiabilidade, empoderamento dos marginalizados, competência administrativa e de muita honestidade.

Enfim, tudo indica que chegou a hora de virar de fato uma democracia igualitária, ou de deformar-se como uma enorme República onde o Estado engana ideologicamente a sociedade, roubando-lhe o autorrespeito e a dignidade
Herculano
21/10/2015 15:11
A FALSIDADE COMO MEIO DE VIDA, por José Nêumanne, no jornal O Estado de S. Paulo
Parte 1

Em 2009, já escolhida pelo então chefe, Luiz Inácio Lula da Silva, para lhe suceder na Presidência da República, Dilma Rousseff teve registrada no currículo oficial, divulgado no site da Casa Civil, que chefiava, sua condição de mestre (master of science) e doutora (Ph.D.) em Ciências Econômicas pela Universidade de Campinas (Unicamp). Pilhada em flagrante delito pela revista Piauí, ela reconheceu que não era nada disso. E mandou corrigir seu Curriculum Lattes (padrão nacional no registro do percurso acadêmico de estudantes e pesquisadores, adotado pela maioria das instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa do País), que informava ter ela cursado Ciências Sociais.

Falsificar Curriculum Lattes equivale, na Academia, a usar um falso diploma de médico. Cobrada, Dilma justificou-se: "Aquela ficha do Lattes era de 2000. Eu era secretária de Minas, Energia e Telecomunicações no Rio Grande do Sul. Eu não tinha mais nenhuma vida acadêmica. Eu era doutoranda porque eu não tinha sido jubilada, era doutoranda. Ao que parece eu fui jubilada em 2004, mas não fui comunicada".

Do episódio se conclui que, pelo menos desde então, Dilma tem mantido hábitos que se mostraram recorrentes nas duas eleições presidenciais que disputou (em 2010 e 2014) e nos mandatos que nelas obteve. Um deles é conjugar verbos repetitivamente na primeira pessoa do singular. Outro, recusar-se a assumir a responsabilidade pelos próprios erros. Para ela, a culpa era do Lattes, não dela. Já no dilmês tatibitate, ao qual o País se acostumaria nestes tempos, ela se eximiu da falsificação do documento. Quem falsificou seu currículo? Ela mesma nunca se interessou em saber e denunciar. Nem explicou como pagou créditos de doutorado sem ter apresentado dissertação de mestrado, como é praxe. Esta, contudo, é uma mentira desprezível se comparada com outro acréscimo que fez a sua biografia: o da condição de heroína da democracia, falsificando o conceito básico que definiria o objetivo de sua luta.
Herculano
21/10/2015 15:11
A FALSIDADE COMO MEIO DE VIDA, por José Nêumanne, no jornal O Estado de S. Paulo
Parte 2

Ela combateu, sim, a ditadura, ao se engajar num grupo armado de extrema esquerda de inspiração marxista-leninista, o VAR-Palmares. Sua atuação está confirmada em autos de processos na Justiça Militar, em que foi acusada de subversão e prática de atentados terroristas. E foi narrada em detalhes por Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, que a delatou em depoimento mantido no arquivo digital de O Globo (oglobo.globo.com/politica/confira-integra-do-depoimento-de-beto-dado-em-1971-2789754). Dilma mente porque, como atestam ex-guerrilheiros mais honestos, eles não lutavam por uma democracia burguesa, mas, sim, pela "ditadura do proletariado" de Marx, Lenin, Stalin, Pol Pot, Mao e dos Castros.

Na campanha pela reeleição, que ela empreendeu em 2014, Dilma parecia padecer de uma compulsão doentia à mentira. No palanque, ela prometeu o Paraíso de Milton e já nos primeiros dias do segundo governo, este ano, começou a entregar a prestações o Inferno de Dante. No debate na Globo com Aécio Neves, do PSDB, que derrotaria nas urnas, ela sugeriu à cearense Elizabeth Maria, de 55 anos, que disse estar desempregada, apesar de seu diploma (não falsificado) de economista, que procurasse o Pronatec. Em 2015, esse carro-chefe da propaganda engendrada pelo bruxo marqueteiro João Santana, o Patinhas, terá 1 milhão de vagas, um terço das do ano passado. E, em sua Pátria Enganadora (que "Educadora"?), foram cortados R$ 2,9 bilhões das escolas públicas.

Este é apenas um dos exemplos da terrível crise econômica, política e moral, com riscos de virar institucional, causada pela desastrada gestão das contas públicas em seu primeiro mandato, em especial no último ano, o da eleição, Em 2014 viu-se forçada a violar a Lei da Responsabilidade Fiscal, cobrindo rombos nos bancos públicos para pagar programas sociais, como seria reconhecido até por seu padimLula.

Tudo isso põe no chinelo os lucros do falsário Clifford Irving, causador de imensos prejuízos no mercado das artes plásticas e que terminou virando protagonista de Orson Welles no filme Verdades e Mentiras. Não dá para comparar milhares de dólares perdidos na compra de obras de arte falsas com a perda de emprego por mais de 1 milhão de brasileiros em 12 meses nem a empresários fechando suas empresas.

Os dois só se comparam porque neles falsificar é meio de vida ?" jeito de obter um emprego e se manter nele. Na Suécia, onde começou a semana, Dilma fez seu habitual sermão da permanência doa a quem doer (e como dói!). Questionada se havia risco de os contratos que assinou serem anulados por um sucessor que capitalize a crise criada por seu desgoverno, afirmou: "O Brasil está em busca de estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional". A imprecisão semântica serve à falsificação da realidade ?" não como método, mas como ofício. Se se busca estabilidade, estabilidade não há. Não é necessária ruptura institucional para ela cair.

E ontem ela atingiu o auge do desprezo à inteligência alheia ao repetir a madrasta da Branca de Neve em frente ao espelho, num delírio de falsidade e má-fé: "O meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção".

Os jardineiros de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, pintavam de vermelho rosas brancas que plantaram, em vez de vermelhas, que a Rainha de Copas os mandara plantar. Quem apoia a alucinação obsessiva de nossa Rainha de Copas falsária 150 anos após a publicação da obra ?" "depô-la é golpe" ?" não tem memória. Pois ignora que o que ela tenta é alterar a cor da História: o primeiro presidente eleito pelo voto direto depois da ditadura, Fernando Collor, hoje investigado por corrupção, foi deposto por impeachment e substituído pelo vice, Itamar Franco, por quem ninguém dava nada, mas que nos libertou da servidão da inflação. O resto é a falsidade de ofício dela.
luiz
21/10/2015 15:04
Engraçadinha a Dilma dizer que no governo dela não tem corrupção.
O pior é que tem gente que vai em tribunas defender esta sem vergonha, ou seja, é tão sem vergonha quanto..cambada de safados, bandidos, etc...
Herculano
21/10/2015 14:32
O PATO É NOSSO, por Rodrigo Craveiro, para o jornal Correio Braziliense

Equilibrar as finanças. Foi a justificativa da presidente Dilma Rousseff ao sair em defesa da famigerada e polêmica CPMF. Como se não bastasse a inflação a corroer o bolso do cidadão e a minar o poder de consumo - verve da ideologia petista -, o povo é quem vai pagar o pato. Caberá a nós tirar dinheiro da própria conta para reparar a duvidosa gestão orçamentária de um governo que luta para levantar e equilibrar sua popularidade. Caberá a nós inverter o conceito de democracia e determinar que é o povo quem faz para o governo, não o contrário.

O brasileiro precisará consertar as ações perdulárias de um sistema político carcomido pela corrupção e pela ampla chance de impunidade. Os assalariados, homens e mulheres que se reinventam para sobreviver, vão precisar cooperar para salvar as contas do país. Sem saber o que comerão amanhã e nutrindo a certeza de que jamais terão R$ 20 milhões em contas na Suíça nem carros de luxo não declarados à Receita. Também jamais deixarão valores humanos, como a dignidade e a honestidade, escaparem ralo abaixo pelos esgotos da sandice humana em troca de punhados de dinheiro público.

É chegada a hora de o Brasil cobrar a moralização da política. Chega de jogatinas escusas para reduzir a pena ou salvar a pele de gestores e de engravatados que parecem desconhecer o conceito de Welfare State, o Estado de bem-estar social. Pensam muito mais na manutenção do poder enquanto status e via de enriquecimento ilícito do que no interesse do cidadão. Entopem-se das benesses e confortos do próprio sistema e se esquecem de que, para além de seu mundinho refrigerado e cheio de verbas, existe gente desesperada, sem teto e sem pão.

Chega de um Congresso que premia com salários astronômicos a inépcia de seus representantes. Chega de artimanhas em benefício de empreiteiras e de proselitismo político. O cidadão brasileiro merece e precisa exigir o mínimo de respeito de políticos que se julgam acima de Deus na Terra. Afinal, foram colocados no posto pelo próprio eleitor e a ele devem prestar contas. As ruas, mas também as urnas, são os principais ambientes para protestos calcados no bom senso e no máximo exercício da cidadania. Estamos cansados de pagar o pato em um Brasil que se acha gigante, mas que se apequena ante uma saída moral para o próprio futuro.
Herculano
21/10/2015 14:24
DESRESPEITO AO SUPREMO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

O governo de Dilma Rousseff, seguindo o padrão instituído pelo PT, entrou de vez no terreno da leviandade ao qualificar como "política" qualquer eventual decisão judicial que acolha as acusações contra a presidente e que podem lhe custar o mandato.

Como o Planalto tem "convicção de que não há base jurídica" para o impeachment, conforme disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deduz-se que, se o entendimento dos tribunais for diferente, estará configurado o vício do processo. "A Constituição federal é clara quando diz que nenhuma lesão ao direito ficará afastada do Poder Judiciário. E tenho certeza de que o Supremo Tribunal Federal (STF) não agirá politicamente", declarou Cardozo.
O governo planeja empreender uma guerra judicial, em todas as instâncias, para impedir que prosperem ações em favor do afastamento de Dilma. Conta, evidentemente, com a boa vontade do presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, que já informou a líderes governistas que pretende dar livre curso a qualquer petição que questione o "açodamento" de processos contra Dilma, conforme informou o Estado.


Ao mesmo tempo, o Planalto trata de desqualificar as tentativas de responsabilizar Dilma pelas chamadas "pedaladas fiscais", isto é, as manobras contábeis para fechar as contas do governo à custa de bancos públicos. Argumenta que outros governos fizeram isso no passado e não foram punidos. Além disso, questiona a própria ideia de "pedalada" como crime de responsabilidade, ao sugerir que essa manobra não só é legal, como serviu para garantir o pagamento de benefícios sociais.


Defender-se com os mecanismos que a lei faculta é um direito inquestionável do governo, cabendo àqueles que acusam Dilma fundamentar corretamente suas ações para obter sucesso nos tribunais. Mas a presidente e seus auxiliares estão extrapolando seu direito à ampla defesa. Eles decidiram qualificar como "golpe" a mera possibilidade de sofrer qualquer revés judicial, o que configura inaceitável pressão de um Poder sobre outro.


Esse tem sido o comportamento do PT e de seus militantes desde o julgamento do mensalão. São inesquecíveis as palavras de ordem dos petistas em defesa dos companheiros flagrados com a mão na cumbuca e devidamente condenados: esses delinquentes - "membros da quadrilha, reunidos em verdadeira empresa criminosa", como salientou o ministro Celso de Mello em seu voto no STF - deveriam ser considerados, na verdade, "guerreiros do povo brasileiro". Em 2010, quando ainda era presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva disse que, quando deixasse o poder, desmontaria o que chamou de "farsa do mensalão", modo nada sutil de pressionar o STF e colocar em dúvida a lisura e a independência dos ministros que ali trabalhavam.


Esse padrão petista voltou agora com toda a força. O julgamento das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sofreu todo tipo de constrangimento por parte do Planalto. Às vésperas da sessão do TCU que acabou por rejeitar as contas, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, chegou a dizer que o ministro relator do processo, Augusto Nardes, atuava como um "agente político".


Assim, quando se trata de crimes que envolvem petistas, o governo - que se arvora pioneiro no combate aos malfeitos no País - tudo faz para criar embaraços para aqueles que se dedicam a investigar e julgar esses casos. Tal comportamento revela o traço autoritário que marca o PT desde que chegou ao poder - e que transforma qualquer forma de oposição e de condenação judicial em "golpismo".


Ora, a tentação golpista se revela mesmo é quando se insinua, como ocorreu no mensalão, que o STF pode agir como um "tribunal de exceção", exarando sentenças tão somente para "criminalizar o PT". Ou então quando não se respeita a Suprema Corte do País, sugerindo que ela pode vir a tomar uma decisão "política", como afirmou, com estudada singeleza, o ministro da Justiça.
Herculano
21/10/2015 14:20
A VACA, O VAMPIRO E O PINOQUIO, por Gaudêncio Torquato, para o jornal Folha de S.Paulo

No momento em que o Brasil se debruça sobre as crises que o afligem, valendo-se da análise de circunstâncias que ameaçam a governabilidade, três entes resumem o repertório de conceitos, mazelas e problemas que devastam as esferas da gestão, da política e da economia.

São eles: a vaca, o vampiro e o Pinóquio. A vaca é a grande mãe, a deusa que, para o homem primitivo, se repartia nos rios, nas árvores, nos fenômenos naturais. Entre nós ela assume também a posição de entidade que encobre, abriga, defende e acalenta. É fácil deduzir que a vaca é o próprio Estado, que acaba oferecendo o bico para milhares de brasileiros sugarem suas tetas.

O Estado brasileiro jamais deixou de ser considerado por parcela significativa da elite política uma "cosa nostra", núcleo da grande família, dos donos do poder, que cultivam o filhotismo, o nepotismo e o familismo, transformando a função pública em patrimônio pessoal.

O país ainda não entrou no século 21 em matéria de gestão do Estado, cujos pilares repousam em critérios de mérito, racionalidade, controles, transparência, qualidade de serviços e descentralização. São quase 12 milhões de servidores públicos nas três instâncias federativas, ou seja, 1 em cada 10 brasileiros em idade de trabalhar, número que poderia não impressionar se o contingente fosse qualificado, não escudado no patronato político.

A mamãezada, que, segundo o dicionário Houaiss, é o "descaso ou conivência dos responsáveis que dão cobertura a subordinados, em caso de imoralidade no serviço público", constitui a base da muralha que esconde desvios e atos ilícitos.

Eliminar essa chupeta com os instrumentos da modernização do Estado, implicando nova metodologia para composição dos quadros públicos, é a primeira providência que se espera. Não adianta fusão ou enxugamento de estruturas sem que esse gesto leve a um profundo corte nos 12% do PIB consumidos na administração pública.

O segundo ente a ser eliminado é o vampiro. É sabido que vampiro só aparece na calada da noite. O país, de Norte a Sul, é uma gigantesca festa de vampiros. São encontros na surdina para conluios, emboscadas, negociatas e tramoias. É assim que o sangue da ação é sugado.

A receita para eliminar a vampiragem é única: raio de Sol. Maços de alho e crucifixos não são suficientes para afugentar vampiros. Com luz na cara, eles correm para suas tumbas e caixões. Em suma, escancarar as administrações.

Por último, resta cortar o enorme nariz de Pinóquio, o boneco que domina os palcos da política. Pinóquio é a encarnação do Estado-espetáculo. Essa concepção deriva do conceito de política como teatro.

Remonta aos tempos antigos, mas ganhou força a partir dos meados do século passado, com as campanhas políticas norte-americanas. Napoleão calculava o efeito de suas palavras e gestos. Hitler recebia aulas de declamação. Na história mais recente, Kennedy, exuberante, derrotou um cansado e gripado Nixon na campanha de 60.

No Brasil, a oratória ensinada pelo marketing é um exercício de prestidigitação. O importante é a versão, não a verdade. A palavra é usada para encobrir o pensamento, driblar a intenção. A verdade pouco aparece em locuções encadeadas com sujeito, verbo e complemento.

O reino do Pinóquio ocupa a vastidão do território. Arabescos, cosméticas exageradas, jargões, discursos retumbantes e mentiras repetidas -esse é dicionário usado por Pinóquio. O serrote para cortar o nariz de Pinóquio é a consciência. Um valor em crescimento no país.
Ilhota Querida
21/10/2015 14:00
Caro Herculano, agora veremos quantos serão o MONTÃO de gente que irá sair da prefeitura com a Lei do Nepotismo. Estou aguardando a lista com os nomes do MONTÃO de gente que vai sair que o Sr. Almir Ilhota, o Sr. Evilásio e o Sr. Papa Cabeça de Bagre estão alegando. Até agora não souberam informar, a lista deles é a palavra MONTÃO. Para ser verdade o que eles estão falando, tem que sair no mínimo 59 pessoas pela lei do Nepotismo que equivale a 10% dos funcionários, daí eu passarei a concordar com eles e falarei que eles falam a verdade e não mentira. Para ser MONTÃO tem que sair no MÍNIMO 10% dos funcionários. Enquanto eles não me comprovarem em números ou listarem quem vai sair, vamos aguardar para ver se o que eles falam tem credibilidade hahaha
Herculano
21/10/2015 13:48
NEPOSTISMO EM ILHOTA, ETO DO PREFEITO É DERRUBADO POR SETE A DOIS.


Ontem dia 20, em sessão ordinária, os vereadores apreciaram e rejeitaram o veto do prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, ao Projeto de Lei Parlamentar n° 01/2015 que proíbe a nomeação de servidores em cargo de provimento em comissão, na administração pública municipal direta e fundacional, e na Câmara Municipal, de parente ou convivente das autoridades especificadas no projeto

Votaram pela rejeição do vetoos vereadores, Alyne Debrassi e Silva, PSD, Luiz Fischer, Almir Anibal de Souza, Lavino Miquel Nunes, Francisco Domingos, todos do PMDB, Paulo Roberto Drun, PSDB e Robert Prebicanca, PP.

Pela manutenção do veto os vereadores Fabricio Pereira, PSDB e Gilberto de Souza, PP, e que são alcançados pelo projeto.

Com derrubada do veto pela maioria absoluta dos vereadores, o projeto de lei passou a ser lei esta que recebeu o n° 1.800/2015, sendo que a mesma será encaminhada ao prefeito que terá 48 horam para promulgá-la, se não o fazendo o Presidente da Câmara de Vereadores de Ilhota o vereador Lavino Miguel Nunes o fará.
Pagando Brabo
21/10/2015 13:41
Interessante só em Gaspar mesmo, em nosso DITRAN que não tem comando, os dois funcionários da manutenção que ganham 40 horas extras mensais, chegam no serviço 06:30 pegam a viatura da manutenção paga com o dinheiro público vão na padaria tomam cafe compram pão voltam para o setor e começam a trabalhar 08:00 da manha. Bom isso é um dos muitos absurdos que acontece no DITRAN, que falta comando e comprometimento
Sidnei Luis Reinert
21/10/2015 09:48
Depois de conter risco de impeachment, Dilma e Cunha fingem guerra, para barrar impressão do voto


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A esperada pizza na CPI da Petrobras foi apenas a primeira prova concreta de que existe um grande acordo de bastidores entre a turma da Presidenta Dilma Rousseff e os poderosos aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Nem a ingênua Velhinha de Taubaté, personagem veríssima em Bruzundanga, consegue acreditar na pretensa guerra entre Dilma e Cunha. A dupla, que se odeia sinceramente, só trava uma disputa real: para ver quem tem menos condição que o outro para permanecer na cargo. Ambos só se sustentam no País da Impunidade, sob governança do crime organizado.

Aparentemente, o desgoverno conseguiu bloquear o risco de prosperar o impeachment (que pouco resolveria, pois só trocaria seis por meia dúzia). Agora, o esforço do Palhasso do Planalto é impedir que ganhe força uma campanha nacional que chama a atenção para a maior fragilidade do processo político brasileiro: a lisura do processo eletrônico de eleição. A ordem é criar todas as dificuldades para conter o crescimento popular da campanha pela impressão do voto, para permitir uma recontagem - total ou até por amostragem.

A contagem inquestionável no processamento informatizado, que não tem transparência, é um estranho dogma cultuado pela Justiça Eleitoral. A cúpula do Tribunal Superior Eleitoral, de forma democraticamente inexplicável, sempre se posicionou contrária a qualquer projeto de impressão de voto para posterior conferência. O subdesenvolvido e corrupto Brasil é o único lugar do planeta que adota tal modelo em que os eleitores e os partidos não têm capacidade real de fiscalizar e auditar, de verdade, o resultado eleitoral.

Acreditar na lisura da contagem feita por um sistema fechado é o mesmo que ter a estúpida convicção de que não existe corrupção no governo (tese da Presidanta eleita e reeleita na base da dogmática dedada eletrônica sem direito a recontagem). A lisura total do moderníssimo processo de votação é uma necessidade urgente para o começo de qualquer aprimoramento institucional no Brasil. Trata-se do primeiro passo para impedir ou criar dificuldades para a escolha de parlamentares na base da compra de votos - suspeita bastante concreta que paira por um processo dogmático como o brasileiro.

A batalha pela implantação da impressão do voto pela urna eletrônica, com a conferência imediata do maior fiscal (o cidadão-eleitor-contribuinte) é um tema de extrema importância que pode assumir a prioridade na pauta de reivindicações na nova onda de protestos de rua, que recomeça sem o aparelhamento direto da "movimentomania" - um bom negócio para alguns oportunistas e para muitos partidos sem verdadeira expressão popular. O brasileiro precisa ter o direito básico de ter a certeza que elegeu o político no qual efetivamente votou - o que não acontece no atual processo eleitoral que carece de legitimidade.
Herculano
21/10/2015 08:15
"BRIGAR COM CUNHA É SE ATRACAR COM UM GAMBÁ", por
Josias de Souza

Os operadores políticos do Planalto classificaram como um erro primário de Dilma o bate-boca travado com Eduardo Cunha. Na noite passada, em conversa com um senador governista, um ministro de Dilma resumiu a encrenca assim: "Nesse momento, brigar com o Eduardo Cunha é mais ou menos como se atracar com um gambá. Mesmo que vença a briga, você sai cheirando mal."

O que o auxiliar de Dilma declarou, com outras palavras, foi o seguinte: o mal de Dilma discutir com um personagem que a Procuradoria da República considera corrupto é o pessoal que assiste não conseguir distinguir quem é quem. De resto, a dupla nega com tanta ênfase o envolvimento com corrupção que ninguém se arriscaria a discutir com especialistas.
Herculano
21/10/2015 08:10
TCHAU, DILMA! DÉFICIT PODE CHEGAR A 1,53% DO PIB. É CRIME! BOLSA FAMÍLIA PODE PERDER R$ 10 BILHÕES, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Tirou-se o manto diáfano da fantasia do governo Dilma, mas a governanta parece ainda não se ter dado conta da nudez crua da verdade, para lembrar Eça de Queirós. E por isso, tende a insistir em permanecer no Palácio do Planalto, embora os fatos insistam em conspirar contra ela, lembrando-lhe não mais do que a sua biografia de governo.

Como era esperado e como sabia qualquer pessoa que analisasse os números, e já se tratou disso aqui tantas vezes, o governo não vai fazer neste ano aquele 0,15% de superávit primário. Nesta quinta, deve assumir um déficit que chegará, no mínimo, a 0,85% do PIB. Mais um. E ainda será um número falso. No ano passado, as contas já ficaram no vermelho. Por isso Dilma pedalou. E por isso tem de perder o mandato ?" por isso também, note-se.

O rombo neste ano deve chegar a R$ 50 bilhões ?" no ano passado, foi de R$ 32,5 bilhões. Embora ela o tenha negado de pés juntos. Atenção! Para tentar se livrar de uma reprovação das contas no Congresso, o governo prometeu compensar os bancos públicos pelo bicletismo. Aí o rombo pode chegar perto de R$ 90 bilhões. Sim, só de assalto aos bancos públicos, aquele que o governo negava, há um passivo de uns R$ 40 bilhões relativo a 2014. Aí o déficit primário chegará a espantoso 1,53% do PIB.

Segundo, no entanto, a Fundação Perseu Abramo, do PT, o próprio partido e os economistas de esquerda, não há crise nenhuma no Brasil. Tudo seria uma invenção de neoliberais. No congresso da CUT da semana passada, onde Dilma ouviu, impassível, "Fora, Levy", Lula recomendou incentivar o crédito e aumentar os gastos públicos.

Alguma surpresa? Não! Foi preciso desacelerar a economia e praticar recessão, não por boniteza, como diria Guimarães Rosa, que Dilma gosta de citar, mas por necessidade. A arrecadação despencou, e o dinheiro faltou. Simples assim. Dramático assim.

É por isso que as agências de classificação de risco deram um downgrade no país. Assumir a piaba, no entanto, não quer dizer resolver o problema. Para lembrar: o Brasil já está no primeiro degrau do patamar especulativo na Standard & Pooor's e a apenas um de atingir a mesma condição da Fitch na Moddy's.

A expectativa é que, assumindo o tamanho do problema, o país evite novo rebaixamento em razão da sua sinceridade. Não me parece que possa dar certo. Um sincero quebrado continua? quebrado.

Orçamento de 2016
O país insiste num superávit de 0,7% no ano que vem ?" lembre-se que, também nesse caso, a ideia era admitir o déficit. Como consequência, veio o rebaixamento da S&P. Para tanto, o relator da peça orçamentária, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), vai propor um corte de, atenção!, 35% nos gastos do Bolsa Família. Estão previstos, no ano que vem, R$ 28,8 bilhões para a área ?" que ficaria com pouco menos de R$ 19 bilhões.

O deputado fez um raciocínio que costuma levar ruminantes de esquerda e do PT a uma concussão cerebral: "No Bolsa Família há uma grande rotatividade. As famílias que estão no programa serão mantidas e as que saem não serão substituídas, é simples o raciocínio. Precisamos ser racionais, e não agir com emoção. Não vou votar um Orçamento deficitário."

O que dirá Dilma? O que dirão os petistas? Não custa lembrar que a governanta venceu a eleição por uma estreita margem, e uma das campanhas terroristas do petismo insistia que Aécio Neves, do PSDB, se vencesse a disputa, iria pôr fim ao Bolsa Família. Digamos que esse se tornou o território sagrado do PT.

Atenção! O governo estuprou a Lei de Responsabilidade Fiscal no ano passado. Fez o mesmo neste ano. Tende a repetir a dose no ano que vem. Isso, por si só, se querem saber, caracteriza crime de responsabilidade.

Qual é a espírito da LRF, a cada item? Não se cria despesa sem receita que a cubra. Se vale para cada parte, tem de valer para o todo. Dilma sustentou o último ano de seu governo e o primeiro do novo na base dos crimes fiscais. Sem contar o resto da bandalheira.

Esta senhora está contribuindo para afundar a economia do país. Mais uma vez, volta-se ao ponto: tire-se Eduardo Cunha do meio do caminho, que os tontos juram ser o problema, e resta o quê?

Dilma poderia encurtar a agonia de todos nós e pedir para sair. A crise econômica já está aí. A política está dada. A de governança é evidente. Essa costuma ser a receita de uma crise social, que é sempre mais feia.

Atenda ao chamado do bom senso, Dilma, e peça para sair. Enquanto é tempo.
Herculano
21/10/2015 08:05
CONDENAÇÃO DE VACCARI PROVA QUE PT INSTITUCIONALIZOU CORRUPÇÃO, DIZ AÉCIO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mariana Haubert, da sucursal de Brasília.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta segunda-feira (21) que a condenação do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto a 15 anos de prisão por seu envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras representa a institucionalização da corrupção promovida pelo PT para se manter no poder.

O tucano cobrou ainda uma posição da presidente Dilma Rousseff em relação ao tesoureiro, que ajudou na arrecadação de recursos para a campanha eleitoral que levou à reeleição da petista.

"Com a condenação hoje do primeiro agente político do processo do petrolão, na verdade nós assistimos à condenação de todo esse esquema institucionalizado de corrupção que o PT estabeleceu para se manter no poder. Mais do que o enriquecimento pessoal dos agentes que participaram desse processo, a gravidade é maior quando o dinheiro da propina interfere no processo político e democrático como atestam os fatos que levaram a essa condenação", disse.

Candidato derrotado à Presidência no ano passado, Aécio cobrou que Dilma diga novamente se confia ou não em Vaccari. De acordo com o tucano, questionada durante a campanha se confiava em Vaccari ou não, a presidente permaneceu em silêncio. "O seu silêncio foi a confirmação de que confiava", disse.

"Cabe agora à presidente dizer aos brasileiros se continua confiando no 'seu' João Vaccari Neto, responsável pela arrecadação de parte importante dos recursos que irrigaram a sua campanha ou se o juiz Moro e a Justiça Federal cometeram com ele uma grande injustiça. Com a palavra, a senhora presidente da República", completou.

Em discurso na tribuna do Senado, Aécio destacou um dos trechos da sentença do juiz Sérgio Moro escreveu que o elemento "mais reprovável" da corrupção na Petrobras talvez seja a "contaminação da esfera política pela influência do crime", em uma referência ao benefício ao PT. "A corrupção gerou impacto no processo político democrático, contaminando-o com recursos criminosos", afirmou.

"Se apoderaram do Estado nacional com o objetivo de se perpetuarem no poder. A utopia foi jogada fora. O mais grave é que roubaram a alma dos brasileiros, a crença na atividade política. Não existe futuro para nenhuma sociedade sem democracia, sem que os cidadãos façam suas escolhas com liberdade", disse.

Aécio afirmou ainda que está "cada vez mais próxima" a comprovação de que a campanha de Dilma usou dinheiro da propina e da corrupção. "Todos têm que respeitar a legislação e não podem se eleger financiados por dinheiro da propina, da corrupção como cada vez fica mais próximo de ser comprovado como a campanha da presidente Dilma", disse.

Além de Vaccari, foram condenados também o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e mais oito acusados de desvios na Petrobras investigados pela Operação Lava Jato.

É a primeira condenação na Justiça Federal do Paraná do ex-tesoureiro e do ex-diretor, que foram presos em abril e março deste ano. Cabe recurso, mas os dois vão permanecer detidos.

A ação penal abordava obras da Petrobras em quatro empreendimentos: as refinarias de Paulínia (SP) e de Araucária (PR), o gasoduto Pilar-Ipojuca, no Nordeste, e o duto Urucu-Coari (AM).

De acordo com a sentença, foram pagos R$ 23,4 milhões em propina na Diretoria de Abastecimento, pelos consórcios Interpar e CMMS, e outros R$ 43,4 milhões na Diretoria de Serviços.

Vaccari foi acusado de articular repasses de ao menos R$ 4,3 milhões da propina para o PT, inclusive por meio de doações oficiais. Para o juiz Sergio Moro, havia coincidência entre as doações e os pagamentos da Petrobras ao consórcio Interpar.

O ex-tesoureiro petista, que também é réu em outras ações, foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção. Também precisará pagar multa de cerca de R$ 820 mil.

PT

Em nota, o PT afirmou que considera um "equívoco" a condenação de Vaccari e que confia numa reforma da sentença -considerada "injusta" pelo partido- nas instâncias superiores.
Herculano
21/10/2015 08:01
BOCUDA DO PT. A MELHOR DEFESA É O ATAQUE. UMA PRÁTICA RECORRENTE DA ORGANIZAÇÃO PARA ESCONDER AS SUAS MAZELAS, OU COMO PROTEGER OS SEUS AUTORES E IMPLICADOS.PROPRINA ERA DIVIDIDA COM CASAL DE EX-MINISTROS, AFIRMA DELATOR

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Flávio Ferreira, enviado especial a Curitiba, com Mário César Carvalho da redação de São Paulo.

Mais novo delator da Lava Jato, o advogado e ex-vereador petista Alexandre Romano disse em seus depoimentos que dividia propinas ligadas a contratos do Ministério do Planejamento com o ex-ministro Paulo Bernardo e com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari, entre 2010 e 2012. Os valores eram divididos em partes iguais, afirmou.

Depois de 2012, segundo Romano, o ex-ministro da Previdência Carlos Gabbas também passou a se beneficiar do esquema.

Investigadores da Lava Jato dizem que os desvios no Planejamento chegam a R$ 51 milhões desde 2010. Foi nesse ano que a pasta contratou, sem licitação, a empresa Consist para avaliar para bancos qual era a capacidade financeira de funcionários da pasta para tomarem empréstimos consignados. Na época, Bernardo era o ministro.

A Consist contratava escritórios de advocacia em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre e o valor que a empresa pagava a eles era repassado para petistas. Um e-mail apreendido pela Polícia Federal aponta que Paulo Bernardo indicava o que deveria ser feito com os recursos. Um motorista de Gleisi foi pago com dinheiro do esquema, segundo a PF.

Romano é considerado um personagem-chave para a apuração do caso porque ele era o responsável por receber recursos da Consist em São Paulo. O acordo foi fechado com a Procuradoria-Geral da República, em Brasília, porque Romano cita políticos em sua delação, como a senadora Gleisi Hoffmann.

O suposto esquema no Planejamento começou a ser investigado pela Operação Lava Jato, mas o Supremo decidiu mandar o inquérito para a Justiça Federal de São Paulo por entender que ele não tem conexão com a Petrobras.

Como tem foro privilegiado, Gleisi está sendo investigada pelo Supremo Tribunal Federal. Já o processo contra Paulo Bernardo, que não ocupa nenhum cargo desde que sua mulher perdeu a eleição para o governo do Paraná no ano passado, corre na Justiça Federal de São Paulo.

Segundo outro delator da Lava Jato, o lobista Milton Pascowitch, a Consist pagou R$ 10,7 milhões ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para conseguir o contrato no Planejamento. O ministério rompeu o acordo com a Consist depois que os investigadores apontaram o desvio.

Romano estava preso desde 13 de agosto em Curitiba, foi libertado neste sábado (17) por ter feito o acordo e ficará em prisão domiciliar.

OUTRO LADO

O ex-ministro Paulo Bernardo e o PT não quiseram se manifestar sobre as acusações de Alexandre Romano.

O ex-ministro Carlos Gabbas nega ter recebido recursos ilegais.

O advogado de João Vaccari Neto, Luiz Flavio Borges D´Urso, diz que seu cliente só recebia doações legais.

Para Gabbas, "a acusação não tem lógica nem fundamento" porque a Consist nunca trabalhou para o Ministério da Previdência.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) diz que não teve acesso à delação, não conhece Romano nem recebeu doações ou repasses da Consist.

O advogado de Romano, Antonio Augusto Figueiredo Basto, diz que seu cliente não fez acordo de delação.
Herculano
21/10/2015 07:46
LULA QUER "SUPER-MINISTRO" COM DILMA DE "RAINHA", por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ex-presidente Lula ainda pressiona a presidente Dilma a substituir Joaquim Levy por Henrique Meirelles, no Ministério da Fazenda. Na semana passada, em Brasília, ele tentou atrair o interesse de Meirelles com uma nova proposta: fundir a Fazenda e o Planejamento. Diante de testemunhas, Lula prometeu: "Você será super-ministro e Dilma, uma rainha da Inglaterra". Meirelles ironizou: "Ela já sabe disso?" Sabia.

Meirelles não quer

Meirelles foi categórico na recusa: "De jeito nenhum. Em pouco tempo ela vai começar me criticar pelos jornais e não vou aceitar calado".

Dilma não quer

Foi essa investida de Lula que fez Levy indignado, redigir e entregar sexta-feira (16) a Dilma o seu pedido de demissão. Ela não aceitou.

Não se bicam

Dilma sente aversão até física por Meirelles, com quem se estranhou durante o governo Lula, quando ele presidia Banco Central.

É só pose

Recusando-se a nomear Meirelles e tornando Levy sua opção pessoal, Dilma mantém certa "independência" de Lula. Mas é só pose.

NA TERRA DE RENAM CALHEIROS,85% REJEITAM DILMA

Levantamento realizado no estado de Alagoas, terra natal do principal aliado de Dilma no Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB), mostra que 84,9% desaprovam o governo Dilma e apenas 12,9% aprovam a gestão da petista. No cenário pré-eleitoral, Aécio (PSDB) lidera as intenções de votos com 33,3%, seguido pelo ex-presidente Lula (PT), 25,8%, e a ex-ministra Marina Silva (Rede), com 17,2%.

Impeachment, sim

Em relação ao impeachment, 65,5% dos entrevistados dizem concordar com a destituição de Dilma do cargo de presidente; 24% são contrários.

Segundo turno

Em um possível 2º turno contra Lula, Aécio venceria o candidato petista 50,7% a 31,2%. Contra Marina, Aécio venceria 48,6% a 32,5%.

Dados da pesquisa

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, e entrevistou 1.252 eleitores em 32 municípios alagoanos, entre 15 e 19 de outubro.

Candidatos menores

Pré-candidatos à Presidência em 2018 como o noveau-pedetista Ciro Gomes, o deputado Jair Bolsonaro (PTB), o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Ronaldo Caiado (DEM) somam 8,5% das intenções de voto em Alagoas, segundo o Instituto Paraná Pesquisas.

Conta outra, madame

Nem os atenciosos finlandeses acreditaram quando Dilma repetiu em Helsinque a lorota de que seu governo não está sob suspeita na Lava Jato, que investiga o assalto à Petrobras iniciado no governo Lula.

Acordo pró-impeachment


Eduardo Cunha costura acordo com a oposição para tocar o impeachment de Dilma. A aliados, ele contou que não quer negócio com governo. "Na primeira chance, o governo irá me rifar", diz.

Em busca de votos

A oposição vem adiando a entrega de novo pedido, porque busca os 342 votos necessários ao impeachment. Por enquanto, os partidos que defendem a destituição da presidente contabilizam 290.

É a crise

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) afirma que o adiamento da conferência nacional do PMDB não está relacionado à crise com o governo. Nem a mãe dele acreditaria nisso.

Riso solto

O ministro Ricardo Berzoini (Governo) precisou puxar a orelha de Hugo Leal (PROS-RJ) e Fernando Monteiro (PP-PE), que, em reunião de líderes aliados, divertiam-se com vídeos no Whatsapp.

Água na cara

O deputado Laerte Bessa (PR-DF) perdeu a paciência, em audiência pública na Câmara. Ele jogou um copo com água em ativista contrário ao Movimento Brasil Livre, pró-impeachment, que o provocava.

Governo maluco

O deputado Danilo Forte (PSB-CE) define o governo como louco: "O Nordeste padece de seca sem precedente, mas o governo corta recursos para transposição do rio São Francisco e compra caças".

Pergunta no tribunal

Dilma afirmou que "não houve corrupção" no seu governo para dizer que Ministério Público, Polícia Federal e Justiça estão mentindo ou para dizer que toda roubalheira ocorreu nos governos Lula?
Herculano
21/10/2015 07:36
UM TIRO NA LAVA JATO, por Élio Gaspar

Numa entrevista ao repórter André Guilherme Vieira, o juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Federal de São Paulo disse o seguinte: "Que diferença tem a tortura de alguém que ia para o pau de arara para fazer confissões e a tortura de alguém que é preso e só é solto com tornozeleira depois que aceita a delação premiada?".

Como magistrado, ele sabe que há uma primeira diferença: a tortura é ilegal e a colaboração com a Justiça é um mecanismo previsto em lei.

Felizmente o doutor também não sabe o que é um pau de arara. Quando a tortura faz parte do processo de investigação, uma sessão de suplícios não é tudo. O preso volta para a cela sabendo que, a qualquer momento, poderá ser pendurado de novo no pau de arara. Essa é outra diferença, tenebrosa.

Em 2009 a empreiteira Camargo Corrêa foi apanhada pela Operação Castelo de Areia. Era acusada de aspergir propinas em troca de contratos. Deu em nada. Na Lava Jato, o presidente da Camargo foi preso e, diante das provas que havia contra ele, fez um acordo com o Ministério Público. Não chegou a essa decisão pelo constrangimento da prisão preventiva. Ele e todos os outros colaboraram para reduzir as penas a que eventualmente seriam condenados. Tanto é assim que mais de uma dezena de colaboradores fizeram acordos sem que fossem decretadas suas prisões preventivas. Todos trocaram o risco de uma condenação a uma longa permanência em regime fechado pela admissão de culpas e pela revelação de esquemas criminosos. Para um réu do andar de cima, é melhor ficar de tornozeleira na sua casa de Angra dos Reis do que temer o cotidiano de uma penitenciária.

Entre o fiasco judicial da Castelo de Areia e a Lava Jato ocorreu uma novidade: o julgamento dos réus do mensalão. Nele, Kátia Rabelo, ex-presidente do banco BMG, foi condenada a 16 anos de prisão e José Dirceu, o ex-chefe da Casa Civil, foi para a penitenciária. O "efeito Papuda" mostrou que as portas dos cárceres estavam abertas para o andar de cima e abriu o caminho para as confissões da Lava Jato.

Graças a essa operação, a Camargo Corrêa fechou um acordo de leniência com o Ministério Público e poderá se transformar numa empreiteira de obras públicas que não suja sua marca. Coisa jamais vista desde 1549, quando Tomé de Souza desembarcou no Brasil trazendo mestres de obras para fundar uma cidade na Baía de Todos os Santos.

Com quatro séculos de experiência, os interesses e costumes abalados pela Lava Jato defendem seus interesses. Depois de oito meses de inútil teatralidade, a CPI da Petrobras terminou seus trabalhos. Entre as sugestões que colheu, está a de impedir a colaboração de pessoas presas. Resta saber se esse critério valeria para as confissões da turma do andar de baixo. A CPI teve como relator o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).

O juiz Gonçalves tem na sua vara a ação penal que trata lavagem de dinheiro por empresas de equipamentos ferroviários daquilo que se denominou Caso Alstom. Nele investigam-se, há sete anos, contratos assinados durante governos tucanos. Mudou de cara quando a empresa alemã Siemens passou a colaborar com o Ministério Público de seu país. Durante a campanha eleitoral do ano passado, a doutora Dilma referiu-se a esse escândalo: "Todos soltos".
Herculano
21/10/2015 07:24
UMA CRISE SEM SEGREDOS, por Carlos Brickmann

De Dilma, sobre a pressão para que afaste seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy: "Quando digo não, não há outra opção, é não e acabou". Beleza: a presidente que não sabe se fica sustenta o ministro que não sabe se aguenta ficar. Defende a política econômica que atacou na campanha e que é condenada não só por seu partido, mas por Lula, seu padrinho político. Lula quer porque quer trocar Levy por Henrique Meirelles, presidente do grupo Friboi, não se sabe bem por que, já que a política econômica não mudaria tanto de um para outro.

Então a solução é a oposição? Há controvérsias: a oposição concorda com a atual política econômica de Joaquim Levy, mas vota contra, derrubando até as normas que criou quando estava no Governo.

E pode ser complicado decretar que a crise é moral e exigir providências legais para resolvê-la. O substituto natural de Dilma é o vice Michel Temer - mas irregularidades nas contas da campanha o atingem tanto quanto a Dilma, já que foram companheiros de chapa. O segundo é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O terceiro é o presidente do Senado, Renan Calheiros. Cunha e Renan estão na lista de alvos de delação premiada, e Cunha enfrenta o problema das contas suíças que jura que não tem. Certamente são contas de mau caráter, dissimuladas, que disfarçam tão bem que, puxa, seria possível acreditar que são dele sim.

Mas há ainda outra opção. O quarto substituto é o presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski.

É simples entender o tamanho da crise.

MAMANDO NA CRISE

O Governo Federal tem hoje 103.313 funcionários comissionados - nomeados sem concurso, geralmente em função de seu QI (Quem Indica). Destes, 22.019 ocupam cargos de Direção de Assessoramento Superior, DAS, com salários de até R$ 31.700 mensais. O empreguismo existe desde sempre no Brasil: o poder emprega, o cidadão paga. Mas se acelerou ultimamente: Lula, em oito anos, criou 18.300 cargos de confiança; Dilma, em quatro, 16.300. No total, 34.600.

Por isso se pensa tanto em novos impostos. Não há arrecadação que chegue.
Herculano
21/10/2015 07:24
A GUERRA CONTINUA, por Carlos Brickmann

A CPI do BNDES ordenou que o banco lhe envie todos os contratos de financiamento acima de R$ 50 milhões - o que inclui as obras financiadas no Exterior e boa parte dos financiamentos aos "campeões nacionais", grupos escolhidos pelo Governo para crescer. O prazo máximo previsto é segunda-feira que vem. Se não houver imprevistos, se o BNDES obedecer, se a CPI exigir que a ordem seja cumprida, finalmente o país saberá a resposta à pergunta da repórter Consuelo Diéguez, em excelente reportagem na revista "Piauí" de outubro: "Desde 2008, o BNDES emprestou o equivalente a 10% do PIB para empresas escolhidas pelo governo acelerarem o crescimento. Onde foi parar este dinheiro?"

COMO DIRIA CAETANO, "OU NÃO"

De qualquer forma, o Governo já tomou providências para reduzir os danos. Quase 800 documentos referentes às relações governamentais com a Odebrecht - cujo presidente, Marcelo Odebrecht, está preso por ordem do juiz Sérgio Moro - foram classificados como "secretos" ou "reservados". Alguns só poderão ser revelados em 2030. Como dizia o ministro Ricúpero, o que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde.

No caso, o Governo optou por esconder.

O MUDO, DE NOVO

O Exército passou anos em silêncio - silêncio bem-vindo, silêncio apropriado para a instituição conhecida como O Grande Mudo. Mas, há poucos dias, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, falou, considerando preocupante a situação. Também há poucos dias, o general Antônio Mourão, chefe do Comando Militar do Sul, nosso mais poderoso efetivo militar, criticou os políticos. "(...) parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões (...)", e disse que "mudar é preciso".

Nada diferente do que nós, civis, falamos sempre - mas o general não é civil. Mourão falou para um grupo fechado, o CPOR, em palestra fechada, descoberta pelo colunista Túlio Milman, de "Zero Hora". Não era para o público. Mas também rompeu o silêncio. Que é que está levando o Grande Mudo a falar?

O PORTA-VOZ DA MORTE

O cavalheiro é professor universitário, com mestrado e doutorado pela USP, foi do PT, hoje integra o PCB (não o tradicional Partido Comunista, hoje chamado de PPS, mas outro que usa o mesmo nome), foi candidato a presidente da República, tendo 0,05% dos votos. Para expor suas teses de radicalização, sem diálogo, citou em assembleia um poema de Bertolt Brecht e sugeriu o fuzilamento de quem for contra o comunismo. Sua frase: ''Nós sabemos que você é nosso inimigo, mas considerando que você, como afirma, é uma boa pessoa, nós estamos dispostos a oferecer o seguinte: um bom paredão, onde vamos colocá-lo na frente de uma boa espingarda, com uma boa bala. E vamos oferecer, depois de uma boa pá, uma boa cova. Com a direita e o conservadorismo nenhum diálogo, luta.'' (https://www.youtube.com/watch?v=hQVHzFxMakw)

Como disse o rei Juan Carlos a Hugo Chávez, ¿Por qué no te callas?
Herculano
21/10/2015 07:19
NEM TÃO INÚTIL ASSIM, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

O Ministério Público investigou, a imprensa cobrou e o Congresso prometeu reagir. Uma CPI foi instalada para apurar as graves denúncias, mas um acordão entre os partidos emperrou as investigações. Ao fim do prazo regimental, o relator não pediu o indiciamento de nenhum político sob suspeita.

O enredo está tão batido que ninguém mais quer ver o filme. No entanto, ele continua em exibição permanente em Brasília. A sequência da vez, batizada de CPI da Petrobras, está prestes a sair de cartaz na Câmara.

O relatório do petista Luiz Sérgio confirma a previsão publicada nesta coluna há quase oito meses. Desde a origem, a comissão estava "condenada a apurar pouco, ou quase nada, sobre a corrupção na estatal".

Não dava para esperar outra coisa. Dez integrantes da CPI, incluindo o presidente e o relator, receberam doações de empreiteiras investigadas na Lava Jato. Nenhum deles se julgou impedido de apurar suspeitas contra colegas e patrocinadores.

A cota de circo foi garantida. Em março, um assessor abriu uma caixa cheia de ratos, que saíram correndo pelo chão do plenário. Em maio, uma depoente ergueu os braços e cantou uma música de Roberto Carlos.

Outras passagens não tiveram nenhuma graça. A Câmara torrou R$ 1,2 milhão na contratação mal explicada de uma agência de espionagem. Deputados foram acusados de usar a comissão para intimidar testemunhas. Um deles ganhou o apelido de "pau-mandado". Hoje é ministro.

Cada passo da CPI foi controlado pelo peemedebista Eduardo Cunha. Acusado de receber propina no petrolão, ele estava tão tranquilo que se ofereceu para um depoimento voluntário. Saiu da sala sob aplausos.

A sessão estava destinada ao esquecimento, mas voltou a ser lembrada porque Cunha disse aos colegas não ter contas no exterior. Agora que os extratos apareceram, ele corre o risco de ser cassado por causa da mentira. Se isso acontecer, a CPI não terá sido tão inútil assim.
Herculano
20/10/2015 22:20
CORTE NO BOLSA FAMÍLIA SERIA WATERLOO DE DILMA, por Josias de Souza


O deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator do Orçamento da União de 2016, informou que cogita passar na lâmina 35% da verba reservada pelo governo para custear o Bolsa Família. Dos R$ 28,8 bilhões, sobrariam R$ 18,8 bilhões. Iriam para as cucuias R$ 10 bilhões. Se for aprovada, a providência descerá à crônica da crise como uma espécie de Waterloo de Dilma Rousseff.

Na campanha presidencial do ano passado, Dilma acusou o rival Aécio Neves de conspirar contra o Bolsa Família. Na falta de melhor evidência, brandia uma entrevista em que o economista tucano Armínio Fraga propunha auditar as contas dos bancos públicos (assista ao vídeo no rodapé do post).

Eleita, Dilma já jogou no mar quase todos os compromissos que assumira com o eleitorado em 2014. Mesmo a promessa de jamais tocar nos investimentos sociais já foi parcialmente desrespeitada. Podaram-se verbas de programas como o Minha Casa, Minha Vida e o Pronatec. Se depender do relator Ricardo Barros, o intocável Bolsa Família também será tocado. "Precisamos ser racionais, e não agir com emoção, não vou votar um Orçamento deficitário'', disse o deputado.

Ricardo Barros trabalha com a matéria-prima que recebeu do governo: um Orçamento deficitário para o ano que vem, com um rombo de R$ 30,5 bilhões. Para cobrir o buraco, o Planalto sugere recriar a CPMF, que renderia uma coleta anual de R$ 32 bilhões. O problema é que o Congresso não se dispõe a ressuscitar o tributo.

Dando de barato que a nova CPMF é uma iniciativa natimorta, o relator do Orçamento rende-se à realidade: "No Bolsa Família há uma grande rotatividade. As famílias que estão no programa serão mantidas e as que saem não serão substituídas, é simples o raciocínio.''

O efeito do corte também será simples. A eventual redução do Bolsa Família injetará raiva na alma de eleitores que asseguraram ao PT um colchão de votos que fez toda a diferença nos pedaços mais pobres do mapa eleitoral do Brasil, sobretudo no Nordeste e no Norte.

"Eu quero votar um Orçamento em que o mercado acredite'', afirmou Ricardo Barros. Resta saber se Dilma está disposta a protagonizar no seu segundo mandato o papel de uma espécie de Napoleão se descoroando.
Herculano
20/10/2015 20:50
PMDB DE GASPAR TROCA DE COMANDO

O ex-presidente, o advogado Carlos Roberto Pereira, volta a presidir o PMDB de Gaspar. ele substitui ao ex-vereador Kleber Edson Wan Dall, que vai cuidar da candidatura a prefeito.

A oficialização será na convenção do sábado pela manhã, na comunidade São João Batista, no Gasparinho.
Herculano
20/10/2015 18:48
O FINANCIADOR DE CAMPANHAS, por José Casado para o jornal O Globo

No fim da tarde de um domingo, 18 de setembro de quatro anos atrás, o motorista do Land Rover EIZ 8877 atravessou a barreira eletrônica da portaria do condomínio Park Palace, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, virou à esquerda e estacionou em frente a uma casa de dois andares, de fachada amarela com detalhes em branco. Já conhecia a residência e escritório do deputado Eduardo Cunha, no primeiro cômodo à esquerda da entrada.

Logo saíram para uma reunião no Leblon, a 20 quilômetros. No meio da Avenida das Américas, o telefone celular (9)9458-6917 buzinou. Fernando Soares, conhecido como Baiano, confirmou o endereço a Julio Camargo.

Meia hora depois, os três romperam o silêncio dominical de um escritório de advocacia: "Ele (Cunha), extremamente amistoso, dizia que ele não tinha nada pessoal contra mim, mas que havia um débito meu e que isso estava atrapalhando", relatou Camargo em juízo.

O deputado, atual presidente da Câmara, se associara a Baiano na cobrança de US$ 16 milhões em propina de Camargo, que atuava num negócio de US$ 1,2 bilhão da Petrobras com os grupos Samsung (Coreia do Sul) e Mitsui (Japão), para compra de dois navios-sonda.

Combinaram um cronograma de pagamentos. O deputado exigiu prioridade, contou Baiano a procuradores: "Até abril ou maio de 2012, porque usaria este dinheiro para campanhas nas eleições municipais".

Aliados de Cunha em diferentes partidos estavam no centro do poder do governo estadual, da prefeitura da capital e de 25% do interior do Estado do Rio. Ele se preocupava com alianças financeiras para campanhas de alguns candidatos, dentro e fora do seu partido.

O acordo de pagamentos não foi cumprido. Camargo alegava dificuldades com os seus financiadores coreanos. Cunha teve uma ideia, segundo Baiano: "Sugeriu que fosse feita uma doação para o PMDB. Também não deu certo."

No segundo semestre de 2012, o deputado pressionava "em busca de verbas para a campanha dos políticos de seu partido", insistiu Baiano, em depoimento. Foi encontrá-lo e, na conversa, viu se repetir uma cena.

Cunha atendeu ao telefone e pediu silêncio para gravar uma mensagem para uma rádio cuja programação é voltada ao público evangélico: "Ele chamava os ouvintes de 'amados' e terminava falando 'O povo merece respeito'". Depois, o deputado, que é dono da empresa Jesus.com, pediu a Baiano que orientasse Camargo a pagar sua parte sob a forma de doações a uma igreja. O "consultor" da Samsung e da Mitsui fez dois depósitos de R$ 125 mil em 31 de agosto de 2012. Justificou como "pagamento a fornecedores".

Negociações e pagamentos fatiados se arrastaram até às vésperas da eleição do ano passado. Cunha mobilizou contribuintes à própria reeleição e para campanhas de aliados que retribuíram, em fevereiro passado, elegendo-o à presidência da Câmara.

Evidências sobre a distribuição do dinheiro de propinas supostamente arrecadado por Cunha e transferido a candidatos a prefeitos em 2012 e a deputados em 2014 passaram a compor um novo alvo na investigação em andamento. O potencial é bastante explosivo.
Herculano
20/10/2015 18:45
PT ESTÁ BRINCANDO COM FOGO AO DEFENDER A SAÍDA DE LEVY, editorial do jornal Valor Econômico

O governo não consegue se entender com seus aliados e essa tem sido uma fonte inesgotável de problemas, mais do que a ação da oposição. Depois de obter uma vitória relativa contra o impeachment com decisões liminares do Supremo Tribunal Federal e ver seu principal adversário na Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afundar sob o peso de provas contundentes de que possui dinheiro não declarado em contas na Suíça, tinha tudo para aproveitar a trégua e colocar ordem em casa. Engano: partiu do PT uma nova onda de pressões para desalojar do governo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. À insatisfação crônica do PT com a política de Levy acrescentam-se agora reclamações públicas do ex-presidente Lula. Mais enfática do que em situações semelhantes no passado, a presidente Dilma Rousseff aparou as estocadas contra Levy, dizendo em Estocolmo que ele permanece no cargo e lá ficará porque concorda com a política econômica traçada. E fez uma distinção clara: a opinião do PT sobre o destino do ministro é do partido, "não a opinião do governo".

Como já ocorreu durante a votação das medidas de ajuste fiscal, nem mesmo no PT o governo encontrou apoio total e chegou a ver a legenda aderir a pautas-bomba, ao sufragar o fim do fator previdenciário. Agora, em que uma desabusada oferta de cargos busca recompor a aliança governista, o PT deveria fazer menos marolas para que um governo seu, que mal para em pé e corre riscos de todos os lados, ganhe algum fôlego e possa recobrar a iniciativa.

Grande parte do PT vê Levy como o tucano "infiltrado" no governo e critica suas posições ortodoxas, que seriam as da oposição derrotada nas urnas. Os petistas que o atacam querem mudar a política econômica e têm como política alternativa a mesma que levou o país ao atual desastre econômico. O presidente do partido, Rui Falcão, por exemplo, acha que é hora de liberar mais crédito para o consumo e investimentos e baixar as taxas de juros (Folha de S. Paulo, 18 de outubro). Foi o que a presidente Dilma, até certo ponto, fez com gosto em seu primeiro mandato, com os resultados que se vê.

O PT acredita que o aperto fiscal e monetário só agravam os problemas de uma economia em desaceleração. Isto é, não o recomendam em nenhuma situação, pois quando o ciclo é de expansão ele é desnecessário. Após 10 anos ininterruptos de crescimento do emprego e dos salários, enxergam na falta de demanda a fonte dos males presentes, que não seria combatida apropriadamente com juros altos e contenção dos gastos públicos. E parecem crer que bastará repetir à exaustão a fórmula anticíclica que deu certo em 2008 que as coisas se resolverão. Mais ainda, atribuem ao ajuste a recessão, quando ela começou bem antes, no início de 2014, exatamente pelos efeitos cada vez menores de doses exageradas de estímulos, que frearam o crescimento, jogaram a inflação para cima e aumentaram brutalmente o endividamento público.

O ajuste fiscal é o ponto de partida para a recuperação da economia em bases sólidas. A agenda óbvia de Levy contempla o crescimento. A insistência monocórdica no corte de gastos, que irrita os petistas, ocorre porque os ajustes não foram realizados a contento e há muita gente que não compreende sua necessidade ou duvide de sua eficácia, no Congresso e no próprio governo. Com a descoordenação política e a baixa popularidade da presidente, não é possível ao ministro atacar vários problemas e distintas agendas ao mesmo tempo, porque um dos resultados da perda de força política do governo é que sem base sólida no Congresso só se é possível vencer (ou perder) uma batalha de cada vez.

O ex-presidente Lula toca um estranho acorde ao bombardear Levy e propor substitutos como Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central. Meirelles não teria uma política substantivamente diferente da atual. Em sua gestão no BC dirigiu uma equipe de "falcões" e achar que ele hoje julgaria adequado baixar juros chega a ser engraçado.

O PT está subestimando os efeitos de uma saída de Levy. Se ela vier acompanhada de mudança de política na direção que o partido gostaria, uma nova onda de instabilidade tomará a economia, aprofundando uma recessão que já é maior em 25 anos. Quando chegou à presidência, Lula não brincou em serviço e obteve superávits primários de fazer inveja a qualquer tucano. Sua experiência bem-sucedida deveria lhe dizer alguma coisa.
Herculano
20/10/2015 18:41
A GRANDE FARSA LULAPETISTA, editorial do jornal O Estado de S.Paulo.

A quem o PT pensa que engana quando tenta agradar a gregos e troianos fingindo que faz oposição ao governo que elegeu? A única coisa que o presidente nacional do partido, Rui Falcão, conseguiu ao declarar, a mando de Lula, que a "política econômica" do governo está errada e o ministro Joaquim Levy deve ser demitido foi desmoralizar ainda mais a presidente Dilma Rousseff, que, em desespero de causa, está tentando colocar em ordem as contas do governo que ela mesma bagunçou, condição indispensável à retomada do crescimento econômico. Em visita oficial à Suécia, Dilma retrucou: "O presidente do PT pode ter a opinião que quiser. Mas não é a opinião do governo". E arrematou, categórica: "Ele (Levy) não está saindo do governo. Ponto". Se ela diz...

Nunca é demais repetir: até 2014, quando então fez "o diabo" para reeleger Dilma, o petismo insistiu em apregoar e aplicar uma "nova matriz econômica" que priorizou os investimentos de alto retorno eleitoral ?" como programas sociais que efetivamente ajudaram a tirar milhões de brasileiros momentaneamente da miséria, mas sem nenhuma garantia de efetiva inserção na atividade econômica ?" aliados a uma agressiva política de renúncia fiscal, para estimular a produção, e de "flexibilização" do crédito popular, para estimular o acesso a bens de consumo. O populismo lulopetista optou por investir no retorno eleitoral imediato, relegando a plano secundário os programas de investimento de maturação mais lenta em bens sociais como educação, saúde, saneamento, mobilidade urbana, segurança, etc.

De acordo com a constatação insuspeita de Frei Betto, nas favelas que se multiplicam por todo o País se encontram hoje barracos devidamente equipados com geladeira, eletrodomésticos, televisores moderníssimos, às vezes até mesmo carros populares e outros objetos de consumo, mas quando saem porta afora as pessoas não encontram escolas, postos de saúde e hospitais decentes, transporte público eficiente e barato, segurança adequada, enfim, os bens sociais que são muito mais essenciais a um padrão de vida digno do que os bens de consumo que lhes oferecem a ilusória sensação de prosperidade.

Essa política econômica populista e intervencionista, que, como hoje se constata, não tinha possibilidade de se sustentar sobre pés de barro, provocou a grave crise que reduziu a pó a popularidade de Dilma, de Lula e do PT, levando a presidente da República a, como último e constrangido recurso, dar um tempo na gastança irresponsável e tentar colocar as contas do governo em ordem, tarefa atribuída a uma equipe comandada pelo "liberal" Joaquim Levy.

Divididos entre a necessidade de o governo adotar medidas impopulares de austeridade e a inconformidade com essas medidas compreensivelmente manifestada pelas "bases", as entidades e organizações filopetistas, Lula e o PT não tiveram dúvidas: para salvar a própria pele fingem que abandonaram à própria sorte uma presidente da República impopular e sustentam o tradicional discurso populista e irresponsável, segundo o qual o governo tudo pode. Basta querer, quando se trata de "ficar do lado dos pobres".

O que pedem Lula e o PT? Entre outras medidas ditadas pelo voluntarismo populista, nada menos do que o restabelecimento da política de crédito fácil e abundante que fez a festa do lulopetismo até o ano passado. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Rui Falcão foi direto ao ponto: "É importante mudar a política econômica. É preciso que se libere crédito para investimento, para consumo. É uma forma de fazer a economia rodar". Como se a economia não estivesse "rodando" por pura implicância do ministro da Fazenda. Faltou apenas Falcão explicar de onde o governo vai tirar dinheiro suficiente para "liberar" o crédito para consumo.

O patrão de Rui Falcão não se cansa de repetir que o governo precisa de uma "agenda positiva", de parar de falar em ajuste fiscal e outras coisas desagradáveis e tratar de dar "esperança" ao povo. Resta saber quem teria alguma credibilidade para levar na conversa o brasileiro que está sofrendo na pele e no bolso o enorme fracasso do "projeto de felicidade" de Lula. Mais do que nunca, é uma grande farsa.
Herculano
20/10/2015 18:38
E O LULA? por Gil Castelo Branco, economista, fundador do Contas Abertas, para o jornal O Globo

Como todos sabem, a Justiça é representada pela estátua de uma mulher, de olhos vendados, segurando em uma das mãos a balança e, na outra, a espada. A balança pesa o Direito que cabe às partes, enquanto a espada significa a defesa do que é justo. A venda nos olhos é o símbolo da imparcialidade.

Na Grécia Antiga, porém, na representação da Justiça, a deusa Diké aparecia com os olhos descobertos. A venda surgiu por iniciativa de artistas da Idade Média para denunciar a parcialidade dos juízes e criticar a dissociação do Direito em relação à Justiça.

Como na Justiça pau que bate em Cunha bate em Luiz, na semana passada o lobista Fernando Baiano, em delação premiada, citou o nome do ex-presidente e afirmou ter repassado R$ 2 milhões para uma nora do petista, por meio de contratos falsos que envolvem José Carlos Bumlai, um dos amigos íntimos de Lula.

E não é a primeira vez que suspeitas são levantadas sobre seus familiares. Um dos seus filhos, Fábio Luís Lula da Silva, trabalhava como monitor em um zoológico de São Paulo. Após a eleição do pai, Lulinha tornou-se sócio de uma empresa de games, posteriormente contemplada pela Telemar com aporte de aproximadamente 15 milhões de reais. Lula explicou o sucesso do filho dizendo tratar-se do "Ronaldinho dos negócios'! A curiosidade, porém, é saber o porque de o craque só ter despontado a partir de 2003.

O filho caçula do ex-presidente, Luís Cláudio Lula da Silva, formado em Educação Física, tornou-se empresário de marketing esportivo. Segundo o jornal "O Estado de S.Paulo", sua empresa recebeu 2,4 milhões de reais de conhecida entidade de lobby que defendia interesses da indústria automotiva junto ao governo federal. E o que tem a ver o marketing esportivo com o lobby da indústria automotiva? O sobrinho da primeira mulher do ex-presidente, Taiguara Rodrigues, pequeno empresário que realizava reformas em varandas de apartamentos em Santos, conseguiu que a sua empresa fosse contratada pela Odebrecht como parceira de obras na África e em Cuba. Indagado na CPI do BNDES sobre como conseguiu sair de Santos para o mundo, Taiguara não deu resposta convincente. Deve ser o Neymar das reformas....

Outro negócio estranho diz respeito a um triplex, em Santos, de 297 metros quadrados, avaliado em 2,5 milhões de reais. Depois que a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, controlada pelo PT, quebrou, milhares de famílias ficaram sem receber seus apartamentos. Algumas obras paradas foram assumidas pela construtora OAS, entre elas o edifício do triplex. Na papelada, o imóvel está em nome da OAS, mas a obra foi acompanhada pela dona Marisa. Ela, Lula e Lulinha foram vistos no imóvel algumas vezes. Segundo a revista "Veja" que ouviu funcionários da empreiteira, o apartamento pertence à família, e a reforma foi um agrado da construtora, envolvida até o último tijolo com a Operação Lava Jato. Aliás, a OAS já tinha reformado um sítio em Atibaia, registrado em nome de um dos sócios do Lulinha, onde Lula costumava passar fins de semana.

Na quinta-feira passada, Lula depôs em inquérito do Ministério Público do Distrito Federal que o investiga por suposto tráfico de influência, previsto no Artigo 332 do Código Penal: "Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função"..

A investigação quer descobrir se o ex-presidente - que até hoje manda e desmanda no governo - influenciou na gestão Dilma em prol de determinadas empresas, como na concessão de financiamentos subsidiados para que as empreiteiras realizassem obras mundo afora.

De fato, já passou da hora de apurar se as viagens do "Brahma" como garoto-propaganda de algumas empresas escolhidas - a maioria envolvida na Lava-Jato, cliente do BNDES e financiadora de campanhas eleitorais - tem relação com o sucesso dos familiares, com as gentilezas das empreiteiras, com as milionárias palestras e, ainda, com as fartas doações ao Instituto Lula. Um dos fundadores do PT, Hélio Bicudo, disse que Lula enriqueceu de forma ilícita e tem, hoje, uma das maiores fortunas do país.

No Brasil, a representação da Justiça mais conhecida é a de Alfredo Ceschiatti. A escultura, no Supremo Tribunal Federal, mostra uma mulher sentada, com a espada sobre as pernas, sem a balança e com os olhos vendados. Com todo o respeito que o artista merece, prefiro a imagem grega, em que a Justiça está ereta, com a espada, a balança e os olhos bem abertos.
Herculano
20/10/2015 18:30
DILMA PREPAR ANÚNCIO DE ROMBO DE ATÉ R450 BILHÕES NAS CONTAS DE 2015, por Fernando Rodriguesstórico

O governo envia para o Congresso nesta semana uma nova meta para o Orçamento de 2015. O ano começou com uma previsão de superávit primário de 1,13% do PIB (R$ 66,3 bilhões). Em julho, caiu para 0,15% (8,8 bilhões).

Agora, o governo finalmente vai admitir que haverá déficit, pois faltará dinheiro para fechar as contas em 2015. O rombo ficará na faixa de -0,5% a -0,85% do PIB. O buraco total, na previsão mais pessimista (a mais provável), equivale a R$ 49,9 bilhões.

Dilma Rousseff estará de volta ao Brasil na 4ª, depois de fazer um giro internacional pela Escandinávia. Vai revisar o que a equipe econômica apresentará de previsão de déficit para este ano. Só então a nova meta orçamentária vai para o Congresso.

Os números estão sendo ajustados pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). Colaborou nesta apuração o repórter do UOL Mateus Netzel.

Uma opção para reduzir o percentual do déficit seria expurgar do cálculo determinados investimentos em infraestrutura. Mas há no governo o temor de que isso venha a ser interpretado como maquiagem das contas.

PEDALADAS ZERADAS
O déficit resultará enorme neste ano porque o governo tomou a decisão de incorporar as "pedaladas fiscais" que continuaram a ocorrer em 2015. As "pedaladas" consistem em tomar dinheiro de bancos públicos para pagar certas contas do governo central.

A ideia é terminar o ano zerando esse problema para debelar o risco de impeachment de Dilma Rousseff, caso o processo seja instalado. O principal argumento da oposição contra Dilma é que houve "pedaladas fiscais" agora em 2015.

IMPACTO
Quem sabe fazer contas já poderia ter intuído que haveria déficit neste ano. Mas a oficialização do percentual tem potencial para produzir um abalo nos mercados financeiros.

Será a consolidação do fracasso de política econômica contracionista deste segundo mandato de Dilma Rousseff. Acabou produzindo recessão, mas sem obter a economia necessária para fechar as contas federais no azul.

O anúncio deve aumentar o pessimismo sobre o futuro da economia. Para 2016, o déficit previsto é de 0,5% do PIB. Até agora.

RECORDE HIST?"RICO
Um déficit primário de 0,85% seria o maior já registrado desde o início da série histórica do Banco Central, em 2001. A marca superaria o único déficit primário registrado até agora, no ano passado, de 0,63% do PIB.

O resultado primário é a diferença entre receitas e despesas do governo sem considerar o pagamento de juros da dívida pública.

META FISCAL
A meta fiscal aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o Orçamento de 2015 era um superávit de R$ 66,325 bilhões, o equivalente a 1,1% do PIB.

Frente ao quadro de queda na arrecadação e previsão de recessão econômica em 2015, o governo foi obrigado a revisar os números para baixo. Um descumprimento da meta fiscal poderia incorrer em crime de responsabilidade fiscal e municiar pedido de impeachment da presidente.

Para evitar isso, o governo enviou, em 22 de julho, um projeto de lei ao Congresso que altera a LDO e reduz a meta de superávit para 8,747 bilhões, o equivalente a 0,15% do PIB.

O projeto tem como relator o deputado Hugo Leal (Pros-RJ) e se encontra parado na Comissão de Orçamento, onde precisa ser aprovado antes de ser apreciado no plenário do Congresso Nacional.

Uma estratégia similar a essa já foi utilizada em 2014, quando o governo conseguiu aprovar no Congresso uma lei que flexibilizou as metas fiscais e evitou uma responsabilização legal pelo descumprimento da meta.
Herculano
20/10/2015 18:27
A INS?"LITA ALIANÇA PARA RETARDAR A VOTAÇÃO DO PROJETO QUE ENXUGA SDRs, por Upiara Boschi, no bloco de Notas, para o Diário Catarinense, da RBS Florianópolis.

O governo tem votos para aprovar a reforma nas SDRs na Assembleia, mas ainda não conseguiu impedir que os opositores da proposta retardem sua votação. Na Comissão de Finanças, o plano era aprovar o texto original na última quarta. Ficou para a próxima reunião, amanhã. Mesmo assim, o parecer de Darci de Matos só tem quatro dos nove votos garantidos, o que pode atrasar mais um pouco a análise.

Nada que adiante muito: o atraso só acontece pela união pontual dos deputados do PMDB que querem manter alguns cargos e as competências originais das SDRs nas futuras agências regionais e os parlamentares que querem reduzir ainda mais as estruturas ou até extingui-las.
Ilhota Querida
20/10/2015 17:46
Alguém sabe me dizer por que não consigo ver o salário dos nossos vereadores? Eles não precisam ter transparência? Se alguém souber como faz para ver me passa, já tentei de várias formas mas é impossível!!! Por que será???
Ilhota Querida
20/10/2015 17:37
Caro Papa Bagre, quem é o parente do Daniel que trabalha na prefeitura? Procurei no portal e não achei... Bom, vamos ver quem serão o MONTÃO de gente que vai sair, até agora ninguém listou quem e quantas pessoas serão, somente dizem MONTÃO né?!
Herculano
20/10/2015 17:36
O PMDB É CONTRA O PL 49/2015, AQUELE QUE DÁ ETERNAMENTE ADVOGADOS CAROS A PREFEITOS, VICES, SECRETÁRIOS E VEREADORES DE ONTEM, HOJE E AMANHÃ EM GASPAR COM OS CAROS IMPOSTOS DOS GASPARENSES

Não durou muito a pressão popular. O PMDB, em nota lida pelo suplente Raul Schiller e que está no lugar do titular Ciro André Quintino, nesta tarde na sessão da Câmara, esclareceu que o diretório presidido por Kleber Edson Wan Dall, e que é candidato a prefeito no ano que vem, é contra o projeto 49. O PMDB tem quatro vereadores, dos 13.

O silêncio do partido durou três semanas, resistindo as críticas de aliados e eleitores. Ele só foi rompido oficialmente, só depois que a promotora que cuida da moralidade pública na Comarca, Chimelly Louise de Resenes Marcon, foi na sexta-feira pessoalmente na Câmara, levar a sua posição pedindo a rejeição de tal projeto.

O vereador Jaime Kirchner, do Belchior, e ligado ao PT, foi o único a se manifestar publicamente em reportagem feita há duas semanas pelo jornal Cruzeiro do Vale, ser a favor de tal projeto.

Pelo jeito e pela reação da sociedade, este projeto só conta com os quatro votos dos vereadores do PT, e da simpatia do presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, mas que só votaria em caso de empate.

Se declararam contra o projeto na primeira hora, os vereadores Marcelo de Souza Brick, PSD, e Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. Acorda, Gaspar!
Herculano
20/10/2015 16:01
A COMUNICAÇÃO MUDANDO CONCEITOS. EXCLUSIVIDADE É FUNDAMENTAL NA INTERNET, DIZ PROFESSOR
'Exclusividade é fundamental na internet', diz professor

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. Texto e entrevista de Silvia Colombo, enviada especial a Medellin, na Colômbia

"Dá para explicar a Síria em cinco linhas? Não. Então não explique". "Seu rival publicou antes uma boa história? Não corra atrás. Apenas publique o link original do caso." "Seu leitor está nas redes sociais? Vá até ele, não tente trazê-lo para sua página."

Foi com soluções como essas que o jornalista e acadêmico Jeff Jarvis, 61, expôs suas ideias sobre como os meios de comunicação devem se adaptar aos tempos de internet.

Professor da City University de Nova York, Jarvis participou da programação da semana Gabriel García Márquez de jornalismo, promovida pela Fundación para el Nuevo Periodismo Iberoamericano, em Medellín (Colômbia).

Folha -Mas cobrir a Ásia desde uma Redação na Califórnia também parece absurdo...

Jarvis - Para a maioria dos casos não é. Você pode ter uma pessoa na Ásia de vez em quando, que vá para fazer algumas matérias exclusiva, com verba e tempo para realizá-las. E só. Que essa pessoa agregue, trazendo algo de alto valor e qualidade.

Folha - O que quer dizer quando afirma que os veículos precisam buscar "comunidades"?

Jarvis -É preciso detectar os grupos que compartilham interesses, mesmo estes sendo variáveis ou até efêmeros. É preciso saber onde os leitores moram, se têm filhos, se estão doentes, como se divertem. E servir diretamente esses interesses.

Não só com notícias, mas com informações úteis, aplicativos, indicação de profissionais, de tratamentos, de educação sobre o assunto, sobre o mercado de trabalho em suas áreas. E, principalmente, oferecer a possibilidade de compartilhar sua experiência com outros. Não é uma questão de opção. Os meios não têm opção, terão de fazer isso. Agora a internet nos oferece saber mais sobre as pessoas, precisamos usar isso de forma inteligente.

Folha - Você dá pouca importância à preocupação com privacidade?

Jarvis - Estamos exagerando no medo. Quando surgiu a máquina fotográfica, as pessoas ficaram em pânico, achavam que aumentaria a pornografia, que segredos de segurança nacional seriam vazados. E o que aconteceu? Houve discussão, negociação, e estamos todos aqui
Ilhota Querida
20/10/2015 14:10
ILHOTA EM CHAMAS
Caro Herculano,

O município de Ilhota está virado num verdadeiro canteiro de obras, é máquina pra tudo quanto é lado, coisa mais linda!!! Mesmo com esse tempo instável que não ajuda na execução de obras e com a crise do nosso país em que prejudica os repasses do dinheiro para as obras das prefeituras, as obras estão sendo feitas. Vale lembrar que nem é ano de eleição.
Bruna Bitencourte
20/10/2015 13:25
Tem muitos absurdos que a gente lê por aqui Herculano. Volto a repetir, tem politico que nunca mais apareceu no bairro e outros nao sao politicos e fazem muito pela cidade. A nossa vereadora no Belchior é a Franciele Back, que ja milita no nosso PSDB desde os 14 anos e vem fazendo um belo trabalho com o jornal do bairro.
Sidnei Luis Reinert
20/10/2015 12:15
General prega que vantagem de mudar Dilma seria "o descarte da incompetência, má gestão e corrupção"


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

"Mudar é preciso" é uma necessidade tão óbvia-ululante do Brasil que nem deveria causar espanto nas pessoas mais sensatas. No entanto, esta frase ganha dimensão midiática espetaculosa quando aparece no slide final de uma palestra recentemente dada no CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) de Porto Alegre pelo General de Exército Antonio Hamilton Martins Mourão, Comandante Militar do Sul. A Presidenta Dilma Rousseff já quer a cabeça do Militar. O conciliador comunista Aldo Rebelo, Ministro da Defesa, tem um incêndio gigantesco para apagar...

Dilma ficou completamente pt da vida com o Comandante Militar porque o jornal Zero Hora vazou que o General declarou aos palestrantes: "A mera substituição da PR (presidente da República) não trará uma mudança significativa no 'status quo'. A vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção". O Palhasso do Planalto, mítica figura sem graça de Bruzundanga, certamente pedirá a cabeça do General Mourão por ter sido tão sincero em ambiente reservado, porém público. Mourão tem peso porque comanda 48 mil dos 217 mil militares do Exército brasileiro. Na palestra do CPOR gaúcho, o General Mourão enumerou quatro "cenários", que são "sobrevida", "queda controlada", "renovação" e caos".

No último dia 9 de outubro, o comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, já tinha advertido, em videoconferência para oficiais da reserva, sobre o risco de uma "crise social" que afetaria a estabilidade do País: "Estamos vivendo situação extremamente difícil, crítica, uma crise de natureza política, econômica, ética muito séria e com preocupação que, se ela prosseguir, poderá se transformar numa crise social com efeitos negativos sobre a estabilidade. E aí, nesse contexto, nós nos preocupamos porque passa a nos dizer respeito diretamente".

Além da crítica a sua "Comandanta-em-chefa", o General Mourão bateu na classe política, em mais um lance de análise sincera no slide da palestra: "A maioria dos políticos de hoje parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões que levam os eleitores a achar que aquelas são as reais necessidades da sociedade". Em outro slide, Mourão explicou por que e como mudar é preciso: "Neste momento de crise, toda consciência autônoma, livre e de bons costumes precisa despertar para a luta patriótica, contribuindo para o retorno da autoestima nacional, do orgulho de ser brasileiro e da esperança no futuro".

A Folha de São Paulo fez a festa com o caso: "A assessoria do Comando Militar do Sul informou não possuir a íntegra da palestra de Mourão. Questionado sobre a apresentação do General, o Centro de Comunicação Social do Exército, em Brasília, não respondeu até a publicação da reportagem". A reportagem colheu palavras de Mourão sobre o evento: "Não estou autorizado a fazer nenhuma declaração sobre o assunto. Prefiro não comentar, porque aquilo era destinado a um determinado público e não era algo para ser divulgado. Era uma coisa fechada e não para se tornar uma coisa política. Era simplesmente uma análise de conjuntura que a gente faz, nada mais do que isso".
Intervenção Constitucional

Do jurista Antônio José Ribas Paiva, uma solução concreta para o Brasil:

"No exercício do PODER INSTITUINTE o POVO BRASILEIRO está demitindo do Poder do seu Estado a Classe Política, porque usurpou o PODER DO ESTADO, para a prática sistemática de crimes. Maus servidores devem ser demitidos por JUSTA CAUSA. O remédio jurídico adequado é a INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL, prevista no artigo 142 da Constituição Federal. O POVO BRASILEIRO, através das suas FORÇAS ARMADAS, afastará os governantes, nomeará um GOVERNO DE TRANSIÇÃO, formado por uma JUNTA GOVERNATIVA, que RESTABELECERÁ AS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS e convocará eleições gerais".
Herculano
20/10/2015 11:18
VAI PERDER TEMPO

A vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, quer saber as razões técnicas para o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e da Adolescência de Gaspar negar as verbas do FIA para o Grupo de Danças. Fará a vereadora o seu papel. Mas, é só. Está tudo armado e esta saída técnica é para tapar a boca de todos. O requerimento 172 que será apresentado e votado na sessão de hoje, se e quando for respondido, terá os argumentos irrefutáveis. Ou alguém acha eu este quadro será mudado?

O requerimento da Vereadora é endereçado ao prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, e ao Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA. Ele quer informações sobre a decisão do parecer do CMDCA referente ao projeto "O palco é onde o artista gosta de estar".

Escreve a vereadora."Diante da deliberação do conselho pelo indeferimento do projeto, registrado via ofício 141/2014, questiona-se:

1. Considerando que esse projeto foi apresentado inicialmente em outubro de 2014 e assim sucessivamente ocorreram intervenções do conselho para as devidas correções e alterações e em momento algum foram ressaltadas tais considerações expostas no ofício, questiona-se: o que levou este conselho a somente agora reconhecer tais justificativas que impossibilitaram o deferimento do projeto?

2. De acordo com o parecer no item 1, informar o artigo da resolução do CMDCA que determina o limite do número de crianças exigidos para a aprovação de um projeto.

3. No parecer, item 2, o conselho afirma que o projeto em questão não preconiza o artigo 10, inciso III, da resolução 3/2014 do CMDCA no que tange o "impacto da ação e viabilidade: os projetos devem promover resultados concretos, em termos quantitativos e qualitativos que objetivem melhorias significativas nas condições de vida das crianças e adolescentes das comunidades atendidas", ou seja, o referido projeto não objetiva prestação de serviço e atendimentos as áreas e crianças/adolescentes em situação de vulnerabilidade social. De que forma o conselho comprovou tal informação, de que as crianças e adolescentes não encontram-se em situação de vulnerabilidade social? Encaminhar os documentos que comprovem e que embasaram esta afirmação.

Obs: Em apenso seguem cópias dos protocolos de entrega do primeiro projeto e do requerimento de inscrição da entidade no CMDCA".
Inconformado
20/10/2015 09:18
Inconformado...

Após a catástrofe de 2008, as famílias que tinham perdido praticamente tudo com os deslizamentos ou cheia ficaram pra mais de anos esperando as moradias, que de certa forma foram utilizadas como campanha eleitoral em 2008! e em 2012! Quem não lembra? Mas o que me intriga é o seguinte, a maioria que faz o caos, com direito, até porque tem que se respeitar o direito de opinar ou de mudança de opinião, são os mesmo que pediram inúmeras vezes votos para atual gestão, pediram votos, colocaram placas, principalmente dentro da comunidade do Sertão Verde, o que me intriga é que esse caos é o valor que estão pagando com a escolha, mas na época era a melhor escolha, isso tenho certeza, não votei neste prefeito, mas dos 4 que tinham na disputa era o melhor, ou menos pior! O que acontece é que a maquina está desgastada com o tempo, é necessário alternância com inteligencia! Digo isto porque a disputa que irá vir acontecer ano que vem demostra apenas dois candidatos bem preparados e com competência para gerir, sem desgaste! No caso o óleo novo para a maquina votar a funcionar de novo!, Estou falando de Marcelo e Andréia, pois os demais são óleos trocados e velhos!
Papa Bagre
20/10/2015 08:28
Herculano ontem na matéria publicada pelo Jornal Cruzeiro, um atento leitor de Ilhota escreveu:

Ilhota Querida
19/10/2015 17:18
Verifiquei no portal transparência, no mês 09/2015 a prefeitura tinha 591 funcionários, então para ser mais exato, vamos supor que 20 pessoas saim pela lei do nepotismo (chutando alto ainda, acho que sai menos, vamos ver depois), logo 20/591 = 3,38%, ok? Então cade o montão??? Justifica!!! Sem noção teu comentário, é um maria vai com as outras...

Isto quer dizer que efetivamente existe um cabide de emprego de parentes na administração do Dr Daniel Bosi.O pior de disto tudo é que para os parentes de Daniel Bosi não há crise, porque estão bem empregados.
E na campanha ele disse que o partido dele O PSD era uma partido diferente, um partido que ia orgulhar o Ilhotense, é verdade mesmo só que esta orgulhando somente a parentagem empregada na prefeitura.
Herculano
20/10/2015 08:20
MORADORES DAS CASINHAS DE PLÁSTICOS ESTÃO REVOLTADS COM PEDRO CELSO ZUCHI, JOSÉ AMARILDO RAMPELOTTI, ANTONIO CARLOS DALSOCHIO, HAMILTON GRAF E OUTROS PETISTAS, E TAMBÉM COM JAIME KIRCHNER DO PMDB

Ontem houve uma audiência Pública da Câmara lá. Pau puro. A maioria do PT não foi lá ouvir as verdades sobre o descaso e o uso daquela gente. Reclamaram da merda (esgoto que volta para suas casas). O secretário de Obras que estava lá (o prefeito, seu cunhado e o presidente do PT não deram as caras), Lovídio Carlos Bertoldi, disse que merda era não ter casas, que eles perderam na catástrofe ambiental. Ou seja, para ele, conviver com merda hoje, e por longo tempo, é melhor do que não ter teto. Este é o PT de Gaspar. Este é o PT do Brasil
Herculano
20/10/2015 08:14
RELATOR DA CPI TRATA O CONTRIBUINTE COMO IMBECIL, por Josias de Souza

Parte 1

É dura a vida do brasileiro em dia com suas obrigações tributárias. Sob Lula e Dilma, estruturou-se na Petrobras um bilionário sistema de pilhagem. O assalto é estimado em cerca de R$ 20 bilhões. E o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), relator da CPI da Petrobras, decidiu tratar o contribuinte como imbecil.

Luiz Sérgio apresentou na noite desta segunda-feira seu relatório final. Nele, culpou os empreiteiros e os maus servidores pelo assalto, livrou a cara dos políticos e concluiu que não houve "corrupção institucionalizada" na Petrobras.

"A mais importante conclusão dessa CPI é que a Petrobras foi vítima de um cartel de maus fornecedores", anotou o relator. Absteve-se de mencionar que o Planalto loteou as diretorias da maior estatal do país entre partidos aliados, dando-lhes salvo-conduto para roubar.

Como se fosse pouco, Luiz Sérgio criticou a força-tarefa da Lava Jato e o juiz Sérgio Moro pelo "excesso de delações premiadas." Sugeriu que a lei que trata do tema, sancionada por Dilma, seja alterada para impedir que réus presos se convertam em delatores. Se essa regra já estivesse em vigor, não haveria Lava Jato.
Herculano
20/10/2015 08:13
Parte 2

Não é só: o relator tentou tapar com sua peneira a luminosa evidência de que um pedaço das propinas extraídas da Petrobras virou doação oficial de campanha, registada na Justiça Eleitoral pelos partidos e seus candidatos. Para Luiz Sérgio, as conclusões da Polícia Federal e da Procuradoria sobre essa matéria seriam "superficiais", porque desconsideram o fato de as empreiteiras terem doado dinheiro para candidatos de vários partidos, entre eles PT e PSDB.

Beneficiário de um repasse de R$ 200 mil feito em 2014 pelo empreteiro Ricardo Pessoa, coordenador do petrocartel, Luiz Sérgio reincide numa mumunha manjada. Ele generaliza a prática da doação de verbas de má origem não para combatê-la, mas para institucionalizá-la.

Se o dinheiro que o PT e seus aliados lavaram no TSE tivesse saído do bolso do companheiro Luiz Sérgio, tudo bem. O diabo é que toda essa verba tem uma origem única e conhecida: o bolso do contribuinte.

De resto, Luiz Sérgio esboçou em seu relatório uma pantomima típica da era petista: a máfia sem capo. Antes mesmo do término da Lava Jato, sustentou que não há como impor nenhum tipo de responsabilidade aos ex-presidentes da Petrobras. Acha impossível atribuir qualquer tipo de culpa também a Lula e a Dilma. Decerto foi tudo obra de marcianos.

Nada de extraordinário, sobretudo se for considerado o fato de que Luiz Sérgio também não conseguiu enxergar um culpado na figura notória do presidente da Câmara. "Em que pesem as inúmeras notícias veiculadas recentemente sobre contas bancárias no exterior das quais o deputado Eduardo Cunha seria beneficiário, o fato é que esta CPI não recebeu prova alguma destas afirmações, não cabendo a este relator adotar providências'', ele escreveu.

É mesmo dura a vida do contribuinte brasileiro. O sujeito passa oito meses financiando todos os custos de uma CPI ?"o palco, a iluminação, as imagens, o som, o cafezinho, as viagens, a casa oficial, a comida, o celular, o transporte, os assessores e os salários dos atores?" para ser chamado de imbecil no relatório final.
Herculano
20/10/2015 08:07
VERGONHA. O BRASIL SEM CRÉDITO E CREDIBILIDADE NO MUNDO. UMA FATURA FEITA PELO PT E PMDB CONTRA OS BRASILEIROS

Na Suécia, na lata, um repórter perguntou a presidente Dilma Vana Rousseff, PT, se o Brasil e o governo dela tinham condições de pagar os aviões caças que estavam comprando a Suécia. Wake up, Brazil!
Herculano
20/10/2015 08:04
EDUARDO CUNHA, por Marcelo Freixo, deputado estadual pelo PSOL do Rio de Janeiro.

Contar a história de Eduardo Cunha é como escrever o obituário da Nova República, erguida sobre as cinzas do regime militar. Por isso recorro à metonímia, recurso linguístico em que uma expressão ou palavra é usada para representar uma totalidade. No caso, Cunha é uma metonímia política.

Suas peripécias remontam aos primeiros passos da redemocratização, com Fernando Collor e PC Farias, e passam por escândalos na Telerj, na Companhia Estadual e Habitação do Rio e em Furnas.

Como sua história é longa e o cabedal de escândalos, robusto, atenho-me em sua curta trajetória na presidência da Câmara dos Deputados para mostrar como ele representa o esgotamento do atual modelo de democracia.

Cunha é fruto da despolitização, da intolerância e de uma lógica de governabilidade baseada em acordões fisiológicos que transformaram o parlamentarismo de coalizão em parlamentarismo de extorsão.

O PT não quis enfrentar este modelo ao assumir a Presidência. Lula teve a chance de realizar reformas no sistema político, mas preferiu alimentá-lo. Dilma vive agora as consequências dessa omissão e corre o risco de ser derrubada pelo Congresso que já não se sacia com cargos.

Enquanto isso, parte dos deputados petistas tenta um acordo com Cunha para salvar o pescoço de todos, já que o peemedebista também está na berlinda. A bancada do PSOL fez o mínimo que se espera de um partido, pediu ao Conselho de Ética a cassação de Eduardo Cunha.

Cada vez mais isolado, o governo assumiu uma agenda que contradiz todas as propostas apresentadas durante o período eleitoral. A chamada Agenda Brasil prevê retrocessos como o incentivo ao trabalho terceirizado, a cobrança de taxas para a realização de procedimentos no SUS, a flexibilização da legislação ambiental e a revisão da demarcação das terras indígenas.

Do outro lado, o PSDB aposta na despolitização, num discurso de ética cínico que preserva Cunha para tentar derrotar o governo. É a síndrome da moralidade seletiva.

As denúncias contra o governo precisam ser investigadas, mas o debate político precisa ir além do impeachment. Caso contrário, não conseguiremos compreender as raízes históricas da crise e discutir o futuro do país. Precisamos pensar novas formas de participação social, mecanismos para diminuir a influência do poder econômico na política e superar o fisiologismo.

Ao tratar da Proclamação da República em 1889, o jornalista Aristides Lobo escreveu que o "povo assistiu àquilo bestializado". Após 126 anos, diante de uma república que se permite ter Cunha na presidência da Câmara, não podemos ficar bestializados. Em nome da res pública, algo precisa ser feito.
Herculano
20/10/2015 07:54
O MINISTRO CANSADO, por Bernardo de Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo.

A foto se espalhou nas redes como um vírus na última sexta. Na imagem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, dorme em um voo comercial de Brasília para o Rio.

A cena, clicada por outro passageiro, deve ter inspirado solidariedade até nos críticos mais severos do ajuste fiscal. Com 1,92 metro de altura, Levy descansa de pernas e cotovelos encolhidos para caber na poltrona. O paletó está amassado, e a cabeça pende sobre o ombro esquerdo.

O ministro devia estar tão exausto que apagou sem tirar os óculos ou guardar a revista que folheava. A foto atesta que os cortes já chegaram ao dono da tesoura. Até alguns meses, ele podia tirar sonecas mais confortáveis a bordo dos jatos da FAB.

Levy tinha razões para se sentir pregado na noite de sexta. À tarde, ele foi dado como um ex-ministro em exercício. O noticiário sobre sua eventual saída do governo assustou investidores e pressionou o dólar. No fim do dia, após reclamar da fritura à presidente Dilma Rousseff, ele divulgou uma nota para anunciar o "fico".

Não serviu de muita coisa, porque o presidente do PT logo voltaria a desafiar o seu sono. "É importante mudar a política econômica", disse Rui Falcão, em entrevista à Folha publicada no domingo. "Se o Levy não quiser seguir a orientação da presidente, deve ser substituído."

Em visita à Suécia, Dilma rebateu o colega de partido e saiu em defesa do auxiliar. "O presidente do PT pode ter a opinião que ele quiser, algo que não é a opinião do governo", disse ela. "O ministro Levy fica", afiançou.

A fala mostra que o ministro ainda tem prestígio com a chefe, mas não garante sua permanência por muito tempo. Por um lado, Levy não consegue apresentar melhora nos índices econômicos, apesar do arrocho, e começa a perder a confiança de setores empresariais. Por outro, o PT e o ex-presidente Lula pressionam cada vez mais para derrubá-lo.

Nesse ritmo, em breve o ministro pode se cansar de vez e cancelar o voo de volta na segunda-feira.
Herculano
20/10/2015 07:48
PT VÊ EM CUNHA SALVAÇÃO DO MANDATO DE DILMA, por Cláudio Humberto na coluna que ele publicou hoje nos jornais brasileiro

De inimigo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, virou no PT a "tábua de salvação" da presidente Dilma. Com o cartaz mais sujo que pau de galinheiro, sob acusação de manter contas secretas na Suíça abastecidas com dinheiro sujo, Cunha virou alvo fácil dos petistas, na mídia e nas redes sociais. A estratégia é atacar o político para desviar o foco do impeachment e do envolvimento de Lula no petrolão.

Quem é mais ladrão

O que resta de militantes do PT espalha que a delação de Fernando Baiano contra Cunha é mais grave que denúncias dele contra Lula.

Assessor de imprensa

Lula se empenha pessoalmente junto a grandes jornais e emissoras para "centrar fogo" na destituição de Eduardo Cunha.

Perfis falsos

Substitutos da agência Pepper (que rompeu com o PT) já atuam nas redes sociais com perfis falsos pró-Dilma e contra o impeachment.

Vai acabar na polícia

A oposição rastreia dezenas de falsos internautas que "patrulham" veículos de comunicação e insultam críticos de Dilma e do PT.

DILMA VIVE MOMENTOS DE "RAINHA DA INGLATERRA"

A presidente Dilma está decidida a se dedicar mais a agenda amena, tentando produzir fatos positivos, e a viagens internacionais. Ela concluiu que são para profissionais a condução da política econômica, delegada à dupla Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), e a articulação política, entregue a Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Governo), ambos orientados por Lula.

Vaza, madame

Lula foi quem recomendou a Dilma que viajasse mais, no Brasil e para o exterior, delegando áreas estratégicas a seus ministros.

Cravo e ferradura

Dilma acatou sugestão de Lula para se afastar da rotina governativa, mas ainda resiste à pressão dele e do PT para demitir Joaquim Levy.

Oposição para quê?

Dilma só aceitou viver momentos de "rainha da Inglaterra" sob ameaça de impeachment. Percebeu ser ela mesma sua maior adversária.

Na mira de Lula

Lula explodiu contra Eduardo Cardozo, após "vazar" a informação de que Fernando Baiano deu dinheiro a sua nora. Lula achou que era coisa da PF, subordinada ao ministro, mas foi do Ministério Público.

Fiel escudeiro

Caso aconteça "o pior", Eduardo Cunha já definiu que vai apostar no fiel escudeiro André Moura (PSC-SE) para sucedê-lo na presidência da Câmara. Oficialmente, sustenta que ficará até o fim do mandato.

LIDERANÇA EM XEQUE

Deputados do PSD não querem mais que o ministro Gilberto Kassab (Cidades), dono do partido, escolha o líder da bancada. Eles dizem que Kassab representa apenas os interesses do governo Dilma.

Agenda positiva

Dilma trata diplomatas a pontapés, mas sua visita a Estocolmo pode ser considerada um êxito, graças ao trabalho do Itamaraty e do embaixador do Brasil em Estocolmo, Marcos Vinícius Pinta Gama.

Filho de craque

O embaixador do Brasil Antônio Francisco da Costa e Silva Neto, que recebe Dilma nesta terça em Helsinque (Finlândia), é filho de um dos mais admirados diplomatas do nosso tempo: Alberto da Costa e Silva.

Vice dos sonhos

O tucano Geraldo Alckmin, que tenta se viabilizar para a disputa pelo Planalto em 2018, chegou depois de Aécio Neves, mas chegou: ele também quer Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, como vice.

Reforço

Dois nomes de confiança de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entraram na semana passada no Conselho de Ética: Manoel Jr (PMDB-PB) e Carlos Marun (PMDB-RS). Cunha tem entre 14 e 16 apoiadores no conselho.

Alô, Procon

Leitora comprou plano de saúde por adesão da empresa Alobras, no Rio, virou "funcionária" de outra empresa criada em Curitiba (PR), pagou uma pequena fortuna e desde julho espera o cartão Unimed.

Pensando bem...

...vem de Fernando Baiano, delator do PMDB, e não do finado Brizola, a inspiração para o slogan do candidato: "Nora não é parente, Lula para presidente."
Herculano
20/10/2015 07:37
APENAS O PODER A QUALQUER PREÇO E PARA SACRIFICAR AINDA MAIS O POVO COM INFLAÇAO, DESEMPREGO, DESALINHO ECON?"MICO SOCIAL. GOVERNO DO PT PLANEJA RECORRER AO STF DENOVO PARA DETER IMPEACHMENT

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e Valo Cruz da sucursal de Brasília, e de Leandro Colon, enviado a Estocolmo, na Suécia.

O governo avalia que tem condições de derrubar no STF (Supremo Tribunal Federal) o novo pedido de impeachment da oposição contra a presidente Dilma Rousseff, que aponta a repetição das chamadas pedaladas fiscais neste ano como justificativa.

"Acho que este novo pedido é muito inconsistente e pode ser questionado e barrado no Supremo", disse à Folha o ministro Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União).

Ele observou que a representação do Ministério Público de Contas que acusa o governo de repetir as pedaladas ainda não foi analisada pelos auditores nem pelos ministros que compõem o TCU (Tribunal de Contas da União).

"O tribunal, ao analisar o que classificam de pedaladas do ano passado, não responsabilizou diretamente a presidente. Quanto menos agora, em 2015, quando não há decisão do TCU", disse Adams.

Assessores presidenciais disseram à Folha que o novo pedido de impeachment, assinado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, preocupa menos do que o risco de paralisia no Congresso por causa da crise envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O novo pedido deve ser entregue a ele nesta terça (20). O presidente da Câmara disse a aliados que não pretende analisar de "rompante" a petição e confidenciou que não tomará nenhuma decisão sobre o assunto nesta semana.

Os assessores de Dilma acham que Cunha irá postergar ao máximo sua definição, para reter condições de negociar um acordo para salvar seu mandato de deputado.

O novo pedido de impeachment foi apresentado depois de conversas dos líderes da oposição com Cunha, que avisou que só pretendia acatar uma representação que apontasse irregularidades praticas por Dilma no atual mandato.

Questionada sobre o risco de sofrer um processo de impeachment, a presidente Dilma afirmou nesta segunda (19) que o país está em busca de estabilidade e não acredita em "ruptura institucional".

A resposta foi a uma pergunta de uma jornalista sueca durante declaração conjunta feita por Dilma e pelo primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, em Estocolmo.

A repórter quis saber se a ameaça de impeachment põe em risco o acordo entre o Brasil e a Suécia para compra de 36 caças Gripen NG, motivo principal da visita de Dilma.

"O Brasil está em busca de estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional", afirmou a presidente. "Somos uma democracia e temos tanto um Legislativo, como também um Judiciário e um Executivo independentes, que funcionam com autonomia e também harmonia.
Herculano
20/10/2015 07:21
GRUPO PR?"-IMPEACHMENT AGORA HOSTILIZA O PMDB, por
Josias de Souza

O vaivém de Eduardo Cunha, ora fechado com a oposição ora entrelaçado com o governo, levou o PMDB à alça de mira dos grupos pró-impeachment. Um deles fixou cartazes com mensagens hostis na fachada da sede do diretório da legenda em São Paulo. No chão, sob os cartazes, os manifestantes deixaram duas dezenas de sacos com a seguinte inscrição: "Farinha do mesmo saco: PMDB + PT."

Num dos catazes colados na fachada do PMDB paulista lia-se: "Cunha, queremos impeachment já." Noutro, estava escrito: "Temer, cumpra seu papel e diga a que veio, impeachment já. Num terceiro, anotou-se uma interrogação: "PMDB, vai pagar agora ou nas urnas?"

As fotos circularam nesta segunda-feira, de celular em celular, entre congressistas e dirigentes do PMDB federal. Em mensagens postadas nos grupos de discussão do partido, vários peemedebistas manifestaram desconforto com o fato de estarem sendo comparados aos petistas ?"uns a cara esculpida e escarrada dos outros. Receiam atrair para si as taxas de rejeição que inquietam o petismo.

A expressão "farinha do mesmo saco" remete ao axioma-mãe segundo o qual os políticos são todos iguais. E os peemedebistas sem conta na Suíça e sem ministério na Esplanada estão desconfortáveis com o nivelamento por baixo. O problema é que, para demonstrar que não é tudo a mesma coisa, é preciso fazer alguma coisa. Nem que seja uma cara de nojo.

Há três semanas, 22 deputados do PMDB assinaram um abaixo-assinado desautorizando o líder Leonardo Picciani (RJ) de falar em seus nomes ao negociar ministérios com Dilma na bacia das almas. Por ora, a única voz que se levantou contra Eduardo Cunha foi a do deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

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