Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

18/07/2016

MAS QUAL A PROPOSTA DO PT? I
Não se trata de invenção. Ela está na rede para ser vista, comparada. A última – de duas - entrevista do pré-candidato do PT a prefeitura de Gaspar, Lovídio Carlos Bertoldi, gravada e disponível na internet para quem quiser acessá-la, é um atestado de que ele não tem nada a dizer, ou se possui, não sabe como se expressar ou se sabe, não pode falar sobre o que será o seu governo para os gasparenses, se eleito. Usa a tática da arrogância do PT no poder, ou seja, de que a máquina partidária de trocas e constrangimentos será suficiente para eleger postes. Esta é uma verdade que está em declínio. Aparentemente, o PT daqui não percebeu ainda ou não está lendo as suas próprias pesquisas. Foi espantoso, no mínimo, ver o desempenho intencional ou não de Lovídio naquela entrevista. A leitura corporal era um grito de socorro. Ela mostrou que ele estava completamente desconfortável. Queria que tudo acabasse logo e mais nada fosse perguntado. Ele não tinha o que dizer. Os braços e mãos soltos suplicavam por isso. Nem o um minuto para se despedir, foi capaz de motivá-lo a um norte com conteúdo. Lovídio, lembrou muito a sua madrinha Dilma Vana Rousseff.

 

MAS QUAL A PROPOSTA DO PT? II
Lovídio usou e abusou na entrevista dos argumentos da lábia de um representante comercial, a profissão que tinha antes de se encostar na política, onde continuou a enrolar. Está vendendo um produto que ele sabe não existir. É sobrevivência pura e de um governo questionado no resultado. Lovídio, casado com Daniele Aparecida Zuchi, foi presidente do Samae onde um dos seus maiores feitos foi dar regularidade como empresa especialista à Say Muller para a coleta do lixo. Depois, ele se tornou secretário de Obras e Serviços Urbanos, um gabinete talhado para ser um escritório de trocas, favores e ações pré-eleitorais direcionadas, bem a cara da velha nova Gaspar. Alguns desses assuntos, poderão até parar na Justiça. E ensaboado, Lovídio não esqueceu de acentuar que não era um político profissional. Tudo para se contrapor aos oito anos onde é rigorosamente instrumento do governo petista de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa. E para completar no nada e na demagogia: na despedida acentuou que era origem humilde, um pé descalço, um Lula por exemplo, para se identificar com os humildes, analfabetos, ignorantes, desinformados, dependentes e fanáticos de todas as espécies, que é a maioria, o alvo predileto do PT para se consagrar nas urnas e aí agir fora da humildade e principalmente da transparência. Esqueceu de dizer que era competente. Também esqueceu de dizer que é um católico de ir à missa todos os domingos e por isso, quase santo.

 

MAS QUAL A PROPOSTA DO PT? III
E por que Lovídio escorregou ao vazio? Porque ele sabe que o governo de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps, neste momento, não lhe favorece. E ele é culpado diretamente? Talvez não. Mas é parte da turma. Aceitou conscientemente um papel em favor de algo maior e familiar. Concluindo: indiretamente é culpado. E por que? Porque concorda e se pré-dispõe a continuar a face que esconde o que está por detrás do PT. “Nós muito fizemos [governo do PT]. Deixando [a cidade] num patamar onde ela deveria estar há muitos anos”. Opa! Primeiro: não alinha o que muito foi feito. Segundo, se não possui dados na ponta da língua, finge desconhecer a administração onde ele foi um agente de obras, a principal marca dos oito anos de administração petista. Outra: que patamar é este? Qual é o novo patamar? Nada! Nenhuma pista. Incrível! Só palavras desconexas e amontoadas. Nenhum dado. Falou sobre muitas dificuldades. Estas certamente não foram pela fraca atuação e ação da oposição gasparense. A única conspiração que houve foram os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e principalmente, Dilma Vana Rousseff, a quem o PT daqui diziam ser os canais das soluções, e foram padrasto e madrasta do próprio projeto de poder da família dos Zuchis e da dos Limas (Décio Neri e Ana Paula) que mandam no que se rotula social, popular e plural PT daqui. Lovídio fala sorrateiramente das dificuldades para encontrar desculpas para aquilo que foi prometido e não foi feito pelo PT nacional.

 

MAS QUAL A PROPOSTA DO PT? IV
Lovídio até ensaia o esclarecimento, mas logo derrapa. Ele admite que há um diagnóstico das prioridades. Mas, não consegue descrevê-las ou estabelece-las publicamente, até porque a transparência não faz parte da ação do PT quando no poder. Transparência é apenas das exigências quando o PT está na oposição. “Isto nos obriga a tomar medidas urgentes”, admite sobre as tais prioridades, se eleito. Opa! Mas, Gaspar não está no mais alto patamar? Ou então Zuchi e o PT falharam e precisam agora do Lovídio eleito para tomar medidas urgentes? Lovídio, percebe a derrapada. E volta a acentuar de que o governo petista foi eficiente, transformador e que o PT foi o que fez o melhor para Gaspar até aqui, repetindo um bordão desmoralizado do PT de Lula, nunca antes neste país.... Está claro que o PT quer falar sobre o passado, vai cobrar individualmente dos beneficiados com o balcão de trocas nos oitos anos. Nada de futuro, vender sonhos, esperanças. Isto terá que ser feito pelos candidatos de oposição, e comendo poeira. Sobre a revisão do Plano Diretor e a dinheirama dos pesados impostos dos gasparenses paga para a Iguatemi? Finge que não tem a mínima noção do que está ocorrendo ou do que vai fazer, apesar de ter sido até há dias secretário de Obras e Serviços Urbanos de Gaspar. Se sabe, escondeu, enrolou de novo.

 

MAS QUAL A PROPOSTA DO PT? V
E sobre a mobilidade urbana? Finalmente um posicionamento claro durante a entrevista: o Anel de Contorno é algo que passa longe se ele for prefeito e a Ponte do Vale – a principal peça de propaganda petista- vai resolver quase tudo em Gaspar. Contudo, reconhece que a mobilidade é um problema, ou seja, que o PT não resolveu, mas incoerentemente fez de tudo para criar soluções. Não falou na interbairro, mas insinuou que isto já estaria em curso. Entretanto o ex-secretário de Obras não foi capaz de apontar onde e como isso está sendo feito. Preferiu dizer que pavimentou mais de 150 ruas. Ele não as especificou, mas deve ser aquelas que receberam uma camada de asfalto e muitas delas já estão com problemas, além da muitas não terem meio fio, calçada e esgotamento pluvial. Também de forma confusa, falou em outras 150 ruas abertas no governo do PT. Também não detalhou, o tempo e onde. Não custa lembrar, que o governo do PT foi acionado pelo Ministério Público da Comarca de Gaspar para a regularização de quase 100 ruas que permitiu criar numa ação eleitoreira, com apoio da Câmara.

 

MAS QUAL A PROPOSTA DO PT? VI
E sobre o Hospital de Gaspar? Uma mentira e muitas dúvidas. Lovídio afirmou que o PT abriu o Hospital. Mentiu. Não é necessário repetir aqui o que os eleitores sabem exaustivamente sobre o assunto. E o Hospital só reabriu porque Zuchi enganou duas vezes o grupo de empresários que recuperou fisicamente o Hospital. Para abrir, prometeu uma quantidade de recursos financeiros. Não cumpriu. Cobrado, depois de algum tempo, inventou que se roubava lá. Fez a intervenção para achar os ladrões e administrar melhor. Até agora, nada. A dívida aumentou extraordinariamente. Gaspar tem mais um problema sério. Sobre o futuro na saúde pública em Gaspar? Nada. Então, mas qual a proposta do PT para Gaspar depois de 12 anos no poder em 16 anos? O PT aposta na máquina de votos, favores e trocas. Aposta nas amarrações que fez nestes oito últimos anos de governo. Aposta no dinheiro que tem e guardou. Aposta na militância ideológica e na que sobrevive fisiologicamente do poder. Aposta que não precisa de entrevistas e debates. Contudo, pode flertar com o erro estratégico: a sua imagem nacional vai mal e contamina Gaspar, mesmo que aqui a administração fosse algo exemplar, e não é. O PT representava o ético, hoje exatamente se enxerga o PT como algo maldito e até bandido. O PT tinha a complacência da Igreja Católica, hoje isso está mais discreto, inclusive em Gaspar. Isto sem falar, que oito anos de governo em Gaspar, produzem naturalmente desgastes para qualquer um no poder. E para finalizar. Quando deu a entrevista, Lovídio era o único que não tinha vice escolhido.

 

REGISTRO
Pedro da Silva, de Gaspar (no Centro), foi ao 2º Encontro Internacional de Agentes de Trânsito da Fronteira Oeste, em Uruguaiana RS. O debate foi sobre segurança Viária, falta de segurança no trabalho, atualização das leis de trânsito e organização dos profissionais. Junto estava Francisco Rosá de Paula.

 

QUEM ELEGEU TEMER? I
Quando a tocha olímpica passou por aqui, pensava-se que diante dos questionamentos, o PT de Pedro Celso Zuchi, Mariluci Deschamps, Lovídio Carlos Bertoldi, José Amarildo Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio e outros, estaria desconfiado da possível vigilância dos atos e pela cobrança de quanto este circo custou para aos gasparenses. Entretanto, você leitor ou leitora acha que o PT estava preocupado com isso nestas condutas de dúvidas éticas e sem transparência? Só os ingênuos acreditaram. O PT não só desafiou, mas mandou uma banana para todos e não deu transparência alguma. Foi mais ousado: usou o evento para projetar seus candidatos a vereador e pedir o “Fora Temer”. Tudo para abafar a falta de discurso e principalmente, esconder a lama que o cobre nacionalmente, inclusive as Olimpíadas propositadamente arrumada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, PMDB, para nadarem nas desconfianças do relacionamento com as empreiteiras. Da atitude incoerente sobre “intervenção petista” nas escadarias da Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo, a polêmica logo se instalou nas redes sociais na terça-feira da semana passada. Ela pode mostrar como vão ser estas eleições municipais onde as discussões estarão longe da mídia tradicional, mas desnudadas nas redes sociais, sem as censuras dos caciques que se acham donos de verdades.

 

QUEM ELEGEU TEMER? II
E nesta discussão, encontrei estas respostas aos petistas daqui, de gente incomodada pela realidade. Os militantes petistas estão sendo desnudados. Perdem o discurso ético, o do utópico, do sonho, da esperança. São enfrentados. O ativista e representante do Movimento Brasil Livre de Gaspar, Paulo Filippus, que está filiado ao DEM, foi para o enfrentamento com a militância petista e no esclarecimento óbvio: “Espera aí. Quem elegeu o Michel Temer foram vocês petistas, eu não votei na Dilma! E agora ele é golpista? ”, perguntou Filippus. Ou seja, o Fora Temer, é o mesmo Fora FHC, o Fora Cunha, o Fora Qualquer Um que incomode as palavras de ordem, o plano vitalício de Poder e sacanagens – até as roubalheiras como se viu nos múltiplos processos do mensalão e do petróleo até agora - do PT. Já foi por exemplo, Fora Maluf, que virou Querido Maluf, quando ele foi útil ao PT para eleger o poste Fernando Haddad, prefeito em São Paulo. Isto só para citar um, entre outras centenas de casos da incoerência e hipocrisia petista patrocinada por Pedro Celso Zuchi, Décio Neri e Ana Paula Lima.

 

QUEM ELEGEU TEMER? III
E Paulo Filippus, morador do distrito do Belchior, foi fundo: “golpismo é estar condenado e Ficha Suja como este prefeito, e não ter a decência de renunciar ao cargo; golpismo é querer alterar o nome de um bairro como o Belchior à força sem consultar a comunidade; golpismo é não ter informado aos gasparenses até agora qual foi o custo da passagem desta tocha na cidade; golpismo ver a Ponte do Vale que era para ficar pronta em Dezembro de 2013 estar se arrastando até agora; golpismo é ver o dinheiro do PAC 2 que veio para o Belchior aprovado desde 2013 e até agora não terem aprovado o projeto das obras; por fim, Golpismo é o que o partido que tu faz parte fez com o nosso Brasil. Elaborando e executando o maior esquema de corrupção da nossa história. Saqueando e quebrando a nossa Petrobrás, enquanto nas filas dos hospitais milhares morrem todos os anos e outros milhares são assassinados nas ruas por falta de segurança. Eu tenho VERGONHA de ver um jovem como você, defendendo este partido, estes projetos de poder e essas ideologias assassinas de esquerda. Se pretendias entrar para a política para mudar, começasse bem errado”. Acorda, Gaspar!

 

ONDE FICA O BAIRRO GARUVA?
Segundo a face book do pré-candidato Kleber Edson Wan Dall, PMDB, ele esteve lá conversando com o povo daquele bairro. Hum! Não seria Garuba? Garuva, por enquanto é um município no norte do estado. A Ditran – sempre ela – e os assessores do prefeito Pedro Celso Zuchi, que cuidavam do fomento ao Turismo, lá em 2010, criaram e sinalizaram Gaspar para se chegar a Gabiroba, o nome que inventaram para Garuba, tão isolada e que só é encontrada pelos candidatos de quatro em quatro anos, assim como o Gaspar Alto. A assessoria de Kleber já inventou o vereador companheiro Jaime Kissinger, agora, se não foi ela, não foi capaz de revisar a confusão do candidato. E olha que o PMDB estadual e de Blumenau fez uma intervenção exatamente nesta área de comunicação e marketing para colocar as coisas mais “claras” em Gaspar.

 

TRAPICHE

Escolhido o vice do PT, Mara Lucy Fabrin Áscoli que se saiu para ficar de espera na escolha desta vaga, voltou a ser nomeada procuradora geral do município. Tudo em família.

Dois deputados catarinenses votaram na semana passada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, contra o pedido do deputado Eduardo Cunha, PMDB RJ, para o processo dele voltar ao Conselho de Ética e assim ganhar mais tempo, sobrevida e até salvação.

Esperidião Amim Helou Filho, PP, e Jorginho Mello, PR, o mesmo partido do vice de Lovídio, foram os parlamentares catarinenses naquela sessão. Aliás, Jorginho teve outra luta dentro do seu partido: contra a sua substituição na Comissão. O PR, o mercador, queria um manso a favor de Cunha.

Transportar preso sem cinto de segurança deve gerar relaxamento de prisão além de punição para o agente, defendem os doutores do direito. Ou seja, quando mais cresce a criminalidade, mais cresce também os direitos que aliviam a pena do criminoso.

O transporte de preso sem cinto de segurança é um infração de trânsito previsto no Código de Transito Brasileiro. Até ai tudo bem. Mas ela é também, vejam só, um abuso de autoridade. O mero atentado à integridade física já é suficiente para configurar crime do agente e punição ao estado.

Então. No caso da prisão em flagrante de um criminoso com condução sem cinto, deve-se conceder o respectivo relaxamento, pois em caso negativo, o juiz referendará conduta ilegal. É a lei. É o entendimento dos tribunais. E a lei foi feita pelos deputados e senadores que elegemos.

Sobre a polêmica que se instalou em Gaspar neste final de semana nas redes sociais e que deixou uma parcela de gente indignada, outra colocando fogo no circo e quase todos querendo abafar as chamas, pois possuem práticas semelhantes e culpa no mesmo cartório: quem é mais criminoso? Quem compra o voto, ou quem vende o voto? Sem um, não há o outro. Na tipificação do crime é preciso ter os dois polos de forma clara.

Outra. Que história é essa da sociedade pedir mudanças de comportamento aos políticos que lhe representa, se ela é a primeira a se lambuzar eticamente ao pedir o “favor” contra a lei que conhece bem, e a outra parcela, mesmo diante das provas do crime, prefere o silêncio comparsa e criminoso?

Na internet escrevi: quem compra sabe dos riscos que está correndo, sabe que é ilegal na ação que faz e na origem do dinheiro que usa. Mas, de forma hipócrita, fiscaliza os outros tentando impedir à prática.

Quem vende o voto (e neste caso, votos de um grupo de interesse), além de se anular como um cidadão livre, perde o direito à cidadania e os laços de exigir do candidato, se eleito, os seus direitos nessa cidadania. Também de forma hipócrita condena nos outros esta prática quando há supostos beneficiados. Ou seja, além da incoerência, é mera inveja. Meu pirão primeiro. Pouco importa-se a qualidade da farinha.

Conversei com pelo menos três políticos ligados ou próximos à gestão de suas campanhas. Todos me garantiram que a Legislação mudou, mas os eleitores e eleitoras de Gaspar não mudaram. Os mesmos de sempre, e muitos outros, estão atrás de favores e até mesmo de dinheiro como troca de votos pessoais ou de legião que dizem liderarem ou representarem.

É um calçamento aqui, um aterro ali, uma canalização lá, uma viagem acolá, um médico ou exame mais adiante, brindes para festas particulares e populares, próteses de todos os tipos, empregos (ou promessas de boquinhas privilegiadas se os doadores forem eleitos), encaminhamento de carteira de motorista, escrituras, regularização do irregular ou clandestino, pagamentos de contas atrasadas de luz, água, aluguel e até de lojas, além de doação de tijolos, cimento, telhas, esquadrias, pisos para particulares e clubes, e assim vai.

Por que mudou a Legislação se a consciência do eleitor gasparense ainda continua à venda nos períodos eleitorais? O que mudou de verdade, foi a fiscalização via as redes sociais, os smartphones que tudo gravam, fotografam, filmam tudo e em segundo os transforma em contundentes provas.

Os políticos que se dizem novos, mas bonecos ou orientados, por velhas raposas e seus antigos métodos, precisam avisar a esta gente que existe o facebook, o twitter, o instagran, a ingenuidade, a malícia, de que não há crime perfeito e que existem milhares de smartphones à espreita dos deslizes, para provar de que ninguém é bobo ou está sendo enganado, comprado ou se vendendo. Acorda, Gaspar!

Perguntar não ofende. A campanha eleitoral oficialmente nem começou, só em agosto. Então de onde vem esse dinheiro para a compra e venda de votos? Ou seja, nem caixa dois é, mas trata-se de caixa fantasma. Como alcançar o fornecedor do dinheiro? Como enquadrar o candidato que não ainda nem candidato oficialmente é? O promotor eleitoral Marcelo Sebastião Netto Campos

O desvio que a Ditran e a administração do PT de Gaspar promoveram com as multas aplicadas aqui, está com os dias contados, ou pelo menos, mais vigiadas para a maior transparência permitindo o controle dos cidadãos sobre o seu próprio dinheiro.

A lei 13.281 deste maio, e que passará a valer agora em novembro, diz textualmente no seu artigo 320, parágrafo segundo: “o órgão responsável deverá publicar, anualmente, na rede mundial de computadores(internet), dados sobre a receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e sua destinação.”

Ilhota em chamas I. O PP de Ilhota está rachado. O ex-secretário e ex-vereador (renunciou o mandato há poucos dias) Gilberto de Souza, trabalha para ser o vice Roberto Poerner (Beto Perna), PSD.

Ilhota em chamas II. Já o presidente do PP, Nilton Dalcastagne, histórico, trabalha para ser o vice do candidato do PMDB, numa união sem precedentes. Faltam bombeiros.

Ilhota em chamas III. Silenciosamente os vereadores aumentaram os seus salários, o do prefeito, o do vice e dos secretários para a partir do ano que vem. Um vereador vai ganhar R$4.500,00 e o presidente da Câmara R$6.300,00.

Ilhota em chamas IV. O próximo prefeito vai ganhar R$12.000,00 e o vice, R$7.000,00. Já os secretários vão ganhar R$6.000,00 por mês. Todos têm direito ao 13º salário em dezembro e reajuste anual, atrelado ao concedido para o funcionalismo, por lei aprovada na Câmara.

Ilhota em chamas V. As leis estão para serem assinadas pelo prefeito Daniel Christian Bosi, PSD. Ela retroage a junho, mas só passa a valer financeiramente a partir de janeiro do ano que vem.

 

Edição 1759 / Edição Online

Comentários

Mariazinha Beata
21/07/2016 16:04
Seu Herculano;

A neta de Lulla é candidata a vereadora.
Jandira Feghali candidata a prefeita do Rio.
Luciana Genro candidata a prefeita de Porto Alegre.
E, com apoio de Bolsonaro, a filha da Gretchen, Thammy Miranda, é candidata a vereadora em São Paulo pelo PP:

http://br.blastingnews.com/politica/2016/02/thammy-miranda-se-candidata-a-vereador-pelo-partido-de-bolsonaro-00782491.html

Oras, lixo vota em lixo para que este lixo chame outros lixos para fazer mais lixo ainda para o povinho lixo viver as suas vidas de lixo.

Bye, bye!
Herculano
21/07/2016 15:59
da série: os político bananas e o politicamente correto com terroristas, exigido por intelectuais, imprensa e esquerda festiva. Só falta fazer a corte e serem recebidos em Palácio para lá estourarem uma bomba.

TEMER PEDIU QUE SE RESPEITASSE AS LEIS E O DEVIDO PROCESSO LEGAL CONTRA ACUSADOS DE TERRORISMO, por Severino Motta, de Veja

Michel Temer se reúne todas as manhãs com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Fica sabendo de todo o tipo de movimentação contra atentados terroristas que estão sendo desenvolvidos.

Ontem, porém, recebeu dois informes, o rotineiro da manhã e um extra à noite, quando soube da operação que seria realizada no dia seguinte.

Quem esteve com o presidente, disse que tudo o que ele pediu foi que se respeitasse as leis brasileiras e o devido processo legal para os acusados.
Digite 13, delete
21/07/2016 13:36
Oi, Herculano;

Apaguem a tocha
Após o governo decretar estado de calamidade pública no Rio, 50 mil ingressos para as Olimpíadas do Cocô foram devolvidos.

O Antagonista está ansioso para saber quantas outras desistências se confirmarão depois dessa coletiva de Alexandre de Moraes, que já está repercutindo em todo o mundo.

A bucha petista é atochada no povo brasileiro.
Miguel José Teixeira
21/07/2016 09:03
Fonte: Correio Braziliense, hoje
Coluna do Ari Cunha com Circe Cunha

"Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados
por aqueles que gostam." (Platão, filósofo grego)

Eleições censitárias

Nas últimas duas décadas, as eleições no Brasil ganharam uma aparência e um significado censitário, ou seja, apenas os candidatos e os partidos com grandes somas de recursos tinham alguma chance de vitória nas urnas. No passado, principalmente a partir da Constituição de 1824 e durante todo o período monárquico, o voto era um direito concedido apenas para os indivíduos com certo nível de renda. O sistema daquela ocasião deixava de fora os brasileiros com renda inferior a 100 mil réis. Era o chamado voto censitário, baseado na renda.

Do retorno à normalidade democrática em 1985 para cá, o que os eleitores passaram a observar, com certa desconfiança, foi a escalada acentuada nos valores gastos pelos candidatos.

Para se ter uma ideia, nas eleições de 2014 para a Presidência da República, o custo total da campanha de Dilma Rousseff foi de R$ 350 milhões. Uma verdadeira fábula, acessível a poucos.

Naquela ocasião, para atrair a simpatia e o voto de cada um dos 54 milhões de eleitores obtidos, foram gastos mais de R$ 5 per capita. É justamente nesses valores astronômicos, num país pobre, que residem os maiores perigos para nossa jovem democracia. O poder do dinheiro tomou o lugar da singularidade e da importância do voto.

No rastro das campanhas milionárias vieram os maiores beneficiários diretos dessa dinheirama, que foram os empresários do setor de propaganda e os grandes empreiteiros, todos de olho nas possibilidades de negócios fáceis que teriam por meio dos candidatos que financiariam.

Obviamente, do outro lado do balcão, financiando direta e indiretamente essa gastança eleitoreira, estavam os recursos públicos, principalmente aqueles desviados das estatais por meio de contratos superfaturados.

Para esse dinheiro farto transitar livremente dos cofres públicos para os partidos, foi "oficializado" um rudimentar esquema de caixa dois, eufemisticamente denominado "recursos não contabilizados" e que foi elevado às alturas pelo Partido dos Trabalhadores, sendo, inclusive, reconhecido pelo seu principal personagem e maior beneficiário final do esquema.

A Operação Lava-Jato desnudou este esquema criminoso, processando e prendendo parte de seus principais artífices. Na esteira dessa trama policial, os órgãos de fiscalização e controle de movimentações financeiras acordaram de seu longo e providencial sono. Fizeram despertar da letargia marota os tribunais de contas e com eles a inoperosa e descartável Justiça Eleitoral.

A movimentação do Ministério Público e da Polícia Federal, somada às prisões de alguns figurões da política, fez acordar também o Congresso, que correu para aprovar a nova legislação eleitoral (Lei nº13.165/2015). Claro que toda essa movimentação só foi possível graças às pressões das gigantescas manifestações de rua por todo o país. As eleições vindouras dirão se já estamos definitivamente no caminho certo.

Acesse:

http://livraria.senado.leg.br/eleicoes.html

e baixe o livro:

Eleições ?" Legislação eleitoral e partidária
Herculano
21/07/2016 08:42
da série: o PT de Blumenau que por lá virou fantasma e tenta assombrar Itajaí, e já foi exorcizado de Brusque, acha que Gaspar é igualzinho ao Nordeste

LULA SEGUE "BOMBANDO" NO NORDESTE, por Fernando Canzian, para o jornal Folha de S. Paulo


Ao longo dos governos do PT, especialmente nos Lula 1 e 2, o Nordeste foi a região que mais cresceu e foi beneficiada pelas políticas de inclusão social que mudaram o cenário da economia brasileira nos últimos anos.

Não por acaso, a região ainda muito pobre (com metade dos beneficiários do Bolsa Família) e populosa (segundo colégio eleitoral, atrás do Sudeste), foi determinante nas duas vitórias de Lula e de Dilma Rousseff à Presidência.

Hoje, o Nordeste é uma das regiões que mais sofrem com o resultado das políticas desastrosas de Dilma, sobretudo por conta do descontrole da inflação entre os mais pobres e beneficiários do Bolsa Família.

É no Nordeste onde se concentra a maior taxa de desemprego no país. A desocupação atingiu 12,8% no primeiro trimestre, bem acima da média geral de 10,9%.

Entre janeiro e março, houve aceleração das demissões, com mais 800 mil pessoas engrossando o total de desempregados, que atingiu 3,2 milhões nos nove Estados da região.

Mesmo assim, e depois do petrolão, do afastamento de Dilma e das ameaças policiais contra Lula, o Nordeste segue como o último grande sustentáculo do lulismo e do PT.

Segundo o último Datafolha (14 e 15.jul.), o petista lidera ou empata com Marina Silva (Rede) justamente por conta do Nordeste.

No cenário em que se coloca Aécio Neves como a opção tucana, Lula oscilou positivamente dois pontos de dezembro para cá (de 20% para 22%) considerando os votos totais.

Mas ele deu um salto, apesar de tudo, entre os eleitores do Nordeste: passou de 33% para 39% (mais da metade do que tem Marina). Espontaneamente (quando se pergunta em quem o eleitor votaria, sem apresentar nomes), 12% dizem Lula (2% Marina e 3% Aécio).

É na região também que a maioria da população (51%) ainda se posiciona contra o Senado aprovar o impeachment de Dilma. Na média nacional, são apenas 35%.

Acuado e com membros de seu partido Investigados ou presos, o ex-presidente recorre à sua última "cidadela" em busca de sobrevivência política.

Na semana passada, ele visitou quatro cidades do Nordeste. Assim como Dilma em plateias de apoiadores, Lula se entusiasmou e disse que só não será candidato em 2018 "se o Brasil der certo".

Apesar do apoio nordestino, com rejeição nacional de 53% do eleitorado (que vai a 62% no Sudeste), Lula e o PT precisarão de melhor estratégia além de torcer pela continuidade da verdadeira "bomba" deixada pelo governo Dilma.
Herculano
21/07/2016 08:37
A DESCULPA DO "ANTIPETISMO", editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Está cada vez mais difícil encontrar eleitores que se dizem petistas ou que tenham alguma boa vontade com o partido.

É muito conveniente, para os petistas, atribuir suas previsíveis dificuldades eleitorais neste ano, especialmente em São Paulo, ao tal "ódio ao PT" que eles tanto vivem a denunciar. O melancólico, mas merecido, quarto lugar do prefeito Fernando Haddad na pesquisa do Datafolha de intenção de voto à Prefeitura parece dar razão aos estrategistas de sua campanha que querem descolar o alcaide da desastrosa imagem de seu partido - estigma que, segundo esse raciocínio, excita na classe média paulistana seu atávico antipetismo. No entanto, essa é, como de hábito, uma desculpa esfarrapada: a hostilidade ao PT realmente cresceu nos últimos anos e acentuou-se mais recentemente, mas não em razão de preconceito contra o partido, e sim por ter ficado clara a brutal incompetência administrativa dos petistas, não apenas no Município de São Paulo, mas na gestão federal.

É por esse motivo que está cada vez mais difícil encontrar eleitores que se dizem petistas ou que tenham alguma boa vontade com o partido. As últimas eleições mostraram que o grosso do voto na sigla construída por Lula da Silva começa a se concentrar onde a pobreza e o atraso limitam o senso crítico dos eleitores. Especialmente nas regiões metropolitanas, antigo reduto do Partido dos Trabalhadores, o definhamento da legenda se acelerou - a pesquisa do Datafolha mostra que a simpatia pelo PT em São Paulo, por exemplo, caiu de cerca de 25% há quatro anos para 11% agora. O PT ainda é o partido que tem mais eleitores cativos na capital paulista, mas nem de longe apresenta o vigor dos tempos, nem tão distantes, em que o lulopetismo se arrogava o privilégio de ditar os termos da história.

Quando questionados sobre o fenômeno, os petistas têm uma explicação na ponta da língua: trata-se do resultado de uma gigantesca orquestração promovida para difamar o PT. E tudo, é claro, para impedir que o chefão Lula vença as eleições presidenciais de 2018. Como escreveu o presidente do PT, Rui Falcão, em texto publicado pelo partido no dia 18, a "insidiosa campanha da mídia monopolizada" e a "perseguição implacável de autoridades parciais" visam a "infligir uma derrota acachapante ao PT nas eleições municipais" e a frustrar a eventual candidatura de Lula, "liderança inquestionável" nas pesquisas.

Entre os conselheiros de Haddad, o discurso é o mesmo. Já há quem diga, aqui e ali, que o prefeito, se quiser se reeleger, terá de encontrar meios de lidar com a carga da impopularidade da presidente afastada Dilma Rousseff e do PT, sem falar na do próprio Lula, que em São Paulo enfrenta grande rejeição. Isso seria, na opinião desses assessores, o maior obstáculo de Haddad.

Assim, com a desfaçatez habitual, os petistas vão construindo a fantasia segundo a qual o problema eleitoral do PT está no eleitor ?" instigado pela "mídia monopolista" e pela "elite golpista" a odiar os petistas ?" e não no próprio partido, cujos delírios de uma revolução social financiada pelo Estado resultaram na maior crise econômica da história recente, sem falar na desmoralização da política pela via da institucionalização da corrupção.

Seria realmente espantoso se a esta altura, com a exposição escancarada da incompetência dos companheiros Haddad e Dilma, os eleitores não manifestassem repúdio ao modo petista de governar. É provável que entre os que reprovam o prefeito e a presidente ora afastada haja mesmo muitos antipetistas convictos, desses que escolhem o candidato pelo potencial para derrotar o PT. Mas é evidente que, diante do descalabro dos governos de Dilma e de Haddad, com desemprego, recessão, contas no vermelho, ruas esburacadas, ciclovias improvisadas, saúde em pandarecos, educação vergonhosa e muitas, mas muitas promessas grandiosas não cumpridas, a decisão de desalojar o PT do poder o quanto antes seja a mais racional a ser tomada na hora de votar.

A própria Dilma reconheceu isso, ainda que por obra de evidente ato falho. Em evento em uma universidade do ABC, depois de ter sido criticada por um dos presentes, a petista, sem querer, explicou por que foi afastada da Presidência: "Uma das constatações que temos que fazer é que algo não deu certo, tanto é que eles estão lá, e nós, aqui". Bingo.
Herculano
21/07/2016 08:29
SAI A CLT, ENTRA O QUÊ?, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que o governo Temer vai propor a "atualização" da CLT até o fim do ano. Mexer nas leis trabalhistas é um velho sonho do empresariado, e o novo regime parece disposto a realizá-lo. Falta informar que mudanças serão feitas e quem sairá perdendo com elas.

Nesta quarta (20), o ministro se saiu com uma explicação genérica. "Nós pretendemos aprimorar a CLT, atualizar ela, preservando os direitos fundamentais do trabalhador", disse, em café com jornalistas. Dublê de deputado do PTB e pastor evangélico, Nogueira começou louvando a "generosidade do criador". Depois sugeriu que será generoso com os empregados de carteira assinada. "O trabalhador não vai ter nenhum prejuízo com a atualização", disse.

Como mexer na CLT sem atingir os assalariados? O ministro não explicou a mágica. Disse apenas que buscará "um formato que prestigie a negociação coletiva" sobre a lei em vigor. Num cenário de crise, é difícil imaginar que os interesses dos empregados prevaleçam na negociação.

A CLT preserva alguns entulhos autoritários da ditadura getulista. Um deles é o princípio da unicidade sindical, que já deveria ter sido extinto. Como o governo não toca no assunto, fica a impressão de que seu alvo é o que a lei tem de bom: a garantia de direitos dos trabalhadores.

No início do mês, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) deu pistas sobre os planos do empresariado. "Nós estamos ansiosos para ver medidas muito duras", afirmou Robson Andrade. "No Brasil, temos 44 horas de trabalho semanais. A França, que tem 36 horas, passou agora para 80. (...) O mundo é assim. A gente tem que estar aberto para fazer essas mudanças."

A declaração causou espanto, e a CNI se apressou a dizer que Andrade "jamais defendeu aumento da jornada de trabalho". Se isso é verdade, faltou esclarecer o que ele defende. Neste aspecto, o ministro de Temer também não foi muito original.
Herculano
21/07/2016 08:22
CRIMES, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

À medida que se desenrola o processo de impeachment de Dilma, vão surgindo decisões em diversas instâncias dos organismos de controle e acompanhamento das atividades governamentais que têm a ver, aparentemente, com o que está sendo discutido na comissão especial do Senado, e poderiam ter impacto na sua decisão final.

Até agora, no entanto, essas medidas não têm a ver com o processo que se discute, embora a defesa de Dilma alegue o contrário. É o caso da decisão do Ministério Público Federal que concluiu que as "pedaladas fiscais" não configuram crimes comuns.

O procurador da República no Distrito Federal Ivan Marx pediu o arquivamento de investigação criminal, mas concluiu que as manobras visaram maquiar as contas públicas, principalmente no ano eleitoral de 2014, havendo improbidade administrativa - um delito civil.

No argumento da defesa, o entendimento do MPF reforça sua tese, mas o fato é que em nenhum momento o processo de impeachment acusa Dilma de ter cometido crime do ponto de vista do processo penal, mas, sim, de crime de responsabilidade, com apoio em outros pareceres, inclusive do próprio Ministério Público das Contas e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Vale lembrar que, no caso específico das "pedaladas", quem foi absolvido do ato criminal pelo MPF não foi a presidente afastada, mas o secretário de Tesouro Arno Augustin e outros ministros. Que, no entanto, poderão ser condenados em processos civis.

As "pedaladas" foram adotadas no âmbito dos ministérios e dos bancos. A culpabilidade de Dilma seria pelo fato de o governo ter se valido dos bancos estatais para tocar suas políticas de forma frontalmente contrária à Lei de Responsabilidade Fiscal, como apontado nas contas de governo pelo TCU. Além disso, a decisão política do Senado não se vincula à conclusão do MPF.

Apesar de ter arquivado o processo, o MPF disse que as manobras visaram maquiar as contas, principalmente em ano eleitoral (2014), havendo ainda indícios de improbidade, extremamente grave. É justamente isso que a LRF quer evitar, que o presidente abuse do poder econômico, sobretudo em ano eleitoral.

Quanto às contas de 2015, que o TCU está julgando agora com a tendência de rejeitá-las, há mais de 23 infrações apontadas, sendo as mais importantes:

1) Operações de crédito ilegais junto a Banco do Brasil (Plano Safra) e BNDES (PSI), incluindo rolagem de dívidas de períodos anteriores, em torno de R$ 60 bilhões;

2) Omissão de passivos da União junto a BB, Caixa, BNDES e FGTS nas estatísticas divulgadas pelo Bacen (para esconder as "pedaladas");

3) Pagamento de dívidas junto a BB, BNDES e FGTS sem autorização na Lei Orçamentária Anual;

4) Abertura de créditos suplementares por decreto de forma incompatível com a obtenção da meta de resultado primário;

5) Abertura de créditos extraordinários por MP sem observância dos requisitos constitucionais.

Algumas provocaram o pedido de impeachment, como as ligadas às operações de crédito com o BB e aos decretos de créditos suplementares (itens 1 e 4). Segundo os especialistas, decretos são atos infralegais e sem força de lei, o que os difere completamente das MPs. MPs são submetidas ao Congresso; decretos, não.

Por isso, liberar recursos por decreto em desacordo com a Lei Orçamentária é gravíssimo; a MP, por ter status de lei, pode suprir a ausência de previsão no Orçamento.

Quanto à "criminalização" de MPs para liberar crédito extraordinário, o problema é que, ao questionar Dilma, o TCU deixou o ministro da Fazenda atual, Henrique Meirelles, inseguro de editar MPs, temeroso de posteriormente sofrer condenações.

Como a análise dos requisitos constitucionais tem um componente subjetivo muito forte, ele começou a pedir permissão ao TCU antes de editar as MPs, o que está causando polêmica, pois o tribunal tem permitido que o atual governo as edite, ao mesmo tempo que as aponta como infrações cometidas no governo Dilma.

Mesmo que, diante dessa aparência de incongruência, o TCU venha a retirar da lista de infrações a edição dessas MPs, há, como se viu, outras infrações que justificam a rejeição das contas de Dilma também em 2015. E as acusações parte do processo de impeachment continuam intactas do ponto de vista da ação governamental.
Herculano
21/07/2016 08:19
MP ELIMINA SO UMA DAS 23 ACUSAÇÕES CONTRA DILMA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O PT adorou e até viralizou na internet a informação de que eventual medida provisória autorizando gastos extras, submetida previamente ao Tribunal de Contas da União (TCU), neutralizaria acusação que levou a corte a rejeitar as contas de Dilma Rousseff, e que instruiu até a ação de impeachment. Mas se trata de apenas uma das 23 irregularidades apontadas pelo TCU na rejeição unânime das contas.

AINDA RESTAM 22
Ainda que o TCU considere legal a MP abrindo crédito extraordinário, ainda restarão outros 22 motivos para a rejeição das contas de Dilma.

MOTIVOS NÃO FALTAM
Se o TCU excluir essa acusação, o ministro relator do caso José Múcio terá motivos de sobra para recomendar a rejeição das contas de Dilma.

RAZÕES FORTES
Em conversas reservadas, ministros do TCU consideram "fortíssimos" todos as demais irregularidades que provocaram a rejeição das contas.

CUTUCANDO A ONÇA
Ao provocar o assunto no TCU, o governo Michel Temer "cutuca a onça com vara curta", na opinião de um dos mais ativos ministros da corte.

AMEAÇADA A POSSE DE DEPUTADO PORTADOR DE ELA
Como os políticos sabem ser cruéis, já se fala em impedir a posse, como deputado federal, do médico alagoano Hemerson Casado, paciente da doença degenerativa Ela. Suplente do indicado de Renan Calheiros para o Ministério de Turismo, Hemerson preserva a lucidez, a inteligência e capacidade de luta. A exemplo do físico britânico Stephen Hawking, ele pode se tornar um símbolo da luta pelos direitos dos pacientes da doença e por investimentos em pesquisas para a cura.

PERÍCIA DO MAL
Políticos de Alagoas relatam tentativa do suplente seguinte, Fernando Hollanda, de requerer perícia para barrar a posse de Hemerson.

LIGAÇÕES
Fernando Hollanda é filiado ao PMDB e tem ligações ao grupo chefiado por Renan Calheiros, em Alagoas.

BIOTECNOLOGIA
Cirurgião admirado pelos alagoanos, Hemerson luta pela criação de pólo biotecnológico para pesquisa e tratamento de doenças raras.

ACORDO POSSÍVEL
O Ministério Público Federal topa negociar delação premiada de Eduardo Cunha, mas a condicionam a "algo consistente". Cunha pode mudar a posição e fazer acordo se a situação da família se complicar.

ACORDO DÁ INSONIA
Lula recorrerá como nunca a tranqüilizantes, após os sinais de delação premiada de Renato Duque, ex-diretor da Petrobras nomeado em seu governo com a missão de desviar milhões para o PT e petistas ilustres.

NETO MANDA BEM
É tão significativa a aprovação do primeiro mandado do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que os aliados prevêem sua reeleição com mais de 70% dos votos válidos.

QUEM PAGA O PATO
A greve na Receita Federal provoca prejuízo diário de R$220 milhões ao pólo de Manaus, diz Wilson Périco, do Centro da Indústria. Só no primeiro dia, os grevistas retiveram 386 contêineres de mercadorias.

APENAS FUTEBOL
Viagem vapt-vupt à Europa do botafoguense Renan Filho, governador de Alagoas, ligou o alerta dos que desconfiam de políticos viajando ao exterior. Mas ele apenas se uniu a amigos, doentes por futebol, para assistir a final da Eurocopa, em Paris. E pagou as próprias despesas.

VOZ DO POVO
Enquete no site da Câmara Legislativa do Distrito Federal mostrou que 86% dos 1.581.087 votantes aprovam "totalmente" o serviço eventual de carro com motorista proporcionado pelo aplicativo Uber.

TRAIÇÃO
O secretário-geral do PPS, Juca Carvalho, vê Renan Calheiros por trás da traição do Solidariedade de Paulinho da Força ao acordo ?" incluindo PDT e PROS ?" pela reeleição do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), que é o favorito na disputa.

CONTRA O BLOQUEIO
Em pouco mais de 24h superou os 350 mil adesões o abaixo-assinado contra o bloqueio do WhatsApp, no Change.org, site especializado em petições. São mais de 100 milhões de usuários do aplicativo no Brasil.

PENSANDO BEM...
...a menos de vinte dias das Olimpíadas, a principal modalidade esportiva em Brasília ainda é chutar a data da destituição de Dilma.
Herculano
21/07/2016 08:14
O PT NÃO LEVA A SÉRIO O GOLPE QUE DENUNCIA, por Eugênio Bucci, para o jornal o Estado de S. Paulo

Parte 1

Partido mandou votar em presumido golpista (até ontem) para presidir a Câmara...

Mas o que é que anda acontecendo com o tal Partido dos Trabalhadores (PT)?

Duas hipóteses. A primeira é simples, campestre, quase inocente. Se soar um tanto jocosa, a responsabilidade deve ser debitada ao objeto em questão, não ao humor de quem apenas toma notas. A piada vem da realidade, como logo se verá. A segunda hipótese parecerá menos cômica e mais trágica, mas, fique bem claro, não passa de uma hipótese. Passemos logo à primeira.

Hipótese número 1.

Não é como partido, mas como quadrilha de festa junina que o PT se movimenta. É como quadrilha que ele dança. Nhô Lula, embalado pelos trinados da sanfona e animado pelo gengibre do quentão, passa a mão direita no microfone e com a esquerda tira o chapéu de palha da cabeça para erguê-lo bem alto, como a pedir a atenção dos circunstantes. Quando atrai os olhares para si, estufa o peito e dá o alarme: "Olha o golpêêê!".

Pronto, é o que basta. O volume da música se eleva. Os casais se excitam. Obediente ao comando de Nhô Lula, o cordão dos intelectuais, que cada vez aumenta mais, vai batendo as rangideiras de dois pés esquerdos contra a terra batida da roça ideológica, Ouve-se a cantilena de hermenêuticas dilmófilas e heurísticas temerofóbicas ("temer o Temer") sobre as conspirações que o imperialismo, aliado à Polícia Federal, maquina contra a Constituição de 88 (que em 1988 o PT quis repudiar). "É golpe!", entoa o cordão que serpenteia no terreiro da luta de classes, entre meneios de cabeça e repuxões de ombros. "É golpe para derrubar Nhá Rousseff".

Com olhos de farol baixo, Nhô Lula assiste à cena extasiado. Não tem pressa, mas também não tem muita paciência. Começa a se enfarar com tanta firula constitucionalista e decide que é hora de tomar novo fôlego. Empunha o microfone outra vez, olha para o outro cordão ao seu dispor, o cordão dos parlamentares, e solta sua voz mais gutural, simulando o tom meio cochichado de um conchavo: "É mentirááá!".

Nhô Lula dá risada com o alvoroço que provoca. Enquanto os intelectuais amuam, lá se vão os deputados federais de gravatas caipiras tomar parte na barraca da Câmara, a mesma que teria desferido o golpe inominável, o "golpe parlamentar". Enquanto golpe havia, ficavam na deles. Agora que golpe é mentira, ei-los solícitos aos ritos legislativos. Alegres em seus saracoteios, votam em Rodrigo Maia para presidente. Maia é do DEM e até ontem praticava o golpismo torpe, mas agora, depois que Lula liberou geral, está repaginado em Nhô Rodrigo.

O cordão intelectual não contava com tamanha desinibição do cordão parlamentar, que entre um voto e outro sai em busca de novas alianças municipais com o PMDB. Nhô Rodrigo é o novo companheiro contra o inimigo maior, embora morto, o coroné Cunha. Viva Nhô Rodrigo! Viva o quentão! E dá-lhe sanfona. Alguém pede Tim Maia. "Que beleza é a natureza." Que beleza é a quermesse parlamentar.
Herculano
21/07/2016 08:14
O PT NÃO LEVA A SÉRIO O GOLPE QUE DENUNCIA, por Eugênio Bucci, para o jornal o Estado de S. Paulo

Parte 2

Nhô Lula resmunga. A farra está indo longe demais. Esse pessoal não se manca? Então, sem se levantar da cadeira, emite nova voz de comando: "É verdade!".

Vixe Maria. Jesus amado. Um intelectual e um parlamentar, abraçados, giram sem sair do lugar. Nhô Lula toma um fartão e entrega o microfone à Sinhá Kátia Abreu, que bota um baita de um olho gordo naquele curral.

Corta.

(Antes de entrar na outra hipótese, convém recomendar que as crianças sejam retiradas da sala.)

Hipótese número 2.

Não, o PT não é uma quadrilha. O PT é um partido político. Pode parecer absurdo fazer tal afirmação assim a seco, mas, calma, é só uma hipótese. Acontece que o PT não é um partido de tipo comum, como diriam os cientistas desse campo tão pouco científico, mas um partido de tipo especial. Os partidos comuns dizem uma coisa e fazem outra. Os especiais, mais raros, dizem uma coisa e depois fazem exatamente o contrário da coisa dita. Um exemplo? Dilma um dia antes das eleições de 2014 e Dilma um dia depois das eleições de 2014.

Se a hipótese for verdadeira, quer dizer, se o PT for mesmo um partido de tipo especial, estará explicado por que - depois de mobilizar os seguidores na sua cruzada contra o "golpe", depois de tantos discursos, cartazes, xingamentos, passeatas patrocinadas por centrais sindicais patrocinadas pelo governo, depois de tantos colóquios acadêmico-apostólicos - mandou seus deputados despejarem votos num presumido golpista (até ontem) para presidir a Câmara dos Deputados, a Casa que lançou a pedra fundamental do ato que (até ontem) era chamado de golpe. O PT falou uma coisa e fez o oposto. Tudo se encaixa.

Nesse ponto, surge uma dúvida de método. Ou bem o PT diz o que não pensa, ou bem não pensa no que faz. Se a legenda diz o que não pensa, conta mentiras deliberadas. Se não pensa no que faz, é irresponsável. A dúvida é insolúvel, pois as duas assertivas certamente não são de todo falsas e, para piorar, podem ser ambas simultaneamente verdadeiras.

Tentemos elucidar a equação por outro caminho. O PT afirma que há um golpe em curso. Se acredita mesmo nisso, há de acreditar também que a ordem democrática está em via de sofrer uma ruptura traumática das mais devastadoras, comprometendo a própria ordem democrática. Logo, o papel do partido, fosse ele coerente, deveria ser o de apontar a farsa (que tenta passar-se por democracia formal) e seguir denunciando os tais golpistas para desmascará-los e restaurar o Estado de Direito. Mas o PT fez precisamente o contrário: dá sua voluntariosa sustentação à escolha do novo presidente da Câmara, a quem chamava de golpista, e ainda posa de guardião da democracia.

Conclui-se que, na prática, o PT age como se não houvesse golpe nenhum. Portanto, quando fala em golpe, só pode ser da boca para fora. Quanto a ser quadrilha (de festa junina) ou partido político (de tipo especial), isso ainda carece de novas e mais profundas investigações empíricas e teóricas.
Herculano
21/07/2016 08:06
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA

Ela circula com o jornal impresso Cruzeiro do Vale
Herculano
21/07/2016 08:05
EITA, PAÍS CHATO, por Carlos Brickmann

Dilma viaja a São Bernardo para ser homenageada pelos alunos de uma faculdade - ainda bem que com dinheiro da vaquinha, não o nosso. Em suas viagens a Porto Alegre, essas com dinheiro público, a presidente afastada leva duas malas grandes. E daí? O presidente Michel Temer diz que o Brasil está preparado para enfrentar possíveis atos de terrorismo nas Olimpíadas do Rio. Não está, e Temer sabe disso.

É uma de suas grandes preocupações; mas que é que queriam que declarasse? Com alguns dias de diferença, Temer garantiu que "que os turistas podem ir 'tranquilos' ao Rio para a Olimpíada". Ir com tranquilidade, podem; os problemas são a permanência e o regresso. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse a verdade, que o Rio se preparou mal para o evento e pouco ganhará com os investimentos que fez. Levou paulada até explicar que tinha sido mal interpretado. Aí sossegou. Falar a verdade tem alto custo político.

Paes e Temer esqueceram que, a partir do momento em que o Rio foi definido como sede dos Jogos Olímpicos, o partido que administrou Estado e cidade foi o seu PMDB. O Rio em que uma linda ciclovia durou menos de um mês, em que vigas de aço de 20 toneladas foram roubadas, em que o orçamento de um ano dura sete meses faz parte do prontuário do PMDB.

É por isso que, em qualquer página do jornal, em qualquer caderno de qualquer assunto, o tema seja sempre o mesmo: crime. É chato demais.

WHAT I SEE

O substituto de Eduardo Cunha foi um Maranhão, sucedido por outro Maranhão, um mais fraquinho que o outro. Ministros e aliados de Temer estiveram ao lado de Fernando Henrique, de Collor, de Sarney.

Como diria o garoto do filme O Sexto Sentido, se os conhecesse, "I see dead people".

LÉ COM LÉ

O primeiro chefe de Estado a ser recebido por Michel Temer deve ser o presidente suíço Johann Schneider Ammann.

Nada mais adequado: os dois representam o Estado, mas não governam.

CRÉ COM CRÉ

O vereador paulistano José Police Neto, do PSD de Kassab, teve uma ideia: pagar um pixulequinho com dinheiro público a quem for trabalhar de bicicleta, para desafogar o trânsito e reduzir a lotação dos ônibus. Partidos diferentes, cabeça igual: o prefeito paulistano Fernando Haddad, inimigo de Kassab e do PSD, aderiu na hora à ideia. De certa forma, os políticos vão gostar: basta ligar a TV numa sessão do Congresso e ver quantos já pintaram os cabelos de amarelo, a cor de uma ciclovia com pouco uso.
Herculano
21/07/2016 08:04
ABUNDÂNCIA EXIGE ABUNDÂNCIA, por Carlos Brickmann

Nunca ocorreu ao caro leitor perguntar-se o que é que leva pessoas de certa idade e ar exótico a pintar o cabelo de acaju, comprar um terno novo e gastar dinheiro para criar um partido, além de investir no horário gratuito de rádio e TV, mesmo sabendo que não tem chance nenhuma nas eleições?

O jogo é complicado, pode envolver a cessão do horário de TV a outro partido, nunca, naturalmente, a leite de pato. Mas há como simplificá-lo, reduzindo embora os lucros: basta contentar-se com as generosas verbas do Fundo Partidário. No primeiro semestre deste ano, o Partido Novo, com zero deputados, recebeu R$ 527 mil. O PSTU, sem deputados federais, recebeu R$ 1,2 milhão.

Dá para tocar a vida em defesa do povo sofrido.

REDUZINDO A HEMORRAGIA

O presidente Michel Temer aguarda o fim do impeachment para reduzir um pouco essas despesas (que, a propósito, já têm alta programada pelo Congresso). Em primeiro lugar, a cláusula de barreira. Partido, para que seu pessoal se eleja, terá de obter no mínimo 2% dos votos em nove Estados (as exigências deve crescer nas eleições seguintes). Com isso, Temer espera reduzir os atuais 35 partidos a oito. Até o PCdoB estaria morto.

POR FALAR EM SOBREVIVÊNCIA

A informação foi enviada por um advogado gaúcho ao excelente portal "Espaço Vital", do jornalista e jurista Marco Antônio Birnfeld (www.espacovital.com.br ). Diz o leitor que encontrou na segunda-feira, no portal do Banco Itaú, o seguinte aviso:

"Fique atento aos encargos para o próximo período (26/07/16 a 25/08/16): juros máximos: 17,52% a.m.; juros do contrato: 612,90% ao ano".

Pergunta o leitor: "Que vai acontecer conosco e com nosso país?"

É ISSO AÍ

O que vai acontecer conosco e com nosso país é aquilo que já está acontecendo: inadimplência geral e paralisia total dos negócios Pior será quando o banco se oferecer para renegociar a divida: "Aproveite que o gerente ficou louco e regularize hoje mesmo a sua conta em condições muito especiais, criadas especialmente para você!!! Pague seu débito de dez mil reais em 24 suaves parcelas de dez mil reais cada uma!"
Sidnei Luis Reinert
20/07/2016 20:27
LULA NÃO EXPLICA COFRE

Brasil 20.07.16 20:00
Esgotou-se o prazo dado pelo MPF para que Lula esclarecesse o armazenamento irregular, num cofre do Banco do Brasil, das centenas de peças de ouro, jóias e obras de arte recebidas de chefes de Estado e delegações estrangeiras quando era presidente da República.

O acervo pertence ao Estado, mas Lula se apropriou de tudo e escondeu num cofre registrado em nome de Marisa Letícia e Fábio Luis Lula da Silva.

De fato, não há o que explicar.

http://www.oantagonista.com/posts/lula-nao-explica-cofre
Sandro Reisig
20/07/2016 18:50
Herculano

E o tal de dialoga Gaspar, não é campanha eleitoral antecipada, reuniões com os eleitores para colher subsídios para campanha, está sendo tudo gravado. Pelo jeito não vamos ter candidatos a prefeito este ano, ou quem for esperto e não entrar nessa de sacanagens como estão acostumados em Gaspar, vai se eleger sozinho(a).
Herculano
20/07/2016 16:07
EMPRESÁRIA CAIU? ELA JÁ ESTAVA TOMBANDO

Ao despetralhado. A empresária Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues que você cita em seu comentário, na verdade é a dona do Magazine Luiza e se tornou "amiga" e incentivadora das ideias de jerico de Dilma Vana Rousseff para a economia brasileira.

Mesmo, vendo que o desastre econômico afetava os seus negócios, preferiu o poder e a babação desse relacionamento, e que comprometeu primeiro a imagem de empresária diferencial, segundo a própria saúde econômica do seu negócio.

A queda no carregamento da tocha olímpica, além de um perigo para integridade física na idade dela, mas foi apenas um incidente menor diante da queda de seu prestígio como gestora e condução de seus negócios.
Herculano
20/07/2016 15:44
VOCÊ SABE QUANTO UM CANDIDATO A PREFEITO DE GASPAR PODERÁ GASTAR NESTA ELEIÇÃO?

Agora é oficial. Um candidato a prefeito de Gaspar poderá gastar até exatos R$ 134.657,70. É isto o que determinou hoje o Tribunal Superior Eleitoral, no anúncio feito pelo seu presidente Gilmar Mendes.

Ou seja. Vai ter muito rolo, caixa dois, caixa fantasma. Não é a toa que já começaram a pagar viagens e comidas, e tudo por fora e bem antes da eleição começar oficialmente. Segundo os especialistas que consultei, uma campanha vencedora precisaria no mínimo quatro vezes mais.

Então agora as campanhas além do marqueteiro, dos cabos eleitorais e panfleteiros, será necessário contratar um especialista em maquiagem, pedaladas e contabilidade criativa para burlar a lei, o Ministério Público, a Justiça e os concorrentes.


Então tem gente que vai ter que pedir votos e fazer mágicas para esconder os gastos não oficiais das campanhas. Pela primeira vez os políticos ao invés de superfaturar, que é a prática que dominam bem, aprenderão a subfaturar. Em Gaspar tudo vai diminuir de preço e quantidade, quando não sumir dos números, apesar de existir de fato.

E um vereador quanto poderá gastar? R$17.213,39 Razoável para pagar santinhos, mas não para as pingas, cervejadas, petiscos, churrascos, rifas, carradas de barro, compra de telhas, tubos e horas máquinas etc, etc.

O candidato a prefeito de São Paulo é que está autorizado a gastar mais de todos nesta campanha no Brasil.

Em Gaspar estão aptos a votarem neste ano44.336 eleitores.
Herculano
20/07/2016 15:38
DABE QUANTO UM CANDIDATO A PREFEITO DE GASPAR PODE GASTAR NESTA ELEIÇÃO?

Agora é oficial. Um candidato a prefeito de Gaspar pode gastar até exatos R$ 134.657,70. É isto o que determinou hoje o Tribunal Superior Eleitoral.

Ou seja. Vai ter muito rolo, caixa dois, caixa fantasma. Não é a toa que já começaram a pagar viagens e comidas. Segundo os especialistas que consultei, uma campanha vencedora precisaria no mínimo quatro vezes mais.


Então tem gente que vai ter que pedir votos e fazer mágicas para esconder os gastos não oficiais.

E um vereador quanto poderá gastar? R$17.213,39 Razoável para pagar santinhos, mas não para as pingas, cervejadas, petiscos, churrascos, rifas, carradas de barro, compra de telhas, tubos e horas máquinas etc, etc.

O candidato a prefeito de São Paulo é que está autorizado a gastar mais de todos nesta campanha.

Em Gaspar estão aptos a votarem neste ano44.336 eleitores.
Despetralhado
20/07/2016 14:03
Oi, Herculano

Empresária sofre queda ao conduzir a tocha olímpica em Franca
Apesar do incidente, condutora encerrou os 200 metros de percurso sem problemas
A empresária Luiza Helena Trajano, integrante do Conselho Público Olímpico (CPO), sofreu uma queda enquanto conduzia a tocha olímpica esta noite em Franca, no interior paulista. Com ajuda dos agentes da Força Nacional, ela se levantou rapidamente e completou o percurso de 200 metros sem maiores problemas.

http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/tocha/noticia/2016/07/empresaria-luiza-trajano-cai-ao

Isso é que se chama um tombo no varejo.
O troco por ter apoiado a Dilmaldita foi lamber o
chão.
joaquim
20/07/2016 13:54
OS PRÉ CANDIDATOS QUE SE VENDERAM IRÃO PAGAR CARO POR ISSO EM ELEIÇÃO, MAL SABE ELES QUE ISSO ESTÁ EM PODER DE QUEM ELES MENOS IMAGINAM.... ESSES VÃO CHORAR POR MUITOS ANOS..... POLÍTICOS CORRUPTOS COM PARTIDOS CORRUPTOS.


COMPRA DE VOTOS E TRAIÇÃO

Na semana passada, Gaspar soube e conheceu que um pré-candidato comprou votos ao patrocinar a viagem de um grupo de danças a Joinville.

Um bafafá danado, uma tentativa desesperada de abafar tudo por fatos, teses, pressões e censuras.

Já escrevi aqui: tão criminoso quanto comprar, é vender os votos individualmente ou coletivamente, como neste caso.

Mas, Gaspar é diferente. Não é que outro pré-candidato, descobriu-se, fez a mesma coisa para o mesmo grupo? Pagou a alimentação! Tudo documentado. O mesmo bafafá, a mesma tentativa desesperada de abafar o caso por fatos, teses, pressões e censuras. Ou seja, o método não variou.

Conclusão. Isto mostra como a compra de votos em Gaspar é uma disputa de quem dá mais. Isto mostra, que até neste jogo sujo há traições e infidelidades. Depois disso,tem gente com saudades dos tempos e da Gaspar antiga, quando trato era trato e tudo honrado no fio do bigode, ou se honrando as calças que vestiam. Do jeito que vai, faltará candidato para ser votado na urna em outubro Acorda, Gaspar!
Paty Farias
20/07/2016 13:32
Oi, Herculano:

Do Blog do Políbio:

"A polícia informou nesta terça-feira, que um dos sobrinhos do ex-presidente Lula foi morto a tiros no Guarujá, litoral de São Paulo.

O crime teria ocorrido no domingo. Marcelo Rubio Lima Goes é filho de um irmão do petista por parte de pai. Ele foi morto com três tiros em Vicente de Carvalho.

Segundo o jornal A Tribuna, Marcelo Machione Mendes Faria, 34 anos, e o sobrinho de Lula, eram conhecidos do bairro e se desentenderam. Testemunhas afirmaram que Marcelo Rubio Lima Gomes portava uma faca e Faria, um revólver. Segundo elas, os dois começaram a brigar quando o acusado atirou três vezes e acertou Gomes no peito e na coxa."

É ... um meliante a menos na elite vermelha.
Mariazinha Beata
20/07/2016 12:51
Seu Herculano;

TERRA: Terroristas divulgam 'manual' para ataques nos jogos do Rio.

Eles vem visitar a "miga" de armas Dilmentira Ruinself.

Se hoje é dia do amigo, parabéns à você por ser meu amigo virtual.
Bye, bye!
Herculano
20/07/2016 12:25
CÂMARA CONDIDARÁ MORO PARA FALAR DE CORRUPÇÃO, por Josias de Souza

Relator do pacote anticorrupção que chegou à Câmara endossado por 2,5 milhões de brasileiros, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) convidará Sérgio Moro, juiz da Lava Jato, para participar de audiência pública sobre as propostas. Considera essencial também que a comissão especial criada para tratar do tema ouça procuradores da República lotados na força-tarefa que opera em Curitiba.

Nesta terça-feira (19), Rodrigo Maia (DEM-RJ), novo presidente da Câmara, recebeu a visita de uma delegação de dirigentes de entidades que representam as corporações de procuradores da República, juízes federais e auditores do TCU. Foram pedir celeridade na tramitação das propostas. Gostariam que fossem aprovadas até 9 de dezembro, Dia internacional do Combate à Corrupção.

O relator Lorenzoni participou da reunião. Indagado por Maia sobre os prazos, informou que apresentará em 2 de agosto o seu roteiro de trabalho. O cronograma inicial estima que serão necessários 60 dias para a realização de audiências públicas. "Creio que estará em condições de ser votado no plenário no início de novembro", disse o deputado. Se for aprovado, o pacote seguirá para apreciação do Senado.

Vendido por seus idealizadores como um conjunto de "dez medidas contra a corrupção", o pacote é bem mais abrangente. "Na verdade, o que temos são dez conceitos que mexem em pelo menos 29 leis", disse Lorenzoni. "Precisamos decidir se isso tudo ficará num único projeto de lei, em dois ou três. Alguma coisa talvez exija uma PEC (proposta de emenda constitucional)."

Concebido pelos procuradores da Lava Jato, o pacote prevê, por exemplo: prisão de até oito anos para o funcionário público que ostentar patrimônio incompatível com a renda; tipificação da corrupção como crime hediondo quando o roubo envolver grandes cifras; responsabilização criminal dos partidos políticos patrocinadores dos roubos e ciminalização do caixa dois eleitoral.

O relator explicou: "O deputado Mendes Thame (PSDB-SP) lidera uma frente parlamentar de combate à corrupção. Ele apresentou um projeto sob o número 4850. Partindo dele, vamos agregar outros assuntos e ver se tudo fica nesse projeto ou se serão necessários outros. Há também questões regimentais que temos de analisar.''

Um dos presentes à reunião se referiu ao pacote convertido em proposta de iniciativa popular como algo imodificável. Lorenzoni respondeu que a Câmara não abre mão de "aperfeiçoar" as medidas. O colunista lembrou ao relator que Renan Calheiros, presidente do Senado, está ávido por votar projetos considerados tóxicos. Entre eles um que altera as regras da delação premiada, dificultando um procedimento que está na raiz do sucesso da Lava Jato.

Lorenzoini respondeu: "Não faremos absolutamente nada que represente retrocesso. A sociedade brasileira não aceita recuos. Precisamos caminhar para a frente."
Sidnei Luis Reinert
20/07/2016 09:10
Petistas deslumbrados com Temer

Brasil 19.07.16 12:11
A Época afirma que alguns ministros têm convidado deputados petistas para inaugurações e visitas em seus redutos eleitorais.

Os companheiros não comparecem, mas estão deslumbrados com o convite.

E reconhecem: Dilma jamais faria isso.

http://www.oantagonista.com/posts/petistas-deslumbrados-com-temer
Herculano
20/07/2016 08:49
COMBATE À CORRUPÇÃO, Merval Pereira, para o jornal O Globo

Pacote de combate à corrupção é desafio de Maia. Por mais apoio que tenha, e a votação que obteve é sinal positivo sobre isso, Rodrigo Maia, o novo presidente da Câmara, vai precisar de muita lábia e paciência para levar adiante o projeto de reinventar a imagem dos políticos nessa sua curta gestão de pouco mais de seis meses.

Há entre os deputados um sentimento mal disfarçado de perseguição e uma queixa generalizada sobre os que colocam o Congresso contra a parede, ou seja, o Ministério Público e seus procuradores, os juízes, especialmente os de primeira instância, como Sérgio Moro, e a imprensa de maneira geral.

Uma batalha a ser vencida será, por exemplo, a negociação em torno das dez medidas contra a corrupção apresentadas pelos procuradores de Curitiba e referendadas por milhões de assinaturas populares. Assim como a Lei da Ficha Limpa, que também foi oferecida ao Congresso através de uma iniciativa popular, as medidas contra a corrupção corriam o risco de ficarem engavetadas.

Na Ficha Limpa, houve uma mobilização da opinião pública que impediu que ela fosse esquecida ou mutilada por diversas propostas de ajustes. Desta vez, os deputados já se mobilizam para fazerem também mudanças que podem desfigurar o objetivo das propostas.

Todas as sugestões que tornam mais rigoroso o combate à corrupção, ou que deem condições às autoridades de ampliar as investigações, estão sob o escrutínio dos deputados. Existem nove projetos de lei circulando no Congresso sobre a deleção premiada, e Renan Calheiros estaria tentando interferir com emendas para fixação de prazos para os delatores apresentarem provas das denúncias; proibição de delação do réu investigado que esteja preso; anulação de delação cujo conteúdo seja vazado para a imprensa, e assim por diante.

Um dos pontos que está na mira dos deputados é o que permite à polícia e aos promotores infiltrarem agentes que possam propor ações ilegais a suspeitos, a fim de forjar um flagrante, o que já acontece em outras polícias pelo mundo.

Em conjunto com as ações para conter as medidas contra a corrupção, os deputados apoiam Renan Calheiros para aprovar a lei de abuso de autoridade, que coloca policiais, procuradores e jornalistas sob pressão quando acusarem ou denunciarem pessoas envolvidas em corrupção.

O vazamento de informações para a imprensa é um dos objetivos da legislação em estudo, tornando ilegais as informações que não forem oficiais. Seria uma maneira direta de cercear a liberdade de informação no país. Uma questão que deve ser discutida nesse contexto é a regulamentação das delações premiadas.

Hoje, por exemplo, o Ministério Público exige que o delator revele, além dos fatos que pode provar ou ajudar a encontrar provas, tudo o que "ouviu dizer", mesmo que não tenha como provar, e até mesmo que duvide da veracidade do fato. Isso porque, se outro delator afirmar que contou tal caso para fulano, ou que soube que beltrano sabia da informação, o delator pode perder as vantagens de sua delação premiada.

Este fato, realmente, leva a que muitas informações que acabam não sendo confirmadas sejam vazadas, causando prejuízos aos acusados. O novo presidente da Câmara tem consciência de que é inaceitável para a opinião pública não aprovar as medidas contra a corrupção, que já têm até mesmo uma comissão especial para analisá-las. Mas é certo que alguns detalhes das propostas poderão ser retirados ou modificados, o que certamente provocará polêmicas. Certamente há medidas que podem ser aperfeiçoadas, e outras que podem ser até mesmo rejeitadas.

Mas a lei de abuso de autoridade, analisada neste momento e sob esse sentimento disseminado entre os parlamentares, ganhará uma dimensão de tentativa de refrear as investigações que a sociedade não aceitará passivamente.

Há quem sugira que primeiro se discuta e aprove as medidas contra a corrupção, mesmo que com modificações, para só depois entrar em pauta a discussão sobre abusos de autoridade. Caso contrário, o Congresso ficará marcado pela suspeição.
Herculano
20/07/2016 08:46
HOJE É O DIA DO AMIGO
Herculano
20/07/2016 08:37
COMPRA DE VOTOS E TRAIÇÃO

Na semana passada, Gaspar soube e conheceu que um pré-candidato comprou votos ao patrocinar a viagem de um grupo de danças a Joinville.

Um bafafá danado, uma tentativa desesperada de abafar tudo por fatos, teses, pressões e censuras.

Já escrevi aqui: tão criminoso quanto comprar, é vender os votos individualmente ou coletivamente, como neste caso.

Mas, Gaspar é diferente. Não é que outro pré-candidato, descobriu-se, fez a mesma coisa para o mesmo grupo? Pagou a alimentação! Tudo documentado. O mesmo bafafá, a mesma tentativa desesperada de abafar o caso por fatos, teses, pressões e censuras. Ou seja, o método não variou.

Conclusão. Isto mostra como a compra de votos em Gaspar é uma disputa de quem dá mais. Isto mostra, que até neste jogo sujo há traições e infidelidades. Depois disso,tem gente com saudades dos tempos e da Gaspar antiga, quando trato era trato e tudo honrado no fio do bigode, ou se honrando as calças que vestiam. Do jeito que vai, faltará candidato para ser votado na urna em outubro Acorda, Gaspar!
Herculano
20/07/2016 08:27
MORO, CANDIDATO A "JUIZÃO", Paulo Sotero, para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte 1

A maior contribuição do magistrado paranaense talvez ainda esteja por vir

"Juizão" é como meu amigo Juliano Basile, talentoso correspondente do jornal Valor Econômico em Washington, se refere ao juiz de Direito que pauta sua conduta pelo estudo e pela aplicação rigorosa da Constituição e das leis e por uma atitude de reserva pessoal, própria à função institucional de árbitro que o magistrado exerce numa sociedade democrática. Formado em Direito nas Arcadas do Largo de São Francisco, ex-presidente do Centro Acadêmico 11 de Agosto e herdeiro do ofício de seu pai, o saudoso Sidnei Basile, Juliano aprendeu a respeitar os "juizões" observando-os durante os 18 anos em que cobriu o Supremo Tribunal Federal. Exemplos não faltam. No passado recente, Carlos Velloso e Cezar Peluso. Entre os atuais, há vários, mas seria pretensão identificá-los. Elas e eles sabem quem são.

Pensei nos "juizões" do Juliano ouvindo o juiz Sergio Moro durante as palestras que deu em Washington em recente visita que fez à capital norte-americana a convite do Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center, que dirijo desde que deixei o posto de correspondente deste jornal nos EUA, em 2006. Mais de uma vez, perguntaram a Moro se ele pensava em concorrer a um cargo eletivo. Há quem diga que o popular juiz de Curitiba seria imbatível numa eleição presidencial. Como já havia feito anteriormente, Moro desconversou, dizendo que, encerrado o julgamento do caso Lava Jato em seu tribunal, o que espera que ocorra no final deste ano ou um pouco mais adiante, quer "concorrer apenas a umas longas férias".

Em uma ocasião, porém, ele foi adiante. Disse que escolheu a magistratura como profissão e não tem planos de mudar. O juiz sublinhou o respeito que tem pela função pública que ocupa na primeira instância do Poder Judiciário, explicando que se trocasse a toga por uma campanha política suas decisões na Lava Jato passariam inevitavelmente a ser vistas sob um novo filtro e suscitariam dúvidas quanto às suas motivações. Moro afirmou que tal gesto poderia ter impacto adverso também para seus colegas juízes, assim como para procuradores de Justiça empenhados no combate à corrupção e na afirmação do primado da lei.

Obviamente, a resposta não exclui a possibilidade de o juiz, de 44 anos, abraçar novos desafios no futuro, quando a Lava Jato for assunto dos livros de História. Suas declarações mostram, no entanto, que ele tem plena consciência de que o poder que hoje possui e exerce na luta contra a corrupção sistêmica que quase asfixiou o País decorre da autoridade e da legitimidade conferidas pelo posto que ocupa e da forma como o tem exercido - com discernimento, coragem e amplo respaldo da opinião pública. É como juiz que ele responde às críticas que políticos inescrupulosos e até mesmo alguns intelectuais têm feito à "criminalização da política".
Herculano
20/07/2016 08:26
MORO, CANDIDATO A "JUIZÃO", Paulo Sotero, para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte 2

Indagado sobre isso no Wilson Center, ele disse que "quem criminaliza a política não é a Justiça, mas o político que comete crimes". Reconheceu que o governo interino de Michel Temer fez declarações de apoio à Lava Jato, deixando de lado, diplomaticamente, o fato de que essas manifestações foram feitas somente depois que a imprensa expôs manobras de alguns de seus integrantes, simpatizantes e aliados no Congresso para melar ou truncar a Lava Jato e investigações futuras. Moro criticou o que chamou de "omissão" do Executivo e do Legislativo na proposição e aprovação de leis que reforcem a ofensiva contra a corrupção sistêmica. "Sejamos claros: o governo é o principal ator responsável por criar um ambiente político e econômico livre de corrupção (?) e ensinar pelo exemplo", afirmou.

"Melhores leis podem ser aprovadas para aprimorar a eficiência da Justiça Criminal e aumentar a transparência e a previsibilidade das relações entre os setores público e privado, reduzindo os incentivos e oportunidades para práticas corruptas." Tais práticas, lembrou o juiz, causam danos à democracia e à economia do País, onerando orçamentos públicos, afastando os investimentos e dificultando a administração da política econômica.

O juiz defendeu a delação premiada como instrumento essencial não apenas para a promoção da justiça, como também para a defesa dos acusados. Elogiou a atitude das empresas incriminadas cujos diretores assinaram acordos de colaboração com o Ministério Público Federal. Mencionou também a passividade dos executivos do setor privado diante da corrupção, mas, habilidoso, ele o fez citando um raro exemplo positivo: a iniciativa recente e até agora excepcional do Itaú, o maior banco privado do País, de alertar as autoridade após ser alvo de uma tentativa de extorsão por um membro do Conselho Administrativo da Receita Federal.

"A Justiça funciona quando o inocente vai para casa e o culpado vai para a cadeia", disse. "O resultado do processo não deve depender da condição política ou econômica do acusado", acrescentou, lembrando que "há ainda muito a fazer (no Brasil) em relação a isso".

Moro usou a oportunidade de estar no Wilson Center ?" memorial nacional ao 28.º presidente dos EUA, que é nome de avenida no centro da antiga capital do Brasil ?" para defender sua decisão de aplicar o preceito constitucional que manda o juiz dar ampla publicidade ao processo. "Aproveito a oportunidade de falar no Wilson Center para celebrar a memória do juiz Louis Brandeis, que foi nomeado pela Suprema Corte dos EUA pelo presidente Woodrow Wilson cem anos atrás", observou Moro. "Brandeis uma vez disse que 'a luz do sol é considerada um dos melhores desinfetantes'."

A menção de Moro a Brandeis, um "juizão" americano, no centenário de sua elevação à Suprema Corte, torna tentador pensar que a grande contribuição do juiz de Maringá ainda esteja por vir e ocorrerá quando um ocupante do Planalto tiver a clarividência de alçá-lo ao Supremo Tribunal Federal.
Herculano
20/07/2016 08:21
DIFERENÇA ENTRE DILMA E TEMER: APOIO NA CÂMARA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

As votações de interesse do governo federal revelam a diferença que deve confirmar o impeachment de Dilma: o apoio ao governo Michel Temer supera, em muito, o da petista. Em 42 votações na Câmara, até agora, 440 deputados votaram com o governo Temer em 50% das vezes ou mais; e apenas 77 parlamentares em menos de 50%. Com Dilma, em 246 votações, 391 deputados votaram com o governo metade das vezes ou mais, e 168 em menos de 50% das votações.

GOLEADA
Os números representam um apoio, na Câmara dos Deputados, de 85% a Michel Temer, contra 66% a Dilma Rousseff, a afastada.

NÚMERO FATAL
No caso de Dilma, 13 deputados votaram 100% com o governo. Desse total, oito deles nem mesmo participaram de cinco votações.

MARGEM FOLGADA
No caso de Temer, 271 deputados votaram 100% com o governo. A diferença é que a maioria participou de mais da metade das votações.

FIDELIDADE
O PT foi o partido mais fiel a Dilma: 94%. Quanto a Temer, cinco partidos (PRTB, PRB, PSL, PPS, PSC) superam 98% de fidelidade.

RETORNO DA CPMF É REJEITADO POR 77,8% DO PAÍS
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria com o Ibope mostra que o retorno da CPMF é rejeitado por 77,8% da população, em média. Quanto maior a ignorância em relação à CPMF, maior o apoio à iniciativa do governo federal de ressuscita-la: 76% dos nordestinos não sabem o que é CPMF, o tributo extinto. Nas demais regiões, entre 59% e 67% nem sabem o que é CPMF. Consequentemente, no Nordeste, o apoio ao retorno do tributo é quase o dobro do restante do país.

IGNORÂNCIA NÃO É DÁVIDA
Trinta por cento da população do Nordeste apoia a volta da CPMF, enquanto no resto do país o apoio varia entre 14% e 24%.

É A 'CRISE'
O governo inventou uma justificativa pela nova cobrança: a CPMF arrecadaria verbas para a Previdência Social e para a saúde pública.

DADOS DA PESQUISA
A pesquisa CNI/Ibope ouviu 2.002 pessoas, em 143 municípios, em todo o território nacional.

BLOQUEIO INDEVIDO
O bloqueio do aplicativo WhatsApp provocou reação na Câmara. Deputados querem votar em agosto regime de urgência de um projeto que proíbe a suspensão dos serviços de comunicação pela internet.

ATENTADO À DEMOCRACIA
"A medida atenta contra o direito do consumidor e em nada contribui para a imagem do Brasil lá fora", afirma o senador Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB, sobre o bloqueio do aplicativo WhatsApp.

CAVALO PARAGUAIO
Adversários ironizam a incerteza jurídica que coloca em xeque a candidatura de Celso Russomano (PRB) a prefeito de São Paulo. Ele é chamado de cavalo paraguaio: larga bem, mas sempre perde fôlego.

DOCE OU TRAVESSURA
Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) ganhou de presente de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) o chocolate "Golpe". Mas ela preferiu um pedaço do chocolate da colega Simone Tebet (PMDB-MS). O dela, só escondida.

RISCO DE FIASCO
A segurança das Olimpíadas ainda preocupa. "Atuaremos para que os agentes desempenhem funções com capacidade", diz o presidente da Comissão de Segurança da Câmara, Alexandre Baldy (PTN-GO).

ATÉ TU, BRUTUS?
Nas votações do governo Dilma, Luizianne Lins (PT-CE) foi a petista que mais traiu: 12 votações contra 136 favoráveis. Mas até o ex-líder do governo José Guimarães (PT-CE) votou duas vezes contra Dilma.

FEDERALIZAÇÃO DA SEGURANÇA
"Os estados fracassaram na prevenção e no combate à violência. É urgente a federalização da segurança", diz o presidente da OAB-SE, Henri Clay Andrade. "Só em 2015, foram mais de 60 mil mortes", diz.

TRANQUILO E FAVORÁVEL
A eleição do presidente da Câmara e os recursos de Eduardo Cunha na CCJ fizeram com que senadores enrolados na Lava Jato respirassem tranquilos. O noticiário deu uma trégua à comissão do impeachment de Dilma e o Senado ficou às moscas antes do recesso.

PENSANDO BEM?
?o Brasil continua sendo o único país dito "democrático" onde uma só pessoa pode bloquear a comunicação de 100 milhões de cidadãos.
Herculano
20/07/2016 08:14
O ETERNO BLOQUEIO DO MESMO, Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

Não uso WhatsApp. Na verdade, nem sequer tenho telefone celular. Também não uso drogas ilícitas.

Cometo essas inconfidências para deixar claro que escrevo essa coluna sem nenhum tipo de interesse pessoal, seja na manutenção do serviço de comunicação pessoal, seja em evitar que fornecedores de entorpecentes acabem presos, com eventuais impactos negativos sobre a oferta do produto.

Confesso que não entendo a empáfia da Justiça brasileira. No caso específico da já finada decisão que suspendeu o WhatsApp, penso que a juíza errou tanto no mérito quanto no remédio escolhido para tentar resolver a situação.

Em primeiro lugar, o WhatsApp é um serviço global. Não dá para exigir que ele funcione de um jeito no mundo e de outro no Brasil. Se a empresa que administra o aplicativo oferece um sistema de comunicação encriptado que garante a privacidade dos clientes - o que não é crime -, não dá para cobrar que o produto fornecido ao Brasil tenha outras características. Aliás, a rigor, o WhatsApp nem sequer opera aqui. Tecnicamente, o usuário do serviço é quem sai do Brasil cada vez que aciona o aplicativo.

Se o Brasil quer interferir no funcionamento do que está disponível na rede global, precisa ou tomar medidas liberticidas como restringir o acesso de brasileiros a sites no exterior, ou então seguir as regras usuais de colaboração judiciária entre países, ainda que esse seja um processo mais lento e só atinja práticas que sejam crime em ambas as jurisdições.

O mais absurdo, porém, é a tentativa de enquadrar o WhatsApp suspendendo o aplicativo. Ao fazê-lo, a magistrada causa muito mais inconvenientes aos usuários brasileiros do que à própria empresa. É uma violação flagrante não apenas ao bom senso como também ao princípio, tão caro à civilização ocidental, de que a punição não deve jamais passar da pessoa do condenado. Se nem a base da Justiça percebe isso...
Sidnei Luis Reinert
20/07/2016 08:00
Herculano, o candidato Ptralha(DO TEMA ACIMA MAS QUAL A PROPOSTA DO PT?), quer encantar a população mais humilde com a falácia de que frequentou o seminário...mas não aprendeu ele em sua primeira caminhada na igreja de que, quem é comunista está automaticamente excomungado?
É isso mesmo: o católico que se declara simpático ao comunismo ou, de alguma forma, colabora com atividades comunistas é AUTOMATICAMENTE EXCOMUNGADO (excomunhão latea sentientae). Cristãos que abraçam o comunismo cometem pecado de APOSTASIA, isto é, renegam a fé católica, e não podem receber os sacramentos. É isso que determina, com todas as letras, o "Decreto Contra o Comunismo" ordenado pelo Papa Pio XII e confirmado pelo Papa João XXIII.
Herculano
20/07/2016 07:31
COM SERENIDADE,TEMER CONSEGUIU ESTABILIZAR SEU GOVERNO, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Antes mesmo de completar cem dias, Michel Temer conseguiu dar estabilidade ao seu governo. Começou da pior maneira possível, com um ministério pífio e contaminado, cercado de suspeitas e de ligações inconvenientes. A mágica tem um nome: calma, sangue frio ou mesmo serenidade.

Temer chegou ao Planalto com duas décadas de vida parlamentar, uma experiência que faltou a Dilma Rousseff. Essa parece ser uma característica trivial, mas o bom parlamentar ouve, contém as emoções e, sobretudo, respeita o contraditório, mesmo quando ele carrega tolices a serviço da desonestidade. Temer não move os músculos do rosto, parece falar por meio de um sintetizador calibrado para um só tom e, apesar de gesticular com alguma teatralidade, é suave até quando bate com a mão na mesa. Convivendo com a rotina do Congresso e longos discursos inúteis, o bom parlamentar não tem pressa.

Por não ter pressa, Temer deixou que Eduardo Cunha fosse frito na própria gordura. Talvez não devesse tê-lo recebido no Jaburu, mas daqui a mais um mês ninguém se lembrará disso. A estabilidade trazida pela mágica da calma foi ajudada pela esperança que a blindagem de Henrique Meirelles levou para o Ministério da Fazenda. Por enquanto, na panela da ekipekonomica há muito pirão e pouca carne.

Felizmente, o mercado compra esperança e o novo governo mostrou que com o afastamento dos pedalantes, pior, a coisa não fica. (Isso admitindo-se que será interrompida a ocupação de alguns corredores do governo pela mais vulgar das privatarias.)

Como calma, serenidade e experiência parlamentar não bastam, José Sarney fez um governo ruinoso. Abençoado pelas mesma virtudes, Itamar Franco queimou três ministros da Fazenda em seis meses e ia pelo mesmo caminho até que foi salvo pelo gongo ao terceirizar a gestão, entregando-a a Fernando Henrique Cardoso. Em 1993, FHC entrou numa sala onde havia um tigre, a inflação. Matando-o, conseguiu enfrentar as jaguatiricas, os lobos guarás e as cascavéis da desordem econômica. Meirelles entrou numa sala onde não há o tigre, mas os bichos menores mandam no pedaço. Na ponta lápis, calculando-se gastos e economias, é um ministro gastador que promete os rios de mel da austeridade.

Com calma e experiência parlamentar, Temer equilibrou o barco, mas é improvável que venha a aprovar as reformas que vagamente promete. A da Previdência, nem FHC conseguiu da maneira como queria. Vale lembrar que ele se elegeu em 1994 prometendo essa reforma e, portanto, tinha mandato popular para fazê-la. Na narrativa entristecida de FHC, Temer ajudou a aprovar o que era possível.

Temer também teve sorte. O PT ainda não acordou da pancada do início do processo de impedimento e Dilma Rousseff percorre plateias amigas cada vez menores, com falas cada vez mais desconexas. Na última, comparou o seu infortúnio aos acontecimentos da Turquia. A voz das ruas pedindo seu retorno mostrou-se um sonho. Num toque inesquecível, artistas e intelectuais prometem dois grandes espetáculos, um no Rio. O outro, se possível, em Nova York.

Em clima de Jogos Olímpicos, o melhor que se pode fazer é torcer. Com uma vantagem: o Brasil não tem (ainda) um Donald Trump.
Herculano
19/07/2016 19:36
QUEM É O CULPADO PELA AMEAÇA PERMANENTE DO GASPARENSE FICAR SEM ?"NIBUS COLETIVO?

Resposta simples: Pedro Celso Zuchi, o PT, a Viação do Vale

1. Em 2002 Pedro Celso Zuchi, PT, fez uma licitação. Homologou a vencedora a Viação do Vale. Ela não cumpriu o que determinava o edital de Zuchi e que eliminou os concorrentes, como a Viação Verde Vale. Zuchi e sua turma do PT não fiscalizaram a empresa em favor da ética, lei e dos cidadãos. Não fez nada para corrigir o que estava errado.

2. Em 2004 houve a denúncia formal. Mandou bananas. Achava que não ia dar em nada. Arrotava que o PT tinha gente no Tribunal de Contas, no Judiciário e no Ministério Público.

3. O Tribunal de Contas e o Judiciário enrolaram até 2014 e 2015 para decretar a ilegalidade. São os prazos do processo e da ampla defesa. Nem a prefeitura, nem o prefeito, nem o PT, nem a Viação do Vale podem alegar inocência. Eles tentaram de todas as formas levar o caso até o final do contrato que se dará no ano que vem, sem que ninguém fosse prejudicado e até punido.

4. Todos trabalharam contra a lei, contra a sociedade, contra o trabalhador, contra a transparência, o mais pobre e a cidadania. Tudo em favor dos seus interesses.

5. Hoje Pedro Celso Zuchi e a Viação do Vale subiram o morro do Fórum. Todos com aquela conversa mole que os unem contra a cidade. A Viação do Vale quer um contrato extra. E vai ganhar. Esta manhã é conhecida. A do lixo é o exemplo mais claro. Acorda, Gaspar!
Belchior do Meio
19/07/2016 19:09
Sr. Herculano:

Estes Senadores assinaram um documento para abertura de processo disciplinar contra o Juiz Sérgio Moro - O Globo

1. Ângela Portela (PT-RR),

2. Donizeti Nogueira (PT-TO),

3. Fátima Bezerra (PT-RN),

4. Regina Sousa (PT-PI),

5. Humberto Costa (PT-PE),

6. Paulo Rocha (PT-PA),

7. Lindbergh Farias (PT-RJ),

8. Gleisi Hoffmann (PT-PR),

9. Jorge Viana (PT-AC),

10. José Pimentel (PT-CE),

11. Lídice da Mata (PSB-BA),

12. Roberto Requião (PMDB-PR),

13. Telmário Mota (PDT-RR),

14. Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Sempre tem que ter um do PMDB no meio da sujeira toda.
Ana Amélia que não é Lemos
19/07/2016 18:52
Sr. Herculano:

A Maior Láurea
Atigo de Enio Meneghetti

Em 2010, em Santa Catarina, Lula bradou em um comício: "Precisamos extirpar o DEM da política brasileira".

Esta talvez tenha sido a maior láurea de um partido de oposição. Ser capaz de despertar o ódio de Lula.

Num episódio pouco lembrado, na CPI dos Correios Duda Mendonça prestou um depoimento admitindo ter recebido pagamentos no exterior por serviços prestados na campanha de Lula. Ante a ilegalidade, esteve por ser encaminhado um pedido de impeachment contra ele.

Sentindo a própria vulnerabilidade, Lula mandou que asseclas procurassem o PSDB para pedir que não entrassem com o pedido. "Em nome da democracia", "da governabilidade", e "das instituições", diziam, seria muito arriscado naquele momento a tramitação de tal pedido.

Em troca, Lula, comprometia não concorrer à reeleição. Roberto Jefferson já havia revelado Marcos Valério e o mensalão. Dirceu estava acuado.

O DEM foi inicialmente contrário a atender o pedido. FHC e Serra, entre outras lideranças, conseguiram que o Democratas concordasse em desistir do pedido de impeachment.

Mas Lula conseguiu o que parecia impossível. Recuperou sua popularidade, descumpriu o acordo seguiu em frente e reelegeu-se. Elegeu um poste como sucessora e arrasou o país, conforme o petrolão e a Lava Jato demonstraram.

Não foi eLLe que também disse "o Brasil está cheio de picaretas"?
Pois eLLe é o número um.


Erva Daninha
19/07/2016 18:21
Olá, Herculano

Pelo que li às 11:15Hs, desenhando fica assim:
Esperidião Amim não está nem aí para o PP daqui.
Será que ele é muito fraquinho?
Paty Farias
19/07/2016 14:01
Oi, Herculano

Do Blog do Políbio

"A campanha diz:'Você acredia num Brasil sem corruptos? A Lugano acredita'. Pelo jeito, só a Lugano acredita.

A Lugano, fábrica de chocolates em Gramado, RS, encerrou em meio a muitas surpresas a campanha que fez para testar a honestidade dos turistas brasileiros que visitam as suas lojas.

É que uma grande parte é desonestíssima. Em algumas lojas, quase a metade dos consumidores furtou os chocolates expostos.

São surpreendentes os números dos que retiraram chocolates das gôndolas das suas lojas sem pagar, ignorando a advertência para que o próprio consumidor efetuasse o pagamento depois de retirada a mercadoria:

21,3% a até 39,5%, dependendo da loja.

Nada que os corruptos do PT que governaram o Brasil, que já estão na cadeia, não explique.

O mau exemplo vem de cima."

Enquanto o chefe estiver solto, haja chocolate!
Mariazinha Beata
19/07/2016 13:34
Seu Herculano;

Sobre o cartaz na charge do bicho vereador, tem que cuidar também dos beijos de Jaime Kichner.
Bye, bye!
Anônimo disse:
19/07/2016 13:22
Herculano, fiquei curioso.
Das 150 ruas abertas pelo governo do Zuchi, encontra-se a tão sonhada continuação para ligar o Arraial do Ouro do Zéca Diabo do PT com a BR470?
Herculano
19/07/2016 11:17
A ADVOCACIA PETISTA DENTRO DA PROPRIA JUSTIÇA PARA CONSTRAGER E ENFRAQUECER CURITIBA. LEWANDOWSKI MANDA MORO SEPARAR PARTE DE GRAVAÇÕES DE LULA NA LAVA JATO

Texto de Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, determinou nesta segunda-feira (18) a separação de parte das interceptações telefônicas feitas pela força-tarefa da Lava Jato envolvendo o ex-presidente Lula e políticos.

Com a decisão, devem ser fatiadas as gravações que alcançaram autoridades com foro privilegiado, ou seja, que só podem ser investigadas com aval do tribunal. Os áudios, no entanto, ainda ficam sob os cuidados do juiz Sergio Moro e sob sigilo.

Isso terá validade até o fim do recesso do judiciário, no início de agosto, quando o ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava Jato, retornará ao trabalho e irá analisar uma ação apresentada pela defesa de Lula.

Os advogados do ex-presidente pediram ao STF que anule a validade das interceptações em que aparecem pessoas com foro. Nos áudios, Lula conversa com ministros e com a presidente afastada, Dilma Rousseff, entre outros.

Os defensores do petista apontam que houve "usurpação de competência" por parte de Moro, afirmando que ele retirou o sigilo das gravações de forma indevida, já que havia autoridades com foro nas conversas, como os ex-ministros Jaques Wagner (na Casa Civil) e Nelson Barbosa (Planejamento), entre outros

Em sua decisão, Lewandowski rebateu manifestação de Moro e disse que Zavascki ainda não validou as gravações. "Ao contrário do que afirmado pelo juízo de primeiro grau, o Ministro Teori Zavascki deixou consignado que não estava validando o conteúdo das demais interceptações", disse.

Para o presidente do Supremo, é preciso separar as gravações para evitar eventual nulidade do caso no Paraná.

"Uma tal decisão poderá mostrar-se nula de pleno direito, caso venha a entender-se, ao final deste feito, que, de alguma maneira, houve usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal", disse o ministro.

"Tal providência afigura-se imprescindível, insisto, para, de um lado, prevenir eventuais nulidades que possam comprometer o exaustivo trabalho até aqui realizado pelo juiz de primeiro grau e, de outro, oferecer as condições necessárias para que o Ministro Teori Zavascki exerça a plenitude de sua jurisdição, ao final do recesso forense, pronunciando-se, em definitivo, tanto com relação ao conhecimento quanto ao mérito desta reclamação", completou.

Ao STF, Moro disse que não há investigação de pessoas com foro privilegiado e que seria prematura a "afirmação de que serão de fato utilizados, já que dependerá da análise de relevância do Ministério Público e da autoridade policial."

Moro disse que "jamais serão eles utilizados em relação às autoridades com foro por prerrogativa de função, já que quanto a estas, mesmo se os diálogos tiverem eventualmente relevância criminal para elas, caberá eventual decisão ao eminente Ministro Teori Zavascki, ao qual a questão já foi submetida".

As investigações contra o ex-presidente foram remetidas para Moro em junho, após decisão do ministro Teori Zavascki, que anulou análise uma gravação feita durante a Operação Lava Jato entre Lula e a presidenta afastada Dilma Rousseff.

O objetivo da defesa de Lula é suspender as investigações que estão na primeira instância sob o comando de Moro e retornar o caso para o Supremo.

"Mostra-se de rigor a concessão da medida liminar para que este Supremo Tribunal Federal avoque, novamente, todos os procedimentos conexos suspendendo-se, por consequência, o curso de tais procedimentos relacionados, bem como de quaisquer outros munidos com o conteúdo das interceptações em tela", diz a ação.
Herculano
19/07/2016 11:15
PP VAI APOIAR O PSDB EM BLUMENAU

Depois do quase natural anúncio do DEM ao apoio a reeleição do tucano Napoleão Bernardes, agora é a vez do PP fazer a aproximação.

É esperado o anúncio oficial do presidente Roni Wan Dall para as próximas horas. O encaminhamento foi feito pelo deputado Federal e ex-governador e senador, Esperidião Amim Helou Filho. Ele tomou as rédeas do partido na região, depois que o ex-deputado Federal e ex-presidente do PP, João Alberto Pizzolatti Júnior, se envolveu até os olhos com o Petrolão.

Estas mudanças e acomodações, mostram como nem sempre as decisões locais prevalecem. Há muito jogo de bastidores envolvendo eventos e planos regionais, bem como interesses nos jogos e conchavos feitos em Florianópolis e Brasília.

Há dias Esperidião esteve na região e foi claro com o PP de Blumenau. Não queria vê-lo lá ao lado do PMDB. Agora, entende-se a razão do veto e do encaminhamento.
Herculano
19/07/2016 10:35
VISÃO RUDIMENTAR, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Comparar a tentativa de golpe militar na Turquia com seu impeachment no Brasil é uma interpretação rudimentar da História, e só traz desfavores para a presidente afastada, Dilma Rousseff. Se houvesse povo nas ruas, ela não seria golpeada, infere-se de seu raciocínio. Não é nada disso, mas mesmo que fosse, faltam povo e votos no Congresso para mantê-la no poder. Além do mais, um golpe militar é uma ruptura constitucional, enquanto o impeachment é um instrumento legal do presidencialismo.

A mais recente pesquisa do Datafolha mostra bem a situação. O presidente interino, Michel Temer, é desconhecido por quase 30% dos cidadãos e tem uma avaliação de ótimo e bom de 14%, mas, mesmo assim, 50% dos eleitores preferem que ele permaneça no Palácio do Planalto.

A favor de Dilma, apenas 32% se pronunciaram. O restante ou disse que não quer nenhum dos dois, não soube responder, ou sugeriu novas eleições. Daí inferir que metade dos eleitores não quer Temer na Presidência é um contorcionismo que chega a ser engraçado.

Isso quer dizer que, mesmo diante das dificuldades de situações política e econômica degradadas, de ser bastante desconhecido, Temer é percebido como alguém cuja permanência à frente do governo provoca mais estabilidade do que Dilma. E a sensação de melhoria já é perceptível, mesmo que de maneira incipiente.

Nada mal para quem sofre uma campanha incessante, no país e no exterior, e é acusado de golpista pela máquina propagandística da esquerda. Se a presidente Dilma não pode nem mesmo ir à cerimônia de abertura das Olimpíadas com receio das vaias, como imaginar o povo nas ruas a pedir sua volta?

É verdade que ainda estamos longe de ver, e dificilmente isso acontecerá um dia, o mesmo povo nas ruas pedindo por Temer, mas há muito mais chances de isso acontecer do que a volta de Dilma ser motivo para mobilizar a população não aparelhada nem manipulada pela máquina política petista. Que, por sinal, anda cada dia mais esvaziada pela realidade.

O índice dos que consideram sua gestão ótima ou boa é de 14%, quase igual ao que Dilma tinha ao ser afastada da Presidência. Mas há sinais sutis que favorecem Temer: a avaliação como ruim ou péssimo tem 31% dos entrevistados, mas a de Dilma chegou a 65%. O governo Temer é considerado regular por 42%, o que representa uma oportunidade de melhoria maior do que tinha Dilma ao sair, com uma marca de apenas 24%.

Ao mesmo tempo, melhoraram as expectativas dos brasileiros sobre o futuro da economia e sobre sua situação pessoal, atingindo o maior patamar desde dezembro de 2014. A confiança, de maneira geral, subiu de acordo com o Índice Datafolha de Confiança, que marcou avanços na maioria de seus indicadores.

A insegurança em relação à inflação e ao desemprego continua muito grande, por volta de 60%, mas comparados com números anteriores, há visíveis sinais de melhoras, embora a situação continue, evidentemente, muito ruim.

Para os que sonham com o povo nas ruas gritando "Volta, Dilma", a pesquisa Datafolha não tem bons augúrios: seu afastamento definitivo é defendido por nada menos que 58% dos brasileiros, o que invalida a tentativa de leitura enviesada de que o país está dividido entre as duas hipóteses.

Também com relação à disputa presidencial de 2018 as notícias não são boas para o PT e seu candidato potencial, o ex-presidente Lula, embora, à primeira vista, a situação dele pareça boa.

Primeiramente, Lula tem na pesquisa menos apoio do que os tradicionais 30% que o PT sempre deteve nas eleições presidenciais, o que representa a queda da preferência pela sigla depois dos sucessivos escândalos de corrupção.

Em consequência dessa crise política, mais gente pretende anular o voto ou votar em branco do que votar em qualquer candidato, inclusive Lula. Para piorar a situação, se chegasse ao segundo turno depois de uma campanha que certamente o exporá a ataques e a evidências de corrupção, Lula perderia para todos: contra Marina Silva e José Serra, fora da margem de erro, e contra Aécio e Alckmin na margem.

Quem tem a comemorar nessa pesquisa é Marina Silva, que ganha de todos os presumíveis adversários por larga margem, identificada pelo eleitorado como uma alternativa à falta de credibilidade dos políticos.
Herculano
19/07/2016 10:29
BIOGRAFIA DOS TERRORISTAS SEMPRE REVELA VIDAS DE RESSENTIMENTO, por João Pereira Coutinho, escritor português, doutor em ciência política, para o jornal Folha de S. Paulo

Acontece um atentado terrorista na Europa - mais um, agora em Nice - e as perguntas dos dias seguintes são sempre as mesmas. Por quê? Como explicar o horror? Quais são as causas? Que fizemos nós para merecer isso? A ambição subjacente é óbvia: se soubermos as causas podemos evitar os efeitos.

Existem duas formas de responder a um tal cortejo de ansiedades. O primeiro é denegrir tais dúvidas, caracterizando os seus autores como ingênuos ou coisa pior. O terrorismo deseja o terror. E, quando vem embalado por qualquer caução islamita, deseja a morte dos infiéis. Será assim tão difícil de entender?

Na verdade, é difícil sim. E aqui está a segunda forma de responder às perguntas: o nosso pensamento progressista (e racionalista) impede uma compreensão genuína do horror.

Somos filhos do Iluminismo. Acreditamos que a razão, corretamente exercida, permite sempre uma melhoria moral e material da sociedade: a derrota do fanatismo; a defesa da tolerância; a partilha de um espaço público comum; e etc. etc. Os atos dos terroristas são "irracionais", dizemos nós, porque não se ajustam aos nossos critérios de racionalidade.

Essa "dissonância cognitiva" é inevitável. O Iluminismo teve consequências positivas na história dos homens: o reforço da separação entre o Estado e a Igreja, inexistente no Islã, foi um deles.

Também teve consequências desastrosas: se, como dizia Voltaire, o paraíso é onde estamos, então nada impede os seres humanos de procurarem esse paraíso na Terra. Dizer que as consequências dessa busca foram trágicas no século 20 é, obviamente, um eufemismo.

Só que o "projeto iluminista", na sua ânsia de defender e aplicar a soberania da razão humana, esqueceu-se de dois viajantes que sempre fizeram parte da história.

O primeiro é a "contingência", ou seja, a noção de que não é possível controlar tudo por mera ação humana. Pior ainda: a noção de que podem existir fatores imponderáveis que subvertem, ou até destroem, as melhores intenções. Essa ideia, que era pacífica para nossos antepassados, deixou de o ser com a arrogância racionalista moderna.

O segundo viajante se dá pelo nome de "ressentimento". A política das boas intenções esqueceu-se do "homem ressentido", para usar a expressão de Max Scheler (1874""1928): o sujeito que procura "lá fora" a justificação para o seu ódio interior. Como escrevia Edmund Burke (1729""1797) em crítica direta ao otimismo dos "philosophes": "O poder dos homens viciosos não é algo de negligente".

Esse poder está à vista: leio a biografia dos terroristas e, sem exceção, encontro sempre vidas de ressentimento. Podem ser ressentimentos familiares. Econômicos. Sentimentais. Sexuais. Ou, na era narcisística em que vivemos, um desprezo pelo exato mundo que não os reconhece na sua importância ou singularidade.

Idealmente, os homens ressentidos deveriam ter o anonimato que merecem, condenados a tragar o veneno que produzem para terceiros.

Mas os ressentidos profissionais encontram sempre uma "filosofia do ressentimento" que os redime. Exatamente como comunistas e nazistas encontraram no passado.

Essa "filosofia" é também ela um produto do ressentimento: o radicalismo islâmico propaga uma mensagem de ódio ao Ocidente, não apenas porque o Ocidente e os seus valores "liberais" (democracia, pluralismo, liberdade individual etc.) são odiosos - mas porque, na lógica do ressentido, o Ocidente é o culpado por todas as falhas de um povo, ou de uma cultura, ou de uma civilização. Lênin e Hitler poderiam tranquilamente subscrever essa visão.

Deixo as questões securitárias para os especialistas.

Mas duas conclusões filosóficas parecem-me fatais.

Para começar, a Europa terá que conviver com a contingência que tanto se esforçou por ignorar. Por melhores que sejam os sistemas policiais, nem todo o progresso tecnológico poderá eliminar o horror do imponderável. O paraíso, definitivamente, não é deste mundo.

Por último, os inimigos das sociedades livres sempre estiveram dentro delas: falo dos homens ressentidos que usarão sempre uma desculpa qualquer - o Partido, a Raça, o Profeta - para cometerem as suas atrocidades.

"Se soubermos as causas podemos evitar os efeitos?" Lamento. O ressentimento não funciona assim. A sua vontade de destruição é uma história longa. E será, como sempre foi, uma luta sem fim.
Herculano
19/07/2016 08:13
CONSCIÊNCIA DE LULA VIROU LATIFÚNDIO IMPRODUTIVO QUE MEDO DE MORO OCUPOU, por Josias de Souza

Parte 1

Num instante em que Dilma Rousseff começa a levar seus pertences do Alvorada para o apartamento de Porto Alegre, Lula já não fala em "correr o país" para denunciar o "golpe". Hoje, a mais aguda preocupação do pajé do PT, seu mais exasperante problema é Sérgio Moro. Lula vive esperando que o juiz da Lava Jato o lace e o recolha à "República de Curitiba".

A morofobia de Lula levou sua defesa a encenar uma esperteza. Atravessou no caminho do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, uma liminar tóxica. Pedia-se na peça que o Supremo retirasse novamente das mãos de Moro os grampos telefônicos que desnudaram conversas vadias de Lula com políticos e autoridades de Brasília. A Corte está em férias. Cabe a Lewandowski responder aos pedidos de Liminar durante o plantão. Nesta segunda-feira (18), ele decidiu não decidir.

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, já havia despachado sobre o tema antes do início das férias. Em março, Teori determinara a Moro que enviasse para o STF toda a investigação envolvendo Lula. Mais tarde, em 13 de junho, Teori anulou o grampo que captara uma conversa de Lula com Dilma numa hora em que o próprio Moro já havia determinado o fim das interceptações. No mesmo despacho, Teori devolveu para Curitiba os outros áudios e os processos.

Na petição submetida ao crivo de Lewandowski, os defensores de Lula questionaram novamente o fato de Moro ter divulgado diálogos telefônicos de Lula com autoridades que tinham foro privilegiado na época dos grampos. Alega-se que só o Supremo poderia levantar o sigilo dessas conversas. Nesse diapasão, Moro teria usurpado a competência da Suprema Corte. O que resultaria na anulação dos grampos.

Na prática, o que Lula desejava era fugir da caneta de Moro: "Mostra-se de rigor a concessão da medida liminar para que este Supremo Tribunal Federal avoque, novamente, todos os procedimentos conexos suspendendo-se, por consequência, o curso de tais procedimentos relacionados, bem como de quaisquer outros munidos com o conteúdo das interceptações em tela'', anota a petição.
Herculano
19/07/2016 08:12
CONSCIÊNCIA DE LULA VIROU LATIFÚNDIO IMPRODUTIVO QUE MEDO DE MORO OCUPOU, por Josias de Souza

Parte 2

Lewandowski decidiu: 1) devem ser separados de outras gravações os grampos com conversas entre Lula e autoridades com foro especial, que só podem ser investigadas com autorização do STF. 2) as gravações permanecem sob os cuidados de Sérgio Moro. 3) a petição de Lula será remetida ao gabinete de Teori Zavascki, a quem caberá deliberar depois que o Supremo voltar das férias, em agosto.

Não é nada, não é nada, essa decisão de Lewandowski não é nada mesmo. Chamado a se manifestar, o próprio Moro informara ao STF, na semana passada, que só seriam aproveitados os grampos que tivessem pertinência com as investigações. Ciente das suas limitações, o juiz da Lava Jato acrescentara: "Jamais serão eles utilizados em relação às autoridades com foro por prerrogativa de função, já que quanto a estas, mesmo se os diálogos tiverem eventualmente relevância criminal para elas, caberá eventual decisão ao eminente Ministro Teori Zavascki, ao qual a questão já foi submetida."

Ao acionar Lewandowski no plantão, Lula e seus advogados foram deselegantes com o presidente do STF. Agiram como pessoas de fabulosa pontaria. E deixaram o ministro em situação vexatória: se concedesse a liminar, Lewandowski açanharia as línguas maledicentes, que diriam que Lula bateu às portas do Supremo em pleno recesso porque já conhecia o resultado do julgamento.

Com sua decisão inócua, Lewandowski saltou do alçapão. Já lhe basta a má repercussão de encontro que manteve com Dilma num hotel em Portugal. Até segunda ordem, os grampos permanecem com Moro. E Lula, ainda na alça de mira da força-tarefa de Curitiba, tem abundantes razões para tremer. Com ou sem grampos, será enviado à grelha. Lula acabará percebendo que uma das graças da democracia é o poder nivelador do medo da Justiça.

Sob o risco de acabar num xilindró, o pobre-diabo e o ex-soberano da República soltam a mesma baba. O caso de Lula diz muito sobre o novo momento que o Brasil atravessa. A consciência de Lula virou uma espécie de latifúndio improdutivo que o medo de Sérgio Moro invadiu.
Herculano
19/07/2016 08:05
ESTILHAÇOS NO PT E NO PCdoB, por José Casado, para o jornal O Globo

Era para ser uma sutil manobra de bastidores. Deu tudo errado e acabou na fragmentação oposicionista, com isolamento do PT e múltiplas críticas a Lula

Era para ser uma sutil manobra de bastidores. Bem-sucedida, submeteria Michel Temer a uma derrota humilhante na Câmara dos Deputados, usando a tropa parlamentar do governo.

Deu tudo errado. Acabou no desastre de uma fragmentação oposicionista, com visível isolamento da sua nave-mãe, o Partido dos Trabalhadores. E, desde então, seguido por vigoroso crescimento das críticas a Lula, principal liderança petista.

Na manhã de quarta-feira passada, Lula desembarcou de um sofisticado jato Gulfstream G-200, alugado, no aeroporto de Caruaru (PE). Sem comitiva de recepção, teve tempo para se concentrar em telefonemas a Brasília.

Era dia de eleição do presidente da Câmara. Na madrugada, conduzira seu partido e aliados pelo labirinto de um jogo pragmático. Vetara candidaturas como as de Maria do Rosário (PT-RS) e Luiza Erundina (PSol-SP), entre outras. Queria a vitória por aliança, ainda que o preço fosse a união com o DEM - o "demo", como costuma definir -, abreviatura de Democratas, partido que Lula prometera "extirpar da política brasileira" em comício de 2010 para eleição de Dilma Rousseff, em Joinville (SC).

Antes de embarcar no jato PR-WTR rumo a Caruaru, atropelara essa nota de rodapé de sua biografia e decidira o apoio do PT ao candidato do DEM, o deputado fluminense Rodrigo Maia.

No agreste pernambucano Lula soube da montagem de uma alternativa dentro do PMDB de Temer, com o discreto respaldo de uma fração do PCdoB empenhada em impedir a aliança com Maia, reconhecido adversário da deputada Jandira Feghali na política carioca.

Sugeriram Marcelo Castro (PMDB-PI), ex-ministro da Saúde de Dilma. Por ter votado contra a abertura do processo de impeachment, em abril, era personagem conveniente à retórica contra o "golpe". O líder do PT topou, em novo atropelo da própria biografia.

Trinta e oito anos atrás, Lula ouvira, incrédulo, o ferramenteiro Gilson Menezes descrever a preparação de uma greve na Scania. O que veio a seguir mudou a história política brasileira, a vida de Lula e está na raiz do Partido dos Trabalhadores. Naquele maio de 1978, três mil quilômetros ao norte, um médico piauiense recebia como presente uma vaga de candidato a deputado pela Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação do regime militar instaurado em 1964. Não se elegeu.

Por ironia da História, quarta-feira passada Lula, o PT e aliados transformaram esse antigo soldado do esteio parlamentar do regime de 64 num porta-bandeira da retórica contra o "golpe" - como se referem ao processo constitucional de impeachment.

Somaram 70 votos. Multiplicaram a desunião, antes de perceber que Castro, desde o início, constava na planilha do PMDB como adversário preferencial no segundo turno contra o predileto do ex-presidente Eduardo Cunha para sua sucessão na Câmara, Rogério Rosso (PSD-DF). Essa percepção, tardia, motivou 75% dos parlamentares do PT e PCdoB a votar no segundo turno em Rodrigo Maia, expoente do DEM que Lula pretendia exterminar.

Restaram estilhaços. A dimensão dessa fragmentação cresce à medida em que os protagonistas percebem que atravessaram os 27 anos parasitando um único líder competitivo nas urnas: Lula.
Herculano
19/07/2016 07:58
MILITANTES DO PT DEMITEM O PARTIDO, por Kim Kataguiri, líder do Movimento Brasil Livre, para o jornal Folha de S. Paulo.

Parte 1

Caros companheiros,

Vocês sabem que eu nunca faltei à luta. Nas primeiras vezes em que Lula concorreu à Presidência da República, quando ninguém acreditava que um operário sem estudo pudesse alcançar tal cargo, eu estava lá, entregando santinhos, militando, confiando.

Quando, depois de sucessivas derrotas e já quase desistindo de nosso grande projeto de país, Lula decidiu afrouxar os ideais socialistas e ceder ao inescrupuloso mercado financeiro para ter uma chance de vencer, eu apoiei. Ouvir a "Carta ao Povo Brasileiro" sendo lida pelo nosso líder doeu, admito. Mas eu sabia que nossa causa era maior do que qualquer amarra ideológica.

Ver, no desfecho das eleições de 2002, o rosto de todos os intelectuais e de toda a elite que duvidava de Lula e desprezava o PT foi uma das coisas mais gratificantes da minha vida. Apesar do nojo das classes engravatadas, refratárias a qualquer tipo de mudança, a esperança venceu. Tínhamos, finalmente, a oportunidade de realizar no presente todos os sonhos do país do futuro.

Infelizmente, o choque de realidade não demorou a aparecer. Logo percebi que, ainda que nosso partido tivesse alcançado o poder, a corja conservadora ainda tomava conta do Congresso, e aquela elite que sempre lutou para que fôssemos marginalizados da política ainda tinha poder.

Governar não seria tarefa fácil.

Foi com essa realidade em mente que, mais uma vez, dei meu voto de confiança ao PT quando o escândalo do mensalão estourou. O esquema era necessário para garantir que todas as pautas sociais e progressistas do nosso governo avançassem. Era roubo? Sim, era. Mas não por interesse pessoal. Pelo contrário! Era pelo sonho de um país melhor.

Já estávamos abrindo mão da economia, mantendo políticas neoliberais - heranças malditas do governo de Fernando Henrique -; não podíamos entregar o social. Foi necessário. Tão necessário, é preciso dizer, como nossas parcerias com obeliscos do retrocesso, como Paulo Maluf e Fernando Collor.
Herculano
19/07/2016 07:58
MILITANTES DO PT DEMITEM O PARTIDO, por Kim Kataguiri, líder do Movimento Brasil Livre, para o jornal Folha de S. Paulo.

Parte 2

Nos anos 90, criticamos a relação de um com a ditadura e lutamos pelo impeachment de outro. Pragmatismo. Lula fez o que precisava ser feito.

Aos trancos e barrancos, o primeiro governo Dilma manteve as conquistas do companheiro Lula. Apesar de não ter sido abençoada com o mesmo carisma, ela soube comandar o país. Mesmo quando errava, ia até o fim. Sempre teve em mente que recuar, em qualquer circunstância, é uma demonstração de fraqueza.

Mas é claro que o sonho não poderia durar para sempre. Depois de vencer a segunda eleição, os porcos do mercado financeiro obrigaram Dilma a colocar um dos seus no governo: Joaquim Levy. O pragmatismo do nosso querido PT havia, mais uma vez, nos forçado a esquecer as promessas de campanha e a ceder para o retrocesso do neoliberalismo.

Como se isso não bastasse, ainda tivemos de ceder ao conservadorismo parasita do PMDB. Eduardo Cunha, ex-companheiro que já chegou até a ser o bastião de Dilma nas igrejas evangélicas, traiu nosso projeto e venceu a presidência da Câmara, impondo uma derrota inaceitável ao amigo Arlindo Chinaglia. Todos sabem que é o governo quem deve decidir o comando da Câmara. A traição do peemedebista não poderia ser perdoada.

Foram os princípios petistas que impediram nossos deputados de salvar Cunha no Conselho de Ética. Nesse momento, preferi ficar do lado da ideologia de Rui Falcão a escolher o pragmatismo de Dilma Rousseff. Nossa presidenta sinalizava um acordo com o então presidente da Câmara para que ele não levasse à frente o processo de impeachment. Mas a crença de que a punhalada nas costas que havíamos levado no início do ano não poderia ser esquecida felizmente prevaleceu.

Começamos, então, a tomar as ruas e a estampar os jornais contra o golpe. Nossa militância nunca esteve tão motivada. Estufamos o peito e apontamos o dedo na cara de todos aqueles que nos chamavam de corruptos e os chamamos de golpistas. Mostramos que assaltar a democracia é muito mais grave do que assaltar os cofres públicos. Desgastamos a imagem de Cunha e forçamos o traidor a renunciar. Nossa presidenta foi afastada, mas conseguimos dar o troco.

Depois deste momento de glória, veio a decepção. Sem um presidente da Câmara para atacar e sem uma presidenta da República para defender, acabamos perdendo boa parte de nosso fôlego. Até aí, tudo bem. Já passamos por coisa pior. Nosso grande líder, Lula, ao que parece, conseguirá fugir das mãos de Sérgio Moro, marionete do imperialismo americano, e é o favorito para as eleições de 2018.

O problema é que, na última disputa pela presidência da Câmara, perdemos até o discurso. Criticamos duramente todos os deputados que votaram a favor do impeachment, estampamos cartazes de protesto com seus rostos e literalmente cuspimos em suas imagens. Os deputados petistas, então, resolvem apoiar Rodrigo Maia, deputado do DEM, partido golpista que foi a ponta da lança que derrubou Dilma Rousseff.

Já não bastasse a contradição de continuar votando numa democracia teatral - todos sabemos que golpes sempre são sucedidos por ditaduras -, nossos companheiros ainda escolhem votar em alguém que contribuiu para a nossa queda e que outrora chamamos de golpista.

Isso, para mim, meus amigos, é o fim. Se dissesse que não foi um prazer estar ao lado de vocês, nas trincheiras, durante todos esses anos, estaria mentindo. Minha desilusão não é com vocês, é com o PT. Com este PT, melhor dizendo.

Um partido que não é capaz de se comprometer com sua própria militância é um partido morto. Me nego a cair junto com aqueles que jogaram a nossa luta na lata do lixo.
Herculano
19/07/2016 07:50
PMDB RECUA E JÁ FLERTA COM PT VISANDO ELEIÇÕES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Pressionado por diretórios estaduais e municipais, o PMDB nacional revogou a decisão que impedia alianças de candidatos do partido com o PT, nas eleições municipais de outubro. Candidatos a prefeito, vice e vereador poderão fazer alianças com o PT após o anúncio de reverter a decisão, que deve acontecer ainda esta semana. Peemedebistas romperam com petistas após a deflagração do impeachment de Dilma.

ALIANÇA LIBERADA
De acordo com Raul Henry, presidente do PMDB de Pernambuco, "os diretórios foram liberados a fazer aliança, inclusive com o PT".

PRIORIDADE
O PMDB, no entanto, avisa que a prioridade é fazer aliança com partidos aliados do governo Temer, como DEM, PSDB e PPS.

MUITA CALMA
A cúpula peemedebista avaliou retirar a proibição de alianças pois nem mesmo o PT, considerado mais radical, barrou alianças com o PMDB.

FORTE DO PARTIDO
Em 2012, o PMDB foi o que mais elegeu prefeitos: 1.024 das 5.568 prefeituras em disputa (18,4% do total). A ideia é ampliar esse número.

PREMIADO EX-MINISTRO QUE PERSEGUIA NÃO-PETISTAS
A Áustria concedeu agrément e Ricardo Neiva, embaixador do Brasil em Roma, assumirá as mesmas funções, em Viena. Isso abre caminho para um dos movimentos mais vergonhosos do Planalto, que provoca perplexidade no Itamaraty: o lamentável Antonio Patriota, ex-chanceler de Dilma, será embaixador do Brasil na capital italiana. Certamente um "prêmio" pelas perseguições de sua gestão a diplomatas não petistas.

RAZÃO DO 'PRESTÍGIO'
Como Dilma o desprezava, sobretudo em visitas internacionais, Antonio Patriota se voltou para Temer, bajulando-o. Nasceria aí seu "prestígio".

SUBMISSÃO IMPATRIOTICA
Submisso, Patriota tampouco resistia às interferências do aspone petista Marco Aurélio "Top Top" Garcia na "política externa" brasileira.

VIRAMOS UM 'ANÃO'
Quando Antonio Patriota foi chanceler, o Brasil acabaria reduzido a um "anão diplomático", como certa vez classificou o governo de Israel.

NEGOCIO DA CHINA
O tal fundo partidário é ótimo negócio para partidos nanicos. O PMB, com apenas dois deputados, e o Novo, com zero, foram os que menos receberam no semestre: "só" R$527 mil. E o PCO levou R$573 mil.

COFRE CHEIO
Sem representantes na Câmara dos Deputados, o PSTU e o PPL têm motivo para comemorar: no primeiro semestre de 2016, o PSTU arrancou do Fundo Partidário R$1,2 milhão, e o PPL, R$1,03 milhão.

BOLA DA VEZ...
Com a queda de Eduardo Cunha do cargo, as atenções voltam-se para o presidente do Senado: Renan Calheiros (PMDB-AL) já responde a sete inquéritos no Supremo Tribunal Federal decorrentes da Lava Jato.

...ALÉM DA LAVA JATO
Calheiros tem ficha extensa de denúncias: tráfico de influência, pensão de filho paga por empreiteira, uso de documentos falsos para forjar renda, uso indevido da cota parlamentar, do avião da FAB etc etc.

DIÁLOGO FORTALECIDO
A eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para presidente da Câmara refletiu no Senado. "A eleição fortalece o diálogo entre a Câmara dos Deputados e o Senado Federal", afirma o tucano Ricardo Ferraço (ES).

INSONIA
A Lava Jato tira o sono do governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Ele foi secretário de Fazenda de Eduardo Campos e pode ter assinado muitos dos documentos que enrolam seu padrinho político com a PF.

DIFERENÇAS
Enquanto Waldir Maranhão quase enterrou a CPI da Funai com uma só canetada, Rodrigo Maia prorrogou a comissão até 17 de agosto. A CPI se debruça agora sobre a quebra de sigilos de ONGs ligadas ao PT.

VARA ÚNICA
Vinte anos após o massacre de Eldorado, o Tribunal de Justiça do Pará criou uma Vara Única na Comarca de Eldorado dos Carajás. A unidade tem competência plena relativa às áreas cível, empresarial e criminal.

PENSANDO BEM...
...desgastada com graves escândalos e com a desconfiança geral, a classe política será a maior beneficiada pelas Olimpíadas do Rio.
Herculano
19/07/2016 07:33
MANCHETE DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S.PAULO DIZ QUE MAIS DA METADE DOS BRASILEIROS NÃO APROVA OS JOGOS OLÍMPICOS. MAS QUEM TROUXE ESTAS DESPESAS PARA TODOS NOS? O PT E O PMDB. PARA QUE? PARA SE ESBALDAREM NAS PROPRINAS E NO RETORNO DA POSSÍVEL BOA IMAGEM NA BUSCA DE VOTOS DE ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E FANÁTICOS. DEU TUDO ERRADO. A TRANSPARÊNCIA E A AÇÃO DA IMPRESSA INVESTIGATIVA DERROTARAM OS PLANOS DOS POLÍTICOS

Para 63% dos brasileiros, Olimpíada vai trazer mais prejuízos do que benefícios. Do sonho olímpico ao pesadelo

Parte 1

Texto de Paulo Roberto Conde, enviado especial ao Rio de Janeiro. A pouco mais de duas semanas da abertura da Olimpíada, em 5 de agosto, 50% dos brasileiros são contrários à realização do Jogos do Rio, revela o Datafolha.

De acordo com pesquisa do instituto feita entre os dias 14 e 15 de julho, o percentual de reprovação dobrou quando se compara ao levantamento anterior, feito em junho de 2013. Àquela altura, 25% dos brasileiros se opunham aos Jogos no Rio.

Há três anos, 64% eram favoráveis aos Jogos. Agora, o número retrocedeu para 40%. Entre os demais, 9% dos consultados se disseram indiferentes à competição e 2% não responderam.

A aversão ao megaevento do esporte é maior entre os moradores das regiões Sul e Sudeste, entre pessoas com mais instrução e com renda familiar mensal de cinco a dez salários mínimos.

Moradores do Norte e Nordeste e os jovens demonstram apoio maior à realização da Olimpíada.

O Datafolha apontou ainda que 63% acreditam que o evento trará mais prejuízos do que benefícios para os brasileiros em geral. Eram 38% na pesquisa de 2013.

A avaliação é menos negativa entre os moradores da cidade do Rio. De acordo com 47% dos cariocas, os Jogos trarão mais prejuízo do que benefícios. Fazem a avaliação contrária 45%.

Nesta pesquisa mais recente, o Datafolha fez 2.792 entrevistas, com pessoas acima de 16 anos, em 171 municípios de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

ONDA NEGATIVA

O Rio foi eleito sede olímpica em outubro de 2009, em meio a um ciclo econômico virtuoso no Brasil no segundo mandato sob Luiz Inácio Lula da Silva.

O cenário mudou com a deterioração das contas públicas ao longo do governo de Dilma Rousseff.

Nas últimas semanas, os Jogos apareceram mais diretamente associados a situações negativas.

Em junho, o governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles (PP), decretou estado de calamidade pública devido à crise financeira do Estado e aos custos comprometidos com a organização da Olimpíada.

No início de julho, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou que os Jogos "são uma oportunidade perdida".

Ao jornal britânico "The Guardian", disse que "com essa crise econômica e política, com todos esses escândalos, este não é o melhor momento para estar nos olhos do mundo.

Dias antes, Paes havia afirmado que a administração estadual faz um trabalho "horrível" na segurança.

Segundo os dados oficiais, o custo total do evento já superou R$ 39 bilhões, divididos entre investimentos públicos e privados.

Em que pese o alto valor gasto, a maior parte da população está pessimista com a imagem do país para o mundo durante a competição.

A pesquisa abordou itens como segurança pública e transportes. Em todos, prevaleceu a avaliação de que a Olimpíada será mais motivo de vergonha do que orgulho.

Para 57% dos brasileiros, a segurança representará mais vergonha do que admiração. Apenas 32% dos pesquisados citaram o inverso.

Na última sexta (15), em meio à realização da pesquisa (feita nos dias 14 e 15), o governo federal anunciou que irá revisar o plano de segurança dos Jogos em virtude do atentado terrorista em Nice, na França, que matou 84 pessoas.

DESINTERESSE

Nem o fato de a delegação brasileira competir em uma Olimpíada pela primeira vez em casa tem atraído grande atenção. A equipe, com 462 atletas, tentará ficar entre as dez primeiras colocadas no quadro geral, considerando o total de medalhas.

No Datafolha de 2013, 35% se disseram muito interessados no evento. Agora o índice caiu para 16%. A taxa dos que afirmaram não ter nenhum interesse saltou de 28% para 51%.

O percentual dos que se consideraram um pouco interessados pelos Jogos recuou de 37% para 33%.
Sidnei Luis Reinert
19/07/2016 06:51
Herculano, O governo comunista francês reage ao terrorismo islâmico: sai demolindo as igrejas católicas!!!
Herculano
18/07/2016 18:31
PRENDAM ESSE BONECO, por Guilherme Fiuza, para a Revista Época (O Globo)

Parte 1

Estamos diante de mais uma tentativa de golpe contra os companheiros. Como sofre essa elite Vermelha!

O boneco inflável de Ricardo Lewandowski é o mais novo investigado pelo Supremo Tribunal Federal. O presidente da Corte máxima pediu à Polícia Federal que aja contra essa "grave ameaça à ordem pública e inaceitável atentado à credibilidade" do Judiciário. Ou seja: estamos diante de mais uma tentativa de golpe contra os companheiros. Como sofre essa elite vermelha!

Se o atentado é inaceitável, a coisa deve ser grave mesmo. Por curiosidade: o que seriam atentados aceitáveis? Tráfico de influência no STF, por exemplo, seria um atentado aceitável? Aparentemente, sim. Senão, a tropa de choque petista que há anos corta um dobrado no Supremo para defender Lula e Dilma no mensalão e no petrolão já estaria em maus lençóis.

Mas estão todos muito bem, obrigado, sob suas togas. Tanto que Sergio Moro, esse terrorista a serviço da elite branca, foi instado a prestar informações sobre os grampos de Lula. Adivinhe por quem? Acertou: por Lewandowski, o ministro inflável.

A relação de afilhados inflados pelo filho do Brasil é extensa - e não param de aparecer novos felizardos. A Lava Jato está investigando o ex-garçom inflável que hoje anda de Porsche e detém empresas como a gráfica Focal, que recebeu R$ 24 milhões da campanha de Dilma, no amor. Veja como pode ser proveitoso passar com uma bandeja à frente de Lula no ABC paulista. Você só continua garçom porque não atendeu o freguês certo.

O garçom de Lula tem estreitas relações com a família Demarchi, de onde partiu a indicação de Lewandowski para o círculo do próprio Lula - uma história bonita que atingiu seu clímax no Supremo Tribunal Federal. Um ex-operário que fez bem a tanta gente não pode terminar na cadeia - e os supremos companheiros estão aí para isso.
Herculano
18/07/2016 18:31
PRENDAM ESSE BONECO, por Guilherme Fiuza, para a Revista Época (O Globo)

Parte 2

Dias Toffoli soltou o ex-ministro Paulo Bernardo, mesmo com o risco concreto de novos crimes de lavagem - e logo a seguir surge um relatório da Receita Federal indicando a ligação entre o braço direito de Bernardo e as negociatas da campanha de Dilma envolvendo a gráfica Focal. Dá para entender quanto é importante um bom círculo de amizades?

E prossegue a impressionante seqüência de atentados aceitáveis, produzidos pelos amigos dos ministros infláveis. A PF descobre na delação do ex-presidente da Andrade Gutierrez a evidência de que um ex-diretor do BNDES negociou propina na veia para o PT. É mais um flagrante do uso obsceno dos maiores bancos públicos do país por Lula e Dilma - que bastariam, relacionados aos demais delitos, para tipificar a cúpula do governo do PT como quadrilha, com todas as medidas policiais preventivas e coercitivas necessárias para sustar a gestão do patrimônio criminoso. Mas o STF tomou a providência de decretar que a quadrilha não é quadrilha.

Então fica tudo bem. E ficamos sabendo que a Odebrecht, vitaminada pelo BNDES sob a varinha de condão de Lula, escalou uma empresa afiliada para comprar um imóvel de 5.000 metros quadrados para o Instituto Lula - mesma empresa que pagou jatinho para levar o ex-presidente a Cuba. O mesmo BNDES onde floresceram as jogadas do ex-ministro Fernando Pimentel, amigo do peito de Dilma - laranja de Lula, que ocupou a Presidência para dar cobertura a essa farra toda.

Um boneco inflável com a cara de Ricardo Lewandowski perambulando pela Avenida Paulista é um atentado inaceitável à credibilidade de um tribunal que vem blindando, como pode, essa dupla do barulho. A investigação da dobradinha de criador e criatura para calar o companheiro Cerveró foi tirada das mãos de Sergio Moro. Tudo o que chega lá implicando a mulher honrada, afastada e do lar é indeferido. Até o rito de impeachment na Câmara foi operado pelo Supremo, em evidente atropelo institucional, para tentar refrescar os padrinhos delinquentes. Como se vê, há pouco que um boneco inflável possa fazer para prejudicar essa credibilidade.

As sabotagens ao impeachment não adiantaram nada - como, ao final das contas, não vão adiantar todas as outras pantomimas solidárias. Lula e Dilma cometeram uma avalanche de crimes, estão fora do poder e a Lava Jato não é comprável pela elite vermelha. Mas a história há de registrar que, durante o maior assalto aos cofres da nação, a ordem pública foi gravemente ameaçada por um boneco inflável.
Herculano
18/07/2016 18:24
COINCIDÊNCIAS E COINCIDÊNCIAS, por Joaquim Freitas, para O Ponto Cego

Quem não gosta de coincidências? Elas normalmente são ótimas, nos fazem pensar que o universo conspira a favor de nós ou contra, quando ela não ajuda.

Eu tenho uma que adoro contar, já contei umas 300 vezes, e talvez depois de contar aqui não precise mais contar tanto, já estou um pouco cansado dela.

Mas de fato ela é incrível, vejam só:

Certa vez em Brasília fui assistir a então recém "eleita" primeira monja budista brasileira, a paulistana Monja Coen em uma palestra sobre espiritualidade e assuntos correlatos.

Durante sua palestra, cismei que ela parecia com a amiga paulistana Dona Glaucia, minha vizinha em Natal, que também tem um lado espiritual bem aguçado.

Ao término, fui falar com a Monja e perguntei se ela tinha alguma parente que morasse em Natal. Ela disse não lembrar de ninguém. Falei da semelhança, ela não deu muita importância, e pronto.

De volta a Natal, me encontrei com Dona Glaucia e perguntei se ela tinha alguma parente budista que por ventura fosse monja. Mais uma negativa. Assunto encerrado.

Isso foi em maio.

Em novembro, eu fui a São Paulo com Dona Glaucia, almoçávamos no Ráscal, quando de repente, quem senta na mesa ao lado?

A Monja Coen!!

Fui lá, a chamei, lembrei a ela da nossa conversa em Brasília, apresentei uma a outra, que logo descobriram que moraram na mesma rua na infância em São Paulo.

Coincidência incrível, né?

E as duas quando juntas, notei que não se pareciam nada, vai entender...

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