Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

19/04/2016


MAIS UM SUCESSO
O jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e o de maior credibilidade, além destas marcas na comunidade gasparense, possui outras três: sempre liderou ações sociais comunitárias, além de promover dois eventos de sucesso. Um é o Stammtisch e o outro é o Baile do Hawaii. E neste ano não foi diferente. Em ambos, estava a marca da renovação, de uma Gaspar jovem e que aderiu às promoções do jornal identificado com a sua comunidade. O Baile Hawaii, neste final de semana lotou mais uma vez as dependências da Associação da Bunge. Ele foi organizado por Indianara, jornalista, filha de Gilberto, o criador do evento, proprietário e editor do Cruzeiro. A foto mostra bem o clima jovem do sucesso do evento. No detalhe, Gilberto recebe o presidente do PSDB de Gaspar, Renato Nicoletti, e o presidente do DEM, Luiz Nagel, num ambiente em que a política partidária não fez parte da festa e da comemoração.

GASPAR EM BRASÍLIA I
Gaspar testemunhou a vitória histórica do impeachment contra a presidente Dilma Vana Rousseff, PT. Um impeachment não apenas e exatamente contra ela – a louca, a temerária, a dissimulada, a eterna guerrilheira -, mas principalmente contra um modo de mentir, enganar, aparelhar, destruir, mal administrar o país e a coisa pública, malversando sem transparência os pesados impostos dos brasileiros, além de constranger investigações da Polícia Federal, as denúncias do Ministério Público, as decisões da Justiça e de desqualificar a imprensa (a livre, investigativa). Tudo para as suas crenças e falcatruas. Gaspar estava lá (fotos abaixo). E não foi com Décio Neri de Lima, o pai do PT daqui e que votou pela continuidade de tudo o que a maioria vem dizendo não. A testemunha popular foi do morador do Belchior, Paulo Filippus, o rejeitado por Pedro Celso Zuchi, o PT, o PDT, o PCdoB... É a segunda vez, como integrante do Movimento Brasil Livre, que Filippus esteve na Capital Federal na companhia dos líderes nacionais, participando de ações e manifestações contra o desgoverno liderado pelo PT, PDT, PCdoB...

GASPAR EM BRASÍLIA II
Isso explica muito a ira que o prefeito Pedro Celso Zuchi, e o PT de Gaspar por intermédio de José Amarildo Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio possuem contra Filippus. Quando Zuchi e o PT apostavam no esvaziamento - e até conseguiram num determinado instante e comemoraram nas redes sociais distribuindo constrangimentos - das manifestações por aqui, Filippus segurou a onda e afastou o PMDB e PSD, do aparelhamento local dessas manifestações. Quando o prefeito Zuchi e o PT armaram para trocar o nome bicentenário do Belchior por Prefeito Tarcísio Deschamps com a desculpa de transformá-lo em Distrito, foi Paulo quem movimentou o povo de lá pelas redes sociais e assim, as lideranças unidas mais uma vez colocaram Zuchi e o PT de cócoras nos erros que insistiram em perpetuar por várias artimanhas, como se fossem o "dono" do mundo e dos gasparenses.

GASPAR EM BRASÍLIA III
Isto explica também a ira do vereador do bairro, Jaime Kirchner, PMDB, várias vezes questionado por Filippus, inclusive na Tribuna Livre da Câmara. Filippus tem mostrado - com frequência - as incoerências no alinhamento de Kirchner com o governo petista. Incomodado, o vereador nos últimos tempos passou a negar – e até culpar a imprensa como se fosse possível desgravar o que pronunciou várias vezes na Câmara e faz parte dos anais e provas, inclusive para a eventual judicialização. Kirchner nega este alinhamento - por tudo o que acontece hoje no cenário nacional - e ao ver a liderança de Filippus se consolidar e ameaçar a sua reeleição a partir do Belchior. Isto responde também o mal-estar que o voo solo rápido de Filippus, filiado ao DEM, causou à ex-assessora de imprensa de Kirchner, Franciele Back, que o deixou, filou-se ao PSDB para ser candidata a vereadora pelo Belchior. Enfim. Filippus é um jovem, um ativista e que não tem medo de cara feia. E isto é perturbador para o PT, o PMDB, o PSD... É uma cara nova que surfa um momento histórico. Outros já fizeram isso e se perderam. Tomara que ele possa ler o momento e os exemplos do passado. Acorda, Gaspar!



GASPAR CONTRA GASPAR I
Sob este mesmo título, na coluna de sexta-feira, a feita para os leitores do jornal Cruzeiro do Vale, escrevi como uma ideia de mobilidade urbana, num trânsito caótico, de poucas opções pela densidade urbana e algumas vezes desordenada, o congestionado de Gaspar, com poucas alternativas, principalmente diante de um país empobrecido por uma administração temerária pode ser boicotada por suas lideranças. A ideia foi de pronto rechaçada pelo único fato de que ela, se aceita, discutida, aprimorada e principalmente executada, pode dar créditos e até votos, a outras pessoas que não a do PT e seus partidos no poder de plantão. Mostrei também, como a ideia não ganhara até então a adesão de lideranças e imprensa até ela se tornar um suposto calo a quem a defendia e ainda a defende. A substituição do Anel de Contorno como ele está projetado, caro e quase inviável pela Iguatemi Engenharia para o governo do estado, por esta ideia de rotas urbanas alternativas levou, subitamente, os políticos na corrida pela prefeitura a tomar lados e posições. Para uns é só discurso. Para outros, é preciso desconstruir o discurso. Para alguns, é a esperança de mudar algo que se questiona há anos, mas não se estabelece numa solução concreta para os gasparenses.

GASPAR CONTRA GASPAR II
A proposta alternativa, que não é nova. Ela já apareceu aqui neste espaço e em outros fóruns. Veio por meio do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, hoje sem partido, mas já foi PMDB, PSB e PPS, e do seu irmão que já foi secretário de Planejamento, o engenheiro Maurílio Schmitt. Ela se utiliza das vias municipais de Gaspar para se chegar a Blumenau, BR 470, o caminho de Brusque e do litoral. No desenho defendido por gente que conhece a cidade e enxerga a dificuldade para se implantar o Anel de Contorno imediatamente, mas que quer aproveitar os recursos do Orçamento estadual destinados ao Anel, esta ruas deverão ser alargadas e retificadas. Muitas de Gaspar já estão parcialmente pavimentadas. Entre os que encampam esta alternativa, estão o presidente do Sindicato de Distribuidores de Combustíveis, Julinho Zimmermann, o vereador Ciro André Quintino, PMDB (que deve estar falando em nome do prefeiturável Kleber Edson Wan Dall) e até Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, a que tenta levar adiante a ideia do Anel de Contorno original, mas entende que esta oportunidade não deve ser pedida e deveria estar num contexto da discussão suprapartidária e não política partidária. O debate, então, deveria envolver as entidades locais e ter um esclarecimento mais amplo. Deveria, inclusive, envolver Blumenau além do governo do estado, que muitas vezes dá duplo sinal.

GASPAR CONTRA GASPAR III
O que justificam os defensores desta ideia que não conseguiu sair do papel mas já encontrou resistência de Zuchi, PT e da prefeitura de Gaspar? Esta via intermunicipal, com pavimentação asfáltica, seria uma alternativa de mobilidade urbana dos gasparenses para a melhoria nos acessos a Blumenau e Brusque, utilizando-se das vias municipais, rodovias estaduais como a Ivo Silveira (SC 108) e Jorge Lacerda (SC 412), e a federal BR 470, além da Ponte do Vale. Neste rol estão as ruas Anfilóquio Nunes Pires, a Estrada Geral Águas Negras, Isidoro Schramm, Augusto P. Soares, Estrada Geral Garuba com ligação para o Bairro da Glória e Ribeirão Fresco, em Blumenau. Num outro ponto as ruas Leopoldo Schramm, Felícia Reinert, Edwirges Theiss, Frei Solano, João Matias Zimmermann, Rodovia Ivo Silveira, Leonardo Pedro Schmitt e Rodovia Jorge Lacerda. Num outro sentido unir a ponte do Vale para a BR 470, ou para Gaspar via a Francisco Mastella, Frei Godofredo, Rodovia Ivo Silveira ou o uso da própria Jorge Lacerda. A parte do Belchior Baixo, as ruas Vidal Flávio Dias e Antônio Benedito de Amorim, seriam unidas com o projeto defendido por Blumenau da duplicação de Silvano Cândido da Silva.

OS 200 FILIADOS
Este é o “novo” PSB de Gaspar “delegado” por Tereza da Trindade, a Diego Araújo, para ser comandando pelo presidente da Câmara, Giovânio Borges, ex-PSD de Marcelo de Souza Brick e Fernando Neves. Na foto, o partido reunido sob o novo comando. Há poucos dias o PSB daqui trocou de mãos. Tudo sob as bençãos do ex-PFL e DEM, deputado Paulo Roberto Bornhausen. Giovânio foi à imprensa e fez questão de anunciar que com ele, no mínimo. estariam 200 novos filiados. Nesta reunião, a imagem documenta que nem todos compareceram. O PSB, o socialista, deve apoiar o PT de Gaspar, e possui a esperanças de ser vice na campanha petista, na disputa que travará com o próprio PT e PDT. Está nervoso com a demora do PT e do PSDB escolherem, respectivamente, os seus vices. Mais nervoso está com o PSD que não diz se vai ser cabeça de chapa, com quem e ser vai ser vice, e de quem. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Não foi um final de semana fácil para o PT, PDT, PCdoB de Gaspar identificados com a administração petista de Pedro Celso Zuchi. O revés de Brasília no domingo, se confirmado no Senado até meados de maio, terá repercussões aqui. E haverá estratégias para os diversos cenários possíveis e desenhados.

A corrida municipal, todavia, não é de toda contra o PT e o PT é um ente feito para causar combatendo o poder. Vive de palanque, discursos, factoides, mobilizações para causas utópicas. Quando no poder, é e foi sempre um desastre. Não consegue solucionar realidades. Prega o diálogo, mas é um déspota, hegemônico e unilateral.

Os brasileiros estão pagando muito caro e com dinheiro do próprio bolso via os pesados impostos para "conhecer melhor" a mentira, a arrogância, a roubalheira e a incompetência administrativa do PT e dos seus que se desvenda na Lava Jato e era anunciada no mensalão.

De vidraça, o PT que nunca deixou de verdade o estilingue de lado quando no poder, passará a usá-lo com mais intensidade. Como o PT sabe o tamanho do desastre que construiu, sabe que o PMDB será vidraça frágil devido o legado que deixará. O PT que levou poucos anos para destruir o que se construiu por mais de uma década, vai exigir em dias e horas para que tudo volte ao lugar quando Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu o Brasil. E o "milagre" não virá. Sobrarão sacrifícios.

Então o PMDB pode ficar exposto. O PSDB e DEM com seus candidatos, por serem fiadores do novo governo de Michel Temer e do PMDB, estarão no mesmo barco. Em Gaspar, este é o jogo que o PT ensaia depois de ser atingido pelo tsunami nacional. Tudo vai depender de como os adversários do PT resolverão enfrentar a fúria petista daqui.

A secretária de Educação, Marlene Almeida, da administração petista de Pedro Celso Zuchi, está no meio de um furacão. Uma parte da comunidade a acusa de "frouxa" no caso do abuso a uma criança cometido numa de nossas creches municipais. Culpa, de verdade, penso que ela não possui neste caso. Há um exagero. Mas contraditoriamente é parte da culpa, pois pertence e defende um processo em que as cosias em Gaspar não possuem transparência.

Faltou ação rápida, é verdade, para isolar o demente malfeitor. Entretanto, ele foi alcançado pela polícia e com sorte, deverá ir a julgamento. Por mais hediondo o crime que cometeu, não é possível puni-lo fora do âmbito jurisdicional. O crime está tipificado. Agora é esperar a lei, o julgamento e a punição.

Contudo, contra quem ou contra o que as pessoas protestam neste caso? Arrisco: o sistema e do qual o PT possui parcela de culpa solidária com o seu progressismo beato para proteger os fracos. Quando se instala uma discussão sobre os "cuidados" que se deve ter com homens, jovens, cuidando de crianças em creches, logo o assunto é abortado por se tratar de uma discriminação e não um cuidado, uma prevenção.

Quando se questiona e se quer, por haver já tempo e experiência, aperfeiçoamentos do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente - o PT com os seus asseclas de esquerda, progressistas, barram, constrangem e humilham qualquer discussão taxando os que levantam simples debates de conservadores, direitistas, fascistas, neoliberais, coxinhas...

Pois é. Quem cometeu abuso contra uma indefesa criança na creche já tinha matado uma pessoa de convívio familiar. Fez isso quando adolescente e longe daqui. O crime, olhado como legitima defesa e devido a minoridade da época, passou não a existir por quem o praticou, porque assim determina o ECA. Mas, poderia ter sido um sinalizador. Pelo menos é isso que, no fundo, é o que alimenta os protestos contra Marlene pela sua deposição. Diretamente ela não possui culpa, mas indiretamente faz parte do jogo ideológico.

Os protestos também mostram, no fundo, os desgastes da administração petista de Gaspar. É uma onda nacional. É o resultado de imposições por anos seguidos nas práticas e currículos, entre elas o de não comemorar o Dia das Mães, dos Pais... Só nas escolas municipais sob os olhos do PT. Porque na escola particular, o ex-secretário que orientava tal distância, ausentava-se da sua secretaria, para com a família na escola particular, ser homenageado por sua filha. Justíssimo, mas incoerente. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1746

Comentários

Mardição
21/04/2016 21:28
A coisa tá tão ruim que a Dilma ao embarcar no helicóptero em Brasília, abanou para aquelas aves Quero-Quero.
Sabe que elas nem deram bola?
Uma até falou pra outra: "já vai tarde, mosca morta"! Quero...quero...quero...
Ana Amélia que não é Lemos
21/04/2016 18:39
Sr. Herculano:

Os EUA dê olho na Dilma;

"Se não tivesse imunidade diplomática, ao desembarcar em Nova York nesta quinta, 21, a presidente Dilma seria chamada a explicar à Justiça americana seu comportamento omisso na presidência do conselho de administração da Petrobras, enquanto ocorria o 'petrolão', um dos maiores esquemas de corrupção já vistos no mundo. O Itamaraty teve de atuar para evitar uma saia justa: o indiciamento da presidente, com base nas reformas de regras de Wall Street após a crise de 2008".
A informação é do colunista Claudio Humberto, do Diário do Poder.

Será que a ilustríssima desvairada levou na valise
óleo de peroba?
Paty Farias
21/04/2016 18:32
Oi, Herculano

Frase do dia no Blog do Noblat:

"Quem, se dizendo vítima de ´golpe´ se ausenta do país, deixando em seu lugar um ´golpista´? Ao que parece, a presidente Dilma quer expor, mais uma vez, o país ao ridículo quando insiste neste discurso."

Deputado Heráclito Fortes PSB- PI

É o mesmo que eu ver um ladrão pulando o muro de minha residência e sair de casa para que ele roube a vontade.

Camisa de força na louca, JÁ!
Digite 13, delete
21/04/2016 18:18
Oi, Herculano;

Jornalista Políbio Braga:

Eis o que escreve João Otávio Brizola, o filho de Brizola, no seu livro "Minha vida com meu pai, Leonel Brizola", ao falar sobre o modo como políticos de esquerda e de direita consideram suas famílias:

Os políticos de direita e de centro-direta, em todo o mundo e em todas as épocas, em geral têm grande orgulho de suas famílias, enaltecem-nas sempre que podem, até mesmo aumentando sua importância. O mesmo não acontece com os de esquerda, que tratam suas famílias como numerário ou como um dano colateral.

João Otávio conclui o raciocínio ao dizer que Brizola sempre encarou a família como um peso, um fardo difícil de carregar.

Está tudo na página 251.

Por isso que petista não tem mãe.
Despetralhado
21/04/2016 18:09
Herculano,

Postado às 14:46horas por Sidnei Luis Reinert:

"INCRA e a Reforma Agrária do petê" faz parte do discurso da DilmANTA em Nova York na ONU?
Ana Amélia que não é Lemos
21/04/2016 18:00
Sr. Herculano:

"A VERGONHA DAS TETAS DA CÂMARA DE BLUMENAU QUE SE QUERIA CRIAR AQUI: INVENTAR CONCURSOS PARA JUSTIFICAR A PARIDADE DOS COMISSIONADOS, OS CABOS ELEITORAIS DOS VEREADORES PAGOS COM O DINHEIRO DOS CAROS IMPOSTOS DO POVO E QUE ESTÁ FALTANDO À SAÚDE, SEGURANÇA, EDUCAÇÃO, OBRAS...SO O MINISTÉRIO PARA DOBRAR O DOMÍNIO DA VERGONHA DOS POLÍTICOS MATREIROS".

Isto me lembra um nome: José Hilário Melato.
Herculano
21/04/2016 15:01
A VERGONHA DAS TETAS DA CÂMARA DE BLUMENAU QUE SE QUERIA CRIAR AQUI: INVENTAR CONCURSOS PARA JUSTIFICAR A PARIDADE DOS COMISSIONADOS, OS CABOS ELEITORAIS DOS VEREADORES PAGOS COM O DINHEIRO DOS CAROS IMPOSTOS DO POVO E QUE ESTÁ FALTANDO À SAÚDE, SEGURANÇA, EDUCAÇÃO, OBRAS...SO O MINISTÉRIO PARA DOBRAR O DOMÍNIO DA VERGONHA DOS POLÍTICOS MATREIROS

Conteúdo do Informe Blumenau. Texto de Alexandre Gonçalves.O procurador geral de Justiça de Santa Catarina cumpriu agenda em Santa Catarina. Sandro José Neis reuniu-se com os promotores públicos de Blumenau na última segunda-feira, para discutir questões relacionadas ao Ministério Público na cidade.

Sandro Neis também encontrou-se com o presidente da Câmara de Vereadores, Mário Hildebrandt (PSB), o vereador Cezar Cim (PP), promotor público aposentado, e o procurador jurídico do legislativo, Dênio Scotini. Eles foram conversar sobre o TAC ?" termo de ajustamento de conduta -, firmado com o Ministério Público, prevendo a exoneração de 15 cargos comissionados até o dia 15 de maio.

O Ministério Público cobra da Câmara a paridade entre cargos efetivos e cargos comissionados. Hoje são 70 concursados e 85 de confiança. Desses, 25 fazem parte da estrutura da casa e 60 estão lotados nos gabinetes, quatro para cada vereador. O TAC, ajustado pelo promotor Hélio Fiamoncini, prevê a redução de um por vereador.

A Mesa Diretora da Câmara vai recorrer do TAC no Conselho Estadual do Ministério Público, buscando o mesmo tratamento dado a uma situação similar no legislativo de Camboriú, onde os cargos lotados em gabinetes não entram na contagem da paridade.

Caso não se consiga reverter a situação, os 15 servidores serão exonerados em 15 de maio. Há uma pressão interna de alguns vereadores para que se chamem outras 15 pessoas já aprovadas em concurso, mas não deve prosperar, por resistência do presidente Hildebrandt, contrário a colocar mais servidores no legislativo.
Herculano
21/04/2016 14:52
REGISTRO. MORREU O MÚSICO NORTE AMERICANO PRINCE

Prince, músico norte-americano pioneiro do "som de Minneapolis", morreu, esta quinta-feira, aos 57 anos, confirmou fonte familiar à CNN.

Prince Rogers Nelson foi um dos mais profícuos e inovadores autores e instrumentistas da música pop norte-americana. Foi autor de sucessos como "Purple Rain", "Kiss" ou "Raspberry Beret". Chegou ao topo da fama no final dos anos 70 e ao longo das décadas seguintes cimentou uma carreira que passou por diversos estilos de música.

Ganhou sete prêmios Grammy, um Oscar e entrou no "Rock and Roll Hall of Fame" em 2004. Vendeu mais de 100 milhões de discos.

Recorde-se que a 16 de abril, o músico foi levado ao hospital, no estado do Illinois, nos EUA, depois de se ter sentido mal a bordo de um avião.
Sidnei Luis Reinert
21/04/2016 14:46
INCRA e a reforma agrária do PT:

-62.000 empresários;
-145.000 servidores públicos;
-38.000 mortos;
-1.000 políticos eleitos;
-850 vereadores;
-96 deputados estaduais;
-69 vice prefeitos;
-04 prefeitos;
-01 senador...
Prejuízo: 03 bilhões... 13 anos com PT e os sem terras de verdade continuam sem terra e os que tem terras e não conseguem pagar financiamento por causa da crise, perdem o que lhes ainda restam!

Mariazinha Beata
21/04/2016 13:52
Seu Herculano;

O Ministro Dias Toffoli declarou ao Jornal Nacional:
"Alegar que há um golpe em andamento é uma ofensa as instituições brasileiras... isto prejudica o Brasil no exterior".


Eu não tenho partido político, mas, qualquer homem público que falar algo sensato, honesto e bom para o país tem o meu apoio e respeito. Ontem o Dias Tófolli foi o que falou melhor entre os juízes. Ele foi claro, objetivo e sucinto. Não esperava dizer isto para um vermelho:

Parabéns juiz, continue assim, o Brasil agradece.
Bye, bye!
Belchior do Meio
21/04/2016 13:35
Sr. Herculano:

"Os Encardidos e o Golpe"

Isso mostra que a vaca comeu, se lambusou e agora vira o cocho.

Bonitinho ou Feio Arrumadinho, não me importa.
O que quero é que Paulo Fillipus mande a Vergonha do Belchior para casa.
Lugar de ancião retrógado é sentado na cadeira de balanço brincando com netos.
Herculano
21/04/2016 11:34
OS ENCARDIDOS E O GOLPE

Vamos lá. A presidente Dilma Vana Rousseff, PT, a guerrilheira, o coração valente, a teimosa, a que desemprega, a que não atende os doentes nas filas dos postos de saúde e dos hospitais públicos, a que para obras essenciais, a que quebra o Brasil, a que mente e faz o diabo para ficar no poder, irá a Nova Iorque, e na ONU, num palanque sem propósito, denunciar que está sendo apeada do poder por um golpe de estado.

Não vou repetir o que tantos outros de crédito e juristas já a desmentiram. Vou apenas perguntar.

Ela vai para os Estados Unidos e deixa aqui no lugar dela, exatamente o vice orquestrador do golpe contra ela?

E quando ela voltar de mais uma encenação falta e tantas mentiras do palanque internacional, este golpista, a quem ela repudia e denuncia vai entregar o cargo para ela?

É ou não é gente encardida, sem noção, feita para enganar analfabetos, ignorantes, desinformados, dependentes do estado aparelhado feito para servi-los e não aos cidadãos pagadores de pesados impostos, assistidos socialmente e patéticos fanáticos?

Qual o golpista, tendo nas mãos o poder que busca pelo golpe, devolveria este mesmo poder como se fosse uma normalidade constitucional, institucional e democrática.

O PT joga contra ele primeiro por defender a democracia e a pluralidade, mas pratica a hegemonia e a unilateralidade, depois porque defende a estabilidade institucional, mas só a que lhe favorece, também por defender a caça aos corruptos, mas só fora do seu círculo de uso e poder, além de igualar todos por sua lama.

O PT e o Estado Islâmico, no fundamentalismo e nas barbaridades que se praticam, são iguais. Só destroem, recontam a história, empobrecem, arrasam e humilham quem eles dominam. E pensar que Dilma também foi a ONU defendê-los perante o mundo, para não combatê-los, mas abrir caminho de diálogos. Tudo a ver. Wake up, Brazil!
Herculano
21/04/2016 11:18
DILMA PERDEU A NOÇÃO, por Luiz Carlos Azedo, para o jornal Correio Braziliense.

Parte 1

Seria ridículo, se a situação não fosse trágica. A viagem da presidente Dilma Rousseff hoje para a assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, com objetivo de utilizar a cerimônia de assinatura do acordo sobre o clima, celebrado em Paris no ano passado, para denunciar a suposta existência de um golpe de Estado em curso no país será um vexame mundial. Há duas semanas o Palácio do Planalto realiza um intenso trabalho de divulgação internacional dessa versão sobre o pedido de impeachment em tramitação no Congresso, para influenciar a opinião pública mundial, seja por meio dos correspondentes estrangeiros, seja mobilizando diplomatas e representantes petistas no exterior.

Dilma pretende fazer um discurso de cinco minutos diante dos demais chefes de Estado, no qual repetirá o mantra de que não existe crime de responsabilidade para a aprovação do seu impeachment pelo Congresso e de que a democracia brasileira está ameaçada, o que é falso. A narrativa obteve certa repercussão internacional porque é difícil mesmo entender o funcionamento das nossas instituições políticas. O Congresso Nacional exerce suas prerrogativas conforme rito definido pelo Supremo Tribunal Federal, cujo presidente, Ricardo Lewandowski, presidirá o julgamento do impeachment no Senado. A versão de "golpe parlamentar", mesmo assim, será reforçada junto aos principais líderes mundiais, como o presidente norte-americano, Barack Obama, e a primeira-ministra alemã, Angela Merkel.

Ironicamente, quem assumirá a Presidência durante a viagem será o vice Michel Temer, que Dilma acusa de golpista e traidor, o que torna situação ainda mais ridícula, pra não dizer kafkiana. É tão sem sentido que o vice-presidente pretende permanecer em São Paulo, para não fazer um mise-en-scène, no mínimo, constrangedor. Essa pantomina, que desmoraliza o Brasil externamente, porém, joga por terra o discurso petista de que a mobilização popular contra o governo, que foi iniciada nas manifestações de 2013, seria obra da direita fascista, apoiada pela mídia e financiada pelo imperialismo, de olho no petróleo da camada pré-sal e nas demais riquezas nacionais.

Ontem, o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, reiterou que os procedimentos do processo de impeachment respeitam a Constituição. Segundo ele, Dilma exerce em plenitude as atribuições constitucionais de seu cargo, que "lhe dá legitimidade para atuar no plano internacional", mesmo desgastada pela aprovação da abertura do processo de impeachment pela Câmara, por 367 votos a favor do impeachment, 137 contra, além de sete abstenções e duas ausências. Celso de Mello disse, porém, que oSupremo Tribunal Federal, "ao julgar uma Arguição de Descumprimento de preceito Fundamental, deixou claro que o procedimento destinado à abertura do processo de impeachment observa os alinhamentos ditados pela Constituição da República."

A narrativa petista do golpe, que mobiliza os militantes petistas e parcela da esquerda, começa a constranger os ministros do Supremo Tribunal Federal(STF). Ontem, a Corte adiou o julgamento da ação que suspendeu a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil (medida liminar do ministro Gilmar Mendes), a pedido do ministro-relator da Operação Lava-Jato, Teori Zavascki, que pleiteou mais tempo para examinar duas outras ações sobre o mesmo assunto, uma do PSDB e outra do PPS.
Herculano
21/04/2016 11:17
DILMA PERDEU A NOÇÃO, por Luiz Carlos Azedo, para o jornal Correio Braziliense.

Parte 2

Desmanche
O parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre a liminar de Gilmar Mendes é favorável à anulação da nomeação de Lula para a Casa Civil e recomenda que as investigações da Operação Lava-Jato sobre o ex-presidente sejam remetidas de volta para o juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba. A decisão do STF, em sessão brevíssima, foi previamente combinada entre os ministros e sinaliza que a Corte pretende aguardar a decisão do Senado sobre a admissibilidade do pedido de impeachment, que resultará no afastamento da presidente Dilma Rousseff por 180 dias, para decidir o destino de Lula.

Enquanto Dilma viaja, o governo se desmancha. Os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e Hélder Barbalho (Portos) entregaram os cargos ontem, apesar dos apelos da presidente. Com isso, nove ministérios estão sem titular: Aviação Civil, Casa Civil, Cidades, Ciência e Tecnologia, Esporte, Integração Nacional e Turismo. Para complicar a situação, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, perdeu completamente o controle sobre a situação fiscal, descumprindo a meta de superavit fiscal de 0,5% do PIB. Se o Congresso não autorizar um deficit primário de 1,55% do PIB, equivalente a R$ 96 bilhões, o governo não poderá pagar fornecedores e funcionários, ou seja, depois de quebrar o país, Dilma levou seu governo à falência.
Herculano
21/04/2016 11:14
DILMA E O STF, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Dias Toffoli afirma que processo de impeachment aprovado na Câmara e que agora está no Senado garantiu ampla defesa à presidente; petista, porém, deve repetir a estratégia amanhã na ONU

Ministros do Supremo Tribunal Federal rechaçaram ontem a alegação da presidente Dilma de que o impeachment aprovado na Câmara é um golpe. Argumentando que as regras foram definidas pela Corte e respeitadas pelos deputados, o decano do STF, Celso de Mello, afirmou que a acusação de Dilma é um "gravíssimo equívoco". Para o ministro Dias Toffoli, o processo assegurou amplo direito de defesa, e alegar golpe agora é uma "ofensa às instituições brasileiras". Também a ex-senadora Marina Silva (Rede) condenou a estratégia de defesa de Dilma. A presidente, porém, deve repetir o discurso amanhã na ONU, em Nova York. Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o tucano Aloysio Nunes afirmou que, se ela usar a tribuna da ONU para se defender e voltar a falar em golpe, será um "desserviço ao país". Antes mesmo de o Senado votar a admissibilidade do impeachment, previsto para o dia 12 de maio, a presidente Dilma pode ser objeto de um inquérito sobre obstrução da Justiça, e o ex-presidente Lula poderá ter sua sorte decidida pelo Supremo Tribunal Federal devido a um processo criminal que nada tem a ver com o julgamento dos mandados de segurança que foi adiado ontem pelo STF.

A situação de Lula continua exatamente como estava: tem foro privilegiado em conexão com a presidente Dilma. Se o Supremo Tribunal Federal só retomar a análise dos mandados de segurança, acrescidos dos agravos regimentais que estão com o ministro Teori Zavascki, depois que o impeachment for aceito pelo Senado, e a presidente for afastada de suas funções, essas ações perdem o objeto quando outro for nomeado para a Casa Civil pelo novo presidente, no caso, Michel Temer.

Provavelmente isso acontecerá, já que não há previsão para o STF retomar o tema, pois o novo Código de Processo Civil ampliou muito os prazos, que agora são contados em dias úteis, o que provoca uma série de atrasos.

A questão da obstrução da Justiça é penal e depende do parecer do Ministério Público. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está com todos os processos relativos ao ex-presidente Lula, por determinação do ministro Zavascki, desde a investigação sobre o sítio de Atibaia e o tríplex do Guarujá até as interceptações telefônicas, inclusive aquele em que ele combina com a presidente Dilma receber o termo de posse antecipadamente, para usar "se houver necessidade".

Dentro de poucos dias o procurador-geral deve devolver os processos para o relator Teori Zavascki, e poderá agir de várias maneiras quanto à possível obstrução da Justiça, que tem relação com os mandados de segurança, mas pode ter relação também com a questão penal.

Vai depender de o Ministério Público formular uma representação, pedir um inquérito. Janot pode dizer que há pelo menos indícios de que houve um crime, e pedir a abertura de um inquérito contra a presidente. Nesse caso, vai dizer se esse novo inquérito vai ter que ficar junto com os que estavam lá em Curitiba com o juiz Moro, ou pode liberar a parte do ex-presidente Lula para Moro.

Ou pode não pedir nada contra a presidente, e liberar o resto referente a Lula para Moro. Até hoje, o ministro Teori Zavascki tem concordado quase que integralmente com as posições do procurador-geral da República, e, pelas manifestações de Rodrigo Janot em pareceres sobre o mesmo assunto, o mais provável é que ele peça a abertura de inquérito contra a presidente Dilma. Os processos contra Lula deverão voltar para a jurisdição do juiz Moro em Curitiba.
Herculano
21/04/2016 11:07
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA

Hoje é feriado. Em Gaspar, para os servidores públicos amanhã também o será, enquanto os pagadores de pesados impostos coletados para a malversação, a corrupção e o roubo dos políticos,bem como da máquina pública criada para servir ao cidadão, vão trabalhar duro.

Então hoje é dia de trabalho duro e amanhã é o dia de revelar o que os nossos políticos empoleirados e agarrados nas tetas tanto temem das terças e sextas-feiras por aqui. Amanhã é dia de coluna inédita Olhando a Maré para o jornal mais antigo, de maior circulação e credibilidade em Gaspar e Ilhota, o Cruzeiro do Vale. Acorda, Gaspar!
Herculano
21/04/2016 11:02
DILMA PÕE INTERESSES PESSOAIS E DO PT ACIMA DO PAÍS, editorial do jornal O Globo

Presidente usa prerrogativa do cargo para, da tribuna da ONU, denunciar um golpe inexistente e, com isso, mancha a imagem do Congresso e do Supremo Tribunal

Em clássico exemplo de ato falho, Dilma deixou escapar que nas eleições se "solta o diabo". Transcorria 2013 e, no ano seguinte, na campanha à reeleição, ela demonstraria na prática o que entendia pelo termo: aprofundou o uso da contabilidade criativa para mascarar o crescente déficit fiscal, pedalou bilhões ao obter crédito disfarçado em banco público e usufruiu da ácida criatividade contra adversários do marqueteiro João Santana, há algum tempo cumprindo temporada na carceragem de Curitiba. E, no final, deu tudo certo. Em termos, porque ganhou a eleição, mas, devido a alguns dos demônios que liberou, enfrenta processo de impeachment, já aprovado na Câmara e em tramitação para ser julgado no Senado.

A presidente continua colocando o diabo à solta. E cada vez mais, com a decisão extemporânea de viajar para Nova York, a fim de participar da solenidade de assinatura do Pacto de Paris, sobre o clima, na sexta, pretexto para aproveitar o palanque internacional e fazer o discurso mentiroso do "golpe".

Assim, Dilma assume a postura de dignitários de "repúblicas bananeiras", tendo um comportamento bizarro perante a diplomacia internacional. Pior: com a própria presidente fazendo ataques à ordem instituída do seu país, contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. Ineditismo absoluto ?" no mau sentido ?" na História do Brasil.

É evidente que o governo e o PT executam uma estratégia de comunicação a fim de passar a sua versão errada do impeachment para a imprensa estrangeira.

Daí as entrevistas coletivas em que Dilma responde apenas a perguntas de jornalistas estrangeiros. Querem desinformar a imprensa internacional, na impossibilidade de fazerem o mesmo com o jornalismo profissional brasileiro.

A tese do "golpe", construída como forma de manter a militância mobilizada, saiu da rua e invadiu o Planalto, por meio dos discursos feitos pela presidente em comícios organizados nos salões do Palácio. E foi adiante até se infiltrar na defesa da presidente, brandida no Congresso e no STF pelo advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo.

Agora, a própria presidente se vale da prerrogativa de ser representante máxima do país em fóruns diplomáticos para usar a tribuna da ONU, de maneira oportunista, a fim de tratar de um problema político pessoal e do seu partido.

A diplomacia brasileira sempre foi respeitada no mundo, pela seriedade e o profissionalismo. Agora é usada de forma rocambolesca. Infelizmente, de tudo isso deverão restar arranhões na imagem das instituições do país perante governos e empresas internacionais.

Ministros do Supremo, como o decano Celso de Mello, já se pronunciam contra esta manobra de comunicação do Planalto.

Ontem, ele foi objetivo: "Até agora, tudo (o processo de impeachment) funcionou em perfeita ordem." Dentro das regras constitucionais.

Mas Dilma e PT parecem acreditar na teoria do nazista Joseph Goebbels de que uma mentira dita mil vezes vira verdade. Mesmo que eles prejudiquem o Brasil.
Herculano
21/04/2016 09:47
A IDEOLOGIA DA CORRUPÇÃO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, para o jornal O Globo

Parte 1

No elenco de financiamentos do BNDES no exterior, destacam-se países carentes de instituições independentes de controle sobre os negócios estatais

Otávio Marques de Azevedo contou a história de um crime em três atos. Cumprindo prisão domiciliar após acordo de delação premiada, o ex-presidente da Andrade Gutierrez expôs, em audiência judicial, na sexta passada, o funcionamento de um esquema de propina ligado às obras da Usina Siderúrgica Nacional da Venezuela. Cada ato tem um protagonista distinto: pela ordem, o então presidente Lula, o glorioso BNDES e João Vaccari Neto, à época tesoureiro do PT. Nos dois atos iniciais, tomados isoladamente, não há crime. Mas a Justiça os investiga à luz do terceiro, que é o grand finale.

O primeiro ato concluiu-se em setembro de 2008, com a assinatura do acordo entre a Andrade Gutierrez e a estatal venezuelana de siderurgia para a construção de um usina no estado de Bolívar orçada em US$ 1,8 bilhão. Pelo acordo, a obra seria financiada pelo BNDES, bancos privados e o governo da Venezuela. Segundo Marques de Azevedo, o triunfo da empreiteira brasileira, que enfrentava concorrentes italianos, decorreu de um acerto entre presidentes: "A Andrade conversou com o Lula, que pediu diretamente ao Hugo Chávez para que olhasse para o Brasil".

O segundo ato consumou-se em dezembro de 2010, quando o BNDES liberou o financiamento de US$ 865,4 milhões para a obra. Entre 2009 e 2013, o Tesouro transferiu mais de R$ 300 bilhões ao BNDES, obtidos por emissão de títulos de dívida pública, assegurando os capitais que converteram o banco público no "melhor banco de investimento do mundo", na frase célebre de Eike Batista. A usina venezuelana era apenas mais uma das inúmeras obras beneficiadas por empréstimos subsidiados na América Latina e na África.

O grand finale deu-se no início de 2011, por meio de um ajuste entre Vaccari e a Andrade Gutierrez, que se comprometeu a repassar ao PT uma propina equivalente a 1% do valor do financiamento do BNDES ?" ou seja, US$ 8,654 milhões. A cobrança da propina não constituiu surpresa: Marques de Azevedo fora comunicado em 2008 pelo então presidente do PT, Ricardo Berzoini, de que a "taxa partidária" de 1% tornava-se uma norma em todos os contratos com o governo, e não apenas nos negócios com a Petrobras.
Herculano
21/04/2016 07:51
DISTRIBUIÇÃO DE TAPAS NA REUNIÃO DA DITRAN

O diretor geral da Ditran, José Lourival Lana, o popular Garoa, aquele que não sabe dirigir veículos automotores e um processo na Justiça tenta apurar responsabilidades por uso indevido de carros do órgão para transportá-lo entre a casa e serviço e casa, fez mais uma daquelas reuniões, onde a sua autoridade, inclusive de conhecimento técnico, não é reconhecida.

Lá pelas tantas, alguém discordou das suas ideias. E teve agente que tomou as dores do chefe e não teve dúvidas. Como não tinha argumentos de convencimento, resolveu impor a ideia do chefe no tapa. Pronto. Mais um rolo e que foi parar na delegacia de polícia. Foi registrado um Boletim de Ocorrência e o agredido já pediu a abertura de um inquérito administrativo interno. A Ditran aparelhada pelo PT, é um poço de problemas internos e na Justiça. Enquanto isso, o trânsito de Gaspar...Vergonha. Acorda, Gaspar!
Herculano
21/04/2016 07:14
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

E hoje é Tiradentes!

Dia Nacional dos Enforcados!

Tiradentes devia ser padroeiro do Brasil. Tá todo mundo com a corda no pescoço.

Eu tenho um amigo que não é Tiradentes, mas tá enforcado nas Casas Bahia!

Rarará!

E Tiradentes? Ninguém mais sabe quem é Tiradentes. Um repórter perguntou prum menino: "Você sabe quem é Tiradentes?". "Sei, Tiradentes é um feriado".

Isso! Tiradentes é um feriado.

E todo ano eu conto essa história porque é emblemática: Tiradentes foi enforcado, esquartejado e salgado porque não pagou impostos.

Se fosse hoje em dia, ele seria enforcado, esquartejado, salgado e passado numa máquina de moer carne. Virava hambúrguer. Virava quibe. Quibe mineiro!
Herculano
21/04/2016 07:09
A ALGEMA QUE AMEAÇA O BRAÇO DIREITO COMPLICA A VIAGEM TRAMADA POR DILMA PARA DENUNCIAR NA ONU O GOLPE QUE NÃO DERRUBA O GOLPEADO NEM CONFISCA SEU PASSAPORTE, Augusto Nunes, de Veja.

O desembarque de Giles Azevedo no noticiário político-policial informa: a taxa de bandidagem alcançada pelo círculo íntimo de Dilma Rousseff já rivaliza com a de qualquer bando de brothers de um chefão do PCC.

O índice tornou a subir na segunda semana de março, quando a melhor amiga (secreta, por imposição do prontuário) Erenice Guerra apareceu boiando no pântano drenado pela delação premiada de Delcídio Amaral. Segundo o senador, a mulher que transformou a Casa Civil num esconderijo de parentes larápios andou fazendo o diabo nas catacumbas da usina de Belo Monte. Promovida a operadora do esquema de propinas, irrigou a campanha de 2014 com R$ 45 milhões.

Dias depois, a devassa das bandalheiras protagonizadas pelo governador mineiro Fernando Pimentel revelou que o mais antigo amigo de Dilma pode perder o mandato bem antes do prazo previsto - já estará no lucro se mantiver o direito de ir e vir. Na semana passada chegou a vez de Gim Argello, conselheiro, confidente e parceiro de caminhadas de Dilma. A Polícia Federal descobriu que o ex-senador do PTB embolsou mais alguns milhões para excluir empreiteiros assustados da lista de depoentes da CPI da Petrobras. A presidente tentou infiltrar no Tribunal de Contas da União. O protegido acabou instalado na traseira de um camburão.

Nesta quarta-feira, informações fornecidas à Operação Lava Jato pela publicitária Danielle Fonteles, dona da agência Pepper, elevaram a lama que inunda o Planalto à linha de cintura de Giles Azevedo, assessor especialíssimo e especializado em missões ultrassecretas. Segundo a revista Isto É, trechos da delação premiada de Danielle detalharam o esquema comandado pelo braço direito presidencial (que nada faz sem a expressa concordância do esquerdo e em obediência ao mesmo neurônio). A usina de dinheiro sujo permitiu à agência receber recursos ilegais que vitaminaram com R$ 58 milhões as campanhas de 2010 e 2014. "Quando o Giles fala, ouço a voz da presidenta", diz um veterano dirigente do PT.

A poucas horas da decolagem rumo a Nova York, Dilma viu engordar a mala de complicações a resolver. Não será fácil explicar, diante dos integrantes da ONU, o que faz por lá a mulher alvejada por um golpe liderado por um vice que, graças à viagem da golpeada, está governando como interino o país representado no exterior pela titular itinerante. Que tipo de golpe é esse que nem sequer derruba o golpeado? Que golpistas são esses que nem se dão ao trabalho de confiscar o passaporte da vítima da violência inconstitucional?

Caso algum jornalista pergunte por Giles, também terá de esclarecer como consegue resistir a tantas tentações sem um único amigo honesto a apoiá-la. Deve ser muito mais difícil que passar a vida inteira num bordel sem perder a virgindade.
Herculano
21/04/2016 06:35
CONSTATAÇÃO

"O PT nunca acatou a democracia como um valor inegociável. Querem a prova? Na oposição, sabota governos; no governo, mobiliza-se para não apear do trono nunca mais. Não reconhece a legitimidade do "outro" nem a alternância do poder", por Reinaldo Azevedo, de Veja.
Herculano
21/04/2016 06:30
TEMER QUER NA FAZENDA NOME PREFERIDO DE LULA, por Josias de Souza

Quando iniciou a temporada de sondagens para compor o ministério do seu hipotético governo, Michel Temer balançava entre dois nomes para a pasta da Fazenda: Armínio Fraga e Henrique Meirelles. O desinteresse de Armínio levou Temer, um presidente da República esperando para acontecer, a concentrar-se em Henrique Meirelles. Programou-se para encontrá-lo nesta sexta-feira (21) ?"dia em que, ironicamente, estará no exercício da Presidência.

A eventual conversão de Meirelles em ministro de Temer comporia um enredo crivado de ironias. "O Lula não terá do que se queixar'', brinca um aliado de Temer. Ex-presidente do Banco Central nos dois mandatos de Lula, Meirelles constava da lista tríplice que o cacique do PT sugeriu como alternativas para a Fazenda no segundo mandato de Dilma. Os outros dois nomes eram Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, e Nelson Barbosa, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda.

Dilma acomodou Nelson Barbosa no Ministério do Planejamento. E convidou Trabuco para a Fazenda. Ele refugou. Mas sugeriu o nome de Joaquim Levy. Embora Levy tivesse auxiliado o comitê eleitoral do tucano Aécio Neves, Dilma aquiesceu, escanteando Meirelles, com quem jamais se deu bem. Nos subterrâneos, Lula virou sócio-atleta do clube dos puxadores de tapete de Levy.

Puxa daqui, puxa dali, Lula voltou a empinar a alternativa Meirelles. Chegou mesmo a sondá-lo. Dilma levou o pé à porta. Pressionada, trocou Levy por Nelson Barbosa, hoje um ministro-zumbi.

Na sucessão presidencial de 2010, quando fabricou a candidatura de Dilma, Lula tentou fazer de Meirelles o segundo da chapa. Estimulou-o a se filiar ao PMDB. A articulação esbarrou em Temer, que queria ser, ele próprio, o candidato a vice na chapa encabeçada por Dilma.

Cavalgando um PMDB dividido, Temer unificou as alas da Câmara e do Senado, impondo-se a Lula como solução incontornável. Preterido, Meirelles migrou para o PSD de Gilberto Kassab.

Nesta sexta, ao dividir com Temer a mesa de refeições, Meirelles talvez passe mal. Deve descartar a hipótese de indigestão. Logo perceberá que é inveja. Se tivesse emplacado na chapa de 2010, Meirelles agora talvez convidasse Temer para ser seu ministro da Justiça.
Herculano
21/04/2016 06:26
Da série: gente encardida. Perder e estar fora do poder é algo impensável. É preciso eliminar quem pensar ou fizer oposição. Uma democracia e dialética muito própria.

CORVOS ALÇAM VOO: ATIRADEIRAS NELES, por Chico Vigilante, maranhense, sindicalista e deputado distrital em Brasília pelo PT

A oposição brasileira é feita de corvos. Na mitologia estes pássaros de plumagem negra são vistos como portadores de maus presságios. Os daqui são piores, desejam e praticam o mal do Brasil.

Sempre fui de esquerda mas a cada dia que passa, como brasileiro, fico mais envergonhado com o comportamento da direita no Brasil.

Tramam, traem e não querem nem mesmo aguardar pelo desfecho do processo de impeachment para tomar o poder e iniciarem o processo de desmonte dos 13 anos de governo petista.

Querem tomar de assalto a presidência, dizer a Dilma o que fazer; dar ordens ao presidente do Senado sobre a tramitação do impeachment na Casa; escolher novos ministros e divulgar seus nomes na grande mídia aliada do golpe.

Eduardo Cunha, o corrupto mor do Brasil, ousou dizer que se Renan não imprimir um ritmo acelerado ao processo no Senado, na Câmara nada de importante para o governo será colocado em votação.

E o Brasil amordaçado. Ninguém demonstra indignação. Cunha, um Ali Baba e seus ladrões, além de comandar um processo de impeachment sem crime, agora quer continuar a ditar as regras no Senado como se a Casa não tivesse comando.

A Nação brasileira está perplexa com a audácia e a criatividade do bando de corvos. O Solidariedade, partido do deputado Paulinho da Força pediu à Justiça Federal que impeça a presidente Dilma de viajar aos EUA para participar da cerimônia de assinatura do Pacto de Paris, na ONU.

Aliados de golpe, o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino, e o senador tucano Cássio Cunha Lima também querem impedir que Dilma vá à ONU porque temem que ela use a tribuna para denunciar ao mundo o golpe.

Quem são estes três que querem impedir que uma presidenta eleita por 54 milhões de votos exerça seu papel constitucional como presidenta do Brasil?

Paulinho virou réu no STF, acusado de desvio de dinheiro do BNDS e a PGR pede sua condenação por crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Pauderney Avelino foi condenado pelo TCE-AM por desvios de R$ 4,6 milhões, e o tucano Cássio Cunha Lima foi cassado quando era governador da Paraíba sob acusação de compra de votos nas eleições de 2006.

São esses homens que estão dando as cartas no Brasil sob os olhos complacentes da Justiça. E querem nos convencer que o juiz Moro é o salvador da pátria que vai acabar com a corrupção no Brasil.

O que Moro está fazendo é levando a falência as grandes construtoras brasileiras, desempregando milhares de trabalhadores, para dar espaço às construtoras americanas.

O que Moro está fazendo é revirando a contabilidade das grandes empresas brasileiras numa busca direcionada de ligação com o PT, Lula e Dilma. As mesmas ligações com os partidos de oposição não importam a Moro porque fogem de sua tese de provar que somente o PT é o mal do Brasil.

Basta de hipocrisia. Dilma deve sim denunciar ao mundo o golpe mascarado de processo legal que a direita brasileira quer fazer passar. Não nos calarão. Vamos resistir nas ruas, gritar aos quatro cantos do Brasil que os fascistas não passarão.
Herculano
21/04/2016 06:11
CONTRAGOLPE DEMOCRÁTICO, por Bolivar Lamounier, cientista político, para o jornal Folha de S. Paulo

Houve golpe? É claro que houve. Em 2010, no plano que urdiu com requinte de profissional, Lula só cometeu um erro: subestimou a incompetência de Dilma Rousseff. E se esqueceu de que a mistura de incompetência com "ideias próprias", como ocorre no caso de Dilma, costuma ser letal.

Em 2014, Lula deve ter ficado aliviado ao saber que sua pupila insistia em continuar na Presidência. Com a economia fazendo água, esperar até 2018 passava a ser um bom negócio.

Reelegê-la não seria problema: os votos, ele mesmo providenciaria, como fizera em 2010; a tarefa de ocultar a real situação da economia, por meio de artifícios publicitários ou de mentiras, pura e simplesmente, João Santana tiraria de letra. Para financiar a campanha, havia o "odebrechtoduto", como hoje todos sabemos, entre outras possibilidades.

Só que, dessa vez, Lula cometeu alguns erros a mais. Não percebendo o alcance das manifestações de 2013, certamente pensou que a sociedade brasileira continuaria, bovinamente, a acreditar em qualquer coisa que ele dissesse.

Desafeiçoado a estudar os problemas do país com a profundidade necessária, não se deu conta de que a situação econômica era catastrófica, com centenas de milhares de trabalhadores adicionados ao rol dos desempregados, muitos com pouca chance de reencontrar trabalho.

Por último, instalado em sua suíte do Golden Tulip, deve ter tido um de seus frequentes surtos de onipotência, certo de que conseguiria comprar os votos necessários para impedir a abertura do processo de impeachment pela Câmara.

Lula subestimou o instinto de sobrevivência e, por que não dizê-lo, os brios dos deputados, a maioria dos quais ele sempre considerou "picaretas". Teve de aprender que o "Diário Oficial" não corrige erros crassos de política econômica, nem serve como bálsamo para insultos e truculências.

A esta altura, o pior erro que Lula e o PT podem cometer é subestimar a contundência da derrota que sofreram. Um Supremo Tribunal Federal com 8 de seus 11 ministros nomeados por ele e Dilma rejeitou recurso indevidamente impetrado pelo advogado-geral da União em sua desesperada tentativa de suspender a votação do último domingo (17).

No plenário, o impeachment teve 367 votos, uma folga de 25 sobre os 342 necessários. Numa coisa, Lula e o PT estavam certos - a praça é do povo, como o céu é do avião; resta saber se, do alto de sua prepotência, aprenderam que o povo é muito maior que eles.

Os 367 votos a favor do impeachment representaram muito mais do que uma dura reprovação à incompetência e às ilegalidades do governo Dilma. Representaram um contragolpe democrático. Ainda não sepultaram a farsa que Lula iniciou em 2010, mas são um passo decisivo nessa direção. A pá de cal será o julgamento no Senado.

A sociedade brasileira precisa urgentemente reencontrar seu eixo: reativar a economia, recriar empregos, livrar-se do sentimento de vergonha que a corrupção da era petista lhe impingiu.

Dilma, o melhor que tem a fazer é renunciar. Entender que sua carreira foi como a viúva Porcina, aquela que foi sem nunca ter sido.

Quanto custou a farsa iniciada em 2010, da qual Dilma, de bom grado, aquiesceu em participar? Quem vai arcar com a fatura? A resposta a essas perguntas, quem as pode dar são os milhões de trabalhadores que ela, com suas alucinações econômicas, jogou na rua da amargura.
Herculano
21/04/2016 06:03
LULA TENTA CONVENCER PT A DESISTIR DE CAMPANHA POR "DIRETAS JÁ", por Mônica Bérgamo, do jornal Folha de S. Paulo

Lula tenta jogar um banho de água fria na discussão interna do PT sobre a possibilidade de o partido erguer a bandeira das "Diretas Já" antes mesmo do fim do julgamento de Dilma Rousseff no Senado. Ele diz que a iniciativa teria que partir da própria presidente. E que, pelo que conhece da petista, ela "dificilmente" concordaria com a ideia.

EM FRENTE
No governo, no entanto, a discussão segue firme, com alguns dos principais ministros tentando convencer Dilma de que as "Diretas Já" dariam a ela o melhor discurso se for afastada em maio para esperar pelo julgamento do impeachment no Senado. De acordo com integrante do PT, ao contrário do que imagina Lula, ela já estaria aceitando conversar sobre o assunto.

EU ACEITO
Pela proposta, Dilma não renunciaria e seguiria clamando por um processo "justo". Mas reconheceria que, diante da crise de governabilidade, só mesmo eleições diretas para recolocar o país no rumo. Para isso, ela aceitaria reduzir o próprio mandato em dois anos, convocando eleições presidenciais para outubro, junto com as municipais.

NA PAREDE
A proposta ainda "emparedaria" Michel Temer, de acordo com um ministro, e uniria os partidos que têm votos e são competitivos para disputar uma eleição presidencial, como a Rede de Marina Silva. Ela aparece empatada tecnicamente com Lula ?"segundo o Datafolha, ambos têm em torno de 20% dos votos, em diferentes cenários. Temer tem 2%.

IDEIA NOSSA
As "Diretas Já" poderiam seduzir ainda setores do PSDB. "Ficaríamos também emparedados, já que sempre defendemos as eleições", diz à coluna um senador tucano.

JÁ ERA
Na reunião em que o tema das eleições foi abordado, com dirigentes e senadores do PT, há alguns dias, Lula ouviu que o impeachment de Dilma já está praticamente sacramentado no Senado.

JÁ ERA 2
"Não há a menor chance de vitória", diz o senador Roberto Requião (PMDB-PR), aliado de primeira hora do PT na batalha contra o impeachment. "A saída é a Dilma convocar as eleições diretas. Ou, ao invés de um plano econômico aprovado pela população, teremos outro feito por banqueiros no gabinete do Temer, que não tem votos."

URNA FECHADA
A proposta enfrentaria polêmica, já que Temer também teria que concordar em abrir mão de anos de mandato. No Senado, aliados dele já combatem a ideia. Num debate sobre o tema, nesta terça (19), a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) dizia estar segura de que a população não está interessada em novas eleições.
Herculano
21/04/2016 05:44
JUSTIÇA DOS EUA QUER DILMA EXPLICANDO 'PETROLÃO', por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Se não tivesse imunidade diplomática, ao desembarcar em Nova York nesta quinta, 21, a presidente Dilma seria chamada a explicar à Justiça americana seu comportamento omisso na presidência do conselho de administração da Petrobras, enquanto ocorria o "petrolão", um dos maiores esquemas de corrupção já vistos no mundo. O Itamaraty teve de atuar para evitar uma saia justa: o indiciamento da presidente, com base nas reformas de regras de Wall Street após a crise de 2008.

COMPRA CRIMINOSA
Justiça dos EUA apura a compra criminosa da refinaria de Pasadena: avaliada em US$ 42,5 milhões, custou US$1,3 bilhão ao Brasil.

ELA SABIA
Depoimentos na Lava Jato, como o ex-diretor Nestor Cerveró, mostram que Dilma sabia da negociata em curso para a compra de Pasadena.

GATUNAGEM
Tramita na Corte Federal de NY uma class action (ação conjunta) de investidores contra prejuízos causados pela gatunagem na Petrobras.

INDENIZAÇÃO
Nessa class action, investidores internacionais exigem da Petrobras indenização total de US$ 98 bi, equivalentes a R$ 350 bilhões.

PRIORIDADE DE TEMER É DEFINIR 5 MINISTROS CAPITAIS
Michel Temer estabeleceu como prioridade a definição dos ministros da Economia, Banco Central, Casa Civil, Defesa e Justiça, confirmando-se sua posse em 12 ou 17 de maio, possíveis datas para o Senado instaurar o processo, obrigando Dilma a se afastar do cargo. Esse grupo de ministros precisa estar pronto para assumir o poder com ele, no mesmo dia. Mas a ideia é tomar posse com todo o novo ministério.

PRIORIDADE ZERO
A maior preocupação de Temer e seu "núcleo duro" são os rumos da economia. Pretendem lançar um plano de recuperação o quanto antes.

NOTÁVEIS
Ainda não há definição, apenas consultas. Murilo Portugal, Henrique Meirelles e Gustavo Franco são fortes para o Ministério da Economia.

BANCO CENTRAL
Para o Banco Central, Temer sonda muitos nomes, incluindo a permanência do atual titular do cargo, Alexandre Tombini.

A VINGANÇA DO ITAMARATY
Deve ser retaliação ao impeachment: o Itamaraty designou Américo Fontenelle para cuidar do relacionamento com o Congresso. Ex-cônsul em Sidney, foi afastado sob acusação de assédio moral e sexual.

DUPLA SERTANEJA
O diplomata Américo Fontenelle fará dupla, na assessoria do Itamaraty no Congresso, com João Carlos Gomes, chamado de "João do Pulo" pelo serpentário pelas supostas "caronas" nas promoções da carreira.


T?" FORA
"Caititu fora de bando vira comida de onça", disse o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), pai do ministro Hélder (Pesca), desembarcando do governo Dilma. E ficando livre a votar pelo impeachment no Senado.

DILMA NA FRIGIDEIRA
Senadores foram chamados ao 4º andar do Planalto para uma reunião com Ricardo Berzoini (Governo) e José Eduardo Cardozo (AGD). Queriam saber a temperatura do impeachment. O governo frita.

AUTOESTIMA É TUDO
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) continua com autoestima elevada. Após garantir que nada faria que manchasse sua reputação, disse que não dará motivos para ser chamado de "canalha".

DESISTÊNCIA
Com suspensão do julgamento no Supremo Tribunal Federal sobre a posse de Lula na Casa Civil, ganha força no PT a recomendação para que o ex-presidente desista do cargo antes de uma negativa do STF.

SAÍDA PREPARADA
Um dia após a aprovação do impeachment na Câmara, a Presidência da República abriu licitação para compra de 15 mil litros de combustível para abastecer a "frota de veículos oficiais" da Segurança Presidencial em... Porto Alegre, terra da presidente Dilma, onde tem casa e família.

ADI?"S, CHICOS
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) ironiza a viagem de Dilma a Nova York. "Ela tenta reescrever a história, fazendo-se de vítima. Talvez seja a última oportunidade de dar tchau à ditadura dos irmãos Castro", diz.

PENSANDO BEM...
...como a imprensa do EUA nunca dá espaço a presidentes de 3º mundo, Dilma vai gastar uma fortuna na viagem a Nova York para ter seu discurso que só vai repercutir... no Brasil.
Herculano
21/04/2016 05:37
GOLPE NA ONU, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Se não voltar atrás em mais uma atitude mal concebida na solidão do Planalto, a presidente Dilma Rousseff (PT) embarcará para Nova York com uma péssima ideia na bagagem: denunciar na ONU o suposto golpe de Estado representado pelo processo de impeachment.

Em seu bunker palaciano, a presidente parece alimentar a convicção esdrúxula de que a imprensa internacional estaria propensa a apoiá-la. É um equívoco. Há de tudo entre os vários comentários publicados sobre o impedimento.

Mesmo se estivesse certa, ainda seria um ato irresponsável. A Presidência não é de Dilma, nem do PT, mas da República. Toca a quem a ocupa zelar por seu bom conceito aqui e alhures, e não solapá-lo.

Não há reparos a fazer ao processo de impeachment, até aqui, do ponto de vista institucional. Se não faltam figuras políticas lamentáveis na sua condução, cabe assinalar que são representantes eleitos de forma tão democrática quanto o foi a própria presidente.

De resto, os parlamentares não procedem de modo arbitrário neste julgamento político. Avançam dentro dos parâmetros legais e sob controle do Supremo Tribunal Federal.

Pode-se questionar, como fez esta Folha, se as chamadas pedaladas fiscais constituem motivo suficiente para o impeachment. Não se pode negar, entretanto, que a prática figura entre os crimes de responsabilidade descritos em lei, nem que os deputados detêm autorização constitucional para emitir juízo sobre o assunto.

Está portanto alicerçado em boas razões o ministro Celso de Mello, decano do Supremo, quando emite sua opinião sobre o plano de Dilma na ONU: "É um grande equívoco reduzir-se o procedimento constitucional de impeachment à figura do golpe de Estado."

Nas Nações Unidas, a presidente colherá quando muito apoios de aliados latino-americanos de menor envergadura, como Evo Morales. Seria imprudência Dilma entusiasmar-se com as manifestações impensadas dos secretários-gerais da OEA, Luis Almagro, e da Unasul, Ernesto Samper. É improvável que suas organizações as chancelem.

O restante dos presentes à cerimônia de assinatura do Acordo de Paris decerto tomarão como insólita (se não oportunista) a tática de instrumentalizar uma reunião sobre mudança do clima para fazer propaganda dirigida ao público brasileiro e, pior, em causa própria, não no interesse nacional.

Com o mau passo, Dilma Rousseff apenas abalará mais um pouco, em seu desleixo diplomático, a imagem do Brasil como democracia funcional e estável, reconstruída a duras penas por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Herculano
20/04/2016 19:04
O DIAGNOSTICO ESTÁ CORRETO. MAS AGORA GOVERNAR COM ESSA CACALHADA... NÃO FALTA NEM TALENTO NEM PROGRAMA, FALTA É GOVERNO, DIZ TEMER A DELFIM

Conteúdo da Folha. Texto de Valdo Cruz, da sucursal de Brasília. Em almoço com o ex-ministro Delfim Netto, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) disse que, neste momento do país, não faltam nem talentos nem bons programas para solucionar a atual crise econômica, o que falta é um governo para executar a melhor saída.

Delfim almoçou com Temer, acompanhado do senador Romero Jucá (PMDB-RR), para discutir um diagnóstico e as medidas necessárias para o país sair da recessão e voltar a crescer.

"O Temer está com a avaliação correta. Ele me disse que não há nem escassez de talentos para comandar a equipe econômica nem falta de um bom diagnóstico, o que falta neste momento é governo, é organização política", afirmou o ex-ministro à Folha.

Nesta linha, o vice-presidente disse a Delfim estar se reunindo com economistas e ouvindo sugestões de nomes e medidas, mas sua principal preocupação neste momento é garantir uma base aliada e uma sustentação política para fazer um bom governo.

Segundo Delfim, o peemedebista disse tem a avaliação de que o principal problema do governo Dilma foi a falta de sustentação política e que, sem ela, não adianta ter um bom programa.

"O diagnóstico dele está corretíssimo. Se houver uma boa organização política, você nem precisa de um gênio na economia para resolver os problemas. Agora, se não tiver, você pode até ter um gênio na equipe que não tem jeito", afirmou o ex-ministro, que atuou como conselheiro do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, mas se afastou da petista por avaliar que ela optou por um caminho na economia que só fez aprofundar a atual crise.

Sobre nomes para comandar a equipe econômica, Delfim Netto disse que este não foi o principal tema do almoço e que Michel Temer nem chegou a tratar diretamente do assunto. "Ele tem ouvido múltiplas sugestões de nomes tanto do sindicato dos amigos como dos inimigos íntimos", brincou Delfim, dizendo que ele vai escolher o nome na hora certa.
Ana Amélia que não é Lemos
20/04/2016 18:01
Sr. Herculano:

Gostaria que o vereador do meu bairro pensasse com a espiritualidade de Paulo Filippus.
Mas infelizmente, o atabalhoado asqueroso só olha para a sua circunferência abdominal proeminentemente adiposa.
Herculano
20/04/2016 17:27
STF MANTÉM LULA NAS TREVAS DO QUARTO DE HOTEL, por Josias de Souza

Ao adiar o julgamento sobre a legalidade da nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil, o Supremo Tribunal Federal adicionou humilhação ao drama do cacique do PT. Na prática, Lula foi, por assim dizer, aprisionado na condição de ministro-chefe do quarto de hotel. Permanecerá como articulador das trevas por tempo indeterminado.

Dilma estava esperançosa de ter o criador, finalmente, despachando no gabinete do andar de cima. Mas, por mal dos pecados, o STF sinalizou que a esperança às vezes é a última que mata. Enviado à UTI pelo voto dos 367 deputados que deflagraram o processo de impeachment, o governo pode morrer antes que Lula tenha a oportunidade de assumir a Casa Civil.

Num dos grampos telefônicos que o juiz Sérgio Moro jogou no ventilador do PT, Lula disse para Dilma: "Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, nós temos um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado, um Parlamento totalmente acovardado. [?] Nós temos um presidente da Câmara fodido, um presidente do Senado fodido. Não sei quantos parlamentares ameaçados. E fica todo mundo no compasso de que vai acontecer um milagre e vai todo mundo se salvar. Sinceramente, eu tô assustado com a República de Curitiba."

Hoje, a covardia do Supremo estica o calvário, o Parlamento acovardado administra o funeral, o fodido presidente da Câmara toca a marcha fúnebre, o comandante fodido do Senado cava a sepultura e "os parlamentares ameaçados" na Lava Jato levam as mãos à última pá de cal.

Se quisesse, Lula poderia abandonar facilmente a condição de articulador aprisionado. Bastaria que renunciasse ao cargo que a liminar do ministro Gilmar Mendes o impediu de assumir. Nessa hipótese, porém, ele voltaria a ficar ao alcance da caneta do doutor Moro. Talvez prefira ficar preso no escurinho dos fundões do hotel brasiliense a ter de enfrentar os rigores da República de Curitiba.
Herculano
20/04/2016 13:34
A DILMA QUE HOJE ATACA AS INSTITUIÇÕES É A MESMA QUE PERTENCEU A ORGANIZAÇÕES TERRORISTAS.ENQUANTO NÃO FOR DEPOSTA, ESTA SENHORA É CHEFE DE GOVERNO E DE ESTADO E TEM SE COMPORTAR COM MAIS COMPOSTURA, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Coitada da ainda presidente Dilma Rousseff! Antes, ela não juntava lé com cré. Com o passar do tempo, passou a não juntar cré com lé. Não é só o PT que decidiu sabotar o país. Também ela se dedica a esse nobre mister. Vou insistir nesta tecla: esta senhora está cometendo novos crimes de responsabilidade. Ao insistir que o processo de impeachment é golpe, atenta contra seis dos sete Incisos do Artigo 85 da Constituição.

Na segunda, ela concedeu uma quase-entrevista a jornalistas brasileiros; nesta terça, foi a vez de a imprensa estrangeira ser contemplada com seu fino pensamento. Entre outras delicadezas, disse isto:
"O Brasil tem um veio que é adormecido, um veio golpista adormecido. Se acompanharmos a trajetória dos presidentes do meu país, a partir de Getúlio Vargas, vamos ver que o impeachment sistematicamente se tornou instrumento contra os presidentes eleitos".

É um disparate típico da ignorância. De qual Getúlio está a falar? O da primeira fase, por exemplo, deu dois golpes: o de 1930 - que a esquerda passou a chamar "revolução" - e o de 1937. Como o ditador é herói dos companheiros, ela certamente se refere ao segundo, que acabou dando um tiro no próprio peito por vontade - ninguém a tanto o obrigou - e como desdobramento da própria incapacidade de conviver com a democracia. Mas, de novo, foi socorrido pelos historiadores de esquerda, e só seus adversários passaram para a história como golpistas.

Ainda hoje, a mistificação triunfante pretende enxergar duas linhas de continuidade no país, que estariam em constante choque: a do suposto golpismo udenista e a do suposto progressismo que seria caudatário justamente do getulismo - embora Getúlio tenha sido o mais feroz ditador da República. Um dia será preciso libertar também a historiografia do cerco da empulhação.

Veio adormecido do golpismo? O PT denunciou Itamar Franco e FHC por crime de responsabilidade. Isso é apenas um fato. E não o fez porque convicto de que tivessem mesmo violado a Constituição. Era só parte da luta política. Era só coisa de golpista. É o mesmo espírito que levou o partido a se negar a reconhecer a Constituição de 1988; a se opor à Lei de Responsabilidade Fiscal; a combater as privatizações; a pôr a tropa na rua contra a reforma da Previdência ?" isso tudo quando estava na oposição e procurava inviabilizar o governo alheio.

Na situação, o PT foi protagonista do mensalão, do dossiê dos aloprados de 2006, do dossiê dos aloprados de 2010 e do petrolão. O primeiro e o quarto escândalos ?" que são praticamente um só em tempos diferentes - representam um assalto à institucionalidade propriamente. É o modo como o PT entende a gerência do estado brasileiro. Os outros dois são práticas asquerosas que buscam fraudar a vontade das urnas.

E é Dilma que anuncia ao mundo o chamado "veio golpista"? A propósito: e as vezes em que as esquerdas recorreram às armas no Brasil, inclusive as organizações terroristas às quais Dilma serviu? Estávamos ou não diante do tal "veio"? Ou será que almas golpistas são apenas aquelas que se opõem a Dilma?

Sejamos mais específicos: a má Dilma do passado ainda está na Dilma do presente. A ditadura tornava pardos todos os gatos. Agora, cada gato é visto por aquilo que é. E Dilma, dado o seu discurso, continua a odiar a democracia.
Herculano
20/04/2016 13:12
CUNHA ARTICULA A REJEIÇÃO DE PROPOSTAS DE DILMA, por
Josias de Souza

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, articula com os líderes dos partidos pró-impeachment a rejeição de medidas provisórias e projetos enviados ao Congresso por Dilma Rousseff. Faz isso para pressionar por uma decisão rápida do Senado sobre a saída da presidente da República.

Em privado, Cunha acusa o presidente do Senado, Renan Calheiros, de retardar deliberadamente a deposição de Dilma. Insinua que o senador opera a serviço do Planalto. Em público, Cunha declarou: "Se a Câmara aprovou por 367 votos a autorização para o processo que implica no afastamento da presidente, não há nenhuma condição de negociar qualquer coisa ou analisar qualquer projeto do governo nesta Casa, a não ser para derrubar."

A pauta do plenário da Câmara está apinhada de proposições de Dilma. A fila inclui quatro medidas provisórias. Uma delas cria um seguro de crédito para as exportações. Outra destina ao pagamento da dívida pública o dinheiro recebido pelo BNDES como pagamento de empréstimos feitos com verbas do Tesouro.

A terceira carrega dois temas de grande interesse: ampliação do prazo para o financiamento da compra de caminhões; e liberação de crédito para produtores nordestinos que foram à breca por causa da seca. A última medida provisória abre um crédito extraordinário de R$ 316 milhões em favor do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

A pauta do plenário da Câmara está apinhada de proposições de Dilma. A fila inclui quatro medidas provisórias. Uma delas cria um seguro de crédito para as exportações. Outra destina ao pagamento da dívida pública o dinheiro recebido pelo BNDES como resgate de empréstimos feitos com verbas do Tesouro.

A terceira medida provisória carrega dois temas de grande apelo econômico e até eleitoral: ampliação do prazo para o financiamento para compra de caminhões; e liberação de novos financiamento para produtores que foram à breca por causa da seca. A última MP já incluída na pauta abre um crédito extraordinário de R$ 316 milhões em favor do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Há mais e pior: o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) espera que Câmara e Senado marquem uma sessão do Congresso para aprovar a revisão da meta fiscal de 2016, já estourada. Se essa matéria não for apreciada até 22 de maio, o governo terá de fazer um corte cavalar em seus gastos. Coisa de parar a máquina. "É mais uma razão para o Senado votar rapidamente" o impeachment, dá de ombros Cunha.
Herculano
20/04/2016 11:13
DEPOIS DA PORTA ARROMBADA, COM A NOTÍCIA QUE VAROU O BRASIL DO ABUSO SEXUAL EM UMA DE SUAS CRECHES, A PREFEITURA PETISTA DE GASPAR ANUNCIA A PRIMEIRA SEMANA MUNICIPAL "TODOS CONTRA A PEDOFILIA"

A Prefeitura de Gaspar realiza entre os dias 12 a 18 de maio a 1ª Semana Municipal Todos Contra a Pedofilia. O evento será promovido pelas secretarias de Assistência Social, Educação e Saúde e contará com palestras, apresentações de serviços e protocolos e encerramento com apresentação da carta de intenções.

A programação do evento conta com debates e discussões sobre o combate e prevenção de abuso e exploração sexual no município. As principais temáticas serão voltadas para as políticas existentes e a interação entre as secretarias da rede municipal.

O Congresso Nacional decretou no ano de 2000 o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em Gaspar a Semana Municipal Todos Contra a Pedofilia foi sancionada pelo prefeito municipal, Pedro Celso Zuchi, em agosto de 2015 e tem o objetivo de conscientizar a população sobre a necessidade de uma conduta lícita, respeitosa e humana a fim de que a sociedade possa conhecer melhor o assunto e debater sobre iniciativas de combate ao crime de pedofilia.

Movimento Todos Contra a Pedofilia
Todos Contra a Pedofilia é um movimento nacional que surgiu no ano de 2008 pelo trabalho do Promotor de Justiça do Estado de Minas Gerais, Carlos José e Silva Fortes, um dos coordenadores da campanha "Todos contra a Pedofilia" no Brasil e palestrante em diversos simpósios, encontros, congressos, universidades, escolas e empresas do país. O movimento ganhou projeção em outros estados do Brasil a partir da CPI da Pedofilia em 2009.
Herculano
20/04/2016 08:57
MONTAIGNE: PARA UM SENTIDO DA HISTORIA, por Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul, e ex-ministro da Justiça e Educação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Parte 1

Não posso falar das qualidades morais e políticas da deputada Raquel Muniz (PSD MG), nem do seu marido, prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz. Como estamos assistindo vários procedimento de "exceção", no campo penal, seria desleal precipitar um juízo sobre estas duas figuras, que no seu provincianismo explícito, na hora do voto "contra a corrupção" proferido pela deputada, viriam a se tornar -ainda que de maneira efêmera- duas figuras nacionais. Interessa mais o símbolo político que eles constituem -tenha ou não o Prefeito cometido os delitos que lhe imputam- do que propriamente o episódio personalizado. Mas o episódio é emblemático, para entendermos o que está correndo hoje no nosso amado país.

O que especialmente não se tratou nos debates da Câmara sobre o impedimento da Presidenta, foi da existência ou não de "crime de responsabilidade". As longas dedicatórias de voto, feitas pelos deputados que assumiram derrubar a Presidenta Dilma, partiam sobretudo de uma vocação moralizadora que os parlamentares exibiam ao país: o seu amor à família e as suas cidades de origem. Foi um longo desfile de primitivismo político, irresponsabilidade histórica e exibição de decadência do atual sistema político. Ao invés do julgamento da aceitação (ou não), de que há (ou não), crime de responsabilidade a ser julgado pelo Senado, os deputados votavam "para regenerar o Brasil da corrupção", para "salvar as suas famílias" e retomar o "crescimento e o emprego." Tratava-se da pretensa eleição indireta de um Presidente da República, para substituir uma Presidenta eleita diretamente. Um atalho. Não um processo regular de "impeachment".

Ao longo dos últimos dezoito meses, a ampla maioria da mídia tradicional do país, de maneira dolosa, desta vez de forma sistemática e planejada -não de maneira espontânea e desorganizada como até então- vem incutindo na cabeça do distinto público, quatro mentiras básicas, sobre a conjuntura política do país, aproveitando, de uma parte, a adesão do PT aos critérios de governabilidade tradicionais da política nacional e, de outra, as reais ou fictícias ilegalidades, cometidas por próceres ou aliados do Partido, no contexto das disputas eleitorais. Eis as quatro mentiras básicas: o PT corrompeu a democracia brasileira; a maioria dos políticos, especialmente do PT e do seu campo aliado, são corruptos e venais; removendo o PT começaremos a resolver os problemas nacionais; qualquer um, menos Dilma, é melhor para sairmos da enrascada da crise; o PT aparelhou o Estado.

Desnecessário dizer a mentalidade de sabujice política e de temor reverencial, que esta campanha causou num amplo espectro de deputados -por medo de serem justa ou injustamente "julgados" pelo oligopólio midiático ou por mero oportunismo político - promovendo a ideologia salvacionista e farisaica, que resultou na aceitação do processo de impedimento da presidenta Dilma. Para que isso pudesse acontecer, foi necessário que a parte mais decomposta do PMDB -falo aqui em termos políticos- transitasse rapidamente para "traição" e formasse, com a direita conservadora (Heráclito, Agripino, Bolsonaro), um grande bloco em defesa da moral e dos bons costumes, na Política, para tentar eleger Temer, de forma indireta, à Presidência da República, a depender da posição que será assumida pelo Senado Federal.

Sobre as quatro mentiras: a corrupção no país não foi iniciada nem aumentada pelo PT e acompanha a formação do Estado Nacional, como ocorreu e ocorre em qualquer país; parte -apenas parte, repito- de todos os partidos e também do PT, se integraram neste processo e o destaque, no último período, veio de parte do PMDB, do DEM e do PP, unidos agora para eleger Temer; remover o PT do Governo, neste momento, pelo atalho institucional do "impeachment" forjado, agrava os problemas nacionais, porque Temer -se confirmado pelo Senado- terá muito menos legitimidade para governar do que a Presidenta Dilma; o PT não só não "aparelhou" o Estado, como está sofrendo pesadamente os efeitos deste "não aparelhamento", pois os órgãos de controle e investigação, que sempre foram lenientes nos Governos FHC, estão investigando e "controlando" livremente e o fazem, com atenção especial ao PT.
Herculano
20/04/2016 08:56
MONTAIGNE: PARA UM SENTIDO DA HISTORIA, por Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul, e ex-ministro da Justiça e Educação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Parte 2

Popper, dizia que a história não tem sentido, mas nada nos impede de dar a ela um sentido. Bobbio, acreditou que as boas "regras do jogo" podem orientar melhor este sentido. Marx, profetizava que as "determinações econômicas" deveriam ser entendidas para que os sujeitos pudessem orientá-la, da melhor forma possível. Parece que a grande mídia, que vem pautando, tanto um sentido para crise política (a culpa é do PT, de Lula, da esquerda), que vem legitimando regras do jogo de "exceção" (com o endeusamento explícito da jurisdição de exceção do Juiz Moro) e que vem utilizando as determinações econômicas da crise financeira global (piorando-a com a sua propagação interna pessimista), entendeu, na plenitude, o seu papel dirigente: liquidar a política como espaço do contraditório democrático racional, para oferecer aos políticos submissos ou temerosos, o papel de sujeitos da irracionalidade autoritária.

O resultado está simbolizado pelo episódio da deputada Raquel e do seu marido, que justa ou injustamente foram escolhidos pelo acaso para a revelação emblemática: a partir de agora vocês não serão mais incensados, todos os nossos esforços -está pensando a coalização liberal-midiática- serão destinados a cortejar, orientar e modelar, Temer e seu grupo, que talvez tenham o maior número de contas a acertar perante a nossa Justiça Penal. Se assumir, Temer terá legitimidade zero, que só será conseguida pelo artificialismo da criação de um país ilusório gerado pelo Jornal Nacional, mas nas ruas, nas universidades, nas fábricas, na juventude, no campo, junto inclusive a setores empresariais que dependem do mercado interno e dos investimentos públicos -que será ainda mais asfixiado do que está- é que se estará gestando o novo Brasil.

Cabe aos setores mais corajosos e racionais da esquerda democrática do país, começarem a "concertar" um novo bloco social e político -com um programa ousado de mudanças, no sistema político, no funcionamento do Estado, no reforço legal e legítimo do combate à corrupção, na democratização das decisões para compor políticas públicas, numa nova regulação democrática da mídia, na soberania alimentar- para nos contrapormos com luz e clareza aos momentos duros que vem por aí. Se bloquearmos o "impeachment", a coalizão liberal-midiática vai continuar impedindo Dilma de governar e se Temer assumir teremos o Governo da mídia, combinado com a pior parte do que cevamos no nosso próprio Governo. Se esta última hipótese ocorrer, precisamos criar uma ampla maioria social e política, centrada numa única exigência comum: eleições gerais, ainda este ano, para legitimar o poder político no Brasil e fazer a Constituição de 88 retomar seu império sobre a vida pública.



Lembro-me de uma sentença de Montaigne, um admirador do cotidiano, um realista sóbrio, a quem sempre procuro me reportar em momentos de dúvida: "uma parte da nossa vida consiste em insanidade e a outra em sabedoria". Creio que, neste período que vivemos, a maior parte da insanidade já foi cumprida pelos movimentos liberais-midiáticos, que seduziram uma boa parte da nossa classe média para uma aventura golpista. A sabedoria -em maior ou menor grau- está em todos os lados e em todas as classes, Não é resultado da sabedoria, porém, -se foi verdadeiro o ânimo de luta contra a corrupção que embalou certos movimentos- deixar o Governo nas mãos dos grupos políticos mais plenamente identificados com ela. Para o bem e para o mal, os que chegariam ao poder com Temer, sairiam de dentro do próprio Governo impugnado. É o momento da História em que a ironia supera a tragédia. Só uma nova eleição, nesta hipótese, colocará novamente a nossa democracia nos trilhos.
Herculano
20/04/2016 08:19
BOLIVARIANOS E DILMA SE ISOLAM, NA FARSA DO "GOLPE", editorial do jornal O Globo

PT e governo conseguiram propagar a ideia de uma ruptura de ordem institucional, num ato típico de governos chavistas quando são confrontados dentro da Lei

Numa ação típica de "agitprop", agitação e propaganda, o PT disseminou a ideia de que haveria um "golpe" em andamento no Brasil, sob o disfarce de um processo de impeachment. Disciplinada, a militância foi em frente.

Inclusive um diplomata, ministro Milton Rondó Filho, lotado na Secretaria de Estado de Relações Exteriores do Itamaraty, posto estratégico. De lá, ele difundiu o alerta do "golpe" pelo mundo. Depois, devidamente desmentido. É no mínimo curioso que Rondó trabalhe na parte internacional do Fome Zero (!?), algo extravagante no Itamaraty. Coisas do aparelhamento.

Mas, pelo menos na militância, o "golpe" fantasioso se espalhou. Depois, teria na própria presidente Dilma ardorosa propagadora, e passaria a fazer parte da tese de defesa dela, com a qual o ex-ministro da Justiça e ex-deputado petista José Eduardo Cardozo, transferido para a Advocacia Geral da União, já esgrimiu na Câmara e no Supremo Tribunal, mas sem sucesso.

O governo lulopetista segue o padrão de regimes bolivarianos ainda espalhados pelo continente, os quais ao primeiro sinal de fortalecimento da oposição - dentro da Lei - denunciam "golpe".

Nenhuma novidade, portanto, que os atuais cabeças desses governos - Evo Morales (Bolívia), Nicolás Maduro (Venezuela) e Rafael Correa (Equador) - repitam a cantilena do "golpe". Já os governos, equilibrados, de Argentina (agora), Chile, Peru e Colômbia agem dentro das normas universais da diplomacia. Não comentam assuntos internos brasileiros. Até porque nada acontece fora da ordem institucional. Dilma e companheiros estão isolados na fantasia golpista.

Isso acontece a poucos dias de uma cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), organismo inventado por Lula e Hugo Chávez para se contrapor aos Estados Unidos, o "Império". Lá deverá ocorrer uma catarse bolivariana de apoio a Dilma.

A denúncia do "golpe" já entrara no Planalto, por meio dos comícios que a presidente e o PT promoveram nos salões do Palácio. Derrotada na Câmara, no domingo, o discurso padrão voltou no primeiro pronunciamento e rápida entrevista concedida por Dilma, na segunda.

Retornou ao cantochão do "golpe", o que já fizera em entrevistas à imprensa estrangeira. Ela tem toda a liberdade de falar o que quiser, mas ao propagar mentiras sobre a situação institucional do país incorre em grave erro, porque se trata da presidente manchando, de maneira deliberada, a imagem no exterior da própria República.

Golpe com a participação do Supremo, no Brasil, seria candidato a entrar no Guinness, no quesito bizarrice. Assim como a repetição de que teve "54 milhões de votos" também é oca. Como está previsto na Carta, com mais votos ou menos, o chefe do Executivo pode ser denunciado e impedido, sem macular o estado democrático de direito. Aliás, o impeachment é um instrumento muito conhecido do PT, que o acionou várias vezes no passado.

Enquanto luta pelo que considera direitos seus, pelas vias legais, a presidente deve é governar para que, seja qual for o desfecho do processo no Senado, o país volte o mais rapidamente possível à normalidade.
Herculano
20/04/2016 08:11
ADIANDO O INEVITÁVEL, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Renan tenta adiar a inevitável derrota de Dilma. Todas as manobras, no limite da legalidade, utilizadas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, têm, tudo indica, a finalidade de ganhar tempo para encontrar uma saída que prolongue a permanência da presidente Dilma à frente do governo. Uma tarefa quase impossível a esta altura, pois já existe um grupo de 47 senadores declarados a favor do seu afastamento, seis a mais do que o mínimo necessário.

O senador Renan Calheiros tenta vender uma imagem de imparcialidade neste momento, mas qualquer movimento da direção do Senado que alargue os prazos regimentais, mesmo sob a alegação de que está preservando o respeito às normas regimentais para evitar acusação de nulidade no Supremo, beneficia o governo que está sendo processado.

Além do mais, adiando uma definição o Senado está colaborando para ampliar a paralisia no país, pois ninguém se decide a investir sem saber quem estará à frente do governo nos próximos meses e anos.

Mas o julgamento de hoje do Supremo Tribunal Federal pode dar um fôlego a esse grupo que tenta se manter no poder a qualquer custo. Se o ex-presidente Lula for autorizado pelo STF a assumir a chefia da Casa Civil, uma nova onda de negociações será aberta imediatamente, agora com Lula ocupando o gabinete mais importante do Palácio do Planalto.

Como naquela célebre frase do então primeiro-ministro Tancredo Neves, que recusou a cabeceira da mesa de reuniões oferecida a ele por um ministro afirmando que "a cabeceira é onde estou sentado", também o gabinete mais importante do Planalto passará a ser o de Lula, para onde todas as expectativas se voltarão.

O ex-presidente sabe que, se o Senado aprovar a admissibilidade do processo de impeachment, dificilmente ao fim do julgamento deixará de condenar a presidente Dilma. Um novo governo estará em exercício pleno, e a realidade se encarregará de tornar fato consumado o afastamento da presidente.

Portanto, Lula terá cerca de 20 dias para tentar reverter os votos no Senado, para que o processo contra Dilma não vá a julgamento. Tudo dependerá também da situação em que Lula chegará à Casa Civil.

Se prevalecer a proposta de permitir-lhe assumir como ministro, mas sem a blindagem do foro privilegiado, o ex-presidente estará exposto a um processo do juiz Sérgio Moro mesmo no exercício do cargo ministerial, o que lhe tiraria o peso político nas negociações.

Se, no revés total, o Supremo não permitir que assuma uma posição no Ministério da presidente Dilma, o jogo estará simbolicamente encerrado.

Há também outra razão por trás da procrastinação da decisão, que o senador Renan poderia impor legalmente, indicando ontem mesmo os membros da comissão que os partidos não se dispusessem a nomear: a tentativa de criar um ambiente para a discussão da proposta de emenda constitucional que convoca eleições gerais para este ano.

Os senadores João Capiberibe, do PSB, e Walter Pinheiro, sem partido, alguns dos autores da proposta, discursaram sobre o tema ontem e receberam o apoio de Renan. Essa mudança constitucional, sim, pode ser classificada de golpista, pois para que ela seja minimamente viável pelo menos o vice-presidente Michel Temer teria que aceitar renunciar, sem falar no resto da cadeia sucessória.

Também o senador Eunício de Oliveira colaborou com o adiamento da decisão, pois não indicou os membros do PMDB na comissão, agindo em conjunto com o PT, que liderou a tentativa bem-sucedida de atrasar a formação da comissão.

Conseguiram, no entanto, ganhar apenas menos de uma semana nesse processo, e nada indica que nesse curto período haverá alguma modificação na tendência majoritária do Senado.
Herculano
20/04/2016 07:18
ENCARDIDA

A presidente Dilma Vana Rousseff, com um mantra desenhado pelo PT e que não serve para mais nada, a não ser o de construir uma falsa narrativa histórica, continua com o discurso insustentável de que a sua saída via o impeachment, é um golpe.

1. O Supremo Tribunal Federal já disse que não é golpe. Legal e juridicamente está desmentido o mantra e o falso discurso.

2. A admissibilidade do impeachment se deu pelos procedimentos legais estabelecidos pelo poder Legislativo (a Câmara Federal), o que representa a nação. Então legitimamente está desmentido. Não é golpe.

3. Agora, sem ter o que falar e para quem reclamar para reverter o que se conduz para o inevitável afastamento, Dilma e o PT inventam que o impeachment só está acontecendo porque ela é mulher.

Baixaria que só o PT e outros do gêneros são capazes de produzir para enganar analfabetos, ignorantes, desinformados, dependentes e inflar os fanáticos. O impeachment de Dilma, a mulher, teve votos de admissibilidade da maioria das mulheres na Câmara. Então...

4. Finalmente. A quase ex-presidente Dilma e o PT alegam que todo este processo fere a Constituição. Mas foi o PT quem pediu o impeachment de Fernando Collor de Mello (e conseguiu) e de Fernando Henrique Cardoso (e não conseguiu). E não era golpe. Era legítimo. tinha previsão legal e constitucional.

E para os que não se lembra da história. O PT não aprovou a Constituição que tanto evoca agora para classificar o impeachment de golpe. Só a assinou numa reunião apartada promovida por Ulisses Guimarães, PMDB. Quase ficou fora da história. Mas, nas anotações laterais desta mesma história, está lá que não a quis a Carta Magna feita democraticamente por uma maioria.
Herculano
20/04/2016 06:42
E AGORA, MICHEL, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central

E agora, Michel? A festa acabou, a luz apagou, a presidente se foi e o Brasil caiu no teu colo... E agora, Michel?

Depois de anos de maus-tratos, cabe agora ao vice-presidente achar uma saída para a armadilha em que o país foi colocado por uma administração particularmente inepta, num país em que inépcia não chega a ser uma raridade (as paredes da sala de reuniões do Conselho Monetário Nacional, decoradas com retratos dos ministros da Fazenda, são um triste testemunho disso).

A agenda é extensa. Para começar, enquanto o setor público registra hoje um deficit primário próximo a 2% do PIB (cerca de R$ 130 bilhões a preços de fevereiro de 2016), um cálculo conservador sugere que, para impedir que a dívida pública continue a crescer, seria necessário gerar um superavit primário também da ordem de 2% do PIB (e isso em condições bem mais favoráveis do que as que prevalecem hoje). Falamos, assim, de um ajuste fiscal necessário em torno de R$ 250 bilhões a R$ 300 bilhões.

Obviamente ninguém espera que qualquer governo seja capaz de promover um ajuste dessa magnitude num período curto. Mesmo governos que fizeram correções consideráveis nas contas públicas não chegaram sequer perto desse valor.

Entre o final de 1998 e o começo de 2001, por exemplo, registrou-se (a preços de fevereiro) uma melhora pouco superior a R$ 110 bilhões (do quais o governo federal contribuiu com menos da metade).

Já entre o final de 2002 e o final de 2004, houve melhora de R$ 27 bilhões (dos quais R$ 25 bilhões do governo federal). Em ambos os casos, note-se, o aumento da receita desempenhou o papel central.

Em contraste, hoje o orçamento federal se encontra ainda mais engessado, com mais de 90% das despesas já devidamente contratadas antes do começo do ano fiscal, enquanto o espaço para aumento das receitas é muito menor do que no passado.

Não há saída convencional para o problema que não passe, portanto, por reformas profundas, da questão previdenciária (idade mínima, regimes especiais, etc.) às vinculações orçamentárias, todas da alçada do Congresso Nacional.

À parte essa tarefa, por si gigantesca, há ainda muito que reformar no país. Uma lista (incompleta) incluiria:

a) mudanças trabalhistas, permitindo que acordos voluntários entre as partes se sobrepusessem à lei; b) reforço à competição, tanto doméstica quanto internacional, para estimular o crescimento da produtividade; c) reforma tributária, no mínimo reduzindo os impostos sobre valor adicionado a apenas dois (um IVA federal, outro estadual), com simplificação de alíquotas e cobrança no destino; d) alteração no regime de concessões, estimulando a concorrência, entre outras tantas.

A conclusão não poderia ser mais óbvia: em que pese a reação eufórica, e até certo ponto justificada, do mercado à deposição da "presidenta incompetenta", parece haver um claro exagero quanto ao que se espera do novo governo. Tirar o bode da sala ajuda, mas está longe de resolver o problema.

Finalizo com um apelo pleno de rancor: por favor, mantenham Alexandre Pombini, perdão, Tombini no BC. Ele não precisa sequer votar no Copom, mesmo porque não ajudaria, mas teria imensa satisfação pessoal de vê-lo assinar mais uma carta explicando novo descumprimento da meta para a inflação.
Sidnei Luis Reinert
20/04/2016 06:08
Dilma comprou o PR por 50,5 milhões de reais

Brasil 19.04.16 13:54
Dilma Rousseff, na segunda-feira, mandou liberar 50,5 milhões de reais em emendas parlamentares de deputados do PR que, no dia anterior, votaram contra o impeachment.

A lista foi obtida pelo Estadão:

- José Rocha, da Bahia, ganhou 19 milhões de reais.

- Vicentinho Júnior, do Tocantins, ganhou 4,5 milhões de reais.

- Édio Lopes, de Roraima, ganhou 6 milhões de reais.

- Wellington Roberto, da Paraíba, ganhou 12 milhões de reais.

- João Carlos Bacelar, da Bahia, ganhou 6 milhões de reais.

- Aelton Freitas, de Minas Gerais, ganhou 3 milhões de reais.

Gasparzinho comprou o voto desses parlamentares. Espalhem seus nomes.

http://www.oantagonista.com/posts/dilma-comprou-o-pr-por-50-5-milhoes-de-reais?platform=hootsuite
Herculano
20/04/2016 05:10
AGU É USADA POLITICAMENTE, ACUSA A CORPORAÇÃO, por Josias de Souza

Em nota conjunta, seis entidades que representam a corporação dos advogados públicos de órgãos federais acusam o ministro José Eduardo Cardozo de usar a "estrutura da Advocacia-Geral da União para fins político-partidários". O texto, cuja íntegra está disponível aqui, sustenta que a atuação de Cardozo no caso do impeachment "extrapola a estrita seara da defesa técnico-jurídica" da presidente. O ministro passa dos limites legais, por exemplo, quando chama de "golpe" o processo de impedimento de Dilma.

O documento realça que a Advocacia-Geral da União tem a atribuição legal de defender não os agentes públicos, mas os atos praticados por eles em nome do Estado. Vale para os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Quer dizer: ao tachar o Legislativo de golpista, Cardozo ofende outro cliente da AGU.

Diz a nota a certa altura: "Não é possível admitir que o advogado-geral da União desvirtue o exercício da função essencial à Justiça atribuída à instituição e atente contra atos praticados por outros poderes da República, qualificando-os como atos inconstitucionais e como elementos de um suposto 'golpe', quando possui também a missão constitucional de defendê-los."

Sem mencionar-lhe o nome, o texto critica Cardozo frontalmente: "Não é admissível que aquele que foi escolhido como dirigente máximo de uma instituição a quem foi atribuída a defesa do Estado utilize este aparato de acordo com suas convicções pessoais, sem um acurado exame de legalidade que abranja todas as instâncias que compõem esta União, indissolúvel entre os três Poderes da República, independentes e harmônicos."

Os membros da AGU "exigem a retirada de qualquer mensagem dos canais de comunição institucional que extrapolem os limites da atuação da Advocacia-Geral da União." Referem-se a notícias veiculadas no site da AGU sobre a atuação de Cardoso no processo do impeachment. Desatendidos, ameaçam adotar "todas as medidas necessárias ao combate dos abusos e ilegalidades."

Subscrevem a nota: Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anaf); Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni); Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz); Associação Nacional dos Procuradores e Advogados Públicos Federais (Anpprev); Associação Nacional dos Membros das Carreiras da AGU (Anajur) e a Associação Nacional dos Procuradores do Banco Central (APBC).
Herculano
20/04/2016 05:05
O HIPOTÉTICO MINISTÉRIO TEMER, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

O início da tramitação do impedimento de Dilma Rousseff ainda não completou uma semana e o entorno do vice-presidente Michel Temer conseguiu adicionar um problema a um país que tem duas epidemias, recessão, desemprego e governos estaduais quebrados. O problema novo é um ministério virtual posto em circulação. Serve como instrumento de propaganda, mas agrava uma confusão que poderá se arrastar até outubro.

Já são mais de 20 os nomes que rolam na praça, alguns deles saídos de conversas no Jaburu, que de palácio não tem nada ?"é, quando muito, um esbanjamento de dinheiro público. (A casa é uma flor da gastança da ditadura). Trata-se de uma lista malandra, destinada a criar expectativas individuais (no caso de quem espera ser ministro) ou esperanças coletivas (nos poucos casos de gente que se espera ver no ministério). Por isso, aqui só será mencionado um deles.

Armínio Fraga tem competência e biografia para ser ministro da Fazenda. Há um mês, a repórter Erica Fraga perguntou-lhe: "O senhor aceita participar de um governo de transição?" Sua resposta, numa entrevista concedida por email, foi curta: "Não."

Colocá-lo como conselheiro ou avalista de outra escolha é o pior caminho para começar uma administração num país quebrado que já passou pela experiência de Joaquim Levy, indicado por Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco.

Em qualquer governo, em qualquer época, quando um presidente termina de armar um ministério descobre que só um terço dos escolhidos estava em sua primeira lista. O segundo terço ficava entre os prováveis e os demais não eram cogitados quando as conversas começaram. Já houve presidente que, ao ser eleito, pensou nomear um cidadão sucessivamente para três ministérios. Não conseguiu colocá-lo em qualquer um deles. Ministério não é como boleto de Mega-Sena, onde o dono pode escrever o que quiser, parece-se mais com um quebra-cabeças que adquire fisionomia na medida em que se vai formando. Temer ainda não sabe sequer quantos ministros terá.

Se isso fosse pouco, formar equipe é uma coisa. Governar com ela é outra e depende do estilo e da decisão do presidente. Ser ministro de Dilma é uma coisa. Ter sido de Lula, bem outra. De Temer, a ver.

Nas listas postas em circulação há nomes que cheiram a simples especulações, outros parecem balões de ensaio e há ainda uns poucos capazes de alimentar esperanças. À primeira vista, tudo isso é coisa de jornalistas sem assunto. Falso. Mesmo quando os assuntos faltam (e não têm faltado), por trás de quase todas essas listas há sempre alguém que merece crédito pela proximidade que desfruta junto ao astro-rei.

É óbvio que se Dilma Rousseff for afastada, Temer deverá ter um ministério pronto. Outro dia o vice-presidente disse que o país precisa de governabilidade e governança. Associou a governabilidade à harmonização dos conflitos políticos e partidários. Nisso ele é um mestre. Um dos primeiros testes de uma boa governança está na capacidade de um chefe de apontar prioridades, formar uma equipe e, sobretudo, não criar confusões
Herculano
20/04/2016 04:58
OPOSIÇÃO QUER 54 VOTOS JÁ NA VOTAÇÃO DO RELAT?"RIO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

São necessários apenas 41 dos 81 votos para o Senado, por maioria simples, aprovar a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas a oposição acha que não haverá dificuldades de obter os votos de ao menos dois terços (ou 54) dos senadores. Esse número de votos corresponde ao mínimo necessário para cassar Dilma Rousseff em definitivo, no dia do julgamento.

MAIORIA FOLGADA
Entre 46 e 50 senadores já se manifestam favoráveis à admissibilidade do impeachment e, portanto, do afastamento imediato da presidente.

PMDB PRESENTE
O líder Eunício Oliveira não tomou conhecimento da opinião de Romero Jucá, o presidente: o PMDB presidirá a comissão do impeachment.

RELATOR ANASTASIA
Ao bloco liderado pelo PSDB, segundo mais numeroso do Senado, caberá indicar o relator da comissão. Será Antonio Anastasia (MG).

DATA DE VOTAÇÃO
Eunício avalia que o relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG) será votado após 12 de maio. O PT tenta protelar a votação até o dia 17.

PSDB NÃO ACEITA EX-MINISTRO NO GOVERNO TEMER
O PSDB ficou horrorizado quando soube que Michel Temer cogitaria para a pasta da Comunicação o jornalista Thomas Traumann, a quem Edinho Silva substituiu no mesmo cargo, no governo Dilma. Os tucanos ameaçaram repensar o apoio ao futuro governo. "Assim, é melhor Temer procurar o PT para fazer aliança, porque o PSDB não participará disso", alfinetou o líder tucano no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).

ABUSO DE PODER
Traumann foi acusado de usar "robôs virtuais" e pagar a blogueiros, crackers ou hackers contra a oposição e em favor do governo.

PAI DA IDEIA
Também ex-ministro de Dilma, Moreira Franco seria o autor da ideia de nomear seu ex-colega de governo para a comunicação de Temer.

SEM CHANCES
Michel Temer não tem feito convites, mas seu staff próximo garante: Thomas Traumann não será ministro do seu eventual governo.

SÃO UNS MALAS...
Se vingar a expertíssima proposta de "eleições gerais", detentores de novos mandatos, como Lula e parlamentares, não serão punidos pela gatunagem ocorrida na Petrobras por ser "fato ocorrido no mandato anterior", como reza a jurisprudência da malandragem do Congresso.

ORDEM DE LULA
Embora continuem defendendo Dilma, os petistas já planejam o retorno à oposição. Ontem, após ouvir a orientação de Lula, o PT advertiu que vai às ruas para tentar desestabilizar o eventual governo Michel Temer.

UM LÍDER DE MASSAS
Apesar dos insultos de Dilma, o vice Michel Temer até tem razões para se sentir envaidecido com a "acusação" haver liderado o impeachment. Afinal, foram 367 em 513 votos na Câmara atendendo à vontade de mais de 70% da população, que desejam o impedimento da presidente.

CAINDO FORA
O ministro Helder Barbalho (Portos) avalia entregar o cargo. Inclusive, seu pai, senador Jader, do PMDB histórico, sente-se desconfortável distanciado de antigos companheiros, hoje na oposição a Dilma.

VIROU GUERRA
Organizações vinculadas ao PT e cevadas com dinheiro do governo atacam deputados favoráveis ao impeachment de Dilma. O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) foi hostilizado no aeroporto do Recife.

SALVO CONDUTO NO STF
O Supremo Tribunal Federal deve decidir nesta quarta (20) sobre a posse de Lula na Casa Civil. A Procuradoria Geral da República pediu a anulação da nomeação, transformada em "salvo conduto" por Dilma.

DIREITO ELEITORAL
O advogado Erick Wilson Pereira, 45, foi designado para presidir a Comissão Especial de Direito Eleitoral do conselho federal da OAB. Professor de Direito Constitucional, é mestre, doutor e autor de 8 livros.

CAINDO A FICHA
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) anda meio apavorado. Quando Renan Calheiros anunciou segunda (18) que o impeachment de Dilma seria lido na terça, ficou muito pálido. Foi socorrido com copo d'água.

PENSANDO BEM...
...se para os políticos o Senado é "quase o céu", como eles dizem, para Dilma virou o inferno do impeachment.
Herculano
20/04/2016 04:50
PRESIDÊNCIA ANOMOLA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Não começou bem a fase senatorial do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) autorizado pela Câmara.

O próprio presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), descreveu como "um horror" a reunião de líderes nesta terça-feira (19) sobre a comissão especial cujo parecer será votado pelo plenário.

Renan mantivera encontro a portas fechadas com Dilma no dia anterior. Seja para cumprir algum acordo sub-reptício, seja para se diferenciar do temerário Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, o senador alagoano resolveu não dar sequência imediata aos trâmites do impeachment.

Os líderes terão até a noite de sexta-feira (22) para indicar os integrantes da comissão, o que posterga a primeira sessão do grupo para a outra semana. O rito prevê até dez dias para deliberações.

A decisão do plenário do Senado sobre o afastamento de Dilma ficaria então para 17 de maio, um mês depois de dada a autorização pela Câmara. É tempo demais.

No impedimento de Fernando Collor, em 1992, os deputados votaram em 29 de setembro. O Senado afastou o presidente de forma temporária no dia 2 de outubro, quando Itamar Franco assumiu o cargo.

Se hoje não sobra espaço para igual celeridade, visto que não há a mesma unanimidade que se formou à época de Collor, tampouco se admite procrastinação, que só importa ao PT, à presidente e aos seus aliados. Ao país interessa que o impasse se resolva tão logo quanto possível, respeitado o devido processo legal.

Cada dia que passa é um dia a mais de atraso na adoção de medidas imprescindíveis para começar a sair do abismo econômico em que o calamitoso governo Dilma nos projetou. E um dia a mais para o debate público envenenar-se com impropérios e farisaísmo.

A presidente se permitiu afirmar a jornalistas estrangeiros que o processo em curso representa uma "fraude jurídica e política".

Se tivesse mais apreço pela verdade e pela imagem do país, poderia lançar suspeitas contra muitos deputados e questionar suas motivações, mas jamais difundir a falácia de que as instituições nacionais se acham violentadas. Todo o roteiro seguido até aqui foi acompanhado pelo Supremo Tribunal Federal, e em nenhum momento houve desrespeito à Constituição.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) não se sai muito melhor, mesmo recorrendo a retórica mais melíflua. Disse que aguardará a decisão do Senado "muito silenciosa e respeitosamente", coisa que até agora não foi capaz de fazer.

Basta mencionar a sucessão de episódios canhestros que Temer protagonizou, da carta lamuriosa de rompimento com Dilma ao discurso pós-impeachment supostamente vazado por aplicativo de celular, passando pelo sorriso festivo diante da TV que transmitia a votação do impeachment na Câmara.

Mais que insuportável, é imprudente prolongar essa anomalia: o Brasil tem hoje dois presidentes e, de fato, não tem nenhum
Paulo Filippus
19/04/2016 22:19
Mariazinha Beata

Minha mãe que diz, bonitinho é um feio arrumadinho, hehe. Mas falando sério, agradeço o comentário, mas lamento a comparação :(

Ao contrário dele, minha luta começou cedo e nunca precisou ser remunerada. Sempre fiz por sede de mudança, para que um dia nós consigamos ter a oportunidade de atravessar a rua ao ver um parlamentar e abraço-lo desejando um bom dia, chamando o mesmo de "nosso deputado" ou coisa do tipo, com orgulho, é pra isso que sempre lutei. Nunca dependi de partidos ou políticos. De cargos comissionados, ou então remanejei algo do tipo pra algum amigo ou cônjuge, pra não perder a "boquinha". Não tenho um centavo de dinheiro público na minha vida, mesmo tendo tido a oportunidade dezenas de vezes de receber através de serviços com a minha empresa ou de silêncios.

O que se vê são pessoas lutando por sede de benefícios para si, em prol de um governo GRANDE, GORDO, RENTÁVEL (pra eles) e nada mais. Que mais cedo ou mais tarde mostram para o que vieram. E ele mostrou rápido, e a cara de "bonitinho" não foi suficiente pra esconder seus posicionamentos dentro da Câmara.

Já o que nós do MBL queremos é um governo enxuto, pequeno e eficiente, quanto menor, melhor. Pois ninguém melhor que o próprio indivíduo (nós mesmos) para decidir o que quer fazer da nossa vida ou do nosso dinheiro. Não deve ser tarefa do governo decidir (através de impostos obrigatórios e doutrinações em instituições de ensino) qual plano de saúde devemos usar, qual seguro obrigatório veicular, qual universidade ou qual tipo de educação nós devemos dar aos nossos filhos. Nós lutamos contra isso, queremos ser LIVRES de verdade.

Acredite, bote fé, bata até uma foto se puder do que falo e prego. Pois eu não teria coragem de fazer isso se fosse um demagogo querendo apenas aparecer... Quero em breve ter a oportunidade de mudar tudo isso de verdade, de dentro pra fora, e em troca não quero nada mais que um sorriso no rosto de cada pessoa que me confiou sua esperança, juntamente daquele abraço apertado dizendo: "eu sabia que poderia confiar em ti, Paulo". Só isso. Ver meus filhos crescendo numa cidade e em um país justo, calcado por valores éticos e morais, em uma nação próspera e rica, em todos os sentidos. Porque bem material (o que esses velhos políticos mais querem acumular) é passageiro, e quando você morre, nada leva. Já o seu legado aqui na terra, esse sim é eterno e não tem preço. E é isso que pretendo deixar...

E essa onda no qual inevitavelmente surfamos, fomos nós mesmos que criamos a custo de muito sangue e suor, quando inclusive ninguém acreditava. E nada mais justo que conduzi-la até o castelo de areia do PT. E a partir daí criarmos uma nova história, uma nova Gaspar e um novo Brasil.
Herculano
19/04/2016 21:47
DILMA CRITICA IMPEACHMENT SEM OLHAR PARA O PT, por Josias de Souza 19/04/2016 16:40

A hipocrisia é uma característica comum na política. Mas algumas pessoas exageram. Em conversa com a imprensa estrangeira, Dilma atribuiu a um "veio golpista adormecido" o fato de o impeachment ter virado no Brasil "um instrumento contra os presidentes eleitos."

Quando Dilma acrescentou ter "certeza de que não houve um único presidente depois da redemocratização do país que não tenha tido processos de impedimento no Congresso", não mencionou que foi o seu partido, o PT, que banalizou o uso do impeachment como instrumento para puxar o tapete de presidentes eleitos.

Estava claro que o PT, ao atear fogo sistematicamente em administrações adversárias, trabalhava contra os seus próprios interesses, já que a legenda frequentava a cena como alternativa de poder. Mas o partido não parecia preocupado com o que pensariam dele no futuro quando foi às ruas com faixas de "Fora Sarney'' e "Fora FHC.'' Jogo jogado.

Na sua fase pós-redemocratização, a democracia brasileira produziu apenas quatro presidentes eleitos pelo voto direto: Fernando Collor foi despachado para casa mais cedo. Lula e FHC resistiram às tentativas. Se o Senado confirmar o impedimento de Dilma, a taxa de letalidade do impeachment será de 50%. Altíssima!

Dilma chegou a insinuar que Collor, hoje na sua base de apoio, talvez tenha sido cassado injustamente, já que o STF o absolveu posteriormente das imputações penais. A insinuação é espantosa, mas todo mundo tem o direito de fazê-la. Porém, para não insultar a inteligência alheia, Dilma talvez devesse reconhecer: sempre que foi intimado pela história a optar, o PT revelou sua preferência por virar a mesa em vez de sentar-se a ela.
Roberto Sombrio
19/04/2016 19:57
Oi, Herculano.

O brasileiro que quiser um Brasil melhor, não deve votar no PT, PCdoB e PDT.
Esses tres partidos querem que você brasileiro, fique com a esmola enquanto eles ficam com o ouro
Digite 13, delete
19/04/2016 19:32
Oi, Herculano

A CNBB receberá petistas nesta manhã desta quarta-feira, 15 senadores contrários ao impeachment de Dilma serão recebidos para um café da manhã na CNBB.

A informação é da senadora Fátima Bezerra (PT-RN).

A CNBB receberá os petistas para a missa de sétimo dia.
Ana Amélia que não é Lemos
19/04/2016 18:50
Sr. Herculano:

Na hora da votação, aprendi uma palavra nova com o deputado Alceu Moreira, ele disse, voto sim para acabar com a vagabundização.

E o deputado Miguel Haddad disse no seu sim, que
Dilma não tem mais condições de conduzir o País porque não existe transplante de alma.

#foracomunista
Belchior do Meio
19/04/2016 18:32
Sr. Herculano:

A Dilma não pode mais assinar nada, virou espectro, tanto é que Diogo Mainardi chama-a em seu blog de Gasparzinho.
O Temer, cheio de planos e ideias não pode colocá-los em prática porque Renan Calheiros está dando uma de Jaime Kircher, defendendo mortos sem sepultura.
Herculano
19/04/2016 17:59
FALTA DE CRIATIVIDADE

Diz Dilma se diz injustiçada e por isso seguirá lutando.

Mas, não é isso que a maioria que etá na rua diz? Ela (maioria) se diz injustiçada, enganada e por isso seguirá lutando pelo impeachment da presidente.
Herculano
19/04/2016 17:56
PMDB TERÁ MAIORIA EM COMISSÃO DO IMPEACHMENT NO SENADO. O CATARINENSE DE BLUMENAU, PAULO BAUER, PSDB, SERÁ SUPLENTE

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mariana Haubert, Débora Álvares, Leandro Colon e Isabel Fleck, da sucursal de Brasília. Com a decisão de compor a comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado de acordo com a proporcionalidade dos blocos partidários, o PMDB terá direito a indicar o maior número de integrantes titulares para o colegiado.

Com 18 senadores, o partido representa o maior grupo na Casa e indicará cinco senadores. Já os blocos de apoio ao governo e de oposição poderão indicar o mesmo número de integrantes, quatro cada um. Formado por PSDB, DEM e PV, com 16 membros, a oposição é o segundo maior bloco da Casa. Já o governo tem 14 senadores do PT e PDT.

Os blocos Democracia Progressista (PP, PSD) e Socialismo e Democracia (PSB, PPS, PcdoB e Rede), ambos com dez integrantes cada um, poderão indicar três titulares cada para a comissão. Apesar de também ter dez senadores, o bloco Moderador (PTB, PR, PSC, PRB e PTC) acabou ficando com apenas duas indicações. A divisão de espaço entre estes três blocos foi definida em uma reunião no início da tarde desta terça (19).

Seguindo a mesma proporcionalidade indicada para os titulares, os blocos também apresentarão nomes para a suplência das 21 vagas da comissão.

A definição sobre a composição da comissão foi tomada por todos os senadores em uma tensa reunião realizada nesta manhã. Por 41 votos a favor e 40 contrários, os senadores derrubaram a ideia de dividir o colegiado de acordo com o tamanho dos partidos. A decisão foi tomada para contemplar a indicação dos nomes de seis partidos que possuem apenas um senador.

Os senadores Reguffe (DF), Walter Pinheiro (BA) e Delcídio do Amaral (MS) atualmente não fazem parte de nenhum partido e, por isso, ficarão de fora da comissão especial. Eles, no entanto, votam em todas as deliberações do plenário da Casa, como a que definirá sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff do seu cargo, o que deve acontecer em 17 de maio.

O líder do DEM, José Agripino (RN), formalizou em plenário a indicação do bloco de oposição. Os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antônio Anastasia (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) serão os titulares e os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Paulo Bauer (PSDB-SC) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) serão os suplentes.
Paty Farias
19/04/2016 13:43
Olá, Herculano


O PMDB não desembarcou do governo Dilma, como também o governo Dilma não desembarcou do governo Dilma. Do Blog do Políbio

"São quatro os ministros do Partido:

Senador Eduardo Braga, Minas e Energia
Senadora Kátia Abreu, Agricultura
Helder Barbalho, Pesca, filho do senador Jader Barbalho
Marcelo Castro, Saúde

O PMDB também prossegue ocupando 500 CCs.

São como caramujo e pedra."

Dá-le Paulo Filippus nesse encardido que é a vergonha do teu bairro. Bota ele pra correr ...
Erva Daninha
19/04/2016 13:32
Oi, Herculano

Quem deve ter ficado chateado foi o deputado Décio Lima por ter que "trabalhar" em pleno domingo.
Sua pontuação no ranking é NR (não ranqueável).
Não consta no ranking das presenças na Câmara porque perdeu os 200 pontos recebidos como pontuação inicial pelas faltas seguidas.
Mariazinha Beata
19/04/2016 13:20
Seu Herculano;

O Paulo Filippus, até que é bem bonitinho.
"É uma cara nova que surfa um momento histórico".
O Brick já fez isso e perdeu.

Bye, bye!
Sidnei Luis Reinert
19/04/2016 13:18
X9 na cadeia ainda esta semana?

STF vai julgar amanhã a posse de Lula como ministro, mas com o desvio de finalidade citado por Janot, vai sentar no colo do juiz Sérgio Moro.

Moro vai julgar ele antes de 2018 aonde ele será FICHA SUJA e ficará de molho por 8 anos, tempo provável que ficará na cadeia.

Afinal ele se diz ser um MANDELA, então falta 27 anos de jaula para a jararaca e mesmo se assim fosse, teria de passar parte da cadeia no caixão!
Herculano
19/04/2016 13:07
MAIS DO MESMO, Eliane Cantanhêde, para o jornal O Estado de S. Paulo

Ou a ainda presidente Dilma Rousseff foi mal assessorada ou foi teimosa, ao fazer o pronunciamento de ontem, seguido de perguntas de jornalistas, sem tomar antes alguns cuidados essenciais. Ela precisava ter assumido um tom mais solene e mais compatível com o momento, além de só falar se, pura e simplesmente, tivesse o que dizer. Para ficar no mais do mesmo, era preferível ficar calada e divulgar uma nota escrita à nação.

Afora alguns engasgos, demonstrando uma natural tensão, ou emoção, Dilma falou como se fosse apenas mais uma entrevista coletiva de rotina, como se tudo estivesse na maior normalidade no Planalto e ela não estivesse caminhando para o cadafalso do Senado em três semanas. É esse o seu prazo na presidência, até ser afastada, por maioria simples dos senadores, para aguardar em casa e sem função o julgamento do mérito do impeachment.

Assim, ela repetiu exatamente tudo o que vem falando desde o primeiro minuto. Para quem ainda não sabe de cor, eis um resumo: que ela é "injustiçada" e está "indignada", que foi torturada na ditadura militar e tem forças para resistir, que não houve crime de responsabilidade, que o processo de votação do pedido de impeachment na Câmara, com direito a defesa e transmitido ao vivo pela TV, foi um "golpe de Estado".

Mais uma vez, como em todos esses meses, Dilma não reconheceu um único erro, nem mesmo na economia que ela destruiu - o que permeou todo o debate nacional e congressual até o resultado de domingo. Segundo a presidente, a culpa foi das chamadas "pautas-bomba" num momento de... crise fiscal. Sim, senhora, mas quem criou a crise fiscal, aprofundada drasticamente no ano da sua reeleição?

Além disso, faltou a Dilma pôr o dedo numa ferida: na origem das suas dificuldades para aprovar qualquer ajuste no Congresso estava o PT. Entre o seu governo e as suas bases, o partido da presidente optou pelas bases. E, se nem o PT votava, por que os demais partidos aliados ao Planalto votariam? De um líder peemedebista na época: "O PT tira o time e fica de bonzinho para os eleitores, enquanto o PMDB aprova e passa de malvado?"

O PT, aliás, já reuniu a bancada na Câmara ontem, em Brasília, e reúne sua cúpula hoje, em São Paulo. Essas reuniões são cheias de mágoas e de indignação, com ataques irados ao deputado Eduardo Cunha e críticas justas aos aliados que pularam do barco. Mas, cá entre nós, o que menos se ouve nelas é a defesa enfática, emocionada, de Dilma Rousseff. O partido fez o que fez, mas atribui 90% da desgraça à própria Dilma.

Enquanto ela encena a presidente, apesar de ser virtualmente ex-presidente, o PT trata de reunir os cacos e restaurar o partido para as eleições municipais, para a oposição e para o futuro, com o discurso de que, sim, houve desvios e houve petistas envolvidos em corrupção, mas isso não significa que o PT seja o partido mais corrupto do planeta ?" muito menos na comparação com o PMDB do vice Michel Temer.

Dilma fala em "um grande rearranjo", em "um outro governo" e em "construir um novo caminho", o que soa distante da realidade e resvala para a ficção. Além de ser muito difícil o Senado não votar pela admissibilidade do processo de impeachment e pelo consequente afastamento em meados de maio, há ainda uma questão prática: como falar em "rearranjo" do governo? Só com PT, PC do B, PDT e PR? (O PSOL votou contra o impeachment, mas não é nem tende a ser base do governo).

Amanhã, o Supremo Tribunal Federal vai julgar se Lula poderá ou não assumir de fato a chefia da Casa Civil de Dilma, ou seja, se Lula será quase tão fugaz, tão passageiro, quanto aquele ministro da Justiça que não resistiu nem uma semana no cargo. E, assim, "la nave" e o governo Dilma vão, enquanto Michel Temer já monta o ministério.
Gasparense
19/04/2016 12:54
Ao invés de colocarem os presidentes do senado, camara e vice no comando do país, nao seria mais prudente novas eleições? O temer sendo vice da dilma deveria sair com ela, o renan e o cunha sendo investigados já mostram que só pensam no seu próprio bolso e o Brasil que se dane.
Não seria hora de os exmos srs Rodrigo Janot, Joaquim Barbosa e Sérgio Moro assumirem o Brasil pra fazer este país crescer e acabar com esas roubalheiras???
Fora temer, cunha e calheiros.
Herculano
19/04/2016 11:39
AMEAÇA À DEMOCRACIA, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

A presidente Dilma assumiu ontem formalmente a tese do golpe parlamentar que o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, vem defendendo temerariamente há algum tempo. Se na boca de Cardozo essa afirmação já era potencialmente perigosa, na da presidente transforma-se em ameaça à democracia. De instrumento da política partidária, passa a ser acusação oficial do governo.

É surpreendente que um pronunciamento de mais de 70% da Câmara, num processo que está todo controlado e avalizado pelo Supremo, possa ser acusado oficialmente de golpista.

A partir da decisão da Câmara sobre a admissibilidade do processo, passou a ser vocalizado pelas autoridades que se arrogam a defesa da democracia, mas que, agindo assim, estão atacando o estado democrático de direito e incentivando a desobediência às decisões institucionais que lhes são desfavoráveis.

Cardozo, que se saíra bem na defesa da presidente Dilma na primeira aparição da comissão do impeachment, perdeu o norte e chegou ao cúmulo na madrugada da decisão da Câmara, quando, num surto semelhante ao da advogada Janaína Paschoal na defesa do impeachment na manifestação das Arcadas no Largo de São Francisco, classificou de golpe a decisão soberana da Câmara.

Sua atuação em defesa da presidente Dilma, por sinal, é bastante controversa, e está causando incômodo na Associação Nacional dos Advogados da União, cujo presidente, Bruno Fortes, estuda medidas legais para impor limites a ela.

Segundo ele, "há limites para o uso dos advogados públicos pelos governantes, pois não se pode subverter a ordem jurídica nem as instituições". Segundo o presidente da Anauni, a Portaria 13/2015, da própria Consultoria Geral da União, tratou expressamente do uso dos serviços do advogado-geral da União pelo presidente da República, exigindo que a solicitação preencha uma série de requisitos para ser atendida, destacando-se o interesse público do ato impugnado.

Afirma Fortes, porém, que "não há interesse público algum na defesa das 'pedaladas,' dos decretos ilegais e do crime de responsabilidade imputado à presidente". Para ele, "o advogado-geral deveria ostentar posição isenta e imparcial neste processo, jamais assumindo postura partidária ou política em favor do governante".

O presidente da Anauni sustenta a necessidade de uma clara vinculação da advocacia da União ao interesse público, jamais ao interesse privado do sujeito beneficiário. Diz ele: "Os advogados da União não são defensores dos governantes, pois isso equivaleria a um amesquinhamento dos serviços públicos, incompatível com o princípio republicano".

No caso do impeachment, a reclamação dos seus pares é que estamos assistindo, no Congresso, a um advogado geral da União que se assemelha a um criminalista contratado por Dilma, o que não é correto. Pior que isso, veem Cardozo se comportando como verdadeiro advogado do PT, alinhando-se com diretrizes do partido em defesa das "pedaladas fiscais", dos decretos ilegais e, sobretudo, dos interesses privados da presidente acusada de crimes de responsabilidade.

Especialistas afirmam que os requisitos previstos para o uso do AGU para defesa de agentes públicos são rigorosos e merecem interpretação restritiva, em obediência ao art. 37 da Constituição, que trata dos princípios, entre outros, "da legalidade e impessoalidade" da administração pública, e à Lei 8.429/92. Também a Lei do Impeachment não prevê a possibilidade de o Estado atuar em defesa de um presidente da República, ou de qualquer agente público ali arrolado. A lei supõe que o denunciado contará com advogados próprios e privados, e foi assim no caso Collor.

O impeachment é um palco apropriado para advogados privados atuarem em nome da presidente da República, não para o advogado-geral da União assumir tal incumbência e valer-se de toda sua estrutura, como ocorreu no pronunciamento público logo após o julgamento da Câmara, criticam os membros da Anauni.

O que transparece dessa atuação é o uso da máquina administrativa e seu desvirtuamento, prática corriqueira no PT. O advogado-geral da União, assim procedendo, rebaixa o status da própria função, o que está causando indignação na Associação Nacional dos Advogados da União.
Herculano
19/04/2016 11:37
O FIM DO GOVERNO DILMA É SO O COMEÇO, por Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre, para o jornal Folha de S. Paulo

A democracia impôs uma dura derrota ao golpismo. Ainda que o governo estivesse subtraindo e loteando a República em "tenebrosas transações", o maior medo de Dilma Rousseff se concretizou: a Câmara dos Deputados autorizou o Senado a abrir o processo de impeachment. É o fim da crise? Não, mas é uma vitória importante e histórica que sinaliza um novo começo.

Com a autorização dada pela Câmara, as atenções voltam-se para o Senado. Renan Calheiros será pressionado para que o julgamento da denúncia corra o mais rápido possível e, da mesma maneira que os deputados foram cobrados nas redes sociais e em suas bases eleitorais para votar "sim", os senadores também o serão.

Ao que tudo indica, o processo terminará por cassar o mandato de Dilma sem maiores problemas. Fora, é claro, alguma firula protelatória no STF ou a clássica baderna dos movimentos representantes da rebeldia a favor e do fascismo vermelho.

É importante ressaltar que o impeachment não é a solução para todos os problemas do país. No dia seguinte à queda de Dilma Rousseff, os serviços públicos continuarão péssimos, o desemprego e a inflação continuarão altos, a desigualdade social ainda será gritante, e a corrupção continuará existindo.

Reconstruir o país será mais difícil do que tirá-lo das mãos daqueles que o destruíram.

Os diversos setores da sociedade civil que estão unidos para derrubar o governo mais corrupto da história do país devem continuar trabalhando em conjunto no pós-Dilma. Todo o esforço de conscientização política e amadurecimento da democracia que vem sendo feito deve continuar.

Devemos fiscalizar rigorosamente o próximo governo para que cumpra a Constituição. Também precisamos exigir que a sociedade seja ouvida para a proposição de uma agenda política, econômica e social condizente com as necessidades do país. Cometer o mesmo erro de Dilma Rousseff, impondo pautas políticas de cima para baixo, seria um erro fatal.

Além disso, todas as experiências vividas por aqueles que lutaram contra o governo petista, como os gigantescos protestos combatidos com discursos fantasiosos e mobilizações de milicianos e militantes pagos; o trabalho de pressão sem precedentes que foi feito para garantir os votos necessários para o impeachment; as investigações e revelações que desconstruíram uma ditadura baseada na propina; a defesa e o fortalecimento de instituições democráticas, que foram violadas durante mais de uma década, devem servir de base para o novo período que nossa democracia vivenciará.

A luta contra a sombria ditadura militar é a narrativa fundadora do PT e de seus aliados, que a utilizaram para executar o projeto de poder que destruiu o país. A tortura, a perseguição e a censura que puniram aqueles que se opuseram àquele regime autoritário marcaram uma geração de políticos que pautou a política pós-redemocratização e transformou uma resistência virtuosa em justificativa para o crime.

A queda de Dilma Rousseff significa a derrocada da mística petista, o fim de um ciclo. E todo o esforço que vem sendo empenhado na luta contra o autoritarismo e a delinquência do atual governo será contado como a fundação de uma geração que não aceita ataques à República, o início de um novo tempo para a democracia.

O impeachment é só o começo da mudança.
Luiz Orlando Poli
19/04/2016 11:24
Em que mãos esse país ficará ? Nas de um triunvirato (TEMER ! CUNHA ! RENAN / PMDB ) não seria muito mais prudente antes de qualquer passo a seguir ter O aval do juiz SERGIO FERNANDO MORO ? Ou aquele dialogo do Cunha gravado em que diz: " O do Temer já saiu e o meu quando sai ? " E ontem o Cerveró afirmando que 6 R$ 6 milhões o Renan embolsou. Antes de qualquer mudança sugiro que se tenha o cuidado de ter o aval do MORO. Senão a crise tende a ficar insustentável.
Herculano
19/04/2016 10:42
Prezado Herculano, bom dia.

Li hoje na tua coluna de 19/04 comentários sobre uma idéia alternativa e possível para melhorar a mobilidade e o transito de Gaspar, dos Gasparenses e seus vizinhos.
O Brasil e todos nós vivemos tempos de intensa mobilização popular. Domingo, após longas horas, a primeira batalha de uma série, foi cumprida e vencida.
Ano eleitoral, Gaspar buscando as alternativas, melhor oportunidade para, pelo menos, observar uma solução possível e financeiramente suportável.
O empresário Julio César Zimmermann, o Popular Julinho, abraçou e levou para seus pares esta alternativa. È lógico que esta solução precisará, a exemplo do que ocorre com o Brasil, de união dos Gasparenses e buscar além do consenso as etapas seguintes.
Não posso acreditar que uma idéia surgida receba, sem estudos maiores, críticas infundadas somente porque não foi concebida em uma agremiação partidária e ou candidato a candidato.
Esperamos que o bom senso e as vantagens apontadas vençam o medo, a inveja e os interesses menores.
Ou Gaspar aproveita e usa seus potenciais ou ficaremos, por bom tempo, vendo o tempo passar presos nos engarrafamentos.
?Maurilio Schmitt
JAPONES DA F...
19/04/2016 10:11
Herculano

Pelo visto a ex-presidente Dilma e o pt não aprenderam nada, ella continua mentindo descaradamente e os do pt idem, continuam mentindo. Meu Deus do céu, elles acham que nós brasileiros somos burros ou o que? Deu, fora,chega, estamos de saco cheio, não aguentamos mais. Deixem o Brasil seguir seu rumo, chega de desemprego, chega de inflação, chega de mentiras, GOLPE foi o que o pt e Dilma deram no povo brasileiro, prometeram uma coisa e entregaram outra, isso foi o lula quem falou.
Herculano
19/04/2016 07:39
O GRANDE DERROTADO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

O avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff é uma derrota especialmente dolorosa para alguém que, como a petista, se notabilizou pela prepotência ?" comportamento que serviu para camuflar sua mediocridade. Se o Senado fizer o que dele o País espera, Dilma em poucos dias será carta fora do baralho, condição adequada para quem jamais esteve à altura da Presidência da República, nem mesmo seus eleitores mais compassivos sentirão saudade. Além dela, quem saiu como grande derrotado da acachapante vitória do "sim" ao impeachment na Câmara é o criador dessa desastrosa presidente, o chefão petista Luiz Inácio Lula da Silva.

A derrota de Lula, na verdade, transcende a votação de domingo passado. Lula foi o criador do "poste", o inventor da "gerentona" que hoje é considerada a pior presidente da história brasileira. Até os petistas, aos cochichos ou em alto e bom som, admitem que é impossível defender este governo.

O grande revés de Lula, contudo, não se limita ao vexame de ter colocado uma pessoa tão despreparada como Dilma na cadeira presidencial. O maior prejuízo do chefão petista é a dizimação de sua imagem, tão cuidadosamente fabricada ao longo das três décadas de história do PT e, principalmente, desde que assumiu a Presidência, em 2003. Naquele instante começava a ser construída a mitologia com a qual o lulopetismo reivindicaria para seu líder o posto de "maior presidente da história deste país", o redentor dos pobres, o homem que foi bem-sucedido onde todos os demais ?" especialmente Fernando Henrique Cardoso, que transformou em arquirrival ?" fracassaram.

Essa história fabulosa ganhou seu ápice quando, nos píncaros de sua popularidade, Lula fez sua sucessora, Dilma Rousseff, em 2010, e dois anos mais tarde elegeu Fernando Haddad prefeito de São Paulo. Ali começava um outro capítulo da lenda lulopetista ?" o capítulo segundo o qual Lula passara a ser o maior articulador político que este país já viu. Se ele estivesse no jogo, assegurava o PT, nada seria capaz de derrotar o partido e seu projeto de permanecer para sempre no poder.

O "Super-Lula", no entanto, cometeu o erro de acreditar na própria impostura. "Não me chame para a briga porque eu volto", bradou o herói sindical há um ano, quando o cerco ao governo e ao PT começava a se fechar na Lava Jato e no Congresso. Mais tarde, depois de ter sido conduzido espetacularmente pela Polícia Federal para prestar depoimento, avisou: "Acenderam em mim a chama de que a luta continua e de que preciso voltar a correr este país". No mesmo momento, recorreu a uma metáfora ofídica: "Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça. Bateram no rabo. A jararaca está viva".

Submetido ao duro teste da realidade, a jararaca mostrou-se banguela. Apresentando-se como o homem que salvaria Dilma, Lula não conseguiu nem mesmo integrar-se ao Ministério de sua criatura, pois ficou claro para todo mundo que sua nomeação para a Casa Civil não passava de tosca malandragem para lhe conferir foro privilegiado. Viu-se obrigado a ?" com o perdão da palavra ?" trabalhar como um qualquer para cabalar votos contra o impeachment.

Num quarto de hotel, como se lá estivesse para encontros clandestinos, Lula tentou comprar a salvação de Dilma oferecendo cargos e verbas a deputados. Mas nem o talão de cheques do governo nem a célebre lábia de Lula tiveram serventia: na votação do impeachment, a presidente teve apenas 137 votos, dos quais 76 ?" do PT, do PC do B e do PSOL ?" vieram de graça, ou seja, não dependeram da alegada genialidade de Lula.

Restou ao chefão petista mandar dizer que está "estimulado" pelas pesquisas que o colocam à frente na disputa presidencial de 2018. Até lá, se Lula não for preso e se tudo correr conforme seu conhecido histórico de deslealdade e irresponsabilidade, ele tentará tirar Dilma de sua biografia e fará oposição destrutiva ao governo de Michel Temer. Nisso, sim, Lula é mestre.
Herculano
19/04/2016 06:23
DILMA ATACA CUNHA, MAS ADULA RENAN CALHEIROS, por Josias de Souza

Dona de uma ética de dois gumes, Dilma Rousseff dividiu sua alma ao meio - uma banda mais intransigente com a corrupção e a outra menos. A dicotomia, que era escamoteada, tornou-se escancarada. Cheia de rompantes quando se refere ao réu Eduardo Cunha, a presidente é uma seda no relacionamento com o poli-investigado Renan Calheiros. Depois que o presidente da Câmara lhe atravessou o impeachment no caminho, Dilma imagina que o presidente do Senado pode ajudá-la a livrar-se da encrenca.

Nesta segunda-feira, Cunha entregou a Renan o calhamaço do impeachment, aprovado na véspera na Câmara. Pediu pressa. E Renan: nem tão rápido que pareça atropelo, nem tão devagar que pareça procrastinação. Na sequência, o senador foi se encontrar com Dilma.

Trocaram figurinhas longe dos refletores. O grão-vizir do Senado havia se comprometido a agir com isenção. Líderes partidários espantaram-se ao saber que sua primeira iniciativa foi uma conversa com a acusada.

Horas antes, na República de Curitiba, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró prestou seu primeiro depoimento como delator ao juiz Sérgio Moro. A alturas tantas mencionou o repasse de uma propina de US$ 6 milhões para Renan. Foi silenciado pelo juiz da Lava Jato, já que Renan, como senador, não pode ser investigado e julgado senão no STF. Correm na Suprema Corte nove inquéritos contra o presidente do Senado. Todos relacionados à Lava Jato.

Corta para Brasília. "Não há contra mim nenhuma acusação de desvio de dinheiro público", disse Dilma ao atacar Cunha numa conversa com repórteres. "Não há contra mim acusação de enriquecimento ilícito. [?] Por isso eu me sinto injustiçada, porque aqueles que praticaram atos ilícitos, que têm contas no exterior, presidem a sessão que trata de uma questão tão grave como é a questão do impedimento do presidente da República." Nenhuma palavra sobre o companheiro Renan.

Dilma exerce em plenitude o privilégio de escolher seu próprio caminho para o inferno. Enquanto foi possível, negociou com Cunha uma estratégia para livrá-lo do pedido de cassação do mandato. Em troca, o impedimento da presidente da República ficaria na gaveta. O PT melou o entendimento ao se negar a entregar seus votos a Cunha no Conselho de Ética. O impeachment ganhou asas. E o petismo descobriu que Eduardo Cunha é um tremendo Eduardo Cunha.

De tanto lidar com o cinismo, o brasileiro vai adquirindo uma certa prática. Já percebeu que há método na demência do governo petista. Durante 13 anos, o PT engordou a si e aos seus aliados com mensalões e petrolões. Interrompido o fluxo do dinheiro, os parceiros viraram os escorpiões que picaram Dilma na Câmara e se preparam para fazer o mesmo no Senado.

Quem conhece bem Renan sabe como isso vai acabar. O suposto aliado não é mais imprevisível. É um personagem tristemente previsível. Vá lá que Dilma, no desespero, não consiga enxergar que fará no Senado o mesmo papel de boba que desempenhou na Câmara. Mas não precisa ofender a inteligência alheia fingindo que negocia com Renan como se nada tivesse sido descoberto sobre ele.

Não é à toa que os petistas têm tanta dificuldade para explicar por que Eduardo, sendo o Cunha que todos conhecem, obteve dos governos petistas a senha que abriu o cofre.
Herculano
19/04/2016 06:17
DILMA, TEMER E A TRAIÇÃO, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

"Joaquim Silvério dos Reis!". Um deputado petista gritou o nome do traidor da Inconfidência Mineira quando Aguinaldo Ribeiro, do PP, subiu à tribuna para defender o afastamento de Dilma Rousseff. Ele foi um dos três ex-ministros da presidente que votaram a favor do impeachment no domingo. Completam a lista Alfredo Nascimento, do PR, e Mauro Lopes, do PMDB.

No Senado, Dilma já sabe que será abandonada por mais três ex-auxiliares: Marta Suplicy, do PMDB, Marcelo Crivella, do PRB, e Fernando Bezerra Coelho, do PSB. Outros ex-ministros de seu governo, como os peemedebistas Eliseu Padilha e Moreira Franco, têm atuado à luz do dia no esforço para derrubá-la.

A deserção de tanta gente que frequentava o gabinete presidencial dá nomes e rostos a um fenômeno mais amplo. À exceção de PT e PC do B, todos os partidos que apoiavam a presidente na Câmara forneceram votos a favor do impeachment.

Dilma não ousou se comparar a Tiradentes, mas disse ontem que foi vítima de uma conjuração chefiada por Michel Temer, seu companheiro de chapa em duas eleições.

"É estarrecedor que um vice-presidente conspire contra uma presidente abertamente. Em nenhuma democracia do mundo, uma pessoa que fizesse isso seria respeitada, porque a sociedade não gosta de traidores", afirmou.
É improvável que o discurso ajude Dilma no Senado, onde as enquetes já registram votos suficientes para afastá-la do cargo. No entanto, suas palavras podem causar danos à imagem de Temer, que tenta se apresentar à opinião pública como um político confiável.

Em dezembro,o vice disse à coluna que não participaria de conspirações. "Se eu chego à Presidência por uma deslealdade institucional, eu chego mal", afirmou. Sua foto aos risos no domingo, diante de uma TV que transmitia a votação do impeachment, não deve ajudá-lo a passar a impressão desejada.
Herculano
19/04/2016 06:11
TEMENDO A LAVA JATO, LULA QUER ANTECIPAR ELEIÇÃO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

O ex-presidente Lula orientou os principais aliados, dentro e fora do PT, a fazerem "campanha" de antecipação das eleições presidenciais para este ano, porque teme não sobreviver politicamente até a campanha de 2018. Investigado por corrupção em vários inquéritos, na Lava Jato, ele corre o risco de ser preso ou no mínimo de ficar inelegível, de acordo com a Lei da Ficha Limpa, após condenação por um tribunal colegiado.

ELA NÃO GOSTA, MAS...
A antecipação da eleição não agrada Dilma, como deixou claro ontem durante coletiva, mas ela se renderá aos interesses de Lula.

GESTAÇÃO DA PROPOSTA
A ideia de antecipar a eleição presidencial nasceu em uma conversa de Lula com o presidente do Senado, Renan Calheiros, há 40 dias.

VOLUNTÁRIO ESCOLHIDO
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO), muito ligado a Calheiros, foi designado para adotar como sua a ideia da antecipar a eleição.

TÁBUA DE SALVAÇÃO
Os lulistas do PT são grandes entusiastas da antecipação. Avaliam que só a candidatura de Lula pode salvar o PT da derrocada total.

ALIADOS DE TEMER QUEREM DESTITUIR PICCIANI
Aliados do vice-presidente Michel Temer cobram a destituição do líder da bancada do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), que afrontou a decisão da bancada para votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os parlamentares sustentam que o Picciani "não é confiável". Ele foi reconduzido à liderança do partido em fevereiro, com apoio do Planalto, derrotando Hugo Motta (PB).

VISITA PREVISTA
Logo após a aprovação do impeachment, Leonardo Quintão (PMDB-MG), rival de Picciani, fez questão de visitar Michel Temer no Jaburu.

PERDEU, PLAYBOY
Leonardo Picciani virou líder do PMDB pelas mãos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com quem rompeu para se aliar a Dilma.

PRIORIDADE É OUTRA
Temer pediu cautela aos deputados do PMDB: o momento é de "ciscar para dentro" e evitar disputas internas desnecessárias no PMDB.

FAZENDA OU BC
O vice-presidente Michel Temer teve uma longa e animadora conversa com o economista Murilo Portugal, ex-vice-presidente do FMI e um dos mais respeitados profissionais do ramo. Temer gostou.

ALIADOS
Os deputados federais alagoanos Max Beltrão e Cícero Almeida, este candidato a prefeito de Maceió, são unha e carne com o senador Renan Calheiros. Ambos votaram pelo impeachment de Dilma.

ONU
Em Alagoas, não se duvida que logo Renan Calheiros voltará a ser amigo de infância de Michel Temer. Quando querem elogiar seu talento negociador, conterrâneos dizem que Renan é subutilizado pela ONU, por ser capaz até de neutralizar o Estado Islâmico com um bom acordo.

INS?"NIA A R$900
Têm circulado números fabulosos sobre os gastos de Lula no hotel de luxo Royal Tulip, em Brasília. Mas são boatos. O Instituto Lula, de sua propriedade, tem bancado apenas a diária média de R$900.

DEMOCRATAS DE ARAQUE
É o sujo falando do mal lavado: o advogado-geral da Dilma, Eduardo Cardozo, acusa a oposição de ignorar a democracia ao não aceitar a derrota de 2014. Exatamente como ele, Dilma & cia, que se recusam a reconhecer as seguidas derrotas no parlamento e na Justiça, no voto.

PEGOU MAL
Foram mal recebidas no Congresso as visitas de Renan Calheiros a Dilma, que o Senado vai julgar, e ao presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski. Afinal, a bola está com o poder Legislativo.

GOVERNADORES, DE NOVO
Dilma tentará atrair os governadores a pressionar o Senado, fazendo terrorismo. A estratégia é espalhar que eles podem ser os próximos enquadrados na Lei de Responsabilidade Fiscal.

ILUSTRE PEDALADA
O ministro Jaques Wagner (Gabinete Pessoal) é um dos suspeitos de praticar pedaladas fiscais, quando foi governador. Mas ninguém ousou dar seguimento a qualquer denúncia contra ele, na Bahia.

PENSANDO BEM?
? reaparecendo com arrogância após a derrota humilhante na Câmara, Dilma mostra ainda não perceber que a casa caiu.
Herculano
19/04/2016 05:58
AS FACES

Abaixo, dois artigos que mostram as faces de um mesmo viés. Marcelo Freixo, representante da esquerda mais combativa via o PSOL, mostra como ela detesta a religião, religiosos e seus praticantes, por considerarem tudo isto uma alienação. Isto não se discute.

Entretanto, esta mesma esquerda, para se estabelecer no jogo democrático que busca votos entre os alienados para própria alienação que a esquerda produz, usa, deliberadamente a religião (que não acredita), os religiosos (que os detesta) para manipular via terceiros os praticantes para os votos não esclarecidos (os alienados) a seu benefício e a quem verdadeiramente não conseguem convencer com suas ideias e práticas.

Então isto deve ser discutido e esclarecido.

Esta mesma esquerda, incoerente e que impõe sacrifícios coletivos para se permanecer no poder e ao mesmo tempo perpetuar as suas teses ideológicas. só consegue enxergar gangersterismo nas práticas dos outros agentes políticos, das outras correntes ideologicas, impossibilitando a dialética e a convivência com as diferenças que reclama quando em minoria.

Sem a capacidade para a pluralidade que defendem quando na oposição ou em minoria, preferem a hegemonia quando no poder.

Por fim, o artigo do filósofo Luiz Felipe Pondé, esclarece parte desta face impositiva, assertiva e unilateral da esquerda.
Herculano
19/04/2016 05:39
A HISTORIA DO BRASIL DO PT, por Luiz Felipe Pondé,filósofo, para o jornal Folha de S. Paulo

O domínio cultural absoluto da esquerda no Brasil deverá durar, no mínimo, mais 50 anos?.

Sem apoio ao pensamento liberal, não importa quantas Dilmas destruírem o Brasil, pois elas serão produzidas em série. A nova Dilma está sentada ao lado da sua filha na escolinha

A "batalha do impeachment" é a ponta do iceberg de um problema maior, problema este que transcende em muito o cenário mais imediato da crise política brasileira e que independe do destino do impeachment e de sua personagem tragicômica Dilma.

Mesmo após o teatro do impeachment, a história do Brasil narrada pelo PT continuará a ser escrita e ensinada em sala de aula. Seus filhos e netos continuarão a ser educados por professores que ensinarão essa história. Essa história foi criada pelo PT e pelos grupos que orbitaram ao redor do processo que criou o PT ao longo e após a ditadura. Este processo continuará a existir. A "inteligência" brasileira é escrava da esquerda e nada disso vai mudar em breve. Quem ousar, nesse mundo da "inteligência", romper com a esquerda perde networking.

Ao afirmar que "a história não perdoa as violências contra a democracia", José Eduardo Cardozo tem razão num sentido muito preciso. O sentido verdadeiro da fala dos petistas sobre a história não perdoar os golpes contra a democracia é que quem escreve os livros de História no Brasil, e quem ensina História em sala de aula, e quem discorre sobre política e sociedade em sala de aula, contará a história que o PT está escrevendo. Se você não acredita no que digo é porque você é mal informado.

O PT e associados são os únicos agentes na construção de uma cultura sobre o Brasil. Só a esquerda tem uma "teoria do Brasil" e uma historiografia. Essa construção passa por uma sólida rede de pesquisadores (as vezes, mesmo financiada por grandes bancos nacionais), professores universitários, professores e coordenadores de escolas, psicanalistas, funcionários públicos qualificados, agentes culturais, artistas, jornalistas, cineastas, produtores de audiovisual, diretores e atores de teatro, sindicatos, padres, afora, claro, os jovens que no futuro exercerão essas profissões. O domínio cultural absoluto da esquerda no Brasil deverá durar, no mínimo, mais 50 anos.

Erra quem pensa que o PT desaparecerá. O Lula, provavelmente, sim, mas o PT como "agenda socialista do Brasil" só cresce. O materialismo dialético marxista, mesmo que aguado e vagabundo, com pitadas de Adorno, Foucault e Bourdieu, continuará formando aqueles que produzem educação, arte e cultura no país. Basta ver a adesão da camada "letrada" do país ao combate ao impeachment ao longo dos últimos meses.

Ao lado dessa articulada rede de agentes produtores de pensamento e ação política organizada que caracteriza a esquerda brasileira, inexiste praticamente opção "liberal" (não vou entrar muito no mérito do conceito aqui, nem usar termos malditos como "direita" que deixam a esquerda com água na boca). Nos últimos meses apareceram movimentos como o Vem Pra Rua e o MBL, que parecem mais próximos de uma opção liberal, a favor de um Brasil menos estatal e vitimista.

Ser liberal significa crer mais no mercado (sem ter de achá-lo um "deus") e menos em agentes públicos. Significa investir mais na autonomia econômica do sujeito e menos na dependência dele para com paternalismos estatais. Iniciativas como fóruns da liberdade, todas muito importantes para quem acha o socialismo um atraso, são essencialmente incipientes. E a elite econômica brasileira é mesquinha quando se trata de financiar o trabalho das ideias. Pensa como "merceeiro", como diria Marx. Quer que a esquerda acabe por um passe de mágica.

O pensamento liberal no Brasil não tem raiz na camada intelectual, artística ou acadêmica. E, sem essa raiz, ele será uma coisa de domingo à tarde. A única saída é se as forças econômicas produtivas que acreditam na opção liberal financiarem jovens dispostos a produzir uma teoria e uma historiografia do Brasil que rompa com a matriz marxista, absolutamente hegemônica entre nós. Institutos liberais devem pagar jovens para que eles dediquem suas vidas a pensar o país. Sem isso, nada feito.

Sem essa ação, não importa quantas Dilmas destruírem o Brasil, pois elas serão produzidas em série. A nova Dilma está sentada ao lado da sua filha na escolinha.

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