16/02/2016
O PASSO PERDIDO I
O que esperar de um partido que se rotula não ser de direita, de centro, de esquerda, de oposição e até mesmo, de situação? Gente com esta (ou falta de) personalidade, conteúdo e disfarçada no senso de oportunismo. Assim é o PSD no Brasil inteiro, com Gilberto Kassab, que o criou e definiu a favor do PT, hoje instalado e quieto na boquinha do Ministério das Cidades, que não possui dinheiro para nada. Assim é o PSD em Santa Catarina onde o governador – ou ainda prefeito de Lages – se tornou aliado fiel de Dilma Vana Rousseff, PT, exatamente quando ela exibe o pior do seu governo no desastre econômico, social, ético, moral e político. Esta relação estranha, nem com migalhas ela retribui como contrapartida para os catarinenses. Em Gaspar, nada disso é diferente. O PSD está aliado ao PT, mas não quer que se diga isto por aí. Está com vergonha ou quer criar vantagens para se sair do buraco em que se meteu?
O PASSO PERDIDO II
O PSD de Gaspar se orgulha ter o vereador que mais recebeu votos por aqui na eleição passada, o Marcelo de Souza Brick. Legal. Entretanto, o que ele fez com este ativo? Deixou-se perder. Pensou que ser o mais votado lhe daria o passe mágico credenciando-o para ser candidato a prefeito. Marcelo esqueceu de trabalhar, articular e criar estruturas para fazer valer este ativo político. Ao contrário. Fez um mandato sem brilho, sem transparência e sem resultados. Trocou o status de presidente da Câmara pelo cabresto da bancada minoritária do PT. O mesmo se sucede com o Giovânio Borges. Ambos, se juntam a José Hilário Melato, PP, para dar maioria ao PT na Câmara nas votações essenciais.
O PASSO PERDIDO III
O PSD trocou o futuro pelo presente. E agora paga caro. Está sem crédito. E talvez sem votos. Marcelo, por exemplo, não repetiria, se concorrer, os votos que fez para vereador. Mais, o PSD e os seus vereadores não agregam votos. Tanto que o plano de encabeçar uma chapa foi engolido primeiro pelo PMDB, num segundo instantes pelo PSDB, que demarcaram o território com o PT. No PSDB há uma porta aberta para ser vice. Entretanto, a rejeição é grande. Na última conversa que os dois partidos tiveram, o PSD botou banca, foi arrogante, ameaçou e quis ditar o ritmo. O PSDB parece estar consciente que o PSD na situação de hoje mais prejudica do que soma. Ele destrói o discurso da candidata Andreia Symone Zimmermann Nagel com essa aliança branca na Câmara em favor do PT, onde ela é praticamente a única voz de questionamentos do governo de Pedro Celso Zuchi.
O PASSO PERDIDO IV
Então o que esperar de Marcelo de Souza Brick, de Giovânio Borges, de Fernando Neves, e do padrinho de todos, inclusive do prefeito e da administração de Ilhota, Daniel Christian Bosi, o deputado Jean Jackson Kuhlmann? Ele já disse que pode ser uma linha auxiliar do PT de Blumenau que se esfacela e há muitos anos não consegue ser poder por lá. Então o que esperar de quem não é de direita, de centro, de esquerda, de oposição e até de situação, e vive em permanente negócio para se estabelecer no status político? Está mais do que na hora do PSDB de Gaspar procurar o seu rumo ou enquadrar quem ele quer como parceiro para si nesta campanha. Se não fizer isto, vai herdar a dúvida e os problemas. Por que o PSDB quando chamou o PSD para a conversar já não colocou na mesa os ajustes das diferenças? Se tivesse feito isso, o PSD teria corrido (ou se ajustado) imediatamente. Acorda, Gaspar!
O DISFARÇE? I
O PT de Blumenau de Décio Neri e Ana Paula Lima, manda no de Gaspar de Pedro Celso Zuchi e até instrumentaliza o governo de Daniel Christian Bosi, PSD. Há anos que o PT está sem chances em Blumenau. Décio voltou para Itajaí para dar um novo rumo no seu futuro político. No final de semana, ele produziu mais um factoide. O jornalista Clóvis Reis informou no Jornal de Santa Catarina, da RBS de Blumenau, que Décio teria sido convidado para se filiar pelo PDT. E Décio, ouvido, se ensaiou na onda.
O DISFARCE? II
Novidade? Nenhuma. O PDT é auxiliar do PT para encurralar adversários e jornalistas que não se calam diante das pressões e ameaças do PT. Com o PT escorregando ladeira abaixo neste mar de lama, tem gente que agora que o sugou até osso do partido, quer se livrar do dele para se perpetuar neste mundo de fantasia e dúvidas como se esta assepsia seria possível, ainda mais com os escândalos estourando e à beira de novas eleições com palanques quentes. Essa gente conhece o seu eleitorado feito na maioria de analfabetos, ignorantes e desinformados, capaz de engolir estas jogadas feitas de disfarces de ocasião.
O DISFARCE? III
Exemplos de que procurar um novo caminho não faltam para ser seguidos. Neste mesmo final de semana, aos 72 anos, ex-ministro de Educação petista de Luiz Inácio Lula da Silva, o senador brasiliense Cristovam Buarque, resolveu sair do PDT, a linha auxiliar do PT, o partido original de Dilma Vana Rousseff, tão enlameada quanto. "Cansei". Não quero que meu nome fique associado a um partido que ajudou o país a afundar. Venho falando há tempos que não vai dar certo. Foram muitos alertas. Está cada vez pior. Já não estamos em crise, estamos em decadência. E levaremos muito tempo para sair dela”. Pois é. Ainda existem políticos que se preocupam com o país, os cidadãos e o futuro de todos nós. Mas, eles não estão no PT, no PDT... Cristovam vai para o PPS.
A MOSQUITA, AGRADECE
A presidenta deu uma lição a todos nós na guerra contra o mosquito da dengue, chicungunha e zica. Explicou se tratar de uma mosquita danada e que, precisa ser combatida sem tréguas (agora, quando tudo já está infestado). Fez o discurso e a ação para disfarçar os problemas de gestão. Então colocou seus 38 ministros neste final de semana na rua em em vários estados, para fazer propaganda na tevê e combater a tal mosquita. Em Gaspar, no governo do PT da presidenta, o exemplo não é bom. No pátio da Ditran – Diretoria de Trânsito – a mosquita encontrou abrigo para desafiar a presidenta, a propaganda arranjada para encobrir os erros e os gestores públicos daqui. Zica neles. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
E as obras da ponte do Vale não recomeçariam agora em fevereiro? Quando o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, vai para as rádios encher linguiça e com enrolação sobre este assunto para analfabetos, ignorantes, desinformados, dependentes do partidos e fanáticos, já devidamente esclarecido há anos aqui?
O serviço para o PT. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, mandou vetar as poucas emendas que os vereadores Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSD, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, fizeram ao projeto de lei 60/2015. Ele trata da coleta, transbordo e destino final do lixo de Gaspar. E quem ganhar vai poder fazer este serviço por até 40 anos (20 anos, mais 20 para a possível renovação).
O serviço para o PT. O vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, na última sessão impediu a votação. Pediu vistas. É que os vetos tinham tudo para passar com os votos do PSD. Com o gesto Marcelo, primeiro ele livrou a cara do PSD. Segundo, deu um fôlego para o PT arrumar mais argumentos técnicos para a defesa frágil que fez sobre a necessidade de vetos, desmoralizando o próprio Legislativo.
O Ministério Público que cuida da moralidade pública acompanha este caso muito de perto. E é aí está o nó da questão que assustou o PT e do qual ele precisa se livrar. E o PSD fez o serviço para o PT criando o fôlego com as vistas que pediu.
Arquivado. O relator da Comissão de Legislação, Justiça, Cidadania e Redação mandou arquivar Projeto de Lei 32/2015, do vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP, que pedia a instalação de brinquedos adaptados nos parques públicos de Gaspar. O PT prega a cidadania, mas na hora de exerce-la de verdade...
Sessão de terça-feira passada da Câmara de Gaspar teve mais um exemplo explícito de bullying.
O vereador José Amarildo Rampelotti, PT, é o líder do governo de Pedro Celso Zuchi. E como tal, ele possui o direito regimental de falar por último na sessão. E por tática, Rampelotti aproveita, invariavelmente, para atacar política e até pessoalmente, a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB.
E faz isso sem conceder o aparte, insistentemente pedido pela vereadora. É um direito dele conceder ou não. A vereadora, quando pode, em outras sessões, reclama, retruca ou esclarece. Mas, não quando faz isso, já possui o mesmo valor se fosse no momento do debate. E Rampelotti tem plena consciência disso.
Na terça-feira, Rampelotti extrapolou. Com voz de falsete, imitou uma criança, aluno de escola primária, numa referência a vereadora que é professora. O espetáculo era para repreender a vereadora que o cobra uma postura diferente. Na plateia, o PT se deliciava mais uma vez. Na imagem da Câmara, José Hilário Melato, PP, também.
Rampelotti aproveitou para dar lições como respeito às leis e a instituições, entre elas a Câmara, que segundo ele, a vereadora não possui este senso com as crítica que o faz ou ao partido. Será? Câmara e convívio político de ambos os vereadores são impossíveis. É notório. Entretanto, é o vereador quem responde na Justiça, e com condenação em primeiro grau, por ofender uma juíza e a instituição Judiciário. Então, quem ensina, não aprendeu ou não tem autoridade para exigir de outrem o que não pratica.
Paulo Filippus, do Movimento Brasil Livre, de Gaspar, desabafa. “Disse certa vez o escritor João Ubaldo Ribeiro: É difícil que haja no Brasil indignados conta a corrupção, já que o sonho da maioria dos brasileiros é 'ter um político corrupto na família', que lhe resolva os problemas”.
Escreve-me Filippus na conclusão própria: “Ele (João Ubaldo) foi irônico, é claro, eu também não concordo. Porém aqui em Gaspar eu me deparo com esse tipo de ‘brasileiro’ toda vez que mostro alguma coisa errada de algum político ou partido. O que não falta é gente tentando defender o indefensável, por mais errado que ele esteja, só porque é amigo ou é da família”.
A corrupção e a lei, com o se vê, só existem quando se olha os outros. Acorda, Gaspar!
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).