14/07/2016
AMULETO
Gaspar tem na sua história, de tempos em tempos, a sorte em revelar delegados de polícia de reconhecimento profissional no estado de Santa Catarina. Foi assim com Juraci Darolt, Ademir Serafim e Paulo Norberto Koerich. Anotem mais este nome: Egídio Maciel Ferrari. Na semana passada ele fez um serviço detalhado e longo de investigação que abriu os olhos dos blumenauenses. Antes os bandidos que agiam lá, moravam ou se escondiam aqui. Desta vez, Egídio pegou gente que agia lá e aqui no mocó em Blumenau. Aqui a delegacia de polícia dobrou o serviço pela demanda devido ao crescimento do crime e da população, mas teve diminuida pela metade os servidores. Às vezes, e não são poucas, tem que se fechar a delegacia para atender as ocorrências emergenciais. Tudo se atrasa. Uma vergonha sem tamanho do governo do estado, liderado por Raimundo Colombo, PSD, para com a sociedade e na gestão deste problema social e de segurança.
VEM ROLO AI...
... e do grosso. O Ministério Público está interessado em saber as razões pelas quais algumas empresas na nossa região sobrevivem, há tantos anos, participando e desistindo de licitações públicas em Gaspar e Brusque. Elas encontram um meio rentável de negócios mexendo só com papéis de oportunidade. Outra. Qual a razão que uniam as administrações petistas de Brusque de Paulo Roberto Eccel – este ex-assessor de Zuchi e já defenestrado por propaganda irregular - e Pedro Celso Zuchi nas licitações públicas? A empreiteira Sona está no olho deste furacão. A Soberana, de Blumenau, depois que se lançou ao embate para tornar inedônea a Torre – o caso explicado aqui várias verzes -, também está senho olhada com lupa.
O REVIDE I
Tramita no Senado Federal, de interesse da chantagem senador Renan Calheiros, PMDB-AL, (aquele que é investigado em dez inquéritos no STF, incluindo a Lava-Jato, e responde à Ação Penal por uso de documento falso), um Projeto de Lei que tem como objetivo reformar a obsoleta lei de abuso de autoridade, que é de 1965. Segundo Renan, o PL pretende acabar com a prática do "carteiraço". Nada mais nobre, e objetivo, a não ser pelo fato de que referido projeto, além de acabar com a prática do "carteiraço", atinge diretamente Juízes, Procuradores, Promotores, Policiais, investigadores e até mesmo a imprensa investigativa.
O REVIDE II
Lendo o projeto de forma objetiva e singela, pode-se até perceber boa vontade no texto, mas suas entrelinhas estão dotadas de subjetividades e expressões abertas, que podem fazer de qualquer ato praticado, um abuso de autoridade. Vale dizer, o agente público que age dentro da lei pode ser enquadrado até por respirar no processo. As defesas dos réus virarão acusação contra os acusadores, e o projeto inibirá investigações e processos. Outro Senador, Romero Jucá, PMDB-AP, (aquele, flagrado em gravação telefônica dizendo que iria convocar uma Constituinte específica para tirar poderes do Ministério Público, e também investigado na Lava -Jato) apresentou substitutivo ao projeto original, com objetivo de "corrigir falhas de redação", e, pasmem, justificando oficialmente que o novo substitutivo seria para não interferir na Lava-Jato. A pergunta que não quer calar é: pode-se confiar nos Senadores? É isso que o país deseja nesse momento? Oportunistas em causa própria, com o voto dos brasileiros e contra os próprios eleitores, pagadores dos pesados impostos que sustentam este submundo político. Wake up, Brazil!
OS NOVOS VELHOS POLÍTICOS I
Em Gaspar o que mais se propaga é de que os candidatos de oposição ao PT empoderado quase 12 anos na prefeitura, que todos são novos na política. Podem ser. Mas, as práticas são antigas. E por que? Porque estão a mandos dos velhos caciques e das velhas práticas. Um candidato vende planos mirabolantes de futuro, mas não é capaz de mostrar e detalhá-lo à sociedade. Em compensação, anda com uma pesquisa falsa – que não registrou na Justiça para ser comprovada como idônea - mostrando que está quase na liderança. Tudo para atrair votos na lábia fácil e mentira.
OS NOVOS VELHOS POLÍTICOS II
Outro candidato insiste no seu site em mostrar fotos com adversários para falsamente passar a impressão aos eleitores de que houve traição ou debandada de adversários para a sua candidatura. Se continuarem assim, se enganando, vão faltar votos nas urnas. Não é a toa, que o PMDB estadual interveio na campanha de Gaspar. Primeiro prometeram uma candidatura única contra o PT. Depois perderam lideranças para outros partidos. A primeira área que passou ao controle de Florianópolis foi a comunicação e o marketing, antes que alguma coisa fique irrecuperável. Todos com os nervos à flor da pele.
E a tocha olímpica passou por Ilhota e Gaspar. Ninguém é capaz de dizer o quanto custou o circo para os ilhotenses e os gasparenses. Não se trata de ser contra ou a favor. Trata-se de transparência e de se estabelecer a prioridade para a cidade e os cidadãos.
Em Gaspar, por exemplo, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, não se interessou ir a Florianópolis discutir o Anel de Contorno, mas foi lá para o trajeto da tocha.
Outro exemplo. Na quarta-feira os gasparenses se surpreenderam com a notícia chantagem da Viação do Vale. Ela disse que não mais transportaria os trabalhadores e estudantes.
Ou seja, a prioridade do governo petista na terça-feira era a tocha olímpica, desviando o foco do povo dos problemas. Por isso, manipulou e adiou a má notícia, onde quer sair como herói na solução usando o Judiciário.
Se Gaspar não tem recursos financeiros para comprar remédios e estrutura para atender o pobres, doentes e fracos, público preferencial dos votos e enganação dos petistas e comunistas (agora associados com o PSD de Marcelo e o PSB de Giovânio), por que gastar com a tocha?
Outra. Para os trabalhadores e os desempregados pela crise econômica inventada pelo PT, PMDB, PSD, PP, PCdoB, PDT, PTB, PR, PRB e outros, não há vagas nas creches. Entretanto há dinheiro para trazer a tocha? Afinal qual a prioridade de um governo popular?
A primeira constatação do evento de terça-feira. Um desfile comercial promocional dos patrocinadores (Coca, Hunday e Bradesco), muito bem organizado, mas que parte da conta foi paga pelos gasparenses.
A segunda constatação. Um ostensivo desfile das forças de segurança para impressionar o distinto público. Contudo na outra ponta continuam os cidadãos a mercê dos bandidos, exatamente por falta desta proteção que se demonstrou para guardar a tocha e o evento.
A terceira constatação. Mesmo sob vigilância, o PT de Gaspar e Zuchi, não perderam a oportunidade para atos e fotos para as redes sociais pelo “Fora Temer”. Tudo em favor dos seus candidatos a vereador. Na falta de discurso e diante da lama que envolve todos, arrumaram um escapismo para aparecer e com dinheiro dos outros. Afinal quem elegeu Michel Temer, PMDB? Simples: quem votou em Dilma Vana Rousseff, PT.
A quarta constatação. A tentativa de aparecer nacionalmente não deu certo. Escolheram e colocaram um imigrante haitiano para carregar a tocha e representar à cidade. A foto na escadaria foi parar, ironicamente, numa coluna do Jornal de Santa Catarina, de Blumenau. Queriam ser manchete nacional.
A quinta constatação. Mari Inez Testoni Theis, escolhida por um patrocinador da tocha e não por Gaspar, a que na entrevista ao Jornal de Santa Catarina afirmou que correu com os militares da Defesa Civil, foi a estrela da RBS TV.
A sexta constatação. A imprensa amiga e o PT “comemoraram”. É que o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi menos vaiado do que se esperava. Meu Deus!
A prefeitura desativou no seu site, a área de notícias. É uma orientação legal para a época de campanha eleitoral. Todavia, a prefeitura continua alimentando os veículos de comunicação em Gaspar, Blumenau e Brusque com pautas direcionadas. Tudo de forma intencional e organizada na reciprocidade comercial passada e futura.
Baixa comunista. Anísio Lana desistiu de ser candidato a vereador. “Sem motivação alguma para iludir um povo sobre uma coisa que não muda sua forma de ser”. E o sincerecídio se completa e é fácil se saber onde se encaixa.
“Desejo boa sorte a todos que disputarem uma vaga e que não escolham seus candidatos não pela simpatia dos sorrisos forçados. O melhor entre eles, é o que menos prometer e sim dizer como vai realizar seus projetos”, conclui Lana.
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