Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

08/08/2016

ATIRE NO PARDAL E ABATA POLÍTICOS DESONESTOS
Nas lojas virtuais é possível baixar um aplicativo chamado de Pardal. Ele aceita dos eleitores e eleitoras denúncias fundadas (é preciso indicar provas ou caminhos de provas) contra políticos desonestos, ainda contaminados com as velhas práticas de comprar votos. Em Santa Catarina, o Tribunal Regional Eleitoral não disponibilizou esta ferramenta de transparência e este link de cidadania. Uma pena. Espirito Santo, Piauí, Mato Grosso, sim. Os políticos e eleitores negociadores estão agradecidos. No site do TRE catarinense há, todavia, um canal para estas denúncias. É com o Ministério Público. Basta acessar este link: http://aplicativos.pgr.mpf.mp.br/ouvidoria/portal/cadastro.html?tipoServico=2

 

E como escreveu um leitor da coluna sobre este tema e este aplicativo que por aqui ainda não funciona: “faça seu papel. Atire no fio para assustar o pardal e depois o denuncie”. Segundo ele, em alguns municípios, se o al aplicativo funcionar, ele vai travar de tantas denúncias.

ILHOTA EM CHAMAS
Uma boa e uma péssima notícia para o prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD. A boa: a promotora que cuida da Moralidade Pública na Comarca de Gaspar, Chimelly Louise de Resenes Marcon, arquivou parcialmente a representação dos vereadores Luiz Fischer e Almir Anibal de Souza, ambos do PMDB contra o prefeito. O inquérito Civil Público verificou a regularidade da licitação da Carta Convite nº 03/2013 para prestação de serviços de assessoria jurídica ao município pela Scottini Advogados Associados, de Blumenau. Ou seja, a prefeitura que possui procuradoria, neste caso podia sim contratar o escritório como licitou. E a péssima notícia? A Ação Civil Pública por dano ao patrimônio. É que o mesmo inquérito levantou provas sobre o possível direcionamento da contratação deste serviço terceirizado pelo prefeito Daniel. Para piorar tudo: os autos estão sendo enviados à Procuradoria Geral do Estado para a propositura também de uma Ação Penal.

RAIMUNDO, O ALGOZ I
Raimundo Colombo foi um dos piores governadores na história de Santa Catarina. E devido a isso, o seu PSD deve pagar um preço bem alto nas eleições de outubro. Só não será maior, porque o PT a quem flertou, vai se estraçalhar diante de todas as mazelas criadas pelo mensalão, petrolão, eletrolão, Carf, corrupção e quedas das estrelas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff. No Vale do Itajaí, o PSD está órfão. Em Blumenau, o decano deputado estadual Jean Jackson Kuhlmann, sofre desgastes ao ponto de correr atrás como um mendigo de um vice para ter votos capazes de lhe dar no mínimo o segundo turno: o apresentador de TV, Alexandre José, PRB. Em Gaspar, onde o deputado manobra o partido, tornou-se uma segunda via do PT caso o time do prefeito Pedro Celso Zuchi não decole. Para se viabilizar com Marcelo de Souza Brick, Kuhlmann permitiu a divisão do PSD fingindo-se assim ser dois com o PSB. E para completar, trouxe emprestado do governo do PT de Zuchi por sete anos, o Partido Comunista e o PPL, este que nem CNPJ tinha.

RAIMUNDO, O ALGOZ II
Em Ilhota, aconteceu o caso mais emblemático do PSD que até recebeu ajuda do governo de Raimundo Colombo para a conclusão da ponte dos Sonhos, embalada pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira, avalizando uma iniciativa do ex-secretário de Administração e ex-deputado Federal, João Batista de Mattos, PMDB, de Ibirama. O prefeito Daniel Christian Bossi, PSD, desistiu de ir à reeleição diante tanto desgastes que criou na sua administração e relatados nos resultados das pesquisas que ele próprio fez e conferiu antes da decisão. A administração de Ilhota era para ser a menina dos olhos de Kuhlmann, como sempre anunciava. Agora terá que escondê-la. Amarildo Laureano, suplente de vereador pelo PP, ex-secretário de Saúde assume o lugar que seria cativo de Bosi. O PSD se contentará com a vice com Roberto Poerner (Beto Perna). O PSD vai disputar contra o PMDB com suposta cara de renovação. Está confirmado o empresário Érico de Oliveira, o Dida. Ela fará dobradinha com Joel Soares, DEM. E o PSD terá muita dificuldade para recuperar o tempo perdido em Ilhota.

RAIMUNDO, O ALGOZ III
Quando Daniel ganhou as eleições de 2012 em Ilhota e até de forma surpreendente, muito se aproveitando para ser conhecido com a repercussão de um fato familiar, tinha-se como encerrada a era do ex-prefeito Ademar Felisky. Ele era o PMDB e o partido dependia dele. E para complicar, vieram logo as devassas, as dúvidas e o olho do Ministério Público e do próprio Tribunal de Contas da União. Tudo exposto. Um inferno. Tudo soprava a favor no neo-político e inexperiente administrador público, o advogado Daniel Bosi. E ele não percebeu e nem aproveitou os bons ventos. Improvisou na administração com o inexperiente grupo vencedor, entre eles, o coordenador de campanha Fernando Neves. Ele após dois anos acabou voltando para Gaspar e hoje é assessor do presidente da Câmara, Giovânio Borges. Bosi não revolucionou como prometeu e nem como o eleitorado esperava. Enrolou-se no próprio enredo. E ao final complicou a vida do seu PSD, da sua reeleição e do seu padrinho Kuhlmann. Pior: deu esperanças ao PMDB e voltar ao poder em Ilhota. E Raimundo? Este não tem apetite partidário. Já atingiu o limite: foi duas vezes governador eleito pela máquina do PMDB.

O QUE FAZ?
O que faz este carro do Samae numa garagem de veículos em pleno horário de serviço?

OS HOMENS QUE APANHAM DAS MULHERES I
Corria a sessão esvaziada na pauta - como será a de hoje - da Câmara de Gaspar na terça-feira passada. Era a volta dos vereadores das suas “férias” de inverno, que quando o relator, vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, teve a oportunidade de mudar esta situação, deixou passá-la sob desculpas de que as mudanças provocariam “efeitos” administrativos e mais custos internos. Volto. E para a surpresa dos mais atentos, numa Câmara de 13 vereadores amplamente dominada por homens, eis que Marcelo naquela tarde mordorrenta resolveu escorregar na casca de banana que nem descascada estava para tal escorregão. Ao contrário. E depois reclama-se da sorte e da observação crítica desta coluna como se a coluna fosse a dona da bananeira e das cascas. Quem mesmo é que orienta Marcelo?

OS HOMENS QUE APANHAM DAS MULHERES II
A professora e uma das duas atuais vereadoras da Câmara, Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, (a outra é Marli Iracema Sontag, pois a terceira, Ivete Mafra Hammes, está licenciada para tratamento de saúde, ambas do PMDB) momentos antes anunciou e convidou os vereadores para o Seminário Comemorativo aos 10 anos da vigência da Lei Maria da Penha. O seminário vai ser aberto e usar o auditório da Câmara. Ele está sendo organizado pela iniciativa do Ministério Público com a liderança da promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon neste processo. Com ela, um punhado de colaboradores e patrocinadores. O evento, inédito, sem iniciativa partidária, populista, padrinhos políticos ou partidos que usam os vulneráveis e minorias para a sua projeção, acontecerá entre os dias 17 e 19 de agosto. Há uma extensa e qualificada programação. Essa programação já está sendo divulgada amplamente pela imprensa local.

OS HOMENS QUE APANHAM DAS MULHERES III
“A Lei Maria da Penha não é só para as mulheres, vereadora Andreia. A jurisprudência entende que ela também se estende aos homens”, alertou Marcelo da tribuna da Câmara sob o testemunho do editor e proprietário deste Cruzeiro do Vale, Gilberto Schmitt. Marcelo pediu então que lá naquele dia do seminário, a vereadora se tornasse uma "garota de recado" dele e dos homens maltratados, fizesse para ele e outros, esse registro. Segundo Marcelo, os homens ou maridos também são agredidos pelas ou suas mulheres. Está gravado. Primeiro, pelo jeito, o vereador não conhece nem a história, nem o espírito da Lei, nem o avanço da Lei Maria da Penha – uma legislação de proteção de gêneros - na afirmação dos direitos e da dignidade mínima das mulheres perante e numa sociedade machista. Segundo: o vereador Marcelo se revela um alienado – e foge do debate daquilo que diz acreditar - quando pede para que a vereadora faça esta observação para ele fora do contexto, lá no evento, quando ele próprio Marcelo deveria ir lá, com toda a sua cara de pau, defender este ponto de vista, bem os questionamentos decorrentes dele. Terceiro: a escorregada se completa, porque o vereador, jovem, que devia ter uma cabeça mais plural e aberta, posa exatamente de galã para obter votos e vantagens no público feminino, seja no contato direto ou principalmente nas redes sociais. Entretanto, pela observação que fez na Câmara na semana passada, Marcelo finge e está se estabelecendo na incoerência.

OS HOMENS QUE APANHAM DAS MULHERES IV
Que há homens que apanham de suas mulheres, não há dúvida que existam. E pelo que o vereador enfatizou, deve conhecer casos concretos aos alcance de seus próprios olhos. Falou como se tivesse propriedade no conhecimento desta causa. Todavia, além de raro diante da cultura, legislação e práticas machistas, há também na sociedade mecanismos suficientemente históricos de proteção contra esta possibilidade aos homens. E isto começa pelo acesso dos homens, pela estrutura social de constrangimento permitido aos homens, a policial que facilita à apuração, da lei secular para melhor tipificar a suposta conduta agressiva da mulher e a Judiciária para facilitar a penalização em nome dessa cultura distorcida em pleno século 21. A Lei Maria da Penha, vereador, veio tentar, repito, apenas tentar diminuir estas anomalias ou facilidades que davam desigualdades para homens e mulheres no trato efetivo deste assunto. Muito mais do que diminuir a violência e buscar penalizar os culpados vereador, a Lei Maria da Penha veio permitir à discussão da igualdade dos direitos de gêneros, à compreensão, à mudança cultural e o respeito nesta diversidade. E é isto que vai fazer o seminário da semana que vem aos e com os gasparenses – homens, mulheres e outros. E pelo jeito, o vereador não irá participar, pois que já mandou a vereadora Andreia levar um recado torto no sinal aos organizadores e participantes do seminário.

OS HOMENS QUE APANHAM DAS SUAS MULHERES V
E para encerrar algo que é óbvio, mas que muitos se negam a enxergá-lo e até praticá-lo. O vereador Marcelo de Souza Brick poderia alegar que este artigo foi movido pelo preconceito, a perseguição, a inveja ou a desqualificação intencional deste colunista contra à sua deslumbrante carreira política, onde ele se diz ser o novo na política local. Discurso manjado e repetido contra esta coluna. Não, vereador! Basta recorrer à estatística disponível. E não vou me reportar aos dados precários ou subtraídos da distante ou feita para esconder a realidade nacional. Vou mostrar números da Comarca de Gaspar, da nossa realidade, daquela que o senhor representa e pede votos. O vereador sabe quantos casos de violência de homens contra a mulheres tramitou no Justiça da Comarca nestes sete meses de 2016 em Gaspar e Ilhota? Pois é: 122. E contra mulheres que agrediram seus homens (esposos ou companheiros) em Gaspar e Ilhota? Apenas um. Ah, mas os homens têm vergonha de registrar esta suposta humilhação, diria um defensor do vereador. E têm. Então, a primeira reação dos agredidos, normalmente, é resolverem estes problemas respondendo com mais violência e escondendo-o das estatísticas. E tudo fica por isso mesmo. Outra, e partindo desta premissa que compõe vários estudos sérios sobre o assunto: estes 122 casos podem ser muito, mas muito mais também. Este alto número ainda é apenas um ponto fora da curva, de gente corajosa, de quem não aguenta mais de tanto apanhar. É por causa desses números na nossa comunidade que a Lei Maria da Penha precisa ser discutida, conhecida e amadurecida entre nós, vereador. E é preciso mudar. Inclusive nos recados. Acorda, Gaspar!

RECONHECIMENTO
A promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, que na Comarca cuida entre outras da Moralidade Pública, tem sido minuciosa, precisa e implacável com os políticos. Eles têm se queixado ao invés de se adequarem à transparência, ética, dialética e principalmente à lei. Mas, tudo isto não impediu que a Câmara de Ilhota propusesse e aprovasse uma moção de reconhecimento do seu árduo trabalho na Comarca. A entrega foi na semana passada. A promotora se emocionou. O prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, convidado não apareceu na sessão. Seus dois vereadores escudeiros, também: Fabrício Pereira, PSDB, e o ex-secretário de Saúde, Amarildo Laureano, o Keka, PP.

TRAPICHE

Hoje é dia do Senado debater, votar, aceitar ou rejeitar a denúncia do Impeachment da presidente afastada Dilma Vana Rousseff, PT. Será um longo e pré-histórico dia do juízo final do mês de agosto, o do cachorro loco. É dia de conhecer o “jogo” pró PT do presidente do julgamento do impeachment e do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowsy .

O PT de fato já desistiu de Dilma. E por que? A eventual volta dela ao poder, será pior ao que já se estabeleceu como um desastre político e eleitoral para o PT nesta eleição de dois de outubro. Será a suprema agonia a volta dela para o partido.

Apesar de enlameado ao extremo e num processo de franca decadência, o PT não desiste de ser o exemplo de democracia, retidão e ética para o Brasil político. Mais: acha-se perseguido pela “mídia golpista”, conservadores, liberais, brancos, ricos, coxinhas, ricos, direita (?) e fascistas. Tudo para esconder as provas, do desastre econômico e de corrupção que patrocinou contra a sociedade brasileira, especialmente os mais pobres (a maior fatia do eleitorado que manipula e se sustenta) com inflação alta, desemprego, falta de acesso à saúde pública...

O PT, de verdade, está de olho em dois fatos táticos da esperteza própria que possue e própria dos velhos políticos: o primeiro deles é o de diminuir o desastre eleitoral deste outubro e o segundo é o de voltar a ser protagonista nas eleições presidenciais de 2018, se até lá o PT ainda existir.

E para que esse plano tático dê certo, o PT precisa voltar rapidamente para a oposição. Precisa criar discursos e bandeiras como a de atacar e pedir “Fora Temer”, “Fora FHC”, “Fora Serra”, “Fora Aécio”, fora qualquer um que seja ou tenha chances de ser poder.

O PT precisa urgentemente voltar ser vítima, se vender como um perseguido pelas elites, os patrões, o PSDB, o DEM, o PPS e então como autodefesa, atirar sistematicamente pedras, forjar erros nos outros, ser contra tudo para ganhar manchetes numa imprensa majoritariamente de esquerda nas redações, ser o centro das polêmicas, denunciar nos outros exatamente naquilo que se deliciou e aceitou para si.

Por fim, o PT precisa voltar ao seu berço de oposicionista, imagem e atividade que sempre exerceu com maestria, que o levou ao poder com Luiz Inácio Lula da Silva e depois com Dilma Vana Rousseff e aqui com Pedro Celso Zuchi.

Ontem na Câmara Federal, em Brasília, foi dia de marcação cerrada por promotores e juízes. No auditoria Nereu Ramos (catarinense) se disse não ao Projeto de Lei Suplementar 280/16, aquele que regulamenta o tal “Abuso de Autoridade” e ao Projeto de Lei Parlamentar 257/16, conhecido como o do Juízo Final. Os políticos estão incomodados.

Ainda está no Superior Tribunal Eleitoral, em Brasília, o pedido de cassação da vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, por ela ter trocado o DEM pelo PSDB. Aqui em Santa Catarina a decisão foi unânime a favor de Andreia.

O pedido de cassação foi patrocinado pelo suplente de vereador do DEM, Laércio Pelé Krauss, e pelo presidente do PPS, Vitório Marquetti, que estava na coligação de Andreia nas eleições de 2012 e agora, está junto com o PT de José Amarildo Rampelotti e Pedro Celso Zuchi. Pela movimentação, o julgamento está próximo.

Circula nas redes sociais, uma embaraçosa carta escrita antes da morte por um suicído. O temor é que a família dê fé e ela sirva de instrução no Judiciário. Por causa dela, tem político não dormindo faz tempo.

O “Avança Brasil Maçons” publicou neste final de semana: “democracia sem o combate ao voto de cabresto e ao cabide de emprego não é democracia. É tirania disfarçada de democracia”. Ao que foi retrucado. “Em Gaspar SC tem candidato maçom que não conhece esses preceitos éticos. Então...”

O “Avança Brasil Maçons” retrucou com tudo. “Então o que? Tem que agir como maçom, e tem que ter provas e evidências do crime. Maçom não tem que ter vantagem por sê-lo”. Ao que recebeu esta resposta. “E tem. Pelo poder vale tudo, inclusive as masmorras dos vícios”. Ao que o “Avança Brasil Maçons”, concluiu: “improvável que seja um maçom iniciado na política. Deve ter sido um político iniciado na maçonaria”. Então...

Como funciona. Teresa da Trindade já foi vereadora. Já foi PT, PP, PSD e PSB. Já apoiou Pedro Celso Zuchi, PT, e Adilson Luiz Schmitt, sem partido, mas que já foi PMDB histórico, PSB e PPS. Com Adilson, ela chegou até ser secretária da Saúde. Na eleição passada foi até candidata a prefeita. Perdeu.

Jurou decepcionada. Os seus correligionários não a apoiaram. O PSB há poucos dias das convenções passou para o domínio do vereador e presidente da Câmara Giovânio Borges. Ele estava no PSD. A transação foi avalizada pelo dono do PSB catarinense, o deputado Federal, Paulinho Bornhausen.

Giovânio virou vice de Marcelo de Souza Brick, PSD, a quem Teresa dizia ter sérias restrições por não ajudá-la na campanha a prefeito.

Para sair do PSB Teresa e ficar sem partido, justificou que estaria fora da campanha deste ano. Que nada. Voltou a berço petista. Ganhou um cargo comissionado na prefeitura de Pedro Celso Zuchi, PT, para cuidar de drogados pelo crack.

Mais. Agora Teresa da Trindade é cabo eleitoral do PT, como mostra ela própria na sua rede social. E Teresa ainda diz que não entende a razão pela qual foi traída e recebeu tão poucos votos para prefeita. Teresa pensa que não, mas os eleitores entendem desse assunto melhor do que ela.

Outra das redes sociais dos candidatos. Tem vice tendo que comer em festa popular. Em Gaspar, sabe-se que ele nunca meteu a mão no bolso para ajudar as comunidades ou foi de ir a este tipo de lugar almoçar, jantar, saborear um pastel...

Agora, está comendo e bebendo em pratos e copos de plásticos. Achar tudo isso uma maravilha. Pior mesmo, que tem gente pensando que o tal “novo” político, de uma hora para a outra, do nada, mudou, virou povão e por isso, merece um voto de confiança. Engana que eu gosto. Acorda, Gaspar!

Impressionante aquele vídeo que a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, adicionou no seu facebook, sobre o número aceitável de pessoas que poderiam morrer em acidentes de trânsito. O número real foi de 249 para 70 e finalmente para zero.

A ordenação episcopal na Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo e a primeira missa na comunidade Santa Clara, de Dom Evaristo Spengler, teve fotos disputadas por candidatos a prefeito.

Inclusive por quem nem católico é (o que não é pecado, nem desmerecimento nenhum, ao contrário). Contudo, o uso da fachada a Matriz como estampa nas suas redes sociais, traz uma associação estranha e marota ao símbolo católico, uma imagem pública e comum da cidade.

Sobre catolicismo de fervor, Lovídio Carlos Bertoldi, PT, por exemplo, possui autoridade neste assunto entre todos os candidatos a prefeito. Lovídio foi até seminarista, mas desistiu de ser bispo muito muito antes de testar à vocação de padre. Entretanto, não desistiu do rebanho. Agora quer ser prefeito.

Uma boa notícia. Os agentes da Ditran de Gaspar já podem multar as infrações consideradas exclusas de notificação pela Polícia Militar (como licenciamento irregular, embriaguês...). O convênio foi assinado na sexta-feira passada. Ficou 70% das multas para Gaspar, 15% para a Polícia Militar e 15% para a Polícia Civil.

 

Edição 1762

Comentários

Sidnei Luis Reinert
11/08/2016 16:20
O STF é inacreditável

Brasil 11.08.16 12:35
O procurador Júlio Marcelo Oliveira reagiu ao julgamento de ontem no STF, que determinou que a apreciação das contas dos prefeitos deve ser feita pelas câmaras de vereadores. Isso quer dizer que os prefeitos só se tornarão inelegíveis por esse motivo se a turma deles rejeitar as contas.

Os tribunais de contas se limitarão a elaborar pareceres prévios.

"É inacreditável. Anos de retrocesso", resumiu Júlio.

http://www.oantagonista.com/posts/o-stf-e-inacreditavel
Herculano
11/08/2016 16:01
SEGURANÇA E CRISE ECON?"MICA, por Cláudio Lamachia, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, no jornal Zero Hora, da RBS Porto Alegre.

Estamos, sem exceção, com a liberdade cerceada. Presos atrás de grades que dão uma falsa sensação de segurança, com os vidros do carro permanentemente fechados e preocupados ao andar na rua e ao sair ou chegar em casa.

O fato é que nem mesmo a polícia e as autoridades estão imunes. Quantos carros oficiais foram alvo de roubo ou furto ao longo dos últimos anos? Quantos policiais foram covardemente assassinados?

Segurança pública, assim como saúde, educação e justiça, faz parte de um conjunto de direitos da sociedade que, quando funcionam de maneira eficiente, têm a capacidade de promover a prosperidade.

Uma sociedade que vive com medo não tem condições de alcançar o seu desenvolvimento pleno e não terá condições de superar o ciclo vicioso do atraso, nem mesmo de superar as barreiras que hoje limitam o avanço social e econômico que enfrentamos.

Não há até agora uma gestão de segurança pública eficiente no combate ao avanço da criminalidade, ao mesmo tempo em que não se percebe qualquer efetividade nas atitudes dos governos para frear o caos.

Também não tem sido realizado o investimento necessário para a qualificação ou ampliação dos quadros de policiais. Não há policiamento ostensivo nem mesmo a utilização de métodos óbvios de vigilância, como o uso de câmeras de monitoramento ligadas às delegacias de polícia em número suficiente para prevenir a ação de criminosos.

Se faltam recursos para suprir necessidades tão básicas, como crer que o serviço de inteligência, capaz de prevenir ameaças de grande risco à sociedade, possa estar devidamente aparelhado?

A criminalidade não é apenas consequência da estagnação econômica que enfrentamos. Ela é também um dos fatores primordiais para que a pequena economia maior geradora de empregos não consiga se desenvolver. Esse ciclo vicioso precisa ser interrompido com urgência e criatividade.

Os governantes precisam comprometer-se com políticas efetivas que garantam o bem-estar da sociedade. Isso deve ser política de Estado, não de governos.
Herculano
11/08/2016 15:55
DIA DO ADVOGADO

Cobraram-me. Antes que seja tarde, registro. Hoje é o dia do Advogado. E o por quê disso?

É uma lembrança e uma homenagem à criação dos dois primeiros cursos de Direito no Brasil, em 1827.

A Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo; e a Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco, foram criadas por D. Pedro I.

Em algumas regiões do país, os profissionais também comemoram o dia 19 de maio, Dia de São Ivo, padroeiro dos advogados.

Os estudantes de Direito tinham uma antiga e questionada tradição neste 11 de Agosto para comemorar a data: o Dia da Pendura. Exageros,praticamente acabaram com esta imprópria comemoração estudantil, que vez por outra parava na Delegacia e Tribunais.
Mariazinha Beata
11/08/2016 13:31
Seu Herculano;

"A conta está sendo passada para os cidadãos nos pesados impostos que pagam para sustentar políticos descomprometidos e carreiristas, populistas, de discursos fáceis, como Esperidião."

Isto é BEM FEITO para Gaspar que vota em peso nesta família.

Bye, bye!
Aurélio Marcos de Souza
11/08/2016 13:30
Herculano.

Todos devem guardar este conselho, como eu guardo para mim. "Não há bem que sempre dure e nem mal que não tenha fim".

Culpados dirão não ter culpa, omissos dirão que sabiam e tudo fizeram para isto acontecer, estes últimos na verdade roedores que agora saem da toca.

Mas o que realmente vale, é saber que a água é mais poderosa que a rocha.
Sidnei Luis Reinert
11/08/2016 12:13
Dilma será candidata ao Senado em 2018?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O "Dilmaexit" é dado como "pule de 13". Apesar da derrota programada pela goleada olímpica de 59 a 21 no Senado, Dilma Rousseff já prepara seu futuro político. A agora ré com condenação programada tem tudo para se candidar a uma vaga de senadora na próxima eleição. O plano de Dilma é aproveitar a tradição esquerdista do eleitorado do Rio Grande do Sul.

Por isso, é grande a chance de uma renúncia de Dilma na véspera da decisão final sobre o impeachment. Também é quase certa a saída dela do PT, que praticamente a abandonou. A brizolista Dilma deve retornar às origens: o PDT - hoje o partido longe do fundador Leonel Brizola e que tem o humorista cearense Ciro Gomes como presidenciável de ocasião.

Existe uma remotíssima chance de Dilma não renunciar faltando pouco para a degola fatal no Senado transformado em tribunal político sob a presidência de Ricardo Lewandowski. A renúncia nos minutos finais do jogo perdido seria uma tentativa de não ficar sem direitos políticos por oito anos, assim que for condenada. É por isso que já vaza que Dilma pensa até em não fazer qualquer menção à palavra "golpe" na cartinha (de renúncia?) que escreverá aos senadores. E o "nosso advogado" José Eduardo Cardozo já cogita até pedir a futura nulidade do julgamento de Dilma...

Mesmo que "peça para sair" tardiamente, Dilma ainda terá de fazer grandes investimentos em advogados e brigar muito nos tapetões dos tribunais para também não ficar proibida de se candidatar ao parlamento em 2018. O complicador para ela é que a condenação de agora acontece, ao mesmo tempo, no Senado, sob o comando do Supremo Tribunal Federal. Dilma só poderá recorrer a Deus, depois que receber o adeus no finzinho de agosto. A data do julgamento fatal deve ser anunciada até sexta (ou no máximo segunda-feira) pelo ministro Ricardo Lewandowski.

Dilma tem futuro político? Tudo vai depender de dois fatores. O primeiro é a persistente força do eleitorado esquerdista no Brasil idiotizado pelo Foro de São Paulo. O segundo é o alto risco de fracasso econômico do sucessor Michel Temer. A situação de Dilma é tão ou mais delicada que a do PT. Dilma pode mudar de partido. O PT terá de se reinventar como partido. Desmoralizada pelo mensalão e por sua continuidade aprimorada (o petrolão), a cúpula partidária será forçada a tirar o time de campo.

Por isso, é grande a chance que seja mantido um PT morto-vivo, enquanto dissidentes do partido, nem tanto contaminados pelas denúncias de corrupção, partam para fundar um "novo-velho" partido de esquerda. A nova sigla, que pode rejuntar petistas hoje em outros partidos, é a saída tática mais provável. Enrolado com problemas judiciais, Luiz Inácio Lula da Silva será obrigado a tirar o time de campo, muito a contragosto. Lula tem certeza de que, depois da Dilma e de Eduardo Cunha, ele é a bola da vez. Sua salvação tática é sair de cena e permitir a reinvenção do PT, a fim de permitir um retorno da esquerda ao poder - fator que poderia reabilitá-lo no futuro. O consolo da petelândia é que a Lava Jato também deve massacrar o PMDB e o PSDB.
Gisele Lenoir
11/08/2016 09:32
Ao Paulo Filippus

Bom, decidi responder em consideração as pessoas que leram e entenderam o meu comentário e em consideração as pessoas que você tenta iludir. Elas não merecem. Quem parece ter problemas de interpretação é você. Mas entendo sua dificuldade. Alguém totalmente ignorante no assunto fica difícil interpretar. Vou tentar explicar os pontos mais alucinantes do seu texto-delírio no que escreveu sem nexo, agressivo, sem coerência, sem discernimento, desproporcional (mas isso é normal na sua turma, o negócio é fazer barulho, parecem o PT), e deselegante para quem quer ser um político. Você serve realmente para ser papagaio de donos de partido e esta no partido correto.

Primeiro você não entendeu o artigo de Mailson da Nóbrega. Aconselho ler novamente e pesquisar cada termo que ele usou. Ele fala de aumentos incontroláveis de gastos de estados e municípios. Gastos são despesas correntes (funcionários e serviços de terceiros que custeiam a máquina governamental funcionando).

Portanto, essas despesas não podem ser privatizadas como você aponta. Precisa é ter um controle de despesas, e uma otimização dos recursos. Pela sua proposta o que consegui entender é que o Governo estadual e a Prefeitura sejam vendidos (privatizado)? É isso? Privatização é isso. Ou que o governo privatize a educação, a segurança, e a saúde?

Serviços essenciais e estratégicos para o governo não podem ser privatizados. É arriscadíssimo. (Pesquise sobre privatização que vai entender). Raríssimas nações com democracia muito mais consolidada privatizam esses serviços no mundo. Que eu conheço somente o EUA tem a saúde privatizada.

Mailson diz que estados e municípios não tem controle de gastos. Gastam tudo o que a lei permite e ainda arrumam marabalismos contábeis para burlar a lei de responsabilidades fiscal. Transformam aumentos temporários de recursos em gastos permanentes.

Ele usa o termo "contabilizando despesas em outras contas". Isso significa terceirizar serviços. Pois serviços de manutenção, por exemplo, é Mao de obra. Se for contratado por uma empreiteira não aparece na conta de funcionários, automaticamente não entra no limite de 50% da lei de responsabilidade fiscal.

E porque fazem isso? Porque querem aproveitar ao máximo para empregar correligionários e contratar empreiteiras de amigos para prestar serviços.

Não sou contra resolver o problema das creches. Pelo contrário. Aliás, se não tivéssemos políticos irresponsáveis como Mailson cita e com propostas iguais as suas não teríamos pessoas esperando vaga em creches. Pois dinheiro para fazer tem e de sobra.

Sou contra a proposta populista da sua candidata porque ela não diz de onde vai tirar recursos para gerar um gasto corrente ao município, se sua vereadora mesmo, diz que a arrecadação está caindo e vai cair mais, como ela quer gerar mais um gasto permanente sem mostrar onde vai economizar? Vai imprimir moeda?

Se a proposta fosse à seguinte: eu vou reduzir os gastos da folha de pagamento para 40% da arrecadação e para isso vou diminuir os cargos comissionados, tirar os afilhados políticos e funcionários fantasmas e vou investir nos funcionários de carreiras, valorizando e motivando-os. E com essa diferença de 10% vou investir em creches e resolver o problema da falta de vagas. ?"timo, excelente. Pois 10% (diferença de 40% para 50% que é o que se gasta com folha de pagamento) de 100 milhões que é o orçamento do município anual são 10 milhões. Dá para fazer 10 creches por ano. Mas isso ninguém assume, porque o interesse não é gerir melhor os recursos, e sim distribuí-los da melhor forma possível durante os anos que ficam na administração. Sua proposta é mais, do mesmo. E mostra seus verdadeiros interesses. Pois não apresentam solução.

Portanto não venham com essas declarações emocionais sem fundamentos feitas pelo seu grupo político que não me comovem. E não está mais comovendo o povo também. Lula fez muito isso. O resultado está ai para todos pagarem e o povo está ficando esperto.

AS PESSOAS PRECISAM DE CRECHE SIM, E DA PARA RESOLVER EM 1 ANO SEM TER QUE DISTRIBUIR PARTE DOS RECURSOS A TERCEIROS.

Um exemplo claro da intenção desse tipo de proposta é o que acontece na secretaria de obras. Contratam-se serviços de terceiros, mas não se reduz a estrutura de maquinários e funcionários.

Ou seja, continua uma fortuna a conta de manutenção de maquinas e equipamentos que nunca funcionam, estão sempre encostados no pátio. Enquanto outra conta paga mais uma fortuna em maquinas e material para as empreiteiras manter as estradas e sem ter controle sobre o que entregam. Ninguém diz que vai mexer nisso, ou o quanto se consegue economizar nessa conta.

Quero votar em um prefeito que diga claramente que vai controlar essas despesas. Se alguém fizer isso sobra dinheiro para resolver todos os problemas do município.

Por isso sua proposta é populista. Porque quer falar diretamente com o povo, passando por cima das reais situações da Prefeitura que é a entidade representativa dos recursos públicos. Porque não diz de onde vai tirar os recursos? Quer distribuir migalhas a maioria vulnerável, Iludindo-os com uma medida paliativa, enquanto faz um discurso para poucos apoiadores e futuros prestadores de serviço.

Vamos ao que é populismo. Resumidamente, Populismo é quando um político tenta se comunicar diretamente com o povo. Desrespeitando as instituições representativas do estado de direito. Geralmente leva o povo a miséria e termina em ditadura. Porque para implantar isso precisa distribuir migalhas a muitos, e virtuosos recursos a poucos burocratas do poder. Sendo assim esquece-se de gerir os recursos e gerar riqueza. Que é a forma mais saudável de distribuição de renda. Leia o que você escreveu, por favor.

E sobre terceirização e privatização aconselho fazer um curso. Pois explicar a diferença para quem é leigo no assunto requer muito tempo e espaço.

E boa sorte na sua caminhada. Mas faça seus discursos inflamados, enrolados e sem conteúdo para as pessoas acostumadas a só aplaudir sem questionar.
José Gonçalves
11/08/2016 08:35
Não sou partidário e apenas analiso as melhores proposta, ideias e planejamento para Gaspar. Me supreende o PMDB que está em campanha a quatro anos, vim apresentando propostas fora da realidade. O registro das candidaturas já eram para estar pronta a muito tempo, deveria ser a primeira coligação a registrar. Isso passa insegurança aos eleitores, mostra desorganização para quem está em campanha a quatro anos. PT não se fala, rejeição gigantesca quebraram o país juntamente com o PMDB. PSD é filial do PT, de 2012 pra cá teve participação na extinção da secretária da agricultura, férias dos vereadores e para essa eleição juntou-se com os comunistas do PCdoB que até agora estava com o PT. E sem falar das propostas utópica que vem apresentando. PSDB/DEM vem apresentando uma visão voltada para a realidade, com os pés no chão e com planejamento e pessoas de grande profissionalismo envolvidas, basta olhar os seus candidatos a vereadores. Além disso, são apenas dois partidos na coligação, os outros estão em cinco, quero ver essas coligações que tem cinco partidos encontrar empregos para todos inchando cada vez mais a máquina. O povo está acordado e não é dinheiro com campanhas milionária que vai decidir a eleição. Eu já assim como a minha família, já decidimos a minha candidata.
Herculano
11/08/2016 08:30
da série: a capacidade dos políticos eleitos e pagos pelos cidadãos para destruir a economia produtiva e os que se arriscam a empreender

DÍVIDA DAS EMPRESAS APROFUNDA A CRISE ECON?"MICA, por Laura Carvalho, professora e doutora em economia

Em artigo publicado no jornal "Valor Econômico" em 4/8, o economista Felipe Rezende, professor de economia de Hobart e William SmithColleges, é incisivo em atribuir à fragilidade financeira do setor privado e ao endividamento excessivo das empresas a explicação da crise econômica brasileira atual. Uma recessão de tamanha magnitude, como a queda de um avião, costuma ser explicada por um conjunto de fatores.

De fato, os dados do IBGE utilizados pelo economista indicam que os investimentos das empresas não financeiras passaram a superar seus lucros retidos já a partir de 2007, levando ao seu endividamento crescente. Com a queda na lucratividade e a frustração das expectativas de retorno para os investimentos realizados, desde 2011, a situação financeira das empresas se deteriorou cada vez mais.

Em um quadro muito estudado pelo economista Hyman Minsky, as empresas endividadas estariam preocupadas desde então em arcar com seus compromissos financeiros e recompor seus balanços, cortando despesas e contribuindo assim para aprofundar a crise econômica. "Logo, não deveria causar surpresa a queda dos investimentos há dez trimestres consecutivos (...)", conclui Rezende.

Mas e se em 2011, ao invés de realizar um forte ajuste fiscal e elevar o superavit primário em 1% do PIB, o governo tivesse mantido a expansão dos investimentos públicos que marcou o segundo mandato de Lula? E se o superciclo de valorização das commodities não tivesse se encerrado? E se a crise europeia não tivesse contribuído para a nova contração do comércio mundial a partir de 2012?

Se as expectativas das empresas para o crescimento da economia, que as levaram a investir tanto em 2007, 2008 e 2010, tivessem se concretizado, as empresas não teriam nenhuma dificuldade em pagar suas dívidas. Nesse sentido, o endividamento excessivo não é exatamente um causador da crise, e sim uma de suas consequências e um de seus agravantes.

De todo modo, diante do quadro descrito por Felipe Rezende, fica evidente a sucessão de erros de política econômica desde o primeiro mandato de Dilma. Quando as empresas buscam reduzir seu grau de endividamento, tentativas de recuperar o investimento privado pela redução na taxa de juros ou oferta maior de crédito via BNDES mostram-se inócuas. Desonerações tributárias, por outro lado, acabam servindo apenas para a recomposição de uma parte dos lucros perdidos, não sendo capazes de estimular novos investimentos.

Para piorar, como sugere Rezende, quando o setor privado está cortando investimentos para reduzir seu grau de endividamento e o setor público adota exatamente a mesma atitude em um ajuste fiscal como o de 2015, a economia entra em uma espiral descendente. A única perspectiva de retomada em um cenário como esse viria de um crescimento da demanda no resto do mundo, que infelizmente ainda patina.

A adoção de uma atitude compensatória ?"anticíclica?" pelo setor público, ou seja, de políticas que contribuam para elevar a demanda e gerar fluxo de caixa no setor privado, seria a única alternativa. O autor sugere, por exemplo, a retomada dos investimentos públicos em infraestrutura e do programa Minha Casa, Minha Vida.

Caso se confirme esse diagnóstico, o estabelecimento de um teto para as despesas do governo tal qual proposto na PEC 241 poderia prolongar por 20 anos o mau momento vivido hoje pela economia brasileira.
Herculano
11/08/2016 08:25
NO TWITTER

O Olhando a Maré, está no twitter, atualizando com informações estaduais, nacionais e até internacionais

@olhandoamare
Herculano
11/08/2016 08:24
TSE INVESTIGARÁ CONTAS DA CAMPANHA DE AÉCIO, por Josias de Souza

A ministra Maria Thereza de Assis Moura, corregedora do TSE, mandou abrir investigação sobre a contabilidade da campanha presidencial de Aécio Neves em 2014. Tomou essa providência cinco dias depois de o colega Gilmar Mendes, presidente do TSE, ter determinado a abertura de processo para apurar fraudes que podem levar à cassação do registro do PT.

Deve-se a movimetnação da Justiça Eleitoral a uma troca de chumbo de dois dos principais partidos do país. O PSDB representara contra o comitê de Dilma. Em revide, o PT representou contra o comitê de Aécio. Em essência, as duas legendas acusam-se mutuamente de tonificar as respectivas caixas eleitorais com o anabolizante do caixa dois e enfiar na escrituração notas de firmas de fachada.

Todos negam os malfeitos. Ouve-se ao fundo a voz de João Santana, marqueteiro do PT, num depoimento ao juiz Sérgio Moro: 98% das campanhas operam com caixa dois. Incluída no noticiário sobre a Lava Jato como lavanderia de dinheiro sujo, a Justiça Eleitoral pode fazer muita coisa, menos continuar se fingindo de morta. A corregedora Maria Thereza já havia requisitado na terça-feira investigações contra PMDB e PP, sócios do PT na pilhagem à Petrobras. Que todas as caixas registradoras sejam reviradas do avesso.
Herculano
11/08/2016 08:22
SEM INDECISÃO, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

A votação da noite de terça-feira no Senado demonstrou que não há mais indecisos no plenário, e, se os houver, são senadores que podem votar pelo afastamento definitivo da presidente Dilma. Talvez por isso ela tenha adiado mais uma vez a carta que divulgaria, propondo um plebiscito sobre novas eleições gerais.

Há informações de que acatou a sugestão de senadores da sua base para que retire da carta o termo "golpista", na esperança de que, não ofendendo os senadores, alguns deles ainda mudem de posição a seu favor. É uma medida cautelosa, mas inútil, pois as convicções parecem estar sedimentadas, e, além de tudo, seu próprio advogado de defesa, ex-ministro José Eduardo Cardozo, não poupa esse adjetivo e outros para definir os que se colocam contra a permanência de Dilma na Presidência da República.

Também os poucos aliados no Senado continuam batendo na mesma tecla, criando uma narrativa de luta democrática que inclui chamar o processo de impeachment de golpe parlamentar. Na verdade, eles estão fazendo pose para a filmagem de um documentário sobre o processo no Congresso, além de usarem a TV Senado como trampolim para uma ação política que baseará suas atuações parlamentares nos próximos anos.

Retirar o termo "golpista" da suposta carta não representa uma reavaliação de atitudes da presidente afastada, mas apenas uma ação retardada que não terá maiores consequências na votação final, assim como a própria proposta de convocar um plebiscito, já rejeitada até mesmo pelo presidente do PT, Rui Falcão.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que vai tentar a reeleição, já começa a refluir da radicalização política e admitiu ontem que usar "golpe" para caracterizar o que está acontecendo no Congresso lhe parece "um pouco forte". Mas, à medida que o processo do impeachment prossegue, o PT tenta levar para o plano internacional um protesto, produzindo fatos exóticos como a tentativa de ler uma declaração do candidato democrata derrotado Bernie Sanders sobre a possibilidade de estar ocorrendo um golpe por aqui.

Evidentemente, o PT e Lula ainda mantêm em setores da esquerda internacional algum prestígio, e se aproveitam disso para tentar uma ação que, embora inócua em termos práticos, pode render frutos políticos nesse nicho eleitoral. Mas não conseguem fugir de suas próprias incoerências.

Assim como o expresidente Lula contratou um advogado em Genebra para atuar em seu nome na Comissão de Direitos Humanos da ONU alegando que está sendo alvo de perseguição da Justiça brasileira, também a presidente Dilma apela para organismos internacionais.

Vários deputados e senadores petistas entraram com uma ação na Comissão de Direitos Humanos da OEA alegando que os direitos de Dilma e seus apoiadores estão sendo desrespeitados pelo processo de impeachment, que seria ilegal. Pedem uma liminar reconduzindo a presidente Dilma à Presidência da República.

Mas, em 2011, essa mesma Comissão da OEA pediu a interrupção das obras da usina de Belo Monte, alegando irregularidade no licenciamento ambiental, atendendo a uma ação de ONGs ambientalistas. O governo da presidente Dilma considerou uma "interferência indevida", convocou ao Brasil o representante do país junto à OEA, o que na diplomacia é uma das atitudes de reprovação mais agudas, e, para retaliar, suspendeu repasses de dinheiro à entidade.

Como se vê, trata-se de mais um capítulo de uma ridícula novela política latino-americana, na qual o grupo político que está sendo acusado na Justiça por um mega esquema de corrupção, e por ter ilegalmente manipulado o orçamento do país para manter-se no poder, tenta apresentar-se ao mundo como vítima de perseguição política.

Dilma não tem mais nada a almejar nesse processo, a não ser montar uma narrativa heroica que pode render um livro de ficção. Já o ex-presidente Lula espera pressionar politicamente os investigadores da Polícia Federal e os procuradores do Ministério Público para se livrar das acusações e dos processos. Em último caso, pode alegar perseguição política e pedir asilo ou refúgio no exterior.
Herculano
11/08/2016 08:22
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA OLHANDO A MARÉ

Ela é exclusiva para o jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação, o de maior credibilidade de Gaspar e Ilhota.
Herculano
11/08/2016 08:19
SO PODE AUMENTAR O SALÁRIO DO PESSOAL, por Carlos Alberto Sardenberg, para o jorna O Globo

Governo Temer vem de patrocinar aumentos para servidores federais, agorinha mesmo, quando defende severo ajuste

Os servidores públicos e seus associados políticos ganharam todas até aqui. Do conjunto de leis já aprovadas ou encaminhadas no Congresso resulta clara a seguinte conclusão: o ajuste nas contas públicas e, especialmente, o limite de gastos valem para todos, incluindo os cidadãos clientes dos serviços prestados pelo governo, menos para o funcionalismo.

A última batalha foi vencida na Câmara dos Deputados. Ali ficou aprovado que, em troca do enorme desconto na dívida que têm com a União, os governos estaduais ficarão submetidos a um teto de gastos pelos próximos dois anos. Assim: a despesa de um ano é igual à do ano anterior mais a inflação. Sem aumento real, portanto. Menos para os salários do funcionalismo, cujas categorias podem ter aumentos reais ilimitados.

O projeto original sobre a dívida estadual, negociado pelo governo Temer, dizia formalmente que os estados cumpririam duas contrapartidas: 1) o teto de gastos; 2) a proibição expressa de reajustes para o funcionalismo, assim como a proibição de novos concursos e contratações.

Contrapartidas "inegociáveis", alardeava o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fiador do projeto.

O deputado Rogério Rosso (PSD-DF), da base, mas com o apoio do PT, PDT e do ex-líder do PSDB Carlos Sampaio, articulou para retirar a segunda contrapartida com o seguinte argumento: "o projeto estabelece um teto de gastos (gerais), mas com esse inciso (proibição de aumentos reais) dizia que o corte tem que ser em cima dos servidores".

Dito pelo avesso: o corte vai em cima de tudo, menos do funcionalismo. Ou seja, pode cortar no custeio e investimentos nos hospitais, nas escolas, no policiamento, menos na folha salarial.

Disse ainda o deputado Rosso que não era preciso formalizar o veto aos aumentos salariais, porque haverá um teto de gastos gerais e porque a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) já limita a despesa com pessoal. É de uma falsidade deslavada. Primeiro, se há uma regra limitando os gastos gerais, mas excluindo a despesa com pessoal, o que vai acontecer? Simples: as diversas categorias do funcionalismo vão arrancar reajustes acima da inflação, mas como o governo, no geral, não pode gastar acima da inflação, vai ter que compensar cortando outras despesas.

Segundo: a LRF de fato limita o gasto de pessoal dos governos estaduais a 60% da receita líquida. E acrescenta que, descumprido o limite, tem que haver cortes de salários.

Ocorre que Congresso, assembleias legislativas e o Judiciário, em diversas instâncias, estabeleceram exceções ao longo dos anos. Por exemplo: a folha dos aposentados não entra na conta, nem o gasto com terceirizados. Ora, é óbvio que se trata de despesa de pessoal, mas, se fosse assim definida, praticamente todos os estados ultrapassariam o limite dos 60%.

Aliás, os servidores e seus líderes no Congresso ganharam outra batalha nesse item. O ministro Meirelles queria incluir no projeto de negociação da dívida estadual uma espécie de "esclarecimento", justamente para formalizar que aposentados e terceirizados estão na categoria de pessoal. Perdeu. Isso foi retirado do projeto antes de chegar à Câmara de Deputados.

E lá chegando, caiu a contrapartida que formalizava a proibição de aumento real. Pessoal do governo Temer argumenta que o teto geral de gastos resolve o problema pelo lado político. Assim: nenhum governador terá coragem de dar aumento real ao funcionalismo no momento em que estiver segurando todos os demais gastos.

Estão brincando com a gente. Pior que isso, estão nos chamando de idiotas. Começa que o próprio governo Temer vem de patrocinar diversos aumentos para servidores federais, agorinha mesmo, quando defende um severo ajuste nas contas.

Além disso, está na cara que, quando as assembleias legislativas concederem aumentos para tal e qual categoria, vão especificar que esses reajustes não entram na conta do teto geral. Interpretação que terá pleno apoio do Congresso e das instâncias do Judiciário, todos interessados diretos.

Foi exatamente o que fizeram ao longo de anos, criando gambiarras e interpretações abusivas da legislação de modo a permitir aumentos de gastos com funcionalismo e elevação do teto salarial individual ?" incluindo de aposentados ?" acima de todos os limites legais e éticos.

Muitos governadores, nos bastidores, queriam que fosse formalizada a proibição de aumentos salariais. Com isso, teriam um argumento legal para resistir às pressões dos sindicatos e seus associados.

Mas tiveram medo de lutar por isso publicamente.

Resultado: governos estaduais estouraram suas contas por causa do explosivo aumento do gasto com a folha. É o que dizem, por exemplo, os economistas da equipe de Meirelles. Pois estão querendo nos dizer que vão patrocinar um ajuste que deixa de fora a causa do desajuste.

Temer e Meirelles estão gastando o capital de confiança. Precisam de um ajuste fiscal justo aí.
Herculano
11/08/2016 08:17
O PERIGO

O ex-secretário de estado, o ex-governador, o ex-prefeito de Florianópolis, o ex-senador, o ex-candidato a presidente da República e hoje deputado Federal, Esperidião Amim Helou Filho, PP, sempre foi um perigo ambulante.

Populista, político profissional, apesar de ter sido professor universitário, olhou sempre votos e eleições para si e a sua família (mulher Ângela e o filho João), não importando o resultado futuro. Hábil e espirituoso com a palavra.

Sabia-se no que daria quando ele foi nomeado relator na Câmara na matéria que daria um freio na farra dos governos estatuais e municipais para por o desenvolvimento na agenda brasileira. Não deu outra.

E o que ele alega? Que se preservou o pacto federativo. Justo. Só que o pacto federativo está permitindo que os governadores e prefeitos sejam irresponsáveis no controle das contas públicas, nas escolhas das prioridades. A conta está sendo passada para os cidadãos nos pesados impostos que pagam para sustentar políticos descomprometidos e carreiristas, populistas, de discursos fáceis, como Esperidião.
Herculano
11/08/2016 07:45
da série: mudar de opinião e voto, só é possível para apoiar o PT, PCdoB, PSTU, Psol, Rede, Cut, MST, MTST, Lula, Dilma...

JOÃO FOI COM OS OUTROS, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Dos 22 senadores que votaram contra o impeachment em maio, só um mudou de lado nesta semana. O vira-casaca foi João Alberto Souza, do PMDB do Maranhão. Aos 80 anos, o senador é um dos mais antigos escudeiros de José Sarney. Segue o ex-presidente há cinco décadas, do apoio à ditadura militar à aliança com o petismo na era Lula.

Há três meses, João Alberto não via motivo para afastar Dilma Rousseff. Na madrugada desta quarta (10), deu um empurrãozinho para despejá-la do Palácio da Alvorada.

Perguntei ao peemedebista se ele concluiu que a presidente cometeu crime de responsabilidade, condição exigida pela Constituição para cassá-la. "Olha, a minha convicção é de que o processo é político. Num julgamento político, você faz uma abstração de outras coisas que podem acontecer", respondeu João Alberto.

Pedi ao senador que fosse um pouco mais claro. Afinal, Dilma praticou crime? "Veja bem: eu considero que ela é uma mulher séria. Mas o processo é mais político, em função da realidade. Minha decisão foi conjuntural", afirmou.

Segundo João Alberto, a conjuntura era a seguinte: "havia uma intranquilidade no país" e Michel Temer "deu equilíbrio à nação". "Se o Brasil fosse parlamentarista, a Dilma já teria sido afastada", disse. Comentei que o Brasil é presidencialista, mas o senador mudou de assunto e passou a falar sobre o Maranhão.

A conjuntura no PMDB também mudou, informou João Alberto. "São 18 senadores, e 16 já estavam apoiando o impeachment. Eu não posso ficar isolado no meu partido", disse.

Ameaçado pela Lava Jato e derrotado nas urnas do Maranhão, o clã Sarney ressurgiu das cinzas ao abandonar Dilma. O deputado Sarney Filho virou ministro de Temer, e o patriarca voltou a comandar a máquina federal no Estado. João Alberto disse que só manteve os cargos que já tinha. Que cargos? "Aí eu teria que ver. Essa coisa eu tenho que ver com a minha assessoria", desconversou.
Herculano
11/08/2016 07:39
GOVERNO JÁ PAGOU R$850 MILHÕES A EMPREITEIRAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

As oito empreiteiras enroladas na Lava Jato já receberam cerca de R$850 milhões do governo federal desde o início deste ano. Preferida dos governos petistas de Lula e Dilma, a Odebrecht levou R$ 417 milhões, quase metade do total e mais do dobro dos R$ 197 milhões pagos a Queiroz Galvão. O restante foi dividido entre Mendes Júnior, UTC, Galvão Engenharia, Engevix, OAS e Andrade Gutierrez.

SEM CRISE
A Mendes Júnior, declarada inidônea e proibida de contratar com o poder público por 2 anos, faturou mais de R$ 120 milhões do governo.

MUDOU DE NOME
A UTC do chefe do cartel de empreiteiras, Ricardo Pessoa, recebeu mais de R$ 72 milhões do governo federal, sob o nome de Constran.

FONTE SECOU
A empreiteira baiana OAS recebeu R$ 853 mil este ano e, se depender do governo, a recuperação judicial corre sério risco de não acontecer.

NA LANTERNA
Antiga rival da Odebrecht como maior detentora de contratos públicos, a Andrade Gutierrez foi para o fim da fila e faturou apenas R$ 555 mil.

DILMA SAIU SEM NOMEAR PAULISTAS PARA O STF
Dilma Rousseff é conhecida pelas idiossincrasias contra pessoas, partidos e até Estados. Detesta paulistas em geral, por exemplo, e não esconde. Sabe-se lá por que, jurou que jamais nomearia alguém de São Paulo para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. Em seus dois governos, até ser afastada, Dilma nomeou cinco ministros para o STF: dois cariocas, dois gaúchos e um catarinense.

OS NOMEADOS
Foram nomeados por Dilma os cariocas Luiz Fux e Luís Barroso, os gaúchos Rosa Weber e Edson Fachin e o catarinense Teori Zavascki.

SEM NORDESTINOS
Dilma deve suas eleições aos nordestinos, mas se recusou a escolher alguém da região. É a única sem representação na Suprema Corte.

AYRES BRITTO, O ÚLTIMO
O jurista e poeta sergipano Carlos Ayres Britto não foi substituído por outro nordestino, ao se aposentar, apesar de sonhar com isso.

A FILA ANDOU
Renunciou ao cargo, como esta coluna antecipou dois dias antes, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende. O favorito para substituí-lo é Juarez Quadros, que já dirigiu o órgão no governo FHC. Seu padrinho é o empresário Flávio Pinheiro.

SÃO UNS ENGANADORES
Políticos do PT tentam enganar os eleitores afirmando que a "denúncia" à comissão de direitos humanos da OEA pode "sustar" o impeachment. Além de não ter importância alguma, a OEA não é instância de recurso.

JOGADA BOLIVARIANA
O "recurso" à OEA é jogada do PT com Luís Almagro, uruguaio que fez da entidade da qual é secretário-geral algo tão inexpressivo quanto ele próprio. A petista Ideli Salvatti e o marido ocupam boquinhas na OEA, onde faturam por mês US$ 18,4 mil, correspondentes a R$ 58 mil.

TRAIÇÃO NO CAMPO
O voto pró-Dilma da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) gerou protestos dos seus eleitores, produtores rurais. Eles não perdoam o apoio dela e do filho, deputado Irajá Abreu (PSD-TO), aos protetores do MST.

MALUQUICE DÁ PROCESSO
Jean Wyllys (Psol-RJ) vai responder no Conselho de Ética por acusar os deputados Eduardo Bolsonaro, Jair Bolsonaro e Marco Feliciano de serem responsáveis pelas 49 mortes na boate gay Pulse (EUA).

GAROTINHOS
Clarissa Garotinho (PR-RJ) levou seu bebê para tirar fotos no plenário da Câmara, ontem. Alegando gravidez, ela não apareceu para votar no Impeachment, conta que terá de acertar na eleição. Ao eleitorado tudo o que resta é desejar sorte ao garotinho. Ah, esses garotinhos...

JÁ ERA
No retorno do recesso parlamentar, as previsões preocupam Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "A bancada do Cunha está recolhida. Não haverá ressurgimento triunfal", aposta o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ).

RUIM PRA TODO MUNDO
Atletas brasileiros na Rio 2016 são uns lutadores. Para conceder-lhes ajuda de R$ 5 mil mensais, o governo exige que estejam entre os vinte melhores do mundo. Principiante de 14 a 20 anos terá de estar entre os três melhores do País para receber uma bolsa mensal de 370 reais.

PENSANDO BEM...
...todo o mundo concorda que a presidenta Dilma já era, mas os "çábios" do PT ainda discutem se ela virou ré ou virou réa...
Herculano
11/08/2016 07:27
SINECURA SINDICAL, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Enquanto o país titubeia diante de inadiáveis reformas econômicas, grupos organizados apressam-se a preservar ?"ou até ampliar?" seu quinhão de benesses estatais.

Exemplo inquietante se acha na comissão especial instituída na Câmara dos Deputados para "estudar e apresentar propostas com relação ao financiamento da atividade sindical", cujo relatório final está prestes a ser aprovado.

Os termos do ato de criação do colegiado mal disfarçam que está em ação um lobby que busca dilatar a tributação destinada ao sustento das entidades de representação dos trabalhadores.

Orientado por parlamentares ligados ao sindicalismo, o projeto da comissão eleva o imposto a ser pago por patrões, autônomos e empregados rurais, enquanto assalariados urbanos permaneceriam onerados no montante equivalente a um dia de trabalho por ano.

Esse não é, contudo, o pior da derrama. Profissionais e empresas terão de arcar, segundo o texto, com outra taxação compulsória, chamada contribuição negocial, correspondente a até 1% da remuneração do funcionário ou a três vezes o tributo patronal.

Se levadas adiante, tais ideias agravarão as distorções e a complexidade da legislação nacional, que já dedica 33 artigos da labiríntica CLT - do art. 578º ao 610º - a regulamentar o imposto sindical.

Sua arrecadação carreia cerca de R$ 3 bilhões anuais às mais de 11 mil organizações laborais existentes no país. A carga, no entanto, é menos nociva que sua obrigatoriedade - da qual nem mesmo os empregados sem filiação a sindicato estão poupados.

A regra esdrúxula torna negócio rentável a abertura de entidades de fachada ou de representatividade duvidosa, em que dirigentes eleitos por minorias desfrutam de receita assegurada.

O estímulo às sinecuras acentua-se com o princípio da unicidade, segundo o qual só pode haver uma associação por categoria e base geográfica. Dito de outra maneira, ao trabalhador não é dado o direito a alternativas.

Conforme noticiou esta Folha, há sinais de que o governo Michel Temer (PMDB) poderia encampar os pleitos sindicais, em troca do apoio a uma reforma trabalhista capaz de facilitar os acordos coletivos para redução de salários e preservação de empregos.

Seria um erro. A desejável negociação entre capital e trabalho demanda, justamente, sindicatos mais legítimos, mantidos por livre escolha de seus representados.
Herculano
10/08/2016 20:50
SENADOR DO PT DEIXA CLARO QUE PARTIDO NADA TEM A VER COM CARTA DE DILMA, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Humberto Costa diz que será um documento autoral... Ah, bom!

Ah, sim, Dilma decidiu adiar a divulgação da carta depois de uma reunião com senadores do PT. Uma fala de Humberto Costa (PT-PE) diz bem mais do que parece:

"Ela aceitou nossa sugestão de ser um documento dela, com as opiniões, os sentimentos e as posições dela e não só do PT e dos movimentos sociais. Sugerimos que tenha um tom em defesa da democracia culminando com a defesa de uma consulta à população. Ela não vai perder apoio do PT, do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra] e dos movimentos sociais se defender o plebiscito".

Ou por outra: Costa está dizendo que o PT até apoia e coisa e tal, mas que não tem nada com isso.
Herculano
10/08/2016 20:47
COM O VAIVÉM DA CARTA, DILMA JÁ ROÇA PATÉTICO, por Josias de Souza

Sem João Santana, Dilma Rousseff não consegue redigir uma carta. Adiou pela terceira vez - ou seria a quarta? - a divulgação do texto idealizado para virar votos no Senado. É como se lhe caísse a ficha do fato consumado.

Alguém deve ter dito no exílio do Alvorada que todas as opiniões de Dilma sobre Dilma são suspeitas. A essa altura, o documento seria inútil ainda que contivesse um gesto de contrição. Um remorso tardio não seria exemplo aproveitável.

Em sua penúltima versão, a carta oculta de Dilma contém cinco páginas. O miolo da alcatra está na proposta de realização de um plebiscito sobre a antecipação das eleições presidenciais.

Desmarquetada e com a corda no pescoço, tudo o que Dilma tem a oferecer caso lhe restituam a poltrona é uma consulta para que o povo informe que prefere escolher outro presidente. Até Rui Falcão já tomou distância da tolice.

No mais, a carta de Dilma é, na definição de um senador que leu a peça, um documento raso. Se fosse uma poça, poderia ser atravessada por uma formiga - com água pelas canelas.

Na falta de João Santana, alguém deveria se habilitar para a função de orientador de Dilma. Há no PT um nome ideal: Lula. É o único que pode dizer para madame, sem levar um passa-fora, que o vaivém da carta está na bica de atravessar a fronteira do patético.
Herculano
10/08/2016 20:45
O PMDB E O PP ANUNCIAM NAS REDES SOCIAIS NO FINAL DA TARDE DESTA QUARTA-FEIRA QUE SERIAM OS SEGUNDOS A REGISTRAREM SEUS CANDIDATOS EM GASPAR PARA DISPUTAR AS ELEIÇÕES DE OUTUBRO

O próprio candidato a prefeito de Gaspar pelo PMDB, Kleber Edson Wan Dall gravou um vídeo para o seu Facebook de campanha no final da tarde desta quarta-feira, e anunciou que estaria indo ao cartório eleitoral fazer o registro da sua chapa, e que tem como vice, o vereador Luiz Carlos Spengler Filho, o Lu, do PP.

O registro seria o segundo, das quatro candidaturas. O primeiro foi de Andreia, do PSDB. Os outros concorrentes são o PT de Lovídio Carlos Bertoldi, e o PR de Odilon Áscoli, bem como o PSD do vereador Marcelo de Souza Brick e do PSB do presidente da Câmara, Giovânio Borges.
Ariovaldo José
10/08/2016 20:20
Herculano

Tai uma boa proposta da candidata Andreia, a compra de vagas em creche, aos poucos percebe-se que a candidata tem uma visão diferenciada dos demais candidatos. Pelo menos apresenta soluções para os problemas. Os outros candidatos querem construir creches, no minimo uns 3 milhões cada uma, com o preço de uma, a candidata resolve o problema da falta de vagas nas creches. Se a arrecadação está em queda, várias empresas saíram de Gaspar, daqui a dois anos a arrecadação cairá mais ainda, como os candidatos buscarão recursos para tais obras, terão que contratar mais gente para trabalhar nas creches, vão tirar dinheiro de onde? Andreia já ganhou meu voto, parabéns pela iniciativa candidata. São propostas dessa natureza que Gaspar precisa.
Paty Farias
10/08/2016 19:02
Oi, Herculano

"Os aeroportos Salgado Filho e Hercílio Luz sairão das mãos da Infraero e irá para a iniciativa privada em leilão que sairá no final deste ano.

No dia 25 de agosto, o presidente Michel Temer comandará a primeira reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos, PPI, quando lançará um novo pacote de concessões de infraestrutura.

Irão para o setor privado quatro aeroportos, duas ferrovias e um terminal portuário de passageiros.

Os aeroportos são os de Porto Alegre, Florianópolis, Fortaleza e Salvador.

Entre as ferrovias estão a Ferrogrão - Mato Grosso a Pará e a Norte-Sul."
Do blog do Políbio

Se FHC tivesse privatizado a Petrobras, o PT não teria quebrado a empresa.
Ana Amélia que não é Lemos
10/08/2016 18:40
Sr. Herculano:

O desabafo da vereadora Andréia está de bom tamanho para o vereador Hilário Melato?

É mole ou quer mais?
Sujiro Fuji
10/08/2016 18:19
Sidnei Reinert; "o palácio até hoje não descobriu quem levou o veado de cerâmica do gabinete da Dilma."

Não é aquele que está na câmara, Janus UIuiilian,
da pátria cuspidora?
Herculano
10/08/2016 17:31
O PSDB E O DEM FORAM OS PRIMEIROS A REGISTRAREM OS SEUS CANDIDATOS EM GASPAR PARA DISPUTAR AS ELEIÇÕES DE OUTUBRO

Agora é oficial. Os dirigentes do PSDB e do DEM de Gaspar, foram os primeiros a registrarem os candidatos a prefeito, vice e a vereadores da coligação "Sim, nós podemos mudar", no Cartório Eleitoral da Comarca que abrange ainda Ilhota e Luiz Alves.

O registro aconteceu na tarde desta quarta-feira. Agora, os nomes e a documentação serão analisados pela Justiça Eleitoral para que possam ser homologados definitivamente e assim se tornarem candidatos elegíveis.

Com isso, ficam sepultadas definitivamente os boatos dos adversários de que o PSDB apenas fazia espuma e desistiria da candidatura na última hora, apesar da homologação dos nomes em convenção própria.

E quanto a isso, a candidata a prefeita pelo PSDB, Andreia Symone Zimmermann Nagel, foi dura, incisiva e desabafou. "Enfrentei sozinha a administração errada do PT e me disseram que pagaria um preço caro. Mas estou de pé. Deram o golpe e me impediram de ser presidente da Câmara e dei a volta por cima. Processaram-me para terminar com a minha imagem e receber lições por não me ajoelhar aos donos da política da cidade, ganhei na Justiça. Tentaram-me cassar no meu primeiro mandato de vereadora, ganhei em Florianópolis por unanimidade e tentam reverter este caso em Brasília para me dar uma nova lição. Desde que disse que seria candidata, sofro diariamente pressão e sou alvo de mentiras espalhadas pelos meus adversários. Por isso, fiz questão de ser a primeira a me regularizar como candidata a prefeita para mostrar quem sou, como estou organizada e determinada em levar adiante as propostas de mudanças e transparências para Gaspar e os gasparenses".

Andreia que é professora, tem outro professor como vice: Charles Roberto Petry, DEM. Ela está no primeiro mandato de vereadora eleita pelo DEM e ele, é suplente, há quase um ano substituindo Ivete Hammes Mafra, PMDB, licenciada para tratamento médico. Charles foi eleito pelo PV.
Estamos de olho
10/08/2016 13:32
ASSUNTO: DISTRIBUIÇÃO DAS VAGAS DE ESTACIONAMENTO DO EDIFÍCIO EDSON ELIAS WIESER.

Com o intuito de organizar a distribuição das vagas de estacionamento localizadas no pavimento superior e no pavimento térreo do Edifício Edson Elias Wieser, no qual foi ocupado parcialmente pela Secretaria de Administração e Gestão e Secretaria de Educação e posteriormente será ocupado também pela Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil e Secretaria da Fazenda.
Comunicamos que a partir da data de 22/08/2016 as vagas do pavimento superior serão ocupadas na seguinte distribuição, levando em consideração a secretaria de trabalho e o cargo ocupado que demonstramos a seguir:

DISTRIBUIÇÃO DE VAGAS DE ESTACIONAMENTO - EDIFÍCIO EDSON ELIAS WIESER
Secretaria Cargo Vaga
Secretaria de Administração e Gestão Assessor Administrativo de Controle 1
Secretaria de Administração e Gestão Superintendente de Suprimentos 2
Secretaria de Administração e Gestão Diretor Geral de Recursos Humanos 3
Secretaria de Administração e Gestão Diretor de Compras e Licitações 4
Secretaria de Administração e Gestão Diretor de Almoxarifado 5
Secretaria de Administração e Gestão Diretor de Manutenção 6
Secretaria de Administração e Gestão Diretor de Pessoal 7
Secretaria de Educação Diretor Geral Administrativo 8
Secretaria de Educação Assessor Administrativo 9
Secretaria de Educação Diretor Administrativo 10
Secretaria de Educação Diretor de Alimentação escolar 11
Secretaria de Educação Diretor de Educação Especial 12
Secretaria de Educação Diretor Geral Pedagógico 13
Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil Assessor Administrativo 14
Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil Superintendente de Defesa Civil 15
Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil Superintendente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável 16
Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil Diretor Geral de Fiscalização de Posturas 17
Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil Diretor Geral de Planejamento 18
Secretaria de Fazenda Assessor Administrativo 19
Secretaria de Fazenda Superintendente de Orçamento 20
Secretaria de Fazenda Diretor Geral de Contabilidade 21
Secretaria de Fazenda Diretor Geral de Finanças 22
Secretaria de Fazenda Diretor de Tributação 23
Gabinete Superintendente de Controle Interno 24

Salientamos que durante os dias 09 a 19/08/2016 estarão sendo afixadas as placas identificando a distribuição das vagas mencionadas anteriormente, bem como serão afixados nos veículos autorizados a ocuparem as vagas, adesivos de identificação.
Destacamos que a partir da data de 22/08/2016, somente os ocupantes dos cargos acima e seus veículos devidamente identificados estarão autorizados a estacionar no pavimento superior do Edifício Edson Elias Wieser, em suas respectivas vagas delimitadas.
Já as vagas de estacionamento no pavimento térreo do Edifício Edson Elias Wieser são de uso exclusivo dos cidadãos que estiverem sendo atendidos no edifício, ou seja, será rotativo o estacionamento, ficando proibido a partir da data de 22/08/2016 o estacionamento de veículos de servidores ou demais cidadãos que não estejam sendo atendidos no local.
Solicitamos a colaboração dos servidores que eventualmente estacionam o seu veículo tanto no pavimento térreo, quanto no pavimento superior do Edifício Edson Elias Wieser, para que colaborem e respeitem o espaço de estacionamento, para que sejam evitados transtornos futuros.
Agradecemos a atenção de todos.

Assim funcionam as coisas em Gaspar.
Mariazinha Beata
10/08/2016 13:27
Seu Herculano;

Sabe porque o ALMIRILHOTA precisa acrescentar ORIGINAL para se diferenciar de um impostor sem criatividade?

Cena como esta acontece porque psiquiatras comunistas há muito tempo conseguiram fechar todos os hospícios.
Bye, bye!
Aroldo
10/08/2016 13:03
A Briga de Alisson com Daniel é muito providencial, Alisson como muitos dos encostsdos de Daniel, vendo que não terão chances de ficar na boquinha no proximo ano, porque perderam a eleiçao ja começam a pular fora do barco. Já se comenta que o atyal vice prefeito e o fracassado secretario de Educaçao ja é secretario de Dida e Joel no proximo governo. Agora é saber qual será o cargo de Alisson
Sidnei Luis Reinert
10/08/2016 12:43
Os petistas, inquilinos do Palácio do Planalto, roubaram 5 mil presentes da República


Posted on 9 de agosto de 2016 by CristalVox


Tem 72 horas que o jornalista JORGE BASTOS MORENO, colunista do Globo diz: "Dilapidaram patrimônio do Palácio. Ah, herança, essa maldita herança! O TCU identificou a ausência de cinco mil itens, entre os quais, seis obras de arte valiosíssimas."

Problemas é o que todo o novo governo carrega do seu antecessor. Geralmente, são obras inacabadas, cofres vazios e um bando de promessas não cumpridas.



O governo Temer acaba de fazer o primeiro levantamento parcial do patrimônio deixado pelos governos Lula e Dilma, com a ajuda do TCU e do Itamaraty. O TCU identificou a ausência de cinco mil itens, entre os quais, seis obras de arte valiosíssimas. E o Itamaraty descobriu que pelo menos 700 presentes recebidos de governos estrangeiros deixaram de ser registrados, como manda lei, na lista de patrimônio da União.

Certamente que entre esses presentes não listados deve estar o cervo de porcelana que Dilma ganhou do governo búlgaro e que é um dos símbolos da fauna daquele país, onde nasceu seu pai.

É que, na época, esta coluna denunciou o sumiço do objeto, e o palácio até hoje não descobriu quem levou o veado do gabinete da Dilma
http://blogs.oglobo.globo.com/blog-do-moreno/post/coluna-do-moreno-0608.html
Sidnei Luis Reinert
10/08/2016 12:15
Dilma segue para a queda final, e petista Haddad é condenado por improbidade com multas de trânsito


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Provavelmente na sexta-feira, o Senado define a data do julgamento final de Dilma Rousseff no processo de impeachment. Após quase 15 horas de debates, por 59 votos a favor e apenas 21 contra, foi aprovado o parecer que embasa a acusação contra a Presidenta afastada. Agora, "nosso advogado" (do Ricardo Lewandowski e da Dilma) José Eduardo Cardozo tem 48 horas para apresentar sua sustentação final contra a derrota de ontem. A embromação não passa de sexta-feira. Só aí vai se marcar o Dia D para o Dilmaexit - ainda no final deste mês do desgosto. Bastam 54 votos para derrubar definitivamente a Presidanta. Mas ela já entra perdendo olimpicamente por um mínimo de 59 dos 81 votos.

Enquanto Dilma já é tida como derrotada, a cidadania brasileira obteve ontem uma importante vitória no Judiciário. A juíza Carmem Cristina F. Teijeiro e Oliveira, da a Vara de Fazenda Pública da capital de São Paulo, determinou que o Prefeito petista Fernando Haddad fica proibido de usar as verbas milionárias do Fundo Municipal do Desenvolvimento de Trânsito para pagamentos de despesas operacionais e de custeios, incluindo a rica folha de pagamento, da empresa de economia mista CET - a famigerada Companhia de Engenharia de Tráfego. A decisão é importantíssima porque o mesmo crime de improbidade acontece em centenas de municípios brasileiros que promovem a covarde farra da indústria das multas de trânsito.

A juíza Carmem Oliveira bateu o martelo: "Há sim condutas ímprobas e dolosas dos demandados consistentes no contumaz e manifestamente ilegal desvio dos recursos provenientes das multas de trânsito, com aplicação em outras ações que não as expressamente especificadas na legislação de regência". A magistrada concordou com os promotores de Defesa do Patrimônio Público e Social, Marcelo Milani, Nelson Luís Sampaio de Andrade, Wilson Ricardo Coelho Tafner e Otávio Ferreira Garcia: "Caso não seja cessada a ilícita prática com o deferimento do pedido de antecipação da tutela, não bastasse a existência da consolidada ilegalidade, o Município de São Paulo, por intermédio dos demais demandados, continuará a desviar a receita oriunda das multas para outras ações, utilizando-se do fraudulento expediente de movimentação desses recursos por diversas contas correntes".

A juíza Carmem Oliveira interpretou que o artigo 2º da Lei Municipal 14.488/07, que criou o Fundo Municipal de Desenvolvimento de Trânsito, apenas repetiu o que está claramente escrito no artigo 320 do Código de Trânsito Brasileiro: a receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito deve ser empregada exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito". Na ação de improbidade contra Fernando Haddad, os promotores foram claros: "Se a receita que deveria ser destinada à sinalização, à engenharia de tráfego e à educação de trânsito está sendo aplicada pelo Município de São Paulo,por intermédio dos demais demandados, para outras finalidades, não é necessário muito esforço para se constatar que o desenvolvimento do trânsito no Município de São Paulo fica absolutamente prejudicado."
APENAS OBSERVANDO OS CANDIDATOS
10/08/2016 11:58
ALMIR:

Entendo a proposta de compra e de vaga de creche extremamente ágil para o momento, visto que a Prefeitura não tem condições para construir a quantidade de creche solicitada e além disso tudo as mães precisam de creche de forma imediata, a única pré candidata que fez uma proposta rápida e ágil foi a Andréia Nagel, os outros apenas disseram que irão construir creches, mas quando?? como??? E enquanto isso aonde irão ficar essas crianças??? Como as mães irão trabalhar? Pelo visto você não depende de creche pública.

Em cidades grandes esta prática já é usada e da super certo, inclusiva a pré candidata pelo o que andei verificando até já verificou como funciona cada detalhe.

Estamos aguardando propostas imediatas com relação a creche dos outros candidatos, mas até agora NADA....



Pedro Maurício
10/08/2016 11:31
Ao Paulo Fillipus

Pelo visto a carapuça serviu.

Pois não vi nada no comentário do gasparense relacionado a partidos.

Falou de uma pratica administração que prefeitos usam para burlar a lei e desviar recursos usando uma causa justa e se aproveitando da vulnerabilidade dos mais carentes.

Isso é proposta de quem quer tirar proveito dando pinta de bonzinho.

Se achou que foi direcionado ao PT/DEM/PSDB é porque suas propostas são iguais ao do PT.

Me estranha o PSDB concordar com isso tipo de proposta. Não é o perfil do partido.
Almir ILHOTA (original)
10/08/2016 10:40
HERCULANO.

Caros amigos, leitores e eleitores de ILHOTA, tendo em vista a briga de DANIEL BOSI, e seu chefe de gabinete ALISSON PEREIRA, que culminou na demissão do mesmo, achei que o almir ilhota falso teria desistido, mas não, pois eu jurava que era o ALISSON, mas pelo que vejo a falta de criatividade a falsidade continua, o que me leva a crer, se é que DANIEL e ALISSON não retornaram da paixão latente que sentiam, ser o próprio DANIEL o falso ALMIR. Se assim o for, será o fim dos tempos pois um prefeito que tem tempo para rebater criticas se passando por um fake de um fake demonstra claramente a forma como somos governados. Isso responde porque tem 60% de rejeição e 15, 15% de intenção de votos. Não teve a capacidade de indicar alguem de seu partido para concorrer como cabeça de chapa. e será porque que bateu o desespero no BETO POERNER quando soube que JOEL SOARES seria o vice do PMDB? RESUMINDO estão desesperados sem saber o que fazer.
Daniel Eduardo
10/08/2016 09:47
O gasparense..... Está certíssimo.
Comprar vagas de creche nada mais é do que alugar prédios particulares.
A prefeitura já está cheia desses aluguéis que mantém amigos do rei.
Querem aumentar mais?
Isso é proposta de quem não quer reduzir o monte de cabide de empregos comissionados de gente sem fazer nada na prefeitura e desmotivando o funcionário de carreira que trabalha.
Vamos tentar votar em quem tem proposta decente. Que diga o seguinte: olha, vamos enxugar esse cabide de emprego partidário que é a prefeitura e fazer creches para a população, pagar melhor os professores, atender melhor no posto de saúde..... Enfim. Mas isso nenhum fala né? Dinheiro tem. Só não tem P pagar melhor os professores e P dar desculpa de que fazer creches aumenta o quadro de funcionário e a folha de pgto está no limite de 50%.
Como tem dinheiro P pagar um monte de aluguel de casas velhas e prédios P enfiar secretarias?
Como tem dinheiro P comprar serviços de máquinas P arrumar estradas de empreiteiras? Que é o lixo da adm pública e as queridinhas dos prefeitos? E isso sem diminuir o custo da secretaria de obras? Então Dinheiro tem e de sobra.
Falta é político de coragem, com vergonha na cara.
Isso aí é mais do mesmo.
É o jeitinho político brasileiro de burlar a lei e agradar todo mundo.
Herculano
10/08/2016 08:47
UMA BOA SUGESTÃO PARA O PT DE GASPAR TESTAR O SEU ELEITORADO IDEOLOGICO, A RELAÇÃO DE PROXIMIDADE QUE DIZIA TER COM A PRESIDENTE AFASTADA E A GRATIDÃO. PETISTAS DO NORDESTE INSISTEM EM TER DILMA NA CAMPANHA.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Cátia Seabra. Candidato à Prefeitura de Maceió pelo PT, o deputado federal Paulo Fernando dos Santos já solicitou à presidente afastada, Dilma Rousseff, a gravação de uma mensagem para exibição na propaganda eleitoral.

"Paulão" é espécie rara: a dos candidatos que reivindicam a participação efetiva de Dilma, em pleno processo de impeachment. "Estou aguardando a gravação de Dilma", diz Paulão, que mostrou uma mensagem do ex-presidente Lula durante a convenção partidária que o lançou.

O ex-prefeito do Recife João Paulo é outro petista que afirma contar com presença efetiva de Dilma na campanha, ainda que definitivamente afastada. João Paulo diz que "Lula sempre teve peso grande" em Pernambuco e que Dilma o ajudaria. O candidato, no entanto, ainda não conversou com Dilma sobre sua aparição na campanha.

Afirmando que pesquisas internas o apontam na liderança, João Paulo diz: "Todo mundo me conhece e sabe quem eu sou". Pesquisa Ipespe de junho o mostra à frente da disputa em empate técnico com o prefeito Geraldo Júlio (PSB).

Em Natal, Lula participou da convenção partidária e viajará à cidade em setembro. Mas não há previsão de presença de Dilma.

Mais frequentes no Nordeste, onde as gestões petistas são historicamente mais bem avaliadas, solicitações de uso de imagem de Dilma escasseiam em Sul e Sudeste, onde é mais alta a rejeição ao PT.

Quando questionados sobre a hipótese de participação de Dilma nas campanhas pelo Estado de São Paulo, candidatos do PT costumam afirmar que não há qualquer decisão e que seriam necessárias pesquisas para avaliar o impacto de sua imagem.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, por exemplo, diz não saber se terá Dilma em sua campanha. O candidato do PT em Campinas, Márcio Pochmann, também não definiu se terá a presidente afastada na propaganda. Em São Bernardo, berço petista, ela não deverá ser convidada.

Os colaboradores de Dilma ainda não sabem se ela pretende participar ativamente da campanha ou se vai se recolher depois da votação do impeachment no Senado. Segundo integrantes da cúpula do partido, ela se dedicará exclusivamente à sua defesa.

Segundo um dirigente partidário, "ela não sairá de Brasília". Presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, diz que a própria Dilma "não quer gravar". Até agora, Dilma se restringiu ao envio de mensagens a algumas convenções petistas, como a de Haddad e a do candidato em Porto Alegre, Raul Pont.

Ex-prefeito da cidade, Pont diz que não vê problema na presença de Dilma na sua campanha. Mas que essa "não é uma questão de vida e morte". "Vamos ver se é possível, se não teremos empecilhos. A legislação pode dificultar", disse Pont, lembrando que trabalha abertamente contra o impeachment da presidente afastada.

Secretário de Comunicação do PT, Alberto Cantalice afirmou que pretende propor uma agenda para atuação de Dilma nas campanhas municipais, mas que isso ainda não foi discutido no comando partidário.
ELEITOR ANTENADO
10/08/2016 08:42
QUER MEU VOTO PARA VEREADOR (A)?
Que bom, estou a procura de um bom candidato para votar. QUAL sua formação acadêmica? Tem experiência em administração? Você possuí renda suficiente para não precisar da política para sobreviver? Você sabe qual a função de um vereador? Você já dirigiu alguma empresa? Qual seu grau de experiência em humanas e exatas? Qual seu nível de conhecimento da Constituição Federal? Conhece a Lei Orgânica do Município? Você tem autonomia para votar em conformidade com os anseios da população e as reais necessidades do município? ou esta subordinado aos interesses de partidos?...
Herculano
10/08/2016 08:42
MORAIS DEVOLVERÁ PLACA AO DF, NÃO O DINHEIRO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Numa atitude de intolerância comum entre petistas, o escritor Fernando Morais anunciou que vai devolver a placa com a qual foi homenageado pelo então governador do DF Cristovam Buarque (PPS) em 1995. Tudo porque o hoje senador Cristovam, neste ano de 2016, não declarou voto pró-Dilma. A grosseria resultou em bate-boca nas redes sociais. O senador, por elegância e até piedade, não lembrou que, além da placa, Fernando Morais recebeu também um bom dinheiro, na cerimônia.

FALTA ALGO MAIS
Fernando Morais recebeu de Cristovam uma placa e 10 mil dólares (valiam R$ 9,3 mil, era governo FHC), que não fala em devolver.

PRÊMIO CORRIGIDO
Os US$10 mil do prêmio de Fernando Morais do governo do DF, em 1995, corrigidos pela inflação, correspondem hoje a US$ 16 mil.

D?"LAR DILMA
Se devolver o prêmio, Fernando Morais deveria optar, por coerência, pela cotação do dólar na era Dilma, que chegou a mais de R$ 4,10.

D?"LAR TEMER
Optando pelo dólar no governo Michel Temer (R$ 3,14), o prêmio que Morais embolsou vale hoje R$ 50.240, que fazem falta ao povo do DF.

ALMIRANTE DA ELETRONUCLEAR PERDERÁ SUA PATENTE
Deverá ser agravada pela Justiça Militar, e não atenuada, como muita gente chegou a afirmar até por ignorância, a condenação a 43 anos de prisão do almirante Othon Luiz Pinheiro, ex-presidente da estatal Eletronuclear. Ele foi considerado culpado por vários crimes, inclusive de corrupção passiva, e após o trânsito em julgado da sentença, a Justiça Militar vai condená-lo também a perder a patente de almirante.

CRIME CIVIL
É civil o crime pelo qual o almirante Othon Pinheiro foi condenado, por isso não pode vir a ser requisitado, analisado ou revisto.

ESTATUTO PREVÊ
Pelo Estatuto dos Militares, perde a patente o condenado a mais de 2 anos de reclusão. O almirante Othon Pinheiro foi condenado a 43.

PROCURADORIA REQUER
Caberá à Procuradoria da Justiça Militar requerer a perda de patente do almirante, pelo crime de natureza civil pelo qual foi condenado.

OLHO NELE
Amigo pessoal de Lula, Dilma e de outros petistas menos votados, o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, cometeu um ato falho clássico, durante a discussão da pronúncia de Dilma. Referiu-se a José Eduardo Cardozo, defensor de Dilma, como "nosso advogado".

MUDANDO O DISCO
A pronúncia serviu para confirmar, além do impeachment de Dilma, que ninguém aguenta mais o tema. Um dos intervalos de 1h foi cortado pela metade a pedido do dilmista Randolfe Rodrigues (Rede-AM).

SABE DE NADA
Em meio à defesa da presidente acusada de cometer crimes de responsabilidade e a bizarra acusação de "golpe", a senadora Vanessa Grazziotin (AM) nocauteou o Português: disse que Dilma é "inocenta".

MAIS DO MESMO
Diplomatas já perdem o encanto pelo chanceler José Serra: além de designar ex-ministros servis ao PT para postos importantes, nomeou estranhos à carreira para assessorá-lo no Itamaraty em São Paulo.

DEMAGOGIA BARATA
A Olimpíada é evento particular com regras próprias, e o país que se candidata a sediá-lo se compromete a cumpri-las. Um "mantra" do Comitê Olímpico Internacional é não permitir o uso dos jogos pela política. Mas a turma do holofote não se aguentou outra vez.

QUEDA LIVRE
Em menos de três meses, desde que o Senado aprovou o afastamento de Dilma, a cotação do dólar recuou 10%. Livrando o País de Dilma, após o julgamento, a expectativa é que o dólar ficará abaixo de R$ 3.

CARRAPATO
O presidente do Banco do Nordeste, Marcos Holanda, herdado da era petista, enfrenta dificuldades para nomear seu escolhido para a chefia de gabinete, por ser ligado ao deputado José Guimarães (PT-CE).

TROMBADA
O presidente do PDT, Carlos Lupi, entrou em rota de colisão com Ciro Gomes. Em Juazeiro do Norte, Ciro e o irmão Cid apoiam um candidato do PTB, deputado Arnon Bezerra, e não o pedetista Gilmar Bender.

PENSANDO BEM...
...são impronunciáveis as palavras de Dilma após sua pronúncia no Senado.
Herculano
10/08/2016 08:39
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

E corre na internet um meme do Carlos Galo com as fotos da Marta e do Neymar: A MARTA E O MORTO!

Rarará!

Vamos ver se hoje o Morto ressuscita! E o Neymar e o Galvão estão com relações estremecidas.

O site Futirinhas grampeou a conversa no celular!

Neymar: "Oi, amor, o que tá acontecendo?". "Nada." "Certeza? Mas tua voz tá estranha." "Precisamos conversar pessoalmente."

Rolou uma DR!

Rolou climão!

Rarará!

Herculano
10/08/2016 08:29
FORA DO TEMPO, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Um clima de desalento tomou os aliados de Dilma Rousseff no dia em que o Senado se reuniu para transformá-la em ré no processo de impeachment. Afastada há quase três meses, a presidente não conseguiu virar um único voto a seu favor. Ao contrário: na noite de terça (9), todas as previsões indicavam que ela sofreria uma derrota pior que a de maio, quando foi retirada do cargo.

O desinteresse pelos discursos era visível no plenário. Alheios à tribuna, senadores consultavam os celulares em busca de notícias da Olimpíada. Enquanto os atletas competiam no Rio, a sensação em Brasília era de jogo encerrado.

Fora do alcance das câmeras, os náufragos do governo afastado buscavam explicações para o fracasso anunciado. Muitos repetiam que Dilma perdeu o "timing" para esboçar uma reação. A ideia de divulgar uma carta aos senadores, com os últimos apelos contra o impeachment, teria sido tomada tarde demais.

"Esta foi a tônica do governo dela. Até as decisões certas saíram na hora errada", lamentava um senador petista. Os aliados também criticaram a hesitação em propor novas eleições. Quando Dilma finalmente aceitou a tese, alguns autores da ideia já haviam sido cooptados pelo grupo de Michel Temer.

Fora do poder, a presidente afastada voltou a esbarrar num problema antigo: a falta de sintonia com seu partido. Na semana passada, a direção do PT a desautorizou publicamente ao rejeitar a antecipação das eleições. Os choques com a sigla desmobilizaram entidades como MST e CUT, que prometiam ocupar as ruas para defender o "Volta, Dilma".

Cercado pela Lava Jato, Lula também se afastou da defesa de Dilma. Ontem ele desembarcou na capital quando a maioria dos senadores já havia anunciado seus votos. Aliados diziam que o ex-presidente não via mais tempo hábil para salvar a sucessora. Sua missão era discutir o pós-impeachment e a sobrevivência do PT nas eleições municipais.
Herculano
10/08/2016 08:25
SANTA CATARINA 100% IMPEACHMENT

Dos 59 novos votos que os senadores deram nesta madrugada para se aceitar a pronúncia da ré Dilma Vana Rousseff, a favor da continuidade do processo de impeachment da presidente já afastada, três vieram de Santa Catarina: Dário Berger, PMDB, Paulo Bauer e Dalírio Beber, ambos do PSDB
Herculano
10/08/2016 08:22
O QUE RESTA A LULA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Sem ter apresentado argumentos capazes de desfazer a suspeita, cada vez mais concreta, de que foi beneficiário do monumental esquema de corrupção que funcionou em seu governo e no de sua sucessora, Dilma Rousseff, o chefão petista Lula da Silva adotou de vez a estratégia de politizar o caso. Não lhe parece restar alternativa: como a Justiça mostrou-se imune às chicanas do exército de causídicos que lhe prestam serviço, Lula transformou a vitimização em sua principal ?" senão única ?" linha de defesa. Pouco lhe importa se essa atitude, que inclui achincalhar a imagem da Justiça brasileira no exterior, prejudica a percepção internacional a respeito das instituições democráticas do País. O que interessa é inventar argumentos que transformem os agentes da lei dedicados a investigar Lula em algozes do ex-presidente, que estariam a soldo das "elites" interessadas em alijá-lo da eleição presidencial de 2018.

A estratégia ficou clara diante da reação da defesa de Lula à intimação de sua mulher, Marisa Letícia, e de um de seus filhos, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. A notificação foi determinada pelo delegado da Polícia Federal (PF) Márcio Anselmo, que integra a força-tarefa da Lava Jato e quer ouvir esclarecimentos sobre um sítio em Atibaia que Lula jura não lhe pertencer, mas que era frequentado como se fosse seu e de sua família.

Uma reforma feita no sítio em 2014 teria sido paga pela empreiteira OAS, envolvida na Lava Jato. Os investigadores informam que as reformas começaram depois que o imóvel foi oficialmente comprado pelos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, que seriam testas de ferro de Lula e de Lulinha. Um laudo da PF aponta "evidências substanciais" de que a reforma da cozinha do sítio ?" uma "cozinha gourmet", como qualifica o documento, avaliada em R$ 252 mil ?" foi "acompanhada por arquiteto da OAS, sob o comando de Léo Pinheiro (dono da empreiteira) e, segundo consta nas comunicações do arquiteto da construtora, com orientação do ex-presidente Lula e sua esposa".

O laudo apresenta ainda outros claros exemplos de que aquela propriedade estava sendo reformada ao gosto da família Lula, sob a liderança da "Dama", apelido dado a Marisa Letícia pelos empreiteiros encarregados do trabalho. Por essa razão, Marisa foi intimada a prestar esclarecimentos.

Lulinha, por sua vez, foi chamado a depor porque há dúvidas sobre sua evolução patrimonial e sobre sua relação com Fernando Bittar e Jonas Suassuna, que são seus sócios em negócios que ninguém consegue explicar direito quais são. A polícia quer saber, por exemplo, se Lulinha paga aluguel para morar num apartamento avaliado em R$ 6 milhões cuja propriedade é oficialmente atribuída a Suassuna. Suassuna e Bittar também terão de prestar esclarecimentos à polícia.

Nenhuma autoridade do Judiciário que se deparasse com esses cabeludos indícios de trambiques poderia deixar de tomar as providências que a PF e a equipe da Lava Jato tomaram. No entanto, para a defesa de Lula, o trabalho de investigação, que inclui ouvir os familiares do chefão petista, nada tem a ver com Justiça.

Seus advogados reagiram à intimação de Marisa e de Lulinha afirmando que se trata de "mais uma tentativa da Lava Jato de produzir manchetes contra Lula". Segundo eles, tudo não passa de "retaliação" pelo fato de Lula "ter exercido o seu legítimo direito de ir à ONU" ?" referência à patética denúncia que o petista fez à Comissão de Direitos Humanos da ONU, segundo a qual ele estaria sofrendo perseguição política e que "esses abusos não podem ser satisfatoriamente corrigidos na legislação brasileira".

Ou seja, para os advogados de Lula, todos os policiais e procuradores empenhados em esclarecer as suspeitas sobre o ex-presidente integram uma maligna conspirata contra o "lutador dos direitos dos trabalhadores", como ele é descrito na denúncia à comissão da ONU. Naquele texto, Lula manda dizer que não tem a "pretensão de estar acima da lei". Sendo assim, que ele e sua família prestem todos os esclarecimentos que lhes forem solicitados, como qualquer cidadão teria de fazer.
Herculano
10/08/2016 07:45
OS PETISTAS ELOUQUECERAM. O RESULTADO DA VOTAÇÃO PROVA ISSO! por Reinaldo Azevedo, de Veja

Deputados da legenda agora dizem que vão recorrer à Comissão de Direitos Humanos da OEA. É grotesco!

O Senado assistiu na madrugada desta quinta, na fase do processo que tornou ré Dilma Rousseff, ao julgamento antecipado da petista. Por 59 votos a 21 e nenhuma abstenção - Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, não votou -, os senadores aprovaram o relatório do Senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que acusa Dilma de ter cometido crime de responsabilidade. Em relação à votação da madrugada de 12 de maio, Dilma perdeu um voto, e os que defendem a sua saída ganharam quatro. É claro que é o fim da linha.

Os defensores de Dilma ainda tentaram, por intermédio de destaques, suprimir trechos do relatório de Anastasia. Mais uma vez, derrotas fragorosas: 58 votos a 22 em dois casos e 59 a 21 num terceiro. Assim, o texto do relator foi mantido na íntegra, sem qualquer alteração. A acusação tem agora 48 horas para apresentar seu libelo. Deve usar apenas um dos dois dias. Em seguida, cabe à defesa fazer o mesmo.

Se os que querem a saída de Dilma entregarem seu texto no dia 11, a defesa terá de apresentar o seu até o dia 13. A partir de então, contam-se dez dias para o início do julgamento propriamente. Nessa perspectiva, ele pode começar no dia 23 - e não mais 25 ou 26 como se havia previsto anteriormente. É praticamente certo que romperemos setembro com Dilma já na condição de ex-presidente.

A sessão não reservou surpresas, a não ser um comedimento maior dos senadores, dado que comandava a sessão o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo. E ele o fez de forma muito calma e segura. Não houve margem para chicanas. Até Lindbergh Farias (PT-RJ) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) se comportaram - e olhem que isso não é nada fácil. Num dado momento, Lindbergh pediu a palavra para tentar perorar sobre o papel do Supremo na democracia, mas Lewandowski não caiu na conversa. O rapaz de acalmou.

O que se viu, ao longo da terça e começo da madrugada de quarta, foi a indigência argumentativa dos esquerdistas que saíram em defesa de Dilma. Insistiram no samba de duas sílabas só: "golpe" - como se, a esta altura, uma acusação dessa natureza pudesse provocar algum efeito. No máximo constrangia o presidente do Supremo, que, então, estava ali a comandar uma das sessões da sanha golpista.

Quem fez a melhor defesa de Dilma foi, ora vejam, uma ex-ministra sua que não pertence a seu campo ideológico: a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). Em vez de se ater às tolices da ideologia, Kátia, ao menos, tentou descaracterizar como crimes os atos apontados no relatório de Anastasia. E a senadora deu especial ênfase ao Plano Safra. Foi uma defesa dura, enérgica, mas sem agredir o processo em si - que é o que fazem de modo determinado as esquerdas.

Foi tudo inútil. A esta altura, o julgamento cumpre seu rito legal, mas é evidente a situação de isolamento que vive Dilma. Ela já é uma personagem do passado do Brasil. Ainda que se tenham algumas incertezas sobre o governo Michel Temer, uma certeza é insofismável: a petista não volta mais.

E o PT?
Depois de a defesa de Lula anunciar que vai recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, parlamentares do PT agora dizem que vão apelar à Comissão de Direitos Humanos da OEA contra o julgamento de Dilma. Anunciam que vão acusar, inclusive, a omissão do Judiciário brasileiro.

Pois é? Nesta terça e madrugada de quarta, diante de Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo, defensores de Dilma gritavam "golpe", o que, vamos convir, fazia do ministro do STF um? golpista!

Incrível! Essa estratégia já não deu certo. Fazer o quê? Einstein definia o louco como aquele que apela sempre a um mesmo procedimento ineficaz esperando obter resultado diferente.

Os petistas, não é de hoje, enlouqueceram.
Herculano
10/08/2016 07:39
SEGURO EM OBRA PÚBLICO APERFEIÇOA LICITAÇÕES, Editorial do jornal O Globo

Medida debatida no Senado deve corrigir erros que resultam em atrasos, superfaturamento e má qualidade das execuções, além de fechar brechas à corrupção

A proposta de reformular a lei de licitações (8.666/93), à luz de deficiências em obras públicas que variam da má qualidade a brechas para corrupção, representa um passo importante na modernização das relações entre governos e a iniciativa privada. O relator do novo projeto, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), espera votar o projeto a partir de hoje, em comissão especial, para que vá a plenário no Senado na próxima semana.

A proposta traz uma novidade importante: a exigência de seguro para obras públicas. Se aprovada, a medida introduzirá uma terceira parte nesse negócio, representada pela seguradora, que fiscalizará da qualidade da execução a preços. Esta parte será vigilante e exigente, uma vez que recairá sobre ela o ônus de qualquer deficiência na execução do projeto, cause ou não acidentes. Pela proposta, a seguradora poderá inclusive assumir a obra, se a empresa vencedora da licitação não se mostrar capaz de concluir o projeto.

Trata-se de um modelo comum nos EUA, que aumenta o controle necessário para garantir o cumprimento completo do contrato, no que se refere a preço, prazo e qualidade. Caso flagrante é o desabamento da ciclovia na Avenida Niemeyer, no Rio. Poderia não ter ocorrido a tragédia se o empreendimento estivesse sob o escrutínio atento de um terceiro agente, além do contratante (poder público) e do contratado (empreiteira).

Isto sem mencionar a barreira que a seguradora representará a esquemas de corrupção existentes neste ramo de negócios.

A principal crítica feita por aqueles que são contra a proposta de inclusão de um seguro para obras públicas é o encarecimento do custo dos empreendimentos.

De acordo com cálculos de especialistas, no entanto, este impacto seria algo em torno de 3%. Trata-se de um custo irrelevante se comparado às consequências potenciais de um eventual problema na execução da obra, em termos de gastos, atrasos, acidentes etc.

A reforma da lei em discussão precisa ainda tratar de um anomalia na legislação de licitações públicas, representada pelo Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que está na base de escândalos recentes. Criado na esfera federal para as obras da Copa de 2014, o regime foi estendido e ampliado por meio de MP. Ele permite que a empreiteira vencedora da licitação faça também o projeto executivo, que detalha tecnicamente todas as etapas da obra.

Sem este detalhamento, antes de responsabilidade do poder público, os contratantes e órgãos fiscalizadores ficam sem parâmetros para avaliar itens como custo, prazo e segurança, favorecendo, assim, casos de superfaturamento a falhas estruturais que podem resultar na má qualidade da obra em execução. O petrolão começou assim.
Herculano
10/08/2016 07:36
A LAVA JATO CHEGOU AO PSDB, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

A revelação de que, em 2010, a Odebrecht botou R$ 23 milhões (sem nota fiscal) no caixa da campanha presidencial de José Serra levou a Lava Jato para a porta do PSDB. Há pelo menos dois meses sabia-se que isso aconteceria, assim como se sabe que a OAS repetirá a dose. Nos dois casos, as denúncias só ficarão de pé se vierem acompanhadas de demonstrativos das movimentações financeiras. Os R$ 23 milhões não eram um trocado. Equivaliam a dez vezes o que a empreiteira declarou oficialmente e a 20% do custo total da campanha estimado pela tesouraria do PSDB semanas antes do pleito.

A colaboração dos empreiteiros poderá trazer de volta ao cenário um personagem que assombrou o tucanato durante a campanha de 2010. É Paulo Vieira de Souza, um ex-diretor da Dersa, a estatal paulista de rodovias. Engenheiro respeitado, era um destacado negociador de contratos com empreiteiras. Ele também era conhecido como "Paulo Preto" e foi criticamente mencionado por Dilma Rousseff durante um debate da campanha. No serpentário tucano, acusavam-no de ter sumido com R$ 4 milhões do partido. Em três ocasiões, a bancada do PSDB evitou que ele depusesse a uma comissão da Assembleia sobre os custos de obras rodoviárias. Vieira de Souza chegou a se queixar dos tucanos "ingratos" e "incompetentes", pois não se deixa "um líder ferido na estrada a troco de nada". A chaga cicatrizou, mas será reaberta se algum executivo de empreiteira mencionar o seu nome na colaboração.

O PSDB governa São Paulo desde 1995, e Geraldo Alckmin é o cidadão que esteve por mais tempo na cadeira de Prudente de Moraes, Campos Salles e Rodrigues Alves. Essa longevidade, mesmo derivando de eleições competitivas, dá ao tucanato uma aura de República Velha, com o inevitável cansaço dos materiais.

Desde 2008, quando a Siemens alemã demitiu o presidente de sua filial brasileira "por grave contravenção das diretrizes" da empresa, as administrações tucanas são perseguidas por denúncias de irregularidades na contratação de serviços e equipamentos em obras de transporte público. A Siemens colaborou com o Ministério Público quando a expressão "delação premiada" ainda era pouco conhecida e fez isso a partir de uma reviravolta na política de sua matriz. Nada a ver com as implicâncias locais, inclusive porque a denúncia veio de uma reportagem do "The Wall Street Journal". Procuradores suíços remeteram ao Brasil documentos que comprovavam o pagamento de propinas e um dos fornecedores de equipamentos, a francesa Alstom, tornou-se sinônimo da própria encrenca. Ela compartilhava os consórcios de obras de linhas do Metrô de São Paulo com as empreiteiras Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão. Segundo o Ministério Público da Suíça, entre 1998 e 2001, a Alstom aspergiu US$ 34 milhões na burocracia paulista sob a forma de contratos fictícios de consultoria. À primeira vista, esses malfeitos seriam semelhantes, em ponto menor, às petrorroubalheiras petistas. O que diferencia as duas investigações é o resultado. Em menos dois anos, a Operação Lava Jato já condenou 76 réus a mais de 680 anos de prisão. A investigação paulista completou oito anos, sem maiores resultados.
Herculano
10/08/2016 07:28
VEREADORES FALTA À SESSÃO DA CÂMARA DE GASPAR

A Câmara de Gaspar se reúne apenas uma vez por semana. Acaba de vir de férias por 15 dias. Quem faltou ontem? O presidente Giovânio Borges, PSB, que é candidato a vice-prefeito e Marcelo de Souza Brick, PSD, que é candidato a prefeito na chapa de Giovânio.

Outro ausente, foi o vereador, ex-presidente da Casa por várias vezes e que quer se reeleger mais uma vez, José Hilário Melato, PP. Todos, se informou, estavam em Florianópolis.

Ora, se a Câmara se reúne uma vez por semana, e se sabe que isto acontece todas as terças-feiras, por que os políticos não adaptam a agenda extra Câmara, à obrigação para a qual foram eleitos? Acorda, Gaspar!
Herculano
10/08/2016 07:21
da série: não tem jeito. Os políticos que elegemos só votam para que eles continuem na farra com os nossos pesados impostos.

ALIADOS PRESSIONAM E PLANALTO DOBRA JOELHOS, por Josias de Souza

A base congressual de Michel Temer pode não ser um bom exemplo. Mas é um ótimo aviso. Em votação encerrada na madrugada desta quarta-feira, a Câmara aprovou a proposta de renegociação das dívidas dos Estados com a União por 282 votos favoráveis e 140 contrários. Antes, os aliados do Planalto exigiram que fosse subtraído do texto artigo que obrigava os governadores a congelar por dois anos os gastos com salários. A meia-volta desautorizou o ministro Henrique Meirelles (Fazenda).

Na segunda-feira, Meirelles convocara uma entrevista para informar que negociara a manutenção no projeto de duas contrapartidas à renegociação das dívidas estaduais. Numa, os governadores se comprometeriam a limitar o aumento dos gastos dos seus respectivos Estados à variação da inflação do ano anterior. Noutra, assumiriam o compromisso de mandar ao freezer os reajustes salariais.

"O importante neste momento é o foco no ajuste fiscal dos Estados e numa aprovação não só da repactuação das dívidas, mas das contrapartidas", dissera Meirelles, incomodado com o noticiário sobre as desconfianças do mercado em relação aos compromissos do governo com a austeridade.

De tanto ceder aos congressistas, a gestão Temer passou para os agentes financeiros a impressão de que os parlamentares que ameaçam o governo não perdem por esperar. Ganham. Foi o que sucedeu nesta madrugada. Os aliados do Planalto ameaçaram rejeitar o projeto se o artigo do congelamento dos salários não fosse suprimido. Para não perder os dedos, Temer entregou os aneis.

Na semana anterior, a proposta já havia passado por uma primeira lipoaspiração. Por pressão, Meirelles topara manter no projeto uma única contrapartida: o teto de gastos limitado à variação da inflação. Rendera-se às pressões de quatro corporações: Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunais de Contas dos Estados.

Esses órgãos ficaram desobrigados de lançar como despesas salariais a contratação de terceirizados e os gastos com auxílios indiretos e indenizações que constam do contracheque ?"coisas como auxílio-moradia, auxílio-paletó, auxílio-creche?

Com isso, foi para o beleléu o trecho do projeto que impunha o realismo salarial, eliminando maquiagens contábeis que fazem das folhas de vários Estados peças de ficção. O embelezamento artificial das contas leva ao desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita as despesas com salário a 60% da receita líquida corrente.

A votação da proposta terá de ser concluída na manhã desta quarta-feira. Aprovou-se de madrugada apenas o texto-base, excluídas as emendas que sugerem modificações. Uma das emendas pendentes de votação exclui do projeto o artigo que trata do teto de gastos. Espera-se que o governo consiga derrubá-la. Sob pena de transformar Meirelles num ministro sem nexo. Concluída a votação, a proposta irá ao Senado.
Revolta
10/08/2016 06:33
Só em Gaspar mesmo!!! Casa mortuária de Gaspar tem net e não dão senha pro povo usar!! Além da família pagar a taxa o funcionário diz que não pode dar a senha...

Paulo Filippus
09/08/2016 19:29
UM ADENDO A FALÁCIA DA GISELE

Me espanta alguém que provavelmente defende o PSD (que se coligou com o Partido Comunista em Gaspar) ou o PMDB. Obviamente pois atacou o PT e o PSDB/DEM. Vir aqui falar em Estado inchado.

Não sei se você sabe, mas essa ideia maluca e assassina de deixar o Estado gerir tudo, vem justamente dos Comunistas que vocês apoiam. Era o que defendiam os líderes comunistas assassinos como Lenin, Marx, Stalin, Mao-Tsé-Tung, Che Guevara e tantos outros, que são responsáveis por mais de 200 MILHÕES de mortos em todo o mundo.

Volto a dizer, leia pelo menos um pouco, sobre o que vir aqui escrever. Ser papagaio de pirata já é feio, e quando a pessoa não sabe do que fala então... vish, piorou.
Paulo Filippus
09/08/2016 19:12
A GISELE LENOIR E O FRACASSADO DISCURSO DO ESPANTALHO

Gisele, ou seja lá quem você for por trás deste pseudônimo. Já que não encontrei registros de ninguém com este nome na cidade.

Das duas, uma. Ou você tem problemas com interpretação de texto, ou distorce de propósito na maldade, usando a tática que chamamos de "falácia do espantalho" para distorcer o que o economista Mailson da Nóbrega escreveu no artigo "Estados incontroláveis". Na dúvida, vou explicar para as pessoas o que ele realmente disse, te desmentindo ou te esclarecendo, se por acaso encontraste alguma dificuldade em entende-lo.

Mailson critica no artigo, o Estado inchado. Exatamente o que faz o PT e seus partidos satélites nas prefeituras do nosso país. Eles querem tudo na mão do governo, tudo e mais um pouco. Quanto mais dinheiro nas suas mãos, maior a possibilidade de desvio e corrupção. A terceirização, concessão, privatização, ou qualquer outra forma de parceria público-privada, é justamente um combate ao monopólio Estatal que a tudo quer gerir. O Estado é incompetente, a iniciativa privada não, todos sabemos disso. E quando a Andreia fala em comprar vagas em creches, é justamente isso. Exatamente o CONTRÁRIO do que você fala.

Você vai mais longe, no auge da sua insanidade chega a dizer que ela tomaria uma medida "populista". Você sabe por acaso o que é populismo? Populismo é agradar a poucos com o dinheiro de muitos, num círculo vicioso que termina em miséria. E isso é exatamente o que faz atualmente o PT no Brasil, com Copa do Mundo, Olimpíadas, Projetos Sociais sem portas de saídas. Ou o próprio PT de Gaspar, que gasta mais de R$ 800 MIL REAIS numa creche no Belchior que vai comportar no máximo 40 crianças. Tens noção por quanto anos daria para acomodar o dobro desta quantidade de crianças nas melhores creches da região com este mesmo valor?

Enfim, não sei qual partido te adestrou (PSD ou PMDB) para vir aqui dar uma de dissimulado(a) assim, falando tamanha bobagem. Só te aconselho a usar o nome verdadeiro na próxima e tentar ler (pelo menos um pouco) sobre o que tu vai falar aqui. Pois desta forma vocês só mostram o quanto são incompetentes para bater de frente com a única candidata que não se ajoelhou ao velho jogo da velha política de vocês.
FALANDO A VERDADE
09/08/2016 18:00
Gisele Lenoir:

Andréia Nagel, com toda certeza não quer mostrar habilidade, até porque já administrou uma escola, ajuda a administrar a empresa do seu marido e ainda administra uma sala de aula...

O que o Kleber Wandall administra???? Recebe um alto salário para fazer campanha, tudo isso nas nossas custas, Marcelo Brick a mesma coisa e Lovidio nem se fala...

A compra de vagas, seria uma medida rápida, ágil e eficiente que já funciona em cidades grandes, pois a construção de creche requer tempo e dinheiro e ela foi a única CANDIDATA a oferecer uma solução imediata... Os outros apenas dizem que irão construir creches e enquanto essas creches não ficam pronta o que fazer??? Como essas mães irão sustentar seus filhos.

É só ver a questão com inteligência....

ESTOU ABERTA A PROPOSTAS MELHORES DO QUE AS DELA... POIS MEU FILHO ESTÁ PRECISANDO DE CRECHE...
Gisele Lenoir
09/08/2016 16:24
Mailson da Nóbrega x Proposta para educação em Gaspar

Mailson da Nóbrega em seu artigo do dia 27/07 na veja com título "estados incontroláveis" expõe com clareza as crises que sempre levam os estados e municípios ao colapso. E todas tem a mesma origem. E arremata:

"é preciso criar limites severos a gastos estaduais e municipais" diz o autor.

O autor deixa claro que com a lei de responsabilidade fiscal que limita os gastos com pessoal em 50% do orçamento, prefeitos e governadores, que deveriam ter praticado um maior controle dessas despesas, passaram a se empenhar em achar uma forma de contabilizar esses gastos em outra conta. E a fórmula, todos nós sabemos, é terceirizar serviços.

As prefeituras passaram a terceirizar os serviços de manutenção e obras por exemplo (Sec. De obras principalmente), com a desculpa de que é oneroso administrar equipe de pessoas e maquinários.

Na verdade deixam explícito as incompetências das administrações públicas e seus verdadeiros interesses.

A primeira incompetência é de que não conseguem fazer uma política pública de qualificação da mão de obra, que implica diretamente na produtividade per-capta do país (o produto entregue por nossas escolas públicas na grande maioria é péssimo). E só não é pior graças a verdadeiros heróis que são os professores.

E a segunda é a falta de competência para administrar pessoas. Aliás competências que só a iniciativa privada precisa ter para poder gerir as ineficiências do estado e ainda gerar impostos para mantê-los.

Com isso burlam o problema da lei de responsabilidade fiscal e ainda tem poder de negociação com as empreiteiras. O interesse nessa pratica, é o papel das empreiteiras que estamos presenciando na lava jato.

Mas porque explanei tudo isso?

Porque precisamos acordar e principalmente "pensar". Ter "senso crítico" sobre o que nos é exposto com muita frequência e com muita "poupa". Geralmente têm objetivo de ofuscar o verdadeiro interesse, de nos iludir e de não dar tempo para refletir. E com isso passar acreditar que realmente é a solucao.
Temos um belo exemplo recente, a presidente Dilma. Enganou muitos.

Por isso cuidado com políticos que surgem como toque de mágica. Que nunca participaram de nada na sociedade e derrepente estão em todos os meios de comunicação, em todas as entidades, em todos os cantos, escrevendo e aparecendo. Se vendendo como se fossem "expert" em tudo. Geralmente escondem alguém ou algum interesse por traz.

Para encerrar o raciocínio, a proposta da vereadora Andreia e que você defendeu como uma das mais coerentes para resolver o problema da falta de vaga nas creches é justamente o malabarismo exposto por Mailson da Nóbrega.

Ou seja, terceirizar o serviço de creche comprando vagas de particulares, é na verdade uma medida populista que agrada a todos, população, interessados no setor e apoiadores.

Do ponto de vista populista, excelente. Todos saem sorridentes. Do ponto de vista administrativo? péssimo. De novo? Nada.

Portanto, vamos ser mais críticos com as propostas expostas pelos futuros candidatos e principalmente com quem defende essas propostas. Temos que aprender a analisar antes de votar. Cargo de presidente, governador e prefeito, não foi feito para testar habilidades.
Herculano
09/08/2016 14:58
ADEUS, PROJETO CRIMINOSO DE PODER, por Marco Antônio Villa, historiador, para o jornal O Globo

Parte 1

As sucessivas mobilizações de rua deram o golpe final em um projeto de poder que parecia invencível

Depois de longos 13 anos e cinco meses, o Brasil, finalmente, vai se livrar do projeto criminoso de poder. E, tudo indica, para sempre. Como os "sovietólogos," que durante décadas estudaram a antiga União Soviética, aqui também os analistas do PT e da conjuntura nacional não conseguiram identificar o momento da crise final de uma forma de fazer política. Os arquivos são implacáveis: basta acessá-los para constatar que davam ao PT, a Lula e às suas alianças políticas uma longevidade que eliminava a História. Era como se o Brasil estivesse condenado, ad eternum, ao domínio petista e Lula fosse o deus ex machina nativo.

A repetição exaustiva dos supostos êxitos petistas, com o apoio da universidade, que fornecia o verniz científico, dava a aparência de que, mesmo com algumas dificuldades, o petismo no poder seria eterno. Tanto o DIP, do Estado Novo, ou a Agência Especial de Relações Públicas (Aerp), do regime militar, nunca alcançaram a eficiência da máquina de propaganda petista. Desta vez, o apoio dos acadêmicos, dos intelectuais, dos jornalistas, dos artistas não necessitou da violência do aparato repressivo. Não. Bastou, para alguns, o dinheiro; para outros, a sensação de que participavam do poder e, para os mais ingênuos, a reafirmação de antigas teses da juventude. O modo petista de governar foi louvado como uma contribuição brasileira para o mundo e Lula, incensado como a síntese das nossas melhores lideranças.

Os "petistólogos" ficaram tão impressionados com a propaganda, que acabaram dando uma sobrevida a uma forma moribunda de fazer política. Mas a história seguiu outro caminho. De um lado, a grave crise econômica, produto da famigerada nova matriz econômica, solapou a possibilidade de manter a base social do regime; as fontes tradicionais de recursos que drenaram para o grande capital bilhões de reais se esgotaram. E a classe média viu encolher seu poder de compra e os seus sonhos de consumo. Já a base da pirâmide sentiu os efeitos da inflação e do desemprego.

O autoconvencimento petista de que permaneceriam eternamente no poder e que controlavam o Judiciário ?" portanto, estariam salvaguardados frente aos atos de corrupção ?" fez com que ampliassem em escala nunca vista o saque do Estado brasileiro. O petrolão é apenas uma das faces do leninismo tropical, modo petista de governar, subornar e destruir os fundamentos do estado democrático de direito. A corrupção tomou o aparelho de Estado. Sem esquecer que socializaram seus beneficiários.
Herculano
09/08/2016 14:57
ADEUS, PROJETO CRIMINOSO DE PODER, por Marco Antônio Villa, historiador, para o jornal O Globo

Parte 2

A ação da Justiça foi fundamental para desvelar o projeto criminoso de poder. Não bastou a Ação Penal 470, o processo do mensalão. As suaves condenações do núcleo político estimularam a corrupção. Não custa recordar que recursos do petrolão foram usados para pagar multas de sentenciados no mensalão, como no caso de José Dirceu. Decisivo foi o papel da 13ª Vara Federal do Paraná. A ação coordenada da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do juiz Sérgio Moro apresentou para o país o Brasil petista. As severas condenações determinadas pelo juiz Moro ?" e referendadas, quase todas elas, na segunda instância, em Porto Alegre - deram o combustível político para o enfraquecimento da legitimidade do bloco que estava no poder desde janeiro de 2003.

Mas não foram suficientes as crises econômica e ética. O governo de então contava com a passividade popular. Com a crítica vazia, estéril, com os rebeldes do sofá. A surpresa veio a 15 de março de 2015, quando as ruas do Brasil foram tomadas por milhões de manifestantes. Era o novo na política. A combinação da forte presença das redes sociais e de uma nova forma de organização de fazer política - longe dos partidos políticos. E as sucessivas mobilizações de rua, rompendo também com o passado - o velho comício, onde o povo não passa de participante passivo -, deram o golpe final em um projeto de poder que parecia invencível.

Apesar de todos estes fatores, analistas insistiam em dar sobrevida ao petismo. Superavaliaram a capacidade de organização do partido e de seus asseclas. Deram aos movimentos sociais, mantidos por verbas públicas, um poder que nunca tiveram. Iriam incendiar o país, inviabilizar as ações oposicionistas e despertar a base social do lulismo, os mais pobres. Nada disso aconteceu. As mobilizações foram pífias. Sem as benesses estatais, nada são. E as centrais sindicais que falaram até em greve geral?

O afastamento definitivo de Dilma Rousseff vai ocorrer em clima de absoluta tranquilidade. O país não aguenta mais o PT, sua forma de governar, de fazer política. Seus líderes viraram motivo de piadas. Lula, hoje, não passa de uma figura caricata. Sua maior preocupação é escapar da prisão. O PT apresenta claros sinais de divisão, que, tudo indica, deve ocorrer após as eleições de outubro. Isto se o partido não tiver cassado seu registro, pois violou inúmeras vezes a Lei 9096/95.

O julgamento de Dilma, de acordo com a Constituição, vai ocorrer sob a presidência do presidente do STF. É de conhecimento público que Ricardo Lewandowski não chegou à Suprema Corte pelos seus dotes jurídicos. Foi escolhido por razões paroquiais, de São Bernardo do Campo, onde começou sua carreira política. Se Rui Barbosa foi chamado de Águia de Haia, Lewandowski pode ser considerado o ministro da rota do frango com polenta - região de restaurantes daquela cidade onde se saboreia tal iguaria. E, suprema ironia da História, será ele que vai presidir o impeachment. Mais ainda, vai presidir o sepultamento político do seu amigo Luiz Inácio Lula da Silva.
Herculano
09/08/2016 14:52
PCC, SEM TETO- E TRÁFICO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

A Operação Marrocos contra o tráfico de drogas na Cracolândia, realizada pela Polícia na sexta-feira passada, revelou a preocupante ligação de um grupo que se diz defensor de sem-teto - o Movimento Sem-Teto de São Paulo (MSTS) -, que age na região, com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Isso mostra que o problema existente ali adquiriu contornos muito graves, com uma estreita relação entre dependentes, lideranças de sem-teto, traficantes e uma das mais perigosas organizações criminosas do País.

Foi uma operação bem planejada e de envergadura, que contou com 600 policiais do Departamento de Narcóticos (Denarc) e o apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM). As investigações que lhe deram base duraram oito meses, tendo sido feitas mais de mil horas de gravação de telefonemas com autorização judicial, nas quais líderes do MSTS aparecem negociando drogas e o dirigente desse grupo clandestino, Robson Nascimento Santos, preso na ocasião, tratando de repasses de dinheiro com o candidato a vereador pelo PCdoB Manolo Wanderley. Ao todo foram presas 32 pessoas e executados 39 mandados judiciais de busca e apreensão.

A ação num de seus principais alvo - o prédio do antigo Cine Marrocos - resume bem o que foi a operação e o seu significado. Moram ali cerca de 300 famílias que invadiram o imóvel insufladas e comandadas pelo MSTS. No 12.º andar foram apreendidas drogas e armas - 1 fuzil AK-47, 3 escopetas, cerca de 100 facões, 15 quilos de crack e 25 quilos de maconha, além de aparelhos de radiocomunicação.

No imóvel vasculhado pela polícia, andar por andar, eram realizadas reuniões de membros do MSTS e do PCC para tratar da divisão do dinheiro do trafico na Cracolândia e decidir o que fazer com traficantes em dívida com a organização. O local se transformara no seu centro de operações na região. Segundo o delegado Ruy Ferraz Fontes, diretor do Denarc, o objetivo do MSTS era estruturar ali o PCC: "O MSTS foi criado para disfarçar a organização criminosa".

Tão importante quanto a prisão dos principais líderes desse movimento - além de Robson Nascimento Santos, a vice-presidente Lindalva Silva e o secretário-geral Wladimir Ribeiro Brito, este em Maceió, onde passava "férias" - é a polícia e os demais órgãos do governo estadual e da Prefeitura tomarem medidas para combater a perigosa promiscuidade de movimentos de sem-teto e o PCC, que pelo visto já comanda o tráfico de drogas na Cracolândia.

Não será tarefa fácil, pelo bom "negócio" que é o tráfico - ele movimenta ali 10 quilos de droga por dia e lucra R$ 4 milhões por mês, segundo estimativa da Polícia - e porque o PCC não para de dar demonstrações da sua força e capacidade de aliciamento e organização. Para isso é indispensável que, de uma vez por todas, as autoridades de segurança pública se convençam de que, por mais importantes que sejam operações como essa que acaba de ser realizada, um combate eficaz ao tráfico exige ação permanente.

A experiência da Cracolândia mostra o alcance limitado das ações isoladas realizadas ali de tempos em tempos. Os traficantes se reorganizam rapidamente e tudo volta a ser como antes. Isso é lamentável, porque o fato de ser uma área relativamente pequena e bem delimitada torna mais fácil o combate ao tráfico ali. Uma circunstância até agora não devidamente explorada.

Esse episódio deixa também evidente a facilidade com que o crime organizado se infiltra em movimentos como o dos sem-teto, a ponto de criar um grupo próprio para atuar em seu favor. Daqui para a frente será importante exercer vigilância constante para evitar que os outros grupos já existentes sejam também contaminados. A insistência desses grupos em difundir a ideia de que é legítima qualquer ação em defesa dos que eles classificam de sem-teto, mesmo as flagrantemente ilegais, como as invasões de prédios e terrenos, só agrava o problema.
Herculano
09/08/2016 14:47
INDAGAÇÕES SOBRE A REFORMA TRABALHISTA, por José Pastore, para o jornal O Estado de S. Paulo

Não há por que continuar com a rigidez atual das regras da CLT e impedir o acerto direto entre as partes.

Vejo no governo Temer a disposição de privilegiar a negociação coletiva na área trabalhista. É também o posicionamento unânime do Supremo Tribunal Federal (STF), que, ao apreciar o voto do ministro Luís Roberto Barroso no Recurso Extraordinário 590.415 de 2015, assim ressaltou a importância da negociação coletiva na Constituição de 1988: "Art. 7.º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais: VI ?" irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; XIII ?" duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV ?" jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XXVI ?" reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho".

Não há dúvida. O constituinte estabeleceu para o Brasil a prática da negociação coletiva. Não há por que continuar com a rigidez atual das regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e impedir o acerto direto entre as partes.

Por que impedir que empregados e empregadores acertem por negociação coletiva que a hora noturna tem 60 minutos, e não 52 minutos e 30 segundos, como quer a CLT? O que impede que empregados e empregadores negociem os 15 minutos de descanso (sem remuneração) que a CLT exige das mulheres antes de iniciar uma hora extra?

Por que proibir que empregados e empregadores negociem o tempo necessário para os movimentos de entrada e saída nas empresas?

Por que impedir que um empregado de 50 anos tire férias em dois períodos, se os seus colegas de 49 anos dispõem desse direito?

Por que exigir que as promoções sejam feitas, primeiro, por tempo de firma e, depois, por mérito?

Por que impedir jornadas variáveis dos que desejam trabalhar em horários atípicos, de madrugada, aos sábados, domingos e feriados e de forma aleatória?

Por que limitar a negociação coletiva para os que desejam adaptar o descanso de 11 horas entre jornadas à natureza das suas atividades?

Por que impedir que empregados e empregadores acertem o que consideram mais conveniente para turnos de revezamento?

Por que desautorizar que empregados e empregadores acertem o tempo necessário para as pausas de alimentação?

Por que manter a ideia de cláusulas eternas nos acordos e convenções coletivas, se a conjuntura muda tanto?

Por que atrelar a marcação de ponto a um único equipamento (Registro de Ponto Eletrônico), se empregados e empregadores podem negociar outros sistemas de igual eficiência?

Por que impedir rigidamente que empregados e empregadores negociem a manutenção do banco de horas quando ocorre, esporadicamente, a prática de uma hora extra?

Por que proibir a prática de concessão de prêmios meritocráticos e gratificações acertadas entre empregados e empregadores?

Por que inibir que empregados e empregadores busquem métodos extrajudiciais para resolver conflitos individuais e coletivos?

Por que não permitir que empregados e empregadores negociem as proteções para quem trabalha de forma casual e intermitente?

A lista do que pode ser acertado por negociação coletiva é enorme. Para tanto, não há necessidade de revogar as regras rígidas da CLT. É só permitir que as partes negociem de forma diferente da lei com vistas a maximizar suas necessidades e interesses. Se uma não quer, é simples: não se negocia e tudo fica como está na lei.

O reconhecimento e o fortalecimento da negociação coletiva são adotados em todos os países avançados. A França acabou de aprovar mudanças que fazem o acordo coletivo (dentro da empresa) valer mais do que a convenção coletiva (setorial), podendo ambos estabelecer regras diferentes das leis, sem revogá-las. Será que o Brasil é o único certo ao manter a rigidez atual?
Herculano
09/08/2016 14:44
SERÁ UM CRIME UM BRANCO NÃO TER AMIGOS NEGROS PARA MOSTRAR?, por João Pereira Coutinho, para o jornal Folha de S. Paulo

Ah, a experiência! Os colunistas são como certos cachorros de caça. A presa ainda não apareceu no horizonte. Mas os nossos caninos já estão espumando de excitação.

Exemplo: dias atrás, li uma excelente entrevista de Jonathan Franzen à "Slate". Gosto de Franzen. Conheci-o pela primeira vez em 2002, talvez 2003, em livro de ensaios que recomendo ("Como Ficar Sozinho", Companhia das Letras). Depois, provei os romances. Também recomendo, embora "As Correções" (Companhia das Letras) me pareça bem melhor que os seguintes.

Mas regresso à entrevista. E aos meus caninos. A certa altura, o entrevistador pergunta a Franzen se ele nunca pensou em escrever um romance sobre os conflitos raciais que correm pelos Estados Unidos. A pergunta é absurda: um escritor não tem que escrever sobre os temas que interessam ao entrevistador - e isso revela a decadência cultural do jornalismo contemporâneo.

Franzen escutou a pergunta, meditou e finalmente respondeu, embaraçado: "Não tenho muitos amigos negros", um eufemismo para dizer que não tem nenhum. E depois, com honestidade, concluiu: só devemos escrever sobre realidades que conhecemos bem.

Terminei essa parte da entrevista com duas perguntas a balançar no trapézio.

A primeira foi questionar se também eu tenho amigos negros. Não tenho. Existem conhecidos, colegas, amigos de amigos. Mas não tenho no portfólio um exemplar para mostrar. Razões?

Nenhuma em especial. Nunca aconteceu. O destino, nessas matérias, tem uma palavra importante. E, além disso, eu ainda respeito o significado profundo da palavra "amigo". São três ou quatro e ponto final. Por acaso, todos brancos.

Mas a segunda pergunta é mais relevante que a primeira e foi ela que despertou o meu faro: depois da confissão de Franzen, esperei pelas críticas das brigadas. Que logo surgiram, para confirmarem o meu instinto.

No inglês "The Guardian", a escritora Lindy West resumiu o estado da arte: Franzen faz parte da esmagadora maioria de americanos brancos (75%, segundo um estudo do Public Religion Research Institute) que não tem amigos de outras raças. Franzen seria, na linguagem erudita de West, um caso de "auto-segregação": um escritor que se esconde na sua bolha de privilégio e que nunca mostrou interesse em ter amigos negros.

Ponto prévio: se a cifra está correta (75% de brancos sem amigos de outras raças), é óbvio que existem dois planetas distintos nos Estados Unidos quando os negros representam 12% da população (estimativa conservadora).

A pobreza tem aqui a palavra central, admito: nas nossas vidas cotidianas, tendemos a cultivar "relações de classe". Se os brancos são mais afluentes que os negros, é normal que os brancos tenham amigos brancos.

Por outro lado, já não será tão normal viver em grandes cidades - como Nova York, Chicago ou Los Angeles - sem amigos negros que habitam a mesma classe média. Mas será que isso constitui um crime? Ou, pelo menos, uma falha de caráter?

A escritora acredita que sim. E, na sua cabeça pequena, não lhe ocorre a possibilidade singela de Franzen não ter amigos negros porque nunca os encontrou.

Para Lindy West, a raiz do desencontro está na pigmentação da pele; mas como excluir, com dogmatismo infantil, a importância das afinidades culturais, dos interesses comuns ou até dos acasos biográficos ou geográficos?

Finalmente, e em verdadeira paródia ao conceito de "amizade", Lindy West questiona por que motivo Franzen não faz um esforço para procurar amigos negros. "Amizade", para ela, é uma espécie de jardim zoológico privado onde temos o amigo negro na jaula 1; o asiático na jaula 2; o hispânico na jaula 3; o samoano na jaula 4; e, já agora, o índio na jaula 5. Parafraseando os existencialistas, a aparência precede a essência.

É um caminho. Claro que esse conceito de amizade também pode ser problemático: se a ONU tem 193 Estados membros, uma amizade verdadeiramente inclusiva deve transcender as fronteiras do país e abraçar o mundo inteiro. Ou somos cosmopolitas, ou não somos nada.

Prometo que vou fazer um esforço: amanhã começo na letra A - com um amigo afegão - e só descanso quando chegar ao Zimbábue.
FALANDO A VERDADE
09/08/2016 13:47
Quando digo que o Marcelo Brick foi montado pelo PT ninguém acredita. Essa briguinha da "Teresa da Trindade" é tudo faxada.

O próprio Marcelo votou muitas vezes na Câmara junto com o PT... E podem acreditar MARCELO BRICK perdendo as eleições, irá ganhar um carguinho também pelo PT....


ACORDA GASPAR...................
Belchior do Meio
09/08/2016 13:23
Sr. Herculano:

O Radar informa que cresce no PMDB um movimento para expulsar Kátia Abreu da sigla.
Ela já foi obrigada a deixar a presidência da CNA.

O PMDB está cheio de picareta que faz tipo.
Qual a diferença deixando mais uma no partideco?


Observador Gasparense
09/08/2016 13:22
Sobre sua resposta na coluna do dia 04/08 às 17:42

1 - Sou um mero eleitor. Não tenho vínculos com nenhum partido, muito menos com Brick. Mas coerência é fundamental principalmente para quem mais cobra isso dos outros. E acompanho para poder
Entender e votar consciente.

2 - você se mostra parcial de novo, pois apenas o fato de citar uma colocação do Brik você tenta me ligar a ele. Não meca os outros, baseado em suas premissas;

3 - Não sou eu que pareço assessor. Você teve a capacidade de adivinhar que, o que sua candidata falou sobre os postos de saúde tinha a ver com o hospital e tentou relacionar.E você sabe muito bem o que significa uma "entidade autônoma". Não precisa ser adivinho para entender isso;

4 - E não sei se candidato tem assessor, mas essa coluna parece ter candidato. Tanto que como você mesmo falou, até o Gilberto perguntou.

5 - Mudança não significa apenas pessoas novas. Mas sim propostas novas. E a proposta da candidatura que você apoia não parece ser "discutir a cidade" e sim "discutir pessoas". Isso é velho, é de rincão, é de coronel.

Aliás Adilson já se manifestou logo após meu comentário sobre o assunto. Diz que não participa, mas está ligado. "Criador e criatura".
Daniel
09/08/2016 10:43
Engraçado Herculano. Em Luiz Alves o PSD queria se mostrar um partido sério. Estava juntamente com o PSDB, PT e PR unidos com a população de Luiz Alves que quer mudanças. Querem mudar esse grupo liderado pelo PMDB que vai completar 16 anos a frente da prefeitura, não importa o que é preciso fazer para ganhar uma eleição, eles fazem de tudo!!!, você sabe bem o que eu quero dizer. Então, na sexta feira (05/08/16)convenção , vendo que não tinha chance de ser vice prefeito na chapa liderada pelo PSDB, fugiu que nem rato para se coligar com o PMDB. Veja bem, se coligar, porque lá também não tem chance de ser vice. Só que lá tem $$ para campanha. Lendo sua matéria aqui sobre o PSD, só tenho a lamentar esse tipo de atitude individualista e interesseiro. Em Luiz Alves ficou PMDB/PP/PSD (Continuidade) contra PSDB/PR/PT (Mudança).
Almir ILHOTA
09/08/2016 08:41
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Caro Herculano, o PMDB de Ilhota ganha? Essa foi muito boa...
Quem se deu bem foi o nosso querido PP! De um lado ou de outro, nós do PP estaremos na sombra e água fresca e vamos acabar com o PMDB em Ilhota, vai ser um golpe duro que eles nunca mais irão esquecer kkkkkkkkkkkkkk
Herculano
09/08/2016 08:09
DILMA CULPA MUITOS POR IMPEDIMENTO, MENOS ELA, por Josias de Souza

Às vésperas de sofrer nova derrota no Senado, Dilma Rousseff discursou para uma plateia companheira em Curitiba, nesta segunda-feira (8). A certa altura, perguntou a si mesma quem são os responsáveis pelo "golpe" sem tanques de que se julga vítima. Expressando-se na língua confusa que costuma utilizar, muito parecida com o português, a presidente afastada disse o seguinte:

"Em primeiro lugar, parte da mídia oligopolista. Em segundo lugar, mas não necessariamente nessa ordem, mas com uma certa simultaneidade, uma parte da oposição ao meu governo ?"a parte, vamos dizer assim, mais programática da oposição ao meu governo, que foi sendo substituída pela parte mais, diríamos assim, mais fisiológica, mais complexa, mas nem por isso menos ávida. É essa parte da oposição que representa hoje o governo provisório e interino, com a participação da outra: partes do PMDB, obviamente o ex-vice-presidente, atual presidente interino, e também o presidente afastado da Câmara Federal, senhor Eduardo Cunha. E toda uma parte do capital especulativo e financeiro. Acredito que outros segmentos podem ter sido atraídos. Mas esse é o núcleo duro."

Numa tradução livre do dilmês, o repórter suspeita que madame tenha desejado declarar que a culpa é de três setores da sociedade: a imprensa, a oposição que se juntou ao PMDB e a oligarquia financeira. Quer dizer: Dilma responsabiliza muita gente pelo seu fracasso, menos ela. Ou quebraram todos os espelhos do Palácio da Alvorada ou Dilma ficou cega. Uma pena.

Se tivesse olhado para o espelho pelo menos três vezes por dia, Dilma teria testemunhado o ocaso de uma presidente ruinosa. Despreparada, pressunçosa e dissimulada, transformou sua incapacidade pessoal num desastre histórico ?" um dos piores que o Brasil já viveu.

Dilma fez sumir os brasileiros humildes que enchiam os aeroportos e divertiam Lula por deixar a "elite incomodada". As companhias aéreas estão no chão. A conta de luz barata tornou-se pesadelo. O setor elétrico entrou em curto-circuito. Os juros de um dígito, que eram feitos de saliva, revelaram-se uma mágica fugaz. O investment grade que as agências de avaliação de risco deram ao Brasil, virou lixo. O "pleno emprego" deu lugar a quase 12 milhões de desempregados. O pré-sal não levou o Brasil à OPEP, mas à roubalheira da Lava Jato. E a 'Pátria Educadora' não passava de um slogan de marketing criado com verba do caixa dois.

Dilma não gosta de reconhecer os próprios erros. Para ela, quem deve uma autocrítica ao país é o PT. A legenda precisa explicar por que aderiu aos métodos dos cleptopartidos. Seria ótimo. Mas a diversão só ficaria completa se madame explicasse, com seu quase-português, por que diabos abandonou a noção de responsabilidade fiscal para tocar o país na base do vai ou racha. Rachou. O caso de Dilma não é de impeachment. Madame está prestes a ser mandada mais cedo para casa porque cometeu suicídio político.
Herculano
09/08/2016 08:04
JÂNIO DE FREITAS USA NARRATIVA DO GOLPE PARA ALIVIAR A CULPA DOS PETISTAS, por Kim Kataguiri, líder do Movimento Brasil Livre, para o jornal Folha de S. Paulo

Tenho uma preguiça imensa daqueles que ainda insistem na baboseira de que impeachment é golpe. Janio de Freitas, figura que se intitula "um dos mais importantes jornalistas do Brasil", é uma dessas pessoas. Em seu artigo da última quinta (4), ofereceu uma espécie de alívio intelectual e moral para aqueles que, na visão dele, não chamam o afastamento da presidente Dilma de "golpe" por pura covardia. Parece que ele não percebeu quem realmente precisa de uma narrativa mirabolante para aliviar o peso da própria canalhice.

Freitas já começa fazendo um paralelo do momento atual com o período da ditadura militar. É uma espécie de fetiche das esquerdas. Como boa parte da narrativa política dos petistas e afins se baseia numa suposta luta armada pela democracia - quando, na verdade, o objetivo dos guerrilheiros comunistas era substituir a ditadura militar por uma ditadura do proletariado -, os simpatizantes do petismo sempre tentam forçar, de qualquer maneira, uma comparação com o período. Nesses paralelos mirabolantes, os petistas são sempre vítimas, ainda que o poder estivesse em suas mãos durante mais de uma década.

Em outra tentativa de distorcer a realidade - parece que essa é a única saída que sobrou para defender o petismo -, Freitas cita uma entrevista do presidente Michel Temer, que afirmou à imprensa internacional que a questão do impeachment do Senado depende de uma avaliação política dos senadores. Para o jornalista, tal afirmação evidencia que o todo o processo é uma farsa.

Sim, para cassar um presidente da República é preciso haver embasamento jurídico. No caso de Dilma, ele existe, e já foi debatido exaustivamente. Mas é inegável que a natureza do julgamento é, em grande parte, política. É justamente por isso que a Constituição determina que ele ocorra no Congresso. Basta um simples exercício de lógica para chegar a esta conclusão: se meramente jurídico fosse, seria julgado pelos ministros do STF, e não por políticos.

Está mais do que claro que a narrativa do golpe foi criada para dar combustível à militância petista, que está cada vez menor e mais desmoralizada. É inconcebível que qualquer pessoa com um par de neurônios acredite em sua veracidade. A palavra "golpe", além de resgatar 1964, ano que praticamente se tornou o preferido dos petistas, também serve como válvula de escape para o militante, que já não tem meios de defender o PT racionalmente.

Como explicar todos os escândalos de corrupção? O que dizer sobre a fraude fiscal, que foi cometida para pagar ruralistas e grandes empresários? E sobre os milhões de desempregados, a inflação de dois dígitos, o aumento da desigualdade social e da miséria? Fácil. Simplesmente aponte o dedo para o rosto de seu opositor e chame-o de golpista. Se possível, cuspa nele.

Os petistas estão agindo como o Cavaleiro Negro do filme "Monty Python em Busca do Cálice Sagrado": suas narrativas já perderam os braços e as pernas, mas eles continuam triunfantes, gritando "golpe" sem parar, de peitos estufados.

Por fim, Freitas afirma que o impeachment "mantém o Brasil em regressão descomunal". Me pergunto o que ele viu de avanço nos governos petistas. Seria a implantação da ditadura da propina? As alianças com os velhos caciques e coronéis da política brasileira? Ou o discurso populista aliado a desvios de dinheiro público que beneficiaram uma elite política e econômica corrupta?

Não seja hipócrita, caro Janio. Quem realmente precisa de narrativas esdrúxulas para amenizar a própria culpa são os petistas e seus simpatizantes.
Herculano
09/08/2016 07:54
MARINA SILVA, EX-PETISTA, ORIENTOU O SEU PARTIDO, A REDE, PARA VOTAR HOJE NO SENADO PELA VOLTA DE DILMA VANA ROUSSEFF, PT.

PARA ELA, QUEM TEM QUE SAIR É MICHEL TEMER, PMDB, SE DILMA CAIR. E POR QUE? PORQUE MARINA DEFENDE NOVAS ELEIÇÕES FORA DA PREVISÃO CONSTITUCIONAL PARA ELA SER CANDIDATA COM CHANCES.
Herculano
09/08/2016 07:49
DILMA CHEGA HOJE À RETA FINAL DA SUA DESTITUIÇÃO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Dilma Rousseff vai conhecer, nesta terça (9), a chamada "reta final" da sua destituição. Como em todos os casos criminais, após a coleta de provas, o réu deve ser pronunciado antes do julgamento. É o que vai acontecer nesta terça (9) no Senado, encerrando a segunda fase do impeachment, autêntica em corrida de obstáculos, graças às alterações no rito determinadas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Senado.

JOGANDO A TOALHA
A situação de Dilma não é mesmo animadora. Sua ex-inimiga e hoje aliada Kátia Abreu (PMDB-TO) já admitiu a derrota.

NOVA MANOBRA
Por não acreditarem nas chances de Dilma, petistas ameaçam recorrer ao STF para tentar melar a votação da pronúncia.

PRECEDENTE IGNORADO
O relatório de admissibilidade do caso contra Dilma tinha 128 páginas. No caso do ex-presidente Fernando Collor, dois parágrafos.

INFLUÊNCIA
Com amigos no STF e no Senado, Dilma só foi afastada 23 dias depois de o Senado receber a denúncia. No caso Collor, foram 48 horas.

MICHEL TEMER PREMIA EX-CHANCELERES LIGADOS AO PT
Cercado de dilmistas e lulistas por todos os lados, o chanceler José Serra acabou convencido a designar Luiz Alberto Figueiredo e Mauro Vieira, dois ex-chanceleres medíocres do governo anterior, para postos-chave da diplomacia brasileira. Enquanto Figueiredo assumirá a estratégica embaixada do Brasil em Lisboa, será confiada a Vieira a chefia da missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU).

MUITA CORAGEM
O governo Michel Temer está confiando a um ex-chanceler de Dilma a importante tarefa de representá-lo nas Nações Unidas. Muita coragem.

OUTRO PREMIADO
Para fechar a vergonheira, Vieira substituirá na ONU a Antonio Patriota, ex-chanceler cuja sabujice ao PT foi premiada com Roma.

SABATINA PARA CONSTAR
Luiz Alberto Figueiredo e Mauro Vieira serão sabatinados nesta terça-feira (9), na Comissão de Relações Exteriores do Senado.

ORGANIZAÇÃO PRECIOSA
Deputados juram que Eduardo Cunha montou um quadro em que lista cerca de 180 deputados federais e ex-deputados que teriam recebido vantagens indevidas. Mas não apresenta provas disso.

ORIGEM DOS VAZAMENTOS
Soam como recados as notícias sobre iminente acordo de delação com Eduardo Cunha. Ele sempre nega, mas seria a origem secreta do "vazamento", cujo objetivo seria deixar "espertos" quem queira trai-lo.

RISCO DE DERROTA
Candidato a reeleição em 2018, caso até lá não fique inelegível, Renan Calheiros pode ser atingido pela provável derrota do seu candidato à prefeitura de Maceió, Ciço Almeida (PMDB), acusado no STF de liderar a "Máfia do Lixo", que teria desviado R$ 200 milhões do município.

TURISMO SANITÁRIO?
O governo federal já torrou R$282,5 milhões com pagamento de diárias em apenas 7 meses. A Anvisa domina a lista com 13 dos 15 maiores "diaristas", que já receberam juntos R$ 1 milhão desde o início do ano.

MANOBRA
Ao dizer que o PT acionará o STF para tentar adiar a pronúncia de Dilma no Senado, Lindbergh Farias (RJ) mostra que não dá a mínima para a presidência de Ricardo Lewandowski no processo do Senado.

REINO DO CAIXA 2
Somente a falta de dinheiro, e não a lei eleitoral, evitará que 100% dos candidatos sejam bancados por caixa 2, nas eleições municipais deste ano. A nova lei baniu financiamento privado e proibiu até "vaquinha".

ALERTA PORTUGUÊS
Após uma campanha demagógica que lhe foi muito útil para vencer as eleições, o atual governo português tem na mão uma granada já sem pino: o número de servidores aposentados (486.269) é maior que os da ativa (473.446), cujas contribuições deveriam pagar as aposentadorias.

BOLÃO DA CORRUPÇÃO
No Planalto, os servidores fizeram um bolão para saber quem consegue acertar o maior número de governadores e ex, delatados por propina na lista da Odebrecht. São agora 13 nomes.

VEXAME QUE NÃO PARA
Após não encontrar o caminho do gol, em Brasília, a "seleção" de araque de Neymar errou o caminho do voo: chegou atrasada ao aeroporto porque errou o percurso.
Herculano
09/08/2016 07:44
IMPEACHMENT É A CHANCE DE PT SE REFAZER, DIZ SENADOR CRIST?"VAM

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e entrevista de Mariana Haubert, da sucursal da Brasília. Cortejado tanto pela presidente afastada, quanto pelo presidente interino, Michel Temer, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) diz que o impeachment de Dilma Rousseff será a única chance de o PT se reconstruir - o que faz parte, afirma, de uma estratégia para as eleições presidenciais de 2018.

Em entrevista à Folha, o senador confirma o voto pelo afastamento definitivo da petista e, fazendo a ressalva de que Michel Temer está "gastando muito", afirma que ele tem condições de "trazer algo novo".

O ex-ministro de Lula fala que, ao apoiar o impeachment, está perdendo prestígio mesmo é nas rodas internacionais. "Para eles é como se estivesse tirando o Mujica ou o papa Francisco."

Folha - O que o convenceu a votar pelo impeachment?
Cristovam Buarque - O impeachment não é golpe. Se estivéssemos no parlamentarismo, eu não teria a menor dúvida de que deveríamos dar um voto de desconfiança, pela inflação, desperdício, mentiras na campanha. Mas do ponto de vista presidencialista, eu disse desde o começo que só decidiria depois que o processo se esgotasse.

E o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) [relator do processo] terminou seu parecer demonstrando que houve crime. Eu vejo até que foi um crime pequeno, mas foi um crime.

Folha -Temer também passará por processo semelhante?
Cristovam -Não acredito. É muito raro ter dois terços contra quem está no poder. A presidente Dilma só conseguiu isso porque não soube fazer o trabalho parlamentar. Faltou ter o respeito ao Parlamento. Ao desrespeitar, paga-se o preço.

Os próprios deputados do PT contam que não eram recebidos por ela. Eu fui ministro dela e nunca fui recebido [na verdade Cristovam foi ministro da Educação de Lula, de janeiro de 2003 a janeiro de 2004].

Folha - O senhor sente mágoa dela ou do PT?
Cristovam - Sinto uma frustração de não termos aproveitado esse momento. Eu fui quatro vezes a Dilma neste período e fui uma vez ao Temer. Tentei que houvesse uma saída diferente. Na última vez, quando não havia mais jeito, eu propus que ela renunciasse e desafiasse o Temer a renunciar também. Ela reagiu muito duramente.

Eu tenho certeza de que se o voto fosse secreto, o PT votaria pelo impeachment. Porque é a chance do PT de se reconstruir. Ele vai jogar a culpa de tudo o que fez de errado nos ombros do Temer. Inflação, desemprego, dívida, deficits da Previdência. Aí vão para a oposição onde ficam em uma posição cômoda. E tentando fazer valer a bandeira do golpe. É um papel dentro de uma estratégia eleitoral da bandeira do golpe em que vão dizer que brigaram até o fim.

Folha - Qual a avaliação do senhor sobre o governo Temer até agora?
Cristovam - Apesar de ter estado com Dilma por 12 anos, vejo que Temer pode trazer algo novo. Acho que ele tem mais condições de reequilibrar o processo econômico, barrar a inflação. Mas também me preocupo porque está gastando muito. Embora eles digam que tudo isso estava previsto, eu acho que eles estão abrindo um flanco muito perigoso. E ele vai nos dar uma travessia porque já não é mais a esquerda no poder. Vai nos obrigar a buscar alternativas.

Folha - Na Comissão Especial do Impeachment, o senhor disse que também está perdendo muito prestígio internacional.
Cristovam -É onde realmente eu estou perdendo, é no prestígio que construí no exterior: as cartas que recebo de grandes personalidades. Lá fora fica a impressão de que estão tirando a presidente. Ninguém sabe quem é Sergio Moro, ninguém sabe que tem presos do PT, pedalada.

Então o que é que se sabe: a presidente [que é] do PT que tem uma simpatia muito grande, o ex-presidente Lula que ainda é muito respeitado e é um mito. Para eles é como se estivesse tirando o Mujica [ex-presidente do Uruguai] ou o papa Francisco.
Herculano
09/08/2016 07:38
HOJE É DIA DE ESPETÁCULO, TRISTE

Começa daqui a pouco no Senado, a longa sessão de pronúncia do impeachment da presidente afastada Dilma Vana Rousseff, PT.

Será dia de espetáculo, triste. O PT vai provar que a política que faz é de circo. O enredo cai sempre bem nos outros, adversários. Nele, o mesmo texto, é uma verdade.

O que estará exposto, é o suposto presidente neutro da sessão, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowsky. Ele nunca escondeu que é petista. Então...
Sidnei Luis Reinert
09/08/2016 06:09
Renúncia olímpica

Brasil 08.08.16 09:20
A Unafisco estima que, só neste ano, a União deixará de arrecadar 2,9 bilhões de reais em tributos por causa da renúncia fiscal em favor da Olimpíada, informa o Radar.

É o equivalente a 1,7% do déficit anual de 170 bilhões de reais.

Cadê o pai e a mãe dos Jogos?

http://www.oantagonista.com/posts/renuncia-olimpica
Papa Bagre
08/08/2016 20:33
Herculano não foi a equipe de Daniel que o enterrou, foi o seu queridinho Aurelio, que botou a administraçao de Daniel Bosi joelhos. Com todo o barulho criado em ilhota não só Pmdb de Ilhota ganha, o de Gaspar também.
Herculano
08/08/2016 19:01
A OPINIÃO DO EX-PREFEITO ADILSON LUIZ SCHMITT SOBRE O HOSPITAL

Este assunto é polêmico na cidade. E a cada eleição ele é tema recorrente. Exala paixões, quando deveria ser parte de um debate e solução técnica. Lida-se com doença e saúde para os mais fracos.

O próprio jornal Cruzeiro do Vale, na sua edição de sexta-feira há duas semanas, perguntou aos candidatos quais as soluções que eles dariam para o Hospital, que hoje está sob intervenção da administração petista.

O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, atualmente sem partido, mas eleito pelo PMDB, depois no mandato migrou para o PSB e PPS com as desavenças entre os partidos da ampla aliança que o elegeu em 2004.

Nesta eleição, Adilson está quieto. Mas, este tema lhe tirou parcialmente mais uma vez do silêncio que diz estar imposto por escolha própria.

Foi no mandato de Adilson que o Hospital foi fechado. E por decisão do Conselho para melhorias estruturais, exigências dos órgãos de fiscalização e também para neste interim se rediscutir e pactuar as novas responsabilidades financeiras.

O PT, todavia, para eleger Pedro Celso Zuchi, entre outros temas, usou este fechamento para alimentar a sua campanha eleitoral. E prometeu reabri-lo se eleito, sabendo que as obras estavam sendo administrada por um grupo de voluntários e no fim. E pagas por um grupo empresários, principalmente a Bunge.

"A minha sugestão e para desafiar os candidatos, na questão do Hospital: ver o custo real mensal sendo que a Prefeitura bancaria 60% do valor. Sendo que a cada ano ocorreria o reajuste conforme o do IPTU.

O restante dos 40% o Hospital iria buscar no SUS e demais venda de serviços".

A ideia, entretanto, não amarra o tal "custo do Hospital", que do nada sempre aumenta e fica incontrolável sob as mais variadas desculpas e necessidades.
Herculano
08/08/2016 18:26
NA IRRELEVÂNCIA, PT VOLTA ÀS VACAS MAGRAS DE 1996, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

É uma paga justa pelo mal que o partido fez ao Brasil; legenda terá o menor número de candidatos a prefeituras desde 1996.

Vocês certamente já leram a notícia de que levantamento preliminar feito pela Direção Nacional do PT evidencia que a legenda terá 1.135 candidatos a prefeito nas eleições municipais de outubro. O número representa uma redução de 35,5% em relação aos 1.759 candidatos do partido que disputaram prefeituras em 2012.

É a menor número dos últimos 20 anos. Em 1996, eram 1.077. A cúpula petista aponta três motivos para essa diminuição: o sentimento antipetista amplificado pelas revelações da Operação Lava Jato; a proibição das doações empresariais e o processo de impeachment de Dilma Rousseff, que distanciou o PT de aliados tradicionais e restringiu as alianças.

Pois é?

Sobre o peso que têm o petrolão e o impeachment de Dilma, há pouco a dizer, não é? Alguns aliados do PT preferiram guardar distância do partido. Andar ao lado de petista queima o filme.

Agora, engraçado mesmo é ver a legenda apontar como um dos fatores da diminuição o fim da doação de empresas a campanhas eleitorais. A tese é do PT. Na prática, a legenda a patrocinou.

De todo modo, essa justificativa é cascata. Afinal, a proibição de doações vale para todo mundo.

Talvez seja o caso de colocar isso de outro modo: o PT, mais do que qualquer outra legenda, mergulhou no caixa dois. As empresas, não é segredo pra ninguém, estão assustadas. Ainda que as doações fossem permitidas, boa parte iria querer guardar distância das eleições.
Herculano
08/08/2016 17:53
POR QUE INTELECTUAIS ODEIAM O POVO? por Luiz Felipe Pondé, filósofo, para o jornal Folha de S. Paulo

Por que os intelectuais odeiam o povo? Afirmei isso semana passada em minha coluna ("Bom dia terrorismo!) e muita gente me perguntou a razão disso.

Vejamos um exemplo prático bem atual: Donald Trump.

Todo mundo se pergunta como o povo americano (pelo menos parte importante desse povo) pode votar num cara como Donald Trump. Não vou entrar no mérito do quão "idiota", "palhaço", "populista", "sexista", "racista" muita gente acha que ele é. Se ele é ou não isso tudo, não me interessa aqui.

O que me interessa é que toda a inteligência pública parece concordar que ele mereça todos esses adjetivos. Logo, parece haver uma discordância significativa entre o que pensa grande parte do povo americano e a inteligência pública.

Por que alguém em sã consciência votaria em Donald Trump sendo ele tudo o que achamos que ele seja? Existe a possibilidade de que ele não seja tudo isso de ruim e a inteligência pública esteja errada? Suspeito que não seja esse o caso.

Então, a pergunta que não quer calar é: o povo é burro, pelo menos do ponto de vista da inteligência pública? A resposta é: sim.

Mas o que seria essa "burrice" aqui? Antes, um reparo filosófico importante para deixar clara a razão de eu achar que intelectuais desprezam o povo, suas escolhas, seu mundinho medíocre de consumo, suas jantas, seus programas bregas na TV e suas férias em praias com milhões de pessoas.

Apesar de ter certeza que a democracia é o regime menos pior que conhecemos, não acredito que as pessoas escolham "racionalmente" em quem vão votar. Essa crença é, basicamente, uma lenda. Ninguém vota "racionalmente" - talvez 1% dos eleitores, e porque é gente obsessiva e monomaníaca.

Acho que ninguém está nem aí para política na maior parte do tempo, e quem está, está por taras pessoais do tipo gostar de mandar, mania de grandeza, messianismo ideológico; enfim, taras, e não porque seja excepcionalmente "racional".

Sei que você deve estar querendo saber o que eu quero dizer por votar "racionalmente". Já digo. Lembre-se: como dizia Hegel, conceitos exigem paciência.

Votar "racionalmente" é comparar programas, históricos, coerência de vida e trabalho dos candidatos. Passar algum tempo fazendo essa "pesquisa", discutir com amigos e, principalmente, inimigos, isto é, gente que não concorda com você, enfim, é "trabalhar" para escolher em quem votar.

Conclusão: a maior parte da humanidade que trabalha não tem tempo nem saco para isso. E quem faz, o faz porque é "profissional" militante (e militante, por definição, não é um ser que pensa, mas, sim, um ser obcecado por uma causa). E a coisa que menos importa para ele é comparar propostas, históricos, concepções de mundo. Quer apenas levar os outros a pensar como ele.

Dito isso, voltemos à "burrice". Intelectuais são pessoas que passam a vida pensando, colhendo dados, comparando-os e discutindo com parceiros. Quero dizer, isso seria o ideal. A realidade está, como sempre, entre o ideal e o inferno (mais perto deste do que daquele).

Para além desse ideal, muitos intelectuais se entregaram à falsa paixão pela lenda do "povo racional soberano da democracia", lenda criada pela Revolução Francesa. Mas, como toda lenda, esta fala mais de quem crê nela do que de qualquer outra coisa.

Portanto, os intelectuais recusam o fato de que o povo não vota "racionalmente". Detalhe: ele, o intelectual, também não necessariamente vota "racionalmente", mas a partir de suas taras ideológicas e lenda políticas.

A pergunta a fazermos é: quais são as taras que levam parte do povo americano a votar em Donald Trump?

Tudo de muito humano, demasiado humano: medo, raiva, insegurança, vontade de fazer o mundo parar de girar, fantasia de que a janta será sempre a mesma, com as mesmas pessoas, pânico dos EUA deixar de ser a potência número um, a ilusão de que se pode viver isolado do resto do mundo com barreiras.

Os intelectuais odeiam o povo porque o povo é a humanidade ?"banal, medrosa, insegura. E os intelectuais amam a ideia de humanidade "racional", mas detestam suas misérias.

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