08/09/2016
OS PLANOS FURADOS
A repórter Aline Franzói da “TV Gaspar” – um sistema de comunicação via internet - jogou recentemente várias cascas de bananas na sabatina dos quatro candidatos a prefeito de Gaspar. Acostumados a uma imprensa que não faz perguntas – por acha-las “bobas” e inconvenientes -, teve candidato que escorregou, e feio. Aline fez o óbvio. Olhou os planos dos candidatos na Justiça Eleitoral. Apenas os cobrou de como fariam o que escreveram e prometeram. Quem tiver dúvidas, é só acessar o arquivo da entrevista na “emissora” e avaliá-la. Esta coluna, na edição de terça-feira só para a internet, mostrou algumas dessas incoerências e falácias feitas para enrolar analfabetos, ignorantes, desinformados, alienados e fanáticos sem causa. Há até candidato que ache isso tudo uma grande diversão (com o dinheiro dos pesados impostos de todos). Outra. Folheando decisões do Tribunal Superior Eleitoral, é possível perceber que político eleito foi cassado exatamente por contrariar ou não cumprir o que prometeu no seu Plano de Governo assentado na Justiça. Acorda, Gaspar!
GOELA ABAIXO I
Depois de três anos pronto, mas engavetado porque contrariou à lógica do processo, da cidade, dos cidadãos e principalmente dos interesses dos sempre donos do poder - o que não impediu que se pagasse muito, mas muito dinheiro dos gasparenses para Iguatemi que a fez processo entre técnicos e quatro paredes a pedido da administração de Pedro Celso Zuchi, PT -, a obrigatória revisão do Plano Diretor de Gaspar. Ela foi fatiada, e vai sair parcialmente da gaveta, quase silenciosamente. Vem com as “providenciais” emendas de vereadores e da própria prefeitura para atender os interesses combinados em época de campanha eleitoral. O que nasceu torto, vai terminar mais torto, e via goela abaixo dos cidadãos e do próximo prefeito. Falta o Ministério Público mais uma vez se interessar melhor por este assunto nebuloso.
GOELA ABAIXO II
E para dar a chancela de transparência que se exige na lei que valida os Planos Diretores e suas obrigatórias revisões, a Câmara armou uma audiência pública o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana e o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. Vai ser nesta quinta-feira no auditório da Câmara. E a que horas? Às 14h30min. Ou seja: quando todos possíveis interessados ou a população de um modo em geral, estarão trabalhando. Por que se faz isso? De propósito, para escárnio e afronta à transparência, ao diálogo, ao debate, ao conhecimento. O Estatuto das Cidades exige que antes de se fazer a revisão, se discuta com as comunidades e afetados. Não foi feito. Pede-se sucessivas audiências em várias fases do processo de estruturação da revisão. Não foi feito. Agora, para aprovar o que está embrulhado, marcado, vão fazer uma única audiência, com divulgação mínima, em horário impróprio, com presença mínima e de gente oficial para assinar a ata, tudo para dar ares de regularidade a que está falho. Acorda, Gaspar!
COMO FUNCIONA
O que apareceu na Câmara na terça-feira. Algo grave que se sabia, mas se relutava em torna-lo público. É a face da perseguição que a administração do PT de Pedro Celso Zuchi move aos funcionários que discordam sobre as políticas empregadas. O PT, todavia, sempre acusa outras administrações desta prática e até usa como discurso de campanha. A carta de Méri Terezinha Biz Willrich, Educadora Social, posou na mesa do presidente Giovanio Borges, PSB, e lá vai ficar providencialmente parada. Escreve Meri: “Venho relatar fato ocorrido nesta comarca no dia 18/08/2016, envolvendo a minha pessoa e a secretária de assistência social de Gaspar dona Maristela Cizeski. (...) Concluo que, neste tempo em que sou funcionária pública do Município de Gaspar, venho sofrendo e presenciando diversas situações caracterizadas como assédio moral. Se questionarem todos os servidores da Secretaria de Assistência Social, muitos poderão confirmar as atitudes desta Secretária, que muitas vezes fala conosco aos berros e de forma grosseira, nos fazendo passar por situações constrangedoras e vexatórias. Peço posicionamento e atitudes com relação a esta situação acima descrita em forma de denúncia, e que se apura a prática de assédio moral conforme Lei nº 2415, de 07 de novembro de 2003”. O que vai acontecer? Ele vai ser persiguida pelo aparelho político e partidário. Se fosse com outro partido, tudo estaria complicado.
Há um vídeo noturno na rede que está gerando o maior ti-ti-ti. Ele foi feito por candidato a prefeito de Gaspar. Nele, com o vice – por falta de conteúdo e proposta - zomba dos eleitores. Parece o Marcos narrando uma corrida de descida desvairada no morro da Vó Salvelina.
O PMDB de Gaspar depois de obter a declaração de voto do ex-prefeito Luiz Adilson Schmitt na campanha de Kleber Edson Wan Dall, sinalizou um agrado para o ex-prefeito Luiz Fernando Poli. Ele nasceu no MDB, passou pelo PFL e estava no PDT apoiando o PT de Pedro Celso Zuchi.
E o que apareceu na Câmara para emocioná-lo à nova mudança? A moção póstuma 25/2016 da vereadora Marli Iracema Sontag, PMDB, a Eurides Luiz Poli, ex-alfaiate e músico, pai de Luiz Fernando.
A ponte dos Sonhos, que sempre será conhecida como a ponte de Ilhota, foi nominada oficialmente de Padre Cláudio Jeremias Cadorin, “in memorium”. Redundante. O nome do padre só poderia ser para ser lembrado em memória. Pois é proibido nominar patrimônio público com nomes de vivos.
Ilhota em chamas. Com a ponte, agora é fácil aos do Centro de Ilhota irem aos Baús. Quem fez isso neste feriado se assuntou com o calçamento feito há três meses pela administração de Daniel Christian Bosi, PSD, no Baú Baixo, com verbas do Fundam. Ela precisa de “patrolamento” de tanto buraco e desalinhamento. A estrada de barro está melhor para se andar.
O PT está sendo desnudado. Dilma Vana Rousseff foi defenestrada. É legal. É complexo. É político. Não será fácil aos petistas compreender este fato. Mas, o próximo a cair será o PMDB e Michel Temer. Não será difícil. A campanha nos municípios corre sérios riscos de ser contaminada.
E por quê? O PMDB sempre foi gigolô do poder (oito anos com o PSDB e 13 anos com o PT). Nunca governou nada, apenas chantageou e usufruiu. O PMDB é parceiro – tenta esconder – deste desastre da economia como inflação alta, rombo nas contas públicas, 12 milhões de desempregados, ladroagem, corrupção, filas nos postos de saúde, SUS falido, hospitais à meia boca, farmácias sem remédios, insegurança, obras paradas...
O PMDB parece que não se deu conta da responsabilidade em que se meteu. Enquanto os trabalhadores e empreendedores que pagam pesados impostos estão quebrando ou perdendo empregos, queda de lucros e salários, o PMDB para se sair bem na foto ou comprar chantagistas, sem dinheiro, e sob pressão, está aumentando os salários dos funcionários públicos com estabilidade. Vai dar errado mais uma vez. O recado do Maracanã na quarta-feira foi de brancos, classe média alta e não de sindicalistas pagos com sanduíches de mortadelas.
Não há diferença entre PT, PMDB, PCdoB, PSD, PP, PDT, PR, PRB, PTB e outros que sustentaram os governos petistas de Lula e Dilma, mensalão, petrolão, eletrolão e o agora, o incrível roubo dos aposentados nos fundos de pensões.
Ontem no Centro de Gaspar uma pesquisa tinha três perguntas da hora: “você vota no candidato indicado pelo ex-prefeito Adilson”?; “você vota no candidato indicado pelo prefeito Celso”?; “quais desses candidatos a vice influencia o seu voto”?
Só no domingo a Justiça Eleitoral oficializou as candidaturas de Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, Kleber Edson Wan Dall, PMDB e Marcelo de Souza Brick, PSD. No feriado de Sete de Setembro foi a vez de Lovídio Carlos Bertoldi, PT.
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