04/05/2017
QUANDO VAI DECOLAR? I
Kleber Edson Wan Dall, PMDB e o seu vice, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, sempre foram favoritos. Venceram. Tiveram tempo antes e depois das eleições para estruturarem o futuro governo. Ganharam, mas ainda não levaram. Eles têm tudo para repetir os governos desastrosos dos peemedebistas Bernardo Leonardo Spengler – o único que não terminou o mandato – e Adilson Luiz Schmitt, que saiu do partido no meio do mandato e perdeu a reeleição. Nos dois casos, o PMDB faltou ou inviabilizou o governo deles por impor a mediocridade, bem como interesses pequenos, familiares e de vingança, que fundamenta o partido em Gaspar. O PMDB (e o PP) enxerga o poder municipal como máquina de empregar gente leiga, não habilitada para liderar. Assim não muda, avança ou produz o óbvio em administração pública, aquilo que se prometeu nos discursos e propaganda de campanha.
QUANDO VAI DECOLAR? II
Já se foram quatro meses. Quando chegou aos 100 dias, o balanço só veio depois de cobranças nesta coluna. Atrasado, pífio e sem nenhuma mudança que pudesse se diferenciar do perdedor PT. Já detalhei isso na Olhando a Maré feita às terças-feiras especialmente para o portal Cruzeiro do Vale e que é líder em acessos. Começa pela comunicação, um desastre; passa pela secretaria de Administração e Gestão que depois de quatro meses, continua improvisada e acumulada por quem nunca teve a menor intuição e formação para tal, o advogado Carlos Roberto Pereira; e vai para setores sensíveis e que ficam expostos como a Saúde, Obras, Educação e até Assistência Social. E é sobre ela que vou exemplificar hoje o retrato desse desastre que é o de nomear amigos, partidários, os de afinidade religiosa e sem a menor intimidade com as exigências do cargo. Assistência Social foi um cabide de emprego no governo de Pedro Celso Zuchi, PT. Continua no de Kleber. E sem controle, o que é pior.
QUANDO VAI DECOLAR? III
Quem é o secretário? Ernesto Hostin, graduado em Ciências Econômicas. Qual a relação dele com a área? Nenhuma. Por que ele foi indicado? Devido à proximidade e afinidade (amizade, religiosa e partidária via o PSC) com o prefeito Kleber, de quem, foi na Câmara, seu assessor parlamentar. Ernesto deu o primeiro passo em falso logo de entrada: tentou retirar as verbas do FIA, via uma mudança marota e escamoteada na Câmara. Ah, mas não foi ele! Foi gente mais inteligente desse jogo. Eu sei! E isso mostra à razão pela qual Ernesto não entende, não manda na área e Kleber, conivente com tudo isso. Precisou esta coluna denunciar a jogada obscura e o Ministério Público se interessar pelo caso, para pelo menos a urgência do Projeto de Lei ser retirada na Câmara. Assistência Social é coisa séria, em governo que se diz preocupado com os vulneráveis, não pode só usá-los com sobras para votos fáceis em tempos de eleições.
QUANDO VAI DECOLAR? IV
Resultado? Ernesto não aguentou o tranco. Teve um piripaque na semana passada e foi parar no Hospital. Coisa séria. Escondeu-se do público uma afronta à transparência pública, mas não das redes sociais e intimidade do Paço (deve voltar na quarta). Há uma teia de intrigas (normal no ambiente público feito de interesses – ideologia e poder - antagônicos). De verdade? Ernesto não lidera, não entende da pasta, não conhece a legislação específica. O orçamento está engessado e centralizado pelo improvisado secretário de Administração e Gestão, titular da Fazenda. Além disso, o Judiciário e o Ministério Público depois que viram o desapego de Ernesto e da administração de Kleber pelo assunto, estão fungando no cangote devido as obrigações ameaçadas. Culpa só do Ernesto? Não! De quem o nomeou por currículo político, proximidade e dívida. Quem paga? Os gasparenses. Quem sofre? Os mais vulneráveis, os pobres, os que precisam. E para completar: quem manda na secretaria, porque a conhece? A comissionada indicada pelo PT, Eloiza Campregher Probst. Quem está nomeado pelo PMDB para ser superintendente, mas não domina a área? Santiago Martin Navia. Este retrato não é o único. Repete-se em outras secretarias. Então explica-se a razão pela qual o governo de Kleber e Luiz Carlos continua rateando. Quando vai decolar? Acorda, Gaspar!
O engenheiro Nelson Wan Dall Júnior, irmão do prefeito Kleber, está nomeado gerente de Infraestrutura na máquina de tetas do governo do estado, a Agência de Desenvolvimento Regional, de Blumenau. É um acerto para apoiar a candidatura do empresário de Blumenau, Ericson Luef, PMDB, a deputado Federal.
Então perguntar ofende: como ficará a distribuição dos minguados votos no PMDB de Gaspar para deputado Federal se dois outros já estavam mapeados por forças antagônicas: Rogério Peninha Mendonça e Mauro Mariani?
A prefeitura de Gaspar anuncia como um ganho a transmissão ao vivo dos pregões e licitações. É realmente um ganho à transparência. Mas, isso não significa que estão eliminadas às possibilidades de fraudes, combinações entre fornecedores...
Mais um comissionado. O servidor Artur Renato Millbratz, foi nomeado coordenador de frota da Secretaria de Administração e Gestão.
Lembram-se daqueles caros 11 frigobares que o presidente da Câmara, Ciro André Quintino, PMDB, mandou comprar para as suas excelências colocarem nos seus gabinetes e dar água gelada ao povo? Pois é, a praga pegou.
A ganhadora Refrimix atrasou a entrega. E quando entregou, mandou equipamentos para funcionarem com 127 volts. Aqui, todos sabem que a voltagem é 220. Tudo foi rejeitado, menos a ideia de gastar para dar água gelada para o povo.
Deu zebra. Diante de tantos problemas que há anos lotam esta coluna, evidentes, reiterados e permanentes no CDI Dorvalina Fachini, no bairro Sete, a secretária de Educação, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, mandou “reinstaurar” processo administrativo para apurar a responsabilidade de empresa e seu responsável técnico por inexecução do contrato SAF 27/2011.
Quem é a empresa? A conhecida, Soberana Serviços e Construções Ltda., de Blumenau. O responsável técnico é Jayme Rodrigues Macedo. A cara obra foi feita com recursos federais, em solo sabidamente instável, tanto que esta coluna leiga, mas com fonte técnica, antecipou os problemas antes da construção da creche. Depois de pronta, ela já sofreu diversos reparos exigindo mais recursos públicos e que não se resolveram.
Trabalho duro. É comum ver funcionários públicos de Gaspar postando nas suas redes sociais na hora do trabalho. Newton Carlos de Almeida, deslocado para o Sine, resolveu exibir uma pinha esta semana.
Jornalismo manco. A RBS TV de Blumenau não sabe ainda que o Belchior é um distrito e não um bairro de Gaspar.
Ilhota em Chamas I. O transporte de universitários – e que não é obrigação municipal - agora é lei e com aval da Câmara. A promessa era de campanha. Entretanto, o prefeito Érico de Oliveira, PMDB, ameaçou não cumprí-la.
Ilhota em Chamas II. São quatro linhas para Itajaí, Balneário Camboriú e Blumenau. Custará R$576.600,16. Ele será coberto pelas secretarias de Finanças, da de Transportes, da de Obras e Serviços Urbanos, a da Agricultura e Meio Ambiente e do Sebrae.
Ilhota em chamas III. A curiosidade foi a ausência do vereador Rogério Flor de Souza, PT. Ele estava na greve sindical e justificou isso à mesa diretora. Meu Deus!
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