Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

04/04/2016

Foto: Rádio Sentinela do Vale

MUITO VIVO I
O PT de Gaspar anunciou o óbvio como candidato a prefeito: o secretário de Obras Lovídio Carlos Bertoldi. Era um candidato natural, mas não era preferido do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Ele só não se meteu de verdade nesta escolha porque sabe que a situação está ruim para o partido e para quem ele indicar. Se as circunstâncias fossem outras – o PT nadando no poder em Brasília, sem as manchas que carrega e as obras dos papelinhos por aqui entregues ou em pleno vapor – Lovídio não teria chances nesta “disputa” simulada – que começou com cinco e terminou com três. Talvez ela nem existisse, seria na caneta. Esta “disputa” foi montada para criar clima, gerar notícias e montar factoides. E pelas fotos que circularam por aí, foi um convescote de pouca presença e nenhuma festa. Faltou o essencial para um governo que se diz popular: povo.

MUITO VIVO II
Todavia, engana-se quem pensa que o PT daqui está enfraquecido com tudo isso. Lovídio terá dificuldades, sim. A começar pela Justiça Eleitoral. A campanha poderá ser contaminada pelos processos em que está envolvido direta e indiretamente como ex-presidente do Samae e atualmente respondendo pela Ditran. Lovídio poderá ter alguma dificuldade devido à imagem nacional do partido, mas nos bastidores, o PT daqui é o partido mais bem estruturado, ardiloso, controlado, ativo e com militância determinada. Vai ganhar as eleições nos bastidores, com a mesma fórmula que emprega para salvar Dilma Vana Rousseff. O Brasil quebra, mas ela não sai de lá de jeito nenhum.

MUITO VIVO III
Nesta coluna mostro cinco movimentos de resultados certos, onde o PT local usa a máquina e a condição de melhor articulado: colocou no saco a viola do Giovano Borges, com o PSB; enfraqueceram o PSD e isolaram de Marcelo de Souza Brick; mina diuturnamente a coligação do PMDB e PP, a qual possui reais dificuldades para reagir aos ataques sorrateiros; usa todos concorrentes para ajudá-lo no enfrentamento frontal com Andreia Symone Zimmermann Nagel, no PSDB, a quem admite ser a pior adversária neste momento. E o PT de Gaspar age para o golpe fatal da escolha do vice. Vai empurrar este assunto o quando puder com a barriga para ter tempo na efetivação das amarrações que enfraqueçam seus adversários. Negocia com um, promete para outros, sinaliza com outro. E assim vai. Ganha tempo e impede os adversários, sem dinheiro, sem cargos, sem muito poder de barganha, de solidificar as suas bases.

SEM SAL, SEM RUMO I
Como surgiu o PSD do ex-prefeito de São Paulo e hoje sumido ministro das Cidades do governo de Dilma Vana Rousseff, PT, Gilberto Kassab? Ele o “inventou”, como tentou depois “inventar” outros partidos a mando do Planalto, para ser um agrupamento de políticos sem cor, sal e sabor e a serviço. O PSD nasceu com um vício original. Ele existe para ser uma linha auxiliar de “oportunidades”, um balcão de negócios do poder de plantão e não propriamente um partido político ideológico, programático, comprometido com pensamentos políticos, sociais e econômicos, bem como voltado para resultados coletivos. Tanto que Kassab declarou quando fundou o PSD dividindo e enfraquecendo o DEM, sucessor do PFL (que Lula jurou esfacelar da face política nacional), que o PSD não seria de esquerda, de centro e nem direita, muito menos de oposição ou de situação (neste caso o criador mentiu, pois sempre será, uma premissa de sobrevivência desta criatura).

SEM SAL, SEM RUMO II
Escrito isto, o que é o PSD de Gaspar? Um ramo do deputado estadual Jean Jackson Kuhlmann tocado Marcelo de Souza Brick, mas que já foi de Fernando Neves, o ex-secretário de Ilhota. Até recentemente, o PSD teve em seus quadros o atual presidente da Câmara, Giovano Borges, como uma das estrelas. O PSD é um agonizante. E faz muito tempo. Para os leitores e leitoras desta coluna, isso não é novidade ou segredo. E há anos. Tanto que por aqui, desfilou várias queixas do próprio Marcelo ao colunista sobre este desnudamento para a falta de projeto político e administrativo, além de evidente comprometimento para Gaspar. As queixas de Marcelo – e de seu grupo anonimamente - sempre foram feitas com o fito de esconder a dança de interesses pessoais, os erros estratégicos do partido e dos seus líderes.

SEM SAL, SEM RUMO III
Eu poderia me alongar e repetir o que já escrevi sobre este assunto, contestado pelo próprio PSD, Marcelo e os que ainda gravitam em torno de uma liderança que perdeu brilho e a referência política, exatamente por não tê-la. Marcelo para ser presidente da Câmara fez um acordo com o PT e José Hilário Melato, PP. Não soube, a partir disso, gerenciar e criar fatos com a oportunidade que lhe apresentou. Não voou. Ficou a reboque do PT e do Melato. Consequentemente, o possível “novo” se subordinou à velha prática política e foi cercado pelas raposas. Aceitou cargos migalhas do PT para os seus e perdeu com isso a independência. Para Melato terceirizou a presidência da Câmara. Teve apenas o título. Ao invés de comandar, imprimir uma marca sua, ampliar e solidificar como uma nova liderança, foi comandado, triturado. Deixou espaços, dúvidas e desânimo.

SEM SAL, SEM RUMO IV
A lista de desacertos é longa. Ela já foi exposta aqui várias vezes e contestada apenas para atender o jogo de interesses. Então vou abreviar e reportar a conclusão de tudo isso remetendo os leitores e leitoras para o aconteceu no mês de março. Giovano Borges deixou o PSD, Fernando Neves, ex-presidente do PSD, estabeleceu-se na incoerência: é o assessor do presidente, que era PSD e está no PSB. Jogo duplo. Em agradecimento ao PT de Pedro Celso Zuchi, José Amarildo Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio, Lovídio Carlos Bertoldi, Mariluci Deschamps Rosa, Doraci Vanz e outros, Giovano, que está no PSD, e Fernando, que está no PSD, dizem abertamente pela cidade que preferem o PT do que o próprio PSD na disputa do próximo pleito. Ora, numa circunstância normal isso seria uma afronta e exigiria um posicionamento firme da direção do partido por aqui e até no estado. Mas tudo ficou entre eles próprios. O que prova isso? Que estão jogando um jogo marcado e ludibriando a distinta plateia. E a imprensa, mas, principalmente esta coluna, que desnuda, passou a ser um problema neste jogo de interesses que usa os eleitores e eleitoras incautos, de boa-fé, além dos analfabetos, ignorantes e desinformados para os jogos e conchavos do grupo político PSD, PSB, PT.

SEM SAL, SEM RUMO V
Resultado? Marcelo pode colocar no seu currículo que foi presidente da Câmara de Gaspar. Mas também deverá ressalvar que vendeu a alma ao diabo no acordo que fez com o PT (e o Melato) e não teve altivez para construir uma dinâmica própria de resultados. Marcelo está agora só, sem rumo e sem explicações convincentes. Achou que queimaria etapas e seria eleito prefeito com as novas “alianças” que fez nos bastidores e negava em público. Seria candidato e prefeito assim, do nada. Ungido pelos deuses da preguiça. Sem trabalho, rodeados de “amigos da onça” e velhas raposas da política, foi engolido pelos fatos que não dominou.

SEM SAL, SEM RUMO VI
Marcelo, o vereador, o candidato a prefeito, o novo e o presidente do PSD, não percebeu que o PT e Melato colocaram numa isca e tranca bem armada na arapuca do jogo político gasparense. Um jogo com dono e fila (e não é de hoje). Na última hora, ingenuamente ou a mando do esquema a que se amarrou, Marcelo ainda tentou dar o golpe no PSDB que lhe dava a chance da sobrevida que o PMDB e PP lhe negaram na lata. E Marcelo e Fernando se dispuseram a negociar com o PSDB a poucos minutos da farsa do PSB ser desvendada. Marcelo foi convencer – e com Giovano e Fernando a tiracolo – o PSDB a rifar a neotucana Andreia Symone Zimmermann Nagel. Marcelo queria - e ainda quer - ser o cabeça da eventual chapa – onde ele não possui coerência, votos, discurso e currículo de trabalho. Mais. Marcelo insiste: quer a Andreia apenas de vice, como uma útil carregadora de piano, votos e coerência que o PSD e Marcelo não possuem exatamente por não trabalharem para isso. Lutam apenas pelo falso poder, cargos e conchavo entre paredes na prática da velha política. E o pior é que no PSDB de Gaspar ainda há quem defenda esta anomalia de princípios, ética e resultados. Vergonhoso.

SEM SAL, SEM RUMO VII
E para concluir e não ser repetitivo a tudo que já escrevi antes desta coluna. Os fatos deste final de semana só fazem confirmá-lo na íntegra e desmente os políticos do PSD daqui: basta olhar as listas que os partidos andaram divulgando das trocas-trocas permitidas na janela da legislação eleitoral. O PSD foi o que não pôde anunciar nenhuma conquista. Amargou (e escondeu) perdas. Até o PSB fez do PSD uma filial. Casualmente, o DEM – aquele que o PSD de Kassab tinha a meta destruí-lo para entregar de bandeja ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi o que mais filiou nomes coroados. Isso retrata, de cara, a falta de confiança no PSD. Ele não inspirou, atraiu, agiu, aglutinou, criou e mostrou um projeto de cidade e liderança confiável. O PSD e Marcelo pagam caros pelos desacertos que queriam ver escondidos da mídia. Disfarçado ou não, o resultado prático está ai: o enfraquecimento do PSD e do seu presidente. Acorda, Gaspar!

RUA AMAZONAS I
O jogo dos políticos. O que apareceu na sessão de terça-feira passada na Câmara de Vereadores? O requerimento 38/2016. E quem o fez? O vereador Giovano Borges, PSB. O que ele quer saber do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT? Informações sobre a finalização da obra de drenagem e pavimentação da Rua Amazonas, no Bela Vista. O que ele alegou para o pedido? Que “a comunidade cobra constantemente o término da execução desta obra. Considerando que ela está na etapa final e já se passaram três anos desde seu início [vergonhoso], sendo que inicialmente o prazo previsto era de quatro meses, questiona-se, então, quando será finalizada. Questiona-se, ainda, se nas Ruas Amazonas e Ceará as lajotas serão recolocadas ou se receberão nova pavimentação”?

RUA AMAZONAS II
Primeiro, essa obra foi uma promessa de reeleição do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Só falta ser o povo do Bela Vista se enganar novamente e colocá-la a falta de cumprimento na conta de outro. A verba é de uma emenda parlamentar do deputado Federal Décio Neri de Lima, do PT que manda no PT daqui e que segundo ele nos discursos que fazia para buscar votos, tinha as portas dos cofres de Brasília abertos para Gaspar. Esta obra foi encampada por Giovano Borges, morador do Bela Vista na aliança branca que fez com o PT de Zuchi e Amarildo.

RUA AMAZONAS III
Giovano chegou até a culpar a empreiteira Ramos, de Blumenau. Ela parou a obra. Giovano e o PT acharam uma afronta com eles porque isso os deixou vulneráveis perante à comunidade. Ou seja, julgaram como se ela fosse obrigada a fazer alguma coisa sem o devido pagamento. Giovano agora está de mãos dadas com o PT para as próximas eleições. Então do que ele está reclamando? E a motobomba que ele comprou com o dinheiro dos moradores de lá para amenizar a falta de ação do prefeito e do PT, para que ela serve? E para finalizar. Giovano com o requerimento revela que não é tão próximo da administração petista, ou está se fazendo de vítima para se livrar da culpa, ou então o PT lhe faz de bobo. Outra. Giovano tão próximo da prefeitura não sabe se vão recolocar as lajotas ou asfaltar as ruas Amazonas e Ceará quando a tortura da implantação da drenagem terminar? Acorda, Gaspar!

O JOGO I
O que está no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para sair? O decreto nº 6.880, de 31 de março de 2016. O que ele diz? “Fica nomeada a servidora Teresa da Trindade, para exercer o cargo em comissão de Coordenadora do Programa Crack, ref. 55, com 40 horas semanais, a partir de 01 de abril de 2016”. O decreto que não se trata de uma piada de primeiro de abril. Ele foi assinado pelo prefeito Pedro Celso Zuchi, PT.

O JOGO II
Coisa de craque. Tereza já foi PT, PP, PSD e PSB. É servidora da saúde. Já foi vereadora e candidata a prefeita pelo PSD, sendo derrotada pelo próprio Zuchi. Ela nas últimas eleições tinha uma fidelidade e identidade com deputado Federal Paulinho Bornhausen, ex PFL, DEM, PSD e agora, convenientemente, no PSB. Tereza sempre foi uma hábil negociadora. O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, conhece bem esta habilidade, tanto que em uma parte do seu governo (2004 a 2008) ele a nomeou como secretária da Saúde.

O JOGO III
Neste março que passou, Teresa surpreendeu ao abandonar o PSB e entregá-lo no colo de Giovano Borges, até então no PSD, presidente da Câmara e aliado do PT de Pedro Celso Zuchi, José Amarildo Rampelotti... Teresa surpreendeu ainda mais. Dizendo-se cansada da política, alegava que ficaria distante da disputa deste ano. Entretanto, ela passou a trabalhar com discrição nos bastidores para filiações ao PR, também outro aliado do PT aqui e no plano nacional. Este decreto de Zuchi põe luz nestas transações todas. Teresa voltou à origem: o PT, e exatamente quando ele está se autodestruindo nacionalmente por ser viciado em manobras. Escolhas. Isso também mostra que o modo de agir do PT nacional é igual aqui. Com a imagem corroída pelos fatos, vai minando o baixo clero. Acorda, Gaspar!

O VICE DO PT I
E quem será o vice do PT? Pouco se fala disso. Mas há uma luta dura entre os antigos e novos parceiros do PT. E o PDT bate o pé, e aparentemente possui a vantagem nesta composição e indicação. (Só para lembrar o PT sempre foi de chapa pura: uma com Albertina Deschamps, que deixaram na rua da amargura, e outras duas com Mariluci Deschamps Rosa, que parece terá o mesmo destino e vai se candidatar a vereadora).

O VICE DO PT II
O vice preferencial do PT era tido como o PDT, com o PCdoB e PR, correndo por fora. Agora, o PSB entrou para embaralhar esta composição. Todavia, o PDT deu uma sinalização importante neste final de semana. Filiou sem muito barulho o empresário e ex-vereador Antônio Osni Wolleck, o Toni da Churrascaria. Ou seja, é uma carta na manga contra o PMDB, o histórico, o de Osvaldo Schneider, e o PMDB jovem do atual presidente Carlos Roberto Pereira, o que articula a campanha de Kleber Edson Wan Dall.

O VICE DO PT III
Essa filiação é ao mesmo tempo um recado do PT ao ex-adversário interno e ao PMDB que filiou em seus quadros no ano passado o ex-vereador Francisco Anhaia. Esta filiação desagradou ao PT que queria Anhaia politicamente morto, mas dentro do PT. É um recado do próprio Toni - que já foi vogal no diretório estadual - ao PMDB, mas talvez sem muita razão. Toni sempre se ensaiava - mas não iria, de verdade nesta, como sempre fez nas outras eleições - a vereador pela Margem Esquerda. Dois fatores o impediam: a família que o prefere focado nos negócios, e a dúvida se ele teria os votos que acha que possui naquela região.

O VICE DO PT IV
Mesmo assim, Toni sempre entendeu a filiação do Anhaia, como uma afronta à preferência dele como candidato, articular e indicar no seu reduto eleitoral, a Margem Esquerda; invocava a condição de peemedebista histórico. "Nenhuma consulta eles me fizeram", queixava-se do seu PMDB sempre para justificar o voo solo nas inúmeras tratativas que fez com outros partidos para mudar de lado e dar sinais claros de descontentamento com o PMDB local. Ou seja: o jogo começa a ser jogado e começa a se conhecer as peças, seus movimentos e trancas. Até julho ou outubro será uma festa. Acorda, Gaspar!


TRAPICHE

 

O Projeto de Lei 7/2015 que dispõe sobre a Concessão e Exploração do Serviço Público de Transporte Individual de Passageiros por Táxi no município de Gaspar era “imexível”, segundo o ex-chefe de Gabinete de Pedro Celso Zuchi, PT, Doraci Vans. Ele acaba de receber a primeira emenda modificativa. Então... Ele é “imexível” para os vereadores não alinhados ou para o Executivo.

Aliás, este projeto de lei, como está na Câmara, é considerado tecnicamente inconstitucional. Os vereadores pensam em falar com a promotora que cuida na Comarca da Moralidade Pública, Chimelly Louise de Resenes Marcon. Eles querem convencer que a inconstitucionalidade do projeto é uma coisa boa para os taxistas e a cidade. Então...

Dor de barriga. O PSB de Giovano Borges anunciou há três semanas que faria umas 200 filiações. Não conseguiu e não prestou contas. Ao contrário, perdeu.

O presidente da comissão provisória da sigla que foi repassada por Teresa da Trindade, no acordo que fez com o PT, Diogo Araújo, escondeu-se para não assinar as fichas de desligamento de seus membros, como se escondendo para não assiná-las como se fosse possível impedir a migração de filiados para outros partidos.

A Justiça Eleitoral resolveu essa situação e vai considerar as novas fichas, mesmo que elas não sejam abonadas pelo presidente dos antigos partidos dos inscritos.

Não desistiram. O suplente de vereador pelo DEM, Laércio Pelé Krauss, e o presidente do PPS, Vitório Marquetti, pediram a cassação do mandato da vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, por ela ter trocado o DEM pelo PSDB. O Tribunal Regional Eleitoral lhes negou o pedido.

Inconformados, Pelé entrou com um recurso especial no Tribunal e Vitório com Embargos de Declaração.

Encrenca. O sistema de adoção e os abrigos foram temas referência na administração dos problemas da Infância e Adolescência em Gaspar. O reconhecimento foi nacional da então juíza Ana Paula Amaro da Silveira. Ela passou onze anos aqui na Comarca.

Este sucesso e as decisões que ela tomou contra os políticos, nesta e outras decisões que chegaram as suas mãos, determinaram a perseguição do PT e da administração de Pedro Celso Zuchi. Desmoralizada numa armadilha, ela foi a Justiça pedindo reparos. E já há sentenças em primeiro grau que lhes favorece neste caso.

O que aconteceu sexta-feira? Foi realizado um “seminário” para discutir cuidados para crianças e adolescentes para além do acolhimento como garantia de convivência familiar e comunitária.

Na verdade, este é um movimento liderado pela secretaria de Desenvolvimento Social, tocada pela Maristela Cizeski. E ele visa a preparação para mudar os sistemas de abrigo, para o das famílias acolhedoras, incluindo a remuneração.

Segundo o press release distribuído e onde o nome da secretária é omitido, o objetivo do evento era o de debater ações que podem ser tomadas para melhorar os serviços de acolhimento das crianças e adolescentes do município, garantindo a convivência familiar e comunitária e não apenas o acolhimento institucional.

E quem veio defender este assunto para o pessoal do PT de Gaspar? A paraguaia Rosa María Ortiz que já integrou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos entre 2012 e 2015. E foi vice-presidente do Comitê das Nações Unidas dos Direitos da Criança e assessora de Direitos Humanos e Diversidade Cultural da Secretaria Nacional de Cultura da Presidência da Republica do Paraguai.

A palestra foi em espanhol, ou seja, para ninguém entender. Serviço de tradução? Zero. Incompetência? Não. Foi proposital. Acorda, Gaspar!

Da série perguntar não ofende. O professor Doraci Vanz vai voltar para a sala de aula, depois que deixou a chefia de Gabinete da prefeitura de Gaspar? O que ele faz na secretaria de Educação? Anunciou que vai concorrer a vereador pelo PT. Será mesmo? A última aventura que fez neste assunto foi em Brusque e pelo PSDB. E o número de votos cabia numa mão.

E continuando a série perguntar não ofende: aquele caso da licença-prêmio indevida que tomou para ser coordenador de campanha na reeleição de Pedro Celso Zuchi não será impeditivo na Justiça Eleitoral para a sua candidatura?

Todos os vereadores assinaram a Moção de Apelo de número seis para ser endereçada ao DNIT. É para solicitar a implantação de um redutor de velocidade no trecho do Km 40 ao 42 da rodovia federal BR 470, ali no Restaurante La Terra, que virou um recordista de acidentes, mutilação e mortes. E a duplicação prometida por Dilma Vana Rousseff, PT, em palanque vai ficando em segundo plano e a perder de vista... Acorda, Gaspar!

 

Edição 1744

Comentários

Herculano
07/04/2016 18:36
THE ECONOMIST: DILMA NÃO GOVERNA E BRASIL NÃO AGUENTA "MAIS TRÊS ANOS DISSO".COM PARLAMENTARES TAMBÉM ENROLADOS, A REVISTA DEFENDE NOVAS ELEIÇÕES. A PRESIDENTE NÃO GOVERNA EM NENHUM SENTIDO SIGNIFICATIVO DA PALAVRA", DIZ A REVISTA

A edição desta semanda da revista The Economist traz reportagem sobre a situação política do Brasil sob o título "Qhando um golpe não é golpe". A matéria começa explicando que a presidente da República, Dilma Rousseff, e seus aliados têm feito discursos diários afirmando que a tentativa de tirá-la do poder pelo impeachment é um "golpe de estado". A ideia seria sensibilizar pessoas fora do PT como o cantor e compositor Chico Buarque. "Estamos aqui em defesa intransigente da democracia', disse durante o protesto do último dia 31.

A revista lembra que o último golpe, de fato, no País foi em 1964, quando os militares tomaram o poder, e que as acusações de golpe se tornaram parte integrante dos kits de propaganda dos governos de esquerda não só no Brasil, mas na Venezuela e Bolívia, além da Argentina na época do governo Christina Kirchner. The Economist reitera que as acusações são de que o PT criou um sistema de corrupção para benefício próprio e de seus aliados como forma de se manter no poder.

O problema mais relevante, segundo a revista, é o fato de Dilma ter tomado posse em janeiro de 2015, mas o governo está parado desde então. "Rousseff começou seu segundo mandato em janeiro de 2015 com a economia em colapso, junto com o apoio popular e político. A presidente não governa em nenhum sentido significativo da palavra. O país não pode suportar mais quase três anos disso", diz a reportagem.

Sobre as ideias de parlamentarismo, a The Economist lembra que a esta altura, o governo já teria caído, mas no caso do presidencialismo, a deposição de um presidente é sempre "traumática". O pedido de imepachment do vice Michel Temer e o envolvimento de parlamentares, por exemplo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com corrupção também foram abordados, por isso sugere que os próximos protestos populares deveriam pedir novas eleições, o que poderia acontecer por meio de uma emenda à Constituição, o que a revista diz ser a melhor forma de defender a democracia
Herculano
07/04/2016 18:26
LULA, O FANFARRÃO

Em Fortaleza, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, garantiu que hoje o Supremo julgaria e o livraria de qualquer impedimento para a posse como Ministro da Casa Civil.

1. Mentiu ou estão mal informado ou é bravateiro. Hoje o Supremo não tratou deste assunto.

2. Ao contrário. O ex-presidente passou mais de duas horas hoje no Ministério Público Federal, em Brasília. Foi lá dar explicações nas controvérsias da Lava Jato.

Mais do enganador e chefe da quadrilha. Lula tentou adiar esta obrigação de dar explicações à Justiça. Nos discursos aos analfabetos, ignorantes, desinformados, fanáticos e gente que é paga ou obrigada a bater palmas ele sempre afirma que esteve à disposição dos investigadores da Lava Jato.
Herculano
07/04/2016 16:47
DILMA ODEIA VAZAMENTOS! E QUANTO AO ESGOTO?, por Josias de Souza

Quando os petrolarápios começaram a suar o dedo na Lava Jato, Dilma apressou-se em declarar: "Não respeito delatores". Pegou mal, já que madame havia sancionado a lei que deu à Lava Jato a ferramenta da colaboração premiada. Quando as vozes dos delatores começaram a ecoar segredos das arcas de 2014, Dilma se insurgiu contra os "vazamentos". Nesta quinta-feira, acossada pela revelação dos segredos da Andrade Gutierrez, ela voltou a estrilar.

Em novo 'golpemício' realizado no salão de solenidades do Palácio do Planalto, a presidente queixou-se do "vazamento premeditado e direcionado". Enxergou no noticiário a intenção de criar um "ambiente propício ao golpe". E avisou à plateia-companheira: nos próximos dias, podem surgir novos "vazamentos oportunistas e seletivos."

Espantosa época a nossa. Executivos de uma das maiores construtoras do país informam em depoimentos oficiais que derramaram dinheiro sujo nas arcas da campanha à reeleição de Dilma. Submetida à atmosfera malcheirosa, a presidente acha que pode adotar um discurso hidráulico e seguir em frente. Como se nada tivesse sido descoberto sobre o esgoto aberto na contabilidade do seu comitê.

Dilma se queixa da seletividade dos vazamentos. Mas seletiva mesmo são as suas reações. A presidente só reclama quando os jatos de lama lhe sujam os sapatos. Adora quando a goteira cai sobre a cabeça de personagens como Aécio Neves e Eduardo Cunha. Dilma talvez não tenha se dado conta. Mas no caso da Andrade Gutierrez, o lodo respingou também no PMDB do vice-presidente Michel Temer. Golpe? Ora, francamente! Melhor trocar o lero-lero por meio quilo de explicações.
Herculano
07/04/2016 13:31
MULHERES NO PODER

É o seminário que a vereadora e pré candidato do PSDB de Gaspar, Andreia Symone Zimmermann Nagel, participa hoje e amanhã lá em São Paulo.

O evento reúne as pré-candidata prefeita e a vice do tucanato da região sul e sudeste.
Herculano
07/04/2016 12:34
É TUDO CULPA DA LAVA-JATO, por Carlos Alberto Sardenberg, para o jornal O Globo

Parte 1

A operação simbolizada em Moro é parte do fenômeno policial e jurídico mundial de combate a quadrilhas de lavagem de dinheiro

"Isso deve ser coisa daquele juiz brasileiro" - foi o comentário ouvido em rodas de conversas no Panamá, nesta semana, quando estourou o caso dos "Panama Papers". O tal juiz, claro, só pode ser Sérgio Moro, bastante conhecido no país por causa da Odebrecht. Quer dizer, por causa da prisão de Marcelo Odebrecht, ali reconhecido como o dono da maior companhia da América Latina.

Eu estava por lá, em visita particular, quando da prisão. O pessoal parecia estupefato. Preso em uma cela comum? - espantavam-se desde executivos nacionais e estrangeiros a motoristas de Uber.

A empreiteira tem obras importantes por lá - aliás, discute com o atual governo uma revisão nos planos e custo do aeroporto - e é o "mecenas" número um do principal museu local, um magnífico prédio do arquiteto Frank Gehry.

Tudo isso apanha o Panamá num momento especial. O escritório Mossack Fonseca ganhou muito dinheiro com a condição de paraíso fiscal de que o país desfrutou durante anos a fio. Formou-se, e ainda trabalha por lá, uma expressiva comunidade de executivos financeiros de várias nacionalidades.

De uns tempos para cá, quando os Estados Unidos, a União Europeia e instituições internacionais, como o FMI, iniciaram a guerra contra o dinheiro sujo que alimenta a corrupção, o tráfico de drogas e o terrorismo, o Panamá foi apanhado no contrapé. Aquilo que era vantagem competitiva - o paraíso fiscal - tornou-se um peso, um pecado que passou a espantar empresas e capitais.

Para resumir, o atual governo, do presidente Juan Carlos Varela, aplica um programa de desmonte do paraíso fiscal. Já conseguiu aprovar uma legislação restritiva, chancelada pelo FMI, e faz uma campanha interna alertando que lavagem de dinheiro é crime e deve ser denunciada. A operação não é simples, entretanto. O governo quer banir a lavagem, mas pretende que o Panamá permaneça como um "hub" financeiro para a América Latina, isso incluindo Miami.
Herculano
07/04/2016 12:34
É TUDO CULPA DA LAVA-JATO, por Carlos Alberto Sardenberg, para o jornal O Globo

Parte 2

Nessa hora, aparece o caso do escritório Mossack Fonseca. O sócio Ramon Fonseca é da mais alta elite panamenha. Além de advogado, é escritor (romances, novelas) e político. Não tem Lava-Jato no Panamá, mas a elite local ligada aos velhos hábitos, digamos assim, entra na alça de mira internacional.

É claro que não foi o juiz Sérgio Moro que deflagrou a operação "Panama Papers". Mas a Lava-Jato, se não passou, vai passar por esse canal. E isso explica por que o pessoal do Panamá chega a imaginar que era tudo coisa "daquele juiz brasileiro".

A Lava-Jato, simbolizada em Moro, é parte de um fenômeno mundial - a campanha policial e jurídica em busca das quadrilhas que promovem ou participam da lavagem de dinheiro. Não se trata só de mais uma operação.

Na última segunda, o WhatsApp brasileiro passou a exibir a informação de que as mensagens agora são criptografadas "de ponta a ponta". Quando tratamos disso na CBN, muitos ouvintes perguntaram: é coisa da Lava-Jato?

Não, claro, mas de certa forma... Trata-se de um reforço na privacidade. Criptografadas, as mensagens não podem ser lidas nem pelo WhatsApp, nem por terceiros. Quer dizer que não podem ser grampeadas?

Não vai demorar muito para termos aqui um caso parecido com o FBI x Apple, quando a agência queria que a companhia quebrasse o código do iPhone de um terrorista. Não é de se esperar que um juiz brasileiro acabe pedindo que o WhatsApp quebre a criptografia para apanhar um suspeito? Ou, se o próprio pessoal da Lava-Jato, com autorização do juiz, quebrar a criptografia e captar conversas suspeitas, essa prova terá validade nos tribunais?

Notem: o uso de uma tecnologia de informação de ponta é parte essencial das operações tipo Lava-Jato no mundo todo. São eficientes e rápidas. Talvez pela primeira vez no Brasil uma operação anticorrupção seja mais capaz do que a própria corrupção. Ou ainda: tem uma capacidade de gerar provas muito mais intensas do que a habilidade dos advogados e seus clientes de oferecer explicações e defesas.

Por isso a Lava-Jato é celebrada - de Curitiba ao Panamá -, mas por isso também assusta um determinado público, nos mesmos lugares. Há movimentos nos meios políticos brasileiros para restringir a legislação anticorrupção, assim como, aqui incluindo os meios jurídicos, tentativas de limitar a capacidade da Lava-Jato de buscar e produzir provas.

Conseguirão?

Talvez consigam atrasar o processo. Mas imaginem a repercussão - mundial - de uma tentativa de cortar os braços de Moro.

E para encerrar com uma ironia: sabem qual o segundo sobrenome de Rafael Fonseca? Mora.

Quase.
Fabiano
07/04/2016 12:22
Lá em Brasília eu não sei . So sei que aqui em Gaspar o PMDB vai muito bem Obrigado . E pronto para retornar ao governo para fazer um bom trabalho.
Herculano
07/04/2016 11:59
MARINA, NO SEU LABIRINTO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo no jornal O Globo

Parte 1

A líder da Rede segue prisioneira de uma resistência cujo sentido perdeu-se no passado.

"Nem, nem" - eis a campanha lançada pela Rede, dois dias atrás, em Brasília. Nem Dilma, nem Temer: o impeachment, explicou Marina Silva, "não cumpre a finalidade de resolver a crise". É que, "ao final dele, a metade que patrocinou a crise estará lá, que é o PMDB". A solução seria uma nova eleição presidencial, por meio da cassação da chapa no TSE, cujos juízes "devolveriam aos 200 milhões de brasileiros a possibilidade de reparar o erro que foram induzidos a cometer". Por esse caminho, Marina chega à câmara mais recôndita de seu labirinto. O Minotauro que a habita é o Princípio. Ele se alimenta da negação da política.

A política distingue-se da politicagem quando se submete às balizas dos princípios. Mas, sob o olhar de Marina, a arte da política está sempre contaminada por uma impureza essencial. Para circundá-la, a líder da Rede move-se à frente, numa trajetória de fuga em direção ao Princípio. Ela esquece que suas ações estão inscritas, inevitavelmente, no tabuleiro da política. A campanha do "nem, nem" ilumina essa contradição fatal. O radicalismo principista da rejeição do impeachment apenas aprofunda a crise nacional que se propõe a solucionar.

O diagnóstico geral de Marina é irretocável. A coalizão PT-PMDB produziu uma crise de legitimidade ao enganar os eleitores, prometendo uma estabilidade econômica já destroçada no primeiro mandato de Dilma Rousseff. O golpe eleitoral de 2014 destruiu a governabilidade, que não será restaurada pela transferência do poder ao sócio menor. Juntos, PT e PMDB promoveram o assalto à coisa pública desvendado pela Operação Lava Jato, convertendo a democracia numa caricatura macabra de si mesma. Na manobra da ruptura do PMDB com o governo, entre os ratos que saltam do barco, contam-se diversas figuras envolvidas com o escândalo do "petrolão". Para "passar o Brasil a limpo", na expressão usada por Marina, é preciso bem mais que uma troca de guarda no Planalto.
Herculano
07/04/2016 11:59
MARINA, NO SEU LABIRINTO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo no jornal O Globo

Parte 2

Um governo Michel Temer não é rima nem solução. Carente da legitimidade eleitoral, enfrentando o bombardeio implacável do PT e da sua tropa disciplinada de sindicatos e "movimentos sociais", Temer não teria meios para adotar as medidas ousadas exigidas pelo desastre econômico. Cercado pelas máfias de seu próprio partido, Temer ficaria vulnerável às chantagens políticas destinadas a encerrar as investigações da Lava Jato. De fato, para alinhar o poder político ao imperativo de "passar o Brasil a limpo", é preciso devolver o voto ao povo. Entretanto, no lugar disso, a campanha do "nem, nem" oferece uma oportunidade suplementar ao sócio maior da coalizão governista, que é o PT.

Fora do universo "sonhático" do Princípio, a vida política obedece a ritmos e prazos definidos legalmente. Um julgamento das contas de campanha no TSE ainda demanda alguns meses. Depois, na hipótese de cassação da chapa Dilma-Temer, o governo ingressaria com recurso junto ao STF. A decisão final não sairia antes de 2017, o que transferiria a prerrogativa de eleger presidente e vice para o Congresso Nacional. Na prática, o sucesso da campanha do "nem, nem" provocaria uma eleição indireta, entregando o Executivo aos indicados por um corpo de deputados e senadores largamente comprometidos com os esquemas do "petrolão". O Minotauro é um conservador extremado, não uma fonte de ruptura e renovação.

Confrontados com tais impasses, os arautos do "nem, nem" apelam ao expediente do ilusionismo, reivindicando as renúncias simultâneas de Dilma e Temer, o que ensejaria a convocação de eleições diretas. A renúncia é, porém, um ato unilateral de vontade - e Dilma repete sem cessar, noite e dia, que "jamais" renunciará. Opondo-se ao impeachment e solicitando algo que só a presidente pode fazer, Marina converte o Brasil em refém das estratégias de Lula. No fundo, enquanto o ministro ilegal da Casa Civil engaja-se no feirão da corrupção, comprando deputados a preços de mercado spot, a Rede vira as costas ao jogo da política, isolando-se no cubo de cristal do Princípio.

Marina segue prisioneira de uma resistência cujo sentido perdeu-se no passado. A necessidade do impeachment já não decorre do precário argumento original das "pedaladas fiscais". Hoje, deriva das evidências de que Dilma elegeu-se com recursos desviados da Petrobras e, mais ainda, da urgência de afastar um governo empenhado na sabotagem das investigações da Lava Jato, numa ofensiva contra a autonomia do Ministério Público e da Polícia Federal e na tentativa de obstrução da justiça. Dilma e Lula precisam ser apeados justamente para resguardar a oportunidade de "passar o Brasil a limpo". O impeachment é, no momento, o instrumento disponível para alcançar a finalidade explicitamente almejada pela líder da Rede.

Na aliança tática com o PMDB, o Princípio se perde, mas os princípios sobrevivem. Dilma e Lula dispõem de uma máquina política eficaz, que ainda funciona. Temer, por outro lado, seria apenas um presidente circunstancial. Do impeachment, emanaria um governo frágil, confrontado desde a inauguração com uma encruzilhada decisiva. Temer teria a chance de cumprir um papel histórico, semeando a reconstrução econômica e abrindo as comportas para a continuidade das investigações da Lava Jato. Na direção oposta, cedendo à tentação de reduzir seu governo a um polo de reaglutinação de corruptos à deriva, ele afrontaria a vontade da maioria. Nessa hipótese, o grito de "Fora, Dilma" seria substituído por um sonoro "Fora, Temer".

A política é, entre outras coisas, a arte de estabelecer uma hierarquia de prioridades. Marina desrespeita suas regras básicas ao refugiar-se na câmara do Princípio. O Minotauro nasceu do castigo de Poseidon ao gesto de desrespeito do rei Minos. Antes de oferecer involuntariamente uma ajuda providencial a Dilma e Lula, sugiro que ela estude a narrativa mitológica do labirinto de Creta.
Herculano
07/04/2016 11:51
MINISTRO DO STF EXORBITA EM IMPEACHMENT DE TEMER, editorial do jornal O Globo

A divulgação, sexta-feira, pela assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal, de decisão do ministro Marco Aurélio Mello, determinando que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitasse pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer foi justificada como um erro. O documento sequer estava assinado pelo ministro, alegava-se.

Fazia sentido a explicação, porque a aceitação do pedido do advogado Mariel Márley Marra, naqueles termos, seria uma ingerência do STF na esfera de decisão de outro Poder. Mas, se erro houve, foi apenas de antecipação do que o magistrado já decidira. De fato, Marco Aurélio, na terça-feira, viria a determinar que Cunha aceitasse o pedido de impeachment, recusado por ele anteriormente. Daí o advogado ter recorrido ao Supremo.

É surpreendente esta liminar, por vários motivos. Um deles, citado pelo próprio Cunha, é que o Supremo, ao julgar em dezembro a ADF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) impetrada pelo PCdoB contra o rito do impeachment da presidente Dilma, sacramentou o poder do presidente da Câmara de aceitar ou não processos de impedimento, sem precisar instalar comissões especiais. Em 2011, situação semelhante ocorreu com o então presidente do Senado, José Sarney, e a Corte reafirmou o posicionamento.

Salvo depois de definições formais de jurisprudência (súmulas vinculantes), juízes estão livres para mudar de opinião. Ocorre, porém, que nesta matéria específica, tamanha reviravolta ?" a necessidade de comissões especiais para avaliar cada pedido de impeachment, e há dezenas na Câmara ?" não provocará apenas grande tumulto no funcionamento da Casa. Terminará sendo uma barreira à abertura desses processos.

Uma questão grave é aumentar o já grande envolvimento do Supremo no processo de impeachment de Dilma, e que tende a crescer com a promessa do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, de não economizar nos recursos à Corte em defesa da presidente. Não há mesmo como imaginar um impeachment de presidente sem recursos ao STF. Mas existem, nos meios jurídicos, doutrinas opostas quanto a isso. No impedimento de Collor, por exemplo, o Supremo, por sua composição à época, procurou deixar o Legislativo com um espaço de manobra mais amplo.

No julgamento da ADF, em dezembro, o ministro relator do caso, Edson Fachin , apresentou um voto mais neste sentido, em alguns pontos. Foi vencido pelo entendimento, em direção oposta, do ministro Luís Roberto Barroso, de cujo voto saíram as linhas básicas do rito que está sendo seguido. Tudo conforme a Constituição.

Mas a determinação do ministro Marco Aurélio desequilibra a balança, por invadir área do Legislativo.Ainda bem que a decisão final será do plenário da Corte. A crise política, já grave, não pode desembocar numa choque institucional entre Judiciário e Legislativo.
Herculano
07/04/2016 11:48
TSE ELEGE GILMAR MENDES COMO PRESIDENTE E FUX COMO VICE

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo.O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmou nesta quinta-feira (7) a eleição do ministro Gilmar Mendes como presidente do tribunal e do colega Luiz Fux como vice-presidente. Os dois, que são ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), assumem o comando da Justiça eleitoral em maio.

Em uma breve fala, Gilmar disse que o país enfrenta um momento de "tensões exacerbadas" e terá as eleições municipais "mais desafiadoras" por causa do número elevado de candidatos e com peculiaridades da nova legislação.

Essa será a primeira eleição em que empresas estão proibidas de doarem a candidatos e partidos. Gilmar tem dito que isso pode favorecer o caixa dois e que pretende deixar como marca de sua passagem no TSE maior rigor no exame das contas de campanha eleitoral.

Segundo dados do TSE, mais de 400 mil candidaturas concorrerão ao pleito municipal, quando serão disputados os cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em todo o país, envolvendo a análise de registro de candidaturas, disputas eleitorais e prestações de contas.

Essa será a segunda presidência de Gilmar no TSE, que chefiou a Justiça Eleitoral em 2006.

Um dos mais críticos ao governo do PT devido aos escândalos de corrupção, Gilmar também vai comandar no TSE a análise das quatro ações que pedem a cassação da presidente Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer.

A oposição acusa Dilma e seu vice de abuso de abuso de poder econômico e político e apontam ainda suspeitas de que recursos desviados da Petrobras tenham ajudado a financiar a reeleição.
Herculano
07/04/2016 07:40
da série: a crise do PSD não é só aqui. É regional. É o resultado da "liderança" ou falta dela, do deputado Jean Jackson Kuhlmann.

TROCA-TROCA DE PARTIDO MARCA ARRANCADA PARA ELEIÇÕES. O PSD FOI O PARTIDO QUE MAIS PERDEU FILIADOS, MAS JPK RECUPEROU JOVINO, por Carlos Tonet

As eleições de 2016 contarão com novidades resultantes do troca-troca de partidos verificado nas últimas semanas e meses.

Com o fim do prazo de filiações, ocorrido sábado, a situação agora está definida.

O partido que mais sofreu alterações foi o PSD.

A Kombi do PSD perdeu dois vereadores, mas ganhou o Jovino de volta.

Agora ele e o desafeto JPK irão subir os morros juntinhos novamente para fazer campanha.

Veja como ficou o resultado do troca-troca:
Marcelo Lanzarin saiu do PSD e foi para o PR. Ficou bravo porque o PR aceitou a entrada do Robinho e então saiu do PR foi para o PMDB, onde foi bem acolhido pelo João Natel.

Alexandre Caminha trocou o PSDB pelo PROS e foi xingado no Facebook pelo Raimundo Mette.

Beto Tribess foi enxotado do PMDB pelo João Natel e entrou para o PSDB.

Jovino Cardoso Neto saiu do DEM e foi para o PMDB. Perdeu a queda de braço com o João Natel e pulou fora. Acabou indo pro PSD, abrigado por seu antigo desafeto João Paulo Kleinübing.

Robinho­ saiu do PSD e foi para o PR, partido do Célio Dias.

Almir Veira saiu do PSD e foi para o PP.

Becker foi expulso do PPS e entrou para DEM.

Mário Hildebrandt saiu do PSD e foi para o PSB do Paulinho Bornhausen.

Veneza saiu do PSD e foi para o PRB, partido onde está o Alexandre José.
Herculano
07/04/2016 07:31
NÃO ADIANTA. É UMA MÁQUINA DE LADROAGEM E CORRUPÇÃO OU COMO ROTULAM OS PROMOTORES FEDERAIS E ALGUNS MINISTROS DO SUPREMO: UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

MANCHETE DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO:PROPINA ABASTECEU CAMPANHA DE DILMA DE 2014, DIZ ANDRADE GUTIERREZ

Parte 1

Texto do Bela Megale, enviada especial a Curitiba, com Graciliano Rocha, Valdo Cruz e Leandro Colon, da sucursal de Brasília.A Andrade Gutierrez, segunda maior empreiteira do país, fez doações legais às campanhas de Dilma Rousseff (PT) e de seus aliados em 2010 e 2014 utilizando propinas oriundas de obras superfaturadas da Petrobras e do sistema elétrico.

A informação consta da delação premiada do ex-presidente da empresa Otávio Marques de Azevedo e foi sistematizada por ele em uma planilha apresentada à Procuradoria-Geral da República.

O ex-presidente e o ex-executivo Flávio Barra detalharam a planilha em depoimentos ocorridos em fevereiro, enquanto negociavam a delação premiada que espera homologação no Supremo Tribunal Federal.

É a primeira vez que é descrito por um empresário o esquema revelado pela Operação Lava Jato, de financiamento de partidos por meio de propinas de contratos públicos legalizadas na forma de doação eleitoral.

Em 2014, a Andrade Gutierrez doou R$ 20 milhões para o comitê da campanha de Dilma. Na tabela, que inclui também doações em 2010 e 2012, cerca de R$ 10 milhões doados às campanhas de Dilma estão vinculados à participação da empreiteira em contratos de obras públicas, segundo a Folha apurou.

Não está claro se o valor endereçado a Dilma foi doado ao comitê ou ao Diretório Nacional do PT.

Segundo Azevedo disse a procuradores, a propina que abasteceu a campanha tinha origem em contratos da empreiteira para a execução das obras do Complexo Petroquímico do Rio, a usina nuclear de Angra 3 e a megahidrelétrica de Belo Monte ?"que estão entre as dez maiores do Programa de Aceleração do Crescimento, vitrine petista.

Azevedo traçou uma divisão na composição das doações oficiais. Segundo ele, existia a parte dos "compromissos com o governo" por atuar nas obras ?"isto é, propina?" e a parte "republicana", ou seja, a ação institucional em forma de doação.

A tabela também relaciona valores para as campanhas de Dilma em 2010 e para o Diretório Nacional do PT na eleição municipal de 2012. Não há citação à campanha dos adversários tucanos de Dilma.
Herculano
07/04/2016 07:31
NÃO ADIANTA. É UMA MÁQUINA DE LADROAGEM E CORRUPÇÃO OU COMO ROTULAM OS PROMOTORES FEDERAIS E ALGUNS MINISTROS DO SUPREMO: UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

MANCHETE DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO:PROPINA ABASTECEU CAMPANHA DE DILMA DE 2014, DIZ ANDRADE GUTIERREZ

Parte 2

ESTÁDIOS DA COPA

Segundo envolvidos na negociação do acordo, os delatores afirmam que até 2008 os valores doados legalmente para PT e outros partidos, como PSDB, eram similares.

A delação da Andrade Gutierrez engloba ainda pagamento de propinas relacionadas a obras executadas em estádios da Copa do Mundo de 2014, como Maracanã, Mané Garrincha e Arena Amazonas, e atinge não só o PT mas também o PMDB ?"informações antecipadas pela Folha em novembro.

Ao todo, 11 executivos da construtora prestaram depoimentos no Rio, Curitiba e Brasília, que já foram encaminhados para o ministro Teori Zavascki homologar a delação. Alguns chegaram a ser presos, como Azevedo, mas todos estão soltos.

Pelo acordo, a construtora se comprometeu a pagar uma indenização de R$ 1 bilhão e alterar seu relacionamento com o setor público.

A negociação para estruturar o esquema teve participação, segundo a Folha apurou, de Antonio Palocci Filho, o homem-forte da campanha de Dilma em 2010.

Para os delatores, Palocci era o "representante do governo" e de Erenice Guerra, ex-ministra-chefe da Casa Civil e braço-direito de Dilma quando a obra de Belo Monte estava em gestação.

Segundo a delação, foi a partir de Belo Monte que o esquema de pagamentos ganhou escala. A Andrade e a Odebrecht foram responsáveis pelos estudos prévios do projeto da usina.

As duas empreiteiras, mais a Camargo Corrêa, desistiram de participar do leilão da usina em junho de 2010 por discordarem da estimativa de R$ 19 bilhões feita pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética). Outro grupo de empresas, sozinho, acabou ganhando a concorrência.

As grandes ficaram fora da obra por pouco tempo: no final de 2011, as três passaram a integrar o Consórcio Construtor de Belo Monte.
Herculano
07/04/2016 07:30
NÃO ADIANTA. É UMA MÁQUINA DE LADROAGEM E CORRUPÇÃO OU COMO ROTULAM OS PROMOTORES FEDERAIS E ALGUNS MINISTROS DO SUPREMO: UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

MANCHETE DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO:PROPINA ABASTECEU CAMPANHA DE DILMA DE 2014, DIZ ANDRADE GUTIERREZ

Parte 3

OUTRO LADO

O comando da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014 negou, em nota encaminhada à Folha, qualquer irregularidade nas doações feitas à petista em sua campanha da reeleição.

Assinada pelo coordenador jurídico da campanha presidencial, Flávio Caetano, a nota diz que "toda a arrecadação da campanha da presidenta de 2014 foi feita de acordo com a legislação eleitoral em vigor". Acrescenta que "jamais a campanha impôs exigências ou fixou valores" para as empresas que doaram recursos para a petista em sua última eleição.

"Aliás, a empresa fez doações legais e voluntárias para a campanha de 2014 em valores inferiores à quantia doada ao candidato adversário", afirma Flavio Caetano.

O texto diz ainda que "em nenhum momento, nos diálogos mantidos com o tesoureiro da campanha sobre doações eleitorais, o representante da Andrade Gutierrez mencionou obras ou contratos da referida empresa com o governo federal".

O coordenador-jurídico encerra a nota afirmando ser "lamentável que o instrumento da delação premiada seja, mais uma vez, utilizado politicamente por meio de vazamentos seletivos", acrescentando que "a afirmação em tela é inverídica e serve apenas, na atual conjuntura, para alimentar argumentos daqueles que querem instaurar um golpe contra um mandato legitimamente eleito pelo povo brasileiro".

Tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) fez o seguinte questionamento: "A pergunta que não cala é: por que as doações para a candidatura adversária, que foram superiores à nossa, não são questionadas e as nossas são, sendo que todas saíram do mesmo caixa e, ambas, estão declaradas ao TSE?".

A campanha de 2014 de Aécio Neves (PSDB), que perdeu para Dilma no segundo turno, auferiu R$ 200 mil a mais do que a de Dilma. Os delatores não citaram o tucano em seus depoimentos.

A defesa da Andrade não se pronunciou sobre o caso.

Por nota, o ex-ministro Antonio Palocci negou ter participado de negociações em torno da construção de Belo Monte e que tenha atuado na captação de doações para a campanha de Dilma em 2010. Também manifestou estranheza que o suposto pedido de doação para 2010 esteja relacionado ao consórcio, contratado apenas em fevereiro 2011 e cuja obra só começou no segundo semestre daquele ano.

O criminalista José Roberto Batochio, que defende Palocci, disse que a citação ao ex-ministro é uma "mentira deslavada", fruto do que seria perseguição do Ministério Público contra seu cliente.

O advogado da ex-ministra Erenice Guerra, Mário de Oliveira Filho, disse que não vai se manifestar até ter conhecimento dos termos da delação dos ex-executivos da Andrade.
Herculano
07/04/2016 06:55
OUTRA HERANÇA MALDITA DE DILMA, por Vinicius Torres Freire

Há fantasias de recomeço em todos os grupos que pretendem tomar o poder de Dilma Rousseff depois da votação do impeachment, seja qual for o resultado, Lula 3, Temer 1, Dilma 2, a Zumbi, ou sabe-se lá que mutreta institucional se venha a inventar.

Recomeço no sentido de alguma retomada econômica ou "estabilização", suficiente para evitar envenenamento adicional do ambiente socioeconômico e, assim, a ruína política antecipada de quem tomar o poder.

Esqueçam-se por um momento a conversa macroeconômica e debates sobre o médio e longo prazos. Convém ainda duvidar sobre os efeitos imediatos de um programa de reformas alentado.

Suponha-se que apareça um governo sério, de qualquer cor ideológica, com um plano crível e politicamente viável de consertar a política econômica e, ainda, de retirar o entulho microeconômico ruinoso deixado por Dilma Rousseff (ufa). Assim, especula-se, a expectativa de dias melhores animaria desde já empresas e consumidores sobreviventes da crise. Começaríamos lentamente a sair do buraco.

Observando as ruínas reais em torno, há motivos para suspeitar dessa primavera no pós-guerra. Considere-se o caso das montadoras de veículos, que nesta quarta (6) apresentaram os números de sua depressão cada vez mais profunda.

Cerca de 60% das linhas de produção de automóveis estão paradas. No caso de caminhões e ônibus, mais de 81%. A produção de automóveis baixou uns 40% desde o pico histórico de 2013 (em termos anuais), quase 1,5 milhão de carros a menos. A produção agora baixou ao nível de meados de 2005.

Já houve outras descidas aos infernos. Não tão longas; talvez de qualidade diferente.

Talvez a indústria automotiva padeça de mais que recessão profunda: de superinvestimento doentio, excesso duradouro de capacidade. As fábricas cresceram com o estímulo de crédito, reduções de impostos e algumas proteções da concorrência. A mão pesada (ou leve?) do governo inflou as montadoras, incentivando de modo artificial e, por fim, equivocado, decisões de investir ("distorceu a alocação de capital").

O governo inflou o crédito por meio de bancos estatais, alimentados à base de dívida pública. Reduziu impostos sobre bens de consumo de modo suicida, em termos fiscais. Etc. A distorção não aconteceu apenas em um ramo central da indústria de bens de consumo ou na construção residencial.

Não se pode dizer, do mesmo modo, que aconteceu superinvestimento no setor imobiliário, mas de algum modo tal coisa ocorreu. O ritmo de crescimento de crédito que inflou preços e expectativa de vendas era insustentável. Aliás, note-se que, em termos anuais, a venda de imóveis residenciais novos na região metropolitana de São Paulo caiu 17%.

Aconteceu tal coisa ainda com os investimentos incompetentes ou criminosos em expansão doidivanas do setor do petróleo, movidos a dívida e proteções. De modo inverso (escassez), ocorreu no restante do setor de energia (elétrica e etanol).

A economia de muita empresa ou setor está, pois, fora do lugar, além de avariada por dívidas e assombrada pela perspectiva de que o crédito não vai voltar a crescer tão cedo: ainda cai e, pior, os efeitos piores da recessão estão para aparecer no balanço dos bancos.
Herculano
07/04/2016 06:51
CELSO DE MELO, MESMO SE QUERER, DESMORALIZA MARCO AURÉLIO. SO USOU, PARA ISSO, A ORDEM LEGAL, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Decano do Supremo recusa liminar para obrigar a abertura de outro processo de impeachment contra Temer e lembra o óbvio: "a submissão das questões de índole regimental ao poder de supervisão jurisdicional dos tribunais implicaria, em última análise, caso admitida, a inaceitável nulificação do próprio Legislativo, especialmente em matérias - como a de que trata este processo".

Pois é? Celso de Mello desmoralizou de modo acachapante a esdrúxula liminar concedida por Marco Aurélio, determinando a instalação da comissão do impeachment de Michel Temer. Leia trecho da reportagem de Márcio Falcão, na Folha. E notem que a argumentação de Celso é rigorosamente aquela empregada por este colunista desde o primeiro momento.
*
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello negou, nesta quarta-feira (6), pedido do deputado Cabo Daciolo (PTdoB-RJ) para que o tribunal determinasse a abertura de mais um pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer e afirmou que a medida poderia representar interferência do Judiciário no Legislativo.

Isso porque o ministro avalia que é atribuição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), receber ou não o pedido de afastamento. O entendimento de Celso, ministro mais antigo do STF, contraria decisão do colega Marco Aurélio Mello que determinou na terça (6) que a Câmara dê seguimento a outro pedido de impeachment do vice-presidente que havia sido rejeitado por Cunha.

(?)
A decisão de Celso não tem influência sobre o caso que está com Marco Aurélio (?). Para Celso de Mello, a abertura do processo de impeachment é uma questão interna da Câmara, e atos do Congresso dentro de sua competência estão imunes à revisão judicial.
"É inviável a possibilidade jurídica de qualquer atuação corretiva do Judiciário, constitucionalmente proibido de interferir na intimidade dos demais poderes da República, notadamente quando provocado a invalidar atos que [?] traduzem mera aplicação de critérios regimentais", disse o ministro.

Celso de Mello afirmou que o STF tem decisões anteriores no sentido de que o Judiciário não pode adentrar em questão interna do Congresso sobre a aplicação do regimento.

O ministro disse ainda que não pode anular uma decisão em que não se verifique qualquer evidência de que tenha sido vulnerado o texto da Constituição e que "a submissão das questões de índole regimental ao poder de supervisão jurisdicional dos tribunais implicaria, em última análise, caso admitida, a inaceitável nulificação do próprio Legislativo, especialmente em matérias ?"como a de que trata este processo".

(?)
Temer criticou a decisão de Marco Aurélio. Ele disse ter ficado "extremamente espantado" e "enormemente surpreso" com a decisão do ministro, o qual, segundo ele, comporta-se em geral "em obediência absoluta à ordem jurídica, e não à desordem jurídica".
Em uma provocação, o vice-presidente afirmou que, ao ler o despacho do ministro, pensou que teria de "voltar ao primeiro ano da faculdade de direito para reaprender tudo".
Herculano
07/04/2016 06:42
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA. AMANHÃ É DIA DE EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO, O DE MAIOR CIRCULAÇÃO, O DE MELHOR CONTEÚDO E CREDIBILIDADE
Herculano
07/04/2016 06:40
OLHE, VOCÊ ESTÁ SENDO ROUBADO, por Clóvis Rossi, para o jornal Folha de S. Paulo

Claro que seria saudável se o exemplo do primeiro-ministro islandês Sigmundur David Gunnlaugsson fosse seguido por Eduardo Cunha. Sobre ambos, pesa um fato praticamente idêntico: contas em paraíso fiscal.

O fato de Cunha agarrar-se ao cargo enquanto o premiê islandês renuncia é toda uma enciclopédia sobre a diferença de costumes políticos entre um país civilizado e um primitivo. Mas a renúncia de Gunnlaugsson nem é o mais importante aspecto dos "Panama Papers". O relevante é a exposição de um esquema relativamente antigo pelo qual os ultrarricos fogem do pagamento de impostos pela via de contas em paraísos fiscais.

É uma montanha de dinheiro roubado dos contribuintes, como o demonstra um estudo do economista Gabriel Zucman citado pelo "Financial Times": haveria cerca de US$ 7,6 trilhões estocados em paraísos fiscais. Equivalem a 8% da riqueza mundial. Ou a 4,6 "brasis" escondidos do fisco em contas opacas.

É impossível discordar do escritor Fredrik DeBoer, quando ele escreve o seguinte para o sítio da Foreign Policy: "Você e eu pagamos nossos impostos; os ricos encontram meios de evitá-los. Para alguns, ler sobre os 'Panama Papers' será como ser avisado pelos pais que Papai Noel não é real: é apenas a confirmação final de uma suspeita há muito mantida, a de que o jogo é fraudado e, a menos que você seja parte do 1% global [os hiperricos], não é fraudado para ajudá-lo".

Essa fraude é terrivelmente ecumênica, como constata José Ignacio Torreblanca, pesquisador do European Council on Foreign Relations, em sua coluna para "El País":

"Queixamo-nos de que o capitalismo gera desigualdade. Mas na parte de baixo [da pirâmide social]. Porque na parte de cima, muito de cima, parece gerar uma identidade de interesses capaz de unir as máfias dedicadas às drogas com os políticos islandeses e a Coreia do Norte com o pai de David Cameron".

Desnecessário acrescentar que todos os citados aparecem nos "Panama Papers".

Uma comunidade de interesses que inclui ainda, entre centenas de outros, parentes de oito membros ou ex-membros do Politburo do Partido Comunista Chinês e o grupo Hizbullah, listado como terrorista pelo Ocidente, mas que usa os paraísos fiscais ocidentais para driblar as sanções.

O incrível nessa triste história do capitalismo global é que os paraísos fiscais são legais, ainda que muitas contas neles abertas não o sejam. Trata-se, portanto, de um roubo legalizado, em grande medida azeitado por entidades (o sistema financeiro) que são essenciais ao capitalismo.

O "Figaro" relata, em sua edição desta quarta, que os cinco grandes bancos franceses tiram um terço de seu lucro de paraísos fiscais, nos quais suas operações são 60% mais lucrativas do que no resto do mundo.

Alguma surpresa com o fato de que a "Economist" lembre que os "Panama Papers" aguçam "um sentimento contemporâneo, o de uma fundamental desconexão entre as elites globais e o resto, para o qual impostos são tão certos quanto a morte"?
Herculano
07/04/2016 06:36
PMDB TENDE A FECHAR QUESTÃO A FAVOR DO IMPEACHMENT ATÉ O DIA 14, DECLARA JUCÁ, por Josias de Souza

Parte 1

Depois de romper com o governo, o PMDB cogita adotar outra providência extrema. Há no partido "uma tendência pelo fechamento de questão a favor do impeachment" de Dilma Rousseff, disse o senador Romero Jucá, que responde pela presidência do PMDB desde terça-feira (5). A ideia é anunciar a novidade até a próxima quinta-feira, dia 14 de abril, véspera do início das sessões de discussão e votação do impedimento de Dilma no plenário da Câmara.

O fechamento de questão é uma ferramenta que permite ao partido obrigar seus congressistas a seguirem a vontade da maioria em votações de temas considerados vitais, sob pena de expulsão. O mecanismo está previsto no artigo 47 do estatuto do PMDB, dono das maiores bancadas na Câmara e no Senado. O parágrafo 1° desse artigo prevê que a decisão tem de ser aprovada pela maioria das bancadas e da Executiva Nacional.

O parágrafo 2° do mesmo artigo regula as exceções: "Os parlamentares que, em relação à matéria objeto de 'fechamento de questão', pretendam ter, por motivos de consciência ou de convicção religiosa, posição diversa, deverão submeter suas razões ao conhecimento e à apreciação" das respectivas bancadas e da Executiva.

Abstenções ou votos contrários só serão admitidos quando autorizados pela "maioria absoluta" dos órgãos partidários.

Jucá conversou com o colunista no final da tarde desta quarta-feira. Aqui os principais tópicos. Jucá endereçou à comissão de ética do PMDB pedidos de expulsão dos quadros da legenda de dois ministros que resistem à ideia de entregar seus cargos: Kátia Abreu (Agricultura) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia).

"Num momento como esses, não dá para o PMDB tergiversar", disse Jucá. "Não podemos ter duas, três posições diferentes. A população não entende isso. A política cobra coerência e firmeza." Além das ações disciplinares contra Kátia e Pansera, há no conselho de ética do partido um processo de expulsão já instaurado contra o ministro Mauro Lopes (Aviação Civil). Os três não são os únicos peemedebistas que permanecem pendurados na Esplanada. Há outros três contra os quais nenhuma punição foi requerida: Helder Barbalho (Portos), Eduardo Braga (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde).

Número dois na hierarquia partidária, Jucá foi alçado à presidência do PMDB depois que Michel Temer decidiu se licenciar do posto. Convertido em alvo preferencial do petismo, Temer avaliou que a liturgia que é obrigado a observar como vice-presidente da República o impedia de exercer o comando partidário na sua plenitude. Sem amarras institucionais, Jucá dispõe de liberdade para atacar, repelir ataques e, sobretudo, articular a estratégia do PMDB para assumir o Planalto.

Instado a avaliar o desempenho de Dilma, Jucá soou cáustico. Disse que a presidente "teve grandes oportunidades" para se conciliar com êxito. Mas conduziu o país para o "penhasco", para o "despenhadeiro". A certa altura, o senador coreografou sua metáfora: "O governo está dançando na beira do penhasco?" Para ele, Dilma reduziu o Brasil do posto de "player mundial" para a condição de "país ridicularizado."

Economista, Jucá refuta a tese segundo a qual o PMDB é sócio da ruína produzida sob Dilma. "No caso da economia e da política, o presidente Michel Temer não era copiloto desse avião, não estava na cabine. O PMDB era comissário de bordo nesse avião. A gente atendida as pessoas, a gente dizia: 'por favor, aperte os cintos.' E 'está aqui na frente o saquinho. Pode vomitar'."
Herculano
07/04/2016 06:35
PMDB TENDE A FECHAR QUESTÃO A FAVOR DO IMPEACHMENT ATÉ O DIA 14, DECLARA JUCÁ, por Josias de Souza

Parte 2

Jucá não se arrisca a prever o resultado da votação do pedido de impeachment na Câmara. Mas ele parece não ter dúvidas quanto à inevitabilidade da queda de Dilma se o governo permitir que a encrenca seja transferida para o Senado. "Será muito difícil uma mudança de rota se essa matéria passar no plenário da Câmara." Cabe aos deputados avaliar a admissibilidade da denúncia. Aos senadores compete julgar a encrenca.

Na opinião de Jucá, nem mesmo a simpatia do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conseguirá livrar Dilma do infortúnio. "A última palavra é do plenário do Senado", disse ele. "Tem um rito já definido." Renan tem afirmado que, a despeito de suas convicções pessoais, vai se comportar como condutor do processo, lembrou Jucá, antes de realçar um detalhe:

"No dia da votação, não será o presidente Renan Calheiros que vai presidir o Senado, mas o presidente do Supremo Tribunal Federal." Em contraponto à posição de Renan, que disse esperar que o pedido de impeachment não chegue ao Senado, Jucá declarou: "Eu espero que venha!"

Na última segunda-feira, Lula escorou-se na ironia para atacar Michel Temer num comício em São Bernardo. "Eu não tenho nada contra o Michel Temer", disse o morubixaba do PT. "A única coisa que eu poderia falar é 'companheiro Temer, se você quer ser presidente da República, disputa eleição, meu filho. Vai para a rua pedir voto'", disse Lula, sob aplausos de uma plateia-companheira.

O que Lula declarou, com outras palavras, foi que o PMDB, que não disputa eleições presidenciais há duas décadas, enxergou no infortúnio de Dilma uma oportunidade a ser aproveitada para golpear-lhe o mandato.

Romero Jucá respondeu: "Estamos chegando [à Presidência] através da Constituição. Se Michel Temer virar presidente do Brasil ele será respaldado pela Constituição de 1988. Foi assim com Itamar Franco [o vice que assumiu no lugar de Fernando Collor], poderá ser assim com o presidente Michel Temer."

O senador insinuou que o padrinho político de Dilma não perde por esperar: "O presidente Lula sabe que nós vamos ter eleições daqui a pouco. O PMDB vai disputar eleições agora em outubro de 2016. [?] Minha expectativa é de que o PMDB tenha um resultado muito melhor nas eleiçoes do que o PT terá."

O repórter quis saber o que será da Operação Lava Jato se o PMDB e seus investigados assumirem o poder central. "O PMDB apoia a Lava Jato", disse Jucá, ele próprio protagonista de um inquérito no STF por suspeita de envolvimento no petrolão. "Acho que quem vive na vida pública tem que prestar contas. [?] Não há nenhum demérito em ser investigado. Demérito é ser condenado. E quem estiver condenado estará fora do jogo."

E quanto às suspeitas que rondam a cúpula partidária? "O presidente Eduardo Cunha não é o PMDB, eu não sou o PMDB, o Renan não é o PMDB. O PMDB não é uma pessoa. O PMDB é uma ideia, é uma historia, são 50 anos de lutas." Jucá repetiu: "Se o PMDB assumir o governo, apoiará e cobrará rapidez na investigação e no julgamento da Operação Lava Jato."

Por que o PMDB não age contra Eduardo Cunha? "Ele foi acionado, o Supremo abriu um processo. Portanto, ele terá direito de defesa. E a partir daí será julgado. Esse não é um caso interno do PMDB. O PMDB não tem instrumentos para julgar. Nós não temos nem as informações do processo. O PMDB apoia a investigação e aguarda o julgamento. Na hora que tiver o julgamento, o PMDB irá se manifestar. O PMDB não pode prejulgar nem Eduardo Cunha nem ninguém. Na hora que tiver algum tipo de condenação, qualquer pessoa estará fora do partido."
Herculano
07/04/2016 06:29
IMPACTO PROFUNDO, por Fernando Canzian, para o jornal Folha de S. Paulo

É uma agonia acompanhar a dificuldade que a esquerda, o PT e ainda muitos no Brasil têm em entender as consequências de gastar além das possibilidades.

Em seu terceiro ano consecutivo de deficit e ameaçado de cair justamente pelas "pedaladas fiscais", o governo Dilma segue forçando a barra para aumentar o já insuportável desequilíbrio nas contas públicas.

Quer isso 1) via redução dos pagamentos de dívidas de Estados e municípios, ao custo de R$ 10 bilhões ao ano; 2) pelo abatimento em sua meta fiscal de quase R$ 100 bilhões para compensar quedas na receita e bancar investimentos; e 3) ao cobiçar que o Banco Central volte a emitir títulos, o que foi vetado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (em 2000).

Esta última medida substituiria o uso de títulos do Tesouro por papéis do próprio BC como lastro nas operações de política monetária.

Complicado? Um bom pedaço da dívida bruta contabilizada no Tesouro sumiria sem ter sido paga.

A trajetória da dívida pública é nosso grande problema de fundo. Ela indica se corremos o risco de quebrar, com consequências não excludentes: calote em quem tem dinheiro no banco, superinflação e uma crise que traria saudades de 2015.

Entre 2013 e 2014, a dívida bruta aumentou 2,2 pontos, chegando a 59% como proporção do PIB. Mas, no ritmo atual, terá dado um salto de 16 pontos no primeiro biênio de Dilma 2. Para o final de 2018, já há quem a projete em quase 85% do PIB.

O interessante (e educativo) é que a explosão de gastos e as "pedaladas" de Dilma para expandir programas sociais e estimular a economia tiveram o efeito inverso.

É justamente o excesso do remédio que está matando o doente, fazendo do período atual o primeiro em um quarto de século em que desigualdade e renda pioram juntas no Brasil.

É como se mercado e os mais bem informados se encolhessem instintivamente pressentindo que, sem controle nos gastos, o pior está por vir
Herculano
07/04/2016 06:25
DILMA USA GOVERNADORES PARA 'ACERTAR' DEPUTADOS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A presidente Dilma e seu quase-ministro Lula acionaram governadores íntimos para o "serviço sujo" de fazer os deputados federais dos seus estados se posicionarem contra o impeachment, na votação do dia 17. Os governadores estão autorizados a utilizar a "moeda" que for exigida pelos interlocutores, inclusive cargos. Dilma e Lula definiram essa estratégia porque temem gravações de conversas e de telefonemas.

PARA ISSO, HÁ RECURSOS
A oposição já sabe que o Planalto tem liberado recursos para os governadores aliados que viabilizem a "negociação" com os deputados.

GATO ESCALDADO
Conduzido sob vara para depor na polícia, Lula hoje "tem certeza" que continua grampeado e teme ser flagrado em conversas impróprias.

LEILÃO DE VOTOS
Governadores ligados ao Planalto têm sido chamados a Brasília para receberem a "missão" de reverter votos hoje pró-impeachment.

TUDO SE SABE
Nem adianta fazer segredo da estratégia. Até os próprios governadores saem dos encontros com Lula e Dilma contando tudo.

ESCOLAS DO RIO VENDEM ENREDOS AOS ESTADOS
Escolas de samba do Rio enfrentam a crise vendendo a governos estaduais o espetáculo do carnaval de 2017, incluindo enredo, samba, carros alegóricos etc. Pernambuco, Maranhão e Brasília já toparam o negócio, em outros carnavais. As escolas cobram pelo pacote, em média, R$ 6,5 milhões. Mas a crise atravessou o samba e há escolas oferecendo descontos, reduzindo o valor total para R$ 4,5 milhões.

ALAGOAS DECLINOU
O governador de Alagoas, Renan Filho, até queria divulgar as belezas do paraíso, mas a crise tem sido perversa para as finanças do Estado.

ESTADO RICO
A Caprichosos de Pilares já levou dinheiro de Goiás, e a Imperatriz Leopoldinense voltou a homenagear o Estado no carnaval de 2016.

FESTA CUSTA CARO
Este ano, a Vila Isabel fez festa para Pernambuco, assim como em 2013 a prefeitura de Cuiabá bancou a Mangueira com R$ 5 milhões.

TRATAMENTO SERÁ DURO
Especialistas dizem que é ruim o prognóstico para o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), diagnosticado com câncer raro. O tratamento é muito agressivo para um homem de sua idade.

FANTASMA DO CALOTE
Funcionários públicos da União querem antecipação do 13º salário, diante dos fortes rumores de que o governo federal, quebrado por sua política econômica, não vai conseguir pagar a folha de pessoal a partir de outubro. Como, aliás, já acontece em diversos estados e no DF.

RETALIAÇÃO ANUNCIADA
No dia em que o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) apresentava relatório favorável ao impeachment de Dilma, era demitido o diretor da Conab, Roberto Naves e Siqueira, indicado pelo relator.

ASSÉDIO PALACIANO
"Nem atendo mais ligações. A pressão está intensa", diz o deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), sobre a pressão do governo para dissuadi-lo de votar favoravelmente ao impeachment de Dilma.

PODE SAIR PRESO
O sindicalista porralouca Aristides Santos, da Contag, acusado de fazer incitação ao crime, em comício no Planalto, pode sair preso da CPI da Funai/Incra, pela qual foi convocado para depor. Ele conclamou à invasão de gabinetes e propriedades de políticos pró-impeachment.

PANO VERDE
A resistência do deputado Guilherme Mussi (PP-SP) no apoio a Dilma tem motivos fortes. Ele tem a promessa de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, de coordenar a comissão sobre liberação do jogo.

KÁTIA S?" CONTROLA SEU VOTO
Lula tem mais um motivo para falar mal de Kátia Abreu (Agricultura). Dizia que ela não influi nem o filho, deputado Irajá Abreu (PMDB-TO). Agora ironiza sua "liderança" a Confederação Nacional da Agricultura, da qual é presidente licenciada, que anunciou apoio ao impeachment.

SOM NA CAIXA
Paulinho da Força (SD-SP) resolveu constranger o ex-presidente Lula, que vem despachando no luxuoso hotel cinco estrelas de Brasília. Levou um caminhão de som para fazer barulho no hotel.

PENSANDO BEM...
...as centenas de cargos à disposição do baixo clero, com a saída do PMDB do governo, são café pequeno diante dos milhares de cargos que ficarão disponíveis, com a "despetização" do Estado.
Herculano
07/04/2016 06:18
da série: o jogo de quem é mestre em mentir, iludir, manobrar e ludibriar principalmente pobres, analfabetos, ignorantes e desinformados.

ELEIÇÃO CONSTITUCIONAL, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Dois aspectos precisam ficar claros nos debates sobre eventual realização de eleições presidenciais como forma de superar a grave crise política vivida pelo Brasil.

Primeiro, a sugestão, quando encampada por membros do governo Dilma Rousseff (PT) ou seus aliados, constitui antes desconversa do que sincera tentativa de encontrar um bom caminho para o país.

A estratégia é evidente. Acenando com desfechos alternativos para a crise, o campo governista pretende seduzir alguns parlamentares que antes enxergavam solução somente no impeachment de Dilma.

Daí não decorre, porém, que a ideia deva ser automaticamente rechaçada. Há bons motivos para supor que, do modo como o processo está sendo conduzido, o simples afastamento da petista se revelará insuficiente para resolver o atual impasse político e econômico.

Melhor seria, como esta Folha sustentou, que houvesse novas eleições presidenciais. As tensões e os anseios se encaminhariam pelo canal institucional apropriado, e o novo governo chegaria ao Planalto com incontestável legitimidade.

Aqui se faz necessário o segundo esclarecimento. A Constituição autoriza a convocação de eleição presidencial antes do prazo regulamentar apenas se os cargos de presidente e de vice-presidente ficarem vagos. Qualquer outra proposta de antecipar o pleito desrespeitaria a Lei Maior.

Para uma democracia merecer o nome, os cidadãos devem ser chamados a, de tempos em tempos, escolher seus representantes. Não por acaso a Constituição lista o princípio do voto periódico entre as cláusulas pétreas, que não podem ser alteradas nem por proposta de emenda à Constituição (PEC).

É fácil ver que o voto periódico impede o político de esticar o próprio mandato como bem entender; se o fizer, estará agredindo uma garantia da democracia.

Menos óbvio, mas igualmente importante, é o outro lado dessa moeda: ninguém pode encurtar a duração de um mandato, a não ser pelas regras já fixadas quando se disputou o cargo. Como chamar de periódico, afinal, um voto que não ocorre em intervalos previsíveis?

Sem essa garantia, um Legislativo forte sempre poderia abreviar a vida de um Executivo fraco, impondo novas eleições até ser sufragado um nome de seu agrado.

Como o princípio do voto periódico vale para o Executivo e para o Legislativo, não passa de factoide a sugestão de se realizarem eleições gerais neste ano, nas quais todo os cargos estariam em disputa.

Outra coisa, no entanto, é defender novo pleito presidencial dentro daquilo que a Constituição prescreve. É o que faz esta Folha.

Se Dilma Rousseff e Michel Temer (PMDB) renunciarem a seus mandatos, haverá eleições ?"apenas presidenciais, não gerais?" em 90 dias. O mesmo acontecerá se o Tribunal Superior Eleitoral encontrar evidências suficientes para cassar a chapa vencedora em 2014.

Talvez a alguns a hipótese pareça demasiado utópica. Em uma crise inaudita como esta, contudo, não se deve descartar nenhum prognóstico. O que ontem soava impossível talvez seja provável hoje - e, quem sabe, necessário amanhã.
Beijinho no Ombro
06/04/2016 23:20
Ao Almir Ilhota,
Ué, por que mudou de assunto? Estávamos falando de salários, mostrei que voce é mentiroso, agora mudasse de assunto, para diárias? Por que? Kkkkkkk
Então, voce vem falar de limite prudencial, isso não importa pra mim, o governo já tem seus órgãos que fiscalizam isso. Isso já é papo de quem não tem mais argumentos, até as mentiras já estão acabando hehehe COZA LINDA! Dizer que o ex prefeito trouxe varias empresas, que varias empresas ele trouxe em 8 anos? Só a Descarpack que sabemos, e nem quero pensar no rolo que pode ter tido nessa negociação hahaha Só o fato da Descarpack esta bem no centro do município mostra a total falta de planejamento do governo anterior, tiraram o antigo CTG para por essa empresa CADE OS 4 MILHOES? KKKKK
Dizer que por causa dessas supostas empresas que existem na tua imaginação, o município passou a ganhar UM MONTE de FPM KKkkkkkkk, isso não faria nem cócegas num FPM MO QUIRIDU ou devo dizer MA QUIRIDA?! Kkkkk. Não deves morar no Brasil e estar acompanhando as noticias de quedas e mais quedas de receitas, se voce lesse as noticias veria que cada vez mais os repasses de FPM para os municípios estão encolhendo, não é só em Ilhota, Gaspar, Blumenau, Itajaí, estão todos sofrendo, demitindo funcionários etc. Então, mais um mentira sua hehehe QUE DELICIA dizer isso!
Quanto as diárias, VOCE MENTE mais uma vez. O vereador Almir Anibal do PMDB recebe R$ 300,00 para ir para Florianópolis, gasta R$ 50,00 para almoçar muito bem, vai com o carro e gasta o combustível da Câmara, na verdade pago pelo povo, e os outros R$ 250,00 ele... bom... não sei o que ele faz Kkkkkk o ponto é que desde o ano passado ele ganha em média R$ 1.000,00 por mês em diárias, só em 2016 ele já recebeu APENAS R$ 3.150,00 KKkkkkkk isso que estamos apenas em março, já tem que pedir para a Câmara reservar mais uns R$ 9.000,00 pra ele até o final do ano kkkkkkkkkk
Bom... para fazer esse mesmo trajeto que o vereador Almir Anibal do PMDB fez, nosso querido prefeito Daniel Bosi do PSD receberia a quantia de R$ 38,00 agora PASMEM, isso é verdade? Claro que é, o Almir Ilhota disse que HOJE passa dos R$ 700,00 Kkkkkkkkk é um RIDICULO mesmo, teu partido não tem alguém mais inteligente ai para argumentar não?! Kkkkkkk
O Almir Ilhota disse que PARA IR PARA BRASILIA ANTES ERA 500,00 REAIS E HOJE PASSA DE 1200 REAIS Kkkkkkkk sendo que na verdade hoje é 385 para o prefeito ir até la, então teu partido que ganhava mais já naquela época não?! De 500 foi para 385 kkkkkkkkk. Voce não tem vergonha na cara de mentir Almir Ilhota? Primeiro leia o Decreto Municipal nº 72/2015 que fala das diarias antes de vir aqui contar mentiras. O desespero já tomou conta do Almir Ilhota, já não esta mais raciocinando bem kkkk
ALMIR ILHOTA DIZ: e neste ano como vai ficar, vão encaminhar o projeto de aumento dos servidores para a câmara Kkkkk relaxa, não é porque teu partido não mandava que não iremos mandar, a coisa nem aconteceu ainda e já estas perguntando, estas desesperado mesmo hein?! HOJE temos DATA BASE então chora!
Sobre dinheiro devolvido pela Câmara para a Prefeitura, podes ficar tranqüilo que foram muito bem aplicados!
Agora sobre o DIDA, finalmente temos algo em comum, apesar de ainda achar que ele não vai, gostaria que ele fosse, porque seria muito fácil ganhar KKkkkkkkkkkkkk
CHOOOOOOOOORA
fabiano
06/04/2016 21:06
O Marcelo e a Andreia vão brigar para fazer o número do sapato deles. À eleição já está decidida é Pmdb e Kleber na cabeça
Herculano
06/04/2016 20:28
A COMPRA DE VOTOS COMO ELA É. VEJA ESTA CARTA QUE PEDE PROVIDÊNCIAS

SÃO PAULO, 06.04.2016
EXMO. SR.
DR. RODRIGO JANOT
DD. PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
BRASÍLIA ?" DF

SR. PROCURADOR:
Valho-me da presente para encarecer a necessidade de uma intervenção urgente e enérgica por parte de Vossa Excelência no sentido de coibir a compra de votos de deputados federais orquestrada e conduzida pelo Sr. Luís Inácio Lula da Silva.

Praticada às escâncaras, em plena luz do dia, sem qualquer disfarce ou rebuço, a referida ação vem sendo amplamente noticiada pela imprensa de todo o país, não faltando sequer a informação do locus faciendi escolhido pelo ex-presidente: o hotel Golden Tulip, em Brasília.

Que se trata de uma prática criminosa, não há dúvida. Faz apenas três anos que o Supremo Tribunal Federal julgou a Ação Penal 470, o chamado "mensalão", cujo objeto era exatamente o mesmo: a compra de consciências e votos de congressistas. Daquele julgamento resultou a prisão de vários integrantes da "organização criminosa" que a concebeu e perpetrou, alguns dos quais continuam detidos. Não há como ignorar que o famigerado "mensalão" aconteceu durante o período presidencial do Sr. Luís Inácio Lula da Silva.

Como bem sabe Vossa Excelência, os antigos "coronéis" do interior nordestino tornaram-se conhecidos como os grandes vilões de nossa história política. Mas, justiça seja feita, por execráveis que fossem suas ações de aliciamento eleitoral, eles as praticavam com recursos próprios, não com cargos e verbas públicas, como ocorre atualmente nas dependências do mencionado hotel brasiliense.

A imperiosa necessidade da intervenção de Vossa Excelência encontra-se pois claramente configurada, de um lado, pela jurisprudência do STF, firmada em conexão com Ação Penal 470 e possivelmente com outras mais; do outro, pela alta conveniência ?" reforçada pela proximidade da votação inicial do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pelo plenário da Câmara Federal- de impedir o prosseguimento da prática delituosa em curso, implicando inclusive a detenção preventiva de seu autor.

Sem outro particular, reitero-lhe nesta oportunidade os meus votos de elevada estima e apreço.

Respeitosamente,
Bolívar Lamounier
Fabiano Zukermann
06/04/2016 18:16
Senhor jornalista,

O cara tem que ser muito contra o município ou muito a favor de suas causas e interesses para dizer que com o PMDB Gaspar vai melhorar. Concordo vai melhorar para eles.

O PMDB e o pior partido do planeta, o Brasil ta nessa m também por deste partido pelego e safado.

Aqui em Gaspar não é diferente, teve um prefeito desse partido que de balconista virou o cara mais rico da cidade.

O candidato agora, sempre sobreviveu de tetas da prefeitura, tetas da câmara municipal e agora se alimenta com tetas do governo do Estado. Nunca administrou nada na vida, pod vai ser manipulado.

Tem opções outras: Andreia Nagel ou Marcelo..
PMDB será uma lastima, eleitores,pensem no município e não nestes calhordas e fanfarroes de quinta.
Herculano
06/04/2016 15:51
NÃO SOU SEMIDEUS, DIZ MARCO AURÉLIO SOBRE PEDIDO DE IMPEACHMENT

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. O Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello minimizou nesta quarta-feira (6) a indicação de que o MBL (Movimento Brasil Livre) entrará com um pedido de abertura de impeachment dele.

Marco Aurélio disse que não é um "semideus" e que suas decisões podem ser questionadas. "Que as instituições funcionem com muita tranquilidade. Sou juiz há 37 anos e eu apenas busco servir e servir com pureza da alma e a partir da minha ciência e consciência e nada mais. Processo para mim não tem capa, tem conteúdo", afirmou.

Para o ministro, é preciso ter "paciência" se a sua decisão ?"que determinou à Câmara que dê seguimento ao pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer?" provocou tumulto no cenário político. "Não podemos fechar o protocolo do tribunal. O interessante é que as instituições funcionem", disse.

Segundo o MBL, a ação será protocolada no Senado em resposta à decisão de Marco Aurélio sobre Temer.

O grupo acredita que Marco Aurélio passou por cima da separação dos Poderes ao desfazer um ato interno da Câmara.

O pedido terá como base o artigo 39, da Lei 1.079 de 1950, uma das normas usadas para fundamentar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que tramita na Câmara dos Deputados. O artigo em questão define os crimes de responsabilidade dos ministros do STF.

O MBL argumentará que Marco Aurélio atuou de forma "desidiosa" (desleixada) ao tomar sua decisão.

A Constituição determina que cabe ao Senado processar e julgar os ministros do STF. Se a solicitação for aceita pelo presidente da Casa, Renan Calheiros, será criada uma comissão especial para avaliar se houve crime. O parecer da comissão deve ser votado e, caso se opte por abrir o processo, 54 senadores teriam que votar contra Marco Aurélio para removê-lo do STF.

Para o ministro, Eduardo Cunha não poderia ter arquivado o pedido de Temer, a decisão caberia a uma comissão especial integrada por parlamentares, que deve avaliar se as acusações contra Temer têm ou não consistência.

O autor do pedido é o advogado mineiro Mariel Márley Marra. Em dezembro, ele protocolou pedido de abertura de impeachment contra Temer na Câmara dos Deputados.

O advogado argumentou que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso. As irregularidades são as mesmas que motivam o atual pedido de impeachment de Dilma.
Fabiano
06/04/2016 13:09
Fiquem tranquilos amigos do Belchior, estamos chegando para mudar.PMDB 15
Herculano
06/04/2016 12:36
MBL PEDIRÁ IMPEACHMENT DO MINISTRO DO STF MARCO AURÉLIO

Conteúdondo jornal Folha de S. Paulo. Texto de Paula Reverbel. O MBL (Movimento Brasil Livre) entrará nesta quarta-feira (6) com um pedido abertura de impeachment contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello.

A ação será protocolada no Senado em resposta à decisão do ministro de obrigar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a dar seguimento a um pedido de impeachment contra o vice-presidente da República Michel Temer.

O advogado Rubens Nunes, coordenador nacional do MBL, viajará nesta quarta à Brasília para cuidar do caso. O grupo acredita que Marco Aurélio passou por cima da separação dos Poderes ao desfazer um ato interno da Câmara.

O pedido terá como base o artigo 39, da Lei 1.079 de 1950, uma das normas usadas para fundamentar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que tramita na Câmara dos Deputados. O artigo em questão define os crimes de responsabilidade dos ministros do STF.

O MBL argumentará que Marco Aurélio atuou de forma "desidiosa" (desleixada) ao tomar sua decisão.

"Eu não acho preocupante existir um processo de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer, uma vez que ele siga os trâmites legais", disse Nunes. "O que nós não achamos normal é o STF intervindo na Câmara, a função do STF é julgar e da Câmara, legislar", completou.

TRÂMITE

A Constituição determina que cabe ao Senado processar e julgar os ministros do STF. Se a solicitação for aceita pelo presidente da Casa, Renan Calheiros, será criada uma comissão especial para avaliar se houve crime. O parecer da comissão deve ser votado e, caso se opte por abrir o processo, 54 senadores teriam que votar contra Marco Aurélio para removê-lo do STF.

Para o ministro, Eduardo Cunha não poderia ter arquivado o pedido de Temer, a decisão caberia a uma comissão especial integrada por parlamentares, que deve avaliar se as acusações contra Temer têm ou não consistência.

O autor do pedido é o advogado mineiro Mariel Márley Marra. Em dezembro, ele protocolou pedido de abertura de impeachment contra Temer na Câmara dos Deputados.

O advogado argumentou que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso. As irregularidades são as mesmas que motivam o atual pedido de impeachment de Dilma.
BELCHIORENSE IDIOTA
06/04/2016 12:20
Me sinto um belchiorense idiota vendo minha cidade sendo controlado por essa gente e eu totalmente por fora, só fui saber de todos esses rolos depois da audiência sobre a criação do Distrito. Vendo as provocações do prefeito e o pessoal do PT contra o Paulo na audiência do Orçamento Participativo dá pra ver que ele não exagera quando diz que é perseguido, esse pessoalzinho é baixo mesmo. Aquele careca que estava lá e vai correr a prefeito por eles não é o cara que mandou o Paulo calar a boca na Câmara? É esse cara que o PT quer oferecer como prefeito?

Se eu fosse o Paulo eu já tinha pego essas gravações e boletins de ocorrências e metido processo em todos eles!!! Eu não deixaria barato assim não! Ainda mais sabendo que o Rampelotti já foi condenado criminalmente e o Zuchi por improbidade administrativa. Eles já estão acostumados, Paulo. Não abaixa a bola pra esse tipo de gente não! Eles não te poupariam se tivessem essa oportunidade.
Antenado do Belchior
06/04/2016 09:31
Só quem estava na audiência do OP do Belchior é que pode realmente ver que quem se acha acima da lei é esse pessoal do PT de Gaspar. Além de deixarem pra avisar da audiência em cima da hora, no mesmo dia ainda, para dar poucas pessoas. Ainda levaram um time de futebol do PT com medo da população. Mesmo assim ainda estivemos presentes em mais de 50 pessoas.

Agora sobre a discussão que houve, eu acho o Paulo um cara muito calmo inclusive, até agora não se falou nada disso, nem o Paulo comentou. Mas o prefeito a hora que foi discursar foi em direção ao Paulo e praticamente encostou o seu rosto no dele, encarando ele e indo em direção ao microfone. O Paulo manteve a cabeça pra cima e olhou dentro dos olhos do prefeito também, em seguida riu da cena, eu sinceramente não sei se teria tanta paciência de ser confrontado assim, esse pessoal não tem limites!

Minha mãe inocentemente filmava as coisas lá, e é possível ver a parte desta encarada e a parte que ele gesticula na direção do Paulo e diz que tem um blumenauense idiota lá. Ficou claro a perseguição e as ofensas. Eu já me ofereci de testemunha pra ele, torço que ele processe essa gente e use essas provas. Esse pessoal precisa ser responsabilizado!!!
Fabiano
06/04/2016 08:18
É isso aí Gaspar . PMDB um jeito novo de governar.Acabou para os concorrentes é o 15 na cabeça.
Herculano
06/04/2016 07:30
DECISÃO DE MARCO AURÉLIO EXACERBA INDIVIDUALISMO REINANTE NO STF, por Oscar Vilhena, para o jornal Folha de S. Paulo

Quando o inusitado se torna parte do cotidiano, a ninguém é dado o direito de se surpreender com uma questão até então impensável.

Mesmo assim, causou uma certa perplexidade a decisão do ministro Marco Aurélio determinando ao presidente da Câmara que desse seguimento ao pedido de impeachment contra o vice-presidente.

Vejamos. Ao presidente da Câmara foi conferido o poder de fazer uma análise prévia dos pedidos de impeachment que são protocolados frequentemente na Casa.

Essa análise deve ser de natureza meramente formal, para impedir que pedidos ineptos e frívolos sigam adiante. Não cumpre a Cunha, portanto, fazer um juízo material sobre os pedidos, até porque é competência "privativa" da Câmara dos Deputados "autorizar, por dois terços de seus membros, instauração do processo contra o presidente e o vice-presidente" (artigo 51, I, da Constituição).

Para o ministro Marco Aurélio, foi exatamente isso que fez o deputado Eduardo Cunha. Embora este último tenha reconhecido a "regularidade formal da denúncia, procedeu a verdadeiro julgamento singular de mérito".

Dessa maneira, Cunha teria usurpado a competência da Câmara e, porque não dizer, do Senado, ao desautorizar o processamento e julgar o caso, absolvendo o vice.

O deputado Eduardo Cunha, evidentemente, discordará da interpretação dada pelo ministro Marco Aurélio ao seu despacho. Ao plenário do Supremo cumprirá decidir se Eduardo Cunha usurpou a competência do plenário ou se foi o ministro Marco Aurélio quem exacerbou.

A decisão, de qualquer maneira, reitera a centralidade adquirida pelo Supremo na vida política brasileira. Não há questão minimamente relevante que não reclame a sua palavra. Eventualmente, a sua última palavra.

Essa decisão, ainda que juridicamente correta, explicita, no entanto, outro problema do processo deliberativo de nossa Corte Suprema: a total falta de cerimônia com que alguns de seus ministros decidem, monocraticamente, não apenas questões de grande complexidade jurídica, mas também de enorme repercussão política.

A exacerbação das individualidades, em detrimento da colegialidade, além de ampliar a instabilidade política, pode colocar em risco a própria autoridade da corte. E tudo o que não precisamos neste momento é de um tribunal vulnerável.
Herculano
06/04/2016 07:00
COM JUCÁ, PMDB TENTA COLOCAR ORDEM NO ENSAIO, por Josias de Souza

A conversão de Romero Jucá em presidente do PMDB é uma tentativa de Michel Temer e seu grupo de colocar ordem no palco. Desde que rompeu com o governo, o PMDB parece uma peça mal escrita, sem diretor, com atores fora dos seus papeis e ensaiados às pressas para substituir o espetáculo anterior, que será retirado de cartaz por não estar agradando ao público.

Licenciando-se da presidência do partido, Temer entregou a direção geral a Jucá para que ele faça o que um vice-presidente da República está institucionalmente impedido de fazer: comprar brigas e costurar alianças. O novo roteiro foi acertado em jantar realizado na noite de segunda-feira. Além de Temer e Jucá, estavam presentes, entre outros, os ex-ministros Eliseu Padilha, Moreira Franco e Geddel Vieira Lima.

Jucá estreou na nova função com um discurso no Senado. Seu desempenho foi celebrado no gabinete da vice-presidência da República. Ele cumpriu à risca o combinado: defendeu Temer, deu um chega-prá-lá em Renan Calheiros, desqualificou a proposta de eleições gerais do correligionário Valdir Raupp, defendeu o impeachment, atacou o PT e tentou desvincular o PMDB da ruína econômica da administração Dilma.

"Não venham cobrar do PMDB a crise econômica, porque o Michel não era copiloto, estava fora da cabine", disse Jucá. "Era comissário de bordo. Segurava as pessoas e dava um saquinho para vomitar. Não tivemos a condução política e nem econômica. [?] Vamos enfrentar debate de cabeça erguida."

Jucá será, por assim dizer, o escudo de Temer: "Disse ao presidente Michel, como outros companheiros disseram: 'Presidente Michel, você não pode ser instado, provocado a descer à planície e entrar em brigas de rua'. Esse era o objetivo: espicaçá-lo, provocá-lo, para gerar desgaste em alguém que pode ser, dependendo do desejo majoritário do Congresso, uma esperança de construção de uma outra conjuntura política para o país."

Tratou a ideia de Raupp de convocar eleições gerais como quem empurra um detrito para o canto da sala com o bico do sapato: "A saída está na regra, está na Constituição. Qualquer outra saída mirabolante, desculpem-me, aí sim é golpe, aí sim é golpe! Eleições gerais para todo mundo está na Constituição? Não. Todo mundo renunciar está na Constituição? Não." Renan, que apoiara a tese de Raupp, assistia a tudo em silêncio, desde a poltrona de presidente da sessão.

Renan havia tachado o desembarque do PMDB de "precipitado" e "pouco inteligente". Teve de ouvir em silêncio: "Alguns disseram que a decisão [do PMDB] seria precipitada ou até pouco inteligente. Não acho que a posição foi precipitada. Aliás, minha posição foi antecipada em 2014 [Jucá apoiou Aécio Neves]. Acho que a posição veio na hora certa. Não é precipitado tomar uma decisão a favor do povo. Ao contrário, é uma posição acertada, consentânea com a realidade e com o momento de falta de representatividade em que vivem os partidos e os políticos, hoje"

Jucá acrescentou: "A posição foi pouco inteligente? Pouco inteligente para quem? É inteligente cuidarmos da nossa vida e deixarmos o povo ao léu? Talvez seja a hora de ser pouco inteligente em algumas questões e de ser defensor do bem comum, de deixar o interesse pessoal e de cuidar do interesse coletivo de quem votou em todos nós."

Recordou que os que agora chamam Temer de golpista o enalteciam: "Em 2014, não houve nenhuma voz contra a seriedade, o espírito público do Michel Temer. O castelo cartas ruiu, e o quadro se desnudou. O governo perdeu os três pilares para ter um mínimo de condições de funcionamento: credibilidade, segurança jurídica e condições de dar previsibilidade à economia."

Ficou entendido que o PMDB, agora um ex-sócio-majoritário do petismo, não apanhará mais calado: "Não tenho medo de briga", disse Jucá.
Herculano
06/04/2016 06:53
A LOGICA DO ATROPELO, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Pilotada pelo réu Eduardo Cunha, a comissão do impeachment pisou no acelerador. A ordem é apressar ao máximo a votação da denúncia contra Dilma Rousseff. O relator Jovair Arantes deve apresentar parecer pela cassação nesta quarta, cinco dias antes do previsto.

O atropelo não é fruto de pressão das ruas ou dos empresários que pedem um desfecho rápido para a crise. Cunha tem pressa porque quer reduzir as chances de salvação do governo. Isso parecia impossível, mas voltou a ser cogitado em Brasília.

Três fatores deram fôlego a Dilma: as manifestações em defesa de seu mandato, que romperam a paralisia da esquerda; a divisão do PMDB, cujos ministros se recusam a deixar o governo; e o avanço das negociações com outros partidos. Nesta terça (5) o feirão de cargos motivou um inusitado protesto do deputado Paulo Maluf, que se disse indignado com a barganha.

Ainda não se pode afirmar se o Planalto conseguirá virar o jogo, mas a sensação geral no Congresso é de que a batalha embolou. Nas duas trincheiras, poucos deputados arriscam dizer se a oposição alcançará os 342 votos para afastar Dilma.

Cunha e seu aliados têm mais um motivo para a pressa. Eles querem votar o pedido de impeachment antes que o STF decida o futuro de Lula. A posse do ex-presidente na Casa Civil está suspensa por liminar de Gilmar Mendes. Já se passaram quase três semanas, mas o ministro ainda não submeteu a decisão ao plenário.

Se Lula voltar ao palácio com plenos poderes, aumentam as chances de Dilma se salvar. Daí o atropelo dos deputados que querem encerrar o assunto a jato, mesmo que para isso precisem trabalhar num domingo.

***

Líder nas pesquisas, Marina Silva presta um favor a si mesma quando defende a antecipação das eleições presidenciais de 2018. Ela prestaria outro favor, desta vez aos eleitores, se parasse de repetir que "não sabe" se será candidata de novo.
Herculano
06/04/2016 06:50
DILMA PASSA A TRAFICAR CARGOS ÀS ESCONDIDAS, por Ricardo Noblat

Onde você leu: "A presidente Dilma Rousseff anunciou, ontem, que a reforma ministerial ficará para depois da votação do pedido de impeachment", leia: a reforma continua sendo negociada às escondidas com partidos que possam ajudar o governo a derrotar o impeachment. Bem como a entrega desde já de cargos nos diversos escalões da administração pública.

Dilma se convenceu de que estava pegando muito mal para ela e para partidos e políticos gulosos o tráfico de ministérios, cargos e liberação de emendas ao Orçamento da União, dinheiro destinado à construção de pequenas obras em redutos eleitorais de deputados e senadores. O fisiologismo escancarado sempre assusta. E um governo perdulário assusta muito mais. Daí o recuo de Dilma. Combaterá à sombra, pois.

De resto, começara a briga entre os partidos dispostos a entrar no governo para ocupar o espaço vago deixado pelo PMDB depois do rompimento anunciado. PP, PR e PSD, principalmente esses, ambicionam os ministérios mais poderosos e certas posições consideradas estratégicas. O PP, por exemplo, não abre mão do Ministério da Saúde, ainda de posse de Marcelo Castro, do PMDB. O PR também o deseja.

A opção de Dilma de seguir distribuindo cargos e de deixar para mais adiante a escalação do elenco de novos ministros, aumentou a desconfiança dos que negociam com ela, repercutindo na tropa de soldados rasos ávida por sinecuras. A fama de Dilma entre os políticos é de prometer coisas e de não entregá-las. Converse com qualquer um deles e você ouvirá um rol interminável de queixas a esse respeito.

Uma vez que consiga barrar o impeachment, nada mais natural que Dilma se sinta fortalecida e acabe esquecendo parte do que prometeu. Nada mais natural que o PT, sentindo-se vitorioso, queira mais espaço em um governo que já não será mais pilotado apenas por Dilma, mas também por Lula, que desembarcou em Brasília e operou o milagre político considerado impossível.

À medida que se aproxima o dia da votação do impeachment na Câmara, mais se torna delicada a situação de Dilma. Ela depende dos partidos de direita para se garantir no cargo. Mas terá de lidar, depois, com o PT, seus aliados e movimentos sociais prontos a exigir que ela passe a governar mais pela esquerda. Lula sempre soube conviver com forças contrárias. Dilma nada aprendeu com ele. Nem mesmo a negociar.
Herculano
06/04/2016 06:47
INVEJA DA ISLÂNDIA, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

"Nada em biologia faz sentido senão à luz da evolução", ensinava o grande geneticista ucraniano Theodosius Dobzhansky (1900-1975). E não é só a biologia. Pelo menos nos aspectos mais gerais, a observação de Dobzhansky vale também para a política.

A exemplo de tecidos e organelas, estruturas políticas evoluem recorrendo a adaptações. Quando os norte-americanos inventaram a Presidência da República utilizaram o que tinham à disposição, que era a monarquia. O resultado foi a criação de um Executivo cujo titular pode ser descrito como rei por prazo fixo.

Faço tal consideração devido a uma crítica recorrente. Sempre que defendo a legalidade do impeachment, leitores escrevem dizendo que no presidencialismo não cabe o voto de desconfiança típico do parlamentarismo e que não pode haver impedimento por incompetência. Será?

Se o voto de desconfiança é um mecanismo útil para resolver crises e se a incompetência tende a ser uma razão muito mais relevante para remover dirigentes do que vários dos crimes de responsabilidade listados na legislação, por que não utilizá-los? Vale lembrar que, embora a lei nº 1.079 não mencione especificamente essas situações, ela, com seus tipos abertos, oferece, dentro da legalidade, amplo espaço para adaptações.

O próprio impeachment vem evoluindo. Surgiu na Inglaterra medieval como procedimento penal que permitia condenar autoridades amigas do rei, ao fazer com que fossem julgadas no Parlamento e não nas cortes controladas pela Coroa. Tornou-se, nos EUA, um mecanismo de controle do Executivo, que passava a não poder tudo. Não vejo mal em que se converta na versão presidencialista do voto de desconfiança. Se crises ocorrem e o impeachment se apresenta como meio eficaz, não violento e democrático de superá-las, não há motivo para deixar de usá-lo. Vejam a rapidez com que a Islândia resolveu sua crise e morram de inveja.
Herculano
06/04/2016 06:43
FISIOLOGISMO DE DILMA JÁ ESCANDALIZA ATÉ MALUF, por Jo de Souza

Pegou mal. Pegou muito mal. Não foi ninguém ali no boteco. Não foi você. Muito menos eu. Foi um aliado de Dilma quem disse. O próprio Paulo Maluf. Membro da comissão que analisa o impeachment ele disse ao repórter Bernardo Mello Franco: "O governo está se metendo num processo de compra e venda que é detestável. Querem construir maioria no Legislativo dividindo o Executivo. Não é assim!''

Maluf olha ao redor, enxerga o mercado persa em que se converteu o PP, seu partido, e começa a tomar distância do governo. Programara-se para votar contra o impeachment. Mas já se sente "liberado" para seguir outro rumo. "Eu não queria fazer uma injustiça com a presidente, que é uma senhora correta e tem uma vida limpa. Mas agora a minha tendência está mudando.''

Sinal dos tempos: preocupado com seu prontuário, Maluf se incomoda com o assanhamento de Dilma, que quer salvar o mandato, não um bom nome. Ou o Planalto ainda não entregou a Maluf o que ele acha que merece ou o mundo perdeu o sentido. Maluf fala como se lhe doesse a ideia de fazer o papel de aliado limpinho numa peça imunda. Um enredo em que a personagem principal é uma rainha enodoada e cujo epílogo é ele, o Maluf, fazendo cara de nojo.
Herculano
06/04/2016 06:40
A TRANSFORMAÇÃO DO JORNALISMO, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Numa época em que se discute a crise da imprensa, os "Panama Papers" mostraram mais uma vez que o jornalismo é imortal. Durante seis meses, 376 repórteres de 109 redações em 76 países trabalharam em cima do banco de dados com 11,5 milhões de documentos da fábrica de offshores Mossack Fonseca e estremeceram a banca e a política mundiais com seus achados. Não houve qualquer vazamento, por mínimo que fosse.

O jornalismo não acaba porque se transforma. Sabe-se lá quando ele começou. Talvez tenha sido quando um macaco fez sinal para outro avisando que havia um leão atrás do arbusto. Quando seu negócio é a notícia, torna-se imortal.

Nos "Panama Papers" a primeira mudança aconteceu quando uma fonte ainda desconhecida entregou ao jornal Süddeutsche Zeitung o arquivo de 2,5 terabytes com operações do escritório panamenho de 1977 a dezembro de 2015. O jornal não poderia digerir o material e procurou um parceiro. Achou-o no Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o ICIJ, um braço do Center for Public Integrity, organização sem fins lucrativos criada pelo repórter Charles Lewis em 1989 e sediada em Washington. Ele trocou uma carreira bem sucedida nas redes de televisão pela de fiscal de malfeitorias. Ninguém dava nada pela ideia.

Enquanto a crise da imprensa é acompanhada pelo noticiário econômico (um bilionário mexicano comprou um pedaço do "The New York Times", Jeff Bezos arrematou o "Washington Post", os japoneses levaram o "Financial Times"), no mundo da notícia abre-se um novo caminho, o dos consórcios de repórteres e publicações. Tem ao seu lado uma revolução tecnológica.

Os documentos da Mossack Fonseca são de uma espécie que remonta aos famosos "Pentagon Papers", de 1971. Naquele episódio um analista do Departamento de Defesa passou meses copiando 47 volumes, gastou US$ 20 mil. Em 2009, um soldado americano enviou 750 mil telegramas oficiais ao site WikiLeaks. Quatro anos depois, um ex-funcionário da CIA mandou ao repórter Glenn Greenwald (que mora na Gávea) os documentos que expuseram os grampos internacionais do governo americano. Tudo isso sem papel ou contato pessoal.

A inovação adicional veio na forma de compartilhamento. Com os 2,5 terabytes dos "Panama Papers", o ICIJ inovou em relação aos casos anteriores. Formou equipes em 76 países para destrinchar os dados e manteve a operação no seu plantel de colaboradores. Nessa fase, todo o trabalho foi mediado por um fórum interno. Inteira novidade e assunto para algum debate. Em maio será divulgada uma parte da base de dados.

Numa ironia geográfica, o escândalo do século 21 veio do Panamá. Durante anos, "panamá" foi sinônimo de roubalheira por causa de outra armação de políticos, bancos e empreiteiras na construção do seu canal, no século 19. O caso explodiu a política francesa. Na origem, como hoje, havia um jornalista.

É a seguinte a equipe brasileira que colabora com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos: Fernando Rodrigues (membro do conselho da instituição), José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti, Rodrigo Burgarelli, Guilherme Jardim Duarte, Isabela Bonfim, André Shalders, Douglas Pereira, Mateus Netzel, Diego Vega e Mauro Tagliaferri.
Herculano
06/04/2016 06:37
LIMINAR DO STF PODE GERAR IMPASSE INSTITUCIONAL, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Pode gerar impasse institucional a liminar do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), dando ordens ao presidente de outro Poder, deputado Eduardo Cunha (PMDB), para instalar o processo de impeachment do vice-presidente Michel Temer. É que a tendência da Câmara é "não tomar conhecimento" da ordem. Não seria a primeira vez que o Poder Legislativo tentará reafirmar a sua independência.

VAI QUE É TUA
A Mesa ou o plenário desafiarão a liminar. É que, réu em ações penais, Eduardo Cunha não está em condições de afrontar quem o vai julgar.

PRECEDENTE
A Câmara ignorou a cassação de quatro mensaleiros. Henrique Alves, então presidente, condicionou isso à aprovação do plenário da Casa.

STF SE ACHA
"Assim como não interferimos no Judiciário, o Judiciário não deveria intervir em assunto da Câmara", sustenta Sérgio Souza (PMDB-PR).

TOGA VERMELHA
"É lamentável ver um ministro com experiência fazer política com a toga. Deveria usar toga vermelha", diz Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).

PETROBRAS APLICA CALOTE ATÉ NO GOVERNO URUGUAIO
O sindicato dos trabalhadores da indústria do gás do Uruguai exige a retirada da Petrobras do país, alegando que que a estatal brasileira não paga US$ 5,8 milhões devidos ao governo, desde que assumiu a gestão da MontevideoGas, em 2006. Um relatório foi apresentado ao presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, argumentando que, além de uma série de "graves erros de gestão", a Petrobras violou o contrato.

SEM MANUTENÇÃO
A primeira violação do contrato foi em outubro de 2014, quando um vazamento revelou falta de manutenção de equipamentos na empresa.

DÍVIDA
A segunda violação é a dívida de US$ 5,8 milhões acumulada desde 2009 pela Petrobras, por falta de pagamento da concessão do serviço.

PÉSSIMO SERVIÇO
Desde que a Petrobras assumiu a gestão da MontevideoGas, em 2006, a empresa perdeu mais de 5 mil usuários de gás natural no Uruguai.

VALE-TUDO
Dilma aproveitou o embalo de exonerações de indicados do PMDB e pediu mapeamento de cargos ocupados pelo PTB. Um movimento claro em direção ao relator do impeachment, Jovair Arantes (PTB-GO).

JUCÁ EMPAREDA DILMA
O discurso do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que assumiu a presidência do PMDB, voltou-se contra o governo. Habilidoso, ele conseguiu isolar Dilma ainda mais. Vinte senadores fizeram apartes.

BALA DE PRATA
O governo aguarda o apoio do PP, PR e PSD contra o impeachment nesta quarta-feira. Dilma quer garantir os 122 deputados dos três partidos, mas dificilmente conseguirá metade deles, o que já é muito.

VOTOS NO VAREJO
Lula pretende votos pró-Dilma no PSB, mas o presidente do partido, Carlos Siqueira, não quer saber: os socialistas querem o impeachment. Siqueira até já esteve com Michel Temer, que gostou da conversa.

MEM?"RIA DO JB
A jornalista Belisa Ribeiro lança em Brasília, nesta quarta-feira (6), seu livro "Jornal do Brasil, história e memória" (ed. Record, 406pp, R$52). Será no restaurante Carpe Diem, a partir das 19h.

QUADRA DE ASES
Empresários e profissionais querem o pôquer fora do marco regulatório dos jogos de azar. "Precisamos de segurança jurídica", diz o jogador Felipe Gonsalves Costa. O governo já o reconhece como esporte e a Justiça Federal considerou o jogo legal, mas sem envolver apostas.

POÇO DE MÁGOAS
Wadih Damous (PT) deve ter ressentimentos da OAB, cuja seccional do Rio presidiu. Na comissão do impeachment, desqualificou a entidade, acusando-a até de não defender "a ordem jurídica".

PEQUENAS CAUSAS
Empresas ligadas ao banco Opportunity foram acusadas de abastecer o mensalão com R$127 milhões transferidos à DNA, agência de propaganda de Marcos Valério. No petrolão, só Pedro Barusco, gerente da Petrobras, devolveu R$ 360 milhões afanados da estatal.

PENSANDO BEM?
?com discursos tão afinados, logo Renan Calheiros e Valdir Raupp vão cavar vaguinhas no Rede Sustentabilidade de Marina Silva.
Herculano
06/04/2016 06:32
RUÍDOS PREOCUPANTES, editorial do jornal Folha de S. Paulo

O governo Dilma Rousseff (PT) há muito não prima pela sintonia entre seus dirigentes. Quando se trata de definir os rumos da economia, então, predomina uma dissonância paralisante, característica amplificada neste momento em que o único interesse do Planalto é garantir a própria sobrevivência.

De um lado, o governo acena com a promessa de maior responsabilidade administrativa. Caso Dilma sobreviva ao impeachment, seria preparada nova edição da "Carta ao Povo Brasileiro", que Lula divulgou em 2002 com vistas a tranquilizar os mercados.

A receita, com menor apelo dramático, continuou sendo utilizada nos últimos anos, sempre que o PT precisou conter temores de que estaria prestes a patrocinar uma guinada populista. O efeito dessa estratégia, porém, mostra-se declinante ?"e não só porque o Planalto abusou das mentiras.

É que os sinais recentes apontam para outra direção. A divulgação de que estaria em estudo na Petrobras uma redução de preços de gasolina provocou queda de 9% no preço das ações. O presidente da estatal, Aldemir Bendine, negou a mudança, admitindo apenas um debate interno sobre maneiras de mitigar a queda das vendas, que chega a 10% neste ano.

Uma discussão dessa natureza até poderia ser oportuna se a situação fosse de normalidade, mas mal começou o esforço de reconstrução da estatal após o desastre provocado pelo PT e seus aliados.

A conta dos desmandos, infelizmente, recairá sobre o consumidor por bastante tempo, na forma de preços internos de combustíveis mais altos do que os praticados no mercado internacional. Nada poderia provocar mais danos à Petrobras, neste momento, do que se revelar mais uma vez suscetível a pressões populistas.

Esse não é o único motivo de alerta. O acordo do Executivo para renegociar a dívida dos Estados e municípios em termos generosos, algo em si inoportuno, pelo menos previa contrapartidas. Eis que o PT agora pretende abandoná-las a fim de agradar governadores.

Por fim, a modificação proposta na execução do Orçamento pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, sob o pomposo nome de Regime Especial de Contingenciamento, na prática se traduz como carta branca para o Poder Executivo descumprir metas de economia nas contas públicas.

É indisfarçável que o governo Dilma Rousseff quer encontrar maneiras de gastar mais.

A desafinação da orquestra e a imperícia da condutora já cobraram demais do país. A se confirmarem os ensaios populistas, há riscos de ruptura ainda maior no tecido econômico.
Almir ILHOTA
06/04/2016 06:05
Meu caro, se o que você diz for verdade, então neste ano nosso alcaide esta muito tranquilo quanto sua reeleição, pois isso é um exemplo de administração, ao examinar os dados que escrevestes, deu pra perceber que se realmente for verdade, o aumento foi significativo então, não é mesmo, o que me leva a pensar na lei de responsabilidade, com um aumento deste não estourou o limite prudencial de 54% como índice de folha de pagamento, é claro que não pois o orçamento de 2012, era de pouco mais de 18 milhões, e hoje passa de 36 milhões, fruto do aumento de repasses do FPM, e ICMS, graças ao trabalho competente de nosso ex prefeito que graças a DEUS ficou 8 oito anos governando pois trouxe várias empresas para nosso município, aumentando significativamente nosso orçamento não é mesmo. Agora lhe pergunto o que vocês estão fazendo com os recursos próprios, além de pagar gordas diárias, pois o que era 500 reais pra ir a Brasília, hoje passa de 1200 reais, a Florianópolis 300 reais, hoje passa de 700, pelo visto não foi só o aumento do salário dos servidores que subiu, do prefeito que era 6000 reais, hoje passa de 9000 reais, mais de 50% de aumento, nem perto do que ele concedeu ao funcionalismo, e neste ano como vai ficar, vão encaminhar o projeto de aumento dos servidores para a câmara, ou vão dizer que é culpa do presidente novamente como fizeram com os recursos da apae, dos bombeiros, pois se vocês realmente quisessem fazer tal repasse utilizariam a lei de repasse aprovada no final de ano de 2015, em que o vereador Lavino, presidente a época, juntamente com os demais vereadores aprovaram e devolveram mais de 145.000,00 aos cofres públicos, o que foi feito deste recursos, e de 2014 mais 145.000,00, a época do Paulo Drum. Leitores e eleitores de ILHOTA, este cidadão que quer defender o indefensável faz muito bem o que Daniel ensinou, enganar, ludibriar, para mais uma vez enganar a população: E aí só resta dizer dale DIDA.
Paulo Filippus
06/04/2016 01:38
DESESPERO PETISTA NA CÂMARA 05/04/16

Pra fechar com chave de ouro as últimas semanas nada fáceis para o PT de Gaspar, os vereadores petistas da cidade deliram ao vivo e fazem discursos dignos de boas gargalhadas na Câmara de vereadores nesta terça.

Primeiro o Sr. Rampelotti usa a tribuna pra dizer que o Jornalista desta coluna, eu e o juiz Sérgio Moro somos 3 pessoas que se acham acima da lei, simplesmente por critica-los abertamente. Diz que se achamos os Professores de Deus - Eu agradeço o nivelamento ao lado de duas figuras como Moro e Herculano, fico lisonjeado, mas não cheguei nesse patamar ainda. Muito terei de trabalhar pra chegar lá - ele continua com o stand up comedy do Amarildo, e diz que saiu uma matéria na Folha de São Paulo dizendo que nós do MBL estaríamos dizendo que gastamos 40 mil com um caminhão de som, mas pagavamos 4 e embolsávamos 36. Detalhe, se o dinheiro que usamos nisso é de doação e está conosco, estaríamos então roubando de nós mesmos? Bizarro! Mas a matéria que ele distorce é essa aqui, leiam e vejam se acham algo parecido com o que ele diz, não vale rir (muito):
http://m.folha.uol.com.br/poder/2016/04/1756887-movimentos-antigoverno-nao-revelam-origem-e-volume-de-suas-receitas.shtml

Em seguida vem o Sr. Dalsochio, começa com a piada que provavelmente ganhará o título da melhor do mês, e solta essa aqui: "ninguém mais fala de impeachment, ninguém mais ouve falar desse tal MBL, nas ruas só se vê gente manifestando pela permanência da presidente Dilma!"

(Pausa pra respirar depois de 5 minutos rindo sem parar )

QUE MUNDO O SENHOR VIVE?????????

Vamos lá, o MBL não só está vivissimo da Silva, como a página Nacional foi uma das páginas que mais cresceu NO MUNDO nos últimos 30 dias, com um aumento de MEIO MILHÃO de seguidores em tempo recorde. A página de Gaspar disparou de 200 seguidores para quase 1.200, um singelo aumento de 500%. Uma única publicação recente dela atingiu 50 mil pessoas da região com centenas de compartilhamentos.

O impeachment (aquele que vocês diziam que jamais seria aceito) nós não apenas levamos até Brasília, com a ajuda da população brasileira ajudamos a aprova-lo, como ajudamos a revelar cada tramoia inescrupulosa deste governo de tentar barra-lo, TODAS EM VÃO! Trabalhando 24 hrs por dia desde o primeiro dia de trabalho do Congresso. Com várias pessoas lá dentro, pressionando cada parlamentar que ousava tentar apoiar esse governo. Não, mas não foi só isso, catalogamos cada voto indeciso ou contrário e ligamos, mandamos emails, mensagens, fomos pessoalmente, contatamos cada um que ainda resistia a ideia de apoiar o impeachment. E hoje já computamos 350 VOTOS FAVORÁVEIS a ele, em troca de cada apoio ao processo inclusive, colamos um adesivo na porta de seu gabinete dizendo que ali existe um parlamentar que honra os votos do seu eleitor.

Então senhores, esses discursos humorísticos só demonstram que a derrota deste projeto de poder já é certa, o desespero de vocês chega a ser cômico.

Vem aí um novo Brasil, quer vocês queiram, quer não. Sejam bem vindos a Democracia de verdade.
COZA LINDA
05/04/2016 21:36
Ao Almir Ilhota,
Olha bem o que voce disse, PRECISAMENTE NO PAÇO MUNICIPAL NOSSOS SERVIDORES CONTINUANDO SENDO VIGIADOS EM TEMPO REAL KKkkkkkk te pergunto, paço municipal é lugar para servidor ficar? Servidor não deveria estar no seu departamento trabalhando? Não adianta voce querer defender o vereador Almir Anibal do PMDB, nao tem saida. Dai voce vem dizer que esteve na prefeitura e dizer que os salarios sao pessimos, que nao tem horas extras (se nao faz hora extra, mesmo assim tem que receber hora extra? Teu partido fazia muito disso né?! Mas só para quem era do partido hahaha), que UMA DAS BANDEIRAS FALSAS DESTE GOVERNO É O GRANDE AUMENTO QUE CONCEDEU AO FUNCIONALISMO, S?" BALELA, POIS NA PRATICA A ATITUDE É OUTRA Kkkkkkkkkkkkk, ou seja, esta dizendo que o salario esta mau, que nao deram aumento e etc. Pois bem, vamos por partes, tive o gostinho de pesquisar estes salarios de alguns cargos no decorrer do tempo, atraves de leis, portal transparencia, etc. Ai vai:
Em 2004, o salario BASE de um ASSESSOR DE GABINETE era de R$ 1.200,00 e o ex prefeito pegou o salario nesse valor, em 2007 o salario base desse cargo era de R$ 1.375,00 ja em 2013 Daniel Bosi do PSD passou o salario para R$ 1.800,00 conforme Lei Complementar 39/2013.
Em 2004 o salario do CHEFE DE DIVISAO era de R$ 700,00, o ex prefeito assumiu em 2005 e manteve esse mesmo valor para esse ano, em 2008 com os aumentos o salario era de R$ 825,00, ou seja, um aumento de R$ 125,00 em 4 ANOS, já no seu ultimo ano, em 2012 com os aumentos o salario ficou em R$ 1.001,35 ou seja, um aumento de R$ 176,35 em mais 4 ANOS, totalizando um aumento de R$ 301,35 em 8 ANOS, REPITO, 8 ANOS. Já de cara em 2013 DANIEL BOSI DO PSD deu um aumento de R$ 298,65 passando o salario base para R$ 1300,00. HOJE, em 2016 com os aumentos o salario base desse cargo esta em R$ 1503,15 totalizando um aumento desde que assumiu de R$ 501,80 em APENAS 3 ANOS. É MOLE?!
Em 2004 o salario de um DIRETOR DE DEPARTAMENTO era de R$ 1.100,00 o ex prefeito assumiu em 2005 e manteve esse mesmo valor para esse ano, em 2008 com os aumentos o salario era de R$ 1207,50 ou seja, um aumento de R$ 107,50 em 4 ANOS, ja no seu ultimo ano, em 2012 com os aumentos o salario ficou em R$ 1.465,61 ou seja, um aumento de R$ 258,11 em mais 4 ANOS, totalizando um aumento de R$ 365,61 em 8 ANOS, REPITO E GOSTO DE REPETIR 8 ANOS KKKKKK. Ja de cara em 2013 DANIEL BOSI DO PSD deu um aumento de R$ 534,39 passando o salario base para R$ 2000,00. HOJE, em 2016 com os aumentos o salario base desse cargo esta em R$ 2.312,54 totalizando um aumento desde que assumiu de R$ 846,93 em APENAS 3 ANOS. É MOLE?! KKKKK
Em 2004 o salario de um AGENTE ADMINISTRATIVO era de R$ 1017,30 em 2012 o ex prefeito deixou o cargo pagando R$ 1.147,00, ou seja, um aumento de R$ 129,70 em 8 ANOS. Ja de cara em 2013 DANIEL BOSI passou o salario para R$ 1800,00 e HOJE, em 2016 o salario esta em R$ 2.081,28. Portanto, DANIEL BOSI DO PSD ja deu um aumento de R$ 934,28 em APENAS 3 ANOS. É MOLE ALMIR ILHOTA?
Agora vamos falar dos professores, para o cargo de PROFESSOR NIVEL II em 2007 o salario era de R$ 922,68 em 2012 era de R$ 1254,00 ou seja, um aumento de R$ 331,32 em 4 ANOS. Ja em 2013 passou para R$ 1.467,23 e em 2016 é de R$ 2.461,50. Nao é verdade professores? Estou mentindo por acaso? Ou seja, recebemos um aumento de R$ 1.207,50 em APENAS 3 ANOS COM DANIEL BOSI DO PSD. Ai o Almir Ilhota vem dizer que os professores nao foram valorizados?
Em 2004 o salario para o cargo de TECNICO ADMINISTRATIVO FINANCEIRO era de R$ 589,67 em 2005 se manteve o mesmo, em 2007 era de R$ 630,00, ou seja aumento de R$ 40,33 em 4 anos, em 2012 o salario estava em R$ 764,66 ou seja, aumento de R$ 134,66 em mais 4 ANOS totalizando um aumento de R$ 174,99 em 8 ANOS. Ja em 2013 o salario passou para R$ 1.100,00 e hoje 2016 esta em R$ 1271,89 um aumento de R$ 507,23 em apenas 3 ANOS.
Um FISCAL DE TRIBUTOS ganhava em 2012 R$ 700,94. HOJE, em 2016 o salario esta em R$ 2507,00 ou seja, um aumento de R$ 1806,06 em APENAS 3 ANOS. É MOLE ALMIR ILHOTA?
Sem falar no Vale Alimentação que DANIEL BOSI colocou, hoje é de R$ 170,00 é pouco ainda, mas se o PMDB tivesse ganho, ainda estariamos sem esse VALE ja que ficaram 8 anos e nao deram.
Sem falar na DATA BASE que DANIEL BOSI colocou, com ela os servidores tem a garantia de receber o aumento todo ano independe se é do partido ou nao, antes, o ex prefeito dava aumento quando queria, dava horas extras pra quem queria, tirava quando queria, uma forma vergonhosa de manipular os servidores.
É Almir Ilhota, é muito prazeroso mostrar a FARSA que voce é hahahaha O CHORO É LIVRE
Sidnei Luis Reinert
05/04/2016 19:30
Até Maluf denuncia compra de votos

http://www.oantagonista.com/posts/ate-maluf-denuncia-compra-de-votos?platform=hootsuite

Brasil 05.04.16 17:03
Depois de Paulinho da Força, agora é Paulo Maluf a acusar o governo de oferecer cargos para comprar o apoio de deputados contra o impeachment.

"O governo está se metendo num processo de compra e venda que é detestável. Querem construir maioria no Legislativo dividindo o Executivo. Não é assim", disse à Folha.

O PT conseguiu ser denunciado por Maluf. Significa que todos os limites foram ultrapassados.
Herculano
05/04/2016 14:40
ESTA É A DIFERENÇA ENTRE O PRIMEIRO E O TERCEIRO MUNDO. NUM HÁ VERGONHA NA CARA NA PRIMEIRA DESCONFIANÇA PÚBLICA. NO OUTRO, A LAMA FAZ PARTE DA PAISAGEM E ENTÃO SE ENTOA: "NÃO VAI TER GOLPE. PREMIÊ DA ISLÂNDIA RENUNCIA POR ESCÂNDALO DOS "PANAMAS PAPERS"

Conteúdo das agências internacionais e da BBC de Londres.O primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur David Gunnlaugsson, envolvido nos "Panama Papers" por ter tido uma empresa em um paraíso fiscal, renunciou nesta terça-feira (5). Trata-se da primeira baixa após a divulgação dos documentos, em nível mundial.

A renúncia ocorreu após ele ver seu pedido de dissolução do Parlamento negado pelo presidente do país, ?"lafur Ragnar Grímsson.

"Eu não acho que seja normal o primeiro-ministro, sozinho, ter autoridade para dissolver o Parlamento sem que a maioria da Casa esteja satisfeita com a decisão", disse o presidente aos jornalistas.

Após ter se recusado a renunciar na segunda-feira, o premiê acabou ainda mais pressionado até mesmo pela coalizão do seu partido.

Nesta terça, ele usou o Facebook para se manifestar.

"Eu disse ao líder do Partido Independente que se os parlamentares do partido acreditam que eles não poderiam apoiar o governo para realizar tarefas conjuntas, eu iria dissolver o Parlamento e convocar novas eleições", escreveu ele.

Agora, eleições antecipadas devem ser convocadas. Mas há rumores de que, temporariamente, o ministro da Agricultura seja nomeado o novo primeiro-ministro.

Mais de 10 mil pessoas [aqui foram várias milhares] se manifestaram ontem no centro de Reykjavík para pedir a renúncia de Gunnlaugsson, líder do Partido Progressista, após seu nome ser um dos que apareceram nos milhões de documentos da empresa panamenha Mossack Fonseca divulgados no domingo pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).

Em paralelo, as quatro forças da oposição solicitaram formalmente um voto de censura contra o chefe do governo, mas ainda não foi definida a data para isso acontecer.

Ontem também, Gunnlaugsson disse a um canal de TV local que está determinado a continuar a frente do governo e apostou por concluir a legislatura para que os eleitores mostrem seu parecer no próximo pleito, previsto para 2017.

Conforme os documentos divulgados, Gunnlaugsson e sua mulher, Sigurlaug Pálsdóttir, eram donos de uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas chamada Wintris. Lá foram depositados quase US$ 4 milhões em títulos nos três principais bancos islandeses que entraram em colapso na crise de 2008.

Gunnlaugsson entrou no Parlamento islandês em 2009 e no final daquele ano vendeu sua metade de participação na Wintris a sua mulher por US$ 1. O primeiro-ministro sustentou que em nenhum momento ele ou sua mulher fizeram uso dessa empresa para evitar pagar impostos na Islândia.

Ele chegou ao cargo em 2013, com o apoio do Partido da Independência, cujo líder, Bjarni Benediktsson, atual ministro das Finanças, também aparece nos Panama Papers.
Herculano
05/04/2016 14:23
TRANCA OU O BRASIL SENDO PASSADO A LIMPO? MINISTRO DO SUPREMO DECIDE QUE CUNHA DEVE DAR SEGUIMENTO A PEDIDO DE IMPEACHMENT DE TEMER.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto da colunista Mônica Bérgamo. O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, deve dar seguimento a pedido de abertura de impeachment contra o vice-presidente da República Michel Temer.

Segundo ele, o presidente da Câmara não poderia ter simplesmente arquivado o pedido, o que caberia a comissão especial integrada por parlamentares, que deve avaliar se as acusações contra Temer têm ou não consistência.

O autor do pedido é o advogado mineiro Mariel Márley Marra. Em dezembro, ele protocolou pedido de abertura de impeachment contra Temer na Câmara dos Deputados.

Alegava que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e atentou contra a lei orçamentária ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional, as já célebres pedaladas fiscais.

As irregularidades são as mesmas que motivam o atual pedido de impeachment contra Dilma Rousseff.

Ao contrário do que fez no caso da petista, no entanto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou o pedido de Temer, de quem é aliado.

O advogado diz na peça enviada ao STF que Cunha não poderia ter feito sozinho o julgamento do caso e que teria obrigação de instaurar uma comissão para que esse colegiado decidisse se o pedido de impeachment tem ou não fundamento.

As investidas contra Temer devem seguir nos próximos dias. Um grupo de advogados que integram entidades representativas da profissão estuda apresentar novo pedido de impedimento contra ele apontando as mesmas razões que a OAB levanta para apoiar o impeachment de Dilma: como ela, o vice é citado na delação de Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) e também assinou decretos de pedaladas fiscais.

Além disso, assim como o PT, o PMDB, presidido por Temer, foi apontado em delações da Lava Jato como beneficiário de propinas do esquema da Petrobras.

Na semana passada, em resposta ao pedido de impeachment dele apresentado pelo ex-governador do Ceará Cid Gomes, Temer declarou que "defende a operação Lava Jato, que grandes e relevantes serviços vem prestando ao Brasil".

Via assessoria, o vice-presidente afirmou ter "a convicção de que os trabalhos baseados em Curitiba significam o início de uma reforma nos hábitos políticos brasileiros, necessários para melhorar e aprimorar nosso sistema de representação
Herculano
05/04/2016 14:03
HERANÇA DILAPIDADA, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

Uma das leis de ferro da política é aquela que assevera que governos que não tenham sustentação acabam caindo. A queda pode materializar-se de diversos modos. Há desde os golpes de Estado clássicos, com tanques nas ruas e tudo, até insurreições populares, como vimos na Argentina em 2001, passando por acordões de elites, assassinatos políticos e mesmo soluções institucionais, como o impeachment ou a destituição judicial.

No limite, o governo pode até cair sem cair, que é o que ocorre quando uma administração já não tem condição nenhuma de gerir o país, mas a sociedade não encontra uma maneira de resolver o impasse, de modo que as forças da inércia prevalecem. É claro que um governo que não governa deixa de ser um governo.

O cardápio só traz pratos indigestos. A dupla renúncia (de Dilma e Temer), como quer a Folha, seria dos menos intragáveis, mas me parece uma possibilidade extremamente remota. Exigiria um nível de desprendimento que não vejo nos personagens envolvidos. Em seguida, numa escala que combina palatabilidade com probabilidade, vem o impeachment.

Ele tem a vantagem de ser uma saída prevista pela Constituição e muito mais civilizada que o assassinato, mas com a desvantagem de entregar o poder ao PMDB, um partido que está tão metido quanto o PT nos malfeitos que deflagraram a crise. O ponto é que, a essa altura, a situação econômica é tão ruim que mesmo uma mudança incerta parece preferível à certeza de manter o "statu quo".

Meio a contragosto ?"prefiro sempre ver mandatos chegarem à sua conclusão?", começo a achar que o impeachment é uma solução aceitável. Dilma teve a chance de fazer um bom governo ?"ela própria disse ter recebido uma herança bendita e teve apoio de todos os setores?", mas fracassou. Deve assumir seus erros. Seu direito de concluir o mandato não é maior que o direito de milhões de brasileiros a um governo funcional.
Herculano
05/04/2016 13:40
LULA QUER JUDICIÁRIO, CONGRESSO, IMPRENSA, EMPRESÁRIOS E SOCIEDADE DE JOELHOS: OS DEPUTADOS VÃO DECIDIR!, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Parte 1

Em ato liderado por "presidente de facto" do Brasil, líder do MST ameaça o país com o caos caso os congressistas não façam o que eles querem

O investigado Luiz Inácio Lula da Silva comandou nesta segunda-feira mais um ato golpista no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Aquele que é chamado, pela imprensa internacional, de presidente "de facto" - sinônimo de ditador - atacou o vice-presidente da República, Michel Temer, falou como chefe de governo e criticou a imprensa e os mercados.

Lula decidiu, em suma, chantagear todo o processo político. Caiu nos braços de suas milícias e acha que, com elas, vai emparedar a Câmara, o Senado, o Judiciário, o empresariado, a esmagadora maioria dos brasileiros que quer o impeachment e a imprensa. Agora, é Lula contra o Brasil.

Referindo-se ao vice, afirmou: "Não tenho nada contra Michel Temer. A única coisa que poderia falar é 'companheiro Temer, se você quer ser presidente, dispute a eleição, meu filho'". E mais: "Vai para rua pedir voto para você. Esse negócio de pensar em encontrar o caminho para chegar lá não dá certo".

É um boquirroto. Eis o homem que, hoje, de um quarto de hotel em Brasília, como se o país fosse um lupanar, vai comprando os serviços daqueles e daquelas que passam lá para se oferecer. É um troço asqueroso. Comecemos pelo óbvio: Temer foi eleito. Suceder a presidente é uma disposição constitucional. Cabe a pergunta: e ele próprio, Lula, foi eleito por quem? Que se saiba, é hoje um dos campeões da rejeição, não é mesmo?

Um pouco antes, Vagner Freitas, aquele que, dentro do Palácio do Planalto, afirmara que se entrincheiraria, de arma na mão, se houvesse impeachment, havia chamado Temer de "golpista".

Notem, então, para onde Lula e Dilma estão empurrando as instituições: o vice eleito, segundo as regras da Constituição, é tratado e chamado de golpista, e aquele que comanda a patuscada, sem ter sido eleito por ninguém, é o dono hoje de centenas de cargos da República para distribuí-los entre aqueles que lá comparecem para se vender.
Herculano
05/04/2016 13:39
LULA QUER JUDICIÁRIO, CONGRESSO, IMPRENSA, EMPRESÁRIOS E SOCIEDADE DE JOELHOS: OS DEPUTADOS VÃO DECIDIR!, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Parte 2

Lula deixou claro que passará a ser, se ministro, o comandante também da economia: "Eu disse para companheira Dilma: 'Venho para cá [para o governo], mas temos que saber que é preciso dar uma certa consertada na política econômica'.

No mesmo dia em que afirmou que pretende propor uma nova "Carta ao Povo Brasileiro", hostilizou os mercados: "É importante conversar com mercado. Mas nosso mercado é povo trabalhador. Não adianta agradar. Quanto mais a gente agrada, mais a capa da revista bate. Mais sai porrada na TV e nos jornais".

Entenderam? O discurso é da mais pura extração chavista. Caso o Brasil perca a batalha para Lula, dá para imaginar o que vem. Mesmo sabendo que há manifestações já marcadas pelos defensores do impeachment para o dia da votação na Câmara, provavelmente 15 de abril, convocou manifestações de rua.

Lula, este irresponsável, acha que ainda está nos estertores da ditadura, quando seus adversários de rua praticamente inexistiam, a não ser as forças militares, ou no impeachment de Collor, em 1992, quando, mais uma vez, só havia um lado se manifestando. Agora ele decidiu intimidar também o povo brasileiro.

Suas delinquências intelectuais não pouparam, mais uma vez, FHC. Contou: "Fomos tirados pela polícia em 1979 [do sindicato em São Bernardo]. Fui deitar às 2 horas. Quem veio me fazer uma visita foi o cientista político Fernando Henrique Cardoso. Ele me disse: 'Não tem como a polícia invadir aqui'. Foi embora, e a polícia invadiu. Significa que nem todo cientista político tem a precisão das palavras. Eu poderia falar como Tite: fala muito, Fenando".

É nojento! Até porque é bom que se saiba: FHC correu bem mais riscos do que Lula no período do golpe e teve punição mais severa: foi cassado pelo AI-5. A história, como a conta o petista, faz supor que FHC fez corpo mole diante da ditadura. Trata-se de uma mentira abjeta.

Ao lado de chefão do PT, que falava como presidente "de facto", Gilmar Mauro, líder do MST, ameaçou o país com o caos caso haja impeachment.

Eis a democracia segundo a entende Luiz Inácio Lula da Silva.

Atenção! Quem viveu sabe, e eu vivi. Lula não falou essa linguagem nem nos estertores do regime militar. Este senhor, para ameaçar a democracia, está tendo a coragem que não teve para ameaçar a ditadura.
Reitero o que já escrevi: ou Lula se verga ao Estado de Direito, ou o Brasil se ajoelha diante do seu tirano
Herculano
05/04/2016 13:25
AP?"S LAVAR AS MÃOS, DILMA FARÁ SUMIR SABONETE, por Josias de Souza.

Ao terceirizar a Lula a operação de salvamento do seu mandato, Dilma compôs uma versão particular do mito de Fausto. Hipotecou a alma ao Tinhoso por um prazo estipulado. Em troca da perspectiva de continuar usufruindo da sensação de poder pelos dois anos e nove meses que lhe restam de mandato, a pseudo-presidente paga adiantado o alto preço da desmoralização.

Nesta sua fase, digamos, desinibida o governo democrático e popular de madame escandalizaria o ex-deputado Roberto Cardoso Alves, que formulou no governo Sarney a doutrina político-teológia baseada no princípio franciscano do "é dando que se recebe".

O Planalto acena com a hipótese de dar ao PP, partido com 32 filiados enrolados na Lava Jato, a pasta da Educação. E negocia com o mensaleiro Valdemar Costa Neto, em prisão domiciliar, a entrega ao PR da pasta da Agricultura ou equivalente.

Não é só: escancaram-se para as duas legendas as portas de acesso às diretorias, vice-presidências e presidências de instituições como Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco do Nordeste. O PSD do ministro Gilberto Kassab (SP) vai na rabeira, recolhendo as sobras.

No instante em que confiou a gerência do balcão a Lula, Dilma lavou as mãos. Ao permitir que o ex-presidente, agora na pele de ex-quase-talvez-quem-sabe-futuro-ministro, ofereça aos ratos os queijos finos do organograma estatal, Dilma parece decidida a fazer sumir o sabonete.

Lula e os demais operadores do governo executam seus papeis com tamanha competência e probidade que Dilma merece ser condenada à perda do mandato. Perdeu-se ao longo dos 13 anos de poder petista um elemento essencial na política: o recato.
Fabiano
05/04/2016 12:52
Vocês estão louco .A Andréia nem vice tem , sobrou só o Marizia pra ela . O Lovidio tá morto. É o Brick pior ainda . Pmdb neles
Sidnei Luis Reinert
05/04/2016 12:33
LULA ESTÁ COMETENDO NOVOS CRIMES

Brasil 04.04.16 19:48
O Antagonista ouviu de um integrante da AGU que Lula está cometendo novos crimes ao liderar em Brasília o feirão de cargos e benefícios para impedir o impeachment de Dilma.

Os crimes cometidos por Lula:

- Tráfico de influência, por solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si e para Dilma, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir na votação do impeachment.

- Usurpação de função pública, por exercer, de forma ilegal e criminosa, a função de ministro-chefe da Casa Civil, quando está proibido por decisão judicial do STF, na liminar deferida por Gilmar Mendes.

- Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito, pois está em claro descumprimento da liminar do Ministro Mendes.

O que o MPF está esperando para pedir a prisão em flagrante de Lula?

http://www.oantagonista.com/posts/lula-esta-cometendo-novos-crimes?platform=hootsuite
Herculano
05/04/2016 11:15
O BRASIL DÁ ADEUS A LULA, por Marco Antonio Villa, no jornal O Globo

Parte 1

Ele sabe que, desta vez, como se diz popularmente, a crise não vai acabar em pizza. Vai terminar em sushi


Assistimos aos últimos dias do projeto criminoso no poder. O país padeceu durante treze anos de uma forma de ação política que associou o velho coronelismo tupiniquim ao leninismo - e com toques de um stalinismo tropical, mais suave, porém mais eficaz. Ainda não sabemos - dada a proximidade histórica - quais os efeitos duradouros deste tipo de domínio que levou à tomada do aparelho de Estado e de seus braços por milhares de funcionários-militantes, que transformaram a ação estatal em correia de transmissão do projeto petista, criminoso em sua ação e devastador na destruição do patrimônio nacional.

É nesta conjuntura - a mais grave da história do Brasil republicano - que as nossas instituições vão ser efetivamente testadas. Até o momento, uma delas, o Supremo Tribunal Federal, ainda não passou no exame. Muito pelo contrário. Inventou um rito de impeachment que viola a Constituição. Sim, viola a Constituição. Deu ao Senado o "direito" de votar se aceita a abertura de processo aprovada pela Câmara, o que afronta os artigos 51 e 52 da Constituição. E interferiu até na composição da comissão processante da Câmara. Pior deverá ser a concessão de foro privilegiado e, mais ainda, do cargo de ministro Chefe da Casa Civil a Luís Inácio Lula da Silva. Caso isso ocorra ?" e saberemos nesta semana - o STF deixará de ser um poder independente e passará a ser um mero puxadinho do Palácio do Planalto, uma Suprema Corte ao estilo da antiga URSS.

Ainda na esfera do STF, causa preocupação o seu protagonismo em um processo estritamente político como é o impeachment. Não cabe à Suprema Corte decidir o andamento interno e o debate congressual do impeachment. O STF não pode, em nenhuma hipótese, se transformar no Poder Moderador ?" de triste memória, basta recordar os artigos 98-101 da Constituição de 1824. E nem desempenhar o papel que o Exército teve nas crises políticas desde a proclamação da República até a promulgação da Constituição de 1988. Em outras palavras, o STF não pode ser a carta na mão de golpistas, que a colocam na mesa quando estão correndo risco de derrota. Judicializar o impeachment é agravar ainda mais a crise e jogar o país no caos social e político.

A solução do impasse político é no Parlamento - e com a participação das ruas. A manifestação de 13 de março - a maior da história do Brasil ?" impediu uma saída negociada do projeto criminoso do poder. O sinal das ruas foi claro: fora Dilma e Lula na cadeia. A estas duas palavras de ordem, as ruas reforçaram ainda mais a necessidade imperiosa de continuidade da Lava-Jato até o final. O impulso popular levou o PMDB a mudar radicalmente de posição, basta recordar a dúbia decisão tomada a 12 de março - de independência - e a meteórica reunião de 29 de março, quando rompeu com o governo.
Herculano
05/04/2016 11:14
O BRASIL DÁ ADEUS A LULA, por Marco Antonio Villa, no jornal O Globo

Parte 2

A participação das ruas na política brasileira inaugurou um novo momento na nossa história. É incrível o desinteresse da universidade em estudar o fenômeno representado, entre outros, pelos movimentos Vem pra Rua e Brasil Livre. Ao invés de enfrentar este desafio interpretativo, os docentes das instituições públicas organizam atos e manifestos em defesa de um governo corrupto, antibrasileiro e criminoso. É a apologia ao crime ?" e paga com dinheiro público.

A resposta do projeto criminoso de poder foi pífia. Tentou de todas as formas organizar manifestações para demonstrar que ainda domina as ruas e tem apoio popular. Fracassou. Mesmo utilizando-se de fartos recursos públicos, de partidos políticos, centrais sindicais pelegas e contando com setores da imprensa para inflar o número de participantes. Pior foram os comícios realizados no Palácio do Planalto. Nunca a sede do Executivo Federal assistiu aos tristes espetáculos de incitação à violência, de ameaça à propriedade privada e ao rompimento da ordem legal. E contando com a conivência de Dilma. Lula, o presidente de fato, optou por permanecer em uma suíte de hotel, em Brasília, de onde governa o Brasil, como se a ficção dos clássicos da literatura latinoamericana ?" "A hora do bode", de Mário Vargas Llosa, entre outros ?" fosse transformada em realidade.

Neste momento decisivo da vida nacional é necessário evitar cair nas armadilhas produzidas à exaustão pelo projeto criminoso de poder. Num dia insinuam que adotarão o Estado de Defesa (artigo 136 da Constituição), noutro que vão antecipar a eleição presidencial, depois que contam com um número confortável de deputados para impedir a abertura do processo de impeachment, ou que o Senado vai rejeitar a decisão da Câmara. E mais: que a saída de Dilma vai produzir uma grave crise social. Falácias. É o desespero, pois se avizinha ?" ainda neste mês ?" a derrota acachapante do petismo.

A hora do acerto de contas político está chegando. Manter o respeito à lei, à ordem e à Constituição é essencial. Lula - que é quem, de fato, vai ser "impechado" - agirá para desestabilizar o processo democrático, como se fosse um general abandonando território conquistado. Destruirá o que for possível destruir. Não deixará pedra sobre pedra ?" daí a necessidade da sua prisão, pois solto coloca em risco a ordem pública, desrespeita as instituições e ameaça o país com uma guerra civil. Quer transformar a sua derrota em um cataclismo nacional. Não vai conseguir. A desmoralização da política não pode chegar ao ponto de dar a ele o direito de decidir que vai incendiar o país. Ele sabe que, desta vez, como se diz popularmente, a crise não vai acabar em pizza ?" ou na rota do frango com polenta, em São Bernardo do Campo. Vai terminar em sushi
Herculano
05/04/2016 11:10
"ERRO HISTORICO?!, por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S. Paulo

A estratégia do governo de transformar Michel Temer de vitrine em vidraça para evitar o impeachment está ficando no meio do caminho: o suficiente para aumentar as resistências a uma transição com Temer e o PMDB, mas não o bastante para que o País e seus atores políticos resignem-se em simplesmente manter Dilma Rousseff, o PT e a crise que carregam. A estratégia pode desembocar numa terceira opção: a antecipação das eleições.

Essa é a bandeira que a Rede Sustentabilidade lança hoje em torno de Marina Silva, ela mesma um "tertius" entre o "Fora Dilma" e o "Fica Dilma" e também entre PT e PSDB. O partido e sua líder não estão falando sozinhos. Têm apoio de setores do Congresso, da mídia e da sociedade. O próprio senador Valdir Raupp, do PMDB, defendeu a mesma coisa.

Sinal de que as forças políticas ainda não conseguiram construir saídas para a profunda e já longa crise do Brasil, com milhões de empregos ?" logo, de famílias ?" afundando. Aliás, sem que a CUT, uma das principais centrais trabalhistas, peça satisfação a Dilma nos palanques diários do Planalto ou vá às ruas gritar por emprego e renda. Muito menos se ouve de artistas, juristas, estudantes e líderes do campo que dizem amém ao PT uma única palavra em defesa do trabalhador. Nem da Justiça, da Lava Jato, do juiz Sérgio Moro, símbolos de tudo o que o PT pregava e jogou pelas janelas dos palácios, estatais, fundos de pensão, navios-sonda...

Sem a costura de consenso pelas forças políticas de centro, de esquerda, de direita, o impeachment não ata nem desata, a sociedade não vê luz no fim do túnel e as ideias e alternativas amontoam-se sem consequência. A mais nova é justamente a de novas eleições, que teria, inclusive, simpatia de ministros e palacianos. Mas é preciso acertar antes com os adversários. Ou melhor, com a adversária. Se Dilma jura que não vai renunciar, porque admitiria reduzir o mandato? Renunciar e encurtar o mandato dão no mesmo.

O governo, portanto, continua lutando, esperneando. Ontem, o ex-ministro anti-Lula e atual advogado-geral pró-Dilma foi à Comissão do Impeachment com uma peça de 200 páginas e um bom desempenho oral. Enquanto Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal falaram na semana passada como juristas e professores que são, José Eduardo Cardozo portou-se como político que é. E o plenário ali é político, como o telespectador em casa é suscetível ao gestual e a uma profusão de adjetivos. Foi a eles que Cardozo se dirigiu.

Ele falou em "absoluta invalidade do procedimento", "estabilidade indispensável, insubstituível", "excepcionalidade extrema" e disse que, sem crime de responsabilidade que seja "um atentado, uma violência, um ato extremo, uma ruptura", Dilma não pode ser afastada. "Impeachment não é um mero processo político. Isso é um erro primário, grosseiro", acrescentou, bradando o grito de guerra do PT: "Sem os pressupostos, é golpe de Estado, sim!".

A tática de confrontar Eduardo Cunha, um alvo fácil, e de polemizar com o vice Michel Temer, alternativa a Dilma, também nortearam a fala de Cardozo. Ele acusou Cunha de "desvio de poder" por aceitar o pedido de impeachment e reforçou as dúvidas que pairam sobre uma transição com Temer: "Uma ruptura tensionadora, conflituosa, faria nascer um governo sem legitimidade. Dificilmente um governo nascido assim terá êxito".

Quem ouviu Cardozo sobre impeachment, crime de responsabilidade e riscos de uma transição com Itamar, ops!, Temer, só pôde chegar a uma triste conclusão: Fernando Collor é tudo o que o País inteiro sabe e a PF e o MP ainda hoje confirmam, mas não poderia ter sido deposto um quarto de século atrás. Se o impeachment político de Dilma seria um "erro histórico", o de Collor também foi. Por uma Fiat Elba?!
Herculano
05/04/2016 11:04
PORTA DOS FUNDOS NO FUNDO DA FOSSA, por Kim Kataguiri, um dos líderes do Movimento Brasil Livre, no jornal Folha de S. Paulo

O canal de humor "Porta dos Fundos" lançou, na última sexta-feira (2), um vídeo chamado "Delação". Ele gerou revolta no público do canal, que perdeu centenas de milhares de inscritos. Confesso que o achei muito divertido, provavelmente o mais engraçado que se fez por lá. A graça não estava nas "piadas", mas no fato de seus autores acreditarem ter feito humor quando, na realidade, praticaram panfletagem política de boteco.

Na esquete, um policial federal é interpretado por Gregório Duvivier, humorista especializado em fazer rir com suas posições políticas e seus textos "poéticos". O policial interroga um político, interpretado por Fábio Porchat, e o pressiona até obter uma citação caricata do nome de Lula. O espectador é levado a concluir que a investigação é tendenciosa e que não há fundamento para prender Lula.

É evidente que o vídeo trata da Operação Lava Jato. E é igualmente evidente que ele só não foi mais específico para que os autores tenham como defesa um discurso infantiloide do tipo: "Não tinha nada a ver com a Lava Jato, mas se a carapuça serviu..."

O vídeo demonstrou a profunda ignorância de Porchat, que escreveu o roteiro, sobre o esquema do petrolão e sobre o mecanismo da colaboração premiada. É fato que a maioria dos delatores mencionou principalmente políticos do PT e da base aliada, mas insinuar que isso é sinônimo de partidarismo dos investigadores ou do juiz Sergio Moro é uma canalhice tremenda.

A Operação Lava Jato investiga o esquema de corrupção na Petrobras. A essência do esquema é utilizar dinheiro público para manter base parlamentar. A quem interessa comprar deputados e senadores por intermédio de propina para governar? Obviamente, interessa a quem governa. A própria natureza do esquema torna obrigatório o protagonismo do Poder Executivo. E quem comandou este Poder durante os últimos anos foi o PT. A consequência lógica desses fatos é que as revelações das investigações necessariamente implicarão, em sua maioria, nomes do PT ou da base aliada.

Outro ponto absolutamente mentiroso do vídeo é o de que citações sem embasamento podem dar margem a mandados de prisão. O artigo 4º da lei 12.850/2013, que prevê a colaboração premiada, exige que a colaboração seja efetiva. O que significa que, para valer, deve resultar na identificação de cúmplices e dos crimes por eles praticados, na revelação da estrutura e funcionamento da organização criminosa, na prevenção de novos crimes, na recuperação dos lucros obtidos com a prática criminosa ou na localização de eventual vítima com sua integridade física assegurada. Ou seja, não basta citar o nome de qualquer um sem apresentar prova ou conexão com o esquema.

Na Roma antiga, era comum que profissionais do humor fizessem piada dos césares, muitas vezes até na presença dos mesmos. No Brasil contemporâneo, o humor mainstream é governista. Em vez de tirar sarro, puxa o saco. Já as instituições, a democracia, que deveriam ser defendidas daqueles que a querem usurpar por meio da propina, são desrespeitadas com tentativas de piada.

Fábio Porchat e todos os responsáveis pelo canal "Porta dos Fundos" devem um pedido de desculpas à Polícia Federal, à Justiça e a toda sociedade brasileira. Chamar de canalhas aqueles que trabalham numa operação que se tornou símbolo do funcionamento e da independência das instituições brasileiras é um tapa na cara da República.

As democracias garantem o direito de as pessoas serem idiotas. Mas um pedido de desculpas é a mínima demonstração de bom senso que tem de ser dada quando tamanha boçalidade é propagada por pessoas públicas.
Herculano
05/04/2016 09:47
O QUE ACONTECEU NO BELCHIOR ONTEM A NOITE. JÁ ESTAMOS EM CAMPANHA POLÍTICA.

Para não me alongar, pois o comentário já fiz às 7.24, em "prefeito de Gaspar discrimina morador do Belchior", publico o que rola no youtube e é líder de audiência. Cole, acesse e conclua.

https://youtu.be/UIep9ZUUYhE
IP 186.224.203.66
Valmor
05/04/2016 09:30
Bom dia povo de Gaspar.
Herculano, não é privilégio de Gaspar usar a máquina pública para se beneficiar numa eleição. Quase todas as prefeituras fazem isso, uns mais outros menos. Por isso teria que ter um jeito de impedir isso. Imagina só, uma prefeitura cheia de cargos comissionados "cabos eleitorais", máquina e dinheiro na mão, olha a vantagem que tem um candidato do prefeito contra seus adversários, com meia dúzia de pessoas pedindo votos. Como acabar com esse vício que é viver da política??? Tem que ter uma solução para esse mal, as pessoas que vivem da política vão fazer de tudo para não perder a bocada, e pior, tudo bancado com nosso dinheiro. Abraço a todos e reflitam o que queremos deixar no futuro para nossas crianças.
Juca Quifura
05/04/2016 08:58
Ao
Fabiano Gonçalves

Ia esquecendo, vamos salvar Gaspar do PMDB, PT, PSD, PDT, PRB, PC do B, vamos salvar Gaspar mesmo, pode ter certeza.
Mamando na Teta
05/04/2016 08:54
Kléber para prefeito??? estão de brincadeira...está mamando no governo a 4 anos e nem aparece em Gaspar. No dia do protesto que era para estar junto do povo gasparense onde estava??? Na escadaria é que não.
Maior enganação é ele ser candidato a prefeito, até porque não seria prefeito e sim um fantoche do PMDB.
esquece kléber, gabinete ou fica o Pt ou Psdb. Restante é só para cagar o terreiro nas eleições.
Juca Quifura
05/04/2016 08:51
Ao
Fabiano Gonçalves

Tens toda razão, temos que salvar Gaspar. Salvar de vocês do PMDB, é só se lembrar das duas últimas vezes que governaram Gaspar, um foi cassado e o outro, bem o outro todos se lembram. Sim, vamos salvar Gaspar do PMDB.
Herculano
05/04/2016 08:22
DILMA S?" CONTA COM 10 DOS 68 VOTOS DO PMDB, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O Palácio do Planalto mapeou os votos favoráveis ao impeachment na bancada do PMDB. Pelos cálculos tabulados pela própria presidente Dilma Rousseff, na projeção mais otimista, ao menos 58 dos 68 deputados federais do PMDB tendem a votar favoravelmente ao impeachment. Ela ainda mantém a esperança de contar com os votos de dez deputados do partido do vice-presidente Michel Temer.

MAPEANDO OS ALIADOS
Dilma conta nos dedos os seus apoiantes, como os ministros indicados pelo líder do PMDB, Leonardo Picciani, que só têm os próprios votos.

GOVERNISTAS DIVIDIDOS
A situação de Dilma é delicada. No governista PP, quase metade da bancada, ou 22 dos 51 deputados, manifesta opção pelo impeachment.

POSIÇÃO UNÂNIME
No PRB, outro partido que era aliado de Dilma até há dez dias, os 21 deputados federais tendem a votar em favor da destituição de Dilma.

NA PONTA DO LÁPIS
Hoje, 261 dos 513 deputados garantem que votam a favor da abertura do impeachment, enquanto 117 que se dizem contrários.

PETROBRAS AMEAÇA OUTRO MAU NEG?"CIO NA ARGENTINA
Enrolada na maior crise da História, a Petrobras está prestes a fazer mais um negócio esquisito: a venda a preço de banana dos ativos que restaram na Argentina. Fechou negociação exclusiva com a Pampa Energia para vender, no mesmo pacote, 30 blocos exploratórios, uma refinaria, quase 300 postos de gasolina e participações em térmica, hidrelétrica e petroquímicas. Tudo por US$ 1,2 bilhão, o exato valor (superfaturado) que pagou só pela refinaria de Pasadena (EUA).

IMPACIÊNCIA
Analistas de mercado dizem que a Petrobras deveria vender os ativos na Argentina em seis meses, porque a expectativa é de valorização.

OUTRO MAU NEG?"CIO
Este será o segundo mau negócio da Petrobras na Argentina: em 2010, vendeu por U$ 110 milhões uma refinaria e mais de 360 postos.

SONEGAÇÃO
Dono de cassino, Cristóbal Lopes, hoje em declínio, foi o comprador da refinaria e dos 360 postos. Teria usado dinheiro sonegado de impostos.

PRESIDENTE TARJA PRETA
Ao revelar em sua edição que está nas bancas que a presidente Dilma está fora da casinha e até toma remédio tarja preta, a revista IstoÉ deu força a governistas e oposicionistas que defendem parlamentarismo já.

DONA MARIA MODERNA
Na Câmara, nesta segunda, tinha deputado parlamentarista, que gosta de História, chamando a presidente Dilma de "Rainha Dona Maria", numa referencia à mãe de Dom João VI, a Tresloucada da Silva Xavier.

DESVIO DE FUNÇÃO
A Lei da Advocacia Geral da União (AGU) não prevê a defesa do presidente da República. Segundo o texto, a AGU tem como função defender a União. Crimes só podem ser cometidos por pessoas.

A MENTIRA DOS 'JURISTAS' DO PT
Citado entre "juristas" de Dilma contra o impeachment, o reverenciado constitucionalista Paulo Bonavides ficou sabendo da mentira pelos jornais. Naquele dia 22, ele estava em São João do Sabugi, alto sertão potiguar. E lembra que o impeachment consta da Constituição.

TOSTÃO FURADO
O ex-presidente Lula não concorda com o esforço do Planalto para manter Kátia Abreu no Ministério da Agricultura. Diz que ela não garante nem o voto do filho, o deputado Irajá Abreu (PSD-TO).

HOMENAGEM NO TSE
Único a presidir o Tribunal Superior Eleitoral por três vezes, o ministro Marco Aurélio será condecorado nesta terça-feira (5) pelo presidente da corte, ministro Dias Toffoli, e terá foto na galeria de ex-presidentes.

ROMPIMENTO INCERTO
O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) entrará na Justiça, nesta terça, para garantir a convenção do PP que definirá o rompimento do partido antes da votação do impeachment no plenário da Câmara.

FIM DO ATESTADO
O ministro Gilberto Occhi (Integração Nacional), indicado pelo PP, já se prepara para deixar o cargo. O governo pretendia dispensá-lo há tempos. O ministro ocupará um cargo na Caixa Econômica Federal.

PERGUNTA NA CÂMARA
Advogado Geral da União pode ser acusado por quebra de decoro, no caso de contar lorotas na comissão do impeachment
Herculano
05/04/2016 08:19
SEM SAÍDA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

É fácil ver o quanto o governo Dilma Rousseff (PT) tem-se esforçado, nos últimos dias, para tentar evitar o impeachment. Difícil, contudo, é conceber o que a presidente pretende fazer caso permaneça no Palácio do Planalto.

O Ministério da Saúde, por exemplo, virou simples moeda para comprar apoio no Congresso, como se a pasta fosse desimportante e como se o país não enfrentasse epidemias virais graves ?"zika, dengue, chikungunya e gripe H1N1.

Tendo em mente apenas o objetivo de salvar a presidente, palacianos também rifam o Ministério da Educação, uma cenoura em tese capaz de atrair o PP ?"agremiação, não custa lembrar, campeã em aparições na Operação Lava Jato.

Pouco importa que o peemedebista Marcelo Castro (Saúde) e o petista Aloizio Mercadante (Educação) não se confundam com sumidades em suas áreas. Se perderem os cargos que ora ocupam, não terá sido pela falta de bons serviços à nação, e sim como consequência de um loteamento político que afeta mesmo as pastas mais relevantes.

A ausência de escrúpulos, naturalmente, não se manifesta somente no primeiro andar da administração. No segundo e no terceiro escalão, sobram cargos para o governo distribuir a futuros aliados.

Consta que articuladores do PT têm oferecido vagas nos Estados a que pertencem deputados federais de menor visibilidade, sejam integrantes do chamado "baixo clero", sejam parlamentares baseados nos grotões do país.

Dá-se preferência àqueles do Norte e do Nordeste, onde a presidente teve melhor desempenho eleitoral. Imagina-se que congressistas mais distantes das grandes cidades sentirão menos pressão pelo impeachment ?"movimentos anti-Dilma têm patrulhado políticos que não se juntam à oposição.

A manobra inclui a participação do ex-presidente Lula. No sábado (2), ele se reuniu em Fortaleza com dez integrantes de siglas como Pros, PTN e PDT. O petista também almoçou com governadores do Nordeste e, uma semana antes, encontrou-se com deputados de Alagoas, Pernambuco e Pará.

Pelas contas do governo, trata-se de conquistar cerca de 40 congressistas para chegar a 172 e com isso impedir que a oposição alcance os 342 votos necessários para encaminhar o processo de impeachment ao Senado. Em torno de 150 deputados se dizem indecisos.

O mais provável é que a taxa de indecisão se mantenha elevada até o momento da votação. Ao longo dos próximos dias, portanto, o Planalto fará de tudo para selar novas alianças, aviltando-se mais e mais. Caso sobreviva ao impeachment, o governo Dilma Rousseff sairá desse processo ainda menor.
Fabiano Gonçalves
05/04/2016 07:54
Vocês estão de brincadeira.A Andreia Nagel vai fechar a porteira . A eleição de prefeito já está decidida. É Kleber é Pmdb é 15
Herculano
05/04/2016 07:24
PREFEITO DE GASPAR DISCRIMINA MORADOR DO BELCHIOR

Está nas redes sociais e já a notícia acessada por milhares de pessoas. Aconteceu ontem a noite.

O fato. Estava se realizando a reunião do Orçamento Participativo no bairro com forte presença do staff da administração e do PT. O Orçamento é uma peça de propaganda do PT, desgastada, e perambula pelo município como tal. A plateia, na maioria dos casos, é uma claque de servidores comissionados que vai junto e é maioria nesses eventos.

Pois bem. O prefeito Pedro Celso Zuchi, estava lá. (esteve ausente, com o mesmo staff que estava lá ontem na Audiência Pública que discutiu a absurda troca de nome da localidade).

E num determinado instante, identificou entre os presentes, Paulo Filippus, morador do bairro, membro do Movimento Brasil Livre de Gaspar e que organizou os protestos contra a corrupção, e que mais recentemente, nas redes sociais, mobilizou a comunidade contra a troca de nome da localidade na passagem para Distrito desejada pela comunidade há décadas. Zuchi e o PT pretendiam trocar o nome do Belchior por prefeito Tarcísio Deschamps.

Segundo o Paulo e a sua postagem no facebook, o prefeito Zuchi teria durante a reunião, apontado para ele, sem mais, nem menos, sem ele ter dito até então uma palavra que motivasse o ataque: "um blumenauense ali". O tempo fechou. Paulo Filippus filmou e postou. E aproveitou para registrar o segundo boletim de ocorrência contra o prefeito Zuchi.

1. O tal Orçamento Participativo não é para discutir com os moradores a sua aplicação prioritária, independente da origem ou nascimento das pessoas? Paulo Filippus mora no Belchior. Então há discriminação e odiosa.

2. O PT não se diz um partido popular, plural, aberto a ideias? Então qual a razão para excluir pessoas com as quais o PT diz não concordar? O PT é assim. O discurso é outro. Na prática, persegue, discrimina, impõe e exclui. Aqui não seria diferente.

3. Este gesto é de um claro intolerância e constrangimento.

4. O PT erra mais uma vez. Quando perseguiu Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, por ela ser uma vereadora combativa e fiscalizadora, a tornou conhecida, elegível e adversária a ser considerada. Agora, está se sucedendo o mesmo com o Paulo Filippus. Tornou-o conhecido e o colocou como portavoz do povo do Belchior.

5. O PT e as duas faces da incoerência. No caso do Orçamento Participativo, reserva uma migalha para discutir com o povo a sua aplicação - que nem sempre acontece -, mas nem todos são provo, pois neste caso exclui quem ele não tolera. Outra. A mesma disposição para discutir com o povo, o PT de Gaspar não teve no caso da troca de nome do bairro, que quis fazer na surdina e impor a todos. A comunidade reagiu. Acorda, Gaspar!
Almir ILHOTA
05/04/2016 05:00
Herculano, felizmente hoje termina na rede globo o bbb16, só lá pois aqui em ILHOTA, mas precisamente no paço municipal nossos servidores continuando sendo vigiados em tempo real, nunca se viu tanta humilhação e pressão, pois foram instaladas câmeras para monitorar os passos de alguns servidores, em que ao se ausentarem das salas e dependendo com quem conversam. sai o fiel escudeiro de Daniel, seu chefe de gabinete o Alisson atrás do funcionário e os reprime. Estive ontem em nossa prefeitura e da para sentir o clima de velório no rosto dos servidores, ao perguntar o que estava acontecendo a um deles, me relatou que estão assim por conta dos péssimos salários que estão recebendo, sem horas extras, função gratificada, falta de valorização. Mas uma das bandeiras falsas deste governo é o grande aumento que concedeu ao funcionalismo, só balela, pois na pratica a atitude deles é outra. E aliás a data base dos funcionários do magistério passou para janeiro, e até agora nada de projeto de reajuste salarial. e em maio, ou seja no mês que vem é a data base dos demais servidores, quando será e quanto será o reajuste dos trabalhadores, que labutam diariamente para manter minimamente nossa cidade funcionando?
Lesma Zúque
04/04/2016 22:47
Vai ganhar as eleições nos bastidores, com a mesma fórmula que emprega para salvar Dilma Vana Rousseff.
Isso quer dizer compra de votos????
Fabiano Alves
04/04/2016 22:20
Vai nessa maluco, Kleber o da teta governamental, só fez isso na vida, vai levar uma surra das grandes e da Andreia....
Herculano
04/04/2016 21:58
DEFESA DE CARDOZO INJETA LEGALIDADE NO "GOLPE", por Josias de Souza

A presença do ministro José Eduardo Cardozo (Advocacia da União) na comissão que trata do impeachment na Câmara criou uma modalidade sui generis de golpe de Estado: o golpe com direito de defesa. Além de ser o portador da defesa escrita de Dilma Rousseff, Cardozo fez a defesa oral da presidente. Ao final, repetiu o mantra do governo. O afastamento de Dilma, disse o ministro, seria um "golpe". Nessa versão, o Brasil só será uma República respeitável se Dilma for salva.

Cardozo é advogado de formação e também ex-deputado federal. Cumpriu bem o seu papel. No campo jurídico, disse que Dilma não pode ser afastada porque não cometeu crime de responsabilidade. Na seara política, constrangeu o PSDB, tachou de ilegítimo um eventual governo de Michel Temer e caracterizou o processo como uma vingança de Eduardo Cunha.

Sobre o tucanato, Cardozo repetiu que Dilma não fez em matéria orçamntária nada que FHC também não tivesse feito. Acrescentou que prefeitos e governadores também deram suas "pedaladas". Citou Geraldo Alckmin. Insinuou que, se Dilma for impedida, Alckmin também terá de ser apeado do poder. O que seria "um absurdo", já que o governador também não praticou ilegalidade.

Sobre Temer, Cardozo insinuou que um governo nascido de uma violência constitucional "não teria legitimidade" para governar o país. Faltariam segurança jurídica e respeito da comunidade internacional. De resto, o afastamento de Dilma, sem fundamento legal "jamais será perdoado pela história", disse.

Sobre Eduardo Cunha, o ministro afirmou que o presidente da Câmara desengavetou o pedido de impeachment por "vingança", não para cumprir a Constituição. Sustentou que o deputado só agiu depois que Dilma se negou a providenciar os votos que o ajudariam a arquivar o pedido de cassação do mandato que corre contra ele no Conselho de Ética da Câmara.

Nesse ponto, Cardozo fabricou uma verdade que não corresponde aos fatos. Se dependesse de Dilma, o PT teria socorrido Cunha no Conselho de Ética. O partido é que, na última hora, decidiu não entregar os votos, empurrando a caneta de Cunha para o confronto. Quer dizer: se o PT tivesse tapado o nariz, como faz com Renan Calheiros no Senado, Cunha ainda seria um inimigo cordial do governo.

A despeito de toda a habilidade de Cardozo, a defesa de Dilma a essa altura importa pouco. Os deputados que ainda não definiram seus votos prestam mais atenção no balcão aberto no Palácio do Planalto do que nas palavras do ministro e nas duas centenas de folhas levadas por ele à Câmara. A permanência da presidente no cargo depende do sucesso dos golpes que o governo desfere contra a moralidade e o interesse público.
Fabiano Gonçalves
04/04/2016 21:34
Boa noite.Lovidio , Brick e Andreia juntos não fazem nem a metade dos votos do Kleber . Deu pra eles. É 15 na cabeça para salvar Gaspar.

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.