Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

03/06/2016

O DILEMA DO PT I

A coluna “Estadão” do jornal O Estado de S. Paulo teve acesso à pesquisa interna do PT e relatou o seguinte: “O fim do PT estará mais próximo do que se imagina. Em 2012 fez 619 prefeituras [incluindo a de Gaspar]. Hoje só tem 500 [devido à debandada dos petistas de ocasião]. Mas, o que se esconde e a coluna teve acesso são estas revelações assustadoras: só 7% das prefeituras do Sul e Sudeste e 8% do Nordeste vão continuar nas mãos do PT”.

DILEMA DO PT II

O deputado Décio Neri Lima, dono do PT de Gaspar, já desistiu de Blumenau e está muito próximo de desistir de ser candidato em Itajaí, para onde correu. Tudo por conta do clima nacional que o inviabiliza, ainda mais que ele sempre se apresentou ao eleitorado como o melhor amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Décio está muito próximo de dedicar de corpo e alma com a sua mulher, a deputada Ana Paula Lima, PT, à campanha de Gaspar, para que a pesquisa nacional do PT, mencionada pelo Estadão, não seja mais frustrante ainda. E não foi à toa que Décio apareceu com a mulher – do nada e por aqui anunciando na imprensa - como liberada, o que já tinha se noticiado pelo PT e o prefeito daqui, Pedro Celso Zuchi, há meses, de uma parte da verba da ponte do Vale.

DILEMA DO PT III

Como se vê, a então poderosa e imbatível máquina do PT de Gaspar, agora vai se agarrar em qualquer galho. Só falta a gasparense honorária Ideli Salvatti, ex-ministra e senadora, vir dos Estados Unidos e se engajar na campanha de grotão, porque nas metrópoles, onde há esclarecimento, o PT está se defendendo. O assunto é tão delicado que o PT de Gaspar abriu duas frentes. A primeira: está esperando a pré-candidata do PSDB, Andreia Symone Zimmermann Nagel escolher o vice (os outros já definiram), para só então, os petistas anunciarem o seu, numa ocupação estratégica. Na segunda: os petistas daqui armam uma nominata de vereadores para pelo menos – em caso de fracasso na eleição para prefeito com Lovídio Carlos Bertoldi e que já se licenciou da secretaria de obras - elegerem quatro vereadores e assim fazer uma frente de oposição a quem for eleito.

ONDE ESTÃO OS PEIXES?

Ilhota em Chama. Um boletim de ocorrência feito no dia 28 de maio dá conta de uma história bem estranha. Ela envolve o vereador Fabrício Pereira, PSDB, de Ilhota. Pelo boletim, ele teria levado, em duas caixas de água, que estavam num caminhão (foto), peixes de uma lagoa de uma propriedade particular. Mais. Pego em flagrante, na fuga, tocou o caminhão em cima de Rosangela Gervásio Ricardo, autora do BO.



TRAPICHE 

Na quarta-feira foi Dia da Imprensa. Foi dia dos 26 anos da primeira edição do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e de maior credibilidade. Foi noite de discutir no auditório do CDL, o papel da imprensa na consolidação da democracia. A audiência surpreendeu no número, na qualidade, pluralidade, bem como na amadurecida participação e interesse com o tema. 

A promoção e organização foi do jornal. Todavia, agradeço aos leitores e leitoras que foram conversar com o Gilberto Schmitt (fundador, proprietário e editor do Cruzeiro), o Joel Reinert (sócio, diretor e apresentador da 89,7 FM e de uma família pioneira no rádio catarinense) e comigo (o mais mortal de todos). Crescemos. Aprendemos. Amadurecemos.

O bate-papo foi franco. Sem professores, sem verdades definitivas ou hegemônicas, girou sobre a difícil relação de interesses da sociedade, dos leitores e dos veículos de comunicação. Conversa madura. Pessoas de cabeça aberta, curiosas e com opinião. 

Destacar um participante da conversa, seria injusto, pois na verdadeira democracia – algo utópico e que perseguimos – todos possuem a mesma importância, contudo em papéis diferentes. A maioria de todos nós é representada. E uma minoria, por nossa escolha, representa-nos na pluralidade política e de ideias que somos, nos fóruns de decisões.

 E a imprensa no seu papel fundamental registra, reporta, confronta e opina. Ela então retrata, retira paredes e coloca luz nas cavernas. E isto, às vezes afronta interesses, versões e ideias legítimas.

 “A previdência do servidor - Gasprev - é uma reivindicação antiga e ele não abre mão disso”, diz categórica a presidente do Sintraspug, Lucimara Rosanski Silva. “Retiramos a urgência do projeto na Câmara apenas para conhecê-lo melhor e os técnicos analisarem o que vai ser votado para o servidor”.

 O pessoal do PSDB está azedo com o PMDB de Gaspar, o que quer candidatura única contra o PT. Para enfraquece-la, espalha-se intencionalmente de que a pré-candidata Andreia Symone Zimmermann Nagel, teria concordado em desistir da candidatura por cargos na chapa peemedebista. “Nunca passou isto por minha cabeça”, protesta Andreia. “Tem gente que está com medo da disputa?”, questiona e ironiza.

 Outra do azedume. O PMDB depois de perder o histórico e ex secretário Renato Beduschi para o DEM, teria tido participação decisiva para que ele não fosse o vice de Andreia.

 A ajuda para esta decisão teve a mão do advogado Valmor Beduchi Júnior, que em 2000, com Luiz Carlos Nemetz, então próximo de Décio Neri de Lima, trouxe o PT para Gaspar.

 Veja esta. A prefeitura e o PT fazem gato e sapato há anos, os moradores do Loteamento das Casinhas de Plástico ali na BR 470. E o que apareceu na Câmara? A indicação 203/2016 dos vereadores Antônio Carlos Dalsochio, Daniel Fernandes dos Reis, Hamilton Graf e José Amarildo Rampelotti, todos do PT de Pedro Celzo Zuchi.

 E o que eles pediram? Comício. “Determinar à Secretaria competente, realizar uma reunião com a comunidade na localidade do Loteamento conhecido como Arábia e moradores da Rua Carlos Alberto Schramm, após ser lançado o edital de licitação da pavimentação e urbanização do loteamento e pavimentação da rua”.

 Outra das soluções oportunistas em ano de eleições. O vereador Antônio Carlos Dalsochio, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, fez uma indicação propondo que o espaço da antiga do Posto de Saúde do Bairro Figueira, seja utilizado pelo Conselho de Saúde do bairro.

 O vice-presidente da Associação de Moradores, Jean Leandro, gostou, mas estranhou o “presente de grego” da prefeitura. “Gostaria de lembrar”, escreveu ele para a coluna, “que a sede do antigo posto está condenada, com risco de desabamento da cobertura e várias rachaduras nas paredes”. Ai, ai, ai.

 Tudo torto. O prédio foi doado pelo governo do Estado por meio da Cohab para ser sede da Associação de Moradores da Cohab. Como no bairro não havia Posto de Saúde, e na época a prefeitura não tinha dinheiro para construí-lo, os moradores da Cohab assinaram uma doação daquela sede da Associação para a prefeitura, que a escriturou.

 Para Jean Leandro, “se for para a comunidade utilizar o espaço do antigo Posto de Saúde, a prefeitura que agora é dona do imóvel, deveria entregá-lo em condições de uso, porque no dia em que foi feita a doação para a prefeitura, o prédio estava em condições de ser utilizado e como está, coloca em risco as pessoas”. Vergonha. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1752

Comentários

Herculano
06/06/2016 17:14
VEM AÍ, COLUNA INÉDITA. AGUARDE
Herculano
06/06/2016 14:26
MEU, SEU, NOSSO, por Márcia Dessen, planejadora financeira pessoal, para o jornal Folha de S. Paulo

O casamento acabou. E chegou a hora de ter aquela conversa que nenhum casal gostaria de ter, para falar como serão repartidos os bens que acumularam durante o relacionamento. E não estou falando de discos, livros, fotos e pequenas lembranças compradas nas muitas viagens que fizeram juntos.

E o pior é que o momento não é nada bom para ter essa conversa. Os sentimentos estão à flor da pele, muita mágoa, culpa, ressentimentos, tristeza, sensação de fracasso, de perda, enfim, sem cabeça para pensar, racionalmente, na partilha de bens.

Como todo bom casal apaixonado, o mais provável é que não tiveram essa conversa antes do casamento. Nada a ver falar de separação antes de casar, não é? Então, mas essa é uma conversa mais do que necessária. Embora pouco romântica, pode poupar muito desgaste futuro. Vale a pena combinar tudo antes de o jogo começar, principalmente se já houver bens individuais, que pertencem a ele, a ela ou que foram comprados para os dois, embora ainda solteiros.

A REGRA

Se o casal deixar que decidam por ele, o regime de comunhão de bens será o de comunhão parcial de bens. E, nesse caso, o Código Civil diz o seguinte: o que é dele ou dela antes do casamento assim permanece. Somente os bens adquiridos e pagos durante o período do casamento serão de ambos.

Vale lembrar que os bens individuais provenientes de doação ou herança não se comunicam, ou seja, não compõem os bens do casal. Se uma pessoa casada vender um bem incomunicável e adquirir outro, ocorrerá a substituição (sub-rogação). Assim, o novo bem adquiri- do tem a característica da incomunicabilidade que pertencia ao bem anterior.

Recomendável documentar tudo para que não seja necessária a prova documental quando do divórcio ou do inventário. Na substituição de um imóvel, por exemplo, a escritura deve ter cláusula de sub-rogação que indica ter sido o novo bem adquirido com o dinheiro do antigo e permanece incomunicável. A escritura de compra deve ser assinada pelo cônjuge para atestar a veracidade dos fatos.

Detalhe importante e interessante: o bem é incomunicável, mas os frutos do bem não são! Significa que os aluguéis provenientes dos imóveis dele ou dela serão de ambos. Os dividendos de uma empresa que pertence a ele ou a ela serão de ambos. Considera-se "fruto" um rendimento que, ao ser pago, não diminui o valor do bem principal.

CUIDADO

Uma amiga minha deixou de ganhar cerca de R$ 500 mil na separação "amigável" que acaba de ser formalizada. Conto a história dela para que o exemplo sirva de alerta aos casais que estão seguindo pelo mesmo caminho.

Ela e o namorado, poucos meses antes do casamento, decidiram comprar um imóvel que viria a ser a residência do casal. O imóvel seria o primeiro bem do patrimônio comum constituído por ambos durante o casamento. Pelo menos foi isso que ela pensou.

Premeditadamente ou não, ele comprou, em nome dele, o apartamento financiado. Ele deu a entrada para a compra do imóvel; ela assumiu outras despesas relativas ao casamento, festa, vestido, enxoval, decoração do imóvel etc.

Na cabeça dela o apartamento era dos dois, meio a meio, porque, embora estivesse somente no nome dele, foi pago pelos dois na constância do casamento. Mas a data da compra deu a ele uma vantagem que ele soube aproveitar muito bem na hora da separação, mais de dez anos depois.

Ele se intitulou dono de 70% do imóvel. Ela, preocupada em proteger a si mesma, a filha e o relacionamento futuro de ambos, que será necessariamente mantido em razão da filha, não optou por uma separação litigiosa e acabou concordando com a proposta dele.

Faltou conversar sobre o assunto antes, na hora da compra, antes do casamento. E documentar a decisão. Esse pequeno cuidado teria evitado grandes dissabores e, no caso dela, importante perda financeira. Que ela há de recuperar em uma nova e mais experiente fase da vida
Herculano
06/06/2016 14:21
AO NOMEAR SUSPEITOS, TEMER JOGOU OLEO NA PISTA, por Josias de Souza

Desde que Michel Temer assumiu o volante, não há semana em que não seja obrigado a parar no acostamento. Já desembarcaram dois ministros: Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência). Nesta segunda-feira, achega-se à porta o terceiro: Henrique Eduardo Alves (Turismo) apalpou verbas sujas oriundas da Petrobras, informou ao STF o procurador-geral Rodrigo Janot.

Ao cercar-se de suspeitos e de seus prepostos, Temer jogou óleo na própria pista. Agora, derrapa constantemente num instante em que se esperava que exibisse um itinerário confiável. Em entrevista, o ministro Eliseu Padilha declarou: "Na Lava Jato, se aparecer alguém do governo, já se sabe qual a posição do presidente: é que a pessoa deixe a equipe."

Desse modo, acredita Padilha, o governo "não será atingido diretamente de nenhuma forma, fica preservado." O raciocínio de Padilha é manco e ilusório. É manco porque nos dois primeiros desembarques ficou evidente o desejo de Temer de proteger os auxiliares enrolados. É ilusório porque o governo já foi atingido. Ninguém nomeia tantos suspeitos impunemente.

Perguntou-se a Padilha: Qual será o legado do governo Temer??E o ministro: "?Sair do desajuste fiscal em que nos encontramos e contribuir para que a corrupção seja erradicada do serviço público."

De duas, uma: ou Temer guarda na gaveta uma agenda secreta que inclui o extermínio do seu PMDB ou a ideia de erradicar a roubalheira é apenas uma evidência do insuspeitado talento de Eliseu Padilha para a comédia. Agora mesmo, o governo articula a entrega do comando da Eletrobras a um apadrinhado de Renan Calheiros.
Herculano
06/06/2016 14:17
MEU DELATOR PREFERIDO, por Valdo Cruz, para o jornal Folha de S. Paulo

Dilma odiava delatores. Sarney, Jucá e Renan foram traídos por um, que passou a ser celebrado pela presidente afastada, mas que pode ser definitivamente impedida pelas revelações do delator-mor.

Quando não passava por sua cabeça ser afastada do cargo, Dilma, atormentada pelas revelações da Lava Jato, tascou em junho de 2015: "Eu não respeito delatores". Até ali, mantinha uma pose de que nada do petrolão chegaria perto dela.

Pois bem, de lá para cá o país foi sacudido por novas e novas delações. É bom dizer, não mostraram a petista enfiando dinheiro no bolso, mas apontaram que sua campanha de 2014 foi irrigada com propina.

Dilma ganhou motivos a mais para odiar delatores, mas esfregou as mãos de felicidade quando pintou na praça a delação de Sérgio Machado, aquele que traiu os amigos peemedebistas Renan, Jucá e Sarney.

A petista passou a ter seu delator preferido. Machado deixou em maus lençóis a turma de Michel Temer e a fez acreditar mais no impossível, voltar ao Palácio do Planalto.

A alegria da petista, porém, durou pouco tempo. Nos últimos dias, começou a vazar o conteúdo das revelações do delator-mor, Marcelo Odebrecht. Tudo indica que a campanha dilmista de 2014 vai ficar de vez encrencada com propina.

Será o argumento final para que até senadores que andavam meio reticentes decidam pelo impeachment final da presidente afastada.

O detalhe é que não deve ser apenas Dilma a cair. A nova safra de delação promete acabar com outras "boas" reputações. Se o mundo da política treme, o país agradece.

Enfim, como diria Dilma Rousseff, que por um instante até gostou de um, delator incomoda e atrapalha muita gente, mas detona principalmente quem tem rabo preso.

Quem não tem, com certeza, não chega a perder uma hora de sono. Só que insônia passou a ser um mal bastante comum nos gabinetes de Brasília. O inimigo mora ao lado.
Herculano
06/06/2016 14:15
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA

Só para os leitores e leitoras do portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais atualizado, o mais acessado e de maior credibilidade.
Herculano
06/06/2016 14:09
AMIGO DE DILMA VAI VIRAR 'CELEBRIDADE' NA LAVA JATO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

Principal homem de confiança de Dilma Rousseff no setor elétrico, o ex-diretor de Geração da Eletrobras Valter Cardeal é o maior implicado em irregularidades apontadas por auditoria independente, segundo fonte próxima à empresa. As investigações foram realizadas, no Brasil e no exterior, pela Kroll Associates, contratada por empresa americana que participou do caso. Cardeal deve virar "celebridade" na Lava Jato.

DEVASSA TOTAL
Para analisar o balanço da Eletrobras, a KPMG impôs a averiguação profunda dos problemas. Empresa parceira nos EUA contratou a Kroll.

RETRATO FALADO
Fontes oficiais dizem que a auditoria na Eletrobras encontrou de Valter Cardeal digitais, pegadas, odores e batom na cueca etc etc.

AMIGO EM APUROS
Dilma atuou nos bastidores tentando tirar de Sérgio Moro a corrupção do setor elétrico, para blindar o amigo Cardeal das investigações.

PESSOA CONHECE
O envolvimento de Cardeal na licitação fraudada da obra de Angra 3 foi revelado por Ricardo Pessoa, dono da UTC, em julho de 2015.

DILMA GASTOU R$ 101,9 BILHÕES S?" COM PESSOAL
A crise financeira não afetou o bolso dos servidores públicos federais. De janeiro a maio, sob o comando da presidente afastada Dilma Rousseff, foram gastos R$ 101,9 bilhões com pessoal e encargos sociais. Só para pagar a folha de pessoal, o valor autorizado pelo Orçamento da União, para 2016, é de R$ 277,2 bilhões. Do total, R$ 181 bi já foram empenhados; 65,5% da dotação do grupo de despesa.

NÚMERO S?" ENGORDA
Na despesa com pessoal, os pagamentos deste ano cresceram 6,4%, em relação aos dados de maio de 2015 (R$ 95,8 bilhões).

INVESTIMENTO EM BAIXA
Com investimentos beneficiando a maioria da população, o governo Dilma gastou R$ 1,2 bilhão: apenas 2,6% dos R$46,4 bilhões previstos.

ORÇAMENTO TOTAL
O Orçamento da União para este ano, aprovado pelo Congresso, somou R$ 2,96 trilhões, sendo empenhado o valor de R$ 1,92 trilhão.

CHÁ DE SUMIÇO
No auge dos rumores de uma nova fase da Lava Jato, ninguém encontrava Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Dizia-se em Brasília que ele estava no Rio, e vice-versa. Mas estava em Brasília mesmo.

REPESCAGEM
Edinho Silva (Comunicação Social) é o único ex-ministro graúdo de Dilma que ainda não garantiu a boquinha através da "quarentena remunerada". Seu caso, segundo a Comissão de Ética Pública, teve "falta de informações". Pelo mesmo motivo, 22 pedidos foram negados.

AL?", RIO
Marcelo Crivella (PRB-RJ) é o segundo senador a se licenciar em uma semana. Ele que tentou segurar a aliança do PRB com Dilma até os 45 do segundo tempo. Vai disputar a prefeitura do Rio, em outubro.

VANGUARDA DO ATRASO
Ricardo Tripoli (SP) e Bruno Covas (SP) impediram a aprovação do projeto que prevê o uso de motores a óleo diesel para veículos de passeio. Uma estupidez em vigor desde o regime militar.

POR NOSSA CONTA
Aldemir Bendine (ex-Petrobras), que viu a amiga perua Val Marchiori levar R$2,7 milhões no Banco do Brasil durante sua gestão, para financiar um Porsche, também garantiu boquinha na "quarentena".

NÃO SOBREVIVERÁ
No Congresso, deputados do grupo que defende novas eleições dizem não acreditar que o ex-presidente Lula seria eleito este ano. Dizem que dificilmente ele sobrevive dois meses sem ser preso pela Lava Jato.

O 'OPERADOR'
"Não se fala em outra coisa no plenário", afirma o deputado Danilo Cabral (PSB-PE), sobre a delação de Expedito Machado, o temido "Did", filho do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado.

IMPROVISAÇÃO
Defensores de Dilma Rousseff quase não conseguiram entregar a tempo sua defesa à comissão do impeachment. Porque ainda não haviam conseguido concluí-la.

PERGUNTA NO JABURU
Após recuar da extinção de repartições, Michel Temer teria coragem de desistir da criação de 14 mil boquinhas?
Mariazinha Beata
06/06/2016 13:12
Seu Herculano;

Frase do dia no Blog do Noblat:

"Eu quero que nossas escolas primárias tenham só crianças louras, de olhos claros, crescendo e aprendendo a ser boas para a comunidade. Eu não quero que os Estados Unidos se tornem um Brasil."

William Johnson, presidente de um grupo de ódio racial, o "American Freedom Party", que conta com mais de 2 mil ativistas.

Nós já nos damos por satisfeitos se bandidos vermelhos forem varridos do mapa.

Bye, bye!
?
Ana Amélia que não é Lemos
06/06/2016 13:05
Sr. Herculano:

Sobre o comentário de Sidnei Luis Reinert, às 18:47hs. Quem não estiver afim de clicar no O Antagonista, copio os dez primeiros blogs e sites que apóiam Dilma e o PT, pagos com o suado dinheiro dos nossos impostos.

- Brasil 247: 2,1 milhões

- DCM: 1,11 milhão

- Carta Maior (site): R$ 921 mil

- Forum: R$ 921 mil

- Paulo Henrique Amorim: R$ 865 mil

- Opera Mundi (Breno Altman): R$ 83 mil

- Luís Nassif: R$ 814 mil (além do contrato com a EBC)

- Carta Capital (site): R$ 664 mil

- Sidney Rezende: 409,5 mil

- CGM: R$ 359 mil

- Pragmatismo Político: 219 mil

- Blog do Esmael: 169 mil

- Viomundo (LC Azenha): R$ 166 mil

- O Cafezinho: R$ 124 mil


O governo Temer já rompeu os contratos com todos eles. Este é o motivo de tanto chororo no Fica Dilma, mas o nosso Tchau Querida é mais forte.
Erva Daninha
06/06/2016 12:51
Olá, Herculano

Nestor Cerveró reafirma compromisso de Dilma com Pasadena: "Ela desmente porque é maluca".
Jornalista Políbio Braga

"Quando soube que Dilma Roussef negou qualquer conhecimento sobre negociatas na compra da Refinaria Pasadena, o ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró, que foi quem instruiu a operação para o Conselho de Administração, reagiu com indignação:

- É mentira! É mentira!"

Nestor Cerveró acha que Dilma é maluca. Não é o único que pensa desta forma. O que ele disse:

- Quando o negócio pegou fogo, a maluca da Dilma foi dizer que não sabia, que não estava informada".

Herculano, na Inglaterra há a vaca-louca.
No Brasil há a vaca-maluca.
Sidnei Luis Reinert
06/06/2016 12:42
Senador do PT lamenta o aumento da pena para casos de estupro
E reclama que a medida lotará ainda mais os presídios

Conforme publicou Vera Magalhães, na Veja, Lindbergh Farias defende que o problema não seria o tamanho da pena, mas a certeza da impunidade. E desabafou: "Somos a única esquerda do mundo que vota ampliação de penas. E ainda faz isso num país com superlotação nos presídios".

Mas, mas, mas?

Mas, se a ideia é combater a impunidade, certamente haverá mais punições, mais estupradores presos, logo, presídios ainda mais lotados. Portanto, não há nem sentido na lógica do senador do PT.

Ou Lindbergh Farias pretende punir estupradores com penas alternativas?

A verdade é que a esquerda não sabe como alinhar o discurso em defesa de criminosos com aquele que pede justiça contra quem pratica qualquer tipo de crime contra mulheres. Porque, para a esquerda, não importa a lógica, mas o voto que parte destes grupos.

http://www.implicante.org/noticias/senador-do-pt-lamenta-o-aumento-da-pena-para-casos-de-estupro/?utm_content=buffera6233&utm_medium=social&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer
Paty Farias
06/06/2016 12:37
Oi, Herculano:

Sobre o comentário das 10:47HS.
Li no O Antagonista e escrevi na área de comentários que todos deveriam ser demitidos, menos o jardineiro porque sei o trabalho que passamos aqui em casa com a rapidez que o gramado cresce.

O Mardição, que desconfio ser também daqui, me respodeu; Temer tem que demitir todos até o jardineiro, quando a grama crescer basta mandar a Dilma pastar.

Valeu Mardição!!!
Sidnei Luis Reinert
06/06/2016 12:19
Militares já avaliam que eventual retorno de Dilma gera riscos de convulsão que justifique uma ditadura


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Não vai colar no Senado a proposta indecente feita por Dilma Rousseff de trocar a rejeição ao seu impeachment pela promessa de realização de eleições gerais no final do ano. A mesma ideia infeliz é rejeitada pelo alto comando militar. A maioria dos senadores e dos generais avalia que o eventual e indesejável retorno de Dilma representaria o risco de uma convulsão que pode justificar uma ditadura.

O presidento interino Michel Temer não quer dar mole para Dilma. Cansou de ser atacado, covardemente, por ela. Por isso Temer promoveu um corte profundo nos gastos da viagem da Presidenta afastada. Ela agora só tem recursos para se deslocar entre Brasília e Porto Alegre. Dilma também só poderá usar o cartão de crédito corporativo para despesas pessoais. Auxiliares dela tiveram a mordomia cortada.

Dilma ficou pt da vida com Temer, e ameaça se rebelar pela perda das benesses de Rainha da Sucata: "Eu vou viajar. É um escândalo que eu não possa viajar para o Rio, para o Pará, para o Ceará? Isso é grave. Eu não posso, como qualquer outra pessoa, pegar um avião (comercial). Tem de ter todo um esquema garantindo a minha segurança, pela Constituição. É a Constituição que manda. Estamos diante de uma situação que vai ter de ser resolvida".

O Alerta Total insiste: No submundo da politicagem tupiniquim, intensifica-se uma pressão para que a Presidenta afastada temporariamente tome a decisão pessoal de renunciar definitivamente. Dificilmente, Dilma Rousseff tomará atitude tão corajosa e honrada imediatamente. Quando ficar próximo o desfecho de seu processo de impeachment, provavelmente no começo de agosto, mês do desgosto, mesmo a contragosto, Dilma deve "pedir para sair". O ponto final contra ela é a delação premiada de Marcelo Odebrecht.
Sidnei Luis Reinert
05/06/2016 18:47
Os campeões do BB

Brasil 05.06.16 16:49
O site Brasil 247 (Leonardo Attuch) e os blogueiros Luís Nassif e Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada) foram os campões de patrocínio do Banco do Brasil este ano.

Os três contratos tinham duração até dezembro, mas foram rompidos este mês por ordem de Michel Temer. Os demais terminaram em maio e foram integralmente pagos.

Confira o valor total recebido por cada um aqui:

http://www.oantagonista.com/posts/os-campeoes-do-bb
Sidnei Luis Reinert
05/06/2016 18:11
Artigo no Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Antônio José Ribas Paiva

A INTERVENÇÃO CÍVICA CONSTITUCIONAL ocorre, inexoravelmente, em caso de vácuo político institucional. O sinal mais evidente disso é a RELATIVIZAÇÃO DO PODER DO ESTADO, com a consequente perda de legitimidade dos representantes do povo.

Após 1985, o Poder do Estado se estilhaçou em guetos. Esse foi o fato gerador do Vácuo de Poder, que está se instalando, rapidamente. Compete aos cidadãos, através dos seus instrumentos de força: as suas FFAA, intervir, constitucionalmente, para forjar o NÚCLEO MONOLÍTICO do PODER do ESTADO, sob pena de, não o fazendo, colocar em risco a UNIDADE NACIONAL.

A CBMM de ARAXÁ fornece 97% do NI?"BIO mundial, através de suas subsidiárias em todos os continentes. Exporta para suas coligadas a US$ 48 dólares o Kg e revende as ligas por até 2000 dólares o Kg.

Essa operação criminosa causa prejuízos à nossa economia de 100 bilhões de dólares por ano, ou seja, três vezes a arrecadação com o IR pessoa física. E o Meireles e o Temer ainda querem aumentar impostos!!!

Todos os presidentes brasileiros nos últimos 50 anos estão envolvidos nessa traição. Os que estiverem vivos, estão sujeitos às penas dos artigos 142 e 357 do Código Penal Militar.

INTERVENÇÃO CÍVICA CONSTITUCIONAL JÁ!!!


Antônio José Ribas Paiva, Advogado, é Presidente do Nacional Club.
Sidnei Luis Reinert
05/06/2016 18:05
Ponto final para Dilma & cia


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

No submundo da politicagem tupiniquim, intensifica-se uma pressão para que a Presidenta afastada temporariamente tome a decisão pessoal de renunciar definitivamente. Dificilmente, Dilma Rousseff tomará atitude tão corajosa e honrada imediatamente. Quando ficar próximo o desfecho de seu processo de impeachment, provavelmente no começo de agosto, mês do desgosto, mesmo a contragosto, Dilma deve "pedir para sair". O ponto final contra ela é a delação premiada de Marcelo Odebrecht.

Dilma pode até minimizar os danos políticos. No entanto, começa a ficar cada vez mais difícil (brevemente, impossível) que consiga minimizar os estragos jurídicos. É pule de 13 que Dilma terá seu nome incluído nos processos movidos por investidores contra a Petrobras na Corte de Nova York. Começam a crescer as chances de que o mesmo possa ocorrer aqui no Brasil. Dilma tem tudo para ser alvo de ações civis públicas que brasileiros lesados no mercado acionário moverão, a partir de novas revelações vomitadas pelos poderosos delatores na Lava Jato.

Dilma pode não ter domínio sobre todos os fatos, mas as variadas provas testemunhais dos "colaboradores premiados" da Lava Jato arrasam com a improvável hipótese de que ela seja uma "mera inocente vitimada pelo golpe de uma quadrilha parlamentar" - como insistem os arautos da petelêndia. Dilma pode se sentir politicamente sepultada se o Supremo Tribunal Federal homologar o acordo no qual Marcelo Odebrecht confirma que a Presidenta, candidata à reeleição, lhe exigiu R$ 12 milhões para pagar contas de campanha com o marketeiro João Santana.
Os registros eletrônicos da Presidência da República não mentem - ao contrário do que a petelândia pensa que sabe fazer bem. Desde que se tornou "Presidenta", Dilma recebeu Marcelo Odebrecht em pelo menos quatro ocasiões. Duas "audiências" aconteceram no Palácio do Planalto, em 10 de janeiro e 10 de outubro de 2013. Houve mais duas "visitas" do empreiteiro ao Palácio da Alvorada, residência oficial de Dilma, em 26 de março e 2 de julho de 2014. O último encontro ocorreu em plena época de campanha reeleitoral.
A situação delicada de Dilma, pedindo e recebendo grana para a campanha, também é muito desconfortável para seu vice - o agora Presidento interino Michel Temer. Uma constatação feita por uma das fases da Lava Jato, a Operação Acarajé, tem tudo para anular a reeleição de 2014. Documentos apreendidos com Maria Lúcia Tavares, secretária da Odebrecht presa em março deste ano, revelaram sete pagamentos, no total de R$ 4 milhões, feitos pela empreiteira para o esquema de João Santana, entre 24 de outubro e 7 de novembro de 2014. Quem recebeu a grana foi a agora delatora premiada Mônica Moura, esposa e sócia na agência Pólis do marketeiro das campanhas presidenciais petistas de 2006, 2010 e 2014.
Herculano
05/06/2016 17:57
TROCA A TROCA. BOCA É O NOVO PREFEITO DE BRUSQUE

José Luiz Cunha PP, conhecido popularmente como "Bóca", foi eleito como novo prefeito de Brusque. Ele e seu vice, Rolf Kaestner, assumem o comando da cidade para terminar até o dia 31 de dezembro, o mandato do prefeito cassado Paulo Roberto Eccel,PT, e do vice, também cassado, Evandro de Farias,PP, acusados de gastarem verba de publicidade além da conta.

Boca assume no lugar do presidente da Câmara, Roberto Prudêncio Neto, PSD, que tentava continuar no cargo. Boca já foi deputado, assim como Eccel. Na verdade, a vitória de Bóca, mostra que houve um acerto do PP com o PT para este resultado. Eccel já foi o procurador de Gaspar no governo de Pedro Celso Zuchi (2000/2004).

O novo prefeito foi eleito de forma indireta e só com os votos dos vereadores. O formato da eleição foi definido pela própria Lei Orgânica do município, que determina a eleição indireta quando os dois cargos de comando do poder Executivo ficam vagos nos últimos dois anos do mandato. A chapa de Cunha e Kaestner recebeu nove dos 15 votos possíveis e ganhou a eleição na primeira votação. A chapa derrotada, Roberto Prudêncio Neto (PSD) e Danilo Rezini (PMDB), recebeu seis votos.

Boca já tomou posse, em cerimônia agora a pouco. A equipe de Prudêncio estuda recorrer. O certo é que nesta lenga lenga, durante quase um ano, Brusque provou que sem prefeito e a cidade não parou. ao contrário. Estava mais vigiada pelos políticos.
Herculano
05/06/2016 10:47
DILMA TEM 200 FUNCIONÁRIOS À SUA DISPOSIÇÃO, por Severino Motta, de Veja

De jardineiros, camareiras, copeiros e garçons a fotógrafos e assessores políticos, Dilma Rousseff tem cerca de 200 funcionários à sua disposição: 160 no Palácio da Alvorada, 7 no escritório político em Porto Alegre e o restante na Granja do Torto.

O governo estuda como enxugar a gigantesca estrutura.
Herculano
05/06/2016 10:41
TEMER E OS ZUMBIS, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

Agosto será o mês do grande desgosto, dizem procuradores de Curitiba. Nesse mês haveria mais "carne" nas grandes delações da Lava Jato, que já vazam óleo bastante para vir causando incêndios desde maio e, a partir deste final de semana, provocar explosões.

A julgar pelo padrão de delações anteriores, não vai ser apenas em agosto ou setembro que se vai abrir o embrulho completo das confissões da Odebrecht, por exemplo. A sujeira deve vir aos borbotões.

Gente graúda da praça financeira começa a discutir a possibilidade de fim do governo, com apreensão. Como é meio óbvio, consideram que novas eleições seriam um estorvo para a economia. Pior ainda seria a falta de alternativas "organizadas" de candidaturas, seja em 2017 ou 2018: a "incerteza dentro da incerteza".

A incerteza na incerteza mais imediata, porém, é sobre os efeitos dos novos escândalos no Congresso. É também por isso que o governismo interino se apressa em aprovar a deposição final da presidente afastada. Mas essa seria apenas a garantia de que não haveria mais Dilma Rousseff, não de que haveria Michel Temer.

Uma hipótese chamada de "otimista" é que os caciques atingidos resistam como zumbis comportados, não mordam Temer, "business as usual".

O zumbi brasiliense resiste indiferente ao efeito repulsivo do espetáculo da sua putrefação e é capaz de angariar apoio e, pois sobrevida, com chantagens, agora ou depois, com uma delação. Faz quase uma década, trata-se de atitude cada vez mais disseminada no Congresso. Tornou-se mais descarada nos anos Lava Jato. Atingiu por assim dizer o estado da arte com Eduardo Cunha, um herói e campeão da categoria, que pauta moda.

Ameaçados de levar tiros nas cabeças, os zumbis vão manter a frieza, tocando a pauta de Temer no Congresso? Além do mais, qual o risco de Temer ser ele mesmo atingido? Enfim: qual o grau de resistência do governo Temer ao tumulto?

Esse é o dado que donos do dinheiro grosso e seus operadores tentarão estimar nas próximas semanas, problema que, entretanto, já vai nublar o ambiente. Mas não há intenção de desistir de Temer enquanto o presidente, interino ou não, for capaz de sustentar sua equipe econômica e seu plano (por ora intenções).

Isso não quer dizer que essas pessoas estejam envolvidas em movimentos políticos ou mesmo em conversas efetivas, práticas. A maioria enorme não está; de resto, há grandes rachaduras, divergências e distanciamentos nas elites. O empresariado envolvido ou próximo de articulações políticas é quase todo ele muito evidente. No entanto, os distantes sempre podem fazer um ou outro sinal em público. Estão fazendo: é pró-Temer, desde que Temer seja equivalente a um programa econômico de ajuste mínimo.

As expectativas, porém, são reduzidas, não apenas pela dificuldade de produzir grandes mudanças no curto prazo de dois ano e meio ou pelo temor de que os décimos de despiora do PIB se esfumacem com a volta do tumulto político intenso.

Pergunta-se como será possível governar o país com um sistema político despedaçado e fragmentado em dezenas de partidos que são meros bandos de negocistas ou criminosos.
Herculano
05/06/2016 10:33
OAS LEVA DUPLICAÇÃO DE RODOVIA EM ALAGOAS - E COM DESÁGIO ALTO, por Vera Magalhães, de Veja

A Lava-Jato já impacta o preços de obras públicas.

Nos próximos dias, o Dnit vai anunciar que a OAS venceu disputa para concluir a duplicação da BR 101 entre Rio Largo e Teotônio Vilela, em Alagoas.

A empreiteira ofereceu desconto de 22,4% sobre os 541 milhões de reais fixados pelo órgão.

O deságio é mais do que o dobro do praticado anteriormente (variava de 5% a 10%).

Os demais concorrentes também fizeram ofertas bem modestas.
Herculano
05/06/2016 10:11
ANTES AUTORITÁRIO QUE CORRUPTO, por Ferreira Gullar, escrito, no jornal Folha de S. Paulo

Tenho dito aqui que o tipo de populismo característico do governo do PT - como o de alguns outros países latino-americanos - nasceu como uma alternativa ao regime comunista que acabou antes que chegassem ao poder pela revolução. Não chegariam, é claro, mas em face das novas circunstâncias, tiveram que mudar de tática.

Esse populismo, que se valeu dos recursos públicos para ganhar a adesão das camadas mais pobres da população, adotou naturalmente uma política econômica que, para mostrar-se anticapitalista, levou o país à bancarrota. Por outro lado, apropriou-se das empresas estatais e saqueou-as em aliança com empresários capitalistas, que diziam combater.

O resultado de tudo isso foi o que se viu: o processo político-econômico do petismo e os escândalos que culminaram com o impeachment de Dilma Rousseff. A cara abatida de Lula, no dia em que ela foi afastada do governo, não deixou dúvida quanto à realidade dos fatos: o populismo petista chega ao fim.

Pois bem, mas não é que, exatamente nessa ocasião, a direção do Partido dos Trabalhadores trouxe a público uma "Resolução sobre a Conjuntura" que pôs todo mundo perplexo? É que, nesse documento, os dirigentes petistas deixam claro que, de fato, seu projeto era instaurar no país um regime antidemocrático.

Vejamos o que diz o inusitado documento: "Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, modificar os currículos das academias militares, promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação".

Noutras palavras, o que está dito nessa resolução é que o projeto de poder do partido era substituir o Estado democrático por outro, controlado pelo PT, à semelhança das ditaduras de esquerda. Como isso seria feito?

Conforme está claro no documento, os petistas deveriam manter sob seu controle a polícia e a promotoria federais, mudar a formação ideológica das academias militares, assumir o comando das forças armadas, submeter as decisões do Itamaraty e comprar a opinião dos jornais e estações de televisão. Enfim, instaurar no país um regime totalitário.

Devo admitir que semelhante declaração me deixa surpreso. É que, embora saibamos que o propósito desse populismo sempre tenha sido usar a máquina estatal e os programas assistencialistas para perpetuar-se no poder, sempre procuraram mostrar-se como representantes da vontade popular, ou seja, como intérpretes da autêntica democracia.

Agora mesmo, neste episódio do impeachment da Dilma Rousseff, procuram caracterizá-lo como um golpe, ou seja, uma ação contra a democracia, de que seriam eles os verdadeiros defensores. Como se explica, então, que, contrariando suas próprias palavras de ordem e sua atitude em face do impeachment, tragam a público um documento em que deixam explícito o seu projeto de instaurar no país um regime autoritário? E veja bem, propósito esse que sempre foi veementemente negado por eles, toda vez que alguém os acusava se tal intenção.

E não era de se esperar outra coisa, uma vez que o PT se caracteriza com o partido da mentira. Por isso mesmo, ainda é mais surpreendente a sinceridade dessa resolução, na qual lamenta não ter conseguido instaurar no país o seu projeto autoritário. Diante disso, é inevitável perguntar: por que então essa inusitada sinceridade?

Vou arriscar um palpite. Como disse antes ?"e todo mundo sabe?", não só o impeachment de Dilma Rousseff mas também a participação do PT nas falcatruas denunciadas pelo mensalão e pela Lava Jato desmontaram a imagem do partido "que não rouba nem deixa roubar".

Este seria, portanto, o momento de fazer uma autocrítica. E é isso que essa resolução pretende ser, mas não é, pois, em vez de arrepender-se das falcatruas que praticou, culpa-se de não ter posto em prática um projeto revolucionário que não passava de conversa fiada.
Herculano
05/06/2016 10:05
MORO PROFERIU 105 CONDENAÇÕES. STF, NENHUMA, por Josias de Souza

O cronista Nelson Rodrigues costumava dizer que o mais exasperado problema do ser humano é o medo do rapa. "Cada um de nós vive esperando que o rapa o lace, o recolha, na primeira esquina", ele escreveu. No Brasil de hoje, Sérgio Moro virou uma espécie de rapa da oligarquia política e empresarial. Nesse meio, o juiz da Lava Jato instila pânico.

Graças à morofobia, personagens como Eduardo Cunha e Lula revelam-se capazes de tudo para que seus processos permaneçam no STF, o foro dos suspeitos privilegiados. Receiam ser presos. No intervalo de dois anos, dois meses e 19 dias, tempo de duração da Lava Jato, Sérgio Moro já proferiu 105 condenações. Juntas, somam 1.140 anos, 9 meses e 11 dias de prisão. No STF, não há vestígio de condenação.

Entre agosto e setembro de 2014, os delatores Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff jogaram no ventilador os nomes de 28 congressistas - sete senadores e 11 deputados federais. Esse pedaço da investigação subiu para o Supremo. Desde então, avolumaram-se as delações e os suspeitos com direito a foro privilegiado.

Hoje, correm no STF 70 processos relacionados à Lava Jato. Desse total, 59 estão na fase de inquérito. Neles, são investigados 134 acusados. Outros 11 processos foram convertidos pelo procurador-geral Rodrigo Janot em denúncias formais, envolvendo 38 políticos. Por ora, o único denunciado que o Supremo converteu em réu foi Eduardo Cunha. E não há prazo para o julgamento da ação penal protagonizada pelo deputado.

A pedido da Procuradoria, o STF afastou Cunha do exercício do mandato e da poltrona de presidente da Câmara. Mas ele mantém as prerrogativas de deputado, que impedem Moro de alcançá-lo. Conserva também o acesso às mordomias propiciadas pela presidência da Câmara e o controle sobre sua milícia parlamentar, que lança mão de manobras para retardar o julgamento do pedido de cassação do seu mandato, na pauta do Conselho de Ética da Câmara há sete meses.

LavaJatoSupremo

O que há de mais alvissareiro na Lava Jato é a percepção de que o banquete da corrupção desandou. Os órgãos repressores do Estado investigam, prendem e condenam pessoas que estavam acostumados a viver num país em que, acima de um certo nível de renda e poder, ninguém era importunado.

Deve-se sobretudo à aplicação de Sérgio Moro, dos agentes federais, procuradores e técnicos que integram a força-tarefa de Curitiba a derrubada do escudo invisível que protegia os maus costumes. Montou-se uma espécie de usina trituradora de delinquentes. Foram em cana brasileiros que se julgavam invulneráveis. Em troca de favores judiciais, muitos tornaram-se delatores.

Empreiteiros que se habituaram a sufocar investigações em tribunais superiores fizeram pouco da Lava Jato. Presos, recorreram. Uma, duas, três, quatro vezes. E nada. Amargaram condenações draconianas. Marcelo Odebrecht, por exemplo, foi condenado por Moro a mais de 19 anos de cadeia. Com receio de mofar no xadrez como versões petroleiras de Marcos Valério, os mandarins das construtoras também se tornaram colaboradores da Justiça.

Os maiores ficaram para o final. Retardatários, executivos de empresas como Odebrecht e OAS terão de levar à mesa segredos cabeludos se quiserem obter vantagens como redução da pena. Eles já expõem na bandeja escalpos como o de Dilma, Lula, Renan, Sarney, Cunha, Jucá, Aécio e um inesgotável etcétera.

Cercados pela investigação de Curitiba, operadores como Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, entregam os podres dos padrinhos de Brasília. O serviço da Procuradoria-Geral da República e do STF aumenta. A responsabilidade também. Soltos, políticos que são parte do problema fazem pose de solução. Pior: continuam operando.

Relator da Lava Jato no STF, o ministro Teori Zavascki tem sobre a mesa um lote de pedidos de providência formulados pela Procuradoria. Talvez devesse priorizá-los. A bandidagem parlamentar precisa de um rapa que a lace, que a recolha, na primeira esquina.
Herculano
05/06/2016 09:56
TURMA DA ZELOTES DEVE OUVIR CURITIBA, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Três orquídeas do andar de cima caíram no noticiário da Operação Zelotes. O presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, foi indiciado pela Polícia Federal, que o acusa de ter articulado a recuperação de R$ 3 bilhões em créditos tributários por meio de maquinações no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. A Justiça Federal aceitou uma denúncia semelhante contra Joseph Safra, fundador e dono do banco com seu nome. Com um patrimônio estimado em US$ 18 bilhões, ele é um dos homens mais ricos do Brasil. André Gerdau, presidente da centenária metalúrgica de sua família, com operações em 14 países, caiu na mesma rede, foi levado para depor na Polícia Federal e viu-se indiciado sob a acusação de armar o cancelamento de autuações no valor de R$ 1,5 bilhão cobrados pela Receita Federal.

Essa novela começou em 2014, quando a PF desarticulou quadrilhas de advogados e ex-auditores da Receita que vendiam serviços a empresas que deviam ao Fisco e recorriam legalmente ao Carf. Desde então, todas as empresas negam tudo.

As acusações deverão passar pela prova do juízo. A denuncia contra Safra tem pelo menos um argumento risível, quando relaciona o valor da dívida (R$ 1,5 bilhão) ao capital do banco (R$ 4,3 bilhões). Trabuco é acusado de ter cumprimentado os quadrilheiros que, mais tarde, mencionam-no numa conversa interceptada.

No centro da questão está o trabalho de um grupo de veteranos vendedores de decisões do Carf e grandes empresas que tiveram contato com eles. Na Petrobras, havia quadrilhas saqueando a companhia. No Carf, havia quadrilhas achacando empresas para lesar a Viúva. Essa diferença torna incompreensível a postura virginal da turma que caiu na Zelotes. Elas negam tudo, mas não se entende por que conversavam com os atravessadores, conhecidos desde o século passado. Replicam a soberba das empreiteiras que, até o final de 2014, negavam tudo. A casa caiu quando a Camargo Corrêa passou a colaborar com a Viúva e hoje há fila de maganos na porta do Ministério Público oferecendo-se para colaborar com o juiz Sergio Moro. Se as empresas achacadas (ou procuradas por malfeitores) colaborarem com a Justiça, todo mundo ganha, inclusive elas e seus executivos.

CHEGOU A VEZ

Pelo andar da carruagem, a partir de agosto, a documentação da Lava Jato explodirá grão-senhores do PSDB e do PMDB nas investigações. Até lá, pingarão vazamentos, mas a partir do mês fatídico virão nomes e, sobretudo, números. Grandes nomes e grandes números.

Quem está preocupado deve tomar tranquilizantes e esperar pelo inevitável.

TESOURO

Na prospecção das arcas operadas pela rede do doutor Sérgio Machado chegou-se a um fundo de investimentos que administrava US$ 450 milhões. Na sua carteira, havia um negócio imobiliário de US$ 170 milhões em Berlim.

BRASILIONÁRIOS

Chegará em julho às livrarias americanas "Brazillionaires" do repórter Alex Cuadros. Ele viveu seis anos no Brasil, trabalhando para o serviço de notícias econômicas Bloomberg. Tinha a tarefa de acompanhar a vida e as contas dos bilionários de Pindorama.

Metade do livro cuida de Eike Batista, o cometa dos Anos Lula. O livro de Cuadros mostra que sua imagem será o símbolo dos fracassos da república dos comissários.

EREMILDO, O IDIOTA

Eremildo é um idiota. Apoia o governo de Michel Temer, mas não sabe por quê.

O doutor prometeu um ministério de notáveis, o enxugamento da máquina e o equilíbrio das contas públicas. Colocou Romero Jucá no Planejamento, demitiu o garçom Catalão e incentivou um aumento do Judiciário que poderá custar R$ 6,9 bilhões até 2019.

O mimo elevará o teto dos servidores públicos para R$ 39.293.

(Essa quantia é uma miséria se for comparada com o embolso mensal do secretário da Fazenda arruinada do Rio de Janeiro. O doutor Júlio Bueno fatura R$ 65 mil mensais.)

O SANTO DE GILMAR

Ao recuar de sua decisão determinando a suspensão das investigações em torno do senador Aécio Neves, o ministro Gilmar Mendes mostrou que seu anjo da guarda é atento e forte.

Em dezembro de 2009, o anjo estava em férias, e o doutor, como presidente-plantonista do STF mandou soltar o médico Roger Abdelmassih. Ele se escafedeu e só foi capturado em 2014, no Paraguai.
Herculano
05/06/2016 09:56
O EIKE DELES, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Em novembro de 2014, leu-se aqui um texto intitulado "Uma bilionária por quem vale torcer". Contava a história da jovem Elizabeth Holmes, de 30 anos, fundadora da empresa Theranos, que oferecia exames de sangue rápidos, baratos e acessíveis.

A moça abandonara a faculdade (como Bill Gates) usava uma espécie de uniforme (como Steve Jobs) e tivera uma ideia popular (como Mark Zuckerberg). O valor de sua empresa foi estimado pela revista Forbes em US$ 9 bilhões, com Henry Kissinger no conselho de administração.

Passados dois anos, sua tecnologia secreta é contestada pelas autoridades sanitárias, Kissinger caiu fora e a Forbes deixou de listá-la como bilionária. Talvez a Theranos valha US$ 800 milhões, a conferir.

A senhora não revolucionou os exames de laboratório, mas estimulou o exercício do ceticismo.

Ensinou que listas de revistas são apenas listas de revistas. Agora se sabe que nenhum grande investidor do mercado de inovações médicas pôs dinheiro na Theranos. Como o signatário, a imprensa compra pacotes atraída por analogias, símbolos ou marquetagens, e assim produz Eikes.

'CALA A BOCA' VAI BEM, OBRIGADO

O litígio que envolve a delegada federal Erika Marena e seu colega Mauricio Moscardi contra o blogueiro Marcelo Auler pôs na vitrine a jurisprudência caótica em que está a liberdade de expressão no país.

Eles pediram, e obtiveram, sentenças dos juízes Nei Roberto Guimarães e Vanessa Bassani mandando que Auler tirasse de seu blog oito reportagens sobre a ação da Polícia Federal na Lava Jato.

A coisa fica feia quando se lê que a doutora Bassani determinou que o jornalista se abstivesse de publicar textos "com conteúdo capaz de ser considerado ofensivo ao delegado".

Como um pobre cristão pode descobrir o que se pode considerar ofensivo ao doutor Moscardi, ela não explicou.

Dias depois a juíza procurou esclarecer. Auler deveria se "abster de divulgar novas matérias [...] com a capacidade de caluniar ou difamar a pessoa do reclamante e que digam respeito aos mesmos fatos tidos como inverídicos". Fica faltando polir o significado de "capacidade de caluniar", bem como o de "fatos tidos como inverídicos". Há a calúnia e a mentira, fora daí, tudo é poesia.

Durante a ditadura, as ordens da censura eram claras. Tipo assim: "nenhuma referência, contra ou a favor de Dom Hélder Câmara".

A ministra Cármen Lúcia enganou-se quando disse que "cala a boca já morreu".
Herculano
05/06/2016 08:38
DELATOR PROCUROU PGR JÁ DE POSSE DE GRAVAÇÕES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

O ex-senador Sérgio Machado usou de sua experiência de negociador, no mundo empresarial e no submundo da corrupção, para obter da Procuradoria Geral da República (PGR) o seu acordo de delação premiada. Para valorizar a proposta, com a qual espera obter perdão judicial ou pelo menos uma redução de pena, ele procurou a PGR já de posse das gravações comprometedoras dos seus aliados.

SONHO REALIZADO
Machado entendeu que entregar aliados como Renan Calheiros, seu padrinho, ou Romero Jucá, era tudo o que a PGR sonhava.

TIRANDO O CORPO
Com gravações tornadas públicas, amigos que ainda restam difundiram a versão de que Sérgio Machado foi pressionado pela PGR a delatar.

SÉRGIO JURUNA
Fontes do Ministério Público Federal confirmam que a iniciativa de gravar os aliados foi do ex-senador e ex-presidente da Transpetro.

DUPLA DELAÇÃO
Com a delação, Sérgio Machado queria blindar o filho Expedido, "Did", mas acabou por torná-lo alvo. E o filho também fez acordo de delação.

PT SE AGARRA NA TETA DA "QUARENTENA REMUNERADA"
Já são dezenas os pedidos de "quarentena remunerada" à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, cujos integrantes foram nomeados por Dilma Rousseff. Espertos, ex-ocupantes de boquinhas no governo petista querem continuar recebendo seus salários integrais alegando "dificuldade de encontrar trabalho". A malandragem petista foi usada antes por Antônio Palocci, ex-ministro da Casa Civil de Dilma.

EX-MINISTROS
Ao menos seis ex-ministros de Dilma receberão R$31 mil por mês, sem trabalhar, alegando "conflito de interesses" com a iniciativa privada.

MALANDRAGEM
Entre os que continuarão pendurados nas tetas do governo, recebendo salários integrais de ministro, estão Jaques Wagner e Miguel Rossetto.

BOQUINHAS DE 6 MESES
Até sexta-feira, a Comissão de Ética da Presidência concedeu 29 quarentenas a ocupantes de diversos cargos no governo Dilma.

PÉ NA TÁBUA
O governo interino tem pressa em finalizar os trabalhos da comissão do impeachment. Não quer que o processo entre em agosto, mês que terá início as Olimpíadas. Seu objetivo é resolver o caso até o fim de julho.

QUEM MANDA
O Planalto nem considerou a proposta de pelegos do Ministério da Transparência de apresentar lista tríplice para o comando da pasta. A orientação no governo é não se render ao corporativismo.

ELEIÇÃO NO NINHO
Atual líder da bancada tucana, o senador Cássio Cunha Lima (PB) é cotado como candidato a presidente do partido, em 2017. Conta com apoio do senador Aécio Neves (MG) e do ministro José Serra.

A BATATA ASSA
A delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró pegou em cheio lideranças petistas, e pode piorar. Dilma e Lula estão preocupados mesmo é com as delações da OAS, Andrade Gutierrez e Odebrecht.

POBRE CONTRIBUINTE
"É inaceitável o que foi aprovado esta semana: além dos aumentos, a gigantesca criação de cargos", diz Jerônimo Goergen (PP-RS), sobre a criação de 14 mil cargos públicos federais em tempos de crise.

GESTORA INCOMPETENTE
Para o deputado Paulo Foletto (PSB-ES), Dilma Rousseff não tem competência para governar o Brasil. Ele considera "remota" a possibilidade de retorno da petista.

CONTAS IRREGULARES
Ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) acreditam que as irregularidades encontradas pela área técnica nas contas de 2015 do governo Dilma podem complicar definitivamente a presidente afastada. "Relatórios técnicos deixam-na numa situação delicada", diz um deles.

NÃO SOBREVIVERÁ
No Congresso, deputados do grupo que defende novas eleições dizem não acreditar que o ex-presidente Lula seria eleito. Dizem que dificilmente ele sobreviveria dois meses sem ser preso pela Lava Jato.

VÍCIO
A corrupção fez barba, cabelo e bigode na era PT. A Lava Jato acha que até o cabeleireiro de Dilma, Celso Kamura, era pago no "caixa 2".
Herculano
05/06/2016 08:26
O LADO A DO PMDB

Acostumado há 25 anos a ser gigolô de governos (PSDB e PT) e devido ser fiel da balança estava protegido nas mazelas e incompetência.

Agora governo, o PMDB revelou a sua verdadeira face: possui quadros, mas todos manchados e por isso complica demais o mandato interino de Michel Temer, o presidente eleito do partido que comanda por muitos anos.

Então...
Herculano
05/06/2016 08:21
MULHER ERRADA NO LUGAR ERRADO, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S.Paulo

Com raras exceções, Michel Temer montou um ministério que se divide entre trapalhões e investigados. No primeiro grupo, estão políticos que tropeçam na própria língua, expõem o governo a vexames e são obrigados a voltar atrás. No segundo, os que vão dormir sem saber se acordarão com o despertador ou com uma visita da Polícia Federal.

Agora o presidente interino conseguiu encontrar uma auxiliar que joga nos dois times ao mesmo tempo. Trata-se de Fátima Pelaes, a nova chefe da Secretaria da Mulher.

A rigor, a ex-deputada nem integra o ministério. Embora as mulheres sejam maioria na população brasileira, Temer escalou uma equipe só de homens brancos, honrando as tradições da República Velha.

Diante das críticas, prometeu escolher uma "representante do mundo feminino" para a Cultura. Após ouvir ao menos cinco recusas, anunciou a recriação da Secretaria da Mulher, agora como órgão de segundo escalão. Lá instalou a ex-deputada do PMDB, que exerceu cinco mandatos e foi rejeitada pelo povo do Amapá ao tentar o sexto em 2014.

Pelaes é a mulher errada no lugar errado. Quando estava na Câmara, defendeu a proibição do aborto em casos de estupro, o que significa submeter a mulher violentada a uma nova violência em nome das crenças religiosas de terceiros. Depois recuou e prometeu respeitar a lei em vigor, que permite a interrupção da gravidez nessas situações.

O vaivém garantiu a vaga da peemedebista no time dos trapalhões. Depois o repórter Leandro Colon revelou que ela também é investigada num escândalo de desvio de emendas parlamentares. O Ministério Público a acusa de integrar uma "articulação criminosa" que garfou R$ 4 milhões do Ministério do Turismo.

Procurada, Pelaes disse estar "tranquila de que tudo será esclarecido".

A reportagem foi publicada pela Folha na sexta (3). No mesmo dia, o "Diário Oficial" estampou a nomeação da nova auxiliar de Temer.
Herculano
05/06/2016 08:14
O GOVERNO QUE PERDE GANHANDO, por Carlos Brickmann

Na gelada Grã-Bretanha, a primeira-ministra Margaret Thatcher enfrentou greve de um ano dos poderosos mineiros de carvão. Exigiu a volta incondicional dos mineiros ao trabalho. O custo do aquecimento doméstico, com carvão importado, se multiplicou, sua popularidade caiu; mas ela venceu. Faz pouco mais de 30 anos, mas até hoje está claro que quem dirige o país é o Governo democraticamente eleito, não a estrutura sindical, às vezes interessada apenas em se reeleger - e o país que se dane.

Em Israel, na guerra pela independência, o oposicionista Menahen Begin, líder da poderosa milícia Irgun, encheu um barco, o Altalena, com mil imigrantes e muitas, muitas armas, para entrar na luta por Jerusalém. O primeiro-ministro Ben Gurion exigiu que Begin incorporasse suas tropas voluntárias e suas armas às forças regulares do país. Begin não cedeu. Ben Gurion mandou afundar o Altalena. Mais de cem pessoas morreram. Ben Gurion marcou a sofrida vitória com uma frase: "Um Estado não sobrevive sem que seu exército seja controlado pelo próprio Estado",

No Brasil, depois da vitória do impeachment, o presidente Michel Temer já cansou de voltar atrás em suas decisões. Fala em economizar e aumenta em R$ 59 bilhões a folha de pagamentos - um terço do déficit do orçamento. E corre o risco de ter Dilma de volta no lugar que ele ocupa. Afinal, desfritar um ovo pode ser uma bela mágica, mas não é política.

AS APARÊNCIAS ENGANAM

Depois de perder no plenário, o PT tomou a iniciativa política, como se tivesse vencido. Promove manifestações, obriga Temer a proteger sua própria casa, calcula quantos senadores tem de atrair, e a qual custo (político), para recolocar Dilma na Presidência. O PT, que parecia desestruturado, se rearticula. Derrota é também questão de atitude. Quando os dirigentes Dalladier e Chamberlain cederam às pressões nazistas e entregaram a Hitler tudo o que ele queria, prometeram "paz para o nosso tempo". O grande Churchill foi implacável com eles: "Entre a guerra e a rendição, os srs. escolheram a rendição. E terão a guerra".
Herculano
05/06/2016 08:14
QUEM APOIA QUEM, por Carlos Brickman

Mas que esperar de políticos que até hoje não decidiram nem o que fazer com um aliado que conhecem perfeitamente, como Eduardo Cunha?

TUDO MENOS A VERDADE

E não há saída aparente: Dilma ou não sabe o que fala, ou sabe - que será pior? Ela promete, se conseguir do Senado o retorno ao cargo, convocar na hora novas eleições presidenciais. Falso: antes, seria preciso reformar a Constituição. E, além dos prazos de que não dispõe, teria de ganhar o voto favorável de 308 deputados e 49 senadores.

O PROXIMO TEMPORAL

A delação de Marcelo Odebrecht tem tudo para sacudir ainda mais a política nacional. Ninguém chega a Príncipe dos Empreiteiros sem saber muito. O mesmo acontece com outros grandes empreiteiros. Mas quem dá mais medo aos possíveis alvos é o filho de Sérgio Machado, Expedito Machado Neto, Did. E não só pela formação familiar. Ele sempre teve fama de grande operador do PMDB. Seu pai contou histórias interessantíssimas sobre pixulecos e acarajés; imagina-se que o filho, já que estava mesmo ali por perto, tenha ajudado os clientes do pai a aplicar bem o dinheiro.

QUEM SABE, SABE

Palestra do advogado Romeu Tuma Jr., ex-secretário nacional da Segurança, no centro comercial de Alphaville, SP. Quando lhe perguntaram sobre nióbio - elemento químico essencial para aços e ligas especiais, do qual o Brasil é o maior produtor mundial - respondeu:

"Quem pode falar sobre isso é o Roberto Teixeira". Teixeira é grande amigo, advogado e compadre do ex-presidente Lula.

A VOLTA DA...

A Constituição brasileira proíbe a censura prévia. Então, tá: a pedido de dois delegados da Polícia Federal, ambos participantes da Operação Lava Jato, textos do repórter Marcelo Auler foram censurados, e Auler não pode sequer citar seu nome. Detalhe: não houve ainda qualquer julgamento.

Censura, enfim. E um depoimento pessoal: conheço Marcelo Auler há mais de 30 anos. É difícil concordarmos em alguma coisa, mas somos amigos, gosto dele e sempre o respeitei muito. Ele deve cometer milhares de erros, mas sempre de boa fé. Quem quer brigar com ele deveria pensar melhor, verificar se a briga é justa. É provável que reavalie sua opinião.

...VELHA SENHORA

E, de qualquer maneira, censura não. Discutam, discordem, jurem ódio eterno. Mas dar trabalho a nossos juízes sobrecarregados para resolver divergências pessoais ou jornalísticas é desperdiçar o talento e o tempo de nossos juízes.

Acreditem, o Brasil tem causas mais nobres do que essa.
Herculano
04/06/2016 19:57
CRAQUE

Falar sobre as qualidades de Classius Clay ou Muhammad Ali, morto hoje, é chover no molhado. Muitos podem e fizeram muito melhor.

E para os mais jovens de hoje, é algo distante esta importância, num esporte que na época se assemelhava ao que é hoje o MMA como projeção, inserção e glamour.

Ele foi um craque no ringe. Virtuoso.

Ele foi um craque na língua ferina e provocativa

Ele foi um craque nas causas (e pagou caro por isso) entre elas ser contra a guerra patrocinada por seu país, bem como a discriminação de raça e social.

Foi nesta área que perpetuou a sua lenda, numa época de poucos recursos de comunicação. Tornou-se um mito, não só naquilo que fez no e pelo esporte, mas como para a sociedade.

O choque calculado começou quando trocou a crença cristã pela islâmica, num país de cristãos.
Herculano
04/06/2016 19:46
O OBVIO. ALGUÉM ACHA QUE SERIA DIFERENTE? DILMA NEGA COM ODEBRECHT E DIZ QUE NÃO PRESSIONOU POR PROPINA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. A presidente afastada Dilma Rousseff reagiu neste sábado (4) e classificou de "calúnia e mentira" a informação de que teria conversado pessoalmente com o empreiteiro Marcelo Odebrecht para falar sobre o pagamento de R$ 12 milhões em propina em 2014, na época de sua reeleição.

Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, a petista afirmou que essa tese é "infundada" e que "jamais intercedeu pessoalmente junto a qualquer pessoa ou empresário buscando benefícios financeiros para si ou para qualquer pessoa".

A informação foi divulgada pela revista "IstoÉ". Segundo a reportagem, Dilma se encontrou com Odebrecht entre o primeiro e segundo turno do pleito. Na conversa, ele teria lhe perguntado se "deveria mesmo" efetuar uma doação de R$ 12 milhões "por fora" para o marqueteiro João Santana e o PMDB. "É para pagar", teria respondido a petista. A reprodução do diálogo faria parte das negociações de Odebrecht para sua delação premiada.

"A base desta calúnia seria a suposta delação feita pelo empresário ao Ministério Público Federal. Mais uma vez são veiculadas informações de maneira seletiva, arbitrária e sem amparo factual", diz.

Dilma criticou a reprodução da matéria pela imprensa. "A ofensiva de setores da mídia com o objetivo de atacar a honra pessoal da presidente Dilma Rousseff não irá prosperar. Está fundada numa calúnia. Cabe aos acusadores provarem as várias denúncias, vazadas de maneira seletiva, covardemente trazidas por veículos da imprensa que não têm compromisso com a verdade."

O texto afirma que a presidente afastada tomará medidas judiciais. "A presidente Dilma anuncia que irá tomar as medidas judiciais cabíveis para reparar os danos provocados pelas infâmias lançadas contra si."

"Ela se mantém firme porque sabe que não há nada que possa incriminá-la. Sua trajetória política mostra seu sincero compromisso com as práticas republicanas, o combate à corrupção e a defesa da democracia brasileira", completou
Sidnei Luis Reinert
04/06/2016 19:30
"A gente tem é que dar um conselho para os ladrões de galinha. Junte sua turma, filie-se ao PT e roube, mas roube muito? e quando te pegarem, diga que você não sabia!"

Assista:https://www.youtube.com/watch?v=Iv23rhdAEUI
Sidnei Luis Reinert
04/06/2016 19:06
Torquato Jardim(ministro da Transparência, Fiscalização e Controle) deu uma interessantíssima entrevista ao jornal "Diário do Povo do Piauí", na qual chama atenção, de forma sincera e transparente, para aspectos da cultura da corrupção no Brasil. As reflexões do Torquato merecem ficar anotadas como temas para debates:

"Nada aqui é relevante para a história da humanidade. Estamos sempre imitando o modelo de alguém a todo tempo, e não chegamos a lugar nenhum. Nunca paramos para pensar quem nós somos".

"Vivemos num país em crise. Não sei qual a esperança que temos. O Brasil vive da ração e não da razão. O estado de São Paulo reelegeu todos que eram réus no Mensalão, menos um deputado federal. Qualquer programinha social onde se distribua bônus disso, bônus daquilo, se ganha a eleição".


"O que mudou com o impeachment de Collor? O que mudou no Brasil depois da CPI do Orçamento quando os sete anões foram cassados? O que mudou com o mensalão? O que vai mudar com a Lava-Jato? Enquanto o mensalão estava sendo condenado, a Lava-Jato estava sendo operada. Eles aconteceram ao mesmo tempo".


"Partido político hoje é uma central de negócios, todos com o mesmo programa, todos querem a mesma coisa. Você tem 35 partidos políticos no TSE, 28 no parlamento, 28 fazendo manobra para ganhar dinheiro, ganhar cargo público. Já se formou um novo centrão, com quase 20 partidos, 350 deputados para fazer pressão no presidente Michel Temer para conseguir mais cargos. É isso que é o partido político hoje no Brasil, um balcão de negócios. Isso não é governabilidade, é em nome da corrupção e da safadeza".
Herculano
04/06/2016 11:15
ESTARRECEDORA A REPORTAGEM DE CAPA DA REVISTA VEJA DESTA SEMANA. O MUNDO POLÍTICO ESTÁ DE C0CORAS. PT E PMDB MAIS EXPOSTOS DO QUE ANTES E ENTENDE-SE PORQUE DESQUALIFICAM POLÍCIA FEDERAL, MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, JUSTIÇA, A IMPRENSA LIVRE E INVESTIGATIVA. MARCELO ODEBRECHT:PROPINA FINANCIOU REELEIÇÃO DE DILMA

Parte 1

Reportagem e texto de Daniel Pereira, Robson Bonin, Thiago Bronzato, Hugo Marques e Ullisses Campbell. O ex-presidente José Sarney sabe das coisas. Com a autoridade de seus 60 anos de vida pública e um talento nato para resistir a tormentas, Sarney disse numa conversa gravada que a delação premiada de executivos da Odebrecht provocaria um estrago digno de "uma metralhadora de ponto 100". A velha raposa externava o temor reinante na classe política com a possibilidade da revelação dos detalhes da contabilidade clandestina da maior empreiteira do país.

Fazia coro com as autoridades empenhadas em melar a investigação do petrolão. A operação abafa, como se sabe, fracassou. A delação de diretores e funcionários da Odebrecht já está sendo feita. Não só ela como a colaboração do ex-­chefe da OAS, que fez a reforma do sítio que servia de refúgio para o ex-presidente Lula. Em vez de uma, são duas as metralhadoras engatilhadas, ambas com munição de sobra para permitir que a Lava-­Jato feche a lista de políticos beneficiados com propina e identifique a cadeia de comando do maior esquema de corrupção já investigado no país. O poder de fogo é ainda mais devastador, letal e definitivo do que imaginava o experiente Sarney.
Herculano
04/06/2016 11:15
ESTARRECEDORA A REPORTAGEM DE CAPA DA REVISTA VEJA DESTA SEMANA. O MUNDO POLÍTICO ESTÁ DE C0CORAS. PT E PMDB MAIS EXPOSTOS DO QUE ANTES E ENTENDE-SE PORQUE DESQUALIFICAM POLÍCIA FEDERAL, MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, JUSTIÇA, A IMPRENSA LIVRE E INVESTIGATIVA. MARCELO ODEBRECHT:PROPINA FINANCIOU REELEIÇÃO DE DILMA

Parte 2

A delação mais aguardada é a de Marcelo Odebrecht, o príncipe das empreiteiras, provedor-mor das campanhas eleitorais, doador universal do sistema político brasileiro. Preso em junho do ano passado, Marcelo, de início, declarou-se inocente e rechaçou a possibilidade de ajudar as autoridades a esquadrinhar as entranhas do petrolão. "Primeiro, para alguém dedurar, precisa ter o que dedurar. Isso eu acho que não ocorre aqui", disse o empresário, já sob a custódia da Polícia Federal, numa audiência da CPI da Petrobras.

Os parlamentares presentes, sabedores de onde o calo aperta, quase pediam desculpas ao fazer perguntas a ele. "Eu talvez brigasse mais com quem dedurou do que com aquele que fez o fato", acrescentou Marcelo, criticando os delatores. Uma sucessão de fatos mudou suas convicções. Fracassaram todos os recursos jurídicos e as armações políticas de bastidores para livrá-lo da prisão. A força-tarefa da Lava-Jato descobriu que a Odebrecht tinha um setor específico para pagamento de propina que abastecia os partidos governistas e de oposição.

Em março, o juiz Sergio Moro, responsável pela Lava-Jato, condenou Marcelo a dezenove anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Para se livrar da cadeia, o condenado finalmente aceitou exercer o papel de delator que tanto desqualificara.
O alvo principal de suas revelações será a presidente afastada Dilma Rousseff. Segundo o empresário, a reeleição de Dilma foi financiada com propina depositada em contas no exterior.

A Lava-Jato já rastreou o repasse de 3 milhões de dólares da empreiteira para uma conta na Suíça do marqueteiro João Santana, mago das últimas três campanhas presidenciais do PT. Além disso, mapeou o pagamento de 22,5 milhões de reais ao marqueteiro, em dinheiro vivo, entre outubro de 2014, quando Dilma conquistou o segundo mandato, e maio de 2015. Marcelo confirmará aos investigadores que, ao remunerar Santana, bancou despesas não declaradas da campanha da petista.
Herculano
04/06/2016 06:56
IGUAIS. NEM TIRAR, NEM POR

A cada dia que passa, o PT, PP e principalmente o PMDB se mostram iguais na gula, na propina, no roubo e na má gestão contra os pagadores de pesados impostos.

É um escândalo atrás do outro na república de Brasília. Wake up, Brazil! Acorda, Gaspar!
Herculano
04/06/2016 06:44
APERTEM OS CINTOS, O PILOTO SUMIU, por Vladimir Safatle, professor de filosofia da USP, para o jornal Folha de S. Paulo

É certo que mesmo o mais entusiasta apoiador do golpe oligárquico perpetrado no Brasil não imaginava uma sequência tão desastrada como a que estamos a ver. A narrativa hegemônica antes do processo de impeachment de Dilma Rousseff era que, afastada a presidente, o dólar cairia, a bolsa subiria, a sociedade se reunificaria e voltaríamos a uma certa normalidade.

Mesmo os que denunciavam a manobra política afirmavam que entraríamos em um conchavo macabro entre a classe política, a imprensa e o judiciário para a criação de uma pacificação artificial do cenário político nacional.

No entanto, o que aconteceu foi outra coisa. Nestes primeiros 20 dias, o governo interino foi diariamente bombardeado por vazamentos de gravações que provocaram a queda de dois ministros em menos de um mês, setores da imprensa não deixaram de reverberar os arcaísmos e mazelas dos novos ocupantes do poder, minando a popularidade de um governo que começou em baixa. A quantidade de medidas anunciadas e revogadas em menos de um dia demonstra a profunda fragilidade do arranjo governista e seu programa.

Uma das formas de interpretar tal situação passa por compreender de outra forma golpes políticos como esse que o Brasil conheceu.

Normalmente, imaginamos que a queda de um grupo de poder e a ascensão de outro é fruto de um projeto claramente concebido que recebe a anuência de vários atores políticos com interesses em comum dispostos a se submeter a um comando central.

Teria sido assim, por exemplo, com a ditadura militar, na qual setores do empresariado nacional, do latifúndio, da igreja conservadora e da imprensa organizaram seus interesses em comum submetendo-se ao comando militar, que foi rapidamente impondo sua hegemonia de fato.

No entanto, lembremos aqui da teoria presente em um dos mais impressionantes estudos sobre o estado nazista, a saber, "Behemoth: A Estrutura e a Prática do Nacional-Socialismo", de Franz Neumann.

Uma das principais teses de Neumann, companheiro de rota da Escola de Frankfurt, consiste em afirmar que o Estado nazista não era uma totalidade orgânica e homogênea. Antes, ele era composto de, ao menos, quatro grupos (o partido, o Exército, os industriais e a burocracia estatal) que se digladiavam entre si constituindo estruturas de poder paralelas que entravam continuamente em choque.

O Estado não se desagregava apenas porque existia um "mediador universal" reconhecido por todos (no caso, o Führer) que decidia os conflitos internos quando necessário. Agora, imagine uma situação como essa sem a figura do mediador universal. Você chegará assim ao Brasil atual, fruto de um impressionante golpe sem comando.

Cinco grupos tomaram a frente do processo de derrubada do governo Dilma. Primeiro, a casta política, que resolveu sacrificar seu sócio mais novo (o PT) para tentar, como disse singelamente o senhor Romero Jucá, "estancar a sangria".

Segundo, o poder Judiciário, que, diante da imobilidade do Executivo e do Legislativo, paulatinamente foi alçado ao centro do processo decisório nacional, ganhando um protagonismo e autonomia nunca visto. Não foram poucos os que denunciaram que o Brasil caminha para uma certa condição de República de juízes.

Terceiro, setores hegemônicos da imprensa, que tem sua pauta liberal-conservadora própria.

Quarto, a oligarquia financeira, único setor da economia nacional capaz de organizar o comando da economia a partir de seus próprios interesses. Por fim, a igreja evangélica conservadora, cuja influência na política brasileira é fruto de trabalho ideológico de longo fôlego no interior da dita "nova classe média".

Todos esses atores têm agendas próprias, não necessariamente convergentes. A única coisa que eles têm em comum é o mesmo inimigo externo, a saber, a esquerda no poder. O que os une é a violência contra o mesmo inimigo, que precisará continuar como tal. O que veremos agora será, pois, tais atores se digladiando entre si para impor sua hegemonia.

Policiais prendendo banqueiros, a imprensa enquadrando membros da casta política, evangélicos pressionando o governo para suas pautas fundamentalistas: esses movimentos são apenas um jogo de força no interior de um golpe sem comando e de um país à deriva. Esta é uma das versões possíveis do vazio no poder.
Herculano
04/06/2016 06:29
MPF PEDE MEDIDAS DURAS CONTRA RENAN, JUCÁ, SARNEY E CUNHA, por Severino Motta, de Veja

A bomba atômica que se anunciava para a semana passada ainda está nas mãos do relator da Lava-Jato no STF, Teori Zavascki.

Os principais alvos de uma série de pedidos do Ministério Público são a tríade peemedebista Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney, implicados na delação de Sérgio Machado.

Eduardo Cunha não está na delação de Machado. Mas Rodrigo Janot tratou dele no calhamaço que enviou a Teori.

Há medidas específicas - e duríssimas - requeridas para cada um.
Herculano
04/06/2016 06:25
MALA PRONTA, Mônica Bergamo, colunista do jornal Folha de S. Paulo

Dilma Rousseff se reuniu nesta semana com integrantes da Frente Brasil Popular, que conta com CUT (Central Única dos Trabalhadores) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), entre outras entidades. Fechou agenda de viagens. Depois de Rio de Janeiro, na quinta (2), e Porto Alegre, ela parte nos próximos dias para o Nordeste. Visita capitais como João Pessoa (PB), Recife (PE) e Salvador (BA).

MALA PRONTA 2
Senadores do PT estão convencidos de que a rejeição a Dilma, no Nordeste, já diminuiu desde o impeachment, em parte pelos problemas enfrentados pelo presidente interino Michel Temer. Não acreditam em reversão do impedimento no Senado, mas sim em aumentar as dificuldades para o peemedebista no parlamento.
Herculano
04/06/2016 06:23
GOVERNO LIMITA USO DE AVIÃO DA FAB POR DILMA, por Reinaldo Azevedo, de Veja

A Casa Civil afirma que, por não ter compromissos oficiais, a presidente afastada só poderá usar avião da FAB para ir à Porto Alegre.

Que bom!

No Estadão, reportagem de Carla Araújo, Tânia Monteiro e Gabriela Lara conta que Dilma será limitada na sua atual tarefa de gastar dinheiro público para ofender o estado de direito, como fez, por exemplo, ontem à noite [quinta-feira], em viagem ao Rio de Janeiro em que discursou explorando politicamente o estupro daquela menor. Comentei mais cedo.Leiam:

Um parecer elaborado pela sub-chefia de assuntos jurídicos da Casa Civil restringiu o uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) pela presidente afastada Dilma Rousseff. O parecer foi emitido nesta quinta-feira e, conforme o órgão comandado pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), já está em vigor. Com isso Dilma só poderá solicitar a aeronave para ir para o Rio Grande do Sul, onde reside.

A decisão contraria a principal estratégia da petista que pretendia neste período de afastamento defender o seu mandato. Desde que o impeachment foi aceito no Senado, no dia 12 de maio, Dilma já viajou para atos em Belo Horizonte e para o Rio de Janeiro, além de ter ido três vezes a Porto Alegre, onde tem família.

"Hoje houve uma decisão da Casa Civil ilegítima, cujo objetivo é proibir que eu viaje", disse ao participar do lançamento de um livro na capital gaúcha, nesta sexta-feira. "É um escândalo que não eu não possa viajar para o Rio, para o Pará ou qualquer outro lugar", disse.

Ela justificou que não pode pegar um avião comercial, como qualquer outra pessoa faria, porque a Constituição determina que é preciso haver um aparato de segurança fazendo sua escolta. "Então temos uma situação que tem ser resolvida, porque eu vou viajar", afirmou.

De acordo com fontes da Casa Civil, o parecer não tem cunho político e limita-se a "uma análise técnica e jurídica da Casa". A justificativa para o veto ao uso da aeronave é que Dilma não tem compromissos oficiais e o transporte aéreo é destinado apenas a atos oficiais. "Envolve uma logística enorme, muita segurança. É uma estrutura de chefe de estado", disse uma fonte da Casa Civil.

"A regra a que se impõe a todo gestor de recursos públicos é a do reconhecimento de que todo e qualquer ato do poder público deve se dar em conformidade com os ditames constitucionais, em especial aqueles relativos aos princípios que norteiam a atividade administrativa, a saber, a legalidade, a razoabilidade, o interesse público, a transparência, a economicidade e a moralidade", diz o parecer.

Apesar de ter sido emitido na quinta-feira, a decisão não afetou a viagem que a presidente afastada Dilma Rousseff fez para o Rio de Janeiro. Segundo fontes do Planalto, a decisão de permitir a viagem ao Rio foi para "evitar maiores constrangimentos". "Ontem a solicitação já havia sido feita com antecedência. Agora, depois de hoje já começa a valer", afirmou uma fonte do Planalto.
Herculano
04/06/2016 06:12
TRANSPETRO: MACHADO PODE DEVOLVER R$1,2 BILHÃO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A Procuradoria Geral da República calcula que o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o filho Did, seu operador financeiro, que fecharam acordos de delação premiada com a Lava Jato, podem devolver 300 milhões de euros (R$1,2 bilhão) afanados de contratos da subsidiária da Petrobras. A estimativa é de que desde o seu início o esquema de corrupção pode ter desviado R$6 bilhões da Transpetro.

FUNDO DA CORRUPÇÃO
A suspeita dos investigadores é de que o dinheiro administrado por "Did" e o pai seria de caciques do PMDB, seu partido "padrinho".

ESCORPIÃO GRAVADOR
Sérgio Machado provocou conversas com ex-aliados como Renan Calheiros e Romero Jucá, como parte do acordo de delação.

DIRTY MONEY
A Polícia Federal investiga se o dinheiro desviado por Sérgio Machado na Transpetro está em fundos na Europa, onde morava o filho.

NITROGLICERINA
O Ministério Público Federal considera a delação de Did Machado muito mais contundente do que a do pai Sérgio Machado.

SERRA SE ALINHA À OMC NO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Entenderam tudo errado: longe de divergir, o chanceler José Serra está alinhado com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), embaixador Roberto Azevêdo. Eles concordaram, em reunião em Paris, esta semana, que será bom para o Brasil buscar negociações bilaterais, que segundo Serra foram abandonadas nos governos do PT. Mas sem descuidar do multilateralismo da OMC.

QUEM DESDENHA...
Em discurso de negociador, Serra criticou questões como das barreiras fitossanitárias, mas na parte final destacou o papel da OMC.

...QUER NEG?"CIO
Após a reunião ministerial da OMC, Serra esteve com o diretor-geral Roberto Azevêdo, que saiu do encontro muito otimista.

VISITA OFICIAL
Azevêdo fará visita oficial a Brasília, nos dias 13 e 14, quando se reunirá com o presidente Michel Temer e o chancelar José Serra.

SEQUESTRO VIRTUAL
Vários escritórios de advocacia de Brasília, incluindo os de Wilfrido Marques e de Fernanda Hernandes, sofreram sequestro virtual dos arquivos em seus computadores. Os bandidos pedem R$500 mil de resgate a cada um deles. Polícia Federal e a OAB foram acionadas.

SARNEY DE VOLTA
José Sarney está em Brasília desde quarta (1º), trabalhando e recebendo visitas. Sem sinais de abatimento. É habituado a embates: "Não é a primeira vez que ele é vítima de vilania", diz um velho amigo.

CEDRAZ NA POLÍCIA
O ministro Teori Zavascki mandou a Polícia Federal interrogar o presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, sobre maracutaias na licitação da usina de Angra 3, revelada por Ricardo Pessoa, dono da UTC. Um dos investigados é seu filho, Tiago Cedraz.

ALAVANTU
Enquanto figurões se preparavam para outra noite na expectativa da Federal na porta, o procurador Rodrigo Janot estava com a família, quinta (2) à noite, na abertura da festa junina do Iate Clube de Brasília.

RESPONDE AÍ
Magno Malta (PR-ES) não vê necessidade de os ministros de Dilma pedirem a quarentena que os impede de atuar na iniciativa privada: "Quem vai ter coragem de contratar um petista após o governo Dilma?"

IMPOST?"METRO
Os brasileiros já pagaram mais de R$ 850 bilhões em tributos só neste ano. A marca batida foi registrada pelo Impostômetro. Com a grana seria possível, por exemplo, pagar mais de 6 bilhões de bolsas família.

ESTAVA FORA
O secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Jânio Macedo, foi diretor de Governo do Banco do Brasil até outubro de 2015. Aposentou-se para depois assumir o cargo no novo governo.

'TUDO REGISTRADO'
O Banco do Brasil diz que, ao contrário da suspeita de funcionários, os computadores retirados da sede, na última semana do governo Dilma, estão na área de tecnologia do banco para atualização e redistribuição.

OS INSACIÁVEIS
Após roubar Petrobras, Eletrobras etc, só faltava saber que a turma defenestrada do poder assaltou a Casa da Moeda. Não falta mais.
Herculano
04/06/2016 05:58
AS "JABUTICABAS" DO SINDICALISMO, por José Pastore, economista presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio-SP, para o jornal O Estado de S. Paulo

Poucos são os empregados que conhecem a razão de pagar tanto dinheiro aos sindicatos laborais. Quando muito sabem que são descontados em um dia de salário por ano a título da contribuição sindical (imposto sindical). A cobrança é obrigatória para quem é e quem não é filiado ao sindicato. Isso é lei, não há o que reclamar. É uma jabuticaba brasileira.

Para quem ganha R$ 3 mil por mês, por exemplo, são R$ 100 anuais. E a cobrança não para aí, porque os sindicatos recolhem dos empregados, de uma só vez ou em parcelas, valores que chegam a 10% do salário a título de contribuição assistencial ou negocial. No caso em tela, isso dá mais R$ 300 por ano, descontados de forma generalizada, a despeito de decisões judiciais do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior do Trabalho, que limitam essa cobrança aos empregados filiados dos sindicatos e que assim concordarem.

Além dessas duas contribuições, há a associativa ?" de valores variados, para os filiados dos sindicatos - e a confederativa, que é cobrada para a manutenção do sistema confederativo. São quatro contribuições! Para o empregado que ganha R$ 3 mil por mês, pode-se estimar um dispêndio anual de, no mínimo, R$ 500.

Será que todos os empregados estão de acordo com essas cobranças? Para quem discorda, o primeiro passo é calcular exatamente o quanto de seu salário vai para entidades sindicais, que muitas vezes nem conhecem.

É claro que os sindicatos precisam de dinheiro para formar líderes, promover campanhas salariais, atuar nos poderes públicos e prestar serviços aos seus representados. Sei que muitos fazem tudo isso com rara competência. Mas, como em qualquer outra associação, agremiação ou clube, só deveria pagar quem é filiado ou os que aprovarem o referido pagamento em assembleias democráticas. 36

As jabuticabas não param aí. Por força de um dispositivo constitucional (artigo 8.°), os sindicatos brasileiros não têm nenhuma obrigação de prestar contas do que gastam aos seus filiados ou representados, nem mesmo ao Poder Público. Você já viu algum balanço anual de sindicato publicado em jornal de grande circulação?

Em nenhuma parte do mundo entidades que recebem recursos públicos estão isentas da responsabilidade de prestar contas aos poderes constituídos e aos seus representados (José Pastore, Reforma sindical: para onde o Brasil quer ir?, São Paulo: Editora LTR, 2003). No Brasil, essa estranha prerrogativa é garantida pela Constituição Federal. Os sindicatos podem fazer o que quiserem com o que arrecadam, até mesmo se engajar em campanhas políticas com apoio a este ou àquele candidato. Você, caro eleitor, alguma vez foi consultado sobre o uso do seu dinheiro para apoiar candidatos ou movimentos sociais?

Nos Estados Unidos, os professores da Califórnia estão neste momento na Suprema Corte pedindo para não pagar contribuições aos sindicatos que usam seus recursos em campanhas políticas que contrariam os seus princípios. Tudo indica que a Corte proibirá a cobrança de professores não sindicalizados.

O Brasil chegou perto de resolver esses problemas quando, em 2003, representantes dos empregados, empregadores e governo, reunidos no Fórum Nacional do Trabalho, firmaram um acordo para eliminar gradualmente a cobrança das contribuições compulsórias, ampliando, no mesmo ritmo, a cobrança de contribuições voluntárias, com a aprovação e controle dos representados. Lula engavetou o histórico acordo que, no fundo, era e é a espinha dorsal da reforma sindical. Sem isso não há como ter no País sindicatos representativos e como fazer valer as regras básicas da democracia.

Sei que o tema é espinhoso. Mas é preciso mudar. O Brasil não pode insistir em querer ser o único certo em todo o mundo.
Herculano
04/06/2016 05:54
REPÚBLICA DE BARNABÉS, por Igor Gielow, para o jornal Folha de S. Paulo

Uma das bolas cantadas durante a campanha de 2014 dizia respeito à dificuldade de uma transição, no caso de vitória da oposição após anos de domínio do PT sobre a máquina federal.

Não aconteceu. O hoje detento João Santana, digo, Dilma, venceu. Só que durou pouco, levando à situação antecipada com dificuldades extras: o pessoal de saída não reconhece quem chega como legítimo.

Política de terra arrasada é tão antiga quanto a guerra. Assim, vemos resistência de vários setores, em especial dos mais aparelhados pelo petismo, contra o que chamam de "governo golpista", aspas obrigatórias. É uma gente que, na média, não faz justiça à ideia de servidor público.

Mas a intensidade do choro é proporcional ao resultado: onde estão os "artistas contra o golpe" após a manutenção do status quo? Ocupando uns prédios inúteis, talvez.

A EBC, estatal bizarra que no papel quis emular a BBC e na prática vive o "Pravda", é palco de uma disputa simbólica e mesquinha.

Seu presidente foi alçado ao cargo às vésperas do impeachment, e se agarra ridiculamente a um cargo que não mais lhe pertence porque não existe comunicação institucional independente no Brasil. Tudo errado.

Fossem sérios o sistema e os personagens, ninguém discutiria sua permanência. O novo regime o derrubou à força, ele recorreu e ganhou provisoriamente. Tanto faz o desfecho: audiência da comunicação de governo seguirá sendo um traço.

Isso tudo explica a decisão de Michel Temer de apoiar o aumento do funcionalismo: comprar alguma tranquilidade. O mercado, ávido por bonança, por ora perdoou a contradição: nada como a boa vontade.

Sem pudores, o presidente interino comemorou a "pacificação" com setores que só sossegam quando antecipam dinheiro na conta. Ele está certo, de seu jeito e reconhecendo nossa miséria: a bomba fiscal só explodirá no colo de quem o suceder.
Herculano
04/06/2016 05:49
LENDA DO BOXE, MUHAMMAD ALI MORRE AOS 74 ANOS

Conteúdo e texto da ESPN. Morreu neste sábado o ex-pugilista [e ativista] Muhammad Ali, aos 74 anos, vítima de problemas respiratórios. A lenda do boxe também lutava contra o mal de Parkinson desde o início dos anos 80, pouco tempo após a sua aposentadoria, em 1981.

Na última quinta-feira, seu porta-voz, Bob Gunnell, comunicou que Ali estava internado em um hospital de Scottsdale, no Arizona.

O enterro será em sua cidade natal, em Louisville, mas os demais detalhes não foram revelados pelos familiares.

Mais do que um atleta

Nascido Cassius Marcellus Clay Jr., em Louisville, no Kentucky, em 17 de janeiro de 1942, Ali mudou seu nome após converter-se ao islamismo, e escreveu uma história de lutas não só dentro dos ringues.

Campeão olímpico em 1960, nos Jogos de Roma, ele conquistou o título dos pesos pesados em 64, após vencer Sonny Liston. A revanche contra Liston aconteceu em maio do ano seguinte e terminou com um polêmico nocaute, e com a provocação de Ali, que ficou parado ao lado do rival e disse: "Levante-se e lute", emendando ainda um palavrão.

Em 1967, Ali se recusou a servir o exército norte-americano na Guerra do Vietnã. "Por que me pedem para por um uniforme e viajar 10.000 milhas para jogar bombas e atirar em pessoas morenas no Vietnã, enquanto as pessoas chamadas de negras em Louisville são tratadas como cães e lhes negam direitos básicos?", questionou ao ser interrogado pelo exército.

Por isso, foi banido do boxe por três anos, sentenciado a cinco anos de prisão e uma multa de US$ 10 mil. Em liberdade enquanto o caso era julgado, ele só voltou aos ringues em 1970, quando nocauteou Jerry Quarry no terceiro round.

No ano seguinte, travou com Joe Frazier a "Luta do Século", a qual perdeu após 15 rounds, na sua primeira derrota como profissional. Também em 1971, a Suprema Corte dos Estados Unidos retirou as acusações de insubmissão, encerrando o imbróglio judicial.

Em janeiro de 1974, Ali teve sua revanche contra Frazier no Madison Square Garden, em Nova York, vencendo por decisão dos árbitros após 12 rounds.

Em 30 de outubro do mesmo ano, aconteceu a famosa luta contra George Foreman, no Zaire, quando Ali recuperou o cinturão dos pesos pesados nocauteando o adversário no oitavo round.

Outra briga de Ali foi contra o racismo, relacionando-se diretamente com líderes da causa, como Martin Luther King e Malcolm X. Em sua biografia, ele conta que certa vez negaram lhe servir em um restaurante, mesmo apresentando-se como campeão olímpico, apenas por ser negro. Irritado, atirou a medalha de ouro no Rio Ohio. Em 1996, foi homenageado na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Atlanta. Além de carregar a tocha olímpica, recebeu uma réplica da medalha que ganhou em 1960.

Em 1999, foi eleito "O Desportista do Século" pela revista americana Sports Illustrated. Este foi apenas um dos diversos prêmios que ganhou em reconhecimento aos seus feitos. Em seus 21 anos de carreira profissional foram 56 vitórias, sendo 37 por nocaute, e apenas cinco derrotas.

FRASES DA LENDA

Algumas frases que marcaram a vida de Muhammad Ali:

- Eu odiava cada minuto dos treinos, mas dizia para mim mesmo: Não desista! Sofra agora e viva o resto de sua vida como um campeão.

- Aquele que não tem coragem suficiente para aceitar os riscos, não irá conquistar nada na vida.

- Impossível é apenas uma grande palavra usada por gente fraca, que prefere viver no mundo como está em vez de usar o poder que tem para mudá-lo. Impossível não é um fato, é uma opinião. Impossível não é uma declaração, é um desafio. Impossível é hipotético. Impossível é temporário.

- Quanto mais nós ajudamos os outros, mas nós ajudamos a nós mesmos.
Herculano
04/06/2016 05:37
ÚLTIMAS DELAÇÕES DÃO AO IMPEACHMENT A APARÊNCIA DE UMA GUERRA ENTRE FACÇÕES, por Josias de Souza

O conteúdo das últimas delações premiadas da Lava Jato - além das cenas da já conhecida promiscuidade nas altas esferas da política entre os que lutam para se firmar no Planalto e os que brigam para retornar - revela um cenário típico de guerra entre facções criminosas pelo controle dos negócios do poder.

Sérgio Machado, o delator do PMDB, disse ter repassado R$ 70 milhões roubados da Transpetro para Renan Calheiros (R$ 30 milhões), Romero Jucá (R$ 20 milhões) e José Sarney (R$ 20 milhões) - uma troica de cardeais que Michel Temer afaga, para evitar que o roteiro do impedimento de Dilma desande no Senado.

Marcelo Odebrecht, o delator dos delatores, avisou que seu alvo mais reluzente será Dilma. Ele conta que as arcas da reeleição de madame foram abastecidas com dinheiro de propina. Algo que, aliás, a forca-tarefa da Lava Jato já havia farejado ao rastrear o envio de R$ 3 milhões da construtora Odebrecht para uma conta aberta na Suíça por João Santana, além do repasse de R$ 22 milhões em dinheiro vivo ao marqueteiro da reeleição.

A batalha do impeachment se desenrola contra um fundo de progressivo descrédito da sociedade saqueada e submetida a uma combinação de recessão, inflação e desemprego. Há em cena dois Brasis. O país oficial faz pose de limpinho ao lado dos seus respectivos lixões, enquanto briga pelo controle dos pontos de coleta. O país real luta para sobreviver à escassez e ao desemprego.
Herculano
04/06/2016 05:31
ESTADO DE DÍVIDA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

O presidente interino, Michel Temer (PMDB), parece decidido a reconhecer e pagar débitos políticos ou financeiros do governo.

Trouxe à luz despesas federais obscuras e projetou de modo pouco claro um deficit maior, a fim de acomodar outras surpresas. Aceitou sem mais o reajuste do funcionalismo negociado pela presidente afastada, Dilma Rousseff (PT). Agora, indica que deve exigir menos contrapartidas na renegociação da dívida dos Estados com a União.

Supõe-se que Temer queira, de uma parte, limpar o passado recente de manipulação do balanço do governo. De outra, aproveita a deterioração geral das finanças públicas para colocar nessa conta a despesa com a acumulação de capital político.

Gasta mais no intuito de manter a paz com o Judiciário, não suscitar revoltas no funcionalismo e agradar a governadores e suas bancadas estaduais. A ideia seria limpar o terreno e acumular forças com vistas à votação de reformas importantes para a economia.

O excesso de concessões, todavia, pode inviabilizar a empreitada, como nas negociações estaduais.

As finanças dos Estados estão em situação difícil ou até calamitosa, como no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais.

Desde o governo Dilma, pretende-se reduzir temporariamente o pagamento de débitos estaduais com a União em troca de controles de gastos com salários, aposentadorias e pensões e de um teto para outras despesas.

Os Estados querem uma moratória de dois anos. A contenção de gastos previdenciários ficou para outra negociação. Ainda não está claro como será o limite para despesas com folha. Os governos fluminense, gaúcho e mineiro desceram a tal penúria que precisarão ainda de acertos especiais.

Quanto mais Temer conceder, pior ficará a situação da União e menos crível será o ajuste fiscal.

As concessões da União devem de ser trocadas por um controle duro e duradouro, tal como aquele firmado no final dos anos 1990 ?"e relaxado a partir de 2012, com incentivo do governo Dilma. A União autorizou endividamento excessivo; Estados aumentaram despesas permanentes e com subsídios e isenções fiscais.

Lamentavelmente, o auxílio tornou-se inevitável, pois serviços essenciais estão ameaçados. Tal descalabro não pode contaminar ainda mais a também avariada administração federal, o custo das dívidas públicas e, assim, as perspectivas de reduzir juros e reerguer a confiança econômica.

Os Estados terão de apresentar um plano de redução de despesas no mínimo de proporção equivalente ao que se planeja no governo federal. A complacência prejudicará o país inteiro.
Roberto
03/06/2016 22:54
Ao almir diária Ilhota
Caro almir como você é mau informado ,primeiro na foto não é nem o Fabrício nem o João ,otário você ,segundo já foi conversado com a dona Rosângela proprietária da chácara e tudo resolvido o mau entendido ,vai sair uma matéria no jornal esplicando. Situação e todos aqueles que estão falando inverdades e postaram denigrindo a imagem do tal Vereador vai ser processado por calúnia e difamação inclusive seus comentários no Facebook e de outros foi tirado print para a polícia civil usar para indentificar seu IP e desvendar o almir Ilhota por trás do fake .
Lesma Zúque
03/06/2016 20:51
Piorô, tal mau mesmo.
Em Ilhota tem vereador ladrão de peixe.

Aqui em Gaspar tem um monte de vereador ruim e agora vamos ter um vereador cachorro.
Papa Bagre.
03/06/2016 20:15
O vereador charuto é o mesmo que tinha e tem um montao de parente encostado da prefeitura de Ilhota. O vereador charuto so não é mas esperto que o vereador que foi secretario de finanças.Agora temos alem do vereador jundia o vereador charuto. Eita povinho lingeiro.
Sidnei Luis Reinert
03/06/2016 19:30
Marcelo Odebrecht "GRAVOU" Dilma Rousseff
by CristalVox

A mais explosiva "delação" da Lava Jato vem acompanhada de gravações "CLANDESTINAS" realizadas na biblioteca do Palácio do Planalto, nas datas de 26 de março e 25 de julho de 2014.



Marcelo Bahia Odebrecht, então o "maioral" do clube do milhão, foi recebido de "froma pessoal e privada" pela presidente Dilma Rousseff, conforme mostra a agenda presidencial, pública, acessada através da internet.

Assunto: Doações "ilegais" para "reforçar" o caixa da campanha da candidata do Partido dos Trabalhadores à presidência da república.

Dois dias após a prisão de Marcelo Bahia Odebrecht, seu pai, o chefe do Clã, Emílio Odebrecht propagou em "alto e bom som" que se Marcelo não fosse "solto", em uma semana, levaria junto para a prisão, Lula e Dilma. A maioria do mundo político recebeu a declaração de Emílio como sendo uma brincadeira, uma galhofa de alguém "acossado" pelos fatos e pela justiça.

Emílio Odebrecht não estava brincando!

Agora, com o "revelação" dos Odebrecht"s" cai definitivamente a República do Partido dos Trabalhadores.
Herculano
03/06/2016 18:44
TEMPO QUENTE. APOIADORES DE ANDREIA SALTAM NAS TAMANCAS PELA JOGADA DO PMDB CONTRA ELA E O PSDB

Ao analisar e olhar as redes sociais nesta sexta-feira, e até ler um comentário postado aqui pela manhã, juntando com as notas que fiz antes do meio-dia de ontem para a coluna de hoje - quando não se tinha o desfecho desta história -, viu-se que o PMDB de Gaspar nunca deixou de ser PMDB de Gaspar.

Ele perde para ele mesmo e reclama da imprensa, mas só em tempo de campanha. Dissimula e trabalha arduamente por resultados, mas só nos bastidores, ao invés de ir para a rua pedir votos e vender o peixe contra o que está ai. O PMDB de Gaspar não percebeu que hoje dia, qualquer telefone celular é um repórter, um perigo e a rede social que utiliza para hostilizar e constranger adversários, pode ser o ferro pelo qual será ferido.

Pior mesmo, estava para a postagem no Facebook do pré-candidato Kleber Edson Wan Dall. No texto para o encontro que se fez com o ex-histório, o secretário de Agricultura aqui e em Blumenau, Renato Beduschi.

O PMDB de Gaspar confessou na postagem que não possui planos, propostas e discurso para pedir votos aos gasparenses. Foi pedir Renato e que agora está no DEM, comprometido com a candidatura de Andreia Symone Zimmermann Nagel, do PSDB, dicas para o plano governo do PMDB.

Show de humor ou de horror? Pois afinal Renato Beduschi é o padrinho da candidatura de Andreia e até pouco tempo tinha tudo para ser o vice dela. Quem, afinal, orienta a campanha de Kleber? Quem é o responsável pela comunicação que dá este atestado de alienação e vazio ao seu próprio candidato? Meu Deus! Acorda, Gaspar!
Almir ILHOTA
03/06/2016 18:39
Herculano

A coisa esta realmente feia em nossa cidade, pois tem até vereador roubando peixes em lagoa. e pelo que conheço da proprietária isso vai dar pano pra manga, pois ela alega que se os peixes não forem devolvidos, a lagoa consertada e a retirada dos peixes mortos que restaram na lagoa pela pressa da fuga até no sábado ela irá ao MINISTERIO PUBLICO, com fotos e boletim de ocorrência, e por falar em foto os dois que aparecem nela são o fabricio e o joao. A coisa ficou feia e vai feder.
Sidnei Luis Reinert
03/06/2016 18:15

Ai Chico Buarque, Leticia Mortadela, Titica Santa Cruz....

Lava Jato mira nos 100 maiores da Lei Rouanet

A força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba quer avançar agora sobre o financiamento de iniciativas culturais do País por meio da Lei Rouanet. O delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat encaminhou ofício ao Ministério da Transparência Fiscalização e Controle solicitando detalhes sobre os 100 maiores recebedores/captadores de recursos via Lei Rouanet nos últimos dez anos.

http://istoe.com.br/lava-jato-mira-nos-100-maiores-da-lei-rouanet/
Roberto
03/06/2016 14:30
Ao Herculano
Boletim de ocorrência até eu posso fazer ,só que o que eu quis dizer é que não foi roubado como está sendo dito ,a informação é bem diferente ,você como bom crítico deveria saber disso , espero que se informe avalie suas críticas .
Herculano
03/06/2016 13:17
Ao Roberto

A minha fonte é um Boletim de Ocorrência e que na próxima edição da coluna o publicarei para que não haja dúvida entre a sua afirmação e o que eu informei.
Roberto
03/06/2016 13:01
Sobre seu comentário Herculano sobre os peixes ,estas jogando ao vento sem saber ,outra você afirma que foi tirado o peixe ,mais um mentira sua ,quer dizer ,suas fontes são fracas e furadas apenas com intenção política,prove .....
Sidnei Luis Reinert
03/06/2016 12:30
Sobrou até para FHC

O delator Cerveró revelou que a presidência da Petrobras, durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, lhe orientou que fechasse contrato com a empresa PRS Participações - ligada ao filho de FHC, Paulo Henrique Cardoso.
Cerveró contou que fez o favor, entre os anos de 1999 e 2000, quando era subordinado ao ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) na diretoria de Gás e Energia da Petrobras.
Cerveró assegurou que obedeceu às orientações do então presidente da Petrobras, Philippe Reichstul...

Também sobrou para Collor

O inconfidente Nestor Cerveró acusou o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) de receber entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões da UTC para que a empresa construísse as bases de distribuição de combustíveis da BR Distribuidora, subsidiária da estatal.

Cerveró garantiu que a empresa ganhou todas as licitações da BR desde que ele assumiu sua diretoria, em 2008.

Cerveró relatou que o pagamento da propina ao senador era feito por intermédio de Pedro Paulo de Leoni Ramos, ex-ministro da gestão de Collor e apontado como o seu representante no esquema de corrupção na Petrobras.

Mais bronca contra Renan

Outro alagoano ilustre, que já é alvo de 12 inquéritos no STF, também foi alvo das revelações de Cerveró.

O delator assegurou que, em 2012, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o chamou em seu gabinete para reclamar da "falta de propina".

Na época, quem presidia o Senado era o imortal José Sarney...

Propina confirmada

Cerveró confirmou que recebeu propina no valor de US$ 1,5 milhão.

Ressalvou que parte desse dinheiro teria sido repassada ao ex-senador petista Delcídio Amaral.

Cerveró agora se compromete a devolver R$ 18,37 milhões à Petrobrás.

Também terá de entregar um lote de 10.266 ações da Petrobras que estão em seu poder, numa venda que gerou prejuízo de US$ 792 milhões à estatal.

http://www.alertatotal.net/
Sidnei Luis Reinert
03/06/2016 12:28
Lava Jato tem provas que propinas pagaram cabeleireiro e até teleprompter para Dilma, a "Rainha da Sucata"


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Sempre pintada em prosa e verso como "mulher honesta", Dilma Rousseff fica cada vez mais próxima do impedimento final, que terá como consequência a fatal inclusão de seu nome no processo movido por investidores, nos Estados Unidos, contra a Petrobras. Assim que perder o trono no Palácio do Planalto, Dilma vai se transformar na "Rainha da Sucata". Desde quanto era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma tinha pleno domínio de todos os fatos que aconteciam na estatal. Tal tese não será usada em seu impeachment, mas em futuras ações judiciais, no Brasil e no exterior. Será o "Passadilma"...

Não só por culpa da delação premiada do ex-diretor Internacional da Petrobras. A Procuradoria Geral da República já teria informações - obtidas no sistema armazenamento de dados do Palácio do Planalto - de que os esquemas de corrupção na Petrobras fizeram pagamentos de itens pessoais para a Dilma. Até as viagens a Brasília do cabeleireiro paulista Celso Kamura eram bancados pelas gestores das falcatruas. Até um teleprompter foi adquirido, sem necessidade de licitação, com as "verbas obtidas por fora" na Petrobras.

O ministro Teori Zavascki ampliou a megadestruição na imagem de Dilma, ao tornar públicas as inconfidências de Cerveró, que até então eram guardados em inexplicável caráter sigiloso. Nestor Cerveró garantiu que Dilma tinha todos os detalhes sobre a compra da sucateada refinaria norte-americana de Pasadena. Para piorar, Ceveró defendeu que Dilma sabia que políticos do PT e aliados recebiam propinas em negócios com a petrolífera brasileira. O delator citou até uma informação obtida junto ao senador cassado Delcídio Amaral, que teria ouvido de Dilma a promessa de "cuidar dos meninos" (referindo-se ao próprio Cerveró e a Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras.

No depoimento prestado em 7 de dezembro de 2015, Cerveró só deu uma aliviada na conduta pessoal de Dilma: "Que o declarante supõe que Dilma Rousseff sabia que políticos do Partido dos Trabalhadores recebiam propina oriunda da Petrobras; que, no entanto, o declarante nunca tratou diretamente com Dilma Rousseff sobre o repasse de propina, seja para ela, seja para políticos, seja para o Partido dos Trabalhadores. Que o declarante não tem conhecimento de que Dilma Rousseff tenha solicitado, na Petrobras, recursos para ela, para políticos ou para o Partido dos Trabalhadores".

Cerveró garantiu que: "Dilma Rousseff tinha todas as informações sobre a Refinaria de Pasadena; que Dilma Rousseff acompanhava de perto os assuntos referentes à Petrobras; que Dilma Rousseff, inclusive, tinha uma sala na sede da Petrobras no Rio de Janeiro; que Dilma Rousseff frequentava constantemente a Petrobras, usando essa sala, no Rio de Janeiro; que Dilma Rousseff conhecia com detalhes os negócios da Petrobras".
olhando a marmelada
03/06/2016 09:51
dr HERCULANO

O PMDB quer calar a Andreia desde que ela surpreendeu e se elegeu na pequena comunidade da Lagoa.

Primeiro quis que ela fosse do bloco deles para se empoleirar na Câmara. Não deu certo.

Segundo, quis dar uma lição nela. Deu os votos para o PT e o Melato ser presidente da Câmara no lugar da Andreia.

A Andreia perdeu o que foi prometido, a presidência da Câmara, mas Gaspar a conheceu melhor Andreia na sua luta contra os desmandos do PT e do Melato, e de não se dobrar a acordos feitos os políticos e longe da população.

Terceiro: o PMDB tinha o PSDB como o partido da Kombi, não deu valor e o mantinha refém via alguns vira-casacas e negociantes de boquinhas. Nem nas migalhas pensou. A ida da Andreia para o ninho tucano foi um susto. Perdeu o PMDB o rumo.

Agora o PMDB quer via Brasília, Florianópolis, Gaspar e qualquer um calar a Andreia. E qual a preocupação disto tudo?

Eu falo pro senhor, Herculano: o poder, com todos debaixo do relho, mais uma vez do PMDB e que o sr. já escreveu não deu certo no passado.

Eu falo pro senhor o outro receio do PMDB de Gaspar, de Blumenau e até de Florianópolis: a pesquisa que mostra que o PMDB não foi fiscal do PT e de Zuchi, está lambuzado com o PT de Lula e Dilma.

O PMDB sempre se achou o dono de Gaspar e tem medo do novo de não conseguir vencer. Quando teve oportunidade com o Adilson, jogou fora mais uma fez como aconteceu com o Nadinho e isto ninguém esquece.

É dr Herculano, o PMDB até prefere que não se tenha eleições, mas uma indicação, ou uma eleição indireta como a que vai acontecer neste domingo em Brusque. É mais fácil. São poucos para se conversar, negociar e acertar. Cumprir os acordos? Ai já é outro papo. O de Gaspar é meio esquecido neste assunto.

Cuidado Andreia, a política com marmanjos não é coisa para amadores. A senhora tem gana do Melato e do PT? Não queira saber como o PMDB tem gana da senhora. A senhora furou a fila dos que sabem o que é melhor para a cidade
Herculano
03/06/2016 09:19
Para complementar o papo de quarta-feira com os convidados do jornal Cruzeiro do Vale e comemorativo aos seus 26 anos de circulação

É DEVER DA IMPRENSA PUBLICAR INFORMAÇÃO RELEVANTE, AINDA QUE SIGILOSA

Parte 1

Conteúdo do Consultor Jurídico. Texto de Tadeu Rover. O jornalista tem o dever de publicar informações relevantes ao Estado e à sociedade, não importando se estas informações estão sob sigilo. Esse foi o entendimento aplicado pelo juiz João Luís Zorzo, da 15ª Vara Cível de Brasília, ao negar o pedido de indenização feito pelo Partido dos Trabalhadores contra a revista Veja.

O PT pedia R$ 80 mil de indenização devido à publicação da reportagem Eles sabiam de tudo, que foi capa da revista em outubro de 2014, véspera do segundo turno das eleições presidenciais. A reportagem afirma que, segundo o depoimento do doleiro Alberto Youssef, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff sabiam da corrupção na Petrobras. Na época, o Tribunal Superior Eleitoral chegou a determinar a publicação de direito de resposta no site da revista.

Apesar de não ser citado na notícia, o PT alegou que a publicação causou danos à honra do partido, pois citava dois de seus filiados. Para o partido, a reportagem era leviana e mentirosa, e foi publicada com o propósito de influenciar a eleição, tanto que a distribuição da revista foi antecipada para as vésperas do segundo turno. Além disso, alega que a revista violou segredo de Justiça, pois o depoimento do doleiro estava sob sigilo e ainda não havia sido homologado.

Representada pelo advogado Alexandre Fidalgo, a Abril Comunicações - responsável pela publicação da Veja - alegou a revista apenas exerceu o seu direito de informar, previsto na Constituição Federal. Além disso, apontou que o texto constitucional também garante que o direito à sociedade de receber informações dessa natureza.

Quanto ao fato de as informações estarem sob sigilo, apontou que não houve ilegalidade pois não houve divulgação de dados de processos ou procedimentos acobertados pelo segredo de Justiça, mas sim de informações recebidas ?" e de interesse -, que pela constituição brasileira não são proibidos de serem divulgados.
Herculano
03/06/2016 09:18
Para complementar o papo de quarta-feira com os convidados do jornal Cruzeiro do Vale e comemorativo aos seus 26 anos de circulação

É DEVER DA IMPRENSA PUBLICAR INFORMAÇÃO RELEVANTE, AINDA QUE SIGILOSA

Parte 2

Ao analisar o caso, o juiz João Luís Zorzo deu razão à revista. Antes de entrar no mérito da discussão, lembrou que o partido sequer foi citado na reportagem. Ainda que fosse, complementa o juiz, a delação é instituto previsto na legislação, não existindo óbice à sua divulgação. Para o juiz, a reportagem apenas teve o intuito de informar, narrando de forma objetiva e indicando a fonte das informações. Zorzo também afastou o argumento de que a reportagem era leviana. Segundo o juiz, "todo o noticiado teve por base investigações que resultaram em consistente denúncia criminal".

"Na verdade, de posse de tais informações e dada a vasta repercussão social, era obrigação constitucional da ré [Veja] informar a sociedade brasileira, sob pena de prevaricar seu dever democrático de controlar e revelar as coisas respeitantes à vida do Estado de da própria sociedade", concluiu o juiz.

Sob a suposta ilegalidade de a revista publicar informações que estavam em depoimento sob sigilo, o juiz foi claro: "Não prospera a alegação de que o depoimento estava sob sigilo e que, portanto, haveria ilegalidade na sua divulgação. Sob esse aspecto, cabe aos órgãos de fiscalização da lei investigar e, eventualmente, punir o vazamento de informações confidenciais, mas no que interessa ao processo, a divulgação de tais fatos e informações não macula a reportagem". Processo 2014.01.1.167545-9
Herculano
03/06/2016 08:35
DILMA E O SEU DESTINO, por Ricardo Noblat, de O Globo

Em um ponto, pelo menos, concordam a presidente afastada Dilma Rousseff e o presidente em exercício Michel Temer: a situação de transitoriedade do governo atual "não é útil" para o Brasil.

Temer disse-o ontem em entrevista ao SBT. Indiretamente, Dilma diz quase todo dia quando bate sem piedade em Temer e no governo que ele comanda. Deveriam queixar-se à Justiça.

A transitoriedade está prevista em lei ?" e para acabar com ela só mudando a Constituição, tarefa difícil que o Congresso se nega a enfrentar desde o impeachment de Fernando Collor.

Além de prevista em lei, a transitoriedade foi regulamentada em detalhes pelos atuais ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento recente.

O ideal para Dilma seria a permanência no cargo até o último ato do seu julgamento pelo Senado. Para Temer, um processo relâmpago de impeachment que confirmasse sua presidência em definitivo.

Compreensíveis tais posições, mas irreais como demonstrado. Algo tão traumático como um impeachment exige certo tempo para ser assimilado por todos os seus personagens, o povo incluído.

De resto, o tempo serve também para assegurar o devido respeito legal aos direitos do presidente processado. Como tirar às pressas do poder quem foi posto ali pela maioria dos eleitores?

O que tem feito mal ao país nos dias que correm não é a transição de um governo para outro, mas o clima de confronto e de acirramento de ânimos criado pela presidente afastada e por seus aliados.

As ruas já não respondem mais com tanta energia ao discurso do golpe. Entre quinhentas e mil pessoas, apenas, compareceram, no Rio, a uma manifestação estrelada pela própria Dilma.

País a fora, os chamados movimentos sociais reúnem cada vez menos gente para protestar contra o fim próximo de um governo desastroso que não deixará saudade nem mesmo no PT e em Lula.

Dilma parece destinada a sair de cena da mesma maneira como governou: sozinha.
Herculano
03/06/2016 08:28
SACRIFÍCIO PARA QUEM?, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Na manhã de quarta, o professor Michel Temer deu mais uma lição sobre a necessidade de cortar gastos. "Aqui devo dizer aquilo que em momentos de dificuldades se diz: nós teremos sacrifícios", afirmou, em solenidade no Planalto.

Algumas horas depois, o governo interino indicou que nem todos serão sacrificados. A pedido de Temer, a Câmara aprovou um pacote de 14 projetos que cria mais de 11 mil cargos e aumenta salários de 38 carreiras do funcionalismo público.

A pauta-bomba engorda quem já ganha muito e institui penduricalhos inusitados, como uma gratificação por desempenho para gente que já se aposentou. No Judiciário, o reajuste chegará a 41%. O salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal subirá para R$ 39,3 mil, com efeito cascata sobre outras categorias.

A equipe econômica não fez uma projeção oficial do custo das benesses, cujo impacto será de ao menos R$ 58 bilhões até 2019. Na semana passada, o ministro Henrique Meirelles reclamou do rombo deixado pelo petismo e elevou a previsão do deficit público para R$ 170 bilhões.

Os projetos de reajuste foram enviados ao Congresso na gestão de Dilma Rousseff. Temer tinha a opção de engavetá-los, mas escolheu aprovar tudo a toque de caixa, sem maiores explicações ao contribuinte.

Aliados dizem que o cálculo do interino foi político, não econômico. Ele agradou o funcionalismo para tentar evitar greves e esvaziar novos protestos. De quebra, fez um afago no ministro Ricardo Lewandowski, que comandará a fase final do processo de impeachment no Senado.

O tucano Nelson Marchezan Jr. foi um dos raros deputados a protestar contra os aumentos. "O governo deu um péssimo sinal para o mercado e a sociedade. Nós afastamos uma presidente que gastou demais e agora estamos deixando o substituto a fazer o mesmo", critica. PSDB e PT votaram a favor dos reajustes. Ontem, Temer pediu uma salva de palmas ao Congresso pela aprovação do pacote.
Herculano
03/06/2016 08:09
FUTURO DE AÉCIO VIROU COMBINAÇÃO DE HIPOTESES, por
Josias de Souza

A inclusão de Aécio Neves no rol dos políticos investigados faz do seu futuro uma combinação de hipóteses - das mais amplas até as mais específicas. Na pior das hipóteses, a carreira de Aécio será eletrocutada numa linha de transmissão de Furna$. Na melhor das hipóteses, a investigação desligará o delator Delcídio Amaral da tomada.

No caso do que espera por Aécio num inquérito dessa natureza, a escolha de hipóteses é enorme. A melhor das hipóteses é que a auto-imagem do senador sobreviva fora do espelho e leve os investigadores a concluir a apuração com a rapidez de um raio. A pior das hipóteses é que Aécio seja compelido a ostentar o button de investigado, denunciado ou réu para além de 2018.

Mesmo um desfecho benigno, que leve à decretação da inocência de Aécio, comporta a análise de alternativas. Na melhor das hipóteses, a Polícia Federal desmoralizará Delcídio, o procurador-geral Rodrigo Janot solicitará o arquivamento do caso e o STF brindará Aécio com um atestado de idoneidade.

Na pior as hipóteses, a PF terá dificuldades para escarafunchar fatos ocorridos há mais de uma década, Janot encaminhará ao Supremo pedidos de prorrogação do inquérito, os advogados de Aécio reclamarão da demora e o STF arquivará o processo por falta de provas, condenando Aécio a ouvir risinhos perpétuos toda vez que esbravejar contra a corrupção ou cobrar moralidade dos seus rivais.

Ao saber que o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinara finalmente a abertura do inquérito solicitado pela Procuradoria, Aécio declarou: "?É claro que ninguém gosta de ser injustamente acusado, como é o caso, mas eu tenho serenidade para compreender que esse é o papel do Ministério Público, investigar as citações e acusações que ali chegam, e o da Justiça, de dar prosseguimento a essas investigações.''

Aécio vai mesmo precisar de muita serenidade. Terá de combinar o papel de investigado ao de principal vítima do processo de impeachment. Além de assistir à ascensão de Michel Temer ao trono que ambicionava, o grão-tucano foi deposto da condição de líder da oposição. Seu partido agora é linha auxiliar do governo.

São mesmo implacáveis os desígnios da política. Em outubro de 2014, seria internado como louco alguém que se arriscasse a prever a hipótese de que, em menos de dois anos, aquele Aécio que roçou a cadeira de presidente da República viraria um suspeito de corrupção e apoiador de um governo chefiado por Michel Temer, cercado de Lava Jato por todos os lados.
Herculano
03/06/2016 08:07
SUMIRAM COMPUTADORES DO BB NA SAÍDA DE DILMA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta sexta-feira nos jornais brasileiros

Funcionários do Banco do Brasil estão intrigados com o sumiço de computadores de sua Diretoria de Governo, às vésperas da votação do impeachment. A suspeita é de "queima de arquivos" ou "sabotagem", para sonegar arquivos essenciais ao novo governo. O BB confirmou a remoção na última semana da gestão Dilma, mas o objetivo seria "modernizar" os equipamentos ou "transferi-los" para outros setores.

INFORMAÇÕES SIGILOSAS
Especialistas em tecnologia explicam: dados sigilosos ficam no disco rígido (HD) dos computadores, e não na rede ou na "nuvem".

ARQUIVOS QUEIMADOS
Ao contrário das informações institucionais e do sistema de rede do BB, o que está nos HD's dos computadores pode não ser recuperado.

NO APAGAR DAS LUZES
O que é segredo de justiça, por exemplo, fica guardado só no disco do computador, diz um funcionário, daí a pressa no sumiço dos arquivos.

QUEM MANDAVA
O diretor de Governo do BB era Jânio Carlos Macedo desde outubro de 2015. Agora ele é secretário-executivo do Ministério do Trabalho.

TUDO LOROTA: DILMA S?" EXECUTOU 10,3% DO PAC
De janeiro a maio, o governo que era chefiado por Dilma Rousseff gastou apenas R$3,24 bilhões com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a maior promessa de campanha do PT. Esse valor representa irrisórios 10,3% do total de R$31,62 bilhões destinados para o programa, em 2016. Os dados foram obtidos junto ao Siafi, o Sistema Integrado de Administração Financeira, a que esta coluna teve acesso.

EMPENHO PÍFIO
Dos R$31,6 bilhões determinados pelo Orçamento, Dilma empenhou R$12,2 bilhões para este ano. Não chega à metade do valor aprovado.

PURA LOROTA
O PAC surgiu no governo Lula com a promessa de "revolucionar" os gastos em investimento em infraestrutura. Tudo conversa mole.

MADRASTA
Eleita em 2010 com a promessa de ser uma "grande gestora", Dilma virou uma espécie de madrasta perversa do PAC.

ELOGIO QUE IRRITA
No Fórum Nacional de Administração, Gestão e Estratégia, o juiz Sérgio Moro rasgou elogios ao ministro Fábio Medina, chefe da Advocacia Geral da União (AGU). Quem detestou isso, irritado, foi José Eduardo Cardozo, que fez da AGU apenas uma "AGD", "D" de Dilma.

MALAS PRONTAS
O presidente Michel Temer já definiu que sua primeira viagem será para inspecionar as obras da transposição do Rio São Francisco, em Alagoas e Pernambuco, na próxima semana.

PACIÊNCIA TEM LIMITE
O presidente da comissão processante, Raimundo Lira (PMDB-PB), tem sido paciente demais com a "bancada do holofote", na qual o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) é "líder", mais interessada na TV.

AQUI, NÃO, VIOLÃO
Foi o Gabinete de Segurança Institucional, dissolvido por Dilma e recomposto no governo Michel Temer, que promoveu a expulsão os invasores de uma entidade de "sem teto". A PM só chegou depois.

PONTO DE VISTA
O senador Magno Malta (PR-ES) rebateu aliados de Dilma que sobram com o retorno da afastada. Foi na jugular: "Dilma vai voltar sim, mas para o Rio Grande do Sul".

SÃO UNS ARTISTAS
O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) ironizou as críticas petistas ao governo do presidente Michel Temer, que está no cargo há apenas 20 dias, fazendo parecer que foi ele quem governou o País por 13 anos.

REPERCUSSÃO
Repercutiu bem no meio jurídico a posse do novo ministro do STM (Superior Tribunal Militar), Péricles Aurélio Lima de Queiroz. O subprocurador assumiu a vaga destinada a membros do Ministério Público Militar, antes ocupada pelo ministro Olympio da Silva Junior.

CUSTO POLÍTICO
Quem fez a Câmara aprovar o reajuste de servidores foi o próprio ministro Henrique Meirelles (Fazenda). Ele disse a políticos do PSDB que o benefício político era maior que o custo para os cofres públicos.

PENSANDO BEM...
...a lorota de Dilma & Cia sobre "golpe" faz lembrar a célebre fase do embaixador José Aparecido: "O mentiroso acaba acreditando na própria mentira..."
Herculano
03/06/2016 07:59
O ESTUPRO COMO ESTANDARTE, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo

O caso do possível estupro coletivo havido no Rio explica por que a esquerda estreitou tantas humanidades no peito e, onde quer que tenha chegado ao poder, construiu o reino da hipocrisia e da morte. Pode-se ir além: clarificam-se os mecanismos mentais por meio dos quais o crime se torna um instrumento virtuoso a serviço da pretensa justiça. Vamos lá.

Na quarta-feira (1º), muitas mulheres e alguns homens - 5.000 ao todo, segundo os manifestantes - foram às ruas de São Paulo para protestar contra a tal "cultura do estupro", que, até agora, não entendi direito o que é porque não foi definida por ninguém. Perguntei a uma feminista se o pedreiro da obra que assovia o seu clichê é evidência da dita-cuja. Ela disse que sim. Eu estou preparado para enfrentar um mundo em que estupro não é nem metáfora nem metonímia.

Colunistas desta Folha que empregaram a expressão se esqueceram de caracterizar o conceito. Como diria Umberto Eco, preferiram cutucar o meu braço e dar uma piscadela, como a dizer que estamos todos subentendidos. No que me diz respeito, não subentendi nada. Ou os valentes dizem do que estão falando, para saber se concordo ou não com os pressupostos, ou continuarei a perguntar: "Mas que diabo é isso?".

Uma reportagem do "Estadão" ensaiou uma definição pela via do exemplo, que costuma ser o refúgio da falácia teórica. Lá se lia: "Comentários e olhares vindos de homens que observavam o protesto de fora reforçavam, durante o próprio ato, as reivindicações femininas. Não foi incomum ao longo do ato casos de homens fotografando manifestantes que protestavam sem blusa ou de sutiã ou fazendo comentários sobre seus corpos".

Pensava eu que as manifestantes tiravam suas blusas para, afinal, expor seus corpos (ainda que em sinal de protesto), que, por consequência, serão vistos... Não! Agora é necessário ter uma disciplina do olhar. No universo de uma cultura não machista, o corpo em evidência de uma mulher deve ser tão provocante como uma gaveta vazia.

Eu me dei conta, então, de que a indefinida "cultura do estupro" praticamente vem junto com o pênis, menos, obviamente, no caso de machos superiores como Marcelo Freixo. Ele até pode pertencer a um partido que teve como ideólogo e fundador um sujeito que pôs fogo em crianças, mas, justiça se lhe faça!, seu baixo ventre não é dotado das mesmas intenções criminosas do da maioria dos outros machos. Que bom!

Não tardou para que os manifestantes lançassem palavras de ordem "contra o golpe", contra Eduardo Cunha e, ora vejam, em defesa do aborto, cuja descriminação passou a ser considerada uma causa contígua à do fim da... cultura do estupro! E eu pude, então, como no poema, ver em alguns cartazes abrir-se "a vereda para a terra dos mortos". Ali também se reivindicava a volta do governo que produziu, junto com o maior assalto aos cofres públicos de que se tem notícia, a maior recessão da história.

Que coisa!

Àquela altura, a garota cuja história motivou o protesto já era menos do que um meme da internet. Tinha se tornado apenas o pretexto para um feixe de causas.

As esquerdas só mataram tanta gente e com tanta determinação porque nunca se interessaram por pessoas reais. A estuprada, assim, deixou de ser uma pessoa para ser um estandarte: pelo fim da cultura do estupro, pela volta de Dilma, pela descriminação do aborto...

Tempos bárbaros.
Herculano
03/06/2016 07:44
SINTOMÁTICO

Dois pré-candidatos a prefeito de Gaspar estiveram (e participaram) no talk show promovido pelo jornal Cruzeiro do Vale na quarta-feira, para comemorar os seus 26 anos de circulação ininterrupta e o Dia da Imprensa: Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e a vereadora Andreia Symone Zimmerman Nagel, PSDB.

Foram lá ainda os vereadores Luiz Carlos Spengler Filho, PP, que é vice de Kleber e Ciro André Quintino, PMDB.

Registrou-se ainda a presença do presidente do PSDB, Renato Nicoletti e do DEM, Luiz Nagel.
Herculano
03/06/2016 07:36
PACOTE SALARIAL MATA PRETENSÃO DE SUBIR TRIBUTOS, por Josias de Souza

O apoio de Michel Temer ao megapocote de reajustes salariais de servidores já produziu um primeiro efeito colateral. Em reunião com o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), representantes da bancada federal do PSDB avisaram que não votarão nenhum aumento de imposto.

"Já que o governo fala que há espaço no Orçamento para pagar os reajustes, não contem com a bancada do PSDB para aprovar nenhum aumento de impostos", disse a Meirelles o líder tucano Antonio Imbassahy (BA).

"Nós, do Democratas, não votamos a favor de nenhum tipo de aumento de carga tributária", afirmou também o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM). "Já comuniquei isso ao Michel Temer. Mais de uma vez."

O deputado Rubens Bueno, líder do PPS, ecoou os colegas: "Há entre nós uma tendência clara e natural de não aprovar nenhum novo tributo. Se for a CPMF, então, nem se fala. É simbólico para nós. Não tem como retemperar esse prato.

O encontro da bancada tucana com Meirelles foi constrangedor. Deu-se na noite de quarta-feira, pouco antes do início da votação dos 14 projetos que concederam reajustes e outros benefícios a 38 corporações. Acompanhado de outros sete deputados, o líder Imbassahy disse que buscava orientação.

"Queríamos entender. Na semana passada, o governo enviou ao Congresso uma proposta de rombo fiscal de R$ 170 bilhões. O Congresso aprovou. Formalizou o rombo para dar um voto de confiança. Agora, fomos surpreendidos com essa quantidade absurda de projetos para votar numa só noite. O que é isso?"

Em timbre de resignação, Meirelles informou aos deputados tucanos que os reajustes foram negociados no governo Dilma e já estavam previstos no Orçamento. E os deputados tucanos, um após o outro, criticaram a iniciativa. Em essência, disseram que falta racionalidade ao processo de concessão de reajustes.

Meirelles disse que trataria do assunto com outras autoridades. Imbassahy puxou do bolso uma lista dos projetos que estavam na bica de ser votados. E declarou: "Ministro, com todo o respeito, essa coisa tem que resolvida agora." Manuseando a lista, o deputado acrescentou: "Isso aqui é um trem que vai partir daqui a pouco. E esse trem vai na contramão do esforço anunciado pela equipe econômica."

Como Meirelles não esboçou reação, o líder do PSDB avisou que o governo não precisa contar com o tucanato para aprovar eventual aumento de imposto. Liderada pelo PT, a oposição à gestão Temer também deve refugar eventuais projetos sobre elevação de tributos. Juntando-se a esse bloco o DEM e o PPS, a hipótese de o governo elevar tributos, já admitida por Meirelles em várias oportunidades, torna-se uma pretensão natimorta.
Herculano
03/06/2016 07:32
ÀS CUSTAS DA SOCIEDADE, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Em cerimônia realizada nesta quinta-feira (2), o presidente interino, Michel Temer (PMDB), elogiou o empenho do Congresso nos últimos dias e pediu uma salva de palmas para a Câmara dos Deputados, que horas antes havia aprovado o reajuste para o funcionalismo federal - uma iniciativa com impacto de ao menos R$ 58 bilhões até 2019.

Isto é, em meio a uma das maiores recessões de nossa história, e enquanto parcelas crescentes da sociedade sofrem com a deterioração da renda e dos serviços públicos, Temer aplaude a decisão, ainda a ser referendada pelo Senado, de promover aumento bilionário de gastos estatais. Tudo às custas do contribuinte.

Argumenta-se que os acréscimos - elevação salarial média de 21,5%, dividida em quatro anos - foram negociados pela presidente afastada, Dilma Rousseff (PT); que não passam de correções atrasadas; que as despesas deste ano estavam previstas no Orçamento, com o rombo recorde de R$ 170 bilhões.

São alegações frágeis. Em nenhuma circunstância, e muito menos numa crise, o governo deveria tomar decisão tão dispendiosa a toque de caixa, sem reavaliar tal medida à luz dos sacrifícios que serão cobrados da população.

Infelizmente, porém, o governo que se declara em sintonia com os anseios da sociedade é o mesmo que cede às pressões de corporações muito bem remuneradas.

Nos últimos dias, Temer encontrou-se com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Consta que trataram do reajuste.

Para ficar apenas no exemplo dos ministros do STF, o salário deles saltará de R$ 33,8 mil para R$ 39,3 mil, ou cerca de 20 vezes o rendimento médio dos assalariados.

Pouco importa que os aumentos mal reponham a inflação se os vencimentos, em termos absolutos, são bastante elevados ?"e muito menos considerando que milhões de brasileiros pagam o preço da crise com seus empregos.

Ainda que algumas categorias pudessem ser contempladas, a bondade jamais poderia ocorrer no atacado. Com um Estado inchado e ineficiente, o país precisa caminhar para outra direção e rediscutir sua estrutura administrativa.

Num mundo que exige mais produtividade, é indefensável, por exemplo, a estabilidade quase irrestrita no emprego público. É ainda menos aceitável que aos generosos rendimentos dos altos escalões se acrescentem marcadores de fidalguia: carros oficiais, auxílios disso e daquilo, pródigas verbas de gabinete etc.

Provavelmente a opção de Michel Temer lhe renderá dias de tranquilidade com o funcionalismo, mas evidencia o quanto se põe de costas para a sociedade.

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