01/09/2016
ILHOTA EM CHAMAS I
Circula nos bastidores da campanha eleitoral de Ilhota uma gravação de uma reunião informal feita há poucos dias no diretório do PMDB de Ilhota. É uma arma de um grupo político dividido contra outro mais dividido ainda. Ela sob a ótica da Moralidade Pública, é explosiva. Auto-explica muitos fatos dos bastidores no governo do prefeito Daniel Christian Bosi, PSD. Ele, mal na foto, preferiu não concorrer à reeleição, dividiu e deu a cabeça da chapa para o PP. O seu PSD só de vice, com Roberto Poerner.
ILHOTA EM CHAMAS II
E por conter fatos graves, essa gravação deveria ser peça não de jogo de embate e chantagem político-eleitoral que parte da população já tem conhecimento, mas de investigação policial, perícia para autenticá-la, além de interessar – com esta perícia - ao Ministério Público e ao Gaeco etc. Nela, Toninho Russi (Antônio Carlos Russi), PP, ex-secretário de Transporte, esclarece muitos assuntos dos quais muitos falam pela cidade. Com uma diferença: Toninho foi personagem ou testemunha dessas tramas, como ele próprio confirma durante as gravações.
ILHOTA EM CHAMAS III
Nessa gravação, por exemplo, é possível ouvir o caso dos cinco terrenos que foram distribuídos como pagamento extra para políticos e servidores, incluindo candidatos que estarão disputando votos em dois de outubro em Ilhota. É possível entender, quem liderava e como funcionava os rolos na prefeitura, além de se descobrir que tem gente disposta à delação pois não aguenta mais as pressões – e o olho do MP - sobre o que fez ou participou. São cerca de 30 minutos de conversas explosivas. Quem testemunhou a conversa gravada? Roberto Silva, o Betinho do PP; Érico da Silva, Dida e Ademar Felisky, ex-prefeito, estes dois do PMDB. Ou seja, não tem gente boba nesta história do vale tudo na busca do poder.
O QUE ELES RESPONDEM I
Na sexta-feira passada, o jornal Cruzeiro do Vale perguntou aos candidatos a prefeito de Gaspar: “É visível a grande quantidade de andarilhos que passam e vivem em praças e pontes de Gaspar. O que fazer?”. É uma vergonha. Há oito anos esses andarilhos fazem da porta principal do prédio da prefeitura o dormitório, banheiro, lazer para álcool e drogas, além de até molestarem os passantes. Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, Kleber Edson Wan Dall, PMDB e Marcelo de Souza Brick, PSD, de uma forma ou outra prometeram o óbvio: diagnóstico, casa de passagem, parcerias com ongs e inclusão social. E o candidado do “prefeito Celso”, Lovídio Carlos Bertoldi, PT, que há oitos anos fecha os olhos para este problema pois entende que é um direito deles viverem na rua?
O QUE ELES RESPONDEM II
Lovídio vai fazer tudo o que não foi feito nestes últimos oito anos, pois este é um “tema precioso” para ele, o ex-seminarista. Lovídio como membro do colegiado do “prefeito Celso”, pelo que escreveu e se deduz no jornal, não conseguiu influenciar para reverter a negligência com este “tema precioso”. Agora em campamha promete que tudo vai ser diferente. Se for eleito, Lovídio vai construir a casa de passagem, vai ampliar a cobertura de atendimento do Centro de Referência da Assistência Social e do Centro Especializado de Assistência Social, além de criar, veja só, o Observatório Social. Gaspar precisa de campanha eleitoral todos os anos. Ufa!
Dilma Vana Rousseff, foi. E com três votos dos senadores catarinenses: Paulo Bauer e Dalírio Beber, ambos PSDB e Dário Berger, PMDB. O próximo será Michel Temer, PMDB. Basta continuar cedendo à farra de dar aumentos a servidores de altos vencimentos, em plena crise econômica e com 12 milhões de desempregados sem estabilidade, os verdadeiros pagadores dos pesados impostos.
Os brasileiros não aguentam mais sustentar nossos políticos irresponsáveis. Eles são capazes até de mudar a Constituição no canetaço como aconteceu na quarta-feira, como o aval do presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, só para se protegerem no esquemão.
E quem estava em Brasília na comitiva que levou Dilma Vana Rousseff para aquele depoimento desastroso na segunda-feira, no Senado? O deputado Décio Neri de Lima. Aqui ele está sumido.
Eles sempre são diferentes de todos. Na sabatina da TV Gaspar, Ampe e Acig, os candidatos ficaram confinados com direito a três assessores. Mas, pelas regras pactuadas entre todos, nenhum deles poderia ter celulares para assistir o que outro declarava – era transmitido pela internet - ou ser orientado externamente diante dos posicionamentos expressos pelos opositores entrevistados.
Lovídio Carlos Bertoldi, PT, foi acompanhado do “prefeito Celso” e do vice, Odilon Áscoli, PRB. Os dois insistiam em quebrar a regra: um porque era prefeito e outro porque era médico. Errado: um estava lá como cabo e o outro como candidato a vice, que o PT esconde.
Para continuar a exigir dos organizadores as prerrogativas de prefeito como queria, Zuchi deveria estar trabalhando e não era ali. Igualmente Odilon, no seu consultório. Acorda, Gaspar!
Parece escárnio. O PMDB e o PP prometem se eleitos, recriarem a secretaria da Agricultura que o PT do “prefeito Celso” riscou do mapa. Podem estar certos, mas sem razão. O “prefeito Celso” só conseguiu acabar com a secretaria com o voto do vereador José Hilário Melato, PP (e de Marcelo de Souza Brick, PSD e Giovânio Borges, PSB).
O candidato do PMDB, Kleber Edson Wan Dall, foi pessoalmente levar essa boa nova para a presidente do Sindicato Rural, Ivanildes Rampelotti. Ela foi sempre contra o sumiço da secretaria. Por isso, foi afrontada e humilhada pelo PT.
E quem estava junto na conversa? O vice do Kleber, o vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP. Quem deveria estar lá era o Melato para garantir que se for vereador, vai permitir a volta da secretaria de Agricultura que acabou com o voto para o PT.
Gaspar inova. Os candidatos têm mania de prometer durante a campanha. E não cumprem. Normal. Os eleitores aceitam. Agora, vejam só: tem candidato a prefeito que na falta propostas concretas está prometendo prospectar. É o fim dos tempos.
Há uma disputa para ver quem entrega mais ruas pavimentadas por esses dias. É bom. Todavia, na maioria dos casos, é apenas propaganda enganosa em tempos de campanha. Para as obras que não começam ou não terminam, só desculpas.
A prefeitura do PT anunciou que vai entregar antes das eleições as ruas Pedro Schmitt Júnior e Artur Poffo, depois de rifar a Bonifácio Haendchen. É preciso conferir se consegue. O PMDB promete a Leonardo Pedro Schmitt, num convênio estadual. Mas, na semana passada tudo travou. Uma reunião com a diretoria da Círculo liberou três carradas de asfalto.
Obra que não anda é a Madre Paulina. Na quinta-feira da semana passada o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi fazer propaganda na Rádio 89 FM. Disse que tudo estava resolvido com a empreiteira e a Caixa. Assegurou que os caminhões já estavam chegando naquele momento na obra. Hoje, é sexta-feira. Esta semana a lama atolou a paciência dos moradores.
O governador Raimundo Colombo, PSD, inaugura a ponte dos Sonhos, em Ilhota, e que já está aberta ao tráfego. É à tarde na volta para Florianópolis. A importância será Blumenau pela manhã e que aniversaria.
Colombo – o ainda prefeito de Lages –vai também mostrar um papelinho para atender os candidatos sem discurso. É a tal liberação da revitalização e duplicação da Jorge Lacerda, no entroncamento com a BR 101. Mas, se isto acontecer, só será no ano que vem. Quem acredita? Os políticos no palanque açoitam os eleitores e eles parecem que gostam.
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