Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

01/08/2016

O PT DE GASPAR QUER A VOLTA DE DILMA I
Domingo foi dia de manifestações contra e a favor de Dilma Vana Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva, Michel Temer, Ricardo Lewandowsky, Sérgio Moro, o PT, o PCdoB, o PMDB, a corrupção, o desemprego sem tamanho, a inflação alta, a queda dos salários, a roubalheira do dinheiro de todos os brasileiros por quadrilhas de políticos organizadas e instaladas no poder, o caos na economia, na saúde pública, na segurança, na educação... Em Gaspar, o PT, sem discurso e para que ninguém cobre as coisas que prometeu e não resolveu aqui, decidiu se posicionar pelo “Fora Temer”, PMDB, que próprio PT escolheu e elegeu como vice: ou seja, parceiro do desastre que levou o Brasil a um poço sem fundo. E os que se dizem contra este estado de coisas que inclui a mordaça contra a imprensa para nada divulgar, contra os investigadores para nada apurar, contra o Ministério Público para nada denunciar e até mesmo a Justiça para julgar contra os criminosos, resolveram ficar quietos e em casa, sob vários motivos. Esses parasitas acham que as coisas vão se resolver por si só e a seu favor: sem enfrentamento, exposição e esclarecimento. O PT que quer Dilma volte, não teve vergonha na cara, desculpas e medo. Ele foi às ruas. Está lutando por mais esta causa, boquinhas permanentes, aparelhamentos e os sacrifícios da maioria da população, principalmente a medrosa, a quer mudanças mas teme desgastes, a que paga a pesada conta para tudo continuar na mesma esbórnia que diz não tolerar.

O PT DE GASPAR QUER A VOLTA DE DILMA II
E esta inacreditável e estúpida omissão acontece exatamente na semana em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, foi a um comitê internacional da ONU, para constranger juízes, promotores e policiais federais brasileiros, bem como declarar que aqui no Brasil a Justiça é uma farsa porque ela está exatamente questionando o PT, seus membros e parceiros nos erros que se provam; na semana em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornou réu por exatamente obstruir a Justiça e não no do foro do juiz Sérgio Moro, o qual Lula quer que ele morra para ser exemplo de como não se deve mexer com o poder do PT e seus amigos no aparelho estatal e na máquina de moer reputações; na semana em que a Polícia Federal provou por robustas perícias de que as obras do sítio de Atibaia e do apartamento do Guarujá que Lula e o PT negam ele possuir, foram comandadas pelo próprio Lula e sua mulher Letícia com dinheiro sujo das empreiteiras. Resumindo: na semana que Lula e o PT manobram contra a moralidade, a soberania das instituições brasileiras, o povo, timidamente, foi às ruas contra este estado de coisas. Em Gaspar, onde o PT que sempre se disse ser amigo de Lula é governo há 12 anos dos 16, foi pior: nem um pio, nem uma alma para contestar.

O PT DE GASPAR QUER A VOLTA DE DILMA III
E por que? Em Gaspar, este tipo de manifestação tem sido aos soluços. Trancos e solavancos. Até iniciou com boa aderência. Surpreendeu, exatamente porque o PT daqui constrangia todos para que nada disso acontecesse. Teve participação de políticos candidatos a cargos majoritários. Eles até alugaram um caminhão para ser palanque e assim, disfarçadamente dar voz e projeção eleitoral a eles. Como em nome da ética foram impedidos naquele dia de serem os artistas deste picadeiro, então trataram de fazer o que sempre fizeram: foram boicotando as iniciativas seguintes até elas minguarem. O Movimento Brasil Livre, de Paulo Filippus, e outros retomaram à frente. O movimento renasceu. Agora, foi o próprio Filippus que pulou fora e aponta duas razões. A primeira totalmente aceitável e ética: a de que é candidato a vereador e não poderia advogar uma causa própria, para algo comum. A segunda, todavia, revela a face mais imprópria do coletivo: a de que o seu MBL não aderiu nacionalmente às manifestações do dia 31, que foram convocadas pelo Vem Prá Rua e outros movimentos menores. Não achava a data apropriada. Afinal, qual é a data mais apropriada agora para se protestar contra um Brasil obscuro e indecente?

O PT DE GASPAR QUER A VOLTA DE DILMA IV
Ou seja, os brasileiros, até para se manifestarem por transparência, contra a corrupção e o roubo dos pesados impostos que estão faltando na saúde pública, educação, segurança obras de infraestrutura, para pedir mudanças, para defender a integridade da Justiça, a independência do Ministério Público e a autoridade dos investigadores, estão nas mãos de facções que se dizem apartidárias ou suprapardiárias, ou grupos que possuem seus interesses de poder ao invés de vigilância permanente. Se uma facção não quer, ou não se anima, parte do movimento de mudar o Brasil pára. Vergonha. O PT de Gaspar, agradece esta disputa idiota, incoerente, criminosa e hipócrita. Tanto, como mostra a foto acima, lá no seu diretório da Rua Itajaí, o PT de Gaspar, hasteou a sua bandeira e colocou a placa: “Fora Temer”. Quer a volta de Dilma, do Brasil quebrado mais do que está e assim desviar a discussão sobre os problemas gasparenses que são tão graves quanto. E os políticos em campanha, aceitaram a imposição petista. Os eleitores – os únicos capazes de mudar este quadro negro por meio do voto – também. Ficaram em casa no domingo. Acorda, Gaspar!

A REPETIÇÃO DO MESMO I
As coisas pouco claras sempre foram as marcas do PT em qualquer lugar do Brasil e também aqui da administração de Pedro Celso Zuchi. Qual a notícia da semana passada? Liminar suspende obra da Rua Madre Paulina. E a decisão não veio de nenhum juiz aqui da Comarca de Gaspar. A Justiça de Brusque concedeu liminar proibindo a Múltiplos Serviços de Obras, empresa responsável pela drenagem e pavimentação daquela rua ali perto da Viação Verde Vale, no final da Rua Itajaí, de executar qualquer serviço para a administrações públicas, inclusive receber os pagamentos por trabalhos já realizados. Lembram-se de uma nota que dei aqui de que o Ministério Público estava atrás de um jogo de faz-de-conta entre prestadores de serviços nas prefeituras de Brusque e Gaspar, ambas do PT? Pois é. Este pode ser o início de um longo novelo que está por se desfiar.

REPETIÇÃO DO MESMO II
As obras da Madre Paulina, com recursos federais, que vão custar quase R$2,5 milhões, é um “presente” do presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, aliado do PT e de Zuchi. É um sonho antigo dele e dos moradores de lá. A agonia já dura anos. A reurbanização parou há 30 dias sacrificando ainda mais as pessoas da Madre Paulina submetidos a lama e poeira. O projeto teve que ser refeito. Havia falhas e a prefeitura escondeu. Daí a demora. Se a obra tivesse seguido o cronograma, ela teria escapado deste problema alcançado pela Justiça. A Múltiplos foi pega pelo Ministério Público que a acusa de fraudar licitações em obras públicas. A Justiça aceitou a denúncia. E mandou Múltiplos parar liminarmente a execução de todos os seus contratos com entes públicos. A obra da Madre Paulina, inicialmente, não está no rolo. A liminar, todavia, vale para todos os contratos e a impede dela receber das prefeituras. Aqui por exemplo, ela tem uma medição parada para receber.

REPETIÇÃO DO MESMO III
A prefeitura de Gaspar não sabe o que fazer neste caso. Como esta obra não está diretamente elencada na denúncia do Ministério Público e como a Múltiplos recorre na Justiça desta liminar, a prefeitura de Gaspar vai esperar pela solução judicial, permitindo assim que a Múltiplos termine pelo menos esta obra. Entretanto, se tudo complicar, a prefeitura de Gaspar terá que fazer a rescisão contratual e convocar a segunda colocada da licitação. E se tudo der certo na burocracia que estes casos exigem, no mínimo três meses. Ou seja, já terá passado as eleições que é o interesse da obra para o benefício eleitoral dos envolvidos, terá passado o ano, e a bomba ficará para o próximo prefeito. Quantas vezes o leitor e a leitora já leram algo semelhante aqui? Acorda, Gaspar!

AS ENTREVISTAS DOS PRÉ-CANDIDATOS I
Depois das entrevistas realizadas pelos veículos de comunicação de Gaspar e já comentadas nas colunas Olhando a Maré exclusivas das terças-feiras para portal Cruzeiro do Vale, o pioneiro, o mais acessado, o mais atualizado e o de maior credibilidade, chegou a vez da Rádio Clube de Blumenau se interessar pelos pré-candidatos a prefeito daqui. A Clube de Blumenau foi a pioneira do rádio em Santa Catarina, com o famoso prefixo PRC-4. Ela possui boa abrangência e audiência na região do Distrito do Belchior. Nas entrevistas concedidas lá pelos candidatos daqui, nada além do mesmo que já se ouviu (e viu) por aqui nas duas sabatinas anteriores. Armindo Vogel, no Boa Tarde Clube, fez o trivial, até porque não conhece a realidade e as diferenças dos embates políticos gasparenses. Conspirou o horário: meia- tarde, que reduz a audiência. Entretanto, as entrevistas estão disponíveis no Facebook da emissora blumenauense. Com alguma paciência é possível ouvi-las e compará-las. Cada uma tem em média, 30 minutos, com os intervalos comerciais. Vale mais pelo que não disseram os pré-candidatos e por suas gafes, do que pela repetição que se alternaram ao que já disseram.

AS ENTREVISTAS DOS PRÉ-CANDIDATOS II
Todos os quatro candidatos parecem que possuem os mesmos diagnósticos da caótica situação administrativa gasparense, inclusive, pasmem, o que defende a continuidade do atual governo petista. O mais preocupante, depois desta terceira rodada de entrevistas onde cada um já percebeu os vazios, enrolações e as mancadas um dos outros, as soluções começam a ganhar contornos de semelhanças. O PMDB está “ouvindo” a cidade e os cidadãos por questionários. Pretexto para chegar aos eleitores que estão cansados de políticos à esta altura do campeonato diante de tantos escândalos nacionais. Kleber Edson Wan Dall saiu de uma derrota na última campanha e já tinha o diagnóstico dos problemas de Gaspar. Ficou quatro anos em campanha, incluindo um programa de rádio, e agora se “lembrou” de ouvir o povo? Hum! Kleber que está tanto tempo em contato com os seus eleitores, reclamou exatamente da diminuição do tempo oficial de campanha: de 90 para 45 dias.

AS ENTREVISTAS DOS PRÉ-CANDIDATOS III
A mesma coisa acontece com o PT de Lovídio Carlos Bertoldi. Ele está oito anos com o poder de Pedro Celso Zuchi, onde foi cinco anos presidente do Samae e quase três como de secretário de Obras e Serviços Urbanos, colocado lá neste cargo, exatamente para se expor como candidato e fazer da secretaria, uma área de visibilidade e um balcão de trocas. Sem argumento para se aproximar das lideranças e eleitores, os petistas inventaram seminários, encontros, debates, questionários etc. Este diagnóstico do dia-a-dia do governo já devia ser a alavanca para o discurso e respostas firmes e prontas aos eleitores e nas entrevistas. Mas, não. Num ambiente de resultados reais, esses encontros inventados com as lideranças e eleitores para “diagnósticos”, deveriam ser, na verdade, para anunciar aos líderes e eleitores, como os problemas crônicos serão solucionados e porque eles não foram resolvidos durante oito anos de poder em eles ficaram sem solução. Os candidatos são novos, mas os gestos deles continuam e são antigos. Tratam a população como uma beócia, como ainda pudesse ainda ser anestesiada mais uma vez por estas artimanhas de aproximação. Até podia, antes desta coluna, das redes sociais, do debate aberto e plural.

AS ENTREVISTAS DOS PRÉ-CANDIDATOS IV
Da entrevista concedida pela professora e vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, evitarei comentá-la. Teria que diferenciá-la e projetá-la. Seria falar de forma repetida sobre a coerência que se apresentou nas duas primeiras entrevistas. E talvez por isso, começa a ser imitada pelos seus opositores. Já Marcelo de Souza Brick, PSD, confia demais num suposto carisma, numa suposta beleza física que encantaria o eleitorado feminino e num currículo que pode ser um problema se ele for mesmo revisitado de verdade. Marcelo, como os demais, possui o diagnóstico adequado. A favor dele e de Andreia, é que ambos não fizeram esses seminários propagandísticos. Voltando. Se Marcelo possui o diagnóstico adequado dos problemas da cidade, fica difícil de entender a solução estruturada que se eleito o seu governo dará aos problemas que já detectou. Porém, um avanço nesta entrevista dada em Blumenau. Marcelo diminuiu aquele devaneio do tal planejamento dos 30 anos para Gaspar, quando é sabido por todos que o planejamento emergencial dos primeiros 30 dias de governo se eleito, serão os mais importantes para absorver uma herança maldita e caixa preta que serão deixados pela atual administração petista.

AS ENTREVISTAS DOS PRÉ-CANDIDATOS V
Marcelo, continua, entretanto, com o exemplo da viagem de cinco dias que fez no ano passado a Munique, na Alemanha, como uma solução possível para um administrador da cidade de Gaspar. Duas observações: lá é a Alemanha, aqui é Brasil. E cinco dias, é turismo feito neste complexo assunto de aprendizado. E por falar em turismo, Marcelo viajou num tal de turismo religioso por aqui (?), projetou 120 mil veículos de gasparenses em 10 anos – com três veículos por família (?) – sem dizer exatamente como achou este número. E sobre a mobilidade urbana, uma pérola: o Anel de Contorno é uma obra faraônica (?). Tão faraônica que Marcelo neste assunto, apenas faz o jogo do governador Raimundo Colombo e do secretário Regional, Cássio Quadros, ambos do seu partido, o PSD, e que são contra esta solução, porque querem dar a Blumenau os recursos que estão alocados no Orçamento Estadual para esta obra, contando e apostando na inércia dos gasparenses. Lá o PSD com este dinheiro e obras quer usufruir dos votos de um colégio eleitoral bem mais expressivo do que aqui. Nem mais, nem menos.

AS ENTREVISTAS DOS PRÉ-CANDIDATOS VI
Mas Marcelo não está sozinho neste assunto. Pois se depender das entrevistas concedidas pelo pré-candidato do PT até aqui, o Anel de Contorno não vai sair do papel, apesar da baba que o governo do estado gastou com a Iguatemi para ela fazer o projeto dos sonhos exatamente para gerar discussões e inviabilizar a sua implantação. Foi isso que confirmou a terceira aparição pública de Lovídio Carlos Bertoldi neste tipo de questionamento. Também escapou de outros temas sensíveis e pendentes de solução pelo próprio governo do PT de Pedro Celso Zuchi. Problema para o candidato que estaria vulnerável? Vou repetir o que já escrevi: não para o PT. A máquina petista é especialista em eleger postes, possui militância, fanáticos, dependentes; tem 12 dos 16 anos de governo em Gaspar, pressiona, constrange, troca, negocia, e se isso não bastasse, como as coisas andam muito mal para o partido em Blumenau, Itajaí e Brusque, o pessoal do PT de Blumenau que manda no PT daqui fará de Gaspar um centro de exercício de reabilitação regional e para isso, não haverá limites, falta de recursos e artimanhas.

AS ENTREVISTAS DOS PRÉ-CANDIDATOS VII
O problema do PT não são só as dúvidas daqui ou a falta de transparência da administração daqui ou os desgastes naturais de 12 anos no poder daqui, mas as manchas do partido no plano nacional. Lovídio está escolado e orientado. Liso vai direto na desculpa: “problema de Brasília é de Brasília. Sou a favor de que os que fizeram malfeitos sejam punidos. Nós do PT aqui em Gaspar não temos problema nenhum. O prefeito Celso sempre nos orientou para não nos meter em nada que fosse ilegal. E todos os partidos têm problemas. E por isso eles não podem atirar a primeira pedra neste tipo de assunto e nesta campanha”. Ou seja, a regra do PT nacional: para se limpar, primeiro suje os outros para que todos olhados lhes pareçam enlameados. Depois desafie a mostrar a pureza deles. Como também estão sujos... Mais. Quem é o candidato a prefeito do PT de Gaspar nas entrevistas (e discursos)? Não é propriamente o Lovídio Carlos Bertoldi. É um jogo bem calculado e olhando as pesquisas. É o “prefeito Celso”, ou seja, sem o “prefeito Celso”, as chances de Lovídio ficam ainda mais preocupantes do que elas já estão.

AS ENTREVISTAS DOS PRÉ-CANDIDATOS VIII
Lovídio é tão perdido nestas entrevistas – mas Dilma também era -, que na Rádio Clube ele chegou a agradecer aos microfones. Ou seja, este é um detalhe que pode bem compor ao pé descalço do Gasparinho, o humilde, o seminarista, o trabalhador que deu duro até que teve um lugar ao sol graças ao “prefeito Celso”. Este é o discurso que vai prevalecer: o do homem pobre, religioso e vencedor. Tudo para esconder as manchas e o que o PT não fez nestes anos todos de administração petista. Agora, quais dos outros três candidatos a prefeito de Gaspar – Andreia, Kleber e Marcelo - vêm de berço de ouro, é ateu e não está vencendo na vida? Qual deles não teve os pés descalços e uma vida de dureza para chegar onde chegou? Lovídio e o PT não apontam. E não podem. Pois todos têm a mesma história de vida e luta do Lovídio. Entretanto, Andreia, Kleber e Marcelo não esmolam esta piedade para emocionar o eleitor e a eleitora. O outro sinal do discurso petista está na insistência das 300 ruas que Lovídio insiste que o “PT abriu, calçou ou asfaltou”. Lovídio ressalta que o povo é muito grato. Mais mostra que há outras 600 esperando por asfalto. Ou seja, o ex-secretário de Obras e Serviços Urbanos está cobrando votos de gratidão como candidato dos que foram supostamente beneficiados com as 300 ruas asfaltadas e acenando reciprocidade futura nos votos aos que querem asfalto em suas 600 ruas e vielas. Mas, nem tudo é um mar de rosa, como atestam acima, as notas “Repetição do mesmo”. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Reconhecimento. A promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, que entre outras cuida na Comarca da Moralidade Pública, será homenageada por seu trabalho nesta área amanhã as seis horas da tarde em sessão solene da Câmara de Vereadores de Ilhota.

Ilhota em Chamas. A Câmara de Vereadores de Ilhota está pedindo ao Tribunal de Justiça para ser Assistente de Acusação, depois que o prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, o ex-secretário de Administração, Fernando Neves, PSD, e o funcionário Jader José Alves, tiveram uma denúncia do Ministério Público aceita naquela corte na terça-feira passada.

Esclarecendo. Esta ação penal é derivada desta Ação Civil Pública que tramita em Gaspar: fraude em licitação, a 8.666/93, especialmente no item que trata da dispensa ou a inexigibilidade. O vereador Luiz Fischer, PMDB, foi quem denunciou. E a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, fez uma Ação Civil Pública e a Procuradoria Geral de Justiça, a Ação Penal. E por que o TJ? Porque os prefeitos possuem foro privilegiado e são julgados pelo Tribunal.

As prefeituras não podem fazer press release de seus feitos por se caracterizar neste período pré e eleitoral como propaganda, mas... Manchete do Cruzeiro do Vale: prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, recebe no gabinete e homenageia a atleta gasparense Ludmila Maria Cardoso, destaque nos Jogos Escolares Mundiais, realizados na Turquia. Justo. Justíssimo.

Por outro lado, o mesmo Pedro Celso Zuchi e a área de cultura do município, por questões de birra política partidária de quem não se ajoelha ao PT, ignoraram o ouro da bailarina Yasmin Tavares, e o bronze do Grupo de Danças de Gaspar, no Festival de Danças de Joinville. Eles também jovens promessas, num claro projeto de inclusão social e cultural detestado pelos que estão no poder em Gaspar.

A Câmara de Vereadores de Gaspar retorna das férias hoje. Quando os edis vão se dispor a terminar com esta anomalia? São 45 dias parados por ano. Nesta legislatura, houve a oportunidade para isso, mas quando o assunto esteve nas mãos de Marcelo de Souza Brick, PSD, para como relator resolver esta parada, ele preferiu estruturar dificuldades. A Câmara de Ilhota não parou. Ela teve sessões em julho. Acorda, Gaspar!

Firme. Teresa da Trindade, ex-vereadora, ex-secretária da Saúde do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, ex-candidata à prefeita pelo PSD, ex-PT e PP, e até pouco dias presidente do PSB de Gaspar e que deu a Giovânio Borges, para depois ganhar um cargo comissionado do PT de Pedro Celso Zuchi, está em campanha. Nas suas redes sociais propaga agora as candidaturas dos petistas.

Homenagens para poucos. Recentemente, quando fez 50 anos, o PMDB de Gaspar fez uma grande festa para homenagear os seus históricos. Fez questão de levar gente de nome e que não está mais no partido. Alguns há muito tempo. Lá escrevi sobre isto. Levaram os supostos medalhões e esqueceram dos pés-de-boi, aqueles que buscam votos para o partido.

Foi assim, com a família de Pedro Werner, da Margem Esquerda. Agora mais uma descoberta. Na hora de pedir votos, a caravana do PMDB bateu num líder do Arraial. Uma senhorinha cobrou o esquecimento lembrando o quanto o seu marido havia se doado por ideal para PMDB. Para encerrar o mal-estar, prometeu-se uma homenagem ao líder. E só foi aí que o pedinte do voto descobriu que o líder da comunidade já tinha inclusive falecido.

O Hospital de Gaspar está moribundo. Entretanto, ele continua sendo o melhor cabo eleitoral dos políticos a cada eleição. Na penúltima eleição era o seu fechamento que serviu ao PT para demonizar o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, e que não tinha na a ver com o caso.

Na última eleição, o PT prometia a sua reabertura do Hospital, mas nada fez para recuperá-lo. Foram os empresários, que depois o PT correu de lá com a tal intervenção acusando-os de roubar e até hoje nada provou. Agora a discussão é a dívida impagável exatamente criada pela intervenção marota e sem transparência do PT. E como esmola, os políticos estão oferecendo migalhas exatamente no período de campanha.

Há duas semanas, o Partido Comunista, que sempre esteve com o PT e Pedro Celso Zuchi, mas agora está apoiando o Marcelo de Souza Brick, PSD, ofereceu pela deputada Ângela Albino, para o futuro e não se sabe quando, R$100 mil. Na semana passada foi a vez do PP do vereador Luiz Carlos Spengler Filho, vice de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, fazer o mesmo, com o deputado Esperidião Amim Helou Filho, também comR$100 mil.

Este dinheiro é bem-vindo e não se deve rejeitá-lo. Todavia, ele só aparece – como promessa e não de fato no caixa - em época de campanha e é uma merreca diante do caos da saúde pública onde está metido o Brasil. Parte ponderável desta responsabilidade é exatamente da Câmara dos Deputados. Ali é o fórum adequado para discussão e mudanças profundas neste assunto.

O SUS – tão fortemente defendido pelo PT e sabe-se agora muito bem a razão disso - é um arremedo para o atendimento universal, principalmente aos mais pobres. Morre-se na fila à espera de simples a complexos exames, internação, cirurgias e tratamentos, como o do câncer. Por outro lado, a Saúde Pública é um antro para as mais diversas negociatas e corrupções, entre elas os tais contratos emergenciais, livres de licitações.

E nelas estão os políticos, os gestores públicos de má fé e os incompetentes, uma parcela importante de médicos como se vê pelos inquéritos e processos, os laboratórios, os fornecedores de materiais etc. que fazem parte de um grande esquema para roubar os pesados impostos dos brasileiros. O que está errado e vulnerável é o sistema. E os deputados (e senadores) sabem disso e nada fazem. Parecem que tem parte neste roubo e neste crime contra a vida.

Com coceiras. Do ex-prefeito de Gaspar, Adilson Luiz Schmitt, sem partido, e pela primeira vez e até aqui afastado da campanha majoritária, sobre os planos dos candidatos. “A bem da verdade, os quatro nomes têm dificuldades de apresentar propostas simples e passiveis de serem implementadas. Por fim, fica o desafio de mostrarem o que já trouxeram ou realizaram por Gaspar. Claro: o Lovídio vai apresentar as ações do Executivo dos últimos oito anos. Mas não sei se conseguem encher uma mão...”

Os gastos oficiais. Foi o primeiro a informar, alertado por uma fonte. Os gastos, segundo a publicação do Tribunal Superior Eleitoral do dia 19 de julho ficou assim: para Gaspar com 44.336 eleitores será permitido R$134.657,70 para prefeito e R$17.039,06 para vereador. E teto de gastos do candidato a prefeito de Ilhota com 10.958 eleitores? R$108.039,06. Basta olhar as páginas 190 e 191 do TSE que disciplinou este assunto.

 

Edição 1761

Comentários

Herculano
04/08/2016 20:32
A COLUNA OLHANDO A MARÉ INDÉDITA JÁ ESTÁ PRONTA

Ela foi feita para a edição impressa desta sexta-feira do jornal Cruzeiro do Vale.
Mariazinha Beata
04/08/2016 18:56
Seu Herculano;

Veja só que achei no Blog do Políbio:

Marcela no Palácio do Planlto


"Este foi o primeiro ato público dela desde que Temer assumiu como presidente em exercício, em maio, e o primeiro no Planalto desde 1º de janeiro de 2015, quando a presidente Dilma Rousseff, atualmente afastada do cargo, tomou posse para o segundo mandato.

O evento desta quarta ocorreu no Salão Nobre do Palácio, o mesmo utilizado para a recepção de chefes de Estado.
Familiares dos militares participaram do ato.

O presidente Michel Temer, participou na tarde desta quarta-feira de uma cerimônia no Palácio do Planalto na qual foi formalizada a promoção de 90 militares.
43 do Exército, 22 da Marinha e 25 da Aeronáutica.

A mulher dele, Marcela, acompanhou o presidente em exercício no evento.

Usando vestido cinza, ela se posicionou ao lado esquerdo de Temer no palco montado para as autoridades durante a execução do Hino Nacional pela banda do Batalhão da Guarda Presidencial.

Marcela e Temer passaram a cerimônia de pé e receberam os cumprimentos dos militares promovidos."

Comentário do editor:

"Um contraste em comparação com a silhueta dura, assimétrica, simiesca e desagradável de Dilma Rousseff".

O meu:
Temer não está fazendo um grande governo, mas ao menos nos livrou do perigo comunista e da feiúra moral e física do petismo.
E isso não é pouca coisa.
Aguardaremos por governantes melhores ...
Bye, bye!
Carlos
04/08/2016 18:38
Caro herculano tenho acompanhado muito seu trabalho, desde digo que você é uma pessoa extremamente corajosa,também tenho observo que os grandes vilões da politica Gasparense PT e PMDB tem se para um fracasso determinado a nível de redes sociais, por outro lado Andreia tem se destacado com seu carisma, podemos observar também depois da convenção do PSDB Gaspar, que entre seus candidatos citados Franciele Back e Marcio Sansão, pré candidatos vem juntando um cumulo de simpatizantes em suas redes sociais, deixando para traz Grandes candidatos a Prefeitos, seria simpatia? intelectualidade ou integridade mesmo? boa comitiva Sr. Andreia, seu time é bastante aceito por internautas.
Belchior do Meio
04/08/2016 13:26
Sr. Herculano:

"Os Cinco Perdedores

O Antagonista faz questão de repetir os nomes dos cinco perdedores na comissão especial do impeachment no Senado: Gleisi Hoffmann, Kátia Abreu, Lindbergh Farias, Telmário Mota e Vanessa Grazziotin.
Fátima Bezerra e Humberto Costa eram suplentes. Não votaram."

Dos cinco perdedores, o que me chama a atenção é Kátia Abreu. Jogou toda uma história de luta no Agronegócio para defender um governo corrupto e ficar na mesma trincheira do bandido Stédile.
Ana Amélia que não é Lemos
04/08/2016 13:15
Sr. Herculano:

Frase do dia no Blog do Noblat

"Imagine que você vai dar uma festa, trabalha durante anos, monta as condições, convida a imprensa e no dia dessa festa alguém chega, toma seu lugar e se apropria dessa festa."

Dilma, inconformada em não estar na presidência da República na abertura dos Jogos Olímpicos

Kidó!!! ?
Paty Farias
04/08/2016 13:05
Oi, Herculano

A senadora Gleisi Hoffmann passou a defender a propota de que os senadores do PT devem renunciar aos seus mandatos, caso Dilma Roussef seja expurgada da presidência pelo Senado.

A senadora não se deu conta de que ela e os colegas perderão direito a foro privilegiado no caso de renúncia.
Jornalista Políbio Braga

Tadinha, depois que fez a plástica no narigão, mexeu com o cérebro.
Miguel José Teixeira
04/08/2016 12:36
Senhores,

Acho que algumas postagens estão fazendo injustiça com o "Dão". Único Catarinense a figurar na lista do DIAP entre os 100 pensantes do CN.
Acessem:
http://www.diap.org.br/index.php/noticias/agencia-diap/26218-cabecas-do-congresso-nacional-diap-divulga-a-lista-dos-parlamentares-mais-influentes-do-parlamento
O gaúcho
04/08/2016 12:34
Ao Editor da Coluna Olhando a Maré

Buenas, tchê!

Mas que barbaridade, fiquei na dúvida ...
... para quem ele faz pose de metrossexual.
Às 8:14.

Não seria outra coisa?

Saudações do Extremo Sul
Mariazinha Beata
04/08/2016 12:13
Rosa, o Sr. Luis Carlos aprendeu com o vereador Melato e com o deputado federal Amin.
Rosa
04/08/2016 10:07
Os vereadores não estão afastados de seus cargos para campanha??? E se o estão porque ainda estão fazendo como o Sr.Luiz Carlos entregando prêmios, monções, dinheiro público????????
Herculano
04/08/2016 08:17
TENTANTIVAS VÃS, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

À medida que o processo de impeachment caminha no Congresso, a realidade vai demonstrando que a retórica política do golpe não tem base. A cada passo, os parlamentares que defendem a presidente afastada tentam diversos recursos tendentes a protelar o resultado final.

O que está implícito é evidenciado pelos recursos abusivos, que demonstram, por palavras e atos, que o objetivo é adiar o máximo possível a transformação de Michel Temer de interino em presidente completo, que representará o país com plenos poderes na reunião do G-20 na China, em setembro.

Já não há mais a esperança de mudar a tendência do Senado a favor do impeachment da presidente Dilma. O advogado de defesa, ex-ministro José Eduardo Cardozo, chega ao cúmulo de querer convocar mais 20 testemunhas na próxima fase do processo, quando está estabelecido que o máximo é de 5 testemunhas.

Alega que são quatro acusações, num malabarismo jurídico que chega a ser cômico, se não fosse a triste imagem de uma atuação voltada para ações procrastinatórias. Há também os recursos ao Supremo Tribunal Federal, como agora, querendo discutir os prazos que ainda restam para a votação final.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, chegou à conclusão de que é possível encerrar o processo ainda em agosto, e não há nada de mais em que esse prazo seja estabelecido com vistas a permitir que o país tenha um presidente em plenos poderes na sua primeira viagem internacional.

Aliás, o interesse do país é que esse assunto seja encerrado o mais rápido possível, e só mesmo com má-fé é possível dizer que o direito de defesa da presidente afastada não foi respeitado. Os diversos recursos protelatórios, sejam à comissão do impeachment, ou ao STF, só fazem validar o processo como um todo, por mais que falem em golpe parlamentar.

A cada apelo que encaminham ao Supremo Tribunal Federal, mais estão validando o processo. Da mesma forma, revela-se apenas uma ação de marketing político a denúncia da defesa do ex-presidente Lula junto à Comissão de Direitos Humanos da ONU.

Só existe a possibilidade de que esse órgão se pronuncie, e mesmo assim sem capacidade de interferir na Justiça local, se todas as instâncias tiverem sido esgotadas, o que no caso de Lula não é verdade. Alegam seus advogados que todo o sistema jurídico brasileiro está contaminado por uma conspiração contra o ex-presidente, inclusive do STF que, por acaso, tem 8 dos 11 ministros nomeados por Lula ou Dilma.

Toda a base da argumentação é a origem proletária de Lula, que é perseguido pela elite brasileira que não se conformaria com um ex-operário ter chegado a presidir o país com apoio popular. Ora, é um raciocínio que não se sustenta, pois Lula não chegaria aonde chegou sem o apoio dessa mesma elite que hoje ele critica, mas que já foi sua aliada.

Somente as benevolências que recebeu das empreiteiras, e seu trabalho a favor delas em vários países do mundo, seriam suficientes para demonstrar que não há nenhuma elite perseguindo Lula. Ou pelo menos que ele tem o apoio de uma boa parte da elite.

Ele mesmo já admitiu diversas vezes que os banqueiros, por exemplo, nunca ganharam tanto dinheiro em seu governo. Não há perseguição alguma. Há, sim, ao contrário, a Justiça agindo sem proteção aos membros da elite brasileira, da qual Lula é um dos maiores símbolos.

Lula reage exatamente como os empresários e políticos que estão sendo atingidos pela Operação Lava Jato. Uma reação natural de pessoas privilegiadas que pensavam estar acima da lei. Como Lula se julga.
Herculano
04/08/2016 08:14
MARIA DA PENHA PARA OS HOMENS

Quem está mesmo orientando o candidato do PSD de Gaspar, Marcelo de Souza Brick? O Partido Comunista seu mais novo parceiro emprestado pela administração petista? Aquela observação que ele fez na sessão da Câmara desta terça-feira sobre a Lei Maria da Penha e os homens agredidos pelas suas mulheres, vai render. E vai sobrar para o seu melhor eleitorado, para quem ele faz pose de metrossexual. Meu Deus.
Herculano
04/08/2016 07:40
SHAKESPEARE, LULA E SEU OVO DE SERPENTE, DILMA, por Roberto Macedo, economista, para o jornal O Estado de S. Paulo

O ex-presidente se disse jararaca e tribom; se voltasse, seria trimau.

Explico o porquê dessa combinação, começando por Shakespeare. Este ano marca os 400 anos da sua morte e lhe foram prestadas muitas homenagens. Muitas foram também as reapresentações de suas peças teatrais. Algumas no teatro circular a céu aberto, em Londres, construído em 1996 de maneira similar ao que foi destruído por incêndio em 1613 e no qual foram apresentadas peças de Shakespeare durante sua vida.

Ele merece a louvação que recebe há séculos, pois sua obra, além de rica em termos literários, popularizou-se e foi acolhida internacionalmente. Numa reportagem no site do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, em 23/4, sobre uma das celebrações, foi dito que ele foi capaz de escrever sobre cada um de nós. Como ao abordar sentimentos humanos como ciúme (em Otelo), dúvidas (em Hamlet) e ambição (em Macbeth). Lições suas, algumas delas sintetizadas em frases ou versos, integraram-se ao uso corrente em outros idiomas. "Ser ou não ser, eis a questão" , de Hamlet, é uma das mais conhecidas.

Também quis homenagear sua memória e optei por recorrer a uma de suas lições, a do ovo da serpente, da peça Júlio César, e procurando situá-la no contexto do nosso país. Aí entram Lula e Dilma. Quanto ao primeiro, todo mundo já o conhece bem por aqui, tem um quê de teatral e é também candidato a servir de enredo a filmes e peças no futuro. Do tipo ascensão e queda? Há quem veja a segunda como irreversível, mas eleitoralmente permanece muito popular.

Lula serpente? Foi ele mesmo quem se disse uma. Logo após depor na Polícia Federal em São Paulo, à qual foi conduzido coercitivamente na manhã do dia 4 de março deste ano, declarou: "Se quiseram matar a jararaca, não fizeram direito, pois não bateram na cabeça, bateram no rabo, porque a jararaca está viva". Um ovo dela foi chocado anos antes e deu em Dilma.

Voltando a Shakespeare, num dos diálogos da citada peça, Brutus, senador romano, discorre sobre a lógica de participar da conspiração que depois levaria ao assassinato do imperador romano Júlio César. Tomando este pela dimensão política que já então tinha, Brutus argumenta que se César crescesse mais seria ainda mais ameaçador. E conclui: "Imagine-o como o ovo de uma serpente/ Do qual após chocado cresceria algo deliberadamente problemático/ e mate-o ainda na casca" (tradução do texto emenotes.com/shakespeare-quotes/serpents-egg).

No meu enredo não há assassinato. Só entram esses dois personagens políticos, e apenas na vida deles como tal, no momento desastrosa para ambos. E muitíssimo pior para o Brasil, por eles levado a um dos maiores desastres econômicos, políticos e sociais da nossa História.

Lula, presidente por dois mandatos, foi obra da soberana vontade dos eleitores. No governo encantou-se com Dilma, na qual viu uma gerentona, ainda que então atuando num período em que predominaram os bons ventos soprados da China. Comandada por Lula, temia-o, e não aprontou como o fez ao substituí-lo.

Perto de deixar o governo, Lula continuou recebendo a confiança do povo e elegeu-a em 2010. Cobra criada, Dilma passou a picar aqui e ali, revelando-se administrativamente não uma gerentona, mas uma trapalhona voluntário-venenosa. Demonstrou não fazer jus a seu diploma de economista, intervindo equivocadamente em mercados como os de petróleo, energia e etanol, e mergulhando de corpo e alma na irresponsabilidade fiscal.

Foi como se alguém lhe houvesse lido um manual bolivariano-chavista e ela, ouvido mal, como sendo de economista. Em 2014 quase perdeu a eleição para Aécio, e só ganhou com base na propaganda veneno-enganosa com que iludiu eleitores ao alardear resultados que não eram seus, promessas que não poderia cumprir e malfeitos como se fossem benfeitos.

Para picadas de serpentes desse tipo nossas instituições ainda não criaram soros eficazes. Precisamos de políticos, legisladores e instituições inspiradas na vocação antiofídica do cientista Vital Brazil (1865-1950) para socorrer eficazmente o País contra semelhantes desmandos administrativos e enganações. Na área fiscal já ressaltei neste espaço a imperiosa necessidade de aprimorar sensores, alarmes e mecanismos de correção existentes, pois se revelaram inadequados (Estratégia ?" Controles fiscais, 17/12/2015).

O desastre dilmista mostrou-se imenso e de corpo inteiro logo após a reeleição. Seus crimes de irresponsabilidade fiscal vieram à tona, ainda que com enorme lentidão institucional. Hoje, majoritária e ansiosamente, o País aguarda o "Dilmexit". Economicamente, 2015 e 2016 são mais dois anos perdidos. E os ajustes nas contas governamentais se estenderão pelo fim desta década, que também já pinta como perdida e como mancha nos currículos da presidente afastada e do seu mentor.

Volto a Lula, que na mesma ocasião citada também se disse tribom. Conforme suas palavras: "Presidente bom é aquele que se reelege. E bibom é aquele que faz sucessor. Eu já me considerava bibom, e fiquei tribom quando reelegemos a Dilma". No meio acadêmico, afirmações como essa costumam ser chamadas de apoteose mental.

Na minha avaliação, e com alguma concessão, troco o bom por razoável, pois o sortudo Lula não aproveitou as benesses econômicas com que foi premiado. E de tal forma que o País também poupasse e investisse mais, e dessas e de outras formas fosse fortalecido para crescer com maior vigor, ou mesmo enfrentar melhor os períodos de vacas magras. Depois, Lula foi mau e bimau ao eleger e reeleger Dilma.

Hoje a jararaca já tem em gestação outro ovo, a sua ideia de voltar à Presidência. Espero que seja abortado antes da eleição de 2018. Se chegar à chocadeira das urnas eleitorais, que o povo siga as recomendações de Brutus, matando com seus votos esse projeto, pois o risco de um Lula trimau é assustador.
Herculano
04/08/2016 07:38
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA PARA A EDIÇÃO DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE
Herculano
04/08/2016 07:36
FALTA POUCO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

O relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) encerra mais uma etapa na longa crise do impeachment. Acentuam-se as pressões para que chegue logo ao fim.

Com hesitações e tropeços, a Presidência interina de Michel Temer (PMDB) logrou recuperar certa estabilidade, para o que terá contribuído sua cautela em submeter, desde já, projetos de grande carga polêmica ao Congresso.

Um mesmo compasso de espera, embalado por expectativas mais otimistas na sociedade, caracteriza o ambiente econômico. Ainda que persistam as fragilidades de origem do atual governo, previsões catastrofistas parecem estar descartadas.

Um quadro de ingovernabilidade, protestos exacerbados e corrosão da equipe no poder em decorrência da Lava Jato não se verificou ?"ainda que as investigações de corrupção em curso se caracterizem por notória imprevisibilidade.

O governo Dilma Rousseff (PT) acabou há bom tempo, e as últimas tentativas do petismo para reverter esse quadro no Senado se revelam débeis. Não se revestem de consequência prática, com efeito, propostas como a de realizar um plebiscito sobre antecipação das eleições presidenciais.

Dificilmente os setores afastados do poder teriam condições de aprovar proposta de emenda constitucional em tal direção. Mesmo nessa hipótese, a mudança estaria sujeita a fundadas contestações no Supremo Tribunal Federal (STF), dado que a preservação do calendário eleitoral já em curso é cláusula pétrea da Carta.

Causado por irresistível pressão popular, um ato conjunto de renúncia da presidente e do vice teria sido a melhor solução para superar a grave crise econômica, política e judicial em que o país mergulhou desde 2014. A decorrência, conforme o estrito figurino constitucional, seria um novo pleito que conferisse a legitimidade do voto direto ao principal mandatário.

Era o que propunha a Folha em editoriais publicados em abril, no auge da crise. Mas a história não anda para trás, e as circunstâncias da política real, que às vezes se afiguram inexoráveis, tornaram aquela alternativa no mínimo remota.

Ressalte-se que o afastamento legal de um presidente da República comporta duas dimensões, a jurídica e a política. Conceda-se a Dilma Rousseff, em benefício da dúvida, que tenha agido de boa-fé quando praticou fraude orçamentária; ainda assim, seu calamitoso governo foi repudiado por dois terços da população e deposto em processo que seguiu os devidos trâmites constitucionais.

É quase certa a aprovação do relatório Anastasia no Senado. Dilma Rousseff teve fartas oportunidades de defesa. Agora, cabe-lhe sair de cena e esperar que o julgamento da história não venha a ser tão implacável como se prenuncia.
Herculano
04/08/2016 07:34
A BARATA E OS RATOS NA RETORICA DO IMPEACHMENT, por Josias de Souza

A Comissão do Impeachment encerra seus trabalhos nesta quinta-feira com a aprovação do relatório em que Antonio Anastasia (PSDB-MG) recomenda a deposição de Dilma Rousseff. A essa altura, a comissão acumula perto de 240 horas de debates. Há pouco por dizer. Na sessão da véspera, os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) esgotaram o repertório de provocações numa troca de farpas que injetou no debate o que faltava: uma barata, inseto ortóptero, da família dos batídeos; e os ratos, roedores da família dos murídeos.

Ex-líder de Dilma no Senado, Humberto Costa pressionou uma vez mais a tecla preferida do petismo. "Estamos vivendo um golpe", ele reiterou. Insinuou que a eventual confirmação do afastamento de Dilma pelo plenário do Senado banalizará o instituto do impeachment. A pretexto de reforçar seu argumento, Humberto construiu uma analogia inusitada. Deixou Dilma em posição, digamos, kafkiana:

- Como era necessário tirar um governo do qual eles não gostavam, com o qual eles não concordavam, vale até incendiar o apartamento para matar a barata. Essa é a realidade que nós temos no nosso país hoje. Por que é golpe? A principal razão está aí, no que a gente vê no dia a dia. Eles não aceitam que o Brasil possa dar tratamento social diferente ao seu povo.

Líder do PSDB, Cássio Cunha Lima como que dobrou a meta, para utilizar expressão ao gosto de Dilma. Incluiu na prosa outras fúnebres criaturas.

- Não me venham falar em defesa dos pobres, porque quem defende os pobres não rouba os pobres. Quem defende os menos favorecidos não monta uma organização criminosa para assaltar um país em nome de um projeto de poder. [?] Aqui não se tentou matar uma barata incendiando o edifício. O que se tenta aqui é afastar os ratos que danificaram o país no trato da coisa pública. Chega, basta! Ninguém aguenta mais o que o Brasil está vivendo."

A certa altura, Cássio mencionou "as delações e mais delações que confirmam na Lava Jato que a campanha de Dilma Rousseff foi financiada com dinheiro do petrolão." O petista Lindbergh Farias (RJ), destacado membro da infataria de Dilma, interveio:

- E o que falam do PSDB nas delações, senador Cássio, Vossa Excelência esqueceu?

Os jornais do dia traziam a notícia sobre o suborno de R$ 10 milhões que o ex-senador tucano Sérgio Guerra, já morto, recebera para sufocar uma CPI da Petrobras em 2009, época em que era presidente do PSDB federal. Cássio não se deu por achado:

- Aqueles que cometeram crimes nos partidos A, B ou C que paguem pelos seus crimes. Que possamos encerrar esse processo, que possamos dar cabo desse julgamento. Quanto mais esticarmos isso, mais o país vai ficar nessa situação de instabilidade.

Baratas e ratos não são privilégios feios do Brasil. São universais. A diferença é que, nessa terra de palmeiras, por muitos anos, os personagens que se comportavam como legítimos representantes das famílias dos batídeos e dos murídeos continuavam atuando na política como se nada tivesse sido descoberto sobre seus hábitos. De raro em raro, quando as luzes acendiam, essas criaturas ziguezagueavam e escapavam. Não havia vassourada que as alcançasse.

A Lava Jato interrompeu um ciclo. A despeito de suas sensíveis hastes e do seu couro cascudo, a oligarquia política e empresarial migra gradativamente dos gabinetes do poder, das colunas sociais e da editoria de política para a cadeia. Num futuro próximo, a força-tarefa de Curitiba pode figurar nos livros de história como um ponto fora da curva. Mas, por ora, o brasileiro está achando tudo o maior barato.

Embora Dilma e o PT abominem a expressão "conjunto da obra", madame será enviada mais cedo para casa justamente porque, sob sua fama de gerente impecável, proliferaram a ruína econômica e a desfaçatez ética. Beneficiário direto da conjuntura, Michel Temer governa com a tranquilidade de quem dança um minueto à beira do precipício.

A Lava Jato já não permite que o PMDB e assemelhados sejam indultados por um surto qualquer de amnésia combinada. Enquanto prepara o "tchau" de Dilma, Brasília vive a neurose do que está por vir depois que os investigadores extraírem a derradeira gota de suor do último dedo da Odebrecht.
Herculano
04/08/2016 07:23
OS BANDIDOS DA POLÍTICA JÁ ENCONTRARAM UMA FORMA DE BURLAR A LEI. COM ALGO TÃO SIMPLES, GROTESCO E FÁCIL DE SER COMPROVADO, VAI SER MUMU CAÇAR CANDIDATOS QUE JÁ INICIAM A BURLA A LEI E A PRÁTICA DA CORRUPÇÃO E ROUBO ORGANIZADO. MAIS FÁCIL DO QUE COMPRA DE VOTOS ANTES MESMO DA CAMPANHA POLÍTICA OFICIAL COMEÇAR. ESTÁ NO JORNAL FOLHA DE S. PAULO: PROMOTOR TEME "COMÉRCIO" DE CPFs COMO NOVA REGRA DE DOAÇÃO ELEITORAL

Na avaliação do Ministério Público Eleitoral, a mudança na legislação para doações financeiras abre precedente para a ampliação do caixa dois. De acordo com o promotor José Carlos Bonilha, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, as novas regras podem criar o que ele chama de "comercialização de CPFs".

"Uma determinada pessoa que queira fazer uma doação acima do estabelecido pode 'alugar' o CPF de outro cidadão para fazer a transação. Aquele que alugou o documento recebe um dinheiro por fora", explica.

A Promotoria Eleitoral, diz Bonilha, está atenta a uma possível nova forma de abastecimento ilegal de campanhas. Será fundamental, afirma, cruzar dados declarados à Receita com os doadores.

Ainda de acordo com o promotor, o Ministério Público Eleitoral vê reais chances de o crime organizado atuar na arrecadação ilegal para as campanhas. "Nesse caso, as candidaturas de vereadores são as mais vulneráveis", diz.

"Abusando da relação de subserviência de determinada comunidade, o crime organizado pode usar o mesmo mecanismo da comercialização de CPFs", afirma Bonilha.

Além de os candidatos fiscalizarem uns aos outros e reportarem denúncias, Bonilha diz que "possíveis discrepâncias entre as projeções de gastos declarados e a campanha na rua" serão uma maneira de identificar irregularidades.
Miro Sálvio Vila Nova FM 98,3
04/08/2016 07:12
JM Aguinar
03/08/2016 20:12
Ao Miro Salvio;

Como assim questões profissionais?
A FM Vila Nova, não é do povo, não deveria servir ao povo? Pelo jeito é particular, contrário ao que diz a lei.


AO JM Aguinar, Sim Caro JM Aguinar, * Questões Profissionais, Em uma Propriedade Particular, mesmo sendo um ?"rgão de Imprensa, Só Podemos entrar com uma Autorização Judicial, a Lei priva o Direito da Propriedade é de Todos, e Caso você tenha Duvidas podes Procurar uma Orientação Jurídica ou até mesmo a Policia Cívil. A Partir do Momento em que as Autoridades Policiais Tornar o Caso Público através do legitimo Processo de apuração dos Fatos ai sim Podemos Acompanhar e Publicar. Certo. ** A Resposta Seguinte, sobre se A Radio Vila Nova é do Povo, não Deveria Servir o Povo, pelo jeito é Particular, Respondo Aqui Você se mostra Oportunista, entra em outro assunto, (inveja ou alguma mágoa) e o Pior disso tudo Perde de Imediato o direito do questionamento porque se esconde com um Nome FALSO. A Rádio vila Nova 98,3 é do Povo e Serve o povo, vai completar 7 anos de Trabalho no dia 02 de setembro de 2016, 24 Horas no Ar. Somos a Unica emissora da Cidade Livre, não Recebemos Dinheiro Público, Federal, Estadual e nem Municipal, Honramos Nossos compromissos, Vendendo Credibilidade, Minha e de Toda Equipe de Trabalho, e Não Usamos Nome Falso. Somos Obrigados a Estar em dia com Todas as Obrigações Jurídicas e administrativas, Somos Fiscalizados pela Anatel e Ministério das Comunicações que Regulam o setor, traga a Sua identidade a Publico, e venha aqui conhecer o que se faz por Gaspar.
Herculano
04/08/2016 06:53
AFASTAMENTO DE DILMA É HIPOCRISIA COMO JAMAIS HOUVE NO BRASIL, por

Quem não aceita ver golpe partidário na construção do impeachment de Dilma Rousseff pode ainda admitir, para não se oferecer a qualificações intelectual ou politicamente pejorativas, que o afastamento da presidente se faz em um estado de hipocrisia como jamais houve por aqui.

O golpe de 64 dizia-se "em defesa da democracia", é verdade. Mas o cinismo da alegação não resistia à evidência dos tanques na rua, às perseguições e prisões nem aos crimes constitucionais (todos os militares do golpe haviam jurado fidelidade à Constituição que acabavam de trair: sem exceção, perjuros impunes). Todos os golpes tentados ou consumados antes, incluída a Proclamação da República, tiveram na formação aquele mesmo roteiro, com diferença de graus. A força das armas desmoralizava a hipocrisia das palavras.

Os militares, hoje, não são mais que uma lembrança do que foi a maior força política do país ao longo de todo o século 20. Ao passo em que a política afunda na degeneração progressiva, nos últimos 20 anos os militares evoluíram para a funcionalidade o mais civilizada possível no militarismo ocidental. A aliança de civis e militares no golpismo foi desfeita. A hipocrisia do lado civil não tem mais quem a encubra, ficou visível e indisfarçável.

Há apenas cinco dias, Michel Temer fez uma conceituação do impeachment de Dilma Rousseff. A iludida elegância das suas mesóclises e outras rosquinhas faltou desta vez (ah, que delícia seria ouvir Temer e Gilmar Mendes no mesoclítico jantar que tiveram), mas valeu a espontaneidade traidora. Disse ele que o impeachment de Dilma Rousseff é uma questão "política, não de avaliação jurídica deles", senadores. Assim tem sido, de fato. Desde antes de instaurados na Câmara os procedimentos a respeito: a própria decisão de iniciá-los, devida à figura única de Eduardo Cunha, foi política, ainda que por impulso pessoal.

Todo o processo do impeachment é, portanto, farsante. Como está subentendido no que diz o principal conspirador e maior beneficiado com o afastamento de Dilma. Porque só seria processo autêntico e legítimo o que se ocupasse de avaliação jurídica, a partir da Constituição, de fatos comprovados. Por isso mesmo refere-se a irregularidades, crimes, responsabilidade. E é conduzido pelo presidente, não de um partido ou de uma Casa do Congresso, mas do Supremo Tribunal Federal.

As 441 folhas do relatório do senador Antonio Anastasia não precisariam de mais de uma, com uma só palavra, para expor a sua conclusão política: culpada. O caráter político é que explica a inutilidade, para o senador aecista e seu calhamaço, das perícias técnicas e pareceres jurídicos (inclusive do Ministério Público) que desmentem as acusações usadas para o impeachment.

Do primeiro ato à conclusão de Anastasia, e até o final, o processo político de impeachment é uma grande encenação. Uma hipocrisia política de dimensões gigantescas, que mantém o Brasil em regressão descomunal, com perdas só recompostas, se o forem, em muito tempo ?"as econômicas, porque as humanas, jamais.

E ninguém pagará por isso. Muito ao contrário.
Herculano
04/08/2016 06:47
da série: os políticos que elegemos, tramam e nos impõe mais sacrifícios e impostos para eles continuarem na farra com os seus. Dia dois de outubro está chegando. Quem é o relator desta matéria na Câmara? O catarinense Esperidião Amim Helou Filho, PP, o que só fez política na vida: ex-secretário de estado, ex-governador, ex-senador, ex-prefeito de Florianópolis. Ou seja, entende bem do que faz e joga para os seus pares políticos.


CÂMARA QUER VOTAR PROJETO DA DÍVIDA DOS ESTADOS SO APOS A ELEIÇÃO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, avisou o Planalto que, se forçar a barra e colocar para votar, antes das eleições municipais, o projeto de renegociação da dívida dos Estados, limitando os gastos com funcionalismo, os deputados vão preferir faltar, mesmo que a ausência seja descontada dos seus vencimentos. O projeto pode paralisar a Câmara no período que antecede a eleição de outubro.

TRISTE REALIDADE
"É uma realidade. Os deputados preferem o desconto em folha", confirma o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP).

MORTE POLÍTICA
Aliados de Michel Temer reconhecem que o limite de gastos será a morte política de candidatos que agem como gigolôs do funcionalismo.

PREÇO ALTO
O PT ainda tenta manipular o presidente da Câmara para adiar a votação. O partido cobra a fatura por apoiá-lo contra Rogério Rosso.

PURO MEDO
A Câmara é conhecida por não enfrentar a elite do funcionalismo público, que reivindica salários acima de R$ 30 mil por mês.


PASSAGEM DA LATAM BRASÍLIA-SÃO PAULO, IDA E VOLTA, CHEGA A R$12.340
No vale-tudo dos voos comerciais, sob os auspícios da omissa Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que deveria regular o mercado, uma passagem ida e volta da Latam entre Brasília e São Paulo (aeroporto de Congonhas) pode custar R$11.309 e chega a custar R$12.340. O assalto está em sites de busca do tipo e Destinos. Até porque a página da própria Latam, ruim e lenta, acaba por "estimular" os clientes a procurar os sites de busca.

TAPA NA CARA
Se questionada sobre a exploração sem limite das empresas aéreas, a Anac se esquiva: "O Brasil pratica o regime de liberdade tarifaria".

SEM CRITÉRIO
Cliente paga menos se recorrer às ofertas da Latam por site eDestinos: R$10.019. Equivalente ao bilhete Brasília-Pequim pela mesma Latam.

SEM NOÇÃO
Diz a Latam que um bilhete Brasília-SP ida e volta, em seu site, custa R$3.053, valor maior que Brasília-Paris, ida e volta, pela Air France.

VIROU BAGUNÇA
Com o fim de financiamento privado de campanha, candidatos a vereadores e prefeitos estão pedindo ajuda aos deputados federais. Pedem dinheiro até para custear aniversário de filho e casamento.

CONTRIBUINTE PEDE SOCORRO
No DF, que gasta 81% do orçamento com salários, agente da Polícia Civil recebe salário inicial de R$16,8 mil. Onze vezes maior que os R$1,5 mil da Polícia Civil do vizinho (e rico) Estado de Goiás, conforme o edital publicado nesta quarta (3). No DF, os policiais ainda ameaçam greve durante a Olimpíada se não receberem aumento de até 47%.

MUDOU DE NOME
Virou piada, no Congresso, a alegação de Renan Calheiros de que não participará da votação do impeachment por sua "independência". Para o Planalto, ele nunca deixou de ser aliado de Dilma.

NEM TÃO BOM
Lula confidencia a amigos seu alívio em ser julgado na primeira instância em Brasília, e não pelo juiz Sérgio Moro. Ele mal sabe que o juiz de Curitiba é apenas um dos muitos Sérgios Moros brasileiros.

NOVO TEMPO
Diplomatas celebraram a decisão do chanceler José Serra, que declarou vaga a presidência do Mercosul no comando da Venezuela. É uma política externa diferente da do PT, que bajulava ditaduras.

TUNGA CARA-DE-PAU
A Eletrobras Alagoas passou a mão em R$10 mil de um cliente, há mais de 8 meses, e não devolve o dinheiro. O valor é 30 vezes superior à média mensal da conta de luz. Casa no interior, usada vez ou outra. Suspeita-se que há muitas outras vítimas do "débito em conta".

NÃO TEM CONVERSA
"O governo não abre mão da contrapartida dos Estados", diz o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), sobre a renegociação das dívidas. Aliados querem flexibilização de gastos com funcionalismo.

ASSÉDIO MORAL
A Claro tem ligado com insistência para o celular de um cliente de Brasília cobrando uma fatura que não foi paga. O detalhe é que o plano do cliente, que detesta telefonemas, é pré-pago. Logo, não deve nada.

PERGUNTA NA ESQUINA
Que fim levou Rose Noronha, amiga íntima de Lula em São Paulo, que, muda, responde por corrupção passiva, tráfico de influência e falsidade ideológica?
Herculano
04/08/2016 06:33
RUMO AO PODIO, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Ao assumir a presidência da Câmara, o deputado Rodrigo Maia prometeu encerrar a novela da cassação de Eduardo Cunha. Ninguém aguenta mais a trama, mas ela deve ganhar novos capítulos. Uma articulação liderada pelo Planalto está prestes a prorrogar a sobrevida do correntista suíço.

Antes do recesso branco, Maia indicou que a cassação seria votada na primeira quinzena de agosto. Nesta semana, ele mudou o tom e sugeriu que o caso pode ficar para setembro. Se a manobra colar, o problema passará a ser a eleição municipal, que costuma deixar Brasília às moscas até o fim de outubro.

O Planalto quer adiar o desfecho do caso para evitar que a cassação seja votada antes do julgamento final do impeachment no Senado. O motivo é simples: Cunha já avisou que vai retaliar quem não demonstrar empenho para salvar seu mandato.

Quem conhece o arsenal do peemedebista sabe que ele tem munição suficiente para atingir o núcleo do governo Temer. Por isso, o governo interino quer mantê-lo calmo e sob controle. Pelo menos até se tornar permanente, com o afastamento definitivo de Dilma Rousseff.

No próximo dia 20, completará um ano a primeira denúncia contra Cunha ao Supremo. Ele já virou réu por corrupção e já foi afastado do cargo. Mesmo assim, continua a ter influência e a receber salário de deputado.

Nesta semana, Rodrigo Maia foi pressionado por vários partidos a marcar data para o fim da novela. Ele só se comprometeu a ler o pedido de cassação do correntista suíço. Isso incluirá o caso na pauta, mas não garante que ele será votado.

Aliados do novo presidente da Câmara já o avisaram de que ele será responsabilizado caso Cunha consiga se salvar. Nesta quarta (3), o deputado teve uma amostra disso. Em tempo de Olimpíada, a pequena bancada do PSOL montou um "pódio da cumplicidade" para protestar contra o novo adiamento da cassação. Maia foi agraciado com o primeiro lugar.
JM Aguinar
03/08/2016 20:12
Ao Miro Salvio;

Como assim questões profissionais?
A FM Vila Nova, não é do povo, não deveria servir ao povo? Pelo jeito é particular, contrário ao que diz a lei.
Herculano
03/08/2016 19:25
da série: qual a diferença do PT e do PMDB, que passam a conta para todos os brasileiros exatamente num momento mais agudo da crise de econômica que desemprega quase 12 milhões, diminui salários e limita acessos a saúde pública, educação...

AVANÇA PROJETO QUE REAJUSTA OS SALÁRIOS DO STF, por Josias de Souza

Em meio ao debate sobre a conclusão do processo de impeachment de Dilma Rousseff, a Comissão de Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto que eleva os salários dos ministros do STF de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil a partir de janeiro de 2017 ?"um reajuste de 16,38%. Se confirmado pelo plenário do Senado, esse valor, já aprovado na Câmara, passará a ser o novo teto salarial da administração pública.

O reajuste descerá como uma cascata sobre as folhas salariais de outros órgãos públicos. Isso ocorrerá porque o contracheque dos ministros do STF serve de referência para a fixação dos vencimentos de desembargadores, juízes federais e estaduais, ministros e conselheiros de tribunais de contas.

Abre-se, de resto, a pespectiva para a equiparação dos salários do presidente da República, dos ministros de Estado e dos congressistas à nova remuneração das togas do Supremo. Há mais e pior: elevando-se os vencimentos dos parlamentares, os deputados estaduais e vereadores ficarão tentados a se autoconceder reajustes proporcionais.

Ninguém fez, por ora, uma conta capaz de dimensionar o tamanho da encrenca. Mas o estrago não será pequeno. A novidade chega nas pegadas de aumentos concedidos a outras 13 corporações de servidores. Tudo foi aprovado na Câmara e no Senado, com as bênçãos do Palácio do Planalto.

Num instante em que há quase 12 milhões de desempregados no país e o ministro Henrique Meirelles frequenta o noticiário como pregoeiro do risco do aumento de impostos, o Planalto comandou no Congresso a aprovação de uma leva de reajustes salariais para servidores que custarão R$ 52,9 bilhões até 2019.

É contra esse pano de fundo que a Comissão de Justiça do Senado empurrou para a frente o projeto de aumento para os ministros do STF. O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) havia apresentado proposta alternativa, negando o reajuste. Foi rejeitada sem que o senador soubesse que o tema entraria na pauta.

Ferraço dava expediente na Comissão do Impeachment do Senado. Quando deu por si, a coisa já estava resolvida na Comissão de Justiça, que deliberou com a presença de escassos quatro senadores. Simultaneamente, o Senado discute com Ricardo Lewandowski, presidente do STF, o calendário do afastamento de Dilma Rousseff. O ministro presidirá o julgamento.
Herculano
03/08/2016 19:15
JANOT PEDE A STF QUE ANULE DECISÃO QUE LIBERTOU PAULO BERNARDO

Rodrigo Janot pediu a Dias Toffoli que reconsidere a decisão que libertou Paulo Bernardo, denunciado na Operação Custo Brasil. O Antagonista obteve o pedido do PGR, que diz ser "hialina a presença de todos os requisitos da prisão preventiva" na decisão do juiz Paulo Bueno de Azevedo.

Na peça, Janot acusa Toffoli de violar o "devido processo legal mediante manifesta e indevida antecipação, per saltum, do provimento liminar de habeas corpus de ofício contra ato direto de juízo de primeiro grau".

"O descabimento da antecipação em tela é manifesto", diz o PGR. Caso Toffoli não reconsidere sua decisão, Janot requer que o caso seja submetido à análise da segunda turma do STF.
Miro Sálvio Vila Nova FM 98,3
03/08/2016 18:42
Pagando Brabo
02/08/2016 20:33
Bom eu queria entender por que nenhum meio de comunicação de Gaspar, nenhum o cruzeiro do vale a qual sou assinante a quase uma decada, não informou o local onde o idoso morreu prensado em uma arvore, desculpem mais isso é muito estranho como um cliente do Fazenda Park Hotel morre imprensado pelo proprio carro da empresa???? Se não noticiarem correto vai levantar inumeras duvidas sobre o acontecido


A Radio Vila Nova FM 98,3 fez a Informação e também Informando o Local do Acidente, a Noticia Foi Completa no Jornal da Manhã, do Dia 02. Nos limitamos a essas Informações, por questões Profissionais, Primeiro, foi dentro de um Local Particular, Segundo, Nos limitamos as Informações das Autoridades, do Corpo de bombeiros e da Policia Militar e Civil, que são responsáveis pelas apurações dos Fatos.

RVN98,3
Gaspar - SC
Ana Amélia que não é Lemos
03/08/2016 18:26
Sr. Herculano:

"ESPERIDIÃO AMIM TRABALHA CONTRA OS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS SEM RETORNO PARA O CIDADÃO PARA penas PRESERVAR A FARRA E A INCOMPETÊNCIA DOS POLÍTICOS E GESTORES PÚBLICOS IRRESPONSÁVEIS."

Já comentei aqui mais de uma vez que o vereador José Hilário Melato não me representa, por isso não votarei na chapa PMDB/PP.
E esta de Espiridião Amin é apenas mais um motivo de passar longe da dupla.
Mariazinha Beata
03/08/2016 18:10
Seu Herculano;

"Se Moro continua pegando pesado por aqui, a Justiça dos EUA começa a aliviar a barra da Petrobras." Sidnei Luis Reinert

E desde quando empresa estelionatária, que enganou
seus investidores tem direito a ter a barra aliviada?
Bye, bye!

Paty Farias
03/08/2016 13:15
Oi, Herculano

"RENAN ANTECIPA O INÍCIO DO JULGAMENTO DE DILMA", por Josias de Souza, para evitar seu sofrimento.

O que Renan fala tem alguém que acredita?
Logo eLLe que seria beneficiado com a volta da maluca.
Quem está sofrendo é o Brasil e o cidadão que perdeu seu emprego por causa da roubalheira dos petistas.
Cadeia para ambos.
Sidnei Luis Reinert
03/08/2016 12:21
Dilma ja era... Lula vai junto... E nós?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Nada menos que 167 mil lojas foram fechadas em um ano e meio. Só até junho foram fechadas 78 mil lojas no varejo. Os números apavorantes da Confederação Nacional do Comércio confirmam o impacto da crise. Os lojistas que mais qiuebraram ou desistiram do negócio foram aqueles que vendem comida. Os pedidos de falência aumentaram 23%. Dados horrorosos assim apenas confirmam que é uma insanidade aumentar impostos ou complicar ainda mais a burrocracia no Brasil. Entendeu, Henrique Meirelles? Como potencial candidato a Presidente da República, Meirelles devia ligar seu "desconfiômetro" e aposentar o rentista que domina seu DNA. Nunca é tarde para fazer a coisa certa... Antes que o País abra falência.

Enquanto a economia não se resolve, o caso Dilma tem previsão de final - certamente nada feliz para a Presidenta afastada. O Presidente do Senado, Renan Calheiros definiu que o julgamento de Dilma começa no dia 25 de agosto (Dia do Soldado) e deve terminar no dia 29. Michel Temer gostaria que tudo ficasse resolvido até o dia 6 de setembro. Não por ser véspera da comemoração do Dia da Pátria. Mas porque ele deseja viajar para a reunião do G-20 já como Presidente efetivo. Outro interessado em acabar com o caso antes de setembro é o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que não gostaria de deixar o pepino para a sucessora Carmel Lúcia.

Ontem, Renan Calheiros só faltou jurar que o Presidento Temer, durante almoço, tenha lhe pedido para acelerar o processo: "Absolutamente! O presidente Temer não faria esse apelo a mim, jamais. Conversamos sobre conjuntura e pauta. Se for necessário vamos ouvir testemunhas, sexta, sábado e domingo, inclusive a própria presidente Dilma. Podemos suspender a sessão para dormir e comer, o que é razoável. Farei tudo, tudo que for possível, dentro das regras e respeitado o estado de direito, para que a votação termine até o final do mês. Estaremos dando uma resposta à sociedade, que já não aguenta mais que essa questão seja delongada".

Ninguém aguenta mais também o caso $talinácio. Ontem, teve gente quase infartando em São Bernardo do Campo e adjacências quando a 33a operação da Lava Jato foi batizada de "Falta um". O atento leitor Claudio Janowitzer é quem bem resume o drama do "Foge-Lula": "O ex-presidente Alberto Fujimoro, do Peru (1990 a 2000), fugiu para o Japão, para escapar da prisão por corrupção. Ao retornar ao Peru em 2007, foi condenado a 25 anos de cadeia, onde permanece. Aqui, no Brasil, o ex-Presidente Lula (2003 a 2010) - diante das evidências inquestionáveis de profundo envolvimento em corrupção para benefício próprio e de aliados - parece estar armando a estratégia Foge-Lula. É premente que imediatamente vá para a cadeia aqui, no Brasil".

"Se os custos do enfrentamento hoje são grandes, certamente serão maiores no futuro. O país já paga, atualmente, um preço elevado, com várias autoridades públicas denunciadas ou investigadas em esquemas de corrupção, minando a confiança na regra da lei e na democracia". Esta foi mais uma lição dada pelo juiz Sérgio Moro nos autos que autorizaram a prisão dos dirigentes da Queiroz Galvão e outros na 33a operação da Lava Jato.

O juiz Moro acrescentou: "Embora as prisões cautelares decretadas no âmbito da Operação Lava-Jato recebam pontualmente críticas, o fato é que, se a corrupção é sistêmica e profunda, impõe-se a prisão preventiva para debelá-la, sob pena de agravamento progressivo do quadro criminoso. A corrupção sistêmica é produto de uma prática criminosa serial e não um ato isolado no tempo e espaço. Não raramente os casos de corrupção descobertos constituem apenas uma amostragem de atividades criminosas muito mais extensa".

Se Moro continua pegando pesado por aqui, a Justiça dos EUA começa a aliviar a barra da Petrobras. A Corte Federal de Apelações mandou parar a ação coletiva que corria no Tribunal do Distrito Sul de Nova York. Agendado pelo juiz Jed Rakoff, o julgamento começaria em 19 de setembro. O caso fica suspendo até que se defina quem tem direito a entrar com ações coletivas. A Petrobras ganha tempo para fazer acordos... E para tentar fortalecer a complicada tese de que a empresa era vítima da corrupção, e não co-promotora dela.

Aqui em Bruzundanga, o cagaço da politicagem é com as delaçõre premiadas de dirigentes da OAS e Odebrecht. A previsão é de bronca contra um mínimo de 100 políticos - incluindo prefeitos e governadores, podendo ferrar até ex-Presidente da República. O mês do desgosto está apenas começando...
Herculano
03/08/2016 11:53
BRASIL GOLPISTA, por Guilherme Fiuza para a Revista Época (O Globo)

Duas pesquisas nacionais indicaram que a maioria dos brasileiros quer eleições presidenciais antecipadas. Isso significa o seguinte: a maioria dos brasileiros continua não fazendo a menor ideia do que é bom para sua saúde.

Chega a ser injusto que essa distinta sociedade tenha recebido o impeachment de presente. Talvez merecesse continuar sendo alegremente roubada pelos companheiros, que ganharam na moleza mais de 13 anos de enriquecimento às custas dessa maioria tonta.

A ridícula narrativa do golpe de Estado jamais teria ido além da esquina do diretório petista se o país soubesse razoavelmente o que está acontecendo. Não sabe. O Brasil está chupando o dedo, para variar, e começa a emergir da lama achando que é papai do céu quem o está puxando. Vai ver o desemprego e a inflação caírem, o crescimento voltar - e vai até desistir dessa palhaçada de eleição antecipada - enquanto se prepara para vitaminar os novos gigolôs da bondade.

São eles: PSOL e seus menudos anti-impeachment, Marina e sua Rede de transfusão petista, Ciro Gomes (original ou genéricos, tanto faz) e aventureiros associados - incluindo um possível e providencial Joaquim Barbosa e até um Lula redivivo, se estiver solto. O que todas essas criaturas têm em comum? Todas torceram seus narizinhos para o impeachment, pensando no dia de amanhã: herdar o curral petista.

Pode escrever, caro leitor. Pode pesquisar, auditar cada passo, palavra ou gesto dessa turminha da democracia carnavalesca: estão todos de régua e compasso nas mãos, para calcular o caminho mais curto para o poder, para viver do proselitismo do oprimido, torrando o dinheiro do contribuinte na montagem e manutenção de sua corte de propaganda progressista. Em setembro estarão todos na artilharia da oposição, querendo sangue e sonhando com a sua DisneyLula própria.

Todos eles são candidatíssimos à tal eleição antecipada que a maioria dos brasileiros diz que deseja ou acha que deseja.

Naturalmente, eleição antecipada é golpe. Alguém aí está disposto a ler a lei? Onde está prevista, na lei, essa aberração? Ou a maioria dos brasileiros não sabe ler a lei ou não se importa com ela. Os primeiros não são melhores que os últimos. Todos representam a mesma massa de manobra que sustentou o estelionato petista e está pronta para sustentar a próxima malandragem "progressista".

Qual foi a primeira voz a espalhar com força a tese da antecipação de eleições presidenciais? Foi a dela, a da primeira e única mulher sapiens, a da inesquecível Dilma Rousseff. E todos os bagunceiros profissionais, disfarçados de bons samaritanos, foram atrás do disparate. E lá vai a maioria da população, distraída, macaquear a esperteza.

Para quem não liga mais o nome à pessoa, Dilma Rousseff é esta que tem agora nova acusação no Tribunal Superior Eleitoral, por causa de uma empresa de fachada que recebeu quase R$ 5 milhões às vésperas da eleição de 2014 por serviços de informática inexistentes. Apenas mais um dos diversos atestados do sequestro das maiores empresas do país pelo partido que defende os pobres - e fabrica ricos.

É o mundo dos sonhos de toda a vagabundagem pseudoesquerdista (vale lembrar FHC no auge do "neoliberalismo", vendo a sanha parasitária da oposição: "Esquerda sou eu").

O governo Temer - governo de brancos, velhos, homens, feios, chatos, bobos, recatados e do lar - está arrumando a casa. Não que Temer seja a Providência divina. É apenas um político com desconfiômetro, que notou ser sua única chance montar um governo com os melhores. Todos sabem quem são os melhores. Lula sabe. Tanto que começou assim, até que a querida maioria brasileira o santificou e ele descobriu que não precisava mais dar satisfações a ninguém. Itamar Franco também sabia, ou pelo menos ouviu falar. Assim nasceu o Plano Real.

Não dá para fazer um governo só de bons. Há concessões inevitáveis, há a montagem da base política. Mas os que estão tomando conta do dinheiro, após uma década de picaretagem, são bons. E, com a casa arrumada, as virtudes haverão de florescer - ou pelo menos sair da sombra dos michês da bondade.

Prezada maioria brasileira, não precisa ajudar. Se fizer a gentileza de não atrapalhar, já será uma revolução.
Marlon do Amaral
03/08/2016 10:41
Bom dia povo gasparense.
Não é novidade o Amim trabalhar contra as empresas e contra os trabalhadores. Aliás, está difícil achar políticos a favor das empresas e trabalhadores. Na verdade pensam primeiro neles e nos partidos, depois nos familiares e amigos próximos, gato, cachorro, para então pensar naquilo que mantem tudo isso, "empresas e trabalhadores". É uma sacanagem o que se tornou a politica, em todos os níveis, "federal, estadual e municipal".
Herculano
03/08/2016 08:54
ESPERIDIÃO AMIM TRABALHA CONTRA OS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS SEM RETORNO PARA O CIDADÃO PARA penas PRESERVAR A FARRA E A INCOMPETÊNCIA DOS POLÍTICOS E GESTORES PÚBLICOS IRRESPONSÁVEIS

O ex-secretário de estado, o ex-governador, ex-senador, o ex-prefeito de Florianópolis e atual deputado Federal, Esperidião Amim Helou Filho, PP, é relator na Comissão de Constituição da Câmara, do Projeto de Emenda Constitucional que poderá dar limites às farras dos políticos e gestores públicos ao endividamento de estados, municípios, bem como aos legislativos, judiciário e Ministério Público.

Na escolha de Esperidião Amim, experimentado político, populista, já se sabia qual seria o tom desse assunto sério: virou contra o brasileiro pagador de pesados impostos que sustenta esta máquina sem limites tocada por políticos e gestores públicos irresponsáveis ao limite do caos.

Nem o provável impeachment de Dilma Vana Rousseff, PT, que mandou as favas a lei que limita a ação dos políticos, foi capaz de sensibilizar os políticos e nem Esperidião Amim neste assunto. Nem o alto desemprego, a economia em frangalhos, a saúde pública falida e mantando pessoas, foram suficientes para sensibilizar esta espécime diferenciada do cenário social brasileiro.

E qual será o resultado da manobra do relator Esperidião Amim para a sociedade e os mais pobres: mais impostos, menos riqueza entre as pessoas, mais liberdade (e supostos limites) e gastança para gestores e políticos descomprometidos com a sociedade. Entende-se melhor o "conselho" de alcova que o então presidente da Câmara de Gaspar e do mesmo partido de Amim, José Hilário Melato, deu ao então presidente da Câmara, Marcelo de Souza Brick, PSD, quando este tentava não inchar a Câmara daqui com medo do Ministério Público puní-lo: você foi eleito por nós para cuidar dos nossos interesses e não [da pressão popular, da mídia] do povo.

Ou seja, são todos mestres neste ofício de empurrar a conta para os cidadãos que os elegem. Preparem-se nos bolsos. Esperidião Amim prefere a amizade e os interesses dos seus políticos que o acompanham na longa carreira política. Acorda, Gaspar!
Herculano
03/08/2016 08:23
CAUSA E EFEITO, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Não sobrou pedra sobre pedra: o senador Antonio Anastasia, relator do processo de impeachment na comissão especial do Senado, não se limitou a reafirmar as acusações formais que o baseiam, foi além e fez uma análise política das consequências econômicas das transgressões à Constituição pela presidente afastada, Dilma Rousseff.

'A expansão insustentável do gasto público está associada à profunda crise econômica que o Brasil vive hoje", afirmou o senador tucano, alegando que "os artifícios e manobras fiscais utilizados para a expansão do gasto implicaram perda de confiança dos agentes econômicos, dos investidores, das pessoas físicas, nos números da economia e no futuro da economia, e, hoje, perda do grau de investimento do Brasil pelas principais agências de classificação de risco".

O senador Anastasia disse em seu parecer que a consequência dos atos de burla da Lei da Responsabilidade Fiscal (LRF) "é a percepção, para a comunidade internacional, de que o Brasil não é um país comprometido com metas fixadas em lei, e que os compromissos de ordem financeira não são levados a sério no País".

Segundo o relator, a instrução preliminar na comissão especial evidenciou "um sistemático e abrangente descumprimento de princípios fundamentais e basilares que regem não apenas a Administração Pública, mas o Estado de Direito".

Um "vale-tudo orçamentário e fiscal que trouxe sérias consequências negativas para o País" foi instalado no país, afirmou o relator, "uma política expansiva de gasto sem sustentabilidade fiscal e sem a devida transparência, com o uso de operações que passaram ao largo da legislação e das boas práticas de gestão fiscal e orçamentária, assim como a recusa em se interromper o curso danoso dos eventos pela autoridade máxima do País, que detinha o poder e as informações necessárias, em última instância, para ordenar e fazer cessar as irregularidades".

Anteriormente, a bancada de apoio à presidente afastada tentou atrasar o processo requerendo que o procurador Ivan Marx fosse ouvido para explicar por que considerou que não houve crime nas chamadas "pedaladas fiscais". Já não havia condições legais para novas audiências, inclusive porque o advogado de defesa José Eduardo Cardozo já incluíra em sua manifestação final os argumentos do procurador.

Coube à senadora Simone Tebet esclarecer o caso: o procurador disse que não houvera crime em relação à legislação penal, o que não é objeto de análise da comissão nem do Congresso, que analisam apenas os crimes de responsabilidade que a presidente afastada é acusada de ter cometido.

O relator Antonio Anastasia mostrou que a presidente tinha pleno controle das medidas tomadas pelo governo, e citou discursos seus defendendo os atos e um discurso do diretor do Banco do Brasil, o ex-senador Osmar Dias, afirmando que as reuniões para definição do Plano Safra foram coordenadas pela própria presidente Dilma.

Caía por terra, assim, a tese da defesa de que não havia nenhum ato da presidente e que todas as medidas eventualmente ilegais deveriam ser atribuídas aos ministros das áreas e à direção do Banco do Brasil.

O senador Antonio Anastasia fez questão de ser bastante didático em seu parecer, e disse que existem três lições fundamentais que devem ser consideradas pela sociedade brasileira ao acompanhar este processo de impeachment. "Em primeiro lugar, o descontrole fiscal compromete a sustentabilidade das políticas públicas de serviços fundamentais para a sociedade".

Em segundo lugar, Anastasia destacou que o desequilíbrio das contas públicas "amplia o endividamento público e impacta vários indicadores econômicos (como inflação, PIB, desemprego e taxa de juros), que, por sua vez, representarão prejuízos à qualidade de vida da população".

Por fim, o relator chamou a atenção para o fato de que o Poder Legislativo, "a caixa de ressonância da sociedade", não pode ter suas funções constitucionais de fiscalização e controle do orçamento usurpadas pelo Poder Executivo. "A democracia também exige o controle da sociedade sobre a gestão do dinheiro público", concluiu.

Foi um parecer bastante claro e conclusivo, que ligou causa e efeito, e certamente retira de eventuais senadores "indecisos" razões para não assumirem suas posições diante da sociedade, em voto aberto.
Herculano
03/08/2016 08:20
O SAMBA DO PARTIDO DOIDO, ediorial do jornal O Estado de S. Paulo

O festival de asneiras prossegue no trecho em que os petistas acusam a oposição de disseminar o ódio contra o partido.

Há carradas de razões para que se consume o impeachment da presidente Dilma Rousseff, desde as arroladas no processo ora em curso no Senado até as que fizeram do quase finado governo da petista o mais irresponsável e corrupto da história nacional. Mas o voto em separado elaborado pelo PT para se contrapor, na Comissão Especial do Impeachment no Senado, ao parecer do relator Antônio Anastasia (PSDB-MG) é prova cabal de outro grave delito cometido recorrentemente pelos petistas: o de lesa-inteligência. Em poucas oportunidades, os borra-papéis do partido conseguiram juntar num mesmo texto tão estapafúrdias referências - que vão de Dante Alighieri a Hitler - para reafirmar a tese de que Dilma é vítima de golpe.

Enquanto Anastasia procurou embasar seu parecer em fatos, dizendo que a gestão de Dilma instaurou "um vale-tudo orçamentário e fiscal que trouxe sérias consequências negativas para o País", os petistas denunciaram que a presidente é vítima de uma conspiração das forças do mal. Para isso, apelaram à mais medíocre literatice, a começar pelo título: Crônica de um golpe anunciado.

Logo nos primeiros parágrafos, denuncia-se que, "na calada da noite, em meio aos odores desagradáveis emanados do fisiologismo político e da hipocrisia moral", se urdiu, em seguida à reeleição de Dilma, "o golpe que ameaça submergir o Brasil numa longa noite de autoritarismo, conservadorismo, retrocesso social e desconstrução de direitos".

O texto segue nessa toada embaraçosa, dizendo que, "enquanto os justos dormiam o sono do dever cívico cumprido, os derrotados, com ânimo inconformado e insone, iniciavam sua trama cínica e antidemocrática, apoiados em mentiras, distorções e, sobretudo, num secular desprezo pelo voto popular". Os "justos", claro, são Dilma e os petistas ?" aqueles cuja campanha eleitoral foi irrigada com dinheiro de origem mais do que duvidosa e que mentiram descaradamente nos palanques.

A trama, diz o texto, foi "de tal forma sinistra que poderia ter sido contada por Virgílio a Dante Alighieri e ter como introito a lúgubre frase Deixai toda esperança, vós que entrais! Com efeito, começava ali a nova descida da democracia brasileira aos históricos infernos do golpismo". Era o caso de mencionar que o oitavo círculo do inferno de Dante é aquele onde os corruptos, hipócritas e falsários são punidos com banho em piche fervente, mas o texto omite essa passagem.

O festival de asneiras prossegue no trecho em que os petistas acusam a oposição de disseminar o ódio contra o partido. Eles não se limitam a citar Mandela: "O ódio é algo que se ensina". Para a tigrada, a estratégia para incitar a violência contra o PT se assemelha à dos nazistas contra os judeus, "como ensinava Goebbels". E a luta contra a corrupção é vista como "forma de legitimação de forças ou regimes autoritários": "Hitler, por exemplo, legitimou em grande parte a sua ascensão no cenário político alemão com o recurso demagogo da 'limpeza das ruas' alemãs de judeus, ciganos, comunistas e corruptos".

Na ladainha, assinada pelos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Kátia Abreu (PMDB-TO), não faltaram nem mesmo acusações de que Dilma sofreu o tal "golpe" por ser mulher ?" e essa alegada misoginia desrespeitou até "o corpo da presidenta do Brasil". Homessa!

Para coroar, esse verdadeiro samba do partido doido, que faz referências também a Hannah Arendt, Sófocles, Getúlio Vargas e Carlos Lacerda, termina com uma manjada citação de Marx, evocado para dizer que "é a história que se repete, desta vez como farsa". A turma aposta que "o julgamento definitivo desse hediondo crime de irresponsabilidade caberá, em instância irrecorrível, à História". Os "historiadores do futuro", conclui o voto, vão se debruçar sobre esses episódios e concluir que o impeachment, se ocorrer, terá sido um golpe.

Quando se depararem com esse texto exótico, no entanto, os historiadores do futuro só poderão concluir que jamais um grupo político tão medíocre, arrogante e pretensioso esteve no poder no Brasil.
Herculano
03/08/2016 08:00
SE ATÉ ELA RECONHECE QUE O PARTIDO ESTÁ NUM BREJO SEM TAMANHO, QUEM PODERIA DISCORDAR DELA E DA REALIDADE QUE ENXERGA ENTRETANTO NÃO SE INCLUI? DILMA DIZ QUE PT PRECISA RECONHECER ERROS E PASSAR POR "TRANSFORMAÇÃO". MAS COMO UMA PETISTA DE VERDADE, ELA SE NEGA A RECONHECER OS SEUS PROPRIOS ERROS. ASSIM COMO FAZ O PT DO PREFEITO CELSO EM GASPAR.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. A presidente afastada, Dilma Rousseff, afirmou que seu partido, o PT, precisa passar por uma "grande transformação" e reconhecer erros cometidos do ponto de vista ético e "do uso de verbas públicas".

"Eu acredito que o PT precisa passar por uma grande transformação. Primeiro, uma grande transformação em que se reconheça todos os erros que cometeu do ponto de vista da questão ética e da condução de todos os processos de uso de verbas públicas", disse Dilma em entrevista à revista "Fórum" nesta terça (2), no Palácio da Alvorada, em Brasília.

A petista afirmou que a atitude é necessária para manter o legado do partido, segundo ela, formado por uma "corrente imensa de experiências políticas que deram sua contribuição para esse país". Ela ressaltou que as falhas foram cometidas por algumas pessoas, e não por toda a entidade.

"Nós vamos ter de resgatar isso [o legado]. Não é possível que se confunda o erro individual de algumas pessoas, que são passíveis de erros, com o erro de uma instituição. A instituição tem de ser preservada", disse.

"O PT tem sobrevida se as suas lideranças souberem fazê-lo seguir em frente", acrescentou.

Nos últimos dias, Dilma voltou a responsabilizar o PT pela suspeita de pagamentos de caixa dois para o marqueteiro João Santana, afirmando que ele cobrou dívidas da sua campanha de 2010 para a tesouraria da sigla.

Em depoimento à Justiça, Santana e sua mulher, Mônica Moura, afirmaram ter recebido ilicitamente US$ 4,5 milhões para compensar uma dívida do partido com o casal. Segundo eles, em 2013, o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, os orientou a procurar o engenheiro Zwi Skornicki, que tinha negócios com a Petrobras e efetuou o pagamento.

"Ele [Santana] diz que recebeu isso em 2013. Ora, a campanha começa em 2010 e até o final do ano, antes da diplomação, ela é encerrada. A partir do momento em que ela é encerrada, tudo o que ficou pendente de pagamento da campanha passa a ser responsabilidade do partido", disse Dilma no último dia 27.

"Como disse o próprio João Santana, com quem ele tratou essa questão foi com a tesouraria do PT."

As afirmações desagradaram a membros da legenda. Apesar disso, o presidente do partido, Rui Falcão, divulgou nesta segunda-feira (1º) uma nota em que afirmou "repudiar" a ideia de que o partido teria abandonado a presidente afastada na defesa contra seu processo de impeachment.

Na nota, publicada no site do partido, Falcão disse que o partido "reafirma seu compromisso integral na luta pelo retorno à Presidência da companheira Dilma".

FUTURO

Na entrevista desta terça, Dilma voltou a chamar o seu processo de impeachment de "golpe" ?"segundo ela, capitaneado por um grupo integrado pela oposição tradicional, pelo PMDB, pela "grande mídia" e pelo empresariado.

Questionada sobre como quer ser lembrada após a Presidência, Dilma afirmou ter esperança de não ser cassada no processo atualmente em curso no Senado.

"Eu serei lembrada como a primeira mulher presidente. [Mas] Eu quero ser lembrada como a primeira mulher presidente que superou um processo de impeachment sem base [legal]. Essa é a minha esperança", disse
Herculano
03/08/2016 07:52
PT E PSDB, LADO A LADO NA LAVA JATO, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

A 33ª fase da Lava Jato levantou novas suspeitas de pagamento de propina a PT e PSDB. Os partidos rivais aparecem lado a lado nos papéis da Operação Resta Um. Ambos são acusados de receber dinheiro sujo da Queiroz Galvão, envolvida no escândalo da Petrobras.

O procurador Carlos Fernando dos Santos disse que a empreiteira abasteceu ilegalmente a campanha de reeleição do ex-presidente Lula em 2006. Ele citou dois delatores que relataram a entrega de R$ 2,4 milhões em espécie ao comitê petista.

Mais cauteloso, o juiz Sergio Moro reproduziu os depoimentos, mas anotou que "até o momento" não há provas que confirmem o repasse. O PT sustenta que todas as suas doações foram declaradas à Justiça. A prisão de executivos da construtora poderá ajudar a esclarecer o caso.

A suspeita sobre o PSDB envolve valores mais altos. O ex-senador Sérgio Guerra, que morreu em 2014, teria cobrado R$ 10 milhões para travar uma CPI sobre a Petrobras. Ele não era um tucano qualquer. Presidiu o partido e coordenou a última campanha de José Serra ao Planalto.

O PSDB afirma apoiar a Lava Jato e evita discutir o caso concreto, com o argumento de que Guerra não pode mais se defender. É verdade, mas falta esclarecer se a propina ficava com ele ou era distribuída entre outros políticos do partido. As delações de Paulo Roberto Costa e Fernando Baiano apontam para a segunda hipótese. Mais uma vez, Moro diz que ainda não há "prova de fato".

*

Leitores perguntam se Michel Temer pode mesmo disputar a Presidência pelo voto direto em 2018.

O TRE de São Paulo afirma que ele está no cadastro de políticos inelegíveis desde maio, quando foi condenado em segunda instância por fazer doações acima do limite legal.

O tribunal informa que a situação será reavaliada se o interino recorrer à Justiça Eleitoral. Hoje, no entanto, ele aparece na lista dos fichas-sujas.
Herculano
03/08/2016 07:47
MARINA SILVA SAIU DO PT. MAS ELA NUNCA SAIU DO PT. QUEM QUER QUE DILMA VANA ROUSSEFF, PT, CONTINUE PRESIDENTE SACRIFICANDO OS BRASILEIROS SEM RESPEITAR A LEI? O PARTIDO QUE MARINA CRIOU E LIDERA, O REDE. É POR ISSO QUE NESTE ASSUNTO ELA ESTÁ SILENCIOSA. SO IRÁ APARECER NO TEMPO DE ELEIÇÕES QUANDO FOR CANDIDATA. VAI MAIS UMA VEZ POSAR DE FRÁGIL, HUMILDE, PERSEGUIDA, RELIGIOSA E SALVADORA DA PÁTRIA. TUDO PARA LUDIBRIAR OS ANALFABETOS, IGNORANTES E DESINFORMADOS,A MAIORIA DO ELEITORADO MANIPULADO POR UM PUNHADO DE INTELECTUAIS E GRUPO DE INTERESSES ECONOMICOS. MARINA TEM A MESMA POSIÇÃO DO PT,PCdoB,PDT E PSOL

Conteúdo do portal G1. Os senadores aliados da presidente afastada Dilma Rousseff apresentam, nesta terça-feira, um voto em separado ao do relator do processo de impeachment Antonio Anastasia (PSDB-MG). O documento, ao contrário do parecer do tucano, defende a inocência da presidente.

Um resumo de 27 páginas será lido na comissão nesta tarde, logo após a leitura do parecer de Anastasia. O documento é assinado por oito senadores, membros titulares e suplentes do colegiado, que são aliados da presidente: Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE), Fátima Bezerra (PT-RN), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Telmário Mota (PDT-RR), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Kátia Abreu (PMDB-TO).
Herculano
03/08/2016 07:31
COMO OS POLÍTICOS, GOVERNANTES E AGENTES PÚBLICOS ROUBAM OU DESPERDIÇAM OS PESADOS IMPOSTOS DOS BRASILEIROS: MÁ GESTÃO, FALTA DE PLANEJAMENTO, PREVISIBILIDADE E TRANAPARÊNCIA OU DE PROPOSITAL ARMANDO-SE E ESPERANDO O CAOS E A EMERGÊNCIA PARA ARRUMAREM CONTRATOS E VERBAS SUPLEMENTARES. E NINGUÉM É RESPONSABILIZADO, PUNIDO OU OBRIGADO A RESSARCIR OS PREJUÍZOS AOS CIDADÃOS

MANCHETE DE CADERNO ESPECIAL DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO: COM DESISTÊNCIA DE EMPRESA NOS JOGOS, HAVERÁ GASTO EXTRA COM 3.400 POLICIAIS

Texto de Marco Antônio Martins e Camila Mattoso, do Rio de Janeiro. A três dias da abertura oficial da Olimpíada, o governo federal ainda tenta resolver a confusão criada com a desistência da empresa Artel Recursos Humanos, de Santa Catarina, de fazer a revista nos acessos às áreas de competição e convivência dos Jogos.

O Ministério da Justiça afirma que, na sexta (5), 3.400 policiais e bombeiros aposentados já estarão no Rio para atuar na revista dos acessos às áreas olímpicas, além do Cristo Redentor e do Pão de Açúcar. A inclusão dos pontos turísticos foi pedido do secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. Para isso, utilizarão 50 detetores que estão sem uso no Ministério da Justiça, em Brasília.

Toda essa mobilização custará em diárias ao governo ao menos R$ 60 milhões, segundo cálculo da Folha, ainda sem contar a Paraolimpíada. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, no entanto, diz que o gasto será em torno de R$ 20 milhões.

Vencedora da licitação fechada há um mês para os Jogos, a Artel Recursos Humanos receberia R$ 17,3 milhões para fornecer até 5.000 homens que cuidariam dos raios-X, dos detectores de metal e da revista de bolsas nas áreas de acesso às competições. A Artel pedira um acréscimo de R$ 2 milhões para contratar as pessoas.

Como não foi capaz de cumprir o contrato ?"segundo o governo, a empresa apresentou apenas 527 dos homens previstos-, ela teve de ser substituída pelos PMs e pelos bombeiros inativos, que estão sendo selecionados pela Força Nacional.

Cada um dos inativos receberá diária de R$ 560,5 durante os dias de 24 de julho a 22 de agosto; os funcionários da Artel receberiam R$ 26 por dia. Os policiais e os bombeiros ainda estão sendo orientados a trazer colchões, já que ficarão no conjunto do Minha Casa, Minha Vida onde está hospedada a Força Nacional.

"Todo o cronograma de segurança foi cumprido. Já temos todos os 3.400 e até amanhã todos estarão treinados e operando. Teremos até uma segurança maior, já que são policiais", afirmou o ministro Alexandre de Moraes.

Nesta terça (2), a falta de pessoal causava filas nos acessos ao Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Apenas 270 inativos já trabalham no Rio. Outros mil concluíram curso na tarde desta terça.

Nas Paraolimpíadas, o valor da diária volta ao normal, que é de R$ 224,20, segundo a Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos. Há a possibilidade, também de acordo com a pasta, de desmobilização de parte do efeito, com o argumento de que a demanda pode ser diferente. A Secretaria também diz que o valor exato só vai ser fechado após os Jogos.

HOMENS EM FALTA

A comunicação da Artel ao governo federal, na quinta-feira (28), de que não conseguiria contratar pessoal para o uso de detetores e controle dos pórticos levou a Sesge (Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos) a propor ao Comitê Rio-2016 a divisão da coordenação dos acessos. Parte ficaria com o governo federal e outra com o comitê. O plano inicial de segurança era que essa operação seria toda de responsabilidade da Sesge.

A Folha apurou que o comitê recusou a proposta por falta de dinheiro e por não conseguir contratar mais de mil pessoas em uma semana. Então, se fez um acordo em que o centro de mídia e a Vila dos Atletas ficassem com a empresa Sunset, contratada pelo comitê organizador até o fim da Olimpíada, em 21 de agosto. O governo federal diz que cumprirá a revista nas outras áreas olímpicas.

A Artel propôs ficar com parte da operação para colocar os 527 funcionários contratados para trabalhar, mas Moraes rechaçou a ideia.

O representante da Artel, Deivison Scheffer Jacinto, 25, que assinou contrato com o governo, não foi encontrado para comentar o assunto.

Os funcionários que foram contratados ainda não receberam pelos dias trabalhados e não foram avisados definitivamente sobre o fim do contrato.
Herculano
03/08/2016 07:02
TER SEM TER, TENDO TUDO, por Carlos Brickmann

Quando morreu Stalin, o todo-poderoso dirigente de todas as Rússias, coube a sua filha Svetlana esvaziar as gavetas. Lá, narra ela (terá sido em seu livro Vinte cartas a um amigo? Este colunista não fez a pesquisa), encontrou dezenas de envelopes de pagamento, intactos, sem que o marechal tivesse tocado no dinheiro. Mas pensemos com ele: para que Stalin iria querer dinheiro? Tudo o que existia na União Soviética seria dele no momento em que quisesse. Se tivesse vontade de tomar um Chicabon, caminhões carregados de Chicabon apareceriam em seguida, e não lhe custariam um rublo furado. Se quisesse um apartamento triplex em frente ao Mar Negro, o apê apareceria como que por encanto. Dinheiro, pra que dinheiro?

Stalin morreu há mais de 60 anos, sua União Soviética se dissolveu. E Lula diz que o apartamento triplex do Guarujá e o sítio de Atibaia, ambos reformados no capricho por empreiteiras entupidas de bons contratos com o Governo, não são dele porque não há documento de compra, nem contrato assinado. Mas há provas de que ele e sua família orientaram as empreiteirovskas, escolheram a mobília, lá guardaram bens pessoais em grande quantidade, incluindo presentes recebidos de autoridades estrangeiras. Talvez não haja documentos, mas é ele, sem dúvida, que manda no pedaço.

E, claro, este colunista não está comparando Lula com Stalin. Jamais imaginaria que Lula esquecesse seus pagamentos na gaveta.

RESTAM MUITOS...

Semana quente: a Operação Resta Um, da Polícia Federal, como de costume vai atingir os petistas (afinal de contas, como notou o jornalista Cláudio Tognolli, não se escreve "corrupto" sem "p" e "t"), mas entra fundo no PSDB. Atinge, por exemplo, um presidente do partido, Sérgio Guerra (que já morreu), e muita gente que, de acordo com a delação premiada de Pedro Corrêa, trabalhou para abafar a CPI da Petrobras - trabalho que, a propósito, deu certo.

Bate também no PP do hoje governador interino do Rio, Francisco Dornelles, acusado de levar R$ 9 milhões da empreiteira Queiroz Galvão.

...RESTA UM

Curioso o nome desta operação, não? Mas coincide com a libertação do casal João Santana - Mônica Moura. Eles não sairiam sem falar; se saíram, é porque já fizeram revelações. E ambos, marqueteiros das campanhas de Lula e Dilma, conhecem os segredos das eleições. Foram eles também que fizeram campanhas para partidos bolivarianos em vários países latino-americanos, sempre por indicação de Lula. Sabem como funcionam essas negociações.

Quando falarem tudo, talvez não reste mais ninguém.

OS NÚMEROS FALAM

A defesa de Dilma na comissão que decidirá se deve ou não ser afastada definitivamente do cargo foi protocolado com no Senado com o número 171.

O CUSTO DOS PARTIDOS

O levantamento é do jornal O Estado de S. Paulo, com base em números do Tribunal Superior Eleitoral: os partidos políticos consumiram R$ 9,4 bilhões de dinheiro público nos últimos dez anos. Detalhando, o Fundo Partidário distribuiu 4,4 bilhões. O restante é dinheiro que as emissoras de rádio e TV recebem, como dedução de impostos, pela transmissão do horário gratuito.

E, em compensação, os partidos nos prestam todos os seus serviços.
Herculano
03/08/2016 06:57
FARDO DO SETOR PÚBLICO GARANTIRÁ CRESCIMENTO MEDÍOCRE POR MUITOS ANOS, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central, para o jornal Folha de S. Paulo

Não consigo (nem tento) disfarçar meu pessimismo sobre o futuro do país, em que pese a perspectiva de alguma recuperação à frente.

Não me interprete mal. Acredito que estamos melhores agora do que há alguns meses e muito mais do que estaríamos caso o governo anterior não tivesse sido afastado.

Ao menos temos uma equipe econômica que entende a natureza dos problemas enfrentados pelo país, não só a questão do gasto público mas também a necessidade de reformas que acelerem o crescimento da produtividade. E, embora tenha cá muitas dúvidas sobre a posição de Michel Temer quanto à questão fiscal, caso alguém queira defender que ele compartilha da mesma visão de seu time, eu nem discutiria muito.

Isto dito, até agora, a cada encruzilhada que encontrou, o governo sempre tomou o caminho errado.

O reajuste do funcionalismo pode até ter sido (como foi) negociado pela administração anterior, mas defendê-lo, argumentando que "está abaixo da inflação esperada para o mesmo período" e, portanto, de acordo com o ajuste fiscal, soa como uma tentativa canhestra de tapar o sol com a peneira.

Da mesma forma, não é possível vender como vitória da equipe econômica a meta de deficit de R$ 139 bilhões para o ano que vem, apesar de tentativas em contrário. Para que esse valor se materialize, será necessário obter R$ 55 bilhões de receitas ainda não especificadas que certamente não se repetirão em outros anos, ou seja, o valor recorrente do deficit, que balizará a meta para 2018, será de R$ 194 bilhões.

Acrescentando à lista, agora o governo federal cedeu mais uma vez aos Estados, ao permitir que não contabilizem certos gastos no limite de sua folha de pagamento.

Seria muito fácil descrever isso como resultado de um governo fraco, ainda tentando se consolidar, mas acredito que se trata de um problema bem mais profundo.

Não chegamos aqui por acaso. Como escrevi na semana passada, muito da piora fiscal se deve ao governo anterior, em particular à presidente, que, desde que era ministra, sempre se opôs a medidas que colocassem as contas públicas numa trajetória sustentável. Ela, porém, não esteve sozinha na empreitada de demolir o Orçamento e, ainda mais importante, o próprio arcabouço institucional que havia sido criado para dar um mínimo de previsibilidade nesta área.

Quem acompanha o tema há de ter notado a situação dos Estados brasileiros, esmagados pelo peso de seus gastos com pessoal. Oficialmente, 17 deles estouram o limite prudencial, mas uma especialista como Ana Carla Abrão Costa, secretária da Fazenda de Goiás, estima que gastos com o funcionalismo podem ter ultrapassado 80% da receita líquida, comprometendo qualquer possibilidade de gestão.

Não há como escapar à conclusão: o setor público brasileiro se tornou, há muito, refém de interesses especiais.

Nesse contexto, a chance de se concretizar um ajuste fiscal da magnitude do requerido para estabilizar a dívida relativamente ao PIB é mínima, para colocar de forma delicada.

Assim, muito embora possamos imaginar que a economia comece a se recobrar já na segunda metade deste ano, não há como sonhar com uma recuperação vigorosa como na saída de outras recessões, pelo contrário: o fardo do setor público há de garantir crescimento medíocre ainda por muitos anos.
Herculano
03/08/2016 06:53
EX-ASSESSOR DE TEORI QUE APOIA LULA É VELHO MILITANTE DE ESQUERDA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O juiz federal aposentado Manoel Volkmer de Castilho, que se demitiu da assessoria do velho amigo Teori Zavascki, ministro-relator da Lava Jato, é conhecido pelos amigos por sua militância de esquerda desde os movimentos estudantis. Ele se demitiu após assinar um documento de apoio ao ex-presidente Lula, principal investigado na Lava Jato. Gaúcho de Porto Alegre, ele advogou para movimentos do campo.

Nº 2 DE JANOT
O ex-assessor de Teori Zavascki é marido de Ela Wiecko de Castilho, vice-procuradora-geral da República, "braço direito" de Rodrigo Janot.

QUESTÃO AGRÁRIA
Castilho foi advogado do sindicato dos agricultores de Camaquã e Cachoeira do Sul (RS) e do projeto fundiário Incra em Altamira (PA).

SEMPRE PR?"XIMOS
Manoel Volkmer de Castilho foi da primeira turma do TRF, criada em 1989, ao lado do ministro Teori Zavascki. Ele se aposentou em 2003.

COISA DE AMIGO
Ministro do STF conta que, por ser amigo, Teori Zavascki deu a Manoel Volkmer "o direito de pedir demissão para não ser demitido".

MAIA É CRITICADO POR 'FALTA DE FIRMEZA' NA CÂMARA
Já fazem comparações de estilo entre Rodrigo Maia e seu antecessor, Eduardo Cunha, em desfavor do atual presidente da Câmara. Deputados do "centrão", que não apoiaram a eleição de Maia, acham que ele pode perder as rédeas e a autoridade perante o plenário. Ele foi muito criticado pela reação hesitante diante de questão de ordem de Silvio Costa (PTdoB-PE), sobre a cassação de Cunha, e a algazarra que se seguiu. O antecessor se impunha com atitude bem mais firme.

EQUILÍBRIO DIFÍCIL
Rodrigo Maia tem o desafio de agradar quem apoia o governo Michel Temer e equilibrar o jogo de pressões do "centrão" e da nova oposição.

ESTILO CONCILIADOR
Deputado experiente, que já foi líder de bancada, Rodrigo Maia tem um estilo conciliador, e tenta não provocar "marolas" à sua presidência.

SOB PRESSÃO
O centrão percebeu uma certa "fragilidade" no presidente da Câmara e decidiu que vai mantê-lo sob pressão para adiar a cassação de Cunha.

LADO MAIS FRÁGIL
O projeto que trata da renegociação das dívidas dos estados mexe no bolso de aposentados e pensionistas, cuja capacidade de fazer barulho é limitada. Deixa de fora a chamada elite do funcionalismo público.

PT NEGOCIA COM ROLLEMBERG
O governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), negocia um acordo de apoio parlamentar com o PT, na Câmara Legislativa. Ainda não se fala de apoio à reeleição, mas ambos têm um adversário em comum: Tadeu Fillippeli, velho parceiro do PMDB do presidente Michel Temer.

COMPLICOU
O PT considera missão impossível desqualificar o parecer do relator da comissão especial do impeachment, Antônio Anastasia (PSDB-MG). A avaliação é que o relatório é "consistente e contundente".

JOGRAL PATÉTICO
Foi patética a leitura do "voto em separado" dos aliados da presidente afastada na comissão de impeachment. Como todos queriam aparecer, combinaram se revezar na leitura do que parecia um jogral estudantil.

DANDO UMA MÃOZINHA
O calendário proposto pelo novo presidente da Câmara, com votações às segundas e terças, beneficia Eduardo Cunha. O ex-presidente trabalha para tentar adiar a cassação para depois das eleições.

PULSO FIRME
O experiente deputado Carlos Cadoca (PDT-PE) acha que o presidente da Câmara deveria colocar em votação, com urgência, a cassação de Eduardo Cunha. "Caso contrário ele vai se perder", prevê.

QUEM DÁ MAIS?
Já circula na internet o oferecimento de casas e muros para colar cartazes, "com 50% de acréscimo para candidato ficha suja", e outras mais criativas, como R$300 para fazer número em eventos e até R$250 para discutir política sem perder amizade e R$1.350 perdendo-a.

ELA NÃO VOLTA
O primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), considera certo o impeachment de Dilma. "Ela não volta. A sociedade sinaliza satisfação com medidas adotadas pelo governo Temer", afirma.

PERGUNTA NA LAVA JATO
Se Lula pretende mesmo "vazar" para fazer pose de exilado político, o que ele dirá quando a Interpol bater à sua porta?
Herculano
03/08/2016 06:45
MINISTÉRIO PÚBLICO PRETENDE IMPUGNAR EVENTUAL CANDIDATURA DE TEMER EM 2018, por Mônica Bergamo, para o jornal Folha de S. Paulo

O Ministério Público pretende impugnar a candidatura de Michel Temer se ele se candidatar a presidente em 2018. A afirmação é do promotor paulista José Carlos Bonilha, autor da ação que condenou o presidente interino por doações acima do limite legal na campanha eleitoral de 2014.

LINHA
Bonilha diz que Temer é "potencialmente inelegível" por ter sido condenado em segunda instância, enquadrando-se na Lei da Ficha Limpa. A Justiça determinou o pagamento de multa de R$ 80 mil. Mas, segundo o promotor, o desembolso do dinheiro "não o exime de ficar inelegível por oito anos".

ALGUNS MILHÕES
Diante da proposta de aliados do presidente interino de até alterar a lei, o promotor diz "estranhar" que alguém possa pensar em mudar legislação "criada a partir de iniciativa popular com 2 milhões de assinaturas".

PIJAMA
Já Temer desautoriza publicamente qualquer manifestação sobre eventual candidatura. Ele afirma que não cogita concorrer em 2018.
Herculano
03/08/2016 06:41
TEMER DEVE SER CANDIDATO EM 2018 SE TIVER DESEMPENHO PARA ISSO, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Depois da Guerra Civil Americana, circularam em Washington notícias de que o general William Sherman seria candidato à Presidência dos Estados Unidos. Ele fora o grande comandante da devastação do sul rebelde, era amado pela tropa e pelo homem da rua. Seria uma barbada. Para encerrar a conversa, Sherman informou: "Nunca fui e nunca serei candidato a presidente; se for indicado, recusarei a candidatura; e mesmo que venha a ser eleito por unanimidade, não assumirei o cargo".

Depois que o deputado Rodrigo Maia levantou a possibilidade de uma candidatura de Michel Temer em 2018, ele disse que "não cogito disputar a reeleição". O comentário de Temer e a declaração do general Sherman permitem que se meça a distância que separa quem quer e quem não quer ser candidato. Temer não sabe como chegará a 2018, mas se chegar na condição lembrada por Maia, com "50% de ótimo e bom", cogitará e será candidato. Afinal, ele disse que não queria o lugar de Dilma Rousseff, bem como Lula e Fernando Henrique Cardoso diziam que não queriam a reeleição. Por enquanto, o Datafolha informa que seu governo tem uma avaliação medíocre. Na faixa do ótimo e bom há só 14% dos entrevistados. Dilma saiu do Planalto com 13%.

Entre os muitos problemas do país está a incerteza em relação aos candidatos que disputarão a Presidência em 2018. O barco da oligarquia política bateu num iceberg, e não se sabe quem sobreviverá. Isso enquanto não se conhecem as revelações da OAS e da Odebrecht ao Ministério Público. Se em 2018 Temer tiver os tais 50%, será até bom que se candidate. Resta saber o que seu governo fará na busca dessa mítica aprovação.

Se ela ocorrer, o PMDB (partido de Temer) e o DEM (casa de Rodrigo Maia) terão chegado ao paraíso. Já o PSDB fica numa posição esquisita. Se Temer conseguir os 50%, os tucanos ficarão fora do trono. Caso aconteça um fracasso, o partido será condômino da ruína. Isso tudo e mais a autofagia histórica dos tucanos de carteirinha ou de alma. São notáveis políticos, capazes de brigar até mesmo pelo assento de uma cadeira elétrica.

Temer chegou ao Planalto com duas bolas na marca do pênalti da popularidade: a Lava Jato e Eduardo Cunha. Evitou as duas. Seu apoio à Lava Jato é cerimonial, e ele se manteve numa imprudente proximidade com o ex-presidente da Câmara. Sua plataforma econômica é apenas uma esperança, com uma agenda que pode trazer qualquer coisa, menos popularidade. Promete austeridade e reformas, mas entrega o velho narcótico do aumento de impostos. O presidente decidiu acorrentar-se a projetos que o obrigam a cultivar uma maioria parlamentar capaz de promover uma série de reformas constitucionais. Cada uma delas requer três quintos dos votos da Câmara e do Senado: 308 deputados e 49 senadores.

A declaração de Rodrigo Maia roçou o óbvio e ainda assim causou um certo desconforto, como se Temer tivesse chegado ao Planalto abdicando de seus direitos políticos. Um cidadão só pode ser impedido de disputar uma eleição se estiver impedido pela Justiça (o atual governo espera que isso aconteça a Lula.). Não se pode querer que Temer vá ao patíbulo, muito menos se ele tiver um desempenho que justifique seu desejo de permanecer na cadeira.
Pagando Brabo
02/08/2016 20:33
Bom eu queria entender por que nenhum meio de comunicação de Gaspar, nenhum o cruzeiro do vale a qual sou assinante a quase uma decada, não informou o local onde o idoso morreu prensado em uma arvore, desculpem mais isso é muito estranho como um cliente do Fazenda Park Hotel morre imprensado pelo proprio carro da empresa???? Se não noticiarem correto vai levantar inumeras duvidas sobre o acontecido
Herculano
02/08/2016 20:09
ASSESSOR DE ZAVASCKI QUE ASSINOU MANIFESTO BOÇAL PRO-LULA É DEMITIDO, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Nem poderia ser diferente; documento não dialoga com o direito; trata-se apenas de uma peça militante

Manoel Lauro Volkmer de Castilho, que exercia a função de assessor técnico no gabinete do ministro Teori Zavascki, relator do petrolão no Supremo, pediu exoneração. Formalmente, pediu; na prática, foi defenestrado. Nem poderia ser diferente.

Não é que o homem resolveu assinar um manifesto de uma impressionante boçalidade endossando a decisão do PT de denunciar o juiz Sergio Moro ao Comitê de Direitos Humanos da ONU? Nota: ele é marido da vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko de Castilho, e desembargador aposentado do TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região.

Recebi aqui um chororô dos esquerdistas apontando a suposta patrulha contra o doutor. Só pode ser piada. Ele pense lá o que quiser. Não existem policiais de consciência no Brasil, felizmente!

O problema está nos termos em que foi vazado o documento em favor do apelo feito por Lula à ONU. O documento é certamente uma das peças mais asquerosas jamais redigidas no país. Mesmo assim, conta com a adesão de dezenas de procuradores, advogados e professores de direito.

A íntegra está http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR93388

Lá se leem mimos como este:
"Lamentavelmente, desde que o governo progressista e da classe operária assumiu o poder com a eleição do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em 27 de outubro de 2002 (exercendo a Presidência da República por dois mandatos), as elites e a oligarquia, inconformadas com a ascensão da esquerda ao poder, iniciaram uma verdadeira caçada ao Presidente Lula com o apoio da grande mídia."

Como se nota, pouco importa o que façam o PT e os petistas, devem estar imunes à investigação - ou o que se tem é a agressão à? classe operária.

O texto não para por aí. O ex-presidente só seria hoje um réu em razão de suas qualidades, não de seus defeitos. Diz o texto:
"Por que Lula? Porque ele é filho da miséria; porque ele é nordestino; porque ele não tem curso superior; porque ele foi sindicalista; porque foi torneiro mecânico; porque é fundador do PT; porque bebe cachaça; porque fez um governo preferencialmente para as classes mais baixas e vulneráveis; porque retirou da invisibilidade milhões de brasileiros etc. Lula é reconhecido internacionalmente como um lutador dos direitos dos trabalhadores para o desenvolvimento social do país, combatente das desigualdades sociais, especialmente, da miséria."

É evidente que um sujeito não pode assinar um documento com esse teor e seguir como assessor do ministro que é relator do petrolão no Supremo. Zavascki observou que, apesar de Castilho não atuar na área criminal, o comportamento continua impróprio. E lembrou um clichê que continua a ter, sim, a sua utilidade: à mulher de César não basta ser honesta; ela tem de parecer honesta.

O documento não é uma peça que dialogue com o direito. Trata-se apenas de um manifesto militante. E é obviamente incompatível com quem assessora um dos 11 juízes da corte máxima do país.

Uma passada d'olhos na lista dos que aderiram à patuscada indica o quanto a ideologia mais rasteira contamina hoje áreas importantes do direito no país. Com tempo e paciência, leia a íntegra do texto: ali está escrito, com todas as letras, que gente como Lula, dadas a sua origem e ideologia, deve estar acima das leis.
Herculano
02/08/2016 20:03
RENAN ANTECIPA O INÍCIO DO JULGAMENTO DE DILMA, por Josias de Souza

O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que pretende iniciar o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff em 25 ou 26 de agosto, não no dia 29, como havia definido o STF em nota divulgada no último sábado. Com essa alteração, Renan espera que o destino de Dilma seja definido pelos senadores antes do final do mês. Pelo calendário do STF, o veredicto sairia apenas no dia 2 de setembro.

Deve-se a alteração de datas a uma articulação já noticiada aqui. Michel Temer almoçou nesta terça-feira com os principais pajés do PMDB no Senado. Além de Renan, estiveram no Palácio do Jaburu os senadores Eunício Oliveira, líder do PMDB, e Romero Jucá, articulador informal do Planalto.

Temer reiterou aos correligionários o desejo de voar para a reunião do G-20, na China, sem o vocábulo "interino" enganchado ao título de presidente da República. Algo que depende da conclusão do processo em agosto. Pelo telefone, Renan conversou com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski. Em privado, o senador diz que o ministro não se opõe à abreviação do calendário.

Lewandowski pediu a Renan que agendasse um encontro dele com os líderes dos partidos com representação no Senado. A reunião será marcada para esta quinta-feira, depois que a Comissão do Impeachment votar o relatório em que o senador tucano Antônio Anastasia recomenda que a deposição de Dilma seja confirmada em termos definitivos.

A conversa com os Lewandowski servirá para definir detalhes regimentais da sessão de julgamento de Dilma. Pela Constituição, cabe ao presidente do Supremo presidir o desfecho do processo. Renan informou que, se necessário, haverá sessões no final de semana para ouvir testemunhas e a própria Dilma.
Sujiro Fuji
02/08/2016 19:46
Sandra Krauss, bingo!
Ana Amélia que não é Lemos
02/08/2016 18:49
Sr. Herculano:

Frase do dia no blog do Noblat:

"O PT está sozinho outra vez. O PT não tem aliança, não tem dinheiro. Não vai ter empresário para doar dinheiro. Eu, em vez de ficar lamentando isso, eu dou graças a Deus. Porque a gente vai voltar a trabalhar com amor como a gente sempre trabalhou. Menos dinheiro e mais sola de sapato"

Lula

Será que caiu a ficha do salafrário?
Herculano
02/08/2016 17:57
PENINHA EM GASPAR

O PMDB de Gaspar depois de mostrar a caminhada que o deputado Federal Rogério Mendonça Peninha, fez no comércio de Gaspar com o pré-candidato a prefeito Kleber Edson Wan Dall, anunciou no seu press release que o deputado estará aqui na convenção que homologará Kleber.

Perguntar não ofende. Mas, Peninha vai abandonar as votações em Brasília e assim deixar o Michel Temer na mão, trocando-o por Gaspar? Hum!
Herculano
02/08/2016 17:53
AO MIGUEL

O deputado Federal Décio Neri de Lima, PT, não foi à reunião da ACIB porque ele com a sua mulher e deputada Ana Paula Lima já deu esta duplicação de presente aos blumenauenses. E para que não restasse nenhuma dúvidas, colocaram até outdoors por ai.

Outra. O deputado não tem mais domicílio em Blumenau, mas em Itajaí.

Outra. Ele está mais preocupado com a campanha de Gaspar que anda meio devagar e os petistas desconfiam que seja algo da ingratidão do povo gasparense.
Herculano
02/08/2016 17:49
LULA JÁ ARRUMOU AS MALAS PARA FUGIR PARA O URUGUAI?

Conteúdo do O Antagonista.As denúncias contra Lula no caso da tentativa de compra de Nestor Cerveró são devastadoras.

A peça do procurador Ivan Marx, lastreada na de Rodrigo Janot, aponta que:

1) Lula reuniu-se seis vezes com Delcídio do Amaral, no Instituto Lula, para tratar sobre como calar a boca do ex-diretor da Petrobras. Como registra O Globo, na primeira reunião, em 8 de abril do ano passado, Lula "exortou a adoção de medidas para a compra do silêncio de Nestor Cerveró, de forma que este não celebrasse acordo de colaboração premiada para o Ministério Público Federal ou, ao menos, que ocultasse fatos que pudessem relacionar as pessoas de Lula e José Carlos Bumlai às condutas criminosas praticadas no âmbito da citada organização criminosa, de que tinha ciência".

2) Nas duas últimas reuniões, Lula e Delcídio trataram sobre o acompanhamento das "negociações e pagamentos" e da intercessão de Delcídio "junto à família Bumlai para operacionalizar mecanismos de obstrução da Operação Lava-Jato".

3) Lula e José Carlos Bumlai trocaram oito telefonemas entre 8 e 22 de maio de 2015, data do primeiro pagamento a Cerveró, 50 mil reais. No total, o ex-diretor da Petrobras receberia 250 mil reais.

Lula já arrumou as malas para bancar o João Goulart e fugir para o Uruguai?
Miguel José Teixeira
02/08/2016 17:00
Senhores,

Na coluna do Pancho, hoje no Santa:

Os senadores Dalírio Beber e Paulo Bauer, ambos do PSDB, e o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB) foram os únicos integrantes do Fórum Parlamentar Catarinense a participar da reunião com lideranças empresariais ontem na Acib. Representantes das associações empresariais de Blumenau, Itajaí, Navegantes e Rio do Sul levaram suas aflições e desejos em relação à duplicação da BR-470, construção da Ferrovia da Integração e ampliação do Porto de Itajaí e do aeroporto de Navegantes.

Da série "perguntar não ofende": cadê o chefete da oligarquiazinha pelega do Vale???
Sandra Krauss
02/08/2016 15:36
Pela última entrevista dos pré-candidatos podemos entender que para eles a solução para o hospital é:

Lovídio - Já está solucionado. É só manter como está.O governo do companheiro Zuchi é uma maravilha.

Wan Dall - Para fazer tudo que disse sobre o Hospital, só municipalizando. Ou seja, Kleber prefeito vai oficialmente pegar o hospital. Todos sabem o que o PMDB
pode fazer com a saúde do município.

Brick - Vai investir nas unidades de saúde nos bairros. E tentar ajudar na dívida, mesmo que em quatro anos nada conseguiu fazer além de reuniões.

Andreia Nagel - Descentralizar o atendimento de urgência, deixando postos de saúde atendendo até as 22h, assim o hospital pode focar em cirurgias e outros serviços mais específicos.
Sujiro Fuji
02/08/2016 14:01
Da "Coração Valente" e também "Mulher Sapiens" explicando porque temos um golpe:

"Por que temos um golpe?
A prova maior de que temos um golpe é que os golpistas não admitem que estão dando um golpe."

Entenderam, né?
joaquim
02/08/2016 13:55
O PMDB está tão desesperado, que estão convidando pelo facebook e tantos outros meios de comunicação a sua convenção para amanhã, pelo visto estão com medo de estarem só eles e os que mamam na TETA presente no evento.

Não se PREOCUPE "ROBERTO PEREIRA", as pessoas que vocês já distribuíram os cargos comissionados, estarão lá mais presentes do que nunca (só espero que não role tapas)... Sejam mais discretos e foquem na campanha de vocês, porque ficar falando mal dos outros candidatos não levará vocês a lugar algum.

ACORDA GASPAR.
Belchior do Meio
02/08/2016 13:21
Sr. Herculano:

Só os partidecos que não tem ninguém de qualidade é que querem o "volta Dilma".

O rebotalho da esquerda que atende pelo nome de Jaime Kissinger está "dentro"?
Mariazinha Beata
02/08/2016 13:15
Seu Herculano;

"Nas suas redes sociais propaga agora as candidaturas dos petistas."

Triste fim de Teresa da Trindade ...

Alõ, alô, moradores da rua Madre Paulina.
Acreditaram no vereador José Hilário Melato?
Bem Feito!!!
Bye, bye!
Herculano
02/08/2016 13:07
CRISTOVAM BUARQUE X FERNANDO MORAIS - BATEU, LEVOU, por Ricardo Noblat, de O Globo

O PT corrompeu mais do que a política, corrompeu a inteligência e o caráter

Do escritor Fernando Morais:

"Anos atrás recebi do então governador de Brasília Cristovam Buarque o "Prêmio Manuel Bonfim", atribuído ao meu livro "Chatô, o rei do Brasil". Já pedi à Marília para localizar a placa de prata. Vou devolver. de golpista não quero nada. Nem prêmio".

Do senador Cristovam Buarque (PPS-DF):

"Fernando Morais mostra como para o PT não há diferença entre partido, governo e estado. Não fui eu que dei o prêmio, foi o Governo do DF, selecionado pelo mérito de seu maravilhoso livro. Mas ele acha que foi uma bolsa-escritor. Porque, para ele, não há diferença entre partido-governante-governo-estado.

Que pena que nossos gênios estejam tão obtusos. E tão viciados no aparelhamento. O PT corrompeu mais do que a política, corrompeu a inteligência e o caráter. E aos poucos vão mostrando que a volta da Dilma por mais dois anos, com essa gente, vai embrutecer o País e seguir se apropriando do Estado. Pior que não tem juiz Moro para este tipo de roubo: da inteligência e do caráter. Ele não falou em devolver os dez mil que recebeu do prêmio. Na época eram dez mil dólares. Nem o que ele fazia no governo do Quercia".

Volto. O senador Cristovam Buarque já foi PT e ministro da Educação de Luiz Inácio Lula da Silva e demitido por telefone por Lula devido a competência técnica e ideias do professor universitário
Herculano
02/08/2016 12:37
O ÚLTIMO CANDIDATO A PREFEITO DE GASPAR SERÁ HOMOLOGADO AMANHÃ

Fonte: press release da campanha. PMDB de Gaspar realizará na quarta-feira (3) a Convenção partidária para homologação das candidaturas às eleições 2016. Vinte e seis pré-candidatos a vereadores estão na coligação proporcional. A coligação em torno do PMDB envolve outros quatro partidos: PP, PSC, PTB e PSDC, e tem como nomes à majoritária os pré-candidatos a prefeito, Kleber Wan-Dall (PMDB), e vice-prefeito, Lu (PP).
Herculano
02/08/2016 12:33
O EPÍLOGO, por José Casado, para o jornal O Globo

Sem dinheiro para viagens, Dilma rascunha carta com proposta ao Senado para comandar um inédito suicídio político coletivo

Acabou o dinheiro. Sem novas fontes de financiamento, Dilma Rousseff se vê obrigada a atropelar o plano feito antes do afastamento da Presidência, interrompendo sua agenda de campanha contra o impeachment.

Agora, atravessa os dias no Palácio da Alvorada entretendo-se com poucos senadores aliados na escrita de uma "Carta aos brasileiros". Nela pretende repisar a denúncia do "golpe" e a promessa de enviar ao Congresso propostas para convocação de plebiscito e "eleições gerais antecipadas". Ou seja, afastada e às vésperas da provável deposição, planeja apelar pela salvação aos 81 senadores, propondo-lhes a renúncia coletiva.

Sendo possível, comandaria, então, um inédito suicídio político coletivo (um terço dos senadores, por exemplo, abandonaria os próximos cinco anos de legislatura garantidos em 2014).

Lideraria, também, um autêntico golpe, porque a proposta embute redução à metade ?" sem consulta prévia ?" dos mandatos de 513 deputados federais, de 27 governadores e de 1.030 deputados estaduais (desconhece-se o que planeja fazer com os suplentes).

A divulgação da carta está prevista para quarta-feira, 24. Por coincidência, nesse dia completam-se 62 anos do suicídio de Getúlio Vargas, o "pai dos pobres", como era biblicamente qualificado por sua seção de propaganda, em tentativa de recauchutar-lhe a imagem de ditador.

Se confirmadas as previsões, quando setembro chegar Dilma estará destituída do cargo de presidente. Numa ironia da história, vai à galeria presidencial ladeando Fernando Collor, cujo processo de impedimento (por corrupção) começou numa primavera de 24 anos atrás, embalado pelo PT de Lula que então se apresentava como único partido ético do país.

Há meses, ela alimenta a ilusão de que não poderia ser ser punida com o impeachment. Propaga a honestidade, em contraste, repetindo por onde passa: "Eu não recebi dinheiro de propina, eu não recebo dinheiro de corrupção". Até agora, ninguém apresentou prova contrária.

A questão central é outra: a criatura Dilma, tal qual o criador Lula, habituou-se a não aceitar qualquer decisão que não seja sua ?" foi dessa forma que o líder a impôs como sucessora. Por isso, entende o impeachment como "golpe".

A legislação sob a qual está sendo julgada foi promulgada em abril de 1950, dois anos e quatro meses depois que Dilma saiu da Maternidade São Lucas, em Belo Horizonte. Ela prevê submissão de governantes a processo por crimes de responsabilidade ?" "ainda quando simplesmente tentados", define ?", em atos contra a Constituição "e especialmente contra (...) a lei orçamentária, a probidade na administração, a guarda e o legal emprego dos dinheiro públicos".

Pode-se argumentar juridicamente sobre conceitos de orçamento, probidade e zelo pelo Erário, como fez na sua legítima defesa de mais de 500 páginas, que hoje devem ser refutadas pelo relator do processo no Senado.

O problema de Dilma continua sendo o fato de que, impondo-se na vida privada uma disciplina quase militar, só admite a hierarquia das próprias decisões. Aparentemente, escapou-lhe a compreensão de que no setor público só é permitido aos servidores fazer aquilo que a Constituição e as leis permitem expressamente.

No epílogo, seria carta fora do baralho até completar 73 anos, em 2022.
Herculano
02/08/2016 12:31
ELEIÇÕES DE 2016 FORAM JOGADAS NO COLO DE BANDIDOS, por Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre

Devido à chamada "minirreforma política", as eleições de 2016 apresentarão um modelo inédito. As campanhas eleitorais durarão 45 dias, metade do tempo permitido nos pleitos anteriores. Pior: graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) as doações de pessoas jurídicas a partidos políticos e candidatos está proibida. Para o establishment, nada poderia ser melhor.

As esquerdas vibraram com o fim do financiamento empresarial. Parece que, para elas, a classe política é absolutamente imaculada, e toda a corrupção vem da ganância dos empresários, que desviam os burocratas de seu caminho angelical e os levam a assaltar os cofres públicos. Sendo assim, proibindo as doações de pessoas jurídicas, a corrupção acabaria.

O problema é que a realidade não é bem assim. Ainda que esse tipo de doação seja proibido, o financiamento empresarial vai continuar. Por quê? Porque o empresário que financiava campanhas para obter vantagens ilegais já é um criminoso. Um crime a mais será apenas outro fator em sua análise de risco. Ou seja, na prática, o caixa dois acabou sendo institucionalizado.

Quem sai perdendo nessa história são os candidatos que querem seguir as regras. Em plena crise econômica e sem financiamento empresarial, aqueles que respeitam as leis terão de sair batendo em centenas de portas para, possivelmente, conseguir algum trocado para as suas campanhas. Nem campanhas de financiamento coletivo pela internet os candidatos poderão fazer, afinal, o Tribunal Superior Eleitoral as proibiu, por medo de que empresas utilizem o sistema para burlar a legislação.

O mais impressionante é a cara de pau de alguns partidos políticos, que, depois de defenderem a proibição de doações empresariais com unhas e dentes, agora, dizem que estão sem dinheiro, e, portanto, a aprovação de um sistema de financiamento público de campanhas é necessária. Não satisfeitos em ver as eleições sendo jogadas na clandestinidade, querem obrigar o pagador de impostos a bancar suas campanhas faraônicas.

Além disso, o corte no tempo das campanhas faz com que políticos bem estabelecidos larguem com uma vantagem enorme. Quem já está na máquina teve anos para fazer discursos, conceder entrevistas, inaugurar obras e divulgar a própria imagem. Iniciantes terão apenas 45 dias para se fazer conhecidos por milhares ou até milhões de pessoas e ainda convencê-las a dar o seu voto a uma pessoa que acabaram de conhecer.

A tal "minirreforma" é uma verdadeira antirreforma. O sistema político-eleitoral não melhorou; pelo contrário, retrocedeu. Em vez de estimular a renovação, protege os velhos caciques políticos.

A legislação precisa ser revista urgentemente. O sistema político deve prezar pela transparência, a representatividade e a governabilidade. Propostas sérias para o assunto não faltam: voto distrital, possibilidade do lançamento de chapas sem vinculação partidária, parlamentarismo, fim das coligações em eleições proporcionais, cláusula de barreira, fim do fundo partidário etc.

É evidente que nenhuma dessas ideias agrada a velha classe política. E é por isso que temos de enfrentá-la. Se deixarmos o debate público ser pautado pelos canalhas que trabalham única e exclusivamente para manter seus privilégios e colocar mais e mais dinheiro público em seus próprios bolsos, seremos sempre reféns de um sistema político que pune a honestidade e privilegia a clandestinidade.
Herculano
02/08/2016 12:24
PARA INGLÊS LER, por Eliane Cantanhede, para o Estado de S. Paulo

Toda a solidariedade à delegação da Austrália, que enfrentou canos entupidos, tentativa de roubo de equipamentos de TV, roubo efetivo de laptops, ameaça de incêndio..., mas, se australianos, japoneses e marcianos têm lá seus motivos para botar a boca no mundo contra a Olimpíada e o Brasil, os brasileiros bem que podem tentar mostrar o outro lado, o que há de bom, correto e elogiável. Acreditem, há!

O Rio é maravilhoso, as imagens aéreas da Vila Olímpica são muito bonitas e as obras feitas são impressionantes: 150 km de BRT, 18 km de metrô, renovação do Porto Maravilha, todo o complexo de Marechal. Ok. Tem pia entupida, lâmpada queimada, limpeza a desejar numa unidade ou outra, mas daí a dizer que tudo é uma porcaria?

"É um legado extraordinário", disse o prefeito Eduardo Paes à coluna, há duas semanas, quando nem a Olimpíada nem as reclamações das delegações haviam começado. A principal preocupação dele era evitar a qualquer custo uma comparação entre Copa e Olimpíada, com uma competição de sobrepreços, problemas, principalmente do legado.

Goste-se ou não dele (que é do tipo peixe, que morre pela boca), Eduardo Paes é um gestor determinado e incansável, que acorda cedo, vistoria tudo e vive uma cruzada para neutralizar as versões negativas. Dá entrevistas de manhã, à tarde, à noite e não para de, além de falar, também mostrar o lado positivo da realização do maior evento esportivo do planeta na "sua" cidade, a "Cidade maravilhosa".

Segundo relatos de engenheiros do Complexo de Marechal, é raríssimo ver obras tão grandes concluídas a tempo e... sem aditivos. Em geral, a previsão do preço da obra é "x" e, no fim, depois de vários aditivos para garantir os desvios, ela sai por várias vezes "x". Mas consta que, na Olimpíada, não tem sido assim. A ver, porque investigações não faltarão.

Paes diz que eram 17 projetos originalmente, mas ele está entregando 27, "mais do que o prometido, e não tem uma só obra que esteja fora do prazo, ou com suspeita de superfaturamento". Isso, enfatiza, é "exclusivo". E a indecente poluição da Baía de Guanabara, que tanto estrago causa na imagem do Brasil? Resposta dele: "Isso era com o governo do Estado".

Uma coisa que deixa Eduardo Paes particularmente incomodado é a versão de que o Brasil está em crise e o Estado do Rio atrasa até salário, mas a Olimpíada consome fortunas e vai deixar vários esqueletos espalhados pela cidade. "Não tem elefante branco", garante. Além disso, 60% das obras foram feitas com dinheiro privado, o que é um índice maior, por exemplo, do que o da Olimpíada de Londres, meca do capitalismo.

E sai enfileirando as obras e o que acontecerá com elas após os jogos: bem, o BRT, o metrô, os museus e o Porto Maravilha dispensam explicações; o estádio aquático pode ser desmontado, "como um lego", e ser instalado em áreas e comunidades pobres; parte do Complexo de Marechal será destinado a treinamento das Forças Armadas. Mas essa dinheirama não faz falta para educação e saúde? Para o prefeito, essa discussão é "neurótica, histérica, burra" e ele rebate: "Nesses oito anos, a prefeitura gastou R$ 732 milhões em estádios e equipamentos e R$ 65 bilhões com educação e saúde. Dá 1%".

Mais do que o prefeito falando, porém, há de se reconhecer que o Rio passou por uma revolução por causa da Olimpíada. Amigos e familiares cariocas dizem que a cidade está limpa, organizada, fiscalizada e... linda. Uma parente, aliás, estava indo do sul da Bahia para o Rio quando o carro quebrou no meio do nada. O jeito foi pegar um ônibus. E qual não foi a surpresa? O banheiro da Rodoviária Novo Rio estava um brinco, até cheiroso. Para gringo, isso não é nada, mas, para brasileiros em geral e cariocas em particular, já se trata de uma revolução e tanto!
Sidnei Luis Reinert
02/08/2016 12:06
Temer blinda e dá mais poder a Meirelles, que insiste em subir impostos, se não houver reforma da previdência


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Será que Henrique Meirelles quer derrubar Michel Temer? Ou quer jogar o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, na oposição? Será que o governo interino vai bater de frente contra a Frente contra o aumento de impostos, lançada em 3 de setembro de 2015? O sincericídio do ministro da Fazenda pode ser fatal. Meirelles voltou a repetir a tese nada original de que pode aumentar impostos, para compensar o gigantesco rombo nas contas públicas. O homem forte da área econômica do governo provisório avisou que o governo tomará a impopular decisão até o final de agosto. Novamente, aumenta o risco de "pagarmos o pato". O fantasma da volta da CPMF assombra o Brasil como nunca antes na História...

Henrique Meirelles deixou claro ontem que só não haverá aumento de impostos se ocorrer a tão pregada reforma da previdência - outra medida que pode mais prejudicar que colaborar com o trabalhador no curto prazo. Meirelles apresentou a um seleto grupo de empresários, em evento fechado da revista "Época Negócios", em São Paulo, quais seriam outras condições para não aumentar a carga tributária: "A arrecadação tem caído muito neste ano, caiu um pouco no ano passado e também nos anos anteriores. E na medida que haja recuperação da economia espera-se que possa haver também uma recuperação da arrecadação. Isso, adicionado a eventuais receitas de concessões ou privatizações, poderá tornar desnecessário o aumento de impostos".

O peemedebista Paulo Skaf tem pregado, insistentemente, que a sociedade brasileira não vai aguantar mais um "cômodo" aumento de impostos. O presidente da Fiesp prega que o Estado tem de dar o exemplo e rever seus custos, reduzir gastos e desperdícios, eliminando-os. Skaf bate forte nos juros reais absurdos de 14% na taxa básica - fruto de um modelo estatal ineficiente que não desperta confiança. Skaf tem pregado a retomada do crescimento como forma de gerar mais arrecadação - e não o simples aumento de impostos que, toda hora, é ameaçadoramente lembrado por Meirelles como "a saída extrema e indesejável". Skaf sempre repete que Temer concorda que a carga tributária no Brasil é muito elevada e tem consciência de que os serviços públicos precisam melhorar sem aumentar mais ainda os impostos - o que esfriaria ainda mais a economia.

Apesar da posição próxima de Skaf ao Presidento Temer, são feias as perspectivas para o bolso do brasileiro. Temer volta a jogar contra si mesmo e a economia brasileira ao ceder ao lobby da permanente gastança pública que deseja driblar os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal com o pagamento de servidores públicos. O movimento é liderado pelos funcionários do Ministério Público, Tribunal de Justiça, Defensoria e Centrais Sindicais. Pressionado, Temer flexibilizou as regras para a definição das despesas de pessoal no projeto de lei que autoriza o socorro financeiro do governo federal aos governadores na reestruturação da dívida dos Estados. Henrique Meirelles já permitiu que, nas carreiras do Judiciário, do Tribunal de Contas, do Ministério Público e na defensoria pública, as despesas com auxílio moradia e algumas gratificações serão excluídas do limite estadual para as despesas de pessoal para efeitos da LRF.

Enquanto o aumento de impostos não vem, Michel Temer continua fazendo tudo que Henrique Meirelles deseja. Na burocracia federal, já se dá como certa a transferência da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento para a Fazenda, pedida por Meirelles. O ministro ficará ainda mais poderoso concentrando as decisões da política fiscal. Temer também já sinalizou para seus ministros Jose Serra (Relações Exteriores) e Eliseu Padilha (Casa Civil) para que evitem discussões públicas com Meirelles sobre polêmicas questões econômicas. Assim, Meirelles se torna "blindado" para tomar as decisões (amargas)...

Adivinha quem vai pagar o pato no final das contas? Os patos de sempre... Nada custa recordar que aumentar impostos é uma forma de controle social tão explícita quanto o regramento excessivo que viabiliza o Brasil da impunidade.

O consolo (?) é que tem cachaceiro - que nem se importa se já paga a mais alta carga tributária pela pinga - prontinho para cair, feito um patinho amarelinho, diante da República de Curitiba...
Herculano
02/08/2016 12:00
O TAMANHO MILIONÁRIO DO CAIXA DOIS QUE ELEGEU DILMA E LULA. O JUIZ SÉRGIO MORO MANDA SOLTAR SANTANA E MONICA MOURA APOS FIANÇA DE R$31,5 MILHÕES E QUE PROVAVELMENTE NENHUM DOS DOIS VERÁ MAIS A COR DESTA GRANA. E TEM GENTE AQUI EM GASPAR QUE AINDA NÃO SE EU CONTA QUE CAIXA DOIS É PROBIDO. VAI DAR ROLO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Após cinco meses presos, o marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, deixaram a sede da Superintendência da PF no Paraná por volta das 16h30 desta segunda-feira (1º).

O juiz Sergio Moro havia determinado pela manhã a soltura do casal mediante uma fiança de R$ 31,5 milhões. São R$ 28,76 milhões para Mônica e R$ 2,76 milhões para o publicitário. A informação foi antecipada pela colunista da Folha Mônica Bergamo.

É o maior valor de fiança arbitrada na Operação Lava Jato até aqui ?"sem considerar as indenizações no caso de delação premiada.

O casal foi preso em fevereiro sob suspeita de receber da empreiteira Odebrecht e do lobista Zwi Skornicki dinheiro desviado da Petrobras.

Os R$ 31,5 milhões correspondem aos valores que já haviam sido bloqueados pela Justiça em suas contas correntes, segundo a decisão de Moro.

O casal, que também ficou detido em uma penitenciária na região metropolitana de Curitiba, deixou a superintendência sem falar com a imprensa. Tanto Mônica quanto Santana, que morava em Salvador, não poderão sair do país nem se encontrar com outros investigados.

A ordem também proíbe o contato com "destinatários de seus serviços eleitorais" e determina o comparecimento a todos os atos dos processos.

Moro disse considerar que a instrução das ações penais já está perto do fim e que ambos já manifestaram a intenção de esclarecer os fatos. Mônica Moura negocia um acordo de delação premiada com a Lava Jato.

'TRAPAÇA'

No despacho em que determinou a soltura de Mônica, Moro fez duras críticas ao "álibi" do casal nas ações penais. Em depoimento à Justiça Federal há duas semanas, Santana afirmou que "98% das campanhas" eleitorais no Brasil fazem uso de caixa dois e que, sem a prática, não é possível se manter na profissão.

O juiz federal afirmou que trata-se de "trapaça que não pode ser subestimada" e que é preciso "censurar em ambos a naturalidade e a desfaçatez com as quais receberam, como eles mesmo admitem, recursos não-contabilizados."

"O álibi 'todos assim fazem' não é provavelmente verdadeiro e ainda que o fosse não elimina a responsabilidade individual".

E acrescentou: "Se um ladrão de bancos afirma ao juiz como álibi que outros também roubam bancos, isso não faz qualquer diferença em relação a sua culpa."

Na mesma ocasião, Mônica afirmou em depoimento que recebeu dinheiro no exterior de Skornicki por serviços efetivamente prestados ao PT, na campanha de Dilma Rousseff em 2010, e que o repasse foi a maneira encontrada pelo partido para saldar uma dívida.

Moro disse ainda no despacho que a situação do casal "difere, em parte" da de outros acusados no esquema da Petrobras porque o marqueteiro não era um agente público nem dirigente de empreiteira.

"É possível reconhecer, mesmo nessa fase, que, mesmo se existente, encontra-se em um nível talvez inferior da de corruptores, corrompidos e profissionais do crime."
Herculano
02/08/2016 11:13
ÚLTIMA ESPERANÇA MORREU. E O PMDB DE GASPAR AINDA NÃO SE DEU CONTA VAI SAIR COM CANDIDATA PROPRIA, NUMA COLIGAÇÃO COM O DEM.

Ontem a noite depois da Convenção do PSDB, o presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, encontrou no restaurante Trilhos, a candidata tucana Andreia Symone Zimmermann Nagel, e o seu vice Charles Roberto Petry, dos Democratas.

Conversa rápida entre todos e cumprimentos de Roberto pela Convenção. Entretanto, Pereira se mostrou esperançoso (e inconformado) de que o PSDB ainda desista de tudo e se una à chapa do PMDB e PP, como um ente esmolando por boquinhas tapa-bocas de segunda categoria num eventual da chapa do PMDB.

Este foi o discurso de meses do PMDB de Gaspar. Só para desmoralizar, desmanchar o PSDB e a sua obstinação de mudar 20 anos de história política de Gaspar onde apenas dois partidos (PMDB e PT) se revezaram, governaram e deixaram muitos problemas para a cidade. Tanto que o nome da coligação, que imita o da campanha democrata do estadunidense Barack Obama, foi escolhido a dedo: Sim, nós podemos mudar. Ele põe o dedo na ferida e as pessoas no centro das mudanças.

E mesmo minutos depois da Convenção tucana homologar Andreia e Charles, na voz do seu presidente parece que o PMDB de Gaspar ainda não caiu na real: há quatro candidatos sim, e a sorte está lançada. Para vencer vai ter que ter propostas de mudanças e disputar os votos de um colégio muito dividido.

Ora, se era para unir forças num projeto mais fácil de se chegar ao poder, qual a razão do PMDB ter rejeitado o PSD e Marcelo de Souza Brick, quando este foi até o ninho peemedebista para ser o vice de Kleber Edson Wan Dall que deve ser homologado candidato a prefeito de Gaspar pelo partido amanhã a noite, tendo como parceiro, Luiz Carlos Spengler Filho, do PP?

Por que o PMDB pode "flexibilizar" a sua chapa para destruir o PSDB e calar Andreia, e não foi flexível para retirar Luiz Carlos e dar a vice ao Marcelo?

Outra. O PMDB quer repetir algo que já não conseguiu gerenciar. O PMDB de uniu todos - o sapo e a cobra num mesmo balaio- contra o PT e elegeu Adilson Luiz Schmitt. E ganhou.

Quando o PMDB governou naquela época, tratou logo de encurralar Adilson e alijar os parceiros partidários. Esta sanha foi o maior cabo eleitoral da volta do PT e de Pedro Celso Zuchi por mais oito anos. Então este papo de união de todos contra o PT não pegou e até deu medo. Está na lembrança da cidade.

E na oposição ao PT e Pedro Celso Zuchi, qual foi o papel do PMDB - e outros como o PSD e PP - para exigir mais transparência, menos filas nos postos de saúde, mais vagas nas creches, melhor mobilidade urbana entre tantas outra falhas e mazelas?

O PMDB - e outros - deixou o espaço aberto. E quem ocupou? A até então inexpressiva vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, então no DEM, ocupasse este lugar. E ela cresceu. E foi para o PSDB a quem o PMDB tinha como um nanico, que se contentaria com sobras e migalhas. Errou.

Então ao invés de conversar, o PMDB, arrogante tanto quanto o PT, passou a desmoralizar os tucanos. Errou outra vez. Fortaleceu a crença dos tucanos de que não haveria união, mas submissão e comemorações por este ato.

Se o PMDB quisesse verdadeiramente Andreia e o PSDB como parceiro, não teria trabalhado para o PT e o PP de José Hilário Melato, para dar os votos para impedir Andreia de ser a presidente da Câmara em 2014, num acordo que se cumpriu com todos, menos com Andreia. E por que? Porque ela se negou a se ajoelhar para Zuchi, Amarildo, Dalsochio e o PT.

Naquela época, o vereador Ciro André Quintino, PMDB, observou da tribuna ao então presidente do PMDB gasparense e hoje candidato a prefeito de Gaspar pelo partido, Kleber Edson Wan Dall, de que aquela orientação partidária teria consequências no futuro. E teve.

Aquele episódio revelou definitivamente, segundo Andreia, que era preciso encontrar uma nova via política para a cidade. E é isto segundo ela, o que está em jogo nesta eleição de dois de outubro e daqui para frente. "Ou os políticos se comprometem com a transparência e resultados dos problemas atuais e futuros, se unem verdadeiramente pela cidade e seu futuro, ou vão perder o bonde da história. O mundo mudou. O Brasil está mudando. Gaspar precisa mudar. E quem pede é a população". O PMDB e Carlos Roberto Pereira, ainda não entenderam esta mudança de postura. Acorda, Gaspar!
Miguel José Teixeira
02/08/2016 11:00
Senhores,

"A tese do golpe contra Dilma é um castelo de cartas, que vai desmoronar de forma espetacular após a aprovação do impeachment".

Fonte: Correio Braziliense, hoje, na coluna Entelinhas, por Luiz Carlos Azedo

Além do estelionato

Todas as agruras da presidente Dilma Rousseff foram atribuídas ao fato de que prometeu mundos e fundos na campanha eleitoral e não cumpriu. Ao chamado "estelionato eleitoral", a expressão cunhada pelo ex-ministro Delfim Netto após a reeleição do Fernando Henrique Cardoso, em 1998. Mesmo depois das manifestações de protesto de 2013 e do fracasso da Copa do Mundo de 2014, a petista conseguiu se reeleger numa campanha dura, em que atacou sem piedade os adversários, Marina Silva (Rede), então no PSB, e Aécio Neves (PSDB). O talento ilusionista do marqueteiro, João Santana, o mesmo da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e da primeira eleição do "poste de saias", em 2010, se encarregou do resto.

Não houve milagres. A campanha eleitoral de Dilma Rousseff foi bem-sucedida porque a economia foi manipulada de todas as formas possíveis. Houve redução das tarifas de energia, o preço da gasolina foi contido à custa de a Petrobras ir para o buraco; o governo promoveu farta distribuição de isenções tributárias e de subsídios; não faltaram promessas de casa própria sem recursos disponíveis para sua construção. Dilma quebrou o país, mas mascarou o rombo no Orçamento da União de 2014 com as famosas "pedaladas fiscais". Depois da reeleição, porém, não teve jeito, foi obrigada a dar um cavalo de pau, revelar a real situação das contas públicas, mudar o ministro da Fazenda e anunciar um forte ajuste fiscal. A máscara caiu e a popularidade da presidente recém-eleita foi à lona.

O conjunto da obra, como se diz, é mais do que suficiente para caracterizar o crime de responsabilidade, seja por atentar contra a lei orçamentária, seja quanto à probidade administrativa. Nada disso, porém, pode ser levado em consideração no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ela somente pode ser condenada por crime de responsabilidade cometido durante o exercício do atual mandato, o que restringe as acusações às "pedaladas fiscais" de 2015 e à existência de decretos ilegais. Caberá ao senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), em seu relatório, que deve ser apresentado hoje, oferecer a denúncia à comissão especial do Senado. Seu julgamento está previsto para 29 de agosto, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), mas deve se arrastar até o início de setembro.

O ex-ministro José Eduardo Cardozo vive seus melhores momentos como militante petista, livre das suspeitas de ter jogado às feras os companheiros enrolados na Operação Lava-Jato quando comandava o Ministério da Justiça. Digladia-se com a jurista Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment, nas sessões da comissão especial. Sua missão é "desconstruir" as acusações contra Dilma e sustentar a tese do golpe parlamentar contra a presidente da República. Fará a defesa da presidente da República, após a denúncia de Anastasia. Dilma desistiu de ir ao Senado fazer a própria defesa de corpo presente. Todos os levantamentos feitos até agora mostram que é praticamente impossível reverter a tendência da maioria dos senadores favorável ao impeachment e à cassação do seu mandato. A tese do golpe fracassou, não passa de retórica petista para fugir à própria responsabilidade quanto aos erros cometidos no poder. Mesmo assim, será o eixo da defesa de Dilma.

Caixa dois

A tese do golpe contra Dilma é um castelo de cartas, que vai desmoronar de forma espetacular após a aprovação do impeachment. Ontem, o ex-marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Santana e a mulher Mônica Moura, presos na 23ª fase da Operação Lava-Jato, ganharam liberdade provisória, concedida pelo juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, mediante pagamento de fiança de R$ 2,7 milhões e R$ 28,7 milhões, respectivamente. É muito dinheiro. Para se safar da prisão, fizeram um acordo de delação premiada. E entregaram o caixa 2 das campanhas de Dilma Rousseff.

Não jogaram a toalha só porque estavam presos, como afirmam os petistas, mas porque as contas secretas que mantinham no exterior foram descobertas e bloqueadas. O casal recebeu US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014. De acordo com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal (MPF), o dinheiro é oriundo de propina de contratos na Petrobras. Será difícil para a presidente Dilma Rousseff escapar dos investigadores da Lava Jato. Quando perder o mandato, seu caixa dois de campanha será investigado.

Miguel José Teixeira
02/08/2016 10:39
Senhores,

"É a sociedade que pode e deve decidir o que é melhor para ela e para seu futuro. No entanto, o certo é que no caso da volta dos cassinos, o futuro será como num jogo de azar, com muitos perdedores e uma elite pequena de privilegiados, sorrindo e imitando os magnatas cafonas de Atlantic City e Las Vegas."

Azar de quem joga
Fonte: Correio Braziliense, hoje, na Coluna do Ari Cunha

Tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal parece haver um caminho aberto e aplainado para a legalização definitiva dos jogos de azar e dos cassinos em todo o território nacional. A presidência das duas Casas se manifestou no sentido de acelerar os projetos PL 442/91 e PLS 186/2016.

Obviamente, a votação de tão polêmica proposta caberá ao conjunto dos parlamentares e a aceitação por parte do presidente interino, Michel Temer, e sua publicação no Diário Oficial. Alguns ministros e pessoas próximas ao governo garantem que o projeto conta também com a simpatia de Temer. Dessa forma, dá para se ter uma ideia preliminar de que, nos altos escalões do Estado, a ideia da volta dos bingos, dos cassinos e de todos os jogos de azar já é consenso e um ponto pacificado.

Obedecidos esses trâmites legais, os brasileiros saudosistas poderão comemorar o retorno ao longínquo ano de 1946, quando o jogo foi banido pelo então presidente Gaspar Dutra. Quem sabe o retorno dos espetáculos no cassino da Urca e o Teatro de Revista, com suas vedetes cobiçadas, e os programas ao vivo nos auditórios das rádios. Naquela ocasião, existiam no país 71 cassinos em funcionamento, empregando 60 mil pessoas, entre trabalhadores efetivos e contratados por temporada, casos de artistas e outros empresários de shows.

Comparado com Brasil atual, aquele era um outro país, em alguns aspectos, até mais inocente e primitivo. As principais cidades ainda estavam em formação. A preocupação das classes abastadas urbanas de então era copiar o glamour da Hollywood e dos shows da Broadway.

Nesses 70 anos, o Brasil mudou muito. Em alguns aspectos, com o surgimento do crime organizado, podemos dizer que somos Primeiro Mundo. No caso da corrupção na política e na máquina do Estado, somos praticamente imbatíveis. Estímulo ao turismo e aumento de arrecadação para os cofres públicos, além da geração de empregos, têm sido os argumentos levantados pelos que defendem o projeto.

No outro extremo, estão órgãos como o Ministério Público, que avalia que haverá ainda mais sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e apropriação dos cassinos por facções do crime organizado, nacionais e estrangeiras.

Pelo que conhecemos hoje dos órgãos de fiscalização e controle do Estado que, entre outras cegueiras, não viu os escândalos do mensalão e do petrolão, dá para se ter uma noção de como será o futuro do país com a jogatina liberada.

Propostas dessa natureza, por seus impactos incertos sobre a economia e sobre a ordem pública, deveriam ser confiadas à sondagem da sociedade, através de um geral e amplo plebiscito didático, mostrando os prós e contras pela volta dos cassinos.

É a sociedade que pode e deve decidir o que é melhor para ela e para seu futuro. No entanto, o certo é que no caso da volta dos cassinos, o futuro será como num jogo de azar, com muitos perdedores e uma elite pequena de privilegiados, sorrindo e imitando os magnatas cafonas de Atlantic City e Las Vegas.
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Aí, cabe a pergunta: será que Cláudio Suenaga, historiador acertou ao afirmar que "a vida é como um cassino: já entramos nela programados para perder. A banca, isto é, os donos deste mundo, os que ditam as regras, são os que sempre ganham.
Herculano
02/08/2016 10:24
VELHAS PERGUNTAS E VELHAS RESPOSTAS, por Arnaldo Jabor, para o jornal O Globo

Não aguento mais falar de escândalos e punições. A política está tão despedaçada quanto nossas cabeças. A mutação dos últimos anos foi tão forte, a revolução digital foi tão completa no mundo pós-industrial, que dissolveu crenças e certezas. Caímos num vácuo de rotas. Não há uma clareza sobre a pós-modernidade ?" como viver sem esperanças?

Perdoem meu pobre "papo cabeça", mas eu estou preparando um novo filme e vejo como é difícil criar sem finalidade alguma, pois todo pensamento tem o desejo de conclusão, um desejo de certeza.

Como opinar sobre um mundo tão fragmentado? Temos de nos contentar com narrativas parciais. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro, artistas e pensadores vivem perplexos ?" não sabem o que filmar, escrever, formular. Como era gostoso nosso modernismo, os cinemas novos, os movimentos literários, as cozinhas ideológicas... Os criadores se sentiam demiurgos falando para muitos. Como escreveu Beckett: que saudade "das velhas perguntas e das velhas respostas". Ninguém sabe nada. Os textos sobre o tempo atual são cheios de lamentos pelo passado filosófico e ideológico e de pavores noturnos e fobias sobre o que vem a caminho... Tipo "something wicked this way comes", ou "vem bode por ai...", como diziam as bruxas de Shakespeare.

Hoje, num mundo inexplicável, na impossibilidade de representação do real, surgem novas formas de linguagem dramática. No cinema brasileiro, já temos uma tendência mais documental sobre a vida, sobre quase nada, onde o enredo e os resquícios de sentido aparecem imperceptivelmente nas entrelinhas das cenas. São excelentes filmes que traçam um novo caminho autoral, como "Boi Neon" e "O Som ao Redor". Eles sabem que a arte "não é o reflexo da realidade, mas a realidade do reflexo", como falou Jean-Luc Godard, o primeiro a destroçar a caretice do cinema de Hollywood.

Mas, mesmo em filmes menores, na falta das grandes narrativas do passado, estamos a procurar irrelevâncias, porque podem ser as pistas para novas "verdades".

Essa é a dificuldade: como falar de singularidades se sonhamos sempre com conceitos universais? Em geral, recorremos às atitudes mais comuns nas turbulências: desqualificar os fatos novos e reinventar um "absoluto" qualquer, sem saber que, como escreveu Baudrillard: "não há mais universais; só o singular e o mundial".

As palavras que eram nosso muro de arrimo foram esvaziadas. Por exemplo: "futuro". Que quer dizer? Antes, era um lugar a que chegaríamos, um lugar no espaço-tempo, solucionado, harmônico, que nos redimiria da incerteza e do sofrimento. Antes, havia debates para ver quem "tinha razão". Hoje, todos têm razão, e ai daquele que criticar tendências, em nome de paradigmas seculares da arte. As tentativas de "grande arte" são vistas com desconfiança, como atitudes conservadoras diante da cachoeira de produções que navegam no ar. A busca da beleza é, muitas vezes, considerada um individualismo autoritário.

Com a libertação da tutela dos chamados "maîtres à penser", dos seres que nos guiavam orgulhosamente, a busca de profundidade foi substituída por um vale-tudo formal em que a inteligência é substituída pela sacralização das irrelevâncias massificadas. Também, por outro lado, cresce uma arte confessional que busca no inconsciente dos artistas alguma forma de verdade. Assim, a antiga aura deslizou da obra para o próprio autor ?" o assunto é ele mesmo. Isso me lembra o tempo em que achávamos que o fluxo da consciência, "the stream of consciousness", ou até o discurso psicótico, encerrava uma "sabedoria" insuspeitada.

Em geral, as diagnoses sobre as mutações a que assistimos hoje em dia se dividem ou em lamentos por um passado de ilusões perdidas ou em euforia ingênua por um admirável mundo novo em que todos seriam autores e leitores. Nunca tivemos tantos criadores, tanta produção cultural enchendo nossos olhos e ouvidos com uma euforia medíocre, mas autêntica. Há uma grande vitalidade neste cafajestismo poético, enchendo a web de grafites delirantes. Repito que, talvez, esse excesso de irrelevâncias esteja produzindo um acervo de conceitos relevantes, ainda despercebidos.

Talvez esteja se formando uma nova força vital, um agente formador de crescimento no mundo que ainda não está claro. Não sei em que isso vai dar, mas o tal futuro chegou; grosso, mas chegou.

Estamos numa fase da exaltação da quantidade, como se a profusão de temas e criações substituísse a velha categoria da qualidade. Agora, não há futuro; temos um presente incessante, sem ponto de chegada. Acabou aquela dimensão espiritual chamada antigamente de "cultura", que, ainda que confinada nas elites, transbordava sobre o conjunto da sociedade e nela influía de algum modo. Se olharmos as grandes obras do passado, como as de Van Eyck, por exemplo, vemos que ali estavam as imagens mais profundas sobre a Idade Media.

Vivemos o pânico do presente. Configurou-se o vazio do sujeito, enquanto descobrimos nossa dolorosa finitude que sempre tentamos esquecer. É tudo muito novo, tudo muito gelatinoso ainda, com a morte das certezas totalitárias ou individualistas. Mas, o que será considerado importante? Será que houve a morte da importância? Ou ela seria justamente essa explosão de conteúdos e autores? O importante seria agora o quantitativo? Não sei; mas, se tudo é importante, nada o é.

O mundo que temos pela frente é uma imprecisa água-viva. Perder as esperanças nas utopias liberais ou socialistas é o inicio de uma nova sabedoria. Benditos sejam os que amam o parcial, porque herdarão a Terra.
Herculano
02/08/2016 09:59
POLÍCIA FEDERAL REALIZA A 33ª FASE DA OPERAÇÃO LAVA JATO. O ALVO É A CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo).A Polícia Federal realiza a 33ª fase da Operação Lava Jato na manhã desta terça-feira (2), que tem como alvo principal dirigentes e funcionários da construtora Queiroz Galvão. Batizada de "Resta Um", a ação cumpre 32 mandados judiciais: dois de prisão preventiva, um de prisão temporária, seis de condução coercitiva (quando a pessoas é levada para depor) e 23 de busca e apreensão.

Segundo o Ministério Publico Federal (MPF), o objetivo desta fase é "obter provas adicionais de crimes de organização criminosa, cartel, fraudes licitatórias, corrupção e lavagem de dinheiro, relacionados a contratos firmados pela empreiteira Queiroz Galvão com a Petrobras". Procurada, a assessoria de imprensa da construtora ainda não se manifestou.

Aproximadamente 150 policiais federais estão cumprindo as determinações judiciais em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais.

Segundo a PF, o nome "Resta Um" é uma referência à investigação da última das maiores empresas identificadas como parte integrante do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.

"A menção 'Resta Um' não remetendo a um possível encerramento das investigações da Operação Lava Jato que busca alcançar ainda diversos outros fatos criminosos e demais empresas e pessoas participantes de negócios ilícitos junto a estatal", diz nota da PF.

O consórcio Quip S/A, do qual a Queiroz Galvão era acionista líder, também á alvo da operação. Segundo a PF, as obras investigadas neste momento englobam contratos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, na Refinaria Abreu e Lima, Refinaria Vale do Paraíba, Refinaria Landulpho Alves e na Refinaria Duque de Caxias.

"O Grupo Queiroz Galvão foi identificado, durante a Lava Jato, como o terceiro com maior volume de contratos celebrados com a Petrobras, alcançando um total superior a R$ 20 bilhões ", diz nota do MPF.

De acordo com a nota, a operação contra a construtora trabalha em duas frentes. Por um lado, a força tarefa investiga a participação da Queiroz Galvão em "um cartel de empreiteiras que participou ativamente de ajustes para fraudar licitações da Petrobras". Pelo menos R$ 10 milhões foram pagos em propinas, segundo as investigações.

"Além dos ajustes e fraude a licitações, as evidências colhidas nas investigações revelam que houve corrupção, com o pagamento de propina a funcionários da Petrobras. Executivos da Queiroz Galvão pagaram valores indevidos em favor de altos funcionários das diretorias de Serviços e de Abastecimento".

Por outro lado, a Lava Jato também investiga se a construtora obstruiu a CPI da Petrobras, em 2009. "Há indícios, que incluem a palavra de colaboradores e um vídeo, de que R$ 10 milhões em propina foram pagos pela Queiroz Galvão com o objetivo de evitar que as apurações da CPI tivessem sucesso em descobrir os crimes que já haviam sido praticados até então", diz a nota.
Gasparense Ligado
02/08/2016 09:53
CONVENÇÃO TUCANOS/DEMOCRATAS E A SINCERIDADE

Não sabia da convenção deles ontem, descobri quando fui até a Caixa usar o autoatendimento e não achei vaga para estacionar. Eu que fui na convenção do PSD (mesmo sem vontade) só por consideração a um amigo o qual eu digo que apoio mas não terei vontade de votar, digo que tinha no mínimo o dobro de carros na convenção tucana ontem.

Acompanhando o Facebook hoje cedo, vi que um dos pré-candidatos deles (Paulo Filippus) já soltou o discurso final dela na página dele, e aí entra o que vim falar aqui. Acho que é isso que faz os outros partidos terem tanto medo da Andreia e seus aliados/seguidores, a transparência deles.

Primeiro, não pouparam de divulgar nada, não teve "segredinho" como imaginavam os outros partidos que parece que mandaram até gente pra filmar lá, que vergonha... Segundo, fizeram lista de presença e divulgaram números reais. E não como fizeram os meus vizinhos do PSD, no qual a foto mais cheia não tem mais de 80 pessoas, e divulgaram 250, vergonha também. Se assim fosse, os tucanos poderiam ter falado em 300/400 pessoas tranquilamente se quisessem. Se mentem até em números de participantes em convenção (algo supérfluo, tanto que os tucanos nem fizeram questão de divulgar no Facebook pra convidar mais pessoas), o que não são capazes de fazer para conseguir outras coisas no meio político?

É por isso que digo a esse meu amigo que a minha opção pra prefeita sempre foi a Andreia, ninguém me tira isso da cabeça. Já meu voto para vereador eu faço de conta que é dele, mas o que já não era, agora é menos ainda. Estou acompanhando os vereadores da chapa dem/psdb e provavelmente acabarei votando em um deles, porque todos eles seguem o mesmo perfil da Andreia de falar abertamente, sem jogos ou intenções políticas, e é isso que eu e minha família estamos procurando. A, e o slogan de campanha deles ficou ótimo, convenhamos. Entra dentro da nossa cabeça...
Herculano
02/08/2016 07:44
O ENCONTRO DE RO E VLA NA OCUPAÇÃO DA FUNARTE, por Mário Sérgio Conti, para o jornal Folha de S. Paulo

(Sala soturna de uma ocupação na Funarte. Paredes grafitadas, colchonetes encardidos, pilhas de cadeiras. Sentada no chão, Rosa tecla o celular quando chega Vladimir. Mal se entende o que falam.)

Ro: E aí, cara, fazendo o que aqui? Perdeu-se na neblina da guerra social? Veio visitar o cafofo da juventude dourada?

Vla: Nem vem. Vim ver como está a luta contra o golpe.

Ro: Sei, sei. Até ontem, você e o PT negavam verbas, diziam que éramos mimados e desocupados. Agora que a festa acabou, vem ver se recruta alguma ingênua para o seu grupelho patético. Lascou-se, mané. Você é casca e eu caroço.

Vla: Você sabe muito bem que nunca tivemos ilusões. Se apoiamos essa droga de governo foi para estar junto com as massas, viver com elas suas ilusões reformistas. E o que importa é que 30 milhões de pessoas melhoraram de vida.

Ro: Juro que não parecia. Vocês aparelharam o governo para cacifar o seu partidinho, isso sim. E pode me dizer onde estavam esses 30 milhões quando Dona Dilma desmoronou?

Vla: Nós ajudávamos os miseráveis, os feios. Enquanto isso, vocês espichavam a juventude. Fingiam de artistas e encenavam peças cada vez mais extremistas, mas com verbas do governo que criticavam. Eu a sério e você nem aí.

(Uma funcionária atravessa a cena, varrendo o chão de má-vontade.)

Ro: Esqueceu que o único ato radical desses anos, a insurgência, foi organizado por nós, gente nova, naquele junho?

Vla: Como esquecer? Na maior irresponsabilidade, começaram uma barulheira utópica e, na hora H, brincaram de black blocs. Entregaram o apocalipse à contrarrevolução. Você o pavio e o povo a pólvora.

Ro: E a esquerda revolucionária, onde andava? Pode deixar que respondo: ao lado dos tucanos, aplaudindo a PM que baixava o pau no povo rebelde. Você a raquete e eu a bola.

Vla: Nada disso, eu o pingue e você o pongue. Tivemos que nos adaptar, acumular forças para avançar. Não se inicia uma revolução sem ter quem a dirija. Eu princípio e você prazer.

(Uma dupla de arapongas da Abin, fantasiados de artistas, atravessa a cena sem prestar atenção no que dizem. Conversam: "o general Etchegoyen não come mel; come abelha". "Que bigode maneiro!".)

Ro: Você mente e eu me espreguiço. Esse papo de construir partido de elite nunca deu certo. Revolução se faz no dia a dia, com o que há à mão: os desamparados, os mestiços, as mulheres, os jovens, o lúmpen. Você é o efeito e eu a causa.

Vla: O que não existe é essa história de espontaneidade revolucionária. Só se começa a mudar as coisas ao tomar o poder de Estado. É preciso por a mão na merda. Você é o risco e eu o fósforo. Você é brisa e eu dilúvio.

Ro: Você não aprende, cara? Os teus amigos se venderam antes e depois de chegar ao poder ?"por viagens e vinhos, para andar em carrões com chofer, para comer secretárias?" e você acreditando na grande aurora. O que vale é o aqui e o agora. Existe no meio do tempo a possibilidade de uma ilha.

Vla: Pronto! Só falta você, logo você, dizer que o movimento é tudo e o fim, nada. É melhor recomeçarmos.

Ro: Já que não há liberdade sem luta, vamos lá, rumo ao futuro de uma ilusão.

Vla: Tentaremos de novo até o fim da dor. Você é o canto, minha sereia. Você é joia e eu joio.

Ro: Não tem jeito, eu também não aprendo. Somos sempre e nunca.

Vla: Você é o sonho.

Ro: E eu com sono.

(Assim falavam eles no galpão do que sobrou. Só a noite entendia suas palavras.)
Herculano
02/08/2016 07:38
ASSESSOR DE TEORI ESTÁ NO ABAIXO ASSINADO EM DEFESA DE LULA, por Severino Motta, de Veja

Assessor de Teori Zavascki em seu gabinete no Supremo, Manoel Volkmer de Castilho é um dos juristas que deixou seu nome no abaixo assinado em defesa de Lula entregue ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

Castilho é desembargador aposentado e antes de se transformar em assessor de Teori, em 2014, atuou com Zavascki no TRF da 4ª Região.
Herculano
02/08/2016 07:31
SINDICATO DA DÍVIDA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Associações de classe, em particular do Judiciário e do Ministério Público, insurgiram-se contra o projeto de lei que refinancia as dívidas dos Estados com a União, em condições amplamente vantajosas para os primeiros.

Com votação marcada para esta semana, a proposta dá aos devedores mais 20 anos para quitar seus compromissos, moratória de seis meses e descontos parciais nos pagamentos por um ano e meio. Até 2018, o Tesouro Nacional terá deixado de receber R$ 50 bilhões.

Não é no interesse dos contribuintes nacionais que as entidades do funcionalismo se mobilizam. O que desperta a reação das corporações, cujo lobby está entre os mais poderosos da política brasileira, é o que o projeto de lei complementar 257 tem de virtuoso.

Encaminhado ao Congresso em março, ainda na gestão da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), o texto estabelece, em contrapartida pelo socorro financeiro, nada mais que o controle e a correta mensuração das despesas com pessoal nos entes federativos.

Entre as regras arroladas, destaca-se a que manda contabilizar entre esses gastos os encargos com servidores terceirizados, inativos e pensionistas. Por singela ou até óbvia que pareça, a providência imporá restrições consideráveis às administrações regionais.

Graças a brechas que ora permitem a exclusão de tais itens, Estados e municípios embelezam seus balanços e se enquadram nos limites legais ?"na esfera estadual, a despesa com pessoal não pode ultrapassar 60% das receitas, com tetos para o Executivo (49%), o Judiciário (6%), o Legislativo (3%) e o Ministério Público (2%).

Num exemplo dramático, os gastos do Estado do Rio de Janeiro em 2014 subiriam, pela nova metodologia, de 43% para 63% da arrecadação, o que certamente espelharia com maior nitidez a urgência do ajuste das finanças do Estado.

Integrantes das categorias de magistrados, procuradores e policiais, diante da previsão sombria de ficar anos sem reajustes e contratações, apelam à enormidade de falar em risco para a Lava Jato.

Ameaçado nesse flanco vulnerável, o governo provisório de Michel Temer (PMDB) abriu negociação sobre o projeto. Este será, sem dúvida, um teste crucial para sua capacidade e disposição de fazer avançar reformas contra grupos de pressão organizados e influentes.

Recuos e concessões fazem parte do jogo democrático. Devem, porém, subordinar-se ao objetivo essencial de conter a dívida pública - bandeira que, infelizmente, é desprezada pelos sindicatos.
Herculano
02/08/2016 07:30
EM DEPOIMENTO, DOM LULONE BATE NA VELHA TECLA: NÃO SABIA DE NADA!, por Reinaldo Azevedo, de Veja

As negativas do ex-presidente não foram muito convincentes. A Justiça aceitou a denúncia contra ele por obstrução da investigação

Que coisa, né? Até os gramados de Brasília sabem que Delcídio Amaral (MS) era um dos interlocutores mais frequentes de Lula ?" o que colaborou, note-se, para que se tornasse líder do governo Dilma no Senado. Nada menos. Há muito tempo o agora ex-senador ocupava um lugar no palco central das operações partidárias de porão.

Lula, no entanto, decidiu contar outra versão no depoimento prestado ao Ministério Público em abril deste ano, no âmbito do inquérito que apurava a sua participação num esquema montado para tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró.

Em sua delação, Delcídio afirmou que a operação em que se meteu para silenciar o ex-diretor da Petrobras havia sido combinada previamente com Lula, coisa que o ex-presidente nega. Segundo o chefão petista, ele chegou, sim, a conversar sobre a Lava-Jato com o ex-senador, mas sem qualquer tentativa de interferência na investigação.

As negativas do ex-presidente não foram muito convincentes. A Justiça aceitou a denúncia contra ele por obstrução da investigação. Tornaram-se réus no mesmo processo o próprio Delcídio; Diogo Ferreira, que era seu chefe de gabinete; o banqueiro André Esteves; o advogado Édson Ribeiro; o pecuarista José Carlos Bumlai e seu filho, Maurício Bumlai.

Lula fez mais do que negar a sua participação na tramoia. Asseverou que mantinha relações puramente politicas com Delcídio; que seu ex-aliado está mentindo ao afirmar que lhe dera aval para se meter na "Operação Cala Cerveró" e que o então senador é que estava preocupado com seu amigos flagrados na operação.

A Justiça suspendeu também o sigilo sobre o depoimento de Lula. E lá está escrito:
"[Lula afirmou] que Delcídio dizia estar preocupado com as pessoas que estavam presas por ser amigo delas, como o Cerveró e outras; que o declarante não era amigo dessas pessoas; que não tem recordações das conversas com Delcídio sobre a Operação Lava Jato; que não se recordava da resposta que deu a Delcídio nessas conversas; que deve ter dito que todo mundo contratou advogado e está 'brigando' [pela causa]"

Em suma, estamos diante de uma das manifestações típicas do lulo-petismo: o chefão nunca sabe de nada.
Herculano
02/08/2016 07:24
LULA RÉU, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Para um ator político tão celebrado - em outros tempos - por sua argúcia e senso de oportunidade, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem colecionado série estonteante de erros e reveses. Com tantos tropeços, será surpresa se chegar a 2018 com sua candidatura de pé, como deseja.

Alguns dirão que a sucessão de embaraços nada mais é que o corolário de sua manobra mais desastrada, a escolha do "poste" Dilma Rousseff para concorrer a sucedê-lo no Planalto. Com a presidente afastada a ponto de sofrer a confirmação do impeachment, Lula estaria a debater-se para lustrar a própria biografia, ao menos perante a minguada torcida petista.

Isso explicaria, talvez, a retomada de peregrinações saudosistas a remanescentes de popularidade lulista, como o Nordeste. Bem mais difícil seria aplicar tal racionalização à canhestra iniciativa de denunciar o juiz Sergio Moro ao Comitê de Direitos Humanos da ONU por suposta violação de direitos.

A eficácia jurídica do gesto teatral é zero. Mesmo que o comitê desse razão a Lula, algo para lá de improvável, expediria quando muito recomendações inócuas ao Judiciário brasileiro. De certo, colheria só a antipatia da corporação de magistrados nacionais ?"o proverbial tiro no próprio pé.

Coincidência ou não, as labaredas produzidas pelo recurso internacional logo arrefeceram sob uma enxurrada de água fria com a elevação de Lula à categoria de réu. Não em Curitiba nem pelo algoz indigitado (Moro), mas por um juiz federal de Brasília, que considerou suficientes os indícios de tentativa de obstrução da Justiça no petrolão.

Recebimento de denúncia por um juiz não implica que haverá condenação, verdade; no plano político e eleitoral, contudo, não é fardo leve para se carregar. E Lula já conta com farta bagagem a onerá-lo no trajeto até 2018, do mensalão às nebulosas transações imobiliárias em Guarujá e Atibaia.

Por essas e outras, o ex-presidente amarga um índice de rejeição de 46% em pesquisa Datafolha realizada em meados de julho. É o pior desempenho entre possíveis candidatos na eleição presidencial.

O prestígio declinante de Lula ainda o levaria ao segundo turno, hoje. Mas, com tantos eleitores recusando-se a votar nele, para uma derrota quase certa, a prevalecerem as intenções ora indicadas.

Ele sai atrás em vários cenários sondados. Em dois deles, com desvantagem fora da margem de erro.

Mesmo revelando-se, ao final, um estrategista desajeitado, Lula nunca perderá o vezo do cálculo político. Não será surpresa se, acossado pela Justiça, o ex-presidente chegar à conclusão de que seu crédito eleitoral se esgotou.
Herculano
02/08/2016 07:22
O PERSEGUIDO VIRA RÉU, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Pelo andar da carruagem, Lula pode ir preparando novos habeas corpus preventivos

Na quinta-feira passada Lula da Silva foi se queixar à ONU de que está sendo perseguido no Brasil pelo juiz Sérgio Moro. Se tivesse esperado mais algumas horas, poderia ter incluído na reclamação o juiz substituto da 10.ª Vara Federal do Distrito Federal, Ricardo Leite, que teve a ousadia de, na sexta-feira, transformá-lo em réu por tentativa de obstruir investigação da Lava Jato. O chefão do PT perdeu, assim, uma excelente oportunidade de enriquecer a fabulação apresentada à Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas e ao mundo, de que está sendo vítima de uma conspiração da Justiça brasileira e outras forças do mal para impedir seu retorno à Presidência da República em 2018. O ex-presidente que logrou a proeza de conciliar a condição de protetor universal dos fracos e oprimidos com a de amigo do peito de banqueiros, empreiteiros e oportunistas de outras extrações, foi pego de surpresa por sua estreia na condição de réu, mas tentou disfarçar fazendo troça: "Se o objetivo é me tirar de 2018, isso não era necessário. A gente poderia escolher outro candidato".

Pelo andar da carruagem, Lula pode ir preparando novos habeas corpus preventivos como o que tentou criar à custa da ONU, bem como outras tiradas de pretenso humor para mostrar que nada o faz perder a pose, porque a denúncia do juiz de Brasília que o tornou réu pode ser a primeira de uma série que faria jus a sua bem-sucedida carreira de chefão da quadrilha que nos últimos anos se dedicou a assaltar os cofres públicos como nunca antes na história deste país.

O exemplar trabalho de investigação criminal simbolizado pela Operação Lava Jato está na iminência de corrigir a enorme injustiça cometida pelo julgamento do mensalão. Naquela época, colocou-se na cadeia apenas o estado-maior do escândalo de corrupção, poupando-se o verdadeiro chefe da quadrilha, que passou a dedicar-se a projetos mais ambiciosos, como o petrolão.

Se existe hoje alguma unanimidade entre os brasileiros, é a de que a corrupção é o maior problema do País, até porque está na raiz do descontrole das contas públicas que precipitou a recessão econômica com todas as nefastas consequências sociais. A corrupção, que era renitente, mas episódica, atingiu nos governos petistas nível sem precedentes. A Lava Jato o comprova.

Mas é a corrupção dos valores políticos, imposta pelo populismo irresponsável do lulopetismo, a razão principal do desastre que o País vive. Com seu verbo fácil e sedutor embalado pelo marketing social de programas de grande apelo popular, mas, como restou provado, sem sustentabilidade econômica, Lula conseguiu por alguns anos manter a pose de campeão das causas populares e vender no exterior a versão de que tinha acabado com a fome e as desigualdades no Brasil.

Megalômano e, como tal, apegado às aparências - marca inconfundível do populismo -, Lula dedicou-se à construção de um país à sua imagem e semelhança: um gigante com pés de barro. Avesso ao estudo, ao qual jamais se dedicou, guiou seus passos pela intuição e sensibilidade, que deram substância a sua condição de político esperto, e transferiu para seus principais programas de governo os valores que cultivou ao longo de sua formação.

Como líder sindical, aprendeu que não é o entendimento, mas o confronto, que garante conquistas. E passou a aplicar esse princípio vida afora, dividindo o País entre "nós" e "eles".

Como presidente, enquanto tecia uma teia de relacionamentos que viriam a pavimentar sua própria escalada social, Lula tratou de oferecer aos brasileiros de baixo poder aquisitivo aquilo que entendia que eles mais precisavam: crédito farto e fácil. Quando a farra acabou, os "milhões de brasileiros que ascenderam à classe média" se deram conta de que haviam comido todo o peixe e não sabiam como pescá-lo.

Por esse crime Lula já está pagando com a vertiginosa queda de seu prestígio popular. Pelos previstos na lei penal, terá que se haver com a Lava Jato.
Herculano
02/08/2016 07:15
A POLÍCIA FEDERAL ESTÁ NAS RUAS EM VÁRIOS ESTADOS PELA LAVA-JATO.
Herculano
02/08/2016 07:03
ESPIONAGEM SEM NEXO

Ontem a noite o PSDB de Gaspar fez a sua convenção para homologar a candidatura de Andreia Symone Zimmermann Nagel, com o Charles Roberto Petry, do DEM.

Quem foi lá, jura tem tinha espiões de outros partidos infiltrado e tudo gravavam.

1. A convenção não era um ato público de campanha? Então qual segredo gravavam?

2.Se os "espiões" estavam atrás do discurso da candidata Andreia, ele já está no Youtube. Não é mais segredo e ainda mais nesta época de mídias sociais intensas.

3. O que deve ter preocupado os que foram lá ver se realmente Andreia seria candidata, foi a presença maciça, o prestígio que atraiu dois senadores da República e a participação dos presentes.
Herculano
02/08/2016 06:53
LULA QUER EXÍLIO PARA DENUNCIAR 'PERSEGUIÇÃO', por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Petistas ilustres afirmam que o ex-presidente Lula cogita de novo sair do Brasil e pedir asilo a um país "amigo". A decisão de denunciar o juiz Sérgio Moro à ONU faz parte da estratégia de buscar "solidariedade internacional" contra a "perseguição das elites". A família prefere viver na Itália, onde sua mulher Marisa e os filhos já têm cidadania. Lula tenta agora estreitar relações com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, que disse admirá-lo e o recebeu em almoço em junho de 2015.

FATOR SANTANA
A decisão de Sérgio Moro de soltar o casal João Santana foi vista no PT como mau sinal: pode precipitar o impeachment e a prisão de Lula.

COMPROMETEU GERAL
Lula foi alertado que a delação de João Santana e Mônica Moura compromete profundamente Dilma e sobretudo Lula.

INTERPOL NA COLA
Amigos mais sensatos avisaram a Lula sua saída do Brasil pode ser interpretada como fuga, o que o deixaria sujeito a caçada da Interpol.

MELHOR A EUROPA
Lula poderia escolher Bolívia, Cuba, Equador, Venezuela ou Uruguai, governados por "amigos", mas ele prefere, é claro, a Europa.

ELEIÇÃO EM BELO HORIZONTE TERÁ 'POSTE DO POSTE'
O atual prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), foi "poste simultâneo" do PSDB e PT, ao receber o apoio do tucano Aécio Neves e do petista Fernando Pimentel, atual governador. Oito anos depois, pela "bola sete" da popularidade, Lacerda lançou o próprio "poste" para concorrer à sua sucessão: como ele no início, o engenheiro Paulo Brant é um desconhecido do eleitor: tem 1% das intenções de voto.

SO E DESFALCADO
Agora, o prefeito Márcio Lacerda, que já não tinha o PT, ficou sem o PSDB também. Está só, pendurado na brocha e desfalcado.

O PSB VAZA
Parte do PSB de BH já apoia o candidato do PSDB, João Leite, e na vizinha Contagem, o PSB de Lacerda apoiará o candidato do PSDB.

TUCANOS COM PSB
Em Contagem, o candidato estreante Alex de Freitas (PSDB) recebeu toda a cúpula do PSB em seu palanque, neste final de semana.

QUADRILHA COM CNPJ
Fontes policiais suspeitam da crescente influência, na política do Nordeste, do grupo criminoso que controla presídios. Eles tentam lavar dinheiro investindo em transporte coletivo, de linhas legalizadas.

PRESSÃO POR CARGOS
Irmão do ministro Geddel Vieira, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB) critica a pressão de parlamentares por cargo no governo. "O Congresso é terrível. Fica todo mundo pressionando", afirma.

NETO BEM NA FOTO
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que deve ser reeleito, deve disputar o governo da Bahia em 2018, varrendo o PT do comando político do Estado. Neto também pode virar vice em chapa presidencial.

RELAT?"RIO PRONTO
Está prontinho da silva o devastador relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) reiterando o impeachment. Metódico, organizado, o relator o concluiu nesta segunda-feira (1º), ao meio-dia.

CAMPANHA ABERTA
Os bastidores da Câmara já se movimenta em torno da sucessão de Rodrigo Maia, em fevereiro do próximo ano. O líder do PMDB, Baleia Rossi (SP), do grupo de Michel Temer, é candidatíssimo.

DIREITO À INFORMAÇÃO
A Câmara se recusa a fornecer o endereço de Eduardo Cunha, que se mudou para apartamento de 200 metros na Asa Sul. Diz que não fornece endereço pessoal dos deputados. Mas a moradia é funcional.

NA MARCA DO PÊNALTI
Avança a apuração desvios milionários no Banco do Nordeste. O Ministério Público Federal avalia denunciar o envolvimento do deputado José Guimarães (PT-CE), que controlava o banco na era petista.

TOMADO DE PETISTA
O deputado Paulinho da Força (SD-SP) acredita que o governo enfrentará problemas em votações neste semestre. "O governo não se desfaz dos petistas", diz. Para piorar, tenta isolar o centrão.

PERGUNTA NA VILA OLÍMPICA
Arremesso de Peso é aquela modalidade esportiva que os senadores estão prestes a praticar, no julgamento de Dilma?
Herculano
01/08/2016 22:01
PSDB LANÇOU OFICIALMENTE ANDREIA CANDIDATA A PREFEITA DE GASPAR

Agora é oficial. A convenção do PSDB lançou agora a noite no auditório lotado do Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, no Centro de Gaspar, a candidatura da professora e vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel a prefeita para as eleições municipais de dois de outubro.

Já o DEM confirmou o também professor e suplente de vereador Charles Roberto Petry, como o vice de Andreia e nominou a coligação como "Sim, nós podemos mudar".

A homologação esteve muito concorrida. Além do presidente estadual do partido, Marcos Vieira, estiveram nela, dois senadores: Paulo Bauer e Dalírio Beber.
Herculano
01/08/2016 20:34
ACIONADO NA ONU, MORO LECIONA TÁTICA PARA LULA, por Josias de Souza

Acusado no Comitê de Direitos Humanos da ONU de cometer arbitrariedades na Lava Jato, o juiz Sérgio Moro deu uma lição de tática a Lula, seu detrator. Contra a vontade da Procuradoria da República, o doutor mandou soltar o marqueteiro do PT João Santana e a mulher dele, Mônica Moura.

Representante de Lula na ONU, o advogado Geoffrey Robertson, um australiano que se estabeleceu no Reino Unido, tachou de "primitivo" o sistema penal brasileiro. Declarou que "o juiz tem o poder de deter indefinidamente até obter uma confissão e a delação premiada."

Pois bem. Sem ter firmado nenhum acordo de delação, Santana e Mônica já confessaram ter recebido US$ 4,5 milhões em verbas ilegais por serviços prestados ao comitê Dilma- 2010. Ganharam o meio-fio sem tornozeleira. Devem virar delatores em liberdade. Longe das grades, entregarão Dilma - guiçá o próprio Lula - em troca de redução da pena.

Moro deixou claro que a pena virá. E pode ser dura. O juiz não comprou o álibi do caixa dois. "?Não é provavelmente verdadeiro e ainda que o fosse não elimina a responsabilidade individual." Acrescentou: "Se um ladrão de bancos afirma ao juiz como álibi que outros também roubam bancos, isso não faz qualquer diferença em relação a sua culpa", anotou o juiz da Lava Jato num de seus despachos.

De resto, a maleabilidade de Moro revelou-se seletiva. O magistrado liberou Santana e Mônica. Mas manteve presos, a título de fiança, R$ 31,5 milhões. Lula que se vire para explicar na ONU por que "não sabia'' que os responsáveis pelo marketing das campanhas presidenciais do PT haviam se transformado em clientes tão prósperos do sistema penal "primitivo".
Herculano
01/08/2016 20:28
PARA COMBATER O TERRORISMO, É PRECISO APRENDER A RESPEITAR OS TERRORISTAS, Luiz Felipe Pondé, filósofo, para o jornal Folha de S. Paulo

Outro dia ouvia uma famosa música cantada por uma famosa cantora e escrita por um famoso compositor que dizia mais ou menos o seguinte: "Nada nunca se conseguiu nem se conseguirá com violência...".

Parei e me perguntei: como fulano, compositor e cantor tão competente, pode escrever uma coisa idiota como essa?

Daí me lembrei que esse tipo de dificuldade cognitiva é comum em artistas, intelectuais e afins (gente que julga o mundo pelos dois livros que leu ou pela música que escreveu ou pela tese que defendeu na universidade).

Você também tem dificuldade de ver a realidade? Também projeta sobre ela essa doce autoimagem de pessoa boa e preocupada com os refugiados na Europa?

Ou é capaz de lembrar que, apesar de ser a favor das leis trabalhistas, demite sua empregada quando o FGTS fica caro? Eis um bom teste de caráter. És capaz de reconhecer isso, ou omites tal fato diante das câmeras e dos jantares inteligentes?

A ideia de que nada nunca se conseguiu ou se conseguirá com violência é de um tal absurdo que apenas um grave retardo mental pode levar uma pessoa a pensar isso.

Nem tudo, mas grande parte do que se conseguiu na história do sapiens foi conseguido com violência. Inclusive coisas que os bonitinhos se derretem e acham tão valiosas, como direitos humanos, democracia, liberdades individuais, ciência. O "diálogo" consegue muita coisa enquanto as pessoas não começam a brigar a sério por nada.

Aliás, um pequeno reparo profético: estou seguro de que, no futuro, olharão para nossa fé obsessiva na democracia como olhamos para os medievais e sua fé na leitura das vísceras dos animais. Rirão de como pudemos, um dia, levar tão a sério a soberania popular. No dia em que descobrirmos como limitar o poder (maior ganho efetivo da democracia) sem perder tempo com a soberania popular, a democracia acaba.

De volta à ideia absurda de que nunca nada se conseguiu ou se conseguirá com violência. Como diz um amigo meu esquisito, esquecemos que, para se sair dando "bom dia!" por aí, muito sangue correu na história da humanidade. A civilização é um exercício contínuo de violência, com ou sem sangue, sobre as pessoas e seus grupos de pertencimento.

Em tempos de terrorismo na Europa (ainda que a imprensa alemã minta, evitando reconhecer o terrorismo em seu território, com medo, justificado, de que isso cause pânico social diante dos milhões de refugiados sírios que a Alemanha acabou de importar), muita gente começa a despertar do longo delírio que foi esse parque temático humanista europeu das últimas décadas. A primeira coisa a ser feita no combate ao terrorismo é aprender a respeitar os terroristas e não vê-los como "vítimas sociais".

Os europeus esqueceram que o humanismo moderno é uma peça de publicidade oriunda de um debate teológico acerca do pecado original nos séculos 16 e 17. Nem a natureza humana "pecadora" existe nem a natureza humana "boa" do humanismo existe. A história é, sim, feita de sangue. E, muitas vezes, por "boas causas".

Antes que algum inteligentinho diga que sou a favor da violência, lembremo-nos de algo. Não se trata de ser a favor ou contra nada, trata-se de olhar a história e a vida real e perceber que, para que você desfile na Paulista de bike, no Iguatemi com seu Visa ou na Vila Madalena com seu Buda, muito sangue correu, corre e correrá no mundo.

Os intelectuais e afins, que deveriam nos ajudar a compreender o mundo, estão há décadas pregando concepções de mundo por aí, alheios à realidade das pessoas reais.

Ocupados com sua vaidade moral evidente, querem passar a ideia de que são pessoas boas e com bons sentimentos. Mentira. Por exemplo, ninguém detesta mais "o povo" do que artistas e intelectuais. Um professor de universidade que seja obrigado a conviver com o povo tomaria remédio contra náuseas todos os dias.

Desistimos, nós intelectuais, há décadas, de compreender o mundo. Optamos por vender ideias que façam as pessoas pensarem boas coisas de si mesmas. De certa forma, grande parte de nós produz autoajuda empacotada com palavras bonitas e elegantes.
Herculano
01/08/2016 17:47
LETÍCIA SABATELLA, SEGUNDO ELIAS CANETTI, por

Por Mario Sabino

Letícia Sabatella causou confusão ao meter-se numa manifestação pró-impeachment de Dilma Rousseff, em Curitiba. A atriz disse que estava apenas passando pela praça onde se concentravam os manifestantes e parou para conversar com uma senhora. Letícia Sabatella afirmou que se encaminhava a outra manifestação, contra Michel Temer, marcada para o mesmo horário. A atriz foi hostilizada e acabou na polícia, para se queixar dos xingamentos que recebeu. Por ser famosa, ganhou a atenção da TV e da imprensa em geral.

É claro que se tratou de uma provocação de Letícia Sabatella. Assim como colegas seus igualmente esquerdistas, ela quer mostrar como a direita é "fascista" e o "país está dividido". Na verdade, qualquer massa, não importam as motivações que levaram à sua formação, é refratária àqueles que vê como adversários ao seu crescimento, como explica Elias Canetti, no admirável Massa e Poder: Escreveu ele: "Dentre os traços mais notáveis na vida de massa encontra-se algo que se poderia denominar um sentimento de perseguição, uma particular e irada suscetibilidade e irritabilidade em relação àqueles que ela caracteriza definitivamente como inimigos. Façam estes o que quer que façam - comportem-se eles com rispidez ou simpatia, sejam solidários ou frios, duros ou brandos -, tudo é interpretado como proveniente de uma inabalável malevolência, de uma disposição hostil à massa: um propósito já firmado de, aberta ou dissimuladamente, destruí-la".

Desse modo, a aparição de Letícia Sabatella na manifestação em Curitiba não poderia resultar em outra coisa que em insultos à atriz. O mesmo ocorreria se Regina Duarte resolvesse dar uma paradinha numa manifestação petista. Ela também seria vista como uma figura ameaçadora e, portanto, passível de ser xingada ou vaiada. Não é necessariamente fascista hostilizar quem discorda da massa no ambiente em que ela se concentra e quer se ampliar. A massa obedece a mecanismos internos próprios (desnudá-los é o escopo do estudo de Elias Canetti) e o uso que se faz dela é que pode ser classificado de fascista, totalitário de esquerda - o que dá na mesma - ou democrático.

Ninguém precisa ler Massa e Poder para saber que Letícia Sabatella quis provocar. Mas quem leu Massa e Poder sabe que os desaforos que ela recebeu não foram uma demonstração fascista, por piores que tenham sido. A massa é um organismo que rejeita corpos que lhe são estranhos.

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