Senhor Editor - Jornal Cruzeiro do Vale

Senhor Editor

30/05/2008 00:00

 SIM, somos cidadãos

Lamentável a "operação" que isolou o bairro Arraial comandada pelo advogado Aurélio Marcos, procurador geral do município, dia 10 de maio, quando acompanhado do sr. Rudnei Cavalheiro, radialista e também assessor da atual administração, abriu uma vala, sob a alegação de estar procurando cano estourado, quando na verdade, nem rede de água da SAMUSA passa por aquele local.

Porém, mais lamentável é ver pessoas que antes criticavam ferrenhamente a atual administração, agora como seus assessores a defendem sistematicamente, tratando cidadãos honrados de "Maria das Couves" e "Zé Marias".

Não aceitamos nenhum destes termos pejorativos, porque somos cidadãos dignos, esclarecidos e conscientes de nossa condição de portadores de direitos e garantias consagrados pela constituição brasileira. Possuímos identidade e vivemos numa comunidade.

Somos cidadãos que não se rendem pela força da ameaça, ou pela oferta de vantagens advindas das coxias do poder, que aceitas, tornam-se eficazes "cala-boca" dos desprovidos de caráter, senso de cidadania e dignidade.

Não trocamos nossa dignidade por ofertas de emprego, nem por afagos efêmeros, como se mercadoria fosse. Nossos direitos não podem ser usurpados por quem quer que seja com sucessivos atos de suposta exacerbação do uso do poder. Este, o poder, deve ser usado nos limites da lei, a fim de não se ferir os mais comezinhos princípios do Estado Democrático de Direito. Queremos a apuração justa, rápida e eficaz, de possível uso da máquina e recursos públicos para atingir objetivos aparentemente inócuos, como o deslocamento da máquina do SAMUSA ao local para a procura de rede de água, onde não há rede. Que se apure o responsável pelo deslocamento de uma guarnição da Guarda de Trânsito ao local; que se apure qual a relação da procuradoria geral do município com aquela "operação" do SAMUSA, que justificasse a presença do procurador geral do local.

Que sejam apurados todas as possíveis irregularidades cometidas na referida operação, principalmente o fato de deixar toda uma comunidade isolada, ferindo o sagrado direito de ir e vir, bem como os gastos com a inoperante operação, a fim de verificar se as autoridades responsáveis cometeram ato de improbidade administrativa.

 

 

Joseane dos Santos,

Ana Paula Schmitz e

José Valdomiro dos Santos

Moradores do Arraial Baixo

 

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