Senhor editor - Jornal Cruzeiro do Vale

Senhor editor

17/10/2008 00:00

Nota do editor
Recebemos, semanalmente, dezenas de cartas endereçadas à redação do Cruzeiro do Vale, com os mais diferentes temas e abordagens a respeito de nossa comunidade. Como exigência, solicitamos o número de RG ou CPF e um telefone para contato, para possível confirmação posterior. Na última semana, recebemos através do contato direto de nosso portal na internet (www.cruzeirodovale.com.br) uma denúncia que envolvia o Posto de Saúde do bairro Gasparinho Quadro. O contato preenchia todos os requisitos, como a identificação completa, telefone e e-mail para contato. Como de praxe, encaminhou-se o texto para a edição, correção e finalização e, por um problema de prazo para o fechamento, não foi feita a referida checagem para a veracidade e confirmação do telefone, confiando-se no nome que assinou a referida carta, por ser de uma pessoa idônea. Trata-se de um verdadeiro exemplo de uso da má fé, pois o autor da carta usou o nome de uma moradora para emitir uma opinião pessoal sobre tema público.
A partir deste incidente, estaremos intensificando a checagem dos dados e a confirmação dos autores das correspondências, para garantir a idoneidade de todos os leitores e zelar pela credibilidade deste jornal.
Sandro Galarça|Editor-chefe do Cruzeiro do Vale

Senhor editor,
Acompanho este prestigioso meio de comunicação, desde a sua fundação.
Leio com muito interesse todas as suas edições, inclusive já tive várias cartas publicadas, sobre assuntos diversos.
Sou assinante há muitos anos e já fui anunciante, tudo isto demonstra minha admiração e estima por este Jornal.
Porém, tenho a relatar um fato gravíssimo ocorrido na edição nº 1039 dos dias 14 a 16 de outubro, na página 2 - DENÚNCIA DO LEITOR.
Nesta denúncia, alguém de forma muito inescrupulosa e covarde, reclama do atendimento do Posto de Saúde do bairro Gasparinho Quadro, e assina a denúncia com o nome de minha irmã: NORMA DAGNONI.
Diante do fato acima descrito, temos a analisar as seguintes questões:
1 - Por se tratar de uma denúncia grave contra uma entidade pública, em primeiro lugar é de inteira respondabilidade do Jornal, antes de publicar tal denúncia, a identificação total e inequívoca do autor da mesma, com nome completo, endereço residencial ou profissional, telefone, CPF e Identidade, como é de praxe em todos os jornais sérios deste país, para que nenhuma dúvida paire sobre o verdadeiro autor.
2 - Também é de inteira respondabilidade deste Jornal a apuração dos fatos, antes de sua publicação, para atestar sua veracidade, se é pura intriga política ou rixa pessoal.
Como bem podemos comprovar, nada disto foi feito, pois a denúncia foi publicada sem os devidos cuidados e isto está trazendo muitos constrangimentos para minha irmã, que é uma pessoa honesta, mãe de família e excelente trabalhadora.
Inclusive ela me falou que tem utilizado mensalmente os serviços do Posto de Saúde e tem sido muito bem atendida, não tendo verificado nenhuma queixa de outros vizinhos que também utilizam os serviços médidos desta unidade.
Outrossim quero destacar que nossa família não tem nenhuma motivação ou interesses políticos a defender, nunca pleiteamos cargos ou homenagens de qualquer tipo ou teor, muito pelo contrário, sempre pautamos nossa conduta na observância dos princípios morais, éticos e religiosos, de forma a ter uma vida pacífica e harmoniosa com todos os gasparenses.
Todas as nossas conquistas são frutos de muito trabalho árduo, honesto e laborioso, do qual muito nos orgulhamos, pois temos a graça de ainda ter conosco o exemplo vivo de nossa querida mãe e honramos a herança recebida de nosso saudoso pai - Fausto Dagnoni, que com suas mãos calejadas e com seu suor muito nos legou por sua dignidade e amor paterno, ensinando-nos o respeito e a ajuda fraterna entre os irmão, abominando sempre a covardia de quem se esconde atrás do anonimato, ou muito pior a utilização covarde do nome de outra pessoa.
Para concluir, quero destacar que se minha irmã ou qualquer membro de minha família tivesse qualquer queixa a ser feita, teríamos procurado diretamente as pessoas responsáveis e teríamos relatado os fatos pessoalmente, sem ter se utilizado de métodos covardes, obscuros e mesquinhos.
Espero que este jornal zele mais pelo prestígio do veículo de comunicação e principalmente pela honra e dignidade das pessoas e passe a ter mais cuidado em suas próximas publicações, pois isto é muito sério.
Também quero destacar que de nossa parte não é necessário descobrir quem foi o verdadeiro autor desta denúncia, pois isto não leva a nada e o mesmo não é merecedor de qualquer respeito e consideração, muito pelo contrário, é um ser humano perturbado e que requer muita piedade e compaixão, pois tem muito ainda a evoluir neste mundo de miséria em que vivemos nós seres humanos.
Ele por si só já deve estar se autoflagelando em sua consciência, pois não terá paz em seu íntimo e terá que conviver com seus conflitos internos até o fim de seus dias.
Saudações|Ademar Antonio Dagnoni
Gaspar

Senhor editor,
Em resposta à carta enviada supostamente por uma moradora do bairro Gasparinho, publicada na edição nº 1039, de 14 a 16/10/08 do Jornal Cruzeiro do Vale, temos algumas considerações a tecer sobre seu manifesto.
Entendemos o descontentamento e insatisfação com a política, trata-se de um sentimento quase que coletivo, afeto a grande parte da população, muitas vezes decorrente de promessas não cumpridas, de favoritismos e por vezes, do simples esquecimento dos eleitores. E esses sentimentos tomam vulto principalmente nos períodos pré e pós-eleições, como o de agora.
Todavia, não se pode atribuir à política, ou aos políticos, todas as mazelas que ocorrem em nossos lares ou em nossos bairros. Existem bons e maus políticos, existem a política que cumpre sua função social (fins voltados para a coletividade) e a que é desvirtuada (como fins voltados para interesses particulares), é preciso separar o joio do trigo. Entretanto, nem todas os atos administrativos (atos estes realizados pelas pessoas que representam a administração pública) têm cunho político, grande parte dos atos tem caráter apenas administrativo.
No fato mencionado pela referida carta - a transferência de um enfermeiro do Posto de Saúde do Gasparinho por motivos políticos - podemos afirmar que o mesmo não ocorreu por razão política. A transferência do profissional deu-se em virtude de diversas reclamações prestadas por outros moradores do bairro, também usuários dos serviços prestados pelo Posto de Saúde.
Esclarecemos que as diversas reclamações sobre o procedimento do aludido enfermeiro, foram levadas ao conhecimento do vice-presidente do Conselho Local de Saúde, Sr. Taurino Bernardino Andrade, e às Associações dos Moradores dos bairros Gasparinho Quadro e Gaspar Mirim, que comunicaram o ocorrido à Secretária de Saúde, sra.Teresa da Trindade, que tomou as medidas administrativas preventivas cabíveis.
Às vezes é necessário deixar a amizade e o bem querer de lado (para não comprometer a imparcialidade do julgamento) e se ater a qualidade do profissional, afinal, estamos falando de saúde e todos desejam o melhor!
Aproveitando a oportunidade, queremos agradecer a preocupação manifestada pela referida carta, convidando seu (a) autor (a) convidando-a juntamente com os demais moradores do bairro a participarem, ativamente, das reuniões promovidas mensalmente pelas Associações de Moradores dos Bairros.
Carlos Eurico Fontes (Zuza)
Presidente da Associação de Moradores do Gasparinho Quadro
Marcelino de Oliveira
Presidente da Associação de Moradores do Gaspar Mirim

Senhor editor,
Li a reportagem do jornal, edição 1038 de 10 a 13 de outubro, sobre o dia do deficiente físico. Achei muito interessante e acho de extrema importância lembrar e mostrar a luta de um portador de deficiência física para a sociedade. Devemos sempre ter objetivos na vida e lutar por eles, e sei que é esse o objetivo de cada portador de necessidades especiais e também de sua família. Pois ele aprende algo que nós, ditos "normais" jamais saberemos que é dar valor a nossa vida ao nosso corpo.
Mas o que me deixou chateada, é saber que temos tantos portadores de deficiência física em Gaspar e não temos uma Associação que possa os apoiar. Sou professora de uma escola especial, amiga e participante da comunidade surda de Gaspar e Blumenau, sei que existem outras inúmeras deficiências, sei também de toda a luta que existe para poder ser um cidadão aceito pela sociedade.
Este ano tive a imensa oportunidade de participar do PARAJASC junto da delegação de Blumenau, realizado na cidade de Chapecó, na qual, foi uma das maiores oportunidades da minha vida, tanto na vida profissional como pessoal.
Nos jogos, vi esportes e pessoas superando dificuldades que jamais pude imaginar. Você já se imaginou de olhos vendados, jogando futebol e tendo que confiar e se jogar no chão, num simples apito ou na voz de uma pessoa? Pois era assim que funcionava no Goll Ball - futebol de cegos.
E o basquete de cadeirantes? Nossa... se com o corpo "perfeito" já é difícil, imagine nas cadeiras! A corrida dos cegos...e a bocha dos cadeirantes? Esse foi o que mais me tocou, muito incrível. Entre muitos outros esportes, que infelizmente não pude ver. Esses jogos me ensinaram a ver a vida com outros olhos, a reclamar menos quando não consigo realizar algo, a ficar mais feliz com uma simples conquista, a agradecer cada dia a mais de vida. Lá realmente aprendi que o importante não sair com a vitória e sim participar, dando o máximo de si.
A única coisa que senti falta nos jogos, e não fui só eu, pois muitas pessoas também me perguntaram, foi da delegação da nossa cidade.
Agora vejam só, uma cidade com cerca de 50 deficientes físicos, muitos surdos, que sei que são bastantes e que participam da Associação de Surdos de Blumenau, cegos também e não teve nenhum participante.
É triste, porque nossa cidade nem é tão pequena assim. Nos jogos, conheci muitas pessoas de outras cidades bem pequenas, na qual nem imaginava que pudesse existir. Hoje quando entro num ônibus, ando numa calçada, ou por mais simples que seja atividade, sempre imagino como um cadeirante ou qualquer outro portador de deficiência viveria a situação. Porque não são todas as calcadas que são largas, que tem rampas, é o principal que ainda falta muito em algumas pessoas, o respeito, algo que não se compra, se adquiri... o respeito ao próximo!
Acredito que a comunidade deveria olhar um pouco mais pela sua cidade e procurar saber mais sobre quem são seus cidadãos. Dedico esse texto a todos os portadores de deficiência física e todas as outras deficiências e digo que não percam nunca essa garra e vontade de lutar pelos seus espaços e direitos!
PARABÉNS pelo seu dia e PARABÉNS também a nós professores!
Juliana Pereira Mabba|Gaspar

 

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