O leitor opina - Jornal Cruzeiro do Vale

O leitor opina

03/09/2010 08:35

Duplicação da BR-470
?A questão da BR470 passa a ser prioridade e em dois anos vou duplicá-la?. A frase é da presidenciável e foi pronunciada há dias atrás. Trafego diariamente pela via e na quinta-feira do acidente em que morreu um gasparense, sai de Timbó às 16h30 e cheguei em Gaspar às 19h, trecho que teria que fazer em no máximo 50 minutos. Como diz o Bóris Casoy: Isso é uma vergonha. Se a obra for do tipo do viaduto da Mafisa estamos fritos. Infelizmente Santa Catarina não tem o tratamento que merece na esfera do governo federal, tudo aqui se arrasta, e dá-lhe pagar imposto. Até quando este povo vai tolerar isto? E ainda tenho que ouvir que esse é o ?cara?.
João M. Rudolfo Jr | Gaspar

Senhor editor,
Eu, João Vilmar Vieira, o popular Paraná, morador da comunidade Vila Nova, em Ilhota, venho agradecer publicamente as ações da secretaria de Saúde do meu município pelos serviços públicos prestados a comunidade.
O que me leva ao agradecimento é o atendimento oferecido ao meu filho Gilson Vieira, de 15 anos, que recentemente passou por mais uma etapa da complicada cirurgia ?lábio leporino?, pois nasceu com essa deformidade e hoje vive feliz com o sucesso da operação. Realizamos a cirurgia em Joinville e desde então a nossa secretaria de Saúde sempre nos atendeu muito bem. Somos uma família humilde e provamos que filho pobre também pode ter os benefícios da cirurgia plástica. Meu filho se recupera muito bem e pedimos para as pessoas nunca desistam dos sonhos e acreditem sempre nos serviços públicos.
Vivemos uma nova era em nossa cidade. Temos uma saúde de qualidade com excelentes profissionais. Sempre fui muito bem atendido pelo serviço público e agradeço a Deus por esses iluminados que estão ao lado do povo. Agradeço ao Dr. Humberto Bez Batti, que realizou a cirurgia, à secretária da Saúde de Ilhota, Jocelene da Silveira, Lavino e aos motoristas da ambulância. A todos vocês, muito obrigado e que Deus os abençoe.
João Vilmar Vieira | Ilhota

Vacina Anti-Rábica

Foi um sucesso a campanha realizada com a população gasparense para a vacinação contra a raiva, promovida pela Agropecuária Gaspar no último sábado, dia 28 de agosto de 2010, na Margem Esquerda. Informamos que foram vacinados 147 animais entre cães e gatos. Além da venda e doação de cãezinhos. Um evento diferenciado na cidade e de grande utilidade pública.
Francisco Censi | Gaspar

BR-470
 Muito embora eu concorde com a necessidade de duplicação da BR-470, não acho que se possa culpar a atual formatação da rodovia pelos acidentes ocorridos. Estes são muito mais de responsabilidade dos motoristas imprudentes do que da rodovia em si. Nas diversas ocasiões em que tenho ali transitado, presenciei atos de imprudência absolutamente revoltantes, que ultrapassam em muito os limites da lei de trânsito e do bom senso. Acho importante esclarecer que a duplicação de BR-470 se faz necessária sim, porém mais para atender ao aumento do fluxo de veículos do que pela sua segurança, pois se respeitada a sinalização, ela é até bastante segura.
Paulo Zimmermann | Gaspar

Dolores Krauss
Professores, funcionários e membros da APP da Escola Dolores Krauss repudiam de forma veemente a carta ?Milagre com o dinheiro dos outros?, de Aline Marques Oliveira, publicada no Jornal Cruzeiro do Vale, edição nº1225, de 31 de agosto de 2010.
Questionar determinados encaminhamentos de uma escola, de uma comunidade é legítimo e cada cidadão tem este direito. Sabemos que nem todos são favoráveis a rifas, bingos e outras contribuições voluntárias, mesmo que as decisões sejam da APP e o objetivo seja para promover melhorias, como é caso da Escola Dolores Krauss.  Mas, fazer disto um motivo de calúnia e difamação é inaceitável. 
Somos prova diária que a gestão conduzida pela senhora Maria Leonor Darós, conhecida carinhosamente por ?Dona Leonor?, é democrática, participativa, ecomprometida com a comunidade escolar. Qual pai, qual mãe não deseja uma escola mais organizada para seu filho, na qual aprender seja princípio básico e direito de todos, mesmo que para isso sejam tomadas medidas firmes e corajosas?
É importante dizer que temos um grupo unido que luta pelos mesmos objetivos: uma educação de qualidade. E dona Leonor, a nossa diretora, com apoio da secretaria da Educação e APP, está à frente desse trabalho que já tem frutos e vai render muito mais.  Está aí, por exemplo, o projeto da Prefeitura de reformar a escola.
Assim, não podemos aceitar que uma pessoa que não consta nos nossos registros como mãe de aluno escreva uma carta destrutiva, maldosa, atingindo a imagem pessoal da nossa diretora e por extensão dos professores, funcionários, prefeito municipal e até da Juíza da Comarca.
Ficam algumas perguntas: Quais são os reais objetivos de tudo isso? O que está por trás de tantas ofensas? Quem é realmente você, Aline Marques de Oliveira? Você quer construir ou destruir? Por que não nos procurou para expor suas insatisfações? Apareça!  Identifique-se!
Professores, funcionários e membros da APP da Escola Dolores Krauss | Gaspar

Dolores Krauss II
Todos são livres para expressar suas opiniões, como fez a leitora Aline Oliveira. Assim também expresso minha opinião através deste conceituado jornal a respeito da Escola Dolores Krauss. Meus dois filhos estudaram nesta instituição, um ainda estuda lá. Esta escola é um orgulho para nosso bairro. Como pais e mães devemos também nós zelar pela escola. Quando temos festas, mutirões, ou outros meios para estas melhorias devemos colaborar. Conheço a atual diretora da escola há mais de quinze anos. É uma pessoa maravilhosa, dedicada, idônea. Não é de sua personalidade gritar com quem quer que seja. Estou indignada com um comentário tão maldoso, pois  a diretora e sua equipe são os melhores que poderíamos ter.
Giovana Betina Amorim | Gaspar

Dolores Krauss III
Sobre o comentário da leitora Aline Marques Oliveira, na edição 1225 deste jornal, gostaria de dizer que é lamentável o julgamento de pessoas que se julgam donas da verdade. Estes comentários que nos leva a refletir se vale a pena tanto esforço. Pois nosso compromisso é bem menor do que estamos fazendo. Quero reconhecer de público o trabalho desenvolvido pela diretora da Escola Dolores Krauss, e, que não se deixe abalar por tão pouco, pois, críticas deste tipo não podem abalar a sua determinação de trabalhar pelo próximo. Precisamos sim vender rifas, pastéis, bingos, mostrar que todos podem e devem contribuir para o engrandecimento de nossa comunidade. O que fizermos, os outros não precisarão fazer. Porém, os que não aderirem, que tenham um pouco de respeito. A incompetência, a indisposição de participar, a falta de reconhecimento, infelizmente pode até provocar ira. Mas que seja com o mínimo de respeito. Por favor diretora, não leve em consideração este tipo de manifestação, a senhora é bem superior a tudo isso.
Celso de Oliveira | Gaspar

Calçadas
Calçada é parte integrante da via pública, não destinada à circulação de veículos, e sim à circulação de pessoas, independente da idade, estatura, limitação de mobilidade ou percepção, com autonomia e segurança. Deve conter entre outros itens piso tátil caracterizado pela diferenciação de cor e textura, destinado a constituir aviso ou guia perceptível por pessoas com deficiência visual. Infelizmente o deficiente visual não é respeitado em nossa cidade, seja pelos que constroem as calçadas, pelo poder público que não fiscaliza, pelos vereadores que deveriam fiscalizar. Há pouco tivemos a reforma da calçada do GACIC, onde está instalada nossa nobre Câmara de Vereadores, item este, esquecido pelo proprietário do prédio e pelo visto, pelos senhores vereadores.
Raul Schramm | Gaspar

ARTIGOS

 

O velho agoniza e o novo custa a nascer

Entre os muitos problemas atuais, três comparecem como os mais desafiadores: a grave crise social mundial, as mudanças climáticas e a insustentabilidade do sistema-Terra.

A crise social mundial deriva diretamente do modo de produção que ainda impera em todo o mundo, o capitalista. Sua dinâmica leva a uma exacerbada acumulação de riqueza em poucas mãos à custa de uma espantosa pilhagem da natureza e do empobrecimento das grandes maiorias dos povos. Ela é crescente e os gritos caninos dos famélicos e considerados ?óleo queimado? não podem mas ser silenciados.

Este sistema deve ser denunciado como inumano, cruel, sem piedade e hostil à vida.  Ele tem uma tendência suicida e se não for superado historicamente, poderá levar o sistema-vida a um grande impasse e até ao extermínio da espécie humana.
O segundo grave problema é constituido pelas mudanças climáticas que se revelam por eventos extremos: grandes frios de um lado e prolongadas estiagens de outro. Estas mudanças sinalizam um dado irreversível: a Terra perdeu seu equilíbrio e está buscando um ponto de estabilidade que se alcançará subindo sua temperatura. Até dois graus Celsius de aumento, o sistema-Terra é ainda administrável. Se não fizermos o suficiente e o clima atingir até 4 graus Celsius (conforme advertem sérios centros de pesquisa), então a vida assim como a conhecemos não será mais possível. Haverá uma paisagem sinistra: uma Terra devastada e coberta de cadáveres.

Nunca  a humanidade, como um todo, se confrontou com semelhante alternativa: ou mudar radicalmente ou aceitar a nossa destruição e a devastação da diversidade da vida. A Terra continuará, entregue às bactéria, mas sem nós.

Importa entender que o problema não é a Terra. É nossa relação agressiva e não cooperativa para com seus ritmos e dinâmicas. Talvez ao buscar um novo ponto de equilíbrio, ela se verá forçada a reduzir a biosfera, implicando na eliminação de muitos seres vivos, não excluindo seres humanos.

O terceiro problema é a insustentabilidade do sistema-Terra. Hoje sabemos empiricamente que a Terra é um superorganismo vivo que harmoniza com sutileza e inteligência todos os elementos necessários para a vida a fim de continuamente produzir ou reproduzir vidas e garantir tudo o que elas precisam para subsistir.

Ocorre que a excessiva exploração de seus recursos naturais, muitos renováveis e outros não, fez com que ela não conseguisse, com seus próprios mecanismos internos, se autoreproduzir e autoregular. A humanidade consome atualmente 30% mais do que aquilo que a Terra pode repor.  Desta forma ela não se torna mais sustentável. Há crescentes perdas de solos, de ar,  de águas, de florestas, de espécies vivas e da própria fertilidade humana. Quando estas perdas vão parar? E se não pararem qual será o nosso futuro?

Tudo isso nos obriga a uma mudança de paradigma civilizacional. Mudança de civilização implica fundamentalmente um novo começo, uma nova relação de sinergia e de mútua pertença entre a  Terra e a humanidade, a vivência de valores ligados ao capital espiritual como o cuidado, o respeito,  a colaboração, a solidariedade, a compaixão, a convivência pacífica e uma abertura às dimensões transcendentes  que dizem respeito ao sentido terminal nosso e do universo inteiro.
Sem uma espiritualidade, vale dizer, sem uma nova experiência radical do Ser e sem um mergulho na Fonte originária de todos os seres de onde nasce um novo horizonte de esperança, certamente não conseguiremos fazer uma travessia feliz.
Enfrentamos um problema: o velho ainda persiste e o novo custa a nascer, para usar uma expressão de Antonio Gramsci.
Vivemos tempos urgentes. São as urgências que nos fazem pensar e são os perigos que nos obrigam a criar arcas de Noé salvadoras. Estamos inconformados com a atual situação da Terra. Mesmo assim cremos que está ao nosso alcance construir um mundo do ?bem viver? em harmonia com todos os seres e com as energias da natureza e principalmente em cooperação com todos os seres humanos e numa profunda reverência para com a Mãe Terra.

Leonardo Boff é autor de Proteger a Terra e Cuidar da vida: como evitar o fim do mundo, a sair pela Record 2010.     

Leonardo Boff - Teólogo 

Comentários

Kelli Cristine Silva Santos
04/09/2010 19:09
Sou professora, diretora da Escola de Educação Básica Luiz Franzói e ao ler a carta da senhora Aline de Oliveira na edição de terça-feira, fiquei em um primeiro momento indignada. Após a segunda leitura parei para analisar a situação da Professora Leonor, que assumiu de coração aberto a direção da Escola Dolores Kruss, conheço a senhora Leonor a um bom tempo, assim como grande parte da comunidade gasparense, ela sempre envolvida em causas sociais, se voce quer alguem que realmente leva a serio o que assume e ela. Todos que a conhecem sabem do seu carater, da sua honestidade, do seu comprometimento com a educação e com a sua total dedicação a esta escola. Fico realmente triste, em pensar que ainda existem pessoas que pensei que as escola devem ser somente e exclusivamente de obrigação do poder publico, que pais, alunos e professores não devem se envolver nas melhorias das mesmas. Os Governantes (não importando as siglas partidarias) fazem a sua parte porem é de obrigação nossa como cidadão fazer a nossa parte. Senhora Aline gostaria de dizer que a escola se faz sim com rifas, com contribuições, com festas desde sempre. Com direções que busquem o comprometimento dos alunos e dos pais. Sou mae, professora, diretora e sempre busco o melhor para nossas crianças assim como a dona Leonor, voce deveria se unir a nos que buscamos uma escola de qualidade e não aos que so buscam destruir o trabalho dos outros. Penso que voce analisará melhor o seu comentaria e fara sim uma retratação a escola Dolores Krauss, aos seus funcionarios, aos seus alunos e principalmente a pessoa da Professora Leonor. A voce dona Leonor minha força e continue seu excelente trabalho!
Bruno
03/09/2010 12:30
Sobre o comentário do Sr. Raul: olha, você tem toda a razão, as pessoas com deficiência visual têm direito a transitar em calçadas adequadas. Porém, quero lembrar que nossas calçadas oferecem risco até pra quem tem a visão funcionando 100%. Quem discorda, dê uma voltinha a pé pela Avenida das Comunidades.

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