O leitor opina - Jornal Cruzeiro do Vale

O leitor opina

20/08/2010 08:58

Poluição Sonora
Se já não bastasse o estresse do trânsito que temos de enfrentar diariamente em nossas ruas e estradas, agora em Gaspar alguns irresponsáveis estão fazendo de nossos ouvidos verdadeiros pinicos.
Refiro-me ao som que algumas pessoas colocam o som na carroceria de camionetes como saveiros e outras do gênero ou mesmo dentro dos carros e que nós temos de ouvir a revelia do mau gosto desses caras.
Já sugeri a alguns desses pavões, os quais tive oportunidade de interpelar, que se gostam de ouvir essas porcarias que coloquem fones de ouvido ou que vão para o meio do mato (embora os bichos não mereçam) e estourem seus próprios tímpanos ao invés de perturbar as pessoas que, com todo o direito, prezam por um pouco de paz e tranquilidade.
Onde está o respeito com as pessoas idosas, com as mães que estão fazendo seus nenéns dormirem, com as pessoas que estão concentradas em seus trabalhos e com aquelas que trabalham durante a noite? Estes caras, ao passarem com os seus sons automotivos a mais de 120 decibéis, perturbam toda uma sociedade e ninguém faz nada!!!  A lei 9503/97 em seu artigo 229 proíbe esse tipo de som, por que esta lei não é cumprida em Gaspar? Por que temos nós, um pouco mais inteligentes talvez, que nos submeter a esse tipo de estupro auditivo?
Com a palavra as autoridades do trânsito de Gaspar.
Ronaldir Knoblauch | Gaspar

Costelaço
A Associação de Moradores do Bairro Bela Vista convida todos os moradores para prestigiar o 3º Grande Costelaço no Fogo de Chão que será realizado no dia 12 de setembro, a partir das 11 horas. Convidamos toda comunidade para prestigiar e a Tarde Domingueira com o grupo Chama Gaúcha. Todo o lucro será destinado à manutenção da Associação. O costelaço está sendo vendido a R$ 15,00.
Sônia Maria Zimmermann |Gaspar

 

Escritores de Gaspar
Uma cidade que o censo há de confirmar!
Gira em torno de 60 mil habitantes. População pequena se a compararmos com grande parte dos municípios brasileiros. Mas culturalmente bem desenvolvido!
Conta com quatro emissoras de rádio. Duas comunitárias e duas comerciais!
Dois jornais. De bom nível. Um eleito recentemente o melhor do interior de Santa Catarina. Emplaca bons jornalistas e comunicadores radiofônicos. O time de escritores também é dos melhores.
J.C. Bridon (poeta) e Dario Beduschi (romanticista) para mencionar, apenas os de maior produção literária. Ambos lançados em agosto de 2010.
CORAÇÃO ? A Porta da Compreensão ? com direito a noite de autógrafos mereceu lançamento em São Paulo, na 21ª Bienal Internacional do Livro-SP, impresso pela Editora Isis. Lendo esta obra é possível entender melhor as coisas da vida, tanto físicas, quanto espirituais.
RIO COXIM ? ?Frações da Vida? ? Com criatividade Beduschi vai vendendo seus livros. De porta em porta ? numa logística inovadora ele ganha a vida e ainda paga as edições vindouras. Diz o escritor de RIO COXIM, ?publico meus livros com o dinheiro da venda das obras anteriores?.
Os livros recém-lançados estão à venda nas principais livrarias do país, além de Blumenau e Gaspar.
Parabéns! E êxito; muito êxito aos escritores gasparenses: Júlio César Bridon dos Santos e Dario Beduschi, autores de CORAÇÃO ? A Portada de Compreensão e RIO COXIM ? Frações da Vida, respectivamente
Jornalista Leo | Gaspar


Lixo
Manter a cidade limpa é dever do cidadão, lugar de lixo é no lixo. O que vi nas fotos publicadas no portal do Jornal Cruzeiro do Vale é a mais pura representação da educação dos habitantes dessa cidade. Não sou defensor do Poder Público, que deixa muito à desejar, porém este lixo todo não pertence à Prefeitura e sim à quem jogou lá. Isso, no meu entendimento, só tem um nome ?falta de higiene?. Tem que multar pesado mesmo, e se for reincidente (CADEIA). O problema é achar quem fez, tradicionalmente ninguém sabe e ninguém viu.
Leon Roberto Blum | Paraná


Invasores
Urbanização regional nem sempre demonstra desenvolvimento, precisamos de uma preparação para receber os imigrantes, não mandá-los de volta. Espaços geográficos que recebem imigrantes têm atrativos e compete ao Poder Público a organização e a infraestrutura não pode ser paliativa. Saneamento Básico, Saúde e Educação são necessários, do contrário o gargalo na frente será muito grande e dificilmente será contornado.
O que tem Gaspar que atrai tantas pessoas em busca de uma condição melhor? Tem indústria (familiar), tem emprego, e a tecnologia repele as pessoas do campo.

Sendo assim, aqui é onde essas pessoas veem uma condição melhor, aqui tem um recomeçar, mas que não está sendo aproveitado pois não estão sendo acolhidos, ao menos é o que se vê na foto publicada na edição desta terça-feira do jornal Cruzeiro. Pelo contrário, estão sendo agredidos, estão sendo despejados novamente, antes pelo avanço da industrialização do campo, e agora à força.
Roberto Basei | Gaspar


Máquina Pública
Infelizmente constatamos que muitos municípios (em todo o país) têm uma ?máquina pública?, com sua estrutura excessivamente ?enorme, lenta e ineficiente?. Em face disto, a sociedade reclama constantemente das atribuições básicas que cabe ao governo local executar com eficiência e não o faz, em especial na educação (com péssima qualidade) e na saúde (com atendimento sofrível).

Verifica-se que ?de modo geral, a Administração Pública se tornou velha e ficou atrasada?, fazendo-se necessário e urgente ?modernizar a gestão administrativa? para que tenhamos uma ?máquina com menos custo e mais eficiente?, beneficiando mais e melhor toda a sociedade, com serviço de qualidade.  Muitos são os obstáculos para uma gestão pública profissional, qualificada e eficiente, em especial no que tange aos diversos e variados interesses políticos (vantagens e mais vantagens pessoais). Grande parte dos problemas dos municípios brasileiros é de gerenciamento e não de recursos (econômico e de pessoal), onde o gestor público não tem a conscientização e preocupação de que é responsável pela ?boa administração da coisa pública?. É grande e difícil o desafio, porém acredito que é possível termos gestões públicas onde se invista (em vez de gastar) de forma mais racional e produtiva os recursos arrecadados (asfixia tributária) de toda a sociedade e a metas sejam alcançadas e a população receba (e perceba) os efeitos positivos das políticas públicas desenvolvidas.
O debate está aberto. Cabe aos gestores públicos municipais (empreendedores) e à sociedade (consciente e criativa) discutir o tema como real e extremamente necessário. A responsabilidade é de todos.
Prof. MARIOLY OZE MENDES, Msc.


Castigos, o Estado e a Família!

Recentemente um projeto que tramita no Congresso Nacional causou polêmica ao sugerir a proibição dos castigos corpóreos em menores de idade, simultaneamente um instituto de pesquisa divulgou pesquisa relativa ao tema, onde 54% dos mais de mil entrevistados se declararam contra o projeto de lei, dos quais 72% sofrerem castigos físicos quando crianças, ou seja, numa proporção de quase 1/3 dos adultos que assim foram educados, são contrários ao projeto. É aí que cabe a pergunta, por que se teme a proibição dos castigos físicos?

É possível tecer várias hipóteses, as mais simplórias e incoerentes seriam: a do direito de vingança dos pais nos filhos em função do que apanharam na infância e/ou a idéia do ciclo de ?poder?,que consiste em apanhar dos mais fortes para poder bater nos mais fracos e finalmente a mais elaborada, que talvez seja  uma questão de autoridade (afinal a autoridade sempre recorre a força quando a simples coação não se mostra suficiente) diriam boa parte do senso comum.

Entretanto é fato que a autoridade dos adultos sobre as crianças e adolescentes é cada dia menor, nem a coação nem as violências podem se fazer valer em muitos casos, já temos uma legislação de proteção dos mesmos, coordenada pela ANPCA (Agência Nacional de Proteção as Crianças e Adolescentes) com honrarias das Nações Unidas por seus avançados conceitos nas questões dos diretos; o que ofusca  tal brilho é a aplicabilidade desses direitos atrelados aos deveres, em função da organização que se põem o Estado com relação as políticas públicas que visam a formação do cidadão e não apenas do bem estar físico momentâneo. Afinal a educação só é eficiente quando o mundo das idéias transforma-se em ações (Considerando essa premissa, não negamos que a educação pode ser utilizada para diversos interesses, a moral de cada sociedade pode traçar seus rumos).

Visto que às vezes simples palavras podem ser tão violentas quantos um castigo corpóreo, não é preciso mover um braço para machucar uma pessoa, especialmente adolescentes e crianças.

Neste contexto a polêmica não poderia deixar de ser uma questão política, que divide a população em favoráveis, contrários e aqueles que têm na dúvida e no passado a insegurança de se posicionar.

Considerando estudos sobre o poder dos Estados, psicanálise, sociologia e a aplicabilidade das leis, a maioria ser contrária demonstra um fato social da qual compartilho, por entender que o Estado pode ser forte e operante no que cabem as coisas públicas, mas corre sério risco de se tornar opressor quando ?tenta? atuar diretamente na vida privada. É claro que muitos irão discordar desse raciocínio, mas quantas vezes ?em nome do bem estar? os Estados e Nações meteram os pés pelas mãos?

Todos fazem parte do Estado; ás vezes bem apropriados de seus poderes, ás vezes esquecidos; mas seus acertos e equívocos refletem diretamente nas vidas de todos. É correto prevenir e punir os abusos, mas abusos são exceções, não se pode tratar a todos como criminosos em função das exceções. Nessa razão chegaremos (chegamos?) ao nível que uma simples acusação (falsa) pode criminalizar qualquer um de nós.

Então pergunto quais as conseqüências de eventuais erros do Estado e quais as conseqüências de eventuais erros de uma família? Nítida desproporção. As famílias todos sabem se transformam, são variáveis, mas possuem uma lógica de afeto (ausência ou presença dele) das qual cada um carrega para o resto da vida. No entanto o Estado parece esquecer de seu objetivo principal, quando cresce para a vida privada em vez da vida pública.

Victor Caglioni

edição 1222

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