O leitor opina - Jornal Cruzeiro do Vale

O leitor opina

03/11/2009 06:06

Enem
Essa história do Enem - Exame Nacional de Ensino Médio - está muito esquisita e não é de agora. O tal Enem de 2009 foi cancelado, por vazamento da prova, e nova empresa foi contratada, em regime de urgência, para a realização do exame, marcado para os dias 5 e 6 de dezembro. O novo contrato para operacionalização do novo Enem vai custar nada menos do que 100milhões de reais. Com o que já havia sido gasto, já passa de130 milhões os recursos gastos com ele. Os mais de quatro milhões de estudantes inscritos este ano para prestar o exame, ao valor de trinta e cinco reais a inscrição, dá cerca de cento e quarenta milhões de reais, mais isso, como vimos, já está sendo gasto. Não é muito dinheiro? E ainda há mais "despesas". Considerando-se que o Enem é realizado todo ano, há muito dinheiro correndo aí.
Para quê? As modificações feitas pelo governo para aplicar o Enem preveem o seu uso pelas universidades federais como primeira fase única do vestibular para ingresso ao terceiro grau, ou como primeira fase, ou combinado com o vestibular ou ainda como fase única para vagas remanescentes do vestibular.
Inicialmente, no entanto, o Exame Nacional de Ensino Médio foi idealizado para verificar o grau de qualidade do ensino oferecido pelas escolas e o grau de aproveitamento dos alunos. Um pouco complicado, não é mesmo? Porque se a educação dada for de baixa qualidade, as notas dos estudantes serão baixas, proporcionalmente.
Então o governo diz que um exame que foi criado para medir uma coisa, já sem muita exatidão, está sendo redirecionado para substituir o vestibular. E mesmo assim não é cuidado com o devido respeito, deixando vazar o conteúdo das provas, ainda na gráfica. Ou será que há alguma coisa a mais por trás disso tudo?
A verdade é que a própria Defensoria Pública da União recomendou à Universidade Federal do Rio de Janeiro que não adote o Enem como critério de acesso como fase única em seu sistema de seleção.
Nem a própria União vê credibilidade no Enem, imposto por ela? Por que será esse carnaval todo em cima de uma prova que não serve para medir a quantas está a nossa educação - que todos estamos vendo que não vai nada bem - nem serve critério para acesso à universidade pública?
Luiz Carlos Amorim


Planejamento
Planejamento é uma das principais habilidades que um empreendedor deve desenvolver.
Todo empreendedor tem seus sonhos, mas nem todos conseguem realizá-los. E por qual motivo? Falta de sorte? Destino? Ou, simplesmente falta de planejamento. Não poucas vezes isso ocorre por falta de um projeto que leve o empreendedor para a realização deste sonho.
Com freqüência, encontramos pessoas que alegam não terem realizado os seus sonhos de um negócio próprio pela falta de recursos financeiros, e que os "bancos lhe emprestam o guarda-chuva nos dias ensolarados e o pegam de volta rapidamente nos dias de chuva". Isso todos sabemos. Afinal, os bancos quase sempre são habitados por seres temerosos, e não poucas vezes, pessimistas crônicos.
Pessoas otimistas tendem a ver oportunidades que se escondem nos problemas e em contrapartida os pessimistas vêem problemas nas oportunidades.
Sem dúvida, ter dinheiro facilita a vida e os negócios, mas quem disse que a falta dele fecha a porta do sucesso e da realização dos sonhos?
Já vivi o bastante para perceber que quase tudo que se faz com dinheiro se pode também fazer sem ele. Por quê? Porque onde há vontade há meios, pois o mundo conspira a favor dos que sabem onde querem chegar.
Para indivíduos destituídos de vontade, a falta de recursos e os bancos, servem como "muros de lamentações", comportamento típico de quem racionaliza e põe a culpa em terceiros para desta forma aliviar a pesada consciência do fracasso.
Vencedores assumem o comando das situações. Não contam apenas com a sorte ou com o destino, são pessoas que fazem acontecer, pois tem metas e objetivos e seu prazer é realizar.
Reflita agora, em que grupo você vai escolher estar: no grupo dos que ficam olhando o que acontece, ou no que faz as coisas acontecerem.
Atitude é tudo!
Soeli de Oliveira

Inclusão
Cerca de 10 milhões de pequenos empreendedores no Brasil e aproximadamente 300 mil em Santa Catarina estão na informalidade, segundo dados do Sebrae. São trabalhadores que fazem do seu negócio a principal fonte de renda familiar e influenciam indiscutivelmente a economia do país, mas que não tem acesso a vários direitos por estarem excluídos do mercado formal de trabalho.
Em vigor desde o dia 1º de julho, a Lei Complementar 128/08 criou a figura do Empreendedor Individual e pode transformar este que sempre foi um problema histórico do país, contribuindo para a inclusão social, geração de renda e desenvolvimento local. Daí a importância do poder público estimular a adesão dos pequenos empreendedores com renda bruta de até R$ 36 mil por ano neste novo sistema tributário, o que deve ser feito gratuitamente no www.portaldoempreendedor.gov.br.
Ao ser incluído no mercado formal, o empreendedor individual terá sua renda reconhecida e acesso a direitos como crédito, conta bancária, aposentadoria, seguridade social e licença maternidade. Também enfrentará menos burocracia e terá custos mais baixos de manutenção da sua empresa, podendo pagar INSS, ICMS e ISS por até R$ 57 mensais em uma única fatura.
A fim de que o nosso Estado também seja protagonista desta transformação, já colocamos este debate na agenda da Assembleia Legislativa. Estamos promovendo audiências públicas nos municípios para orientar os trabalhadores e apresentamos um projeto de lei para estimular a regularização dos empreendedores individuais catarinenses.
Com isso, os empreendedores individuais poderiam financiar até R$ 10 mil a juros abaixo do mercado para investir em ampliação, modernização, transferência e reativação de sua atividade profissional. O projeto também prevê a criação de um Fundo Garantidor exclusivo para os empreendedores individuais, voltado para cobrir os riscos de eventuais perdas. Trata-se de um conjunto de iniciativas viáveis e, acima de tudo, necessárias para um Estado minimamente preocupado com sua economia e comprometido com melhores condições de vida de seus trabalhadores.
Dionei Walter da Silva

 

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