A luta pela educação
Quarenta anos se passaram e vejo que a luta não pode parar. Em 1974 iniciei minha carreira de professora concursada no Estado. Antes disso havia lecionado em outras escolas como substituta ou estagiária. Minha primeira escola como concursada foi na Escola Estadual São Pedro, no Baú Baixo (hoje extinta). Quando lá cheguei, encontrei 33 lindas crianças ávidas por aprender. Porém, quando entrei na velha escola, verifiquei que era um verdadeiro vespeiro e ninho de cupim. Sem livros para nada e para ninguém. Com 33 alunos de quatro séries diferentes na mesma sala e no mesmo horário, isso durante cinco anos.
Além de dar aulas, precisava fazer a merenda e limpar toda a escola. Até o giz a gente precisava comprar. Como não havia material didático, eu montava o meu próprio material. Assinava revistas onde encontrava um pouco de tudo; de atualidades até artes, e ia levando como dava.
Confesso que muitas vezes chorei e tive vontade de desistir, mas quando eu olhava para as crianças a coragem voltava e para espantar tantos males eu ensinava um canto novo. Sempre usei muito o canto, a poesia e o teatro.
Hoje percebo o quanto fomos heróis. Alunos e professora aprendendo juntos e vencendo o pior de todos os fantasmas; o abandono e a ignorância.
Parabéns, meus queridos! Vocês sempre foram e sempre serão meus pequenos grandes heróis! Pois cada um a seu modo foi um vencedor, tornando-se pessoas dignas e respeitosas!
Quando iniciei na Escola Mário Pederneiras (em Gaspar) também era do Estado, porém as condições eram melhores, visto que aí cada professora tinha uma série e havia merendeira que também limpava a velha e precária escola.
Algumas vezes também participei de greves e a gente era vista como baderneiras etc. A greve era considerada um ato vergonhoso e covarde. Porém, hoje posso garantir e a história nos mostra; covardes e vergonhosos foram e são todos os rastros deixados por qualquer regime autoritário e injusto. Porque quem semeia medo, abandono e ignorância terá uma colheita farta de desolação, tristeza e dor.
Hoje muito se fala a favor da educação e todos sabemos que somente com ela um país pode alavancar, ser próspero e soberano, mas falta ousadia, atitude e investimento. Quando tudo isso acontecer, teremos uma colheita de belos frutos que todos os cidadãos poderão saborear.
Maria Rosália Corsani - Gaspar
Acidente na BR-470 I
Como julgar? Falta de duplicação da BR-470? Mas a rodovia BR-101 é duplicada e é responsável por tirar vidas todos os dias. Imprudência. Alta velocidade, adrenalina! Pressa de chegar a algum lugar. Compromisso? Quem sabe? Talvez o fechamento de um negócio, ou até mesmo alguma emergência. Não somos Deus, julgamento agora não é válido, pois o pior já aconteceu. Devemos sim ver isso como exemplo. Algo que nós podemos evitar. Não tem como adivinhar a hora que um sinistro pode acontecer. Mas tem como evitar que ele ocorra. Trânsito pode sim ser considerado uma guerra e pior, uma guerra que mata pessoas que não têm nada haver com a história. Até quando vamos culpar algo ou alguém?
Schirlei de Souza Teske - Gaspar
Acidente na BR-470 II
Seu Rubens Fachini, além de grande homem, foi também um dos maiores esportistas do nosso Estado. Pessoa calma, amiga, de grande conhecimento do futebol, especialmente do carioca, onde é amigo pessoal de Zico. Que, por sua amizade com Zico, presenteava seus amigos com camisas rubro negras com a assinatura do Galinho.
Aqui na cidade de Trombudo Central deixou muitos amigos. Descanse em paz meu amigo.
Marcos Muller ? Trombudo Central
Acidente na BR-470 III
Rubens Fachini, pessoa que tive o prazer de conhecer e trabalhar ao lado. Pessoa maravilhosa e amiga que vai deixar saudades.
Claudenir Berdet Oliveira
Acidente na BR-470 IV
As condições da rodovia BR-470 realmente são precárias, mas não podemos esquecer que ultrapassagem forçada em locais não permitidos e de difícil visibilidade não é culpa da rodovia. Isso se chama imprudência.
Jonas Lindner - Gaspar
Edição 1579
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