O leitor opina - Jornal Cruzeiro do Vale

Resposta
Olá, Fernanda Bittencourt. Li a sua colocação referente ao texto que escrevi sobre a greve dos servidores públicos e percebi que você o interpretou de forma equivocada. Em nenhum momento do meu texto menosprezei a sua profissão, pois está bem clara lá a seguinte fala: Não desmerecendo estas profissões, é claro?. Mas, mesmo assim, peço-lhe desculpas se você se sentiu ofendida. Eu apenas citei a sua profissão para comparar os salários e as responsabilidades de cada profissional. Com certeza o seu trabalho é muito digno, inclusive eu também fui costureira e sei bem como vocês  são exploradas. Mas, quero aqui ressaltar, Fernanda, que acredito que assim como eu você também acha que as crianças são mais importantes do que roupas, e colocar que os professores não são valorizados de acordo com as responsabilidades que têm e que existe uma grande diferença entre formar cidadãos e costurar. Como você colocou, realmente eu estou muito estressada. Se eu não tivesse muito amor no que faço, seria uma companheira sua, pois o salário que eu ganho com graduação e pós-graduação, além de muitas horas de cursos e muita responsabilidade, é menor que o seu. E dizer-lhe, ainda, que nós nos preocupamos sim com as crianças, e que não gostamos de fazer greve, mas infelizmente o nosso prefeito não nos deu outra opção. Você deve ter acompanhado que nós tivemos de ficar uma semana em frente à Prefeitura para sermos ouvidos e somente na sexta-feira fomos atendidos e mesmo assim nossas reivindicações não passaram nem perto de serem atendidas. Infelizmente todas as grandes conquistas dos seres humanos tiveram que ser desta maneira, os poderosos só entendem quando gritamos e nos expomos. Se hoje o cidadão tem direito de trabalhar apenas oito horas por dia, ter descanso semanal e férias, foi porque muitos no passado foram para a rua reivindicar, inclusive morrendo por conta disso. Se tivessem ficado calados dentro de suas fábricas, hoje ainda não teríamos estes direitos. É preciso sim LUTAR E GRITAR, pois quem está do outro lado nos IGNORA.

Juliana Pitz | Gaspar

Adoções
Na semana passada ouvi nos meios de comunicação que há um projeto que autoriza famílias do exterior a entrarem na fila para adotar crianças, pois aqui no Brasil as famílias que se candidatam querem crianças com no máximo 6 anos de idade, enquanto no exterior a adoção inclui crianças bem maiores e as famílias também adotam irmãos, evitando assim a separação dos mesmos. Algo que raramente acontece no Brasil.

Fiquei extremamente contente porque mais uma vez foi comprovado que a juíza Ana Paula Amaro da Silveira teve seu trabalho lamentavelmente desvalorizado por pessoas que se dizem inteligentes e donas da verdade, tinha visão longa e que suas ações em prol das crianças eram de valor inestimável. Fui professora de várias crianças que foram adotadas por pessoas do exterior e pude comprovar o belo serviço feito para que esta adoção fosse segura e que as famílias preenchessem todos os requisitos.

Tenho certeza que dificilmente estas crianças teriam sido adotadas aqui no Brasil. Que levante a mão quem adotaria cinco irmãos. Gostaria que as mesmas pessoas que chamaram o Fantástico aqui para denegrir a imagem da juíza e levantar falso testemunho agora chamassem este mesmo meio de comunicação, se retratassem e elogiassem este belo trabalho, pois isto demonstrava que Gaspar estava adiantado no tempo no que diz respeito ao bem-estar das crianças.

Calméria Moser | Gaspar