Na Câmara de Vereadores
Cada vez que vou assistir a uma sessão da Câmara de Vereadores eu me sinto um extraterrestre. Esse não é meu planeta! Escutar moção disso, cumprimentos daquilo, realmente é muita falta de noção. O cidadão cada vez mais enclausurado em presídios e os ladrões todos do lado de fora, a droga solta nos bairros e nas portas das escolas e ninguém fala de segurança. O mato tomando conta das ruas, os cachorros espalhando lixo e ninguém fala em limpeza, urbanizadora compartilhada ou usina de reciclagem. Tomamos água poluída e ninguém fala em compensar o agricultor que protege as nascentes. Quando será que vamos para de puxar sacos para escutar o clamor do povo e encampar grandes projetos?
Antônio Carlos Pereira | Gaspar
Vergonha
Estou indignada com nosso sistema de saúde. Na sexta-feira, dia 5/3, ligaram-me do CDI Vovó Leonida avisando que minha neta de cinco meses estava com 38,7 de febre. Liguei para o P.S do Santa Terezinha para saber se havia médico. Perguntaram de que bairro eu era, respondi, e a atendente me disse que o médico ficaria até as 16h30. Quando cheguei foram procurar o prontuário. Fiquei mais de meia hora esperando, pois não achavam o nome de minha filha. Depois de muito procurar, chegaram à conclusão de que ela não pertencia àquela unidade de saúde. Eu questionei, pois ela sempre usava aquela unidade e nunca falaram que ela pertencia à unidade do Gasparinho. Minha filha mora na rua Rodolfo Vieira Pamplona e nunca é visitada por agente de saúde.
A enfermeira me disse que teria que levar minha neta ao PS do Gasparinho, mas eu disse que já estava fechado, pois já passava das 16h. Então ela disse que iria me encaminhar ao CAR. Eu neguei e exigi que minha neta fosse atendida ali, pois era uma emergência. Mas a enfermeira disse que não iria me atender.
Exaltei-me e falei que não iria sair sem o atendimento. A enfermeira disse que eu a estava desrespeitando e falou que cada um tem que ser atendido no seu bairro. Eu concordo, mas isso quando é um caso rotineiro, e não uma emergência.
Eu não saí, então fizeram a triagem e eu esperei os outros pacientes serem atendidos para depois entrar no consultório. É lamentável termos que brigar para conseguir uma consulta de emergência. É vergonhoso, depois do que aconteceu com a pequena Ana Luisa, que veio a óbito. Será que esse ocorrido não serve de exemplo para agilizarem os atendimentos de emergência? Pelo menos nessa hora é necessário deixar de lado as regras e agir com mais sensatez. Está na hora de fazermos alguma coisa para mudar isso. Precisamos de mais ação e agilidade.
Wanderléia Gonçalves I Gaspar
Tiradentes
Joaquim José da Silva Xavier, apelidado Tiradentes, nasceu na Fazenda de Pombal, em Minas Gerais. Depois de trabalhar como minerador, comerciante e dentista (da onde saiu seu apelido), decidiu seguir a carreira militar.
Sendo brasileiro, Tiradentes jamais foi promovido além do posto de alferes (segundo tenente), embora fosse um oficial de grande capacidade. Descontente com essa injustiça, pediu licença temporária do Exército, voltando a trabalhar como dentista.
Tiradentes foi morto no Rio de Janeiro, na manhã de 21 de abril de 1792. Sacrificou sua vida pela independência da Pátria. Esse mártir da liberdade deixou aos brasileiros exemplo digno de todo nosso respeito e gratidão.
Em 22 de abril de 1500, o navegador português Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil. Ele é possuidor de uma intensa cultura científica, literária e histórica. Descendente de uma nobre família lusitana, foi educado na corte de Afonso V. Devido a um desacordo com o rei, Cabral afastou-se da corte e foi viver na cidade de Santarém, caindo em completo esquecimento. Faleceu em 1518.
É interessante dizer que Cabral, até fevereiro de 1500, chamava-se Pedro Álvares de Gouveia. Somente com a morte do irmão mais velho, João Fernandes Cabral, é que ele pôde substituir o sobrenome. Entre os portugueses, nessa época, havia uma tradição. Somente o filho mais velho podia usar o sobrenome do pai. Ele era filho de Fernando Cabral e Isabel Gouveia.
Este gigante chamado Brasil tem uma rica extensão histórica, da qual todos nós fazemos parte.
Lígia Cunha I Gaspar
Hospital de Gaspar
Dizem que nosso hospital é uma vergonha. Isso é mentira. Vergonha são os médicos que lá trabalham, como esse doutor Ricardo P. Rizzo Lu, que se diz médico, mas nem olha para a cara do paciente. Semana passada, de madrugada, por volta das 2h30, tive que levar minha filha de 10 meses ao Hospital de Gaspar. Fui bem recebida pela recepcionista, que logo me levou para a sala de espera. Fiquei na sala de espera das 3h às 4h30, sendo que nesse intervalo a enfermeira chamou o médico três vezes. Somente eu estava no hospital. Na quarta vez que a enfermeira o chamou foi que ele veio, sapateando pelo corredor como se estivesse com raiva. Provavelmente deveria estar dormindo, por isso acordou com raiva, pois a enfermeira o tirou do sono de tranquilidade. Assim que ele me chamou, perguntou o que a menina tinha. Eu falei e ele foi escrevendo a receita. Assim, eu disse: ?o senhor não vai examiná-la??. Ele me respondeu ?Pra quê?? e eu disse ?Como por quê? Você é o médico e não eu?. Ele a examinou porque fiz um escândalo. Vocês não acham que isso é uma vergonha?
Isabel de Silva I Gaspar
Edição 1481
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