A Polícia Civil Catarinense, com apoio da Polícia Civil Gaúcha, deflagrou nesta quinta-feira, 19, "Operação Conducence", nos Estados de SC e RS. A operação teve como objetivo identificar e prender pessoas envolvidas em processo fraudulento na obtenção de Carteira Nacional de Habilitação. Até o momento, 21 pessoas envolvidas foram presas. Sendo 18 no RS e três em SC. Os acusados serão indiciados por formação de quadrilha e falsificação de documentos.
Locais onde os Mandados foram cumpridos:
Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Viamão, Gravataí, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, Crissiumal e Inhacorã.
Santa Catarina: São José, Palhoça, Florianópolis, Criciúma e Itapema.
Apreensões
Diversos computares, CNHs, duas espingardas e um revólver calibre 38.
A ação
A ação contou com a presença de 12 Delegados, 78 agentes e 36 viaturas. Foram cumpridos 19 Mandados de Busca e Apreensão e 21 Mandados de Prisão Temporária em cidades dos dois Estados. A operação foi coordenada em SC, pelo Diretor da Academia da Polícia Civil (Acadepol), André Luis Mendes da Silveira, e também por Delegados que integram o GRECO - Grupo de Repressão ao Crime Organizado.
De acordo com o Delegado Geral da Polícia Civil Catarinense, Maurício Eskudlark, "fazemos questão de identificar os responsáveis para não colocar em suspeição todas as CIRETRANs e o DETRAN", argumenta.
Eskudlark disse que as investigações vão prosseguir e poderá haver solicitações de mais prisões temporárias.
Para o Diretor da Acadepol, André Luis Mendes da Silveira, a investigação iniciou há cerca de três meses, através de denúncia anônima. O processo ocorria no município de Palhoça/SC. Os clientes eram atraídos no RS e um Centro de Formação de Condutores (CFC) de Palhoça enviava documentos ao DETRAN como se as pessoas tivessem realizado as aulas e as provas necessárias.
Segundo Silveira, as habilitações eram negociadas por R$ 2,8 mil.
O Delegado Ranolfo Vieira Júnior, Diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) do RS, o qual comandou a ação no Estado, disse que entre os presos, há duas pessoas analfabetas e alguns despachantes. Segundo apurado, o grupo agia pelo menos desde janeiro deste ano.
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