Por Felipe Chanes
Fazer um curso superior é um dos grandes objetivos da maior parte dos brasileiros. No entanto, são poucas as pessoas que possuem verba suficiente para arcar com as despesas mensais e os custos das mensalidades das universidades privadas. De acordo com os dados divulgados pelo IPC Maps, sobre “Como o brasileiro está gastando seu dinheiro em 2023?”, custos com a educação ocupam o 9º lugar, com 2,8% do total do orçamento.
Ao tratar desse tópico percebo que noções básicas de educação financeira deixam de ser aplicadas, apesar de ser seguramente um dos pilares essenciais da vida adulta, principalmente para quem deseja aliar a qualidade de vida e os objetivos com seus ganhos e gastos. É um processo que precisamos “naturalizar”, pois ajuda qualquer cidadão a compreender para onde está indo seu dinheiro, assim como conceitos e produtos financeiros que não são muito bem exemplificados. Assim as pessoas conseguem fortalecer as competências necessárias para serem efetivamente mais consciente sobre o uso da renda, fazendo escolhas assertivas que ajudam a alcançar metas, sejam elas quais forem.
Cada atitude no dia a dia pode contribuir para isso. Hoje, cada passo é um sacrifício que pode resultar em uma melhora na qualidade de vida a longo prazo. As noções básicas de educação financeira, como gestão de dinheiro, poupança, investimentos e empréstimos, por exemplo, estabelecem uma base sólida para hábitos financeiros sustentáveis lá na frente.
Para começar, é necessário saber exatamente o quanto se ganha e o quanto é gasto. A conta precisa fechar. Se faltar dinheiro no fim do mês, é preciso avaliar o que pode ser reduzido no orçamento. Isso vem com disciplina e foco nos objetivos. Algumas atitudes como, avaliar melhores opções de compras e contrair endividamentos de médio a longo prazo somente quando necessário e podem trazer resultados futuros, contribuem para incorporar o hábito de poupar e a maioria delas não exigem muito esforço. Manter o foco em objetivos maiores, economizar uma porcentagem dos seus ganhos a cada mês e definir metas e desafios mensais são alguns desses comportamentos que podem agregar e melhorar cada vez sua segurança financeira, viabilizando o alcance de conquistas maiores. Aqui no Pravaler, mais de 300 mil estudantes já foram beneficiados ao longo de duas décadas. Isso porque eles tinham um objetivo maior: de ingressar na universidade e concluir a sua graduação. No final, é sobre essas metas de longo prazo que estamos falando.
Esse leque de conhecimento é essencial para aplicar entre diferentes estágios da vida, o que nos traz de volta ao primeiro tópico levantado: estudantes que acreditam não conseguir entrar em uma universidade privada por possuírem baixa renda para investimento ou veteranos que estão com alguma dificuldade econômica, sabendo dessas estratégias financeiras, podem ter o financiamento estudantil como uma solução para não desistirem da graduação e para fazerem o curso que de fato querem e não o que cabe no bolso. O recurso pode, inclusive, ser uma forma de otimizar a renda mensal, possibilitando investir em outras frentes como gastos adicionais decorrentes do curso acadêmico ou outras necessidades.
Com esses aspectos em mente, é seguro dizer que uma boa base de conhecimentos associados à educação financeira já é um divisor de águas para aqueles que buscam mais oportunidades de garantir o acesso à uma educação superior de qualidade, com chances de ter boas perspectivas profissionais no futuro.
Arrisco dizer que o mais importante conselho a ser dado é o aprendizado e a prática, para assim você estar confiante do seu bom julgamento ao tomar cada uma das decisões referentes a esse passo tão importante.
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