Desastres na bacia do Rio Itajaí - Jornal Cruzeiro do Vale

No dia 07 de novembro foi realizado o IV Fórum Permanente de Prevenção de Desastres na Bacia do Rio Itajaí na UNIDAVI em Rio do Sul, pelo qual participei e venho expor por esse artigo uma síntese das discussões geradas nesse encontro.

Historicamente o Vale do Itajaí sofre com as enchentes esporádicas que ocorrem na região, de acordo com o Centro de Operação do Sistema de Alerta (CEOPS ? FURB), de 1852 a 2011 foram 66 os momentos em que o rio Itajaí-Açú passou da marca de 9,0 metros na cidade de Blumenau. Além disso, os prejuízos econômicos, sociais e imateriais são incalculáveis quando da ocorrência desses eventos, que se agravam com a falta de informação da população direta e indiretamente envolvida, sem que haja um real preparo para atuação da população nesses eventos, agravando ainda mais os prejuízos.

Esses fatos constatam que há a necessidade de se atuar na prevenção desses desastres. Sabe-se que os desastres naturais irão continuar a ocorrer e que a tendência é que estes se agravem em virtude do aquecimento global e da crescente globalização que agrava os problemas ambientais em nível planetário. Dessa forma, deve-se ter uma gestão eficiente por parte do poder público, privado e terceiro setor que contribuam para uma prevenção aos riscos destes desastres, pensando em salvar o maior número de vidas humanas possíveis e ter o mínimo de prejuízos materiais.

A enchente ocorrida nesse ano em Blumenau demonstrou como que a atuação em rede da população e poder público e privado podem ajudar substancialmente na prevenção aos prejuízos materiais. A Defesa Civil realizou um excelente trabalho na difusão de informação sobre a enchente, antecipando a relação de ruas a ser atingidas e alertando a população para sair dessas áreas.

É nesse sentido que deve-se buscar uma gestão eficiente dos riscos dos desastres naturais, pensando na gestão integrada entre diversos setores da sociedade e principalmente alertando a população direta e indiretamente envolvida no mesmo.