Lamentavelmente, mesmo com reações e ocorrências catastróficas da natureza, parece que muitos ainda não crêem em efeitos globais nocivos ao ecossistema.
Cavamos encostas e morros, desmatamos e abrimos largos caminhos em matas nativas, promovemos o progresso sem planejarmos ou termos visão futura das conseqüências e impactos ambientais, bloqueamos, poluímos, desviamos rios, lagos vertentes, mares e lançamos nossos esgotos industriais e domésticos, em toda direções, sem nos permitir limitações.
Achamos que reciclar dá muito trabalho; afinal para que reaproveitar tanta coisa? Plásticos, vidros, papeis, ferros, pois, tudo isso tem de sobra...
Meu vizinho que o faça, não temos paciência e temos muito mais o que fazer.
Preferimos jogar o lixo na rua, na calçada, na boca de lobo, nos bueiros, é mais fácil, a prefeitura que os limpe, se isso estiver incomodando a comunidade, ou causando transtornos como proliferação de insetos e doenças, afinal pagamos nossos impostos.
O curioso é que mesmo com esta extrema e equivoca visão, ainda nos dizemos racionais e inteligentes.
Seríamos, se tivéssemos capacidade de medir as conseqüências de nossos atos evitando o pior, que com certeza está por vir. Negativismo ou realidade?
Infelizmente o ser humano se faz cego, ou somente quer ver o que lhe convém, ou seja, - para que assumir sua parte de culpa no mal que cada qual causa à coletividade e a si mesmo, mudando seus atos para uma melhor qualidade de vida?
Oxalá, não precisemos nos saciar dos frutos amargos e espinhos que plantamos com o descaso à mãe natureza.
Não somente neste dia mundial do meio ambiente, mas sempre, cabe a cada um, um exame de consciência.
Alceu Torres Jr. | Gaspar
Edição 1396
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