Thiago Burckhart
Estudante de Direito
Nos últimos anos, pode-se perceber a crescente onda de desvalorização das músicas que fazem a pessoa pensar, se questionar, apreciar os belos versos compostos pelos cantores com harmonia, melodia e ritmo. Tais versos eram compostos por letras que expressavam a liberdade de expressão, os problemas sociais vividos pelo Brasil, amores da vida, além de questões que envolvem a política e a crítica social.
No entanto as músicas hodiernas (no geral) não falam mais de política, problemas sociais, e muito menos despertam o senso crítico naqueles que a ouvem. Um exemplo disso é o sertanejo universitário que possui letras sem nenhum aguço crítico e expressam basicamente uma falta de criatividade se comparado com o nosso clássico MPB que vem perdendo força desde o final da década de 1990. Tudo osso, claro, é devido a uma forte indústria cultural, empresários que insistem em patrocinar tal tipo de música, visando a lógica de uma sociedade capitalista: o lucro, e pairando a alienação social diante de nossos olhos.
Mas ainda há uma luz no fim do túnel, pois sabemos que nem todos seguem os passos deste repertório, e com toda certeza escrevem e cantam músicas de qualidade, críticas e politizadas. Resta somente torcer que tais bandas e músicos ganhem visibilidade.
Edição 1462
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