Papel higiênico vira bilhete de socorro e mulher é resgatada de cárcere privado em Gaspar - Jornal Cruzeiro do Vale

Papel higiênico vira bilhete de socorro e mulher é resgatada de cárcere privado em Gaspar

05/10/2025

Um pedaço de papel higiênico virou um bilhete de socorro em Gaspar. Uma mulher que era mantida em cárcere privado foi resgatada depois de deixar um pedido de ajuda em uma conveniência. Tudo aconteceu na noite de sábado, dia 4 de outubro, depois de quatro dias de tortura física e psicológica.

Por volta das 22h, um funcionário da conveniência encontrou um pedaço de papel higiênico onde estava escrito um endereço e a seguinte frase: ‘estou cárcere privado 190’. O fato chamou sua atenção e, de forma imediata, ele acionou a Polícia Militar.
A PM foi até o endereço informado, no bairro Gasparinho, e, por uma janela, conseguiu visualizar o homem muito nervoso. Ele se negou a abrir a porta e os policiais precisaram usar força para entrar no local. A vítima, de 34 anos, foi encontrada em estado de choque, com lesões no pescoço, rosto e seios.

O agressor, de 29 anos, recebeu voz de prisão e foi levado à Delegacia de Polícia Civil. Contra ele já haviam 44 boletins de ocorrência. A mulher possuía medida protetiva ativa.

Como tudo aconteceu:

Em depoimento à polícia, a mulher contou que eles estavam separados há seis meses e que haviam decidido reatar o relacionamento no dia 30 de setembro. Quando ele chegou em sua casa, pediu que ela desbloqueasse o celular. Ela negou e ele quebrou o aparelho, a agrediu e fez ameaças de morte.

Até o momento do resgate, ela havia sido agredida três vezes. Ele também a obrigou a manter relações sexuais, gravou um vídeo e ameaçou divulgar em grupos de WhatsApp e redes sociais se ela tentasse ir embora.

Na noite de sábado, depois de quatro dias de cárcere privado, ela pediu para ir à conveniência comprar cigarros e o homem a levou. Ela aproveitou a ida ao banheiro para deixar um pedido de socorro em um pedaço de papel higiênico. Isso porque, além das agressões, ele havia dito que a mataria e que ninguém descobriria.

 

Edição 2215

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