O trabalho desempenhado pelo Corpo de Bombeiros Voluntários de Ilhota é admirado e muito se fala sobre a diferença que ele faz no dia a dia dos ilhotenses. Porém, pouco se comenta sobre os números que isso representa na prática. Em 2023, o total de atendimentos aumentou em mais de 10%, quando comparado ao ano anterior. Isso porque o ano que acaba de encerrar foi marcado pelo registro/atendimento de 2.227 ocorrências.
A maior demanda dos voluntários ao longo do ano passado foi envolvendo emergências clínicas, totalizando 1.233 atendimentos total, sendo a maioria (132) em março. Em seguida aparecem os acidentes de trânsito, com 238; e quedas de nível, totalizando 118.
De acordo com Andrey Pereira Egídio, subcomandante do Corpo de Bombeiros Voluntários, Ilhota possui um diferencial quanto às situações de emergência. “A cidade não possui Samu nem Bombeiro Militar, somente a nossa corporação que realiza todo o atendimento emergencial. Assim como não temos hospitais e nem Pronto Atendimento, somente uma Unidade Básica de Saúde que atende algumas poucas emergências que a gente conduz. Por vezes, principalmente no período noturno, toda as situações de emergência caem sobre a nossa responsabilidade”. As emergências clínicas contemplam paradas cardiorrespiratórias, mal súbitos e desmaios, por exemplo.
Ilhota é cortada por importantes vias de ligação e que possuem grande fluxo de veículos. E essa realidade transforma a cidade em um ponto com considerável número de acidentes. Conforme levantamento dos bombeiros, em 2023 o mês que teve maior registro de acidentes foi outubro, com 26. Na sequência aparecem julho, com 25; e março, com 23. “Ilhota apresenta grau mais complexo que as cidades que não têm grandes vias. Isso significa que temos maior índice de capotamentos, colisões frontais e saídas de pistas”.
O conhecimento técnico é um dos pontos levantados pelo comandante para justificar o bom atendimento às ocorrências. “Principalmente no que diz respeito à resgate veicular, na parte de estabilização e remoção da vítima conforme os protocolos mais atualizados”.
Em relação aos serviços operacionais, os trabalhos dos bombeiros voluntários de Ilhota não difere do serviço dos bombeiros militares. A grande diferença é que os voluntários são mantidos por instituições privadas, públicas e, principalmente, pela ajuda da comunidade. Já os militares são mantidos pelo estado.
Em Ilhota, o Corpo de Bombeiros Voluntários existe há exatos 19 anos (data comemorada em 11 de janeiro). Hoje, o grupo é formado por 51 bombeiros voluntários e mais 18 que estão na turma de formação. “Não é porque somos voluntários que somos amadores. Muito pelo contrário. Temos que demandar à comunidade muito mais profissionalismo”, diz o subcomandante Andrey.
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