Mãe e padrasto acusados de matar menina de 11 anos em Timbó vão a júri popular - Jornal Cruzeiro do Vale

Mãe e padrasto acusados de matar menina de 11 anos em Timbó vão a júri popular

23/08/2023
Mãe e padrasto acusados de matar menina de 11 anos em Timbó vão a júri popular

Mãe e padrasto acusados de matar a menina Luna, em abril do ano passado, em Timbó, vão a júri popular no dia 16 de novembro. A data foi divulgada pelo Ministério Público de Santa Catarina e o julgamento será na Câmara de Vereadores da cidade.

O crime chocou Timbó e toda a região e ganhou repercussão nacional. A dupla está presa e vai responder pelos crimes de tortura, homicídio qualificado, cárcere privado, estupro de vulnerável e fraude processual, conforme denúncia da 3ª Promotoria de Justiça de Timbó. A ação penal é assinada pelos promotores Alexandre Daura Serratine e Tiago Davi Schmitt.

Relembre o caso

Conforme conclusão da polícia, na tarde de 13 de abril do ano passado o padrasto de Luna Gonçalves, de 11 anos, foi até sua escola para tentar transferi-la. Como não conseguiu, ele voltou para casa frustrado e agrediu a menina com socos, chutes, cotoveladas e um objeto para domar cavalo. A criança ficou com marcas no corpo e as agressões seguiram até que ela ficasse desacordada. O homem era professor de artes marciais e saiu de casa para dar aula. Quando voltou, continuou as agressões, que resultaram na morte de Luna.

Já na madrugada do dia 14 de abril, mãe e o padrasto acionaram o Corpo de Bombeiros com a informação de que a menina havia caído da escada. Ela foi levada ao Hospital Oase, de Timbó, e a informação inicial era de que ela teria morrido a caminho do hospital. Porém a perícia apontou que a morte aconteceu na casa da família.

A menina tinha diversos ferimentos pelo corpo e também sangramento na genitália. Mãe e padrasto foram chamados para depor e, primeiro, sustentaram a versão de que Luna havia caído da escada. No segundo depoimento, a mulher mudou a versão e disse que havia matado a filha sozinha. Depois, as investigações apontaram para a participação do padrasto.

Segundo denúncia do Ministério Público, Luna era submetida a tortura e uma série de castigos. Além disso, as investigações apontaram para um estupro sofrido no dia da morte.

Os policiais conversaram também com professores da menina, que afirmaram desconfiar de possível situação de violência, o que motivou o pedido de transferência. A menina ficou o mês de abril todo sem frequentar as aulas.

 

 

Edição 2119


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