Santa Catarina foi um dos alvos de uma grande operação policial deflagrada nesta quarta-feira, 11 de dezembro, que visou desmantelar uma milícia criminosa suspeita de cometer mais de 20 assassinatos no Paraná. A ação envolveu mandados de prisão e busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Florianópolis, Palhoça e Herval D'Oeste, com o objetivo de prender integrantes do grupo e investigar suas atividades.
A milícia, considerada um "grupo de extermínio" pela Polícia Civil do Paraná, é suspeita de executar ao menos 21 pessoas entre 2023 e 2024, sendo que parte das mortes foi registrada por câmeras e transmitida ao mandante, que estava preso no sistema penitenciário. A investigação revelou a estrutura organizada da milícia, com um líder no cárcere, executores, apoio logístico e uma rede de corrupção envolvendo um servidor do sistema penitenciário, que recebia propina para facilitar a atuação do grupo.
Em Santa Catarina, as operações concentraram-se em três municípios: Florianópolis, Palhoça e Herval D'Oeste, onde foram cumpridos mandados de prisão preventiva e busca em residências ligadas ao grupo. As autoridades buscam desarticular as células da milícia espalhadas pelos estados e identificar os envolvidos nas execuções. A operação foi realizada em conjunto pela Polícia Civil de Ponta Grossa, Gaeco, Polícia Militar e apoio de outros órgãos de segurança.
Segundo a Polícia Civil, a milícia tinha uma estrutura complexa, com núcleos responsáveis pela execução de homicídios, organização financeira, e até a ocultação de armas. A investigação também está focada na lavagem de dinheiro e no envolvimento do grupo com o tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Além dos homicídios, a milícia é suspeita de ter cometido diversas tentativas de assassinato na região.
A operação visa não apenas prender os criminosos, mas também cortar as fontes de financiamento do grupo e interromper sua atuação criminosa. A transferência de um dos líderes para o sistema penitenciário federal e o isolamento de outros membros na Casa de Custódia de São José dos Pinhais são medidas que visam enfraquecer a estrutura da organização. O trabalho das forças de segurança continua para garantir a prisão dos envolvidos e a segurança da população.
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