O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) decidiu afastar o médico Alysson Viana de Oliveira Fonseca após a confirmação de que ele estava sendo investigado por crimes graves. O afastamento cautelar total foi aprovado pelo Tribunal Superior de Ética Médica em 21 de novembro e tem validade de seis meses, podendo ser renovado dependendo do andamento do processo judicial. A decisão é uma medida preventiva, visando proteger a integridade dos pacientes e da sociedade.
Alysson Fonseca, que atua como clínico geral, tornou-se réu em um processo penal em agosto, que envolve menores de idade, conforme informações da Justiça catarinense. A investigação começou após sua prisão preventiva em julho, durante uma operação do CyberGaeco, que apura crimes relacionados à exploração sexual infantil. Na ocasião, a polícia descobriu que o médico armazenava cerca de 13 mil imagens de abuso infantil, além de realizar gravações clandestinas de pacientes nuas durante os atendimentos.
O CRM-SC afirmou que a suspensão da atividade profissional do médico é uma medida extrema, adotada para evitar novos riscos e exposições indesejadas à população. A interdição temporária será reavaliada a cada seis meses, conforme o avanço das investigações e decisões judiciais. A ação visa garantir a segurança dos pacientes e preservar a confiança no exercício da profissão médica.
A defesa de Alysson Fonseca se manifestou por meio de uma nota, na qual destacou que tem colaborado com as autoridades competentes para garantir a correta apuração dos fatos. A defesa também apontou que o caso é complexo e afirmou que, por respeito ao sigilo processual, não irá comentar os detalhes da investigação enquanto ela estiver em andamento.
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