Sexta-Feira, 20 de Junho de 2025
O julgamento de Evanio Prestini, motorista do Jaguar que colidiu com um Pálio na BR-470, em Gaspar, se aproxima do fim. O júri popular teve início às 9h desta quarta-feira, dia 19 de junho, com previsão de fim para quinta, dia 20. Porém, vítimas, testemunhas de acusação de defesa e acusado já foram ouvidos e, às 16h de quarta, começou a etapa de debates entre defesa e acusação, com previsão de durar cerca de três horas. A expectativa é de que a sentença seja lida por volta das 21h de quarta.
Às 14h40 de quarta-feira, dia 19, Evanio Prestini sentou em frente à para responder perguntas sobre o dia 23 de fevereiro de 2019. Ele detalhou como foi o dia anterior e o momento da batida. “Na sexta a tarde fui de Guaramirim para Blumenau a trabalho. Um amigo me convidou para jantar e fui de Blumenau para Rio do Sul, onde encontrei mais amigos. Jantamos e bebemos. Após, fui com um amigo para outro local lá perto. Estava bem cheio. Como tinha trabalhado o dia inteiro, preferi descansar no carro até pegar a BR para Balneário Camboriú, onde ia ter o aniversário de casamento dos meus pais. Descansei algumas horas e segui”, relembra.
Em todo seu depoimento, Evanio afirma que o acidente aconteceu quando o carro em que as jovens estava invadiu a pista contrária, onde ele estava. “Depois da batida fiquei em estado de choque, tremendo. Em pânico. O que me recordo é que estava na minha pista e foi tudo muito rápido. Saí do carro pelo porta-malas. As portas não abriam. Lembro de alguns flashes. Confesso que bebi e dirigi. Mas jamais imaginei que fosse acontecer algo nesse sentido. Foi um acidente de trânsito, uma tragédia que está comigo há mais de cinco anos. Meu filho tinha seis anos e agora, com 11, já entende. Minha família também sofre. Mas nada, nenhum sofrimento é maior do que o das famílias das vítimas. Sempre fui de rezar, devoto, e desde então sou ainda mais. Essas famílias estão sempre nas minhas orações. Quero pedir aqui perdão a cada familiar. Cada pai, mãe... falo isso do fundo do meu coração”.
Interrogado sobre o motivo de se dizer inocente pelo acidente e, ao mesmo tempo, pedir desculpas para as famílias, Evanio diz que faz isso por amor ao próximo.
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